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se: © principal objetivo deste capitulo é apresentar os conceitos basicos de planejamento e execucdo das tarefas de operagao e manutencao de uma subestacao, visando garantir a seguranga dos equipamentos e dos profissio- nis envolvidos 7.1. Procedimento de operagao de subestacoes De acordo com a NR-10, a operacao e a manutencao de subestagao devem ser efetuadas por pessoas qualificadas e autorizadas, conforme es- tudado no Capitulo 6 deste livro, com treinamento prévio de NR-10 e que estejam familiarizados com o sistema elétrico. Por se tratar de uma instalacao de alta tensdo, além do curso basico da NR-10, o profissional também deve ter realizado 0 curso complementar, chamado de curso do SEP Conforme apontado no Capitulo 6, a NR-10 determina que o profissio- nal que est executando a operacao na subestacao nao pode estar sozinho. Nao se deve realizar manobras em subestacdes sem o equipamento de protegao (luvas, bastdes isolantes e tapetes de borracha etc.). Todos esses equipamentos devem ter resisténcia dielétrica conforme a classe de tensao e estar de acordo com a NR-6 do Ministerio do Trabalho e Emprego. As luvas de seguranca devem estar protegidas pelas luvas de protecao mecanica acondicionadas em local apropriado, Existem dois tipos de operacao de subestagées: * Operagio programada; + Operacao de emergéncia. 7.1.1. Operagao programada de subestagées Em todos os servigos executados dentro da subestagao é essencial que seja feita uma programagao prévia e uma lista de procedimentos a serem executados, para assegurar que a atividade seja feita corretamente. ‘A norma de seguranca NR-10 determina nos itens 10.7.4, 10.7.5 € 10.7.6 que a operacao da subestacao deve dispor de uma ordem de servico, de um procedimento de trabalho e realizar um planejamento prévio antes de executar a atividade. Veja mais detalhes no Capitulo 6. O item 10.11, da NR-10 determina que 0 procedimento de trabalho deve ser assinado por um profissional legalmente habilitado e elaborado com a participacao do servico especializado de engenharia seguranga do trabalho (SESMT). mada 10.11.1 Os servigos em instalacoes elétricas devem ser planejados e realiza- dos em conformidade com procedimentos de trabalho especificos, padroniza- dos, com descricao detalhada de cada tarefa, passo 2 passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece 0 item 10.8 desta NR. 10.1.2 Os servigos em instalagbes elétricas dever ser precedidos de ordens de servigo especiticas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no minimo, 0 tipo, a data, o local e as referéncias aos procedimentos de trabalho a serem adotados. 10.1.3 0s procedimentos de trabalho devem conter, no minimo, objetivo, campo de aplicagao, base técnica, competéncias e responsabilidades, disposi bes gerais, medidas de controle e oientagdes finais. 10.11.4 Os procedimentos de trabalho, 0 treinamento de seguranga e sauide a autorizacao de que trata o item 10.8 devem ter a participagao em todo proceso de desenvolvimento do Servigo Especializado de Engenharia de Segu- ranga e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver. ‘A ordem de servico determina a realizagao da operacao, também cha- de manobra, de uma subestagao e deve conter: + Motivo da manobra; + Hordrio de inicio da manobra; + Se ha interrupeao; + Se a interrupedo ¢ total ou parcial; + Quais os setores afetados; + Os componentes (equipamentos) e sequéncia que seréo manobra- dos; + Condigdes operativas dos equipamentos que serao manobrados; + 0s EPls e EPCs que serdo usados; + Tempo total de duracao; + Solicitante da manobra; + Responsavel(is) pela(s) manobra(s) (operadon); + Em caso de entrega para manutencdo, os profissionais da manu- tencao que vao trabalhar; + Data e hordrio em que 0 circuito seré devolvido para religamento; ‘+ Responsdvel que vai liberar 0 circuito; * Os diagramas a serem consultados para manobra. Quando houver a necessidade de realizar uma operacao de emergén- cia, ndo ha tempo habil de providenciar uma ordem de servico e colher as devidas assinaturas antes de realizar a operacao. Nestes casos, a operacdo € feita conforme procedimento pré-elaborado e, posteriormente, deve ser emitida a ordem de servico com todas as opera- Ges ja realizadas e o motivo da operacao. No caso de curto-circuito é preci- 50 indicar 0 local em que aconteceu e as medidas adotadas. 7.1.1.1. Exemplo pratico Observando o diagrama unifilar do Apéndice D de uma subestacdo que transforma 88 kV em 13,8 KV, é possivel identificar dois transformadores e dois ramais de entrada que se encontram na seguinte situacao: + Ramal 1 e 2 de 88 kV energizado; + Disjuntor n® 1 de 88 KV fechado; + Disjuntor n® 2 de 88 kV aberto; + Os disjuntores de 13,8 kV, nimeros 3 e 4, do secundario do trans- formador 1 e do secundario do transformador 2 estao fechados; + Todas seccionadoras de 88 kV estao fechadas; + Aseccionadora de interligacao de barra de 13,8 kV esté aberta; + Os transformadores 1 e 2 estao em carga, cada um alimentando 50% da empresa. ay Sequéncia de operacéo para um desligamento completo de uma su- bestacdo com seguranca: 1. Planejar; 2. Conferir condicdes de operago dos equipamentos a serem mano- brados: ‘a._meio de extin¢ao dos disjuntores; b. tensdo; cc. carga; d. meio de acionamento. Bloquear a transferéncia automatica de 88 KV; 4. Desligar disjuntor n® 3 secundario do transformador n® 1 de 13,8 kV pelo acionamento elétrico no painel de comando e, na falta, acio- namento mecénico; Verificar a auséncia de corrente do disjuntor n® 3 e extrai-lo; Desligar disjuntor n® 4 secundério do transformador n® 2 de 13,8 kV pelo acionamento elétrico no painel de comando e, na falta, acio- namento mecdnico; 7. Verificar a auséncia de corrente do disjuntor n® 4 e extral-lo; a eh Desligar disjuntor n? 1 de 88 kV pelo acionamento elétrico no painel de comando e, na falta, acionamento mecanico; 9. Conferir auséncia de tensao da saida dos disjuntores dos ramais Le 2 de 88 kV; 10. Abrir seccionador n? 7405 e travar na posi¢ao desligada; 11. Abrir seccionador n® 7403 e travar na posi¢ao desligada; 12. Abrir seccionador n® 7406 e travar na posicao desligada; 13. Abrir seccionador n? 7404 e travar na posicao desligada; 14. Verificar equipamentos; 15, Sinalizar (placas, avisos, barreiras etc.); 16. Elaborar relatério. Caso o desligamento tenha sido executado para manutencdo, deve-se: