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Estudo Do Potencial de Indicação Geográfica Da Linguiça Caseira de José de Freitas - Mapeamento Tecnológico
Estudo Do Potencial de Indicação Geográfica Da Linguiça Caseira de José de Freitas - Mapeamento Tecnológico
INTRODUÇÃO
REVISÃO DE LITERATURA
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Tiago Soares da Silva, Rafael Sales Almendra, Suzana Leitão Russo, Daniel Pereira da Silva
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ESTUDO DO POTENCIAL DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA DA LINGUIÇA CASEIRA DE JOSÉ DE FREITAS
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Tiago Soares da Silva, Rafael Sales Almendra, Suzana Leitão Russo, Daniel Pereira da Silva
Categoria Documentação
i) Requerimento (modelo I) do qual conste: a) o nome geográfico; b) a descri-
ção do produto ou serviço; ii) instrumento hábil a comprovar a legitimidade do
Documentação requerente; iii) regulamento de uso do nome geográfico; iv) instrumento oficial
geral conforme que delimita a área geográfica; v) etiquetas, quando se tratar de representação
art. 6º (comum a gráfica ou figurativa da IG ou de representação de país, cidade, região ou locali-
IP e DO) dade do território, bem como sua versão em arquivo eletrônico de imagem; vi)
procuração, se for o caso; e, vii) comprovante do pagamento da retribuição cor-
respondente
Para IP, além das condições estabelecidas no art. 6º, o pedido deverá conter: a)
documentos que comprovem ter o nome geográfico se tornado conhecido como
Documentação centro de extração, produção ou fabricação do produto ou de prestação de servi-
complementar ço; b) documento que comprove a existência de uma estrutura de controle sobre
para IP confor- os produtores ou prestadores de serviços que tenham o direito ao uso exclusivo
me da IP, bem como sobre o produto ou a prestação do serviço distinguido com a IP;
art. 8º c) documento que comprove estar os produtores ou prestadores de serviços es-
tabelecidos na área geográfica demarcada e exercendo as atividades de produção
ou prestação do serviço
Para DO, além das condições estabelecidas no art. 6º, o pedido deverá conter: a)
elementos que identifiquem a influência do meio geográfico na qualidade ou nas
características do produto ou serviço que se devam exclusivamente ou essencial-
mente ao meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos; b) descrição do
Documentação
processo ou método de obtenção do produto ou serviço, que devem ser locais,
complementar
leais e constantes; c) documento que comprove a existência de uma estrutura de
para DO
controle sobre os produtores ou prestadores de serviços que tenham o direito ao
conforme art. 9º
uso exclusivo da DO, bem como sobre o produto ou prestação do serviço distin-
guido com a DO; d) documento que comprove estar os produtores ou prestadores
de serviços estabelecidos na área geográfica demarcada e exercendo as atividades
de produção ou de prestação do serviço.
ASPECTOS METODOLÓGICOS
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ção geográfica. Justifica-se a escolha pelo produto em função de o mesmo ser bas-
tante conhecido no estado do Piauí. Desta forma, o objeto de estudo desta pesquisa
se caracteriza como um estudo de caso, que de acordo com Yin (2015), consiste em
uma pesquisa empírica que estuda um conteúdo contemporâneo no cenário da
vida real que o pesquisador não tem controle.
A pesquisa é caracterizada como qualitativa, que conforme Bogdan & Biklen
(2003), envolve aspectos como ambiente natural, a descrição dos dados, trabalho
com o processo, com o significado e com a análise indutiva.
Quanto aos objetivos da pesquisa, esta pode ser caracterizada como descritiva
que conforme Gil (2019), a pesquisa descritiva tem por propósito descrever carac-
terísticas de determinada população ou fenômeno, ou relacionar variáveis.
No que concerne à técnica de coleta de dados, este estudo é do tipo documen-
tal, posto que, conforme salientam Lakatos e Marconi (2017) e Gil (2019) a coleta
de dados se dá não somente em autores bibliográficos, mas também em produções
que não tiveram o tratamento científico, muitas vezes dispersos no espaço, como
arquivos particulares e sites de internet.
