Foi poeta, ficcionista, dramartugo, ensaísta, crítico, tradutor, professor universitário e engenheiro. Teve uma infância solitária e infeliz, o que fez com que se tornasse introspetivo, observador e imaginativo,na sua juventude lia bastante, tocava piano e escrevia poemas. Sena frequentou o colégio Vasco da Gama e depois do liceu, ingressou na escola naval, curso que não concluiu por impedimentos vários. Veio a formar-se em Engenharia Civil na Universidade do Porto. Ainda durante os seus estudos universitários publicou as suas primeiras composições poéticas sob o pseudónimo Teles de Abreu. Após isso foi para o Brasil em exílio, onde dava aulas de literatura portuguesa e onde acabou por se doutorar em Letras. A sua obra focava nos problemas sociopolíticos portugueses e criticava o Estado Novo que liderava na época, principalmente pela censura da arte. Era ativista e estava sempre envolvido em movimentos anti-fascistas. (poliglota, guitarra e acordião estudou pintura em lisboa e paris) Produziu uma vasta obra literária em diversos gêneros, incluindo poesia, prosa ficcional, ensaios e crítica literária. Algumas das suas obras mais conhecidas incluem: "Pedra Filosfal" (1950), "Os Grão-Capitães" (1962), "Sinais de Fogo" (1979), "Poesia III" (1981). Além dessas obras, Jorge de Sena também deixou uma vasta produção ensaística e crítica literária, que inclui estudos sobre autores como Camões, Pessoa e Saramago, e reflexões sobre questões políticas e sociais do seu tempo Ao longo de sua carreira foi muito prestigiado e conquistou diversos prémios, entre eles: Prémio Dom Dinis (1959) por seu livro de ensaios "Os Grão- Capitães" Prémio Internacional de Poesia Etna-Taormina (1960) concedido na Itália pelo conjunto da sua obra poética Prémio Nacional de Poesia (1965) concedido em Portugal pelo livro de poesia "Coroa da Terra". (Foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique (9 de abril de 1977), por serviços prestados à comunidade portuguesa. Recebeu, postumamente, a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal a 30 de agosto de 1978.[7] Em 1980, foi inaugurado o Jorge de Sena Center for Portuguese Studies, na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara.)
Análise por estrofes:
1ª est: O poeta começa por expressar a dor que sente
relativamente à idolatria da ditadura. Critica a atitude das pessoas por terem o foco nos ideais errados e não lutarem pela sua liberdade e pelos seus direitos 2ªest: Critica ainda a estagnação em que o país se encontra e apela pela resposta do povo, espera que tenham fome de mudança ao invés de esperar que as coisas se resolvam por conta própria com o passar do tempo. 3ªest: Se não tomarem iniciativa pode ser tarde demais para a redenção 4ªest: O poeta usa expressões como "rasgar" e "gritar" para reforçar a ideia de revolta. Conclui que a redenção é quem a faz, e esta é independente da sua sabedoria, força e outros atributos, só depende da vontade conjunta do povo. 5ªest: "Aqui está a redenção." O poeta faz referência à estrofe anterior, onde apresenta a "fórmula" para a redenção. "Tomai-a toda." funciona como um aviso/conselho do autor para o povo português por em prática aquilo que lhes é transmitido. Afirma que se