a. executar teste de tensdo usando o detector de tens4o; b. bloquear com bloqueio padronizado os equipamentos desliga- dos; c. _ executar aterramento temporario; d. _isolar a 4rea na qual vai ser executada a manutencao. Observagao _Desligar 0s circuitos de alta e baixa tensdes sempre pelos disjuntores ‘nunca pelas seccionadoras, pois 0s disjuntores sao feitos para suportar a interrupgao de elevadas correntes elétricas, portanto é elemento res- onsavel pelo perfeito desligamento ou religamento de toda carga da subestacao. Quando ha diversos disjuntores de alta tensao, os disjuntores secun- darios devem preferencialmente ser desligados primeiro e por ultimo o prin- cipal Sequéncia de operacao para um religamento completo de uma subes- taco com seguranca: No religamento completo programado, as operagées devem ser inver- sas a0 desligamento e seguidas passo a passo. Caso 0 desligamento seja para manutencao, deve-se verificar se: a. todas as ferramentas, equipamentos e pessoal nao envolvidos na manobra foram retirados do local; b. oaterramento tempordrio foi retirado; c. 4, ‘05 equipamentos e o sistema de protegao estéo em ordem; as telas de protecdo ou todas as portas estao no local e fecha- das, Execugao da operacao de religamento: 1 2. CP OPrnaanaw 14. 15. 16. 17. Planejar; Conferir condigdes de operagao dos equipamentos a serem mano- brados: a, meio de extingao dos disjuntores; b. tensao no ramal de entrada. Retirar sinalizacao de “desligado”; Retirar bloqueio dos equipamentos bloqueados; Fechar 0 seccionador n® 7404 e travar na posigao ligada; Fechar 0 seccionador n® 7406 e travar na posigao ligada; Fechar o seccionador n® 7403 e travar na posicao ligada; Fechar 0 seccionador n® 7405 e travar na posigao ligada; Ligar disjuntor n® 1 de 88 KV pelo acionamento elétrico no painel de comand e, na falta, acionamento mecénico; |. Verificar presenca de tensao da saida do disjuntor, Inserir e ligar disjuntor n® 3 secundério do transformador n? 1 de 13,8 kV pelo acionamento elétrico no painel de comando e, na falta, acionamento mecénico; Verificar a presenca de corrente; Inserir e ligar disjuntor n? 4 secundario do transformador n® 2 de 13,8 KV pelo acionamento elétrico no painel de comando e, na falta, acionamento mecanico; Verificar presenga de corrente; Habilitar transferéncia automatica; Conferir equipamento; Elaborar relatério. 7.1.2. Operagao de emergéncia de subestagdes Nas subestagées pode ocorrer desligamentos automaticos por diversos motivos, como segue: Falta de fase no circuito de alimentagao da distribuidora; Interrupcao total do circuito de alimentagao da distribuidora; Sobrecorrente na subestacao; Curto-circuito na subestagao; Aquecimento do transformador; Falta de dleo no transformador; Noon wne Gs inflamavel no transformador. Qualquer religamento que for realizado devido a um desligamento des- sa natureza 6 considerado operacao de emergéncia. O religamento pode ser feito, desde que os seguintes pontos sejam verificados: 1. Motive de desligamento; : 2. Condigées dos equipamentos; 3. A subestacdo deve oferecer condigdes técnicas de seguranga para © profissional que esteja executando a tarefa; 4, Existéncia dos equipamentos auxiliares da manobra. Realizada a operagdo de religamento de emergéncia, deve ser elabora- do um relatério contendo: + motivo do desligamento; + orelé que atuou; + providéncias que devem ser tomadas. 7.2. Procedimento de manutengao de subestacoes Na execugao de trabalhos de manutengao de subestagoes os profissio- nais devem ser qualificados e autorizados para a tarefa, bem como dispor dos equipamentos de protecao coletiva (EPC) e equipamentos de protecao individual (EPI) necessérios. 0s profissionais também devem ter recebido treinamentos técnicos so- bre a tarefa que vdo executar e treinamento da norma de seguranga NR-10 do Ministério do Trabalho e Emprego. As vestimentas dos profissionais de- vem ser adequadas, bem como nao devem portar rel6gio, anéis, pulseira ou qualquer outro adorno pessoal, conforme determina a NR-10. 0.2.9.2 As vestimentas de trabalho dever ser adequadas 3 atividades, de- vendo contemplar a condutibilidade, iflamabilidadee infiénciaseltromag- nities. 10,2.9.3 € vedado 0 uso de adornos pessais nos trabalhos com instalagdes clétricas ou em suas proximisades Conforme estudado no item 6.2 deste livro, todo equipamento seccio- nado dentro de uma subestacao somente é considerado desenergizado, para efeito de manutencao, quando estiver: 1, desligado; isolado; bloqueado; testado; aterrado; aah wD sinalizado. Essa sequéncia de operagées esté defina no Capitulo 5.1 da NR-10, conforme reproduzido a seguir. O estado da instalacdo desenergizada deve ser mantido até a autorizacao de nova energizacéo. 10.5.1 Somente serdo consideradas desenergizadas as intalagdes eétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida 4 sequéncia abaixo: a) seccionamento; b) impedimento de reenergizagio; ©) constatagdo da auséncia de tenséo; ) instalacdo de aterramento tempordrio com equipotencialzacae dos condutores dos crcutos; e) protecdo dos ele- mentos energizados exstentes na zona controlada (Anexo Df instalag8o da Sinalizacéo de impedimento de reenerizacio. Durante a manutengao a subestagao deve estar desobstruida de pe- cas, materiais e equipamentos alheios ao servigo e devem ser verificados os seguintes itens: + Disponibilidade dos EPIs e EPCs; + As portas de emergéncias e ou de acessos devem estar livres; + Os extintores de incéndio (CO, ou p6 quimico) devem estar car- regados e dentro do periodo de validade. ‘Apés receber a comunicagao da conclusao da manobra pelo operador, © responsavel pelo servigo de manutencao deve conferir a manobra com todos os membros da equipe, verificando se os equipamentos sob sua res- ponsabilidade estado isolados, sinalizados, bloqueados elétrica e mecanica- mente e, se necessério, afastados (essa conferéncia deve ser acompanhada do diagrama da subestacdo) Em subestacao com circuitos internos e diversos postos de transforma- 40, ou com geradores particulares, devem ser adotados cuidados especiais contra risco de acidentes de corrente de retorno. ‘Apés 0 desligamento total de subestacdes providas de capacitores 6 necessario esperar a descarga das correntes capacitivas antes de realizar 0 aterramento temporatio. Antes de iniciar a manutencao é necessério realizar um planejamen. to. Entende-se por planejar o ato