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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CAMPUS REGIONAL DE UMUARAMA

ENGENHARIA AMBIENTAL

HIDRÁULICA: CANAIS LIVRES E MEDIÇÃO DE VAZÃO

Trabalho apresentado por Fernanda Frutuoso, RA:


68211, Mayara Campos, RA: 71529 , Sarah Dantas RA:
67252 para a disciplina de Hidráulica, ministrada pelo
Prof. Me. Alexandre de Castro Salvestro.

UMUARAMA

23/11/2013
Sumário
1.0 - INTRODUÇÃO .................................................................................................... 2
1.1 - Canais livres ...................................................................................................... 3
1.2 - Classificações dos Canais ............................................................................... 4
1.3 - Elementos geométricos .................................................................................... 5
1.4 - Velocidade de escoamento nos condutos livres ........................................... 8
1.5 - Movimentos uniforme dos canais.................................................................. 12
1.6 - Dimensionamento de Canais ......................................................................... 14

2.0 – HIDROMETRIA ............................................................................................... 15

2.1 - MEDIÇÕESDEVAZÃO...................................................................................... 16

2.2 Métodos de medição de vazão ......................................................................... 17

2.3 - MÉTODOS DIRETOS ....................................................................................... 17

2.3.1- Método volumétrico ...................................................................................... 17

2.3.2 - Hidrômetro .................................................................................................... 18

2.3.3 –Fluxímetro .................................................................................................... 18

2.4 - MÉTODOS QUE EMPREGAM A RELAÇÃO VELOCIDADE/ÁREA ............... 19

2.4.1 – Flutuador ..................................................................................................... 19

2.4.2 - Molinetes....................................................................................................... 20

2.5 - MÉTODOS QUE UTILIZAM CONSTRIÇÃO NA SEÇÃO TRANSVERSAL DE


ESCOAMENTO ........................................................................................................ 20

25.1 -- Vertedores .................................................................................................... 20

3.0 – CONCLUSÃO ................................................................................................. 21

4.0 – REFERÊNCIAS ................................................................................................ 22


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1.0- INTRODUÇÃO

Em razão da importância da água e das crescentes preocupações


ambientais nas diversas atividades desenvolvidas pelo homem, está evoluindo
progressivamente em todo mundo um novo conceito integrado de
planejamento, gestão e uso dos recursos hídricos, onde, através de um
conjunto de medidas técnicas, administrativas e legais, busca-se uma resposta
eficaz às necessidades humanas e às exigências sociais para melhorar a
utilização da água. Para um gerenciamento adequado dos potenciais
hidráulicos disponíveis no mundo, é fundamental conhecer o comportamento
dos rios, suas sazonalidades e vazões, assim como os regimes pluviométricos
das diversas bacias hidrográficas, considerando as suas distribuições espaciais
e temporais, que exige um trabalho permanente de coleta e interpretação de
dados, cuja confiabilidade torna-se maior à medida que suas séries históricas
ficam mais extensas, envolvendo eventos de cheias e de secas (IBIAPINA et
al., 2003).
O escoamento em canais é caracterizado por apresentar uma superfície
livre na qual reina a pressão atmosférica. Este escoamento tem um grande
numero de aplicações práticas na engenharia, estando presente em áreas
como o saneamento, a drenagem urbana, irrigação, hidro-eletricidade,
navegação e conservação do meio ambiente.
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1.1- CANAIS LIVRES