Para a realização desta pesquisa, utilizou-se como mecanismo de busca: lingui-
ça and “josé de freitas” nos portais das Instituições Científicas e Tecnológicas – ICT
piauienses, organizações públicas e privadas, portal de periódicos da CAPES e no
Google acadêmico.
Nas buscas realizadas, observou-se que o sítio eletrônico da cidade de José de
Freitas se encontra em manutenção, dispondo apenas de informações relativas aos
contracheques de servidores, Nota Fiscal Eletrônica e a Transparência.
Em relação às pesquisas realizadas nas ICT do estado do Piauí, que são a Univer-
sidade Federal do Piauí – UFPI, a Universidade Estadual do Piauí – UESPI, Instituto
Federal do Piauí – IFPI e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRA-
PA, não foi detectada a realização de trabalhos relacionados com tal temática.
As informações sobre o produto foram coletadas no período compreendido
entre os meses de setembro e novembro de 2019, contemplado, portanto, todas as
informações relativas à Linguiça Caseira de José de Freitas.
ANÁLISE DE RESULTADOS
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Nos diversos blogs e portais das cidades de Teresina e José de Freitas, há regis-
tros que tratam e apresentam o produto como bastante conhecido na região.
Em matéria publicada pelo portal meio norte, de 02/06/2014, a matéria trata
sobre “Encontro de tradições juninas aquece o comércio local em José de Frei-
tas”. Um trecho aborda: “A Terra da Linguiça Caseira se transformará num enorme
palco de tradições, atrações folclóricas e culturais de todo a região.” (Portal Meio
Norte, 2014, online).
O website Cidadeverde.com é outro portal muito conhecido no Piauí. Em
19/10/13, houve a publicação da matéria “Viva Piauí: culinária dos municípios é
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Cajuína
Caetano Veloso
Percebe-se, pela letra da música, que o cantor e compositor expressa não ape-
nas o produto, mas sua origem, objeto das indicações geográficas. Pelo revelado,
reforça-se de forma conclusiva que o produto é produzido na cidade de Teresina,
capital do estado do Piauí.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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dade industrial. Brasília, DF: Presidente da República, [1996]. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9279.htm. Acesso em: nov. de 2019.
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GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
REZENDE, A. A.; MIYAJI, M.; SIMOES, G. C.; DALTRO, T. S.; PEREIRA, I. T. M. S. Con-
siderações sobre as potenciais Indicações Geográficas do Sudoeste da Bahia. In: Revista de
Política Agrícola, v. 24, p. 18-31, 2015.
SAUNDERS, M.; LEWIS, P.; THORNHILL, A. Research Methods for Business Students. 5.
ed. São Paulo: Pearson Education, 2009.
SILVA, F. C.. Proteção por Indicação Geográfica no Artesanato Piauiense para o Polo
Cerâmico do Poti Velho e Renda de Bilro de Ilha Grande. Dissertação. Mestrado em Ciên-
cia da Propriedade Intelectual, Universidade Federal de Sergipe, 2017.
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Viva Piauí: culinária dos municípios é destaque com degustação. Cidadeverde.com, Ter-
esina, 19/10/2013. Acesso em 30 nov. 2019. Disponível em: https://cidadeverde.com/noti-
cias/146354/viva-piaui-culinaria-dos-municipios-e-destaque-com-degustacao
WIPO. Geneva Act of the Lisbon Agreement on appellations of origin and geographical
indications, 20 de maio de 2015. Disponível em: http://www.wipo.int/edocs/lexdocs/trea-
ties/en/lisbon/trt_lisbon_009en.pdf Acesso em: 09 de outubro de 2019.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
ZANANDREA, G.. Produtos Tradicionais Portugueses: Indicação Geográfica. In: 8th Inter-
national Symposium on Technological Innovation. Aracaju: 2017. Disponível em: http://
www.api.org.br/conferences/index.php/ISTI2017/ISTI2017/paper/view/275/192
Acesso em 03 out. 2019.
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