de preparar antecipadamente a execucao dos servigos a serem realizados, definindo um plano ou roteiro das diversas etapas, para ter conhecimento claro do que fazer, por que fazer, como fazer, quando fazer e quem deve fazer. Cabe ao responsdvel do servigo a ser executado distribuir as tarefas, analisando sempre a necessidade do servigo, bem como o niimero de profis. sionais necessarios. O responsavel também deve verificar 0 uso e as condigées dos EPIs, certificando-se de que toda equipe esté ciente do que fazer, para que fazer ¢ de que maneira fazer, Vale lembrar que a execugéo de um mesmo servigo nem sempre 6 a mesma, e que as tarefas fora de rotina devem ter atengao especial. As ferramentas a serem usadas devem ser adequadas as tarefas e estarem em condigdes de uso, o local deve estar limpo e com ventilacao e iluminagéo adequada, ‘A manutengéo em equipamentos desligados apresenta-se, a primeira vista, como uma condigdo aparentemente segura para os trabalhos a serem realizados. Entretanto, esses equipamentos podem ser energizados indevi- damente por diversos fatores, tais como tensdes estéticas, indutivas e ca- Pacitivas, erro na manobra, contato acidental com outro ponto energizado, descargas atmosféricas e religamento acidental. Nestes casos, o aterramento tempordrio constitui a principal prote- 40 das pessoas envolvidas na manutencéo. Essa protecdo é oferecida pelo Conjunto de aterramento que, ao ser instalado de forma adequada com es- Pecificagdes e a sequéncia correta, protege os profissionais contra os fatores citados, desviando a corrente elétrica por um caminho de resisténcia 6hmica menor que a do ser humano. de tensao usando o detector Observacdo Antes do aterramento deve-se fazer o teste de tensao. 7.2.1. Tipos de manutengao de subestagoes Nos equipamentos elétricos se faz necesséria a manutencao para que eles possam estar sempre disponiveis, prolongando sua vida tttil. Essa ma- nutencao deve obedecer a + critérios preestabelecidos pelo fabricante dos equipamentos; + normas técnicas; + setor de engenharia da empresa. Nesses critérios deve-se considerar 0 local de instalacdo dos equipa- mentos, a quantidade de operacdo, periodicidade de manutencdo, condicdes fisico-quimicas, tensao e carga dos equipamentos. ‘A manutengdo caracteriza-se como todo servigo de controle, conser- vaio e restauracdo de um item ou instalagéo com objetivo de manté-lo em condigdes satisfatérias de uso e prevenir anomalias, tornando-o indisponivel ‘A manutengao pode ser preventiva, corretiva ou preditiva Manutencdo preventiva é todo controle, conservagdo e restauracao em um item programado seguindo os critérios preestabelecidos e com a finalidade de manté-lo em condicdes satisfatérias de operacdes e protegé-lo contra ocorréncias que possam aumentar sua indisponibilidade. Manutencao corretiva em um item indisponivel ou nao, com ou sem restri¢do, visa reparar falha ou defeito. A manutencao corretiva pode ser: + Manutencao corretiva de emergéncia: intervencao de um item com a finalidade de corrigir de imediato as condigdes normais de operacao. + Manutencdo corretiva de urgéncia: intervencao de um item com a finalidade de corrigir falhas ou defeitos o mais breve possivel, retomando as condicdes normais de operacao. + Manutencdo corretiva programada: intervencao de um item com a finalidade de corrigir falhas ou defeitos a qualquer tempo, voltando &s condigdes normais de operacdo. Manutencdo preditiva consiste no controle e na verificacao realizados com 0 objetivo de verificar as condicées de operacao das instalacoes e equi- pamentos. Caso seja identificada alguma anomalia na manutencéo preditiva, po- de-se programar a realizacao de uma manutencao corretiva ou aumentar a frequéncia de monitoramento até a manutengao preventiva, Em todas as manutengées deve ser constituido um relatério, anali- sando 0 estado dos equipamentos e os valores de ensaios, as alteracoes detectadas em relagao aos relatorios anteriores, devem ser analisadas se esto dentro dos valores preestabelecidos. Esse relatério deve fazer parte do prontuério da instalacao conforme determinagao da NR-10. 10.2.3 As empresas estdo obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalagdes elétricas dos seus estabelecimentos com as especiticagoes do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivas de protecao 10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 KW devem constituir e manter 0 “Prontuério de Instalagdes Elétricas”, contendo além do Gisposto no item 10.2.3 no minimo: 2) conjunto de procedimentas e instrugdes técnicas e administrativas de segu- ranga e satide, implantadas e relacionadas a esta NR e descricao das medidas de controle existentes; ) documentagao das inspegdes e medicées do sistema de protecéo contra descargas atmostéricas e aterramentos elétricos; ©) especificagao dos “Equipamentos de Protegao Coletiva” € individual e 0 ferramental, aplicavels, conforme determina esta NR; 4) documentacéo comprobatéria da qualificagao, habiltacéo, capacitacdo, au- torizagao dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; ©) resultados dos testes de “Isolagdo Elétrica” realizados em equipamentos de protegao individual e coletiva, 1) cerlficagdes dos equipamentos ¢ materials elétricas aplicados em “sreas Classificadas"; © 8) relatorio técnico das inspecdes atualizadas com recomendagoes, cronogra- mas de adequacdes, contemplando as alineas de “a” a “t" 10.2.5 As empresas que operam em instalagdes ou equipamentosintegrantes do “Sistema Elétrico de Poténcia” dever constituir prontudrio com o contetido do item 10.2.4 e acrescentar 0s documentos listados a seguir 4) descricdo dos procedimentos para emergéncias; ») certficagdes dos equipamentos de protege coletiva e individual 10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Eletrico de Poténcia deve constituir prontuario contemplando as alineas “a”, “c", “d" e“e", do item 10.2.4 ¢ alineas “a" e"b” do item 10.2.5. 