O escoamento de água através de uma tubulação, sob condições de


conduto forçado, tem como principais características: a tubulação ser fechada,
a seção ser plena, de atuar sobre o líquido uma pressão diferente da
atmosférica e o escoamento se estabelecer sobre gravidade ou bombeamento.
Nos condutos livres ou canais, a característica principal é a presença da
pressão atmosférica atuando sobre a superfície do líquido, em uma seção
aberta, como nos canais de irrigação e de drenagem, ou fechada, como nos
conduto de esgotos e galerias de águas pluviais.
Neste contexto, os cursos d’água naturais constituem o melhor exemplo
de condutos livres. Além dos rios, funcionam como condutos livres os canais
artificiais de irrigação e drenagem, os aquedutos abertos, e de um modo geral,
as canalizações onde o líquido não preenche totalmente a seção do canal.
Os escoamentos em condutos livres diferem dos que ocorrem em
condutos forçados porque o gradiente de pressão não é relevante. Nesses
condutos, os escoamentos são mais complexos e com resolução mais
sofisticada, pois as variáveis são interdependentes com variação no tempo e
espaço. Uma importante característica da hidráulica dos canais além da
superfície livre é a deformidade desta. Nos condutos livres, ao contrário do que
ocorre nos forçados, a veia líquida tem liberdade de se modificar para que seja
mantido o equilíbrio dinâmico. Dessa forma a deformidade da superfície livre dá
origem a fenômenos desconhecidos nos condutos forçados, como o ressalto
hidráulico, o remanso.
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1.2- CLASSIFICAÇÃO DOS CANAIS

Quanto à classificação, os canais podem ser naturais ou artificiais. Os


condutos d’água existentes na Natureza, como pequenas correntes, córregos,
rios, estuários e outros, são nomeados de naturais. Aqueles em que
apresentam seção aberta ou fechada, desenvolvidos pela ação humana, como
os canais de irrigação e navegação, aquedutos, galerias e outros, recebem o
nome de artificiais (PORTO, 2004).
Quanto aos condutos apresentam formas abertas ou fechadas, em se
tratando aos condutos livres abertos, simplesmente eles são denominados
canais, enquanto que os condutos fechados são denominados aquedutos.
Os canais também são classificados como prismáticos e não
prismáticos. Quando possuírem o comprimento da seção reta e a declividade
de fundo constante, são chamados de prismáticos; caso contrário não
prismático (PORTO, 2004).
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1.3- ELEMENTOS GEOMÉTRICOS

Dentre as mais variadas formas dos condutos livres, sendo canais


prismáticos ou não prismáticos, todos eles dependendo da sua seção
transversal, possuem suas próprias características relevantes aos principais
elementos geométricos. Tais elementos estão dimensionados na Figura 1, que
são: área molhada, perímetro molhado, raio hidráulico, largura do topo, altura
d’água ou tirante d’água e altura hidráulica ou altura média.

- Área molhada (A): é a área útil da seção de escoamento numa seção


transversal podendo variar de acordo com a vazão de alimentação do local.
- Perímetro molhado (P): é a linha que limita a seção molhada junto às
paredes e ao fundo do canal.
- Raio hidráulico: é a relação entre a área molhada e o perímetro.
- Largura de topo (B): é a largura da seção do canal na superfície livre.
- Altura d’água ou tirante d’água (Y): é a distancia vertical do ponto mais
baixo da seção do canal até a superfície livre.
- Altura hidráulica ou altura média (Hm): é a relação entre a área molhada e
a largura da seção do canal na superfície livre.

Figura 1.
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Os parâmetros geométricos da seção (área, perímetro, altura d’água)


são visíveis a maior dificuldade para os canais livres, pois, enquanto os
condutos forçados têm, basicamente, seções circulares, os canais livres se
apresentam nas mais variadas formas geométricas, além do que esses
parâmetros geométricos podem ainda variar no espaço e no tempo. Os canais
são projetados usualmente em uma das quatro formas geométricas:
Retangular, trapezoidal, triangular, circular, sendo a forma trapezoidal a mais
utilizada.

Retangular: canais revestidos, canais escavados, em rochas.

Trapezoidal: canais de terra e drenos abertos.


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Triangular: canais de pequenas dimenções.

Circular: pequenos aquedutos, drenos circulares, esgotos, bueiros, Etc.


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O estudo em seção circular é de grande interesse prático, pois como o


escoamento em condição plena dificilmente ocorre, é necessário calcular
rapidamente o raio hidráulico, a velocidade e a vazão das seções parciais
(NEVES, 1979).
Contudo, Manning estabeleceu uma fórmula específica para os condutos
condizentes de seção circular parcialmente cheia, que também pode ser
analisado por questão de ângulos, e para seção circular totalmente cheia ou
plena, como a equação abaixo.