10.2.6 0 Prontuario de Instalagdes Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa devendo permanecer @ disposi¢ao dos trabalhiadores envalvidos nas instala- G0es e servigas em eletrcidade 10.2.7 Os documentos técnicos previstos na Prontuério de Instalagdes Elétri ‘cas devem ser elaborados por profssional legalmente habiltado, 7.2.2. Requisitos para manutencao Cada fabricante de equipamento pode ter um procedimento de manu- tengo diferenciado. O que se apresenta so os procedimentos, verificacées, ensaios e sequéncia basica, podendo ser usados para todos os equipamentos. Para realizacao do servigo de manutencao da subestacdo devem ser providenciados alguns documentos, conforme relacao a seguir. + ART (Anotacao de Responsabilidade Técnica) preenchida e recolhi- da por um profissional legalmente habilitado; ‘+ Manual dos fabricantes dos equipamentos; + Formulério de relatérios técnicos dos ensaios e verificacdes dos equipamentos; + Folha de registro do relatério da manutencao anterior, * Procedimento de trabalho padronizado conforme item 10.11 da NR-10; * Documento da autorizagéo comprobatéria dos profissionais, con- forme item 10.8 da NR-10. Os EPCs normalmente utilizados para realizacao das atividades de ma- nutengdo em subestacdes sao: + Fita de sinalizagao padronizada (de acordo com a NR-26); * Bandeirola ou placa de sinalizacao (de acordo com a NR-26); + Sistema de bloqueio padronizado (cartéo); + Detector de tenséo; + Conjunto de aterramento temporério; + Bastdo isolante com cabecote para fixagao do aterramento tempo- ratio; + Cones de sinalizagae. Os EPs normalmente utilizados para realizagao das atividades de ma- nutengao em subestacdes sao: * Calcado de seguranga para trabalho com eletricidade; * Luva de borracha com classe de tensao apropriada protegida por luva de couro; * Oculos de seguranca com protecao de impacto e brilho; + Luva de vaqueta; + Capacete classe “B” para trabalho em eletricidade; + Cinto de seguranga, caso tenha atividade acima de dois metros; + Uniforme adequado com caracteristica de acordo com NR-10. Segue a relacdo de materiais e ferramentas basicas para a realizacéo do servigo de manutencao em subestacdes. Vale destacar que essa relacao pode ser alterada de acordo com as necessidades do servico e as caracteris- ticas dos equipamentos ‘* Gerador, extensdo e iluminagao; + Kit para coleta de amostra de dleo do transformador; + Instrumentos de ensaio (conforme item 7.2.3); + Matérias de limpeza: solvente, pano para limpeza, sacos para re- colher lixo, recipientes para materiais reciclaveis; + Conjunto de chaves fixa e ajustavel; * Alicate universal e de corte; + Grito; * Arco de serra com a lamina; * Conjunto chave de fenda; + Martelo; + Bandeja para lavagem de pecas; * Escada; + Bancada. 7.2.3, Instrumentos de ensaios Na manutencao dos equipamentos da subestacdo é importante ter um diagnéstico mais apurado das condicdes dos equipamentos instalados. Os ensaios elétricos apresentam a situacao do equipamento, avaliando a sua atual condicao, identificando uma anomalia que eventualmente deixe 0 equi- pamento indisponivel. A seguir sao apresentados os principais instrumentos de ensaio utilizados na manutencao de uma subestacao. 7.2.3.1. Megéhmetro © megdhmetro € 0 instrumento usado para medir resisténcia de isola- G0, permitindo detectar e diagnosticar falhas nos equipamentos elétricos. Seu principio de funcionamento tem como base que, aplicando-se uma ten- s40 de corrente continua a um isolante, a corrente que circula através dele tem trés componentes distintas: * Corrente de carga de capaciténcia, natural do material sob en- saio; + Corrente de absorcdo dielétrica, que circula através do corpo do material; + Corrente de fuga através do isolante, a qual tem dois componentes importantes, um significando fuga através da superficie do material e 0 outro do proprio isolante. Com base nesses fatores 0 megdhmetro traz uma leitura precisa dos valores de resisténcia dielétrica do material isolante. Esse equipamento pos- sui trés bornes em que so conectados os cabos de mesma cor com as se- guintes caracteristicas: + Um borne normaimente de cor vermelha, chamado de linha (LINE), tem a funcdo de enviar tensao para o equipamento sob ensaio. + Outro borne de cor preta chamado de terra (EARTH), negativo ou retorno, possui a funcao de retornar para o instrumento o resultado dos valores de corrente de fuga do equipamento sobre ensaio. + 0 terceiro borne, normalmente de cor verde, chamado de GUARD, permite eliminar correntes indesejaveis aquela leitura, como cor- rentes parasitas e indutivas que interferem nas medigdes. Figura 7.4: Megohmetroanalgico 15K Fonte: Inston Instrumente de Teste Lida, 7.2.3.2. Instrumento de ensaio de tensao aplicada (Hipot) O Hipot é um instrumento usado para medir a isolagéo elétrica em aparelhos e equipamentos. O nome Hipot é a abreviacao de elevado poten- cial em inglés, j& que no seu ensaio utiliza-se uma tensdo elevada Em condigdes normais, qualquer dispositive elétrico vai produzir uma quantidade minima de corrente de fuga, conforme a classe de tensao e rigi- dez dielétrica do material. Esse fendmeno trata-se de uma condi¢ao natural dos materiais, observado em sua fabricacao. No entanto, devido a problemas como absorcao de umidade, aciimulo de sujeira, entre outros, a fuga de corrente pode se tornar excessiva. Essa circunstancia pode causar falha na operagao do equipamento, podendo da- nificd-lo e ainda provocar um choque elétrico em pessoas que possam entrar em contato com 0 equipamento defeituoso. O teste consiste em aplicar uma elevada tensao elétrica no equipamento durante um minuto, e nao pode haver 0 rompimento da isolagao dielétrica do equipamento sob ensaio. Durante a realizacao do ensaio, caso ocorra a falha da isolagao do equipamento sob ensaio, o Hipot deve identificar essa corrente de fuga e vir a desligar, e neste caso 0 equipamento esta reprovado. Eventualmente, pode ocorrer de 0 equipamento sob ensaio apresentar falha na isolacao e 0 Hipot nao desligar, vindo a manter a elevada tensao aplicada e danificando o equipamento sob ensaio. O instrumento ver acompanhado de um cabo para aplicagao de ten- so e outro para retorno, caso 0 equipamento sob ensaio nao suporte a tensao aplicada. Normalmente, o Hipot é utilizado para ensaio em cabos de alta tensao. Figura 7.2: Mipt analica 15 KL Fonte: Instronc Instrumento de Test Lida 7.2.3.3. Microhmimetro E um instrumento utilizado para medir, com alta preciso, baixa re- sisténcia de contato em disjuntores e chaves seccionadoras. Também pode ser utilizado para medir a resisténcia éhmica do enrolamento dos transfor- madores. Normaimente, a corrente utilizada para teste varia entre 1 mA e 100 A. ny Durante o ensaio é aplicada uma corrente elétrica que, ao percorrer 0 equipamento sob ensaio, promove uma queda de tensao. De acordo com a primeira lei de Ohm, ao dividir a tensao medida pela corrente elétrica aplica- da, obtém-se a resisténcia elétrica, Figura 7.3: Microhmimeto analigco 100 8 Fonte: InstronicInstrumento de Test Lida 7.2.3.4. Medidor de relagao de espiras TTR TTR € 0 instrumento utilizado para medir com preciséo a relagao entre espiras de um transformador. Sendo o transformador uma maquina magné- tica que trabalha com uma proporcao entre enrolamentos, pela medicao da relacéo entre eles podemos avaliar a situagéo dos enrolamentos, quanto & relacéo de transformacao e também quanto & continuidade, O instrumento mede a relagao de espira, a comutacdo de fase e a polaridade nos transformadores de forga, nos transformadores de potencial (TP) e de cortente (TC). Quatro cabos acompanham o instrumento, dois comumente chamados H1 e H2, com a fungao de excitar a bobina de maior tensdo (conecta-se no primério do transformador sob ensaio), e 0s cabos X1 e X2, com funcao de medir a corrente na bobina’de menor tensao do transformador. Na medigéo ¢ importante buscar a informagao do tipo de ligagao pri- maria e secundéria do transformador sob ensaio, assim como a sua tensdo de operacao no primatio € no secundario. 0 medidor de relacdo de espiras pode ser digital (TTR eletrénico) ou anal6gico (TTR de manivela). Figura 74: Teste de relacdo de transformacdo (TTR) Fonte: Instronc Instrumento de Test Lida 7.2.3.5. Teste de rigidez dielétrica (teste de dleo) 0 instrumento possui uma cuba na qual é despejado 0 6leo sob en- saio. Dentro da cuba existem dois eletrodos que possuem um determinado afastamento entre si. O instrumento de teste promove a elevacao da tensao entre os dois eletrodos de forma gradual, até que ocorra o rompimento da isolacdo elétrica. Fonte: Instone Instrument de Teste Ltda tency AA tensao em que ocorrer esse rompimento da isolagao elétrica corres- ponde ao valor em kV da rigidez dielétrica do dleo. Para garantir maior con- fiabilidade do resultado, costuma-se repetir 0 procedimento de ensaio cinco vezes, com intervalo de um minuto, sendo o resultado a média dos valores obtidos nas cinco leituras. 7.2.4. Manutengao de equipamentos 7.2.4.1, Para-raios Na manutencao preventiva dos para-raios do tipo valvula recomenda- -se realizar as seguintes tarefas: + Verificar as condigées dos isoladores, se nao existem trincas ou rachaduras; + Conectores de fase e terra devem ser reapertados, evitando aque- cimento; + Deve-se limpar 0 corpo do para-raios. Também deve ser realizado 0 ensaio de resisténcia de isolacao, usan- do 0 megohmetro, para analisar se ha fuga de corrente através do corpo do para-raios. Esse ensaio é realizado com a entrada do para-raios desconecta- do do barramento. Na parte superior do para-raios deve-se conectar 0 cabo de linha (LINE) do megéhmetro e 0 cabo de terra (EARTH), negativo, é conectado na parte inferior do para-raios. Os resultados da verificacdo e dos ensaios devem ser langados na folha de inspecao, conforme Apéndice C. Observagao 0 cuidado deve ser redobrado caso o para-raios esteja préximo do cabo de entrada, pois ele pode estar energizado, Disparador apace 7.2.4.2. Chave seccionadora Na manutengéo preventiva das chaves seccionadoras é recomendado realizar as seguintes tarefas: + Verificar a simultaneidade da abertura e do fechamento das fas + Verificar 0 estado dos contatos fixo e mével, que devem ser limpos, reapertacios e lubrificados; * Deve-se reapertar, limpar e lubrificar as articulagdes, varao e par- tes rotativas; * Nos isoladores, verificar se nao existe trinca ou rachadura, e eles devem ser limpos e bem fixados. Caso a chave seccionadora existente seja motorizada, deve-se tam- bem + limpar a caixa de comando; + lubrificar as engrenagens; + reapertar os parafusos dos bornes; + verificar 0 funcionamento das chaves fim de curso. Para verificar 0 funcionamento apropriado das chaves seccionadoras devem ser realizados ensaios mecanicos e elétricos. Os ensaios mecénicos consistem basicamente em verificar a abertura e o fechamento da chave sec- cionadora. Os ensaios elétricos apresentam um diagndstico mais apropriado acerca das condigoes elétricas do equipamento, ¢ se recomenda a realizacao do ensaio de resistencia de isolacdo e resisténcia de contato. Para o ensaio de resisténcia de isolacdo o instrumento utilizado é o megohmetro, Nesse ensaio é verificado se ha fuga de corrente nos bastoes de acionamento e isoladores em relagao a massa (carcaca do equipamento). Esse ensaio é realizado com a chave seccionadora fechada. Deve-se conectar 0 cabo de linha (LINE) do megéhmetro aos contatos da chave sec- cionadora e 0 cabo de terra (EARTH), do megdhmetro @ massa. Esse proce- dimento deve ser repetido nas trés fases da chave. 0 ensaio de resisténcia de contato é realizado com a utilizagao do microhmimetro. Também com a chave seccionadora fechada conectam-se 0s cabos do microhmimetro na entrada e na saida de cada fase da chave seccionadora e aplica-se uma corrente de 100 A. O instrumento apresenta a medigao do valor da resisténcia de contato de cada fase. Megonmerh --——— Figura 78: Ensaio de resstncia de contato da chav seccionadora 7.2.4.3. Disjuntor No mecanismo de acionamento do disjuntor deve-se verificar 0 estado geral das molas, travas, motor, engrenagem, articulacées, dispositivo de car- regamento de mola, indicadores de posigéo, contador de operacdo, bobina de ligar, desligar e de minima tensdo, blocos de terminais, o estado da fiacao € dos isoladores e contatos de rolete. © mecanismo deve ser limpo e lubrifi- cado, tomando cuidado com a lubrificagao para nao haver excesso. Nas cdmaras de extincdo é necessério verificar se existem trincas ou rachaduras. Nos casos em que é feita a abertura dos polos, deve-se conferir 0 estado dos contatos, os quais dever ser limpos. No caso de disjuntor a dleo deve ser realizada a substituigao do éleo isolante, verificar as condigées do respiro e do indicador de nivel de éleo. Os ensaios mecénicos consistem basicamente na abertura e no fecha- mento mecanico, elétrico, local e remoto do disjuntor (eventualmente, alguns disjuntores podem nao ser providos de acionamento elétrico e remoto). Assim como na chave seccionadora, os ensaios elétricos apresentam um diagnéstico mais apropriado acerca das condigées elétricas do equipa- mento, e se recomenda a realizagao do ensaio de resisténcia de isolacao € resisténcia de contato. Para a realizacao do ensaio de resisténcia de isolacao-deve ser utiliza- doo megohmetro. Esse ensaio verifica a situagao dos bastées de acionamen- to e isoladores de entrada e saida de cada fase. Também 6 avaliada nesse ensaio a condigao de isolacao de cada polo do disjuntor entre a sua entrada ea saida. Estando com 0 disjuntor aberto, conecta-se 0 cabo de linha (LINE) do megohmetro ao terminal de safda de uma fase do disjuntor e 0 cabo de terra (EARTH) do megohmetro ao respectivo terminal de entrada do disjuntor. 