1.4- VELOCIDADE DE ESCOAMENTO NOS CONDUTOS LIVRES

A distribuição da velocidade de escoamento do líquido nos canais é


influenciada pela resistência ao longo das paredes, ao longo do fundo e pelo
contato com o ar atmosférico nos casos mais comuns.
A determinação das velocidades nos diferentes pontos das seções
transversais dos canais, de um modo gera, só é possível por via experimental,
como na figura abaixo, observam-se alguns exemplos de distribuição das
velocidades em seções transversais, onde estão representadas as linhas que
ligam os pontos de iguais velocidades (isótacas).
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Enquanto nos condutos forçados em tubulações circulares existe um


perfil de velocidade com simetria axial, na seção reta dos canais,
principalmente nos canais naturais, as velocidades variam acentuadamente de
um ponto a outro. A desuniformidade nos perfis da velocidade nos canais
depende da forma geométrica da seção e são devidas as tensões cisalhantes
no fundo e paredes e a presença da superfície livre. De modo geral, nos canais
prismáticos, a distribuição vertical da velocidade segue uma lei
aproximadamente parabólica, com valores decrescente com a profundidade e a
máxima velocidade ocorrendo um pouco abaixo da superfície. (PORTO, 2006).
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Na tabela 1 abaixo se encontram os valores máximos recomendáveis da


velocidade nos canais, os quais foram determinados em função da
erodibilidade do canal. Entretanto, outro problema é a sedimentação nos
canais. Nesse caso, são recomendados os seguintes valores mínimos para
velocidade nos canais (Tabela 2).

Tabela 1 – Valores máximos recomendáveis para velocidade média no canal.


Material Velocidade máxima (m/s)
Terreno arenoso comum 0,76
Terreno do Aluvião 0,91
Terreno Argila Compacta 1,14
Cascalho grosso, Pedregulho, 1,83
Piçarra.
Alvenaria 3,00
Concreto 6,00

Tabela 2 – Valores mínimos recomendáveis para velocidade média no canal.


Material Velocidade (m/s)
Água com suspensão fina 0,3 m/s
Água com areia fina 0,45 m/s
Água de esgoto 0,60 m/s
Água pluvial 0,75 m/s
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BORDA LIVRE DO CANAL

A borda livre corresponde a uma folga que deve ser deixada além da
cota do nível máximo operacional no conduto para evitar, dentro de certo risco,
extravasamentos devido à ação de ondas de vento ou de embarcações,
ressalto hidráulico, perdas localizadas e flutuações de vazões. É usual, utilizar
as expressões fornecidas pelo USBR para determinação da borda livre.
Conforme gráfico abaixo:

Existem várias equações e ábacos para os cálculos da borda livre, como:

Q1/3

Em que BL = Borda livre;


h = altura da lamina da água no canal, em m;
Q = vazão do canal, em m3/s; e
K = coeficiente, variando de 0,46 a 0,76.
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1.5- MOVIMENTO UNIFORME DOS CANAIS

Em condições normais, ocorre nos canais um movimento uniforme, ou


seja, a velocidade média da água é constante ao longo do canal. No caso da
equação da continuidade:

Em que: q = vazão do canal, em m3/s;


a = área da transversal do canal, em m2; e
v = velocidade média da água, em m/s.

A área é determinada geometricamente e a velocidade pode ser medida


no local ou, na maioria dos casos, determinada através de equações. Há varias
equações para o calculo da velocidade média da água em um canal, porém as
mais usadas são as de Chezy, Bazin e Manning.

As equações de Chezin e Bazin podem ser escritas da seguinte forma:

√ 0

Sendo V = velocidade média da água;


C = coeficiente, dependendo do material;
Rh = raio hidráulico;
S0 = declividade do canal, m/m

O coeficiente de Bazin (C) pode ser calculado pela seguinte equação:



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Sendo m o fator que depende da natureza das paredes do canal, como mostra
na Tabela 3.