0 cabo GUARD deve ser conectado 4 massa do disjuntor e o ensaio ¢ realiza~ do. Esse procedimento deve ser repetido nos trés polos (fases) do disjuntor, Figura 7.9. ima sect me fais Figura 79: Ensaio de esstncia de isolago do pol d dsjunto. Posteriormente, com o disjuntor fechado conecta-se 0 cabo de linha (LINE) do megdhmetro aos terminas de saida do disjuntor, 0 cabo de terra (EARTH) deve ser conectado a sua massa e 0 ensaia ¢ realizado, Figura 7.10. | fom $e | 4 [ITT <1 a = = Disjntorfeehado Figura 7.10: Ensaio de resistncia de isolagd dos isoladores do disjuntr O ensaio de resisténcia de contato apresenta a condigao dos contatos méveis e fixos do disjuntor por intermédio do microhmimetro, Com o disjun- tor fechado conecta-se um cabo do microhmimetro no terminal de entrada de um polo e 0 outro cabo do microhmimetro deve ser conectado ao respec- tivo terminal de saida, conforme a Figura 7.11, e aplica-se uma corrente de 100 A. Esse procedimento deve ser repetido em cada uma das trés fases. TMH TMH Distr feenado Figura 711: Ensaio de resistencia de contato do polo do dijuntr 7.2.4.4, Transformador Durante a manutencao preventiva dos transformadores é recomendado realizar as seguintes tarefas: + Verificar a existéncia de vazamentos nos radiadores, balonete, re- gistro etc.; * Conferir 0 nivel do dle; + Avaliar as condigdes da silica-gel (caso esteja saturada, substituir); + Realizar testes de funcionamento dos ventiladores (para transfor- madores com ventilacao forgada); ‘+ Ver se nao existem trincas nos isoladores (buchas); + Verificar as condigdes das ligagées a terra na bucha XO e tanque; + Na-caixa de fiagdo € necessério limpar e reapertar os blocos de fiagao, chaves térmicas e contadores. Termémetro do dleo 0 ensaio do termémetro do éleo consiste em aquecer 0 seu bulbo, juntamente com um termémetro padrao, mergulhado em dleo com agitacao constante. A elevacao da temperatura deve ser gradual 0 desvio maximo aceitavel entre o termémetro sob ensaio e o termd- metro padrdo de referéncia é de trés graus. Durante esse teste também pode ser verificada a atuacao dos contatos do termémetro, nas temperaturas em que eles estdo ajustados, através de um muttimetro ligado aos seus terminais. Conjuntamente é verificado também o automatismo dos ventiladores (quando o transformador dispuser de ventilagao forgada), bem como o alar- me de temperatura e o desligamento do disjuntor. Pode ser analisado ainda se ha infiltragao na caixa de ligacao, a condi- (¢d0 da isolagao e a continuidade da fiagao. Termémetro do enrolamento (imagem térmica) O ensaio do termémetro de enrolamento é similar ao ensaio do termd- metro do éleo. A imagem térmica consiste em um valor de temperatura indi- cado pela soma do aquecimento do bulbo mais 0 aquecimento provocado por uma corrente que circula pelo resistor de imagem térmica do termémetro. E Para esse ensaio é necessario conhecer o gradiente de temperatura do transformador. Esse valor é fornecido pelo fabricante e obtido no ensaio de aquecimento feito em fabrica. O gradiente de temperatura refere-se a diferen- Ga entre a temperatura do enrolamento e a do dleo. A realizacao desse teste ocorre nesta sequéncia: 1, Anotar a temperatura do termémetro do 6leo no instante do teste. 2. Aplicar uma corrente no resistor da imagem térmica, proporcional & corrente nominal do transformador, que circularia no secundario do TC da imagem térmica, 3. Aguardar a estabilizacao da indicacao do termémetro e anotar 0 valor lido. 4. termémetro deve indicar a soma da temperatura inicial, indica- da no termémetro antes do teste, somado ao valor do gradiente de temperatura do transformador. 3 5. Caso nao esteja correto 0 valor encontrado, deve-se efetuar a cor rego ajustando o resistor da imagem térmica, A orientacao para a verificagao visual do termémetro de enrolamento 6a seguinte: * A indicagao deve estar cerca de 15°C acima da temperatura do 6leo e 40°C acima da temperatura ambiente, para a corrente no- minal, * Acdiferenca de temperatura do éleo em relagao a do enrolamento depende dos resultados do ensaio de aquecimento na fabrica, fica na faixa de 5 a 20°C + Para carga de 50% do nominal, o valor esperado é de cerca de 7,5°C acima da temperatura do dleo. + Verificar a indicacao da temperatura conforme 0 padrao de ajuste de temperatura do éleo, fazendo a aferigao necessaria, A tolerancia para 0 ajuste é de, aproximadamente, 4°C. * Injetar corrente nominal para verificacdo dos resistores de ajuste de corrente. O acréscimo de temperatura deve estar conforme ensaio de aquecimento (At cobre - éleo). + Conferir os ajustes dos contatos e em caso de necessidade, devem ser ajustados para os valores de temperaturas predeterminadas. Caso esses valores nao estejam disponiveis, medir a resisténcia dhmica do resistor de ajuste da imagem térmica Durante esse teste também pode ser verificada a atuacéo dos contatos do termémetro, nas temperaturas em que eles estao ajustados, através de um multimetro ligado aos seus terminais. Conjuntamente é verificado 0 automatismo dos ventiladores (quando 0 transformador dispuser de ventilacao forgada), bem como o alarme de tem- peratura e 0 desligamento do disjuntor. Pode ser analisado também se ha infiltragéo na caixa de ligacao, se 0 vidro frontal nao esta danificado, a condigao do éleo da cuba, a condicdo da isolagao e a continuidade da fiacdo. Nivel de dleo Em fungao da diversidade de fabricante e de sua forma construtiva, por mais simples que seja, nao ha uma regra pratica para definir 0 ensaio do nivel de dleo. Entretanto, vale destacar a sua importéncia, pois com ele se pode detectar problema de falta de leo no transformador. Geralmente, os indicadores de nivel de leo sao compostos de uma boia e uma microchave. O teste pode tentar simular o fechamento da micro- chave e verificar se foi emitido 0 alarme. Relé Buchholz Em uma manutengao preventiva néo se realiza a deteccao de gases in- flamaveis, uma vez que, se ela é preventiva, imagina-se que 0 transformador esteja funcionando corretamente, sem gerar gases. Entretanto, é possivel fazer a verificagao da atuacao das duas boias (balancim de alarme e de desligamento) durante a manutengao preventiva. Esse ensaio é realizado no esvaziamento do éleo no relé que pode ser con- seguido pelo bombeamento de ar no rubinete superior (o mesmo utilizado para retirar amostra de gases para ensaios), utilizando injecdo de nitrogénio sobre pressao ou de forma artesanal, com uma bomba manual (como aquela usada para encher pneu de bicicleta). Ap6s 0 esvaziamento de uma parte do 6leo no relé, o alarme é acio- nado, em seguida deve ocorrer o desligamento do disjuntor. Antes de efetuar qualquer ensaio de relé Buchholz, deve-se tomar precaucao de verificar se a atuacdo do relé nao vai ocasionar o desligamento de outros equipamentos em servigo na subestacao. Caso haja a necessidade de desmontar o relé, é preciso obedecer 20 procedimento descrito a seguir. Verificar 0 estado das boias e de seus bulbos de meretirio com contatos quanto aos seguintes itens: * Conferir se nao ha penetracao de éleo no interior da bola, Caso a boia esteja furada, deve ser substituida por outra do mesmo tipo. + Verificar se 0 bulbo de vidro nao esta trincado ou quebrado e caso esteja, deve ser substituido. + Analisar a fixagao do bulbo & boia, observando se o acoplamento esté em ordem. + Avaliar se os fios flex’veis dos contatos dos bulbos estéo normais e ligados firmemente & parte interna dos terminais das buchas de passagem da caixa de ligacbes. * Substituir a guarnigdo da tampa superior. + Verificar a caixa de ligacdes quanto a infiltragoes, se a presenga de 6leo é devido & ma vedacao das buchas de passagem e se houver presenca de 4gua, verificar a origem. + Conferir 0 estado da fiagao da caixa de ligagdes. Caso o isolante esteja ressecado ou danificado, a fiagéo deve ser substituida. Se os terminais estiverem soltos, devem ser reapertados. + Verificar a estanqueidade dos plugues e registros de leo quanto a vazamentos. Substituir a guaricao em caso de necessidade. + Verificar a instalagao e a fixacao dos flanges quanto a vazamento, reparando e reapertando ou substituindo juntas em caso de neces- sidade * Pela simulacdo analisar a operacéo dos contatos de alarme (12 grau) e desligamento (2° grau). + Executar devidamente a sangria do ar através do plugue (parafuso de salda de ar) existente no relé de gas. Observacdo Antes de colocar o relé novamente em servico deve-se ter a certeza de ue todo o ar do rele foi drenado. Ensaio de resisténcia de isolacao Apesar de existirem transformadores com mais de dois enrolamentos, nas subestagdes de consumidores comumente sao encontrados transforma- dores que possuem somente dois enrolamentos. Para medigao da resisténcia de isolagao em transformadores de dois, enrolamentos, com classe de tensao igual ou superior a 15 ky, utiliza-se uma tensao de ensaio de 5 kVce ou 10 kVcc, dependendo do meghmetro utilizado. Vale destacar que quando o ensaio for realizado na baixa tensao do transformador, deve-se aplicar a tensdo de 500 V. ‘Segue o desenho esquemético com as medigdes de isolacao realizadas os transformadores. Sendo: Para realizacao desse ensaio todos 0s cabos e barramentos de alta € baixa tensdo, que estao conectados aos terminais das buchas do transforma- dor sob ensaio, devem ser desconectados e afastados. Os cabos de aterramento temporério das fases devem ser retirados para a realizago do ensaio, bem como deve ser desconectado o cabo de terra do XO. Todos os terminais do enrolamento primario (H1, H2 e H3) e do enro- lamento secundério (XO, X1, X2 e X3) devem ser curto-circuitados. Ensaio 1 - Medicao da resistencia de isolacao do enrolamento de alta tensao contra a carcaca Enrolamento de alta toned Re Rab -Rba Carcaga Enrolament | do baixa tensio ee Figura 7.12 Ra = isolacéo entre o enrolamento de alta tensdo e a carcaga Rb = isolagdo entre o enrolamento de baixa tensdo e a carcaca Rab - Rba = isolacao entre os enrolamentos de alta e baixa ten- so. Conectar 0 cabo de ensaio LINE ao enrolamento de alta tensao do transformador, Conectar 0 cabo de ensaio GUARD ao enrolamento de baixa tensao do transformador. Conectar 0 cabo de ensaio EARTH & carcaca do transformador. Ligar o instrumento de ensaio, como mostra a figura, obtendo as leituras Cabo de AT [eee (000 fir (O90 | Leg0g cabo de 8T Megohmet} | "sietenico Medigdo de Ra : Figura 7133 Ensaio 2 - Medico da resisténcia de isolacao do enrolamento de alta tensao contra 0 enrolamento de baixa tensao Conectar 0 cabo de ensaio de LINE ao enrolamento de alta tensdo do transformador. Conectar 0 cabo de ensaio GUARD a carcaga do transformador. | ode T Teo de Rab Roa Figura 714 + Conectar 0 cabo de ensaio EARTH ao enrolamento de baixa tensao do transformador. + Ligar o instrumento de ensaio, como mostrou a Figura 7.14, ob- tendo as leituras. Ensaio 3 - Medicao da resisténcia de isolagao do enrolamento de baixa tensao contra a carcaga * Conectar 0 cabo de ensaio de LINE ao enrolamento de baixa tenso do transformador. * Conectar 0 cabo de ensaio GUARD ao enrolamento de alta tensdo do transformador. * Conectar @ cabo de ensaio EARTH carcaca do transformador. + Ligar o instrumento de ensaio, como mostra a Figura 7.15, obten- do as leituras. Canoe 7 Cabo de BT + Testo de Ro Figura 715 Resumo A tabela a seguir resume os procedimentos dos ensaios. Observagao Por ocasiao das conexdes dos cabos (LINE, EARTH, GUARD), tomar cuidado para que eles nao toquem outras partes do equipamento e evitar 0 contato dos cabos entre si para que no seja alterado o valor da isolacao. Envolamento conectado a0 cabo eee 1 Alte Baixa Carcaga a 2 ta carcaca Baba Reb 3 Baia Ata Ccareaca Rb Recomenda-se que os resultados obtidos nos ensaios de resisténcia de isolacao estejam acima dos valores apresentados na tabela a seguir. eS por 66 KV eacima 1200 600 300 150 7 22 K-48 1000 500 250 65 66 Hv-10KV 300 #00 00 50 Abaino de 6,64 | 400 200 100 50 25 indice de absorgao e polarizacao Nos primeiros minutos de realizago do ensaio com o megéhmetro, o valor de resisténcia de isolagao se altera, e geralmente apés trés ou quatro minutos 0 valor se mantém ou passa a softer alteragoes muito pequenas. Devem ser anotados os valores nos primeiros 30 segundos e depois a cada minuto a contar do inicio do ensaio. O