Tabela 3 – Valores de m para determinação do coeficiente de Bazin


Naturezas das paredes m
Muito lisas (cimento alisado) 0,06
Lisas (concretos, tijolos) 0,16
Pouco lisas (alvenaria de pedra bruta) 0,46
Parede mista (com ou sem revestimento) 0,85
Canais de terra normal 1,30
Canais de terra com grande resistência ao 1,75
escoamento (fundo com vegetação e pedras
soltas)

A equação de Manning é a seguinte:

Sendo: V = velocidade média da água, em m/s;


n = coeficiente de rugosidade, dependendo do material do canal;
Rh = raio hidráulica; e
S0 = declividade do canal, em m/m.

Combinando as equações de Manning e de continuidade, tem-se:

( )2/3 S01/2 =
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1.6- DIMENSIONAMENTO DOS CANAIS

O dimensionamento de condutos livres (canais), em condições de


escoamento permanente e uniforme, é feito com o auxílio de equações
empíricas, sendo que todas elas podem ser agrupadas em uma única do tipo,
obedecendo-se ao Sistema Internacional de Unidades (SI):

Q = C A (R I)m

Em que:
Q-vazão;
C - fator de resistência;
A - área molhada do canal;
R - raio hidráulico do canal;
I - declividade de fundo do canal, adimensional;
m - expoente da declividade, adimensional.

O raio hidráulico (R) é uma dimensão resultante da relação entre a área


molhada (A) e o perímetro molhado (P) do canal. O fator de resistência é uma
função do raio hidráulico e da natureza das paredes do canal. Este fator,
juntamente com o expoente da declividade, tem sido alvo de pesquisas.
Estudos realizados por Manning (1891) permitiram concluir-se que o
expoente da declividade (m) pode ser considerado igual a 0,5 e o fator de
resistência (C), segundo Henderson (1980), pode ser calculado por:

C = R1/6 n-1

Sendo n conhecido como fator de Manning, tabelado de acordo com a natureza


das paredes do canal.
Em outro estudo, Bazin (1897) verificou que o valor de m também
poderia ser considerado igual a 0,5, porém o valor de C, conforme Chow (1986)
deveria ser calculado:
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C=

Sendo y conhecido como coeficiente de Bazin, tabelado de acordo com a
natureza das paredes do canal.
Considerando-se também a fórmula universal de perda de carga, pode-se
calcular C por:

Sendo g = 9,81 m s-2 e f o coeficiente de atrito, adimensional.

Os sistemas de drenagem podem ser feitos por meio de drenos abertos


(valetas) e drenos subterrâneos (cobertos). Estes últimos apresentam a
vantagem de facilitar operações de transporte e mecanização, evitando a
construção de pontes e outras estruturas necessárias no caso de utilização de
valetas (Millar, 1978).
O dimensionamento de drenos abertos é realizado com a aplicação das
equações apresentadas anteriormente, o que não ocorre para o caso dos
drenos subterrâneos, tendo em vista que a vazão escoada varia desde o início
do dreno até o seu final.
Em razões disto, diferentes equações experimentais são apresentadas
para o dimensionamento de drenos subterrâneos, o que leva o projetista a
dúvidas na escolha de uma ou outra equação.

2.0- HIDROMETRIA

A hidrometria é a ciência que mede e analisa as características físicas e


químicas da água, incluindo métodos, técnicas e instrumentação utilizados em
hidrologia (PROSSIGA 2003). Dentro da hidrometria pode-se citar a
fluviometria que abrange as medições de vazões e cotas de rios. Os dados
fluviométricos são indispensáveis para os estudos de aproveitamentos
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hidroenergéticos, assim como para o atendimento a outros segmentos, como o


planejamento de uso dos recursos hídricos, previsão de cheias, gerenciamento
de bacias hidrográficas, saneamento básico, abastecimento público e industrial,
navegação, irrigação, transporte, meio ambiente e muitos outros estudos de
grande importância científica e socioeconômica.
Uma estação hidrométrica é uma seção do rio, com dispositivos de
medição do nível da água (réguas linimétricas ou linígrafas, devidamente
referidos a uma cota conhecida e materializada no terreno), facilidades para
medição de vazão (botes, pontes, etc.) e estruturas artificiais de controle, se for
necessário (STUDART, 2003).
A avaliação diária da vazão por um processo direto (medição e
integração do campo de velocidades na seção transversal) seria
excessivamente difícil e complicado, por este motivo opta-se pelo registro dos
níveis do rio e determina-se uma relação entre a vazão e o nível denominada
curva-chave. Portanto, a seguir será descritas a instalação de um posto
fluviométrico, a medição dos níveis, a medição de vazão e a determinação da
curva-chave.

2.1- MEDIÇÕES DE VAZÃO

Medição de vazão em hidrometria é todo processo empírico utilizado


para determinar a vazão de um curso de água. A vazão ou descarga de um rio
é o volume de água que passa através de uma seção transversal na unidade
de tempo. A medição da vazão tem de suma importância quantificar a vazão
disponível para projetos de irrigação, controlar a vazão (volume) de água de
irrigação a ser aplicada em projetos (racionalizar o uso da água); quantificar a
vazão disponível para acionar uma roda d’água. A escolha do método
depende: do volume do fluxo de água; das condições locais; do custo (existem
equipamentos caros e outros simples e baratos); da precisão desejada.
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2.2 - Métodos de medição de vazão

Existem vários métodos para medição de vazão e a cada dia novas


tecnologias surgem no mercado. Entre os métodos mais usados atualmente
destacamos por classe:
- Métodos diretos: método volumétrico ou de pesagem, hidrômetro e
fluxímetro.
- Métodos que utilizam a relação velocidade/área: flutuador, molinete,
coordenadas em tubo com descarga livre, tubo de Pitot e processo
colorimétrico.
- Métodos que utilizam constrição na seção transversal de escoamento:
venturímetro, diafragma, vertedores, calha Parshall e calha WSC.

2.3- MÉTODOS DIRETOS

2.3.1- Método volumétrico

Medição do tempo gasto para encher um recipiente de volume


conhecido como:

Volume(v)
Vazão(Q) 
Tempo(T )

O volume v pode ser dado em litros ou metros cúbicos e o tempo T


em minutos ou segundos, dependendo da magnitude da vazão medida. Mede-
se o tempo necessário para que a água preencha completamente um
reservatório com volume conhecido.
Esse método tem como alternativa: pesar recipiente com volume
desconhecido (descontar peso do recipiente). A Alteração do volume de água
em um reservatório de volume conhecido:

Q = DV/T DV = V2 – V1
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O método volumétrico é utilizado em pequenos riachos e canais, medição de


vazão em sulcos, em aspersores e gotejadores. Recomendam-se no mínimo
três repetições recipientes com tempo mínimo de enchimento de 20 segundos.

2.3.2- Hidrômetro

Utilizado para a medição de vazão em tubulações, onde o rotor é posto em


movimento pela corrente de água. Acoplado a um mostrador, onde se lê o
volume que passou pelo hidrômetro.

Q = Vol/T

2.3.3 - Fluxímetro

Equipamento destinado a quantificar e indicar a vazão de um fluído. Ao


conjunto de fluxômetros que permite a mistura de gás em concentrações e
fluxos conhecidos denomina-se bloco de fluxômetros. O fluxômetro é composto
por uma válvula de controle de fluxo associado a um tubo vertical dotado de
escala através do qual flui o gás; um flutuador; e um limitador na porção
superior do tubo. Os tubos são construídos de material transparente,
preferencialmente em vidro.
Possuem uma conicidade interna que tem por finalidade proporcionar
uma variação de área em relação à posição assumida ao flutuador em função
do fluxo estabelecido. O flutuador é um elemento localizado no interior do
fluxômetro, que varia sua posição proporcionalmente à variação do fluxo. É o
ponto de referência para se realizar a leitura da vazão.
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2.4 – MÉTODOS QUE EMPREGAM A RELAÇÃO VELOCIDADE/ÁREA

2.4.1 – Flutuador

Este método se aplica a trechos retilíneos de canal e que tenham seção


transversal uniforme. As medidas devem ser feitas em dias sem vento, de
forma a ser evitar a influencia no caminhamento do flutuador. Para facilitar a
medida, devem ser esticados fios no inicio no meio e no final do trecho onde se
pretende medir a velocidade. O flutuador dever ser solta a montante, a uma
distância suficiente para adquirir a velocidade da corrente, antes dele cruzar a
seção inicial do trecho de teste. Com a distância percorrida e o tempo,
determina-se a velocidade média do flutuador através da fórmula:

Utilizado em canais de pequeno ou médio porte. A vantagem deste


método é a rápida determinação, sendo sua desvantagem a imprecisão
causada por ventos, corrente secundárias e ondas.