indice de absorcao é a razao de leitura de um minuto pela leitura de 30 segundos. indice de polarizagao é a razao da leitura apés a estabilizagao do pon- teiro pela leitura ha um minuto. Nos ensaios em que 0 megdhmetro demorar a estabilizar, deve ser anotada a leitura quando completar dez minutos do ensaio. As condigées da isolacdo mostradas pelos indices de absorcao e pola- rizagdo estao apresentadas na tabela a seguir: Satsttri 0230 1,40 a 1,60 30040 > 1,60 > 40 Se 0 indice de polarizacdo estiver muito elevado, em-alguns casos ode ser indicio de isolamento muito ressecado, necessitando de tratamento ara restabelecimento do isolamento. Ensaio de relacao de transformacao Este ensaio avalia como esta a relagao de transformacao entre 0 lado da alta tensdo e o lado da baixa tensao do transformador. E realizado em uma fase de cada vez, avaliando a relagao de transformacao entre 0 enrola- mento primario de uma fase e 0 enrolamento secundario da mesma fase. Com 0 ensaio é possivel identificar se ha fuga de corrente entre as espiras (curto-circuito), espiras abertas nas boinas, se 0 posicionamento do seletor de TAP do transformador esté correto e ainda determinar ou conferir a polaridade do transformador. Para realizagao do ensaio o transformador deve estar totalmente dese- nergizado e 0 cabo do XO estar desconectado da terra. Antes de executar o ensaio, é importante buscar algumas informagoes do transformador sob ensaio na placa do equipamento, como tensao primaria e secundaria, tipo de ligacdo da bobina primaria e secundaria, poténcia, data de fabricagao etc. Esses dados devem fazer parte da folha de inspecao. O resultado apresentado pelo TTR um valor de relacdo de transfor- magao que deve ser comparado com o valor te6rico calculado. Esse valor te6rico € calculado a partir de uma formula que depende do tipo de fecha- mento das bobinas do enrolamento primério e secundario, O Apéndice E apresenta todas as formulas. Considerando que 0 fechamento do enrolamento de alta tensdo & triangulo e 0 fechamento do enrolamento da baixa tensao é estrela, a formula a ser utilizada 6 a seguinte; UL «V3 Relacao de transformaco: Uz Considerando que a tensao primaria do transformador seja de 13.800 Ve a tensdo secundéria seja de 220 V, 0 resultado dessa conta é 108,646. Recomenda-se que o valor obtido no ensaio esteja entre o intervalo de 0,5% para mais e para menos do valor calculado. Sendo assim, 0 valor maximo € 109,190 e 0 valor minimo ¢ 108,103, Vale destacar que o valor de tenséo a ser utilizado no calcula néo é 0 ‘nominal; deve ser observado em qual TAP o transformador est ligado € utilizado 0 valor correspondente. CConsiderando 0 fechamento das bobinas primérias e secundérias confor- me ilustragao a seguir, a forma de ligagao para ensaio deve ser feita como ilustram as Figuras 7.16, 7.17 e 7.18, respectivamente, para cada fase. ut We Hs ( Ata tensto Lod oo xP Fiqua 7.17: Ensaio de rela detranstormacéo da fase 2 do transfrmador Figura 7.18: Ensalo de lag detranstormacio da fase 3 do transtrmador Ensaio de resisténcia 6hmica dos enrolamentos Em transformadores de forca usa-se 0 método de queda de tensao para medigao de resisténcia dos enrolamentos. Esse método consiste em aplicar uma corrente de valor conhecido e medir a queda de tenséo em cima do enrolamento. Pela lei de Ohm abtém-se o resultado da resisténcia Nos transformadores de miiltiplo TAPs deve ser medida a resisténcia em todas as posigées. i Ensaio do oleo 0 procedimento de retirada do dleo do transformador deve ser feito com muito cuidado para evitar a contaminacao da amostra. Preferencialmente, a amostra de dleo deve ser retirada com o transformador desligado. Somente em casos em que seja possivel garantir a total seguranca e integridade do profissional € que pode ser realizada a coleta da amostra do dleo com 0 transformador ligado. Nestes casos, recomenda-se 0 acompanhamento e a orientacao de algum profissional especializado em seguranca do trabalho. Para realizar essa coleta € necessario dispor dos seguintes materiais e instrumentos: + Bandeja plastica ou metélica; * Material de limpeza (pano); + Chave ajustavel (grifo); + Frasco de vidro, de preferéncia transparente com capacidade de um litro para o ensaio fisico-quimico; + Seringa de vidro transparente para o ensaio de cromatografia; * Kit com adaptadores metalicos ou PVC e redutor com varios dia- metros; + Recipiente para material de descartavel Cea) A retirada da amostra do 6leo é realizada de acordo com o seguinte procedimento: + Accoleta do dleo deve ser efetuada em dia seco com temperatura acima de 20°C e umidade relativa abaixo de 72% + Aseringa, 0 frasco e o kit devem estar limpos e lavados com sabao neutro, secados em estufa a 110°C. Esse procedimento deve ser feito em laboratério. * A saida do registro no transformador deve estar limpa. + Antes de colher 0 éleo para a amostra, deve-se deixar drenar um pouco de dleo para retirar residuos da tubulagao de safda, a fim de 1ndo interferir no resultado do ensaio. + Apos a drenagem conectar o kit ao registro e deixar escorrer uma quantidade suficiente para lavagem do kit * Conectar o kit 20 frasco, abrir o registro e deixar encher, de prefe- réncia, de baixo para cima até transbordar, nao deixando bolha de ar dentro do frasco e/ou seringa + Apés a retirada da amostra, acondicionar a seringa e o frasco em ambiente apropriado, evitando contaminagao, contato com luz so- lar e umidade. + Oensaio do dleo deve ser feito 0 mais rapido possivel a fim de nao comprometer a amostra. Processos de tratamento e recuperacao de dleo mineral isolante Dependendo das condigées e do estado em que se encontra o 6leo isolante, pode ser necessério algum tratamento de recuperacao. Existem dois tipos de tratamento de recuperagao aplicaveis ao dleo isolante, sendo o re- condicionamento e a regeneracao. O recondicionamento ¢ feito por meio de processos fisicos aplicados a \ 6leos que estejam contaminados por umidade, particulas em suspensao ou agentes externos dissolvidos, excluindo os produtos de sua degradacao. A regeneracao é feita por meio de processos quimicos aplicados a 6leos que sofreram deterioracao, contendo assim acidos organicos, sedimen- tos ou borra soltivel e insoldvel. Processo de recondicionamento + Filtragem por filtro-prensa: esse processo ¢ utilizado para remocao de particulas em suspensao, borra e pouca quantidade de agua. A operacdo ¢