Através de flutuadores (pode ser utilizada uma garrafa plástica bóia,etc.)


determina-se a velocidade superficial do escoamento. Esta velocidade
superficial é, na maioria das vezes, superior a velocidade média do
escoamento. A velocidade média corresponde de 80 a 90% da velocidade
superficial. Multiplicando-se a velocidade média pela área molhada (área da
seção transversal por onde está ocorrendo o escoamento), obteremos a
vazão.
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2.4.2 - Molinetes

São equipamentos que contém uma hélice que gira quando é colocada no
sentido do fluxo da água. O princípio mais utilizado é que a rotação da hélice
em torno do eixo abre e fecha um circuito elétrico, contando o número de
voltas durante um intervalo de tempo fixo, obtendo-se assim uma relação
entre a velocidade do fluxo e a rotação da hélice do tipo:

Onde V = velocidade do fluxo; N = velocidade de rotação; e a e b são


constantes características da hélice e fornecidas pelo fabricante do molinete,
e/ou determinadas por calibração, que deve ser realizada periodicamente.

2.5 - MÉTODOS QUE UTILIZAM CONSTRIÇÃO NA SEÇÃO


TRANSVERSAL DE ESCOAMENTO

2.5.1- Vertedores

São aberturas feitas na parte superior da parede de um conduto livre


através do qual escoa o líquido cuja vazão se deseja medir. Seu pode variar
entre: triangular, retangular ou trapezoidal. Utilizados em canais de irrigação,
represas e pequenos rios.
Tipos de Vertedores e suas equações para a determinação da vazão.

Vertedor triangular

Vertedor Angular
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Com contrações laterais

Sem contrações laterais

Vertedor trapezoidal

Medidor “wsc flume” (calha)

Muito utilizado para medir a vazão em sulcos de irrigação ou canais.


Neste equipamento, a água praticamente não se eleva (represamento) à
montante do ponto de instalação. Por este motivo é muito utilizado em projetos
de irrigação por superfície (sulcos). São construídas em três tamanhos
diferentes: pequena, média e grande. Para a medição da vazão, somente a
leitura de uma régua graduada em milímetros, encostada na parede lateral da
entrada, é suficiente.
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3.0- CONCLUSÃO

Os medidores de vazão são fundamentais estratégica e


economicamente nos processos industriais, pois, são utilizados para o controle
do processo, análise e garantia de qualidade, produtividade; segurança; análise
de eficiência, perdas e rendimento; balanço de massa, balanço de energia;
transações comerciais, medições contábeis, etc. É notável a importância da
medição de vazão no âmbito operacional, comercial, e econômico, pois, esta
torna prática a interpretação do quanto em dinheiro convertido em fluido está
literalmente “correndo”, ou melhor, escoando.
Concluímos que é de suma importância o estudo sobre medições de
vazão, pois estes permite quantificar a vazão disponível para projetos de
irrigação; controlar a vazão (volume) de água de irrigação a ser aplicada em
projetos (racionalizar o uso da água).
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4.0- REFERÊNCIAS

IBIAPINA, A. V., et al. Evolução da hidrometria no Brasil . Disponível em: <


http://www.mma.gov.br/port/srh/acervo/publica/doc/oestado/texto/121-138.html
>. Acesso em: 2013.

NETTO A. Manual de Hidráulica. 8 ed. – São Paulo, Editora Blucher,


1998.pag.361.

PORTO R. M. Hidráulica Básica, Ed. 4 São Carlos: EES-USP, 2006 pag. 226.

PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA. Disponível em:


<http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Fernando/leb1440/Aula_5/Cap13-
Hidrometria.pdf>. Acesso em 2013.

PEDRAZZI, J. A. Escoamento Superficial. Disponível em: <


http://www.facens.br/site/alunos/download/hidrologia/pedrazzi_cap7_escoamen
to_superficial.doc >. Acesso em: 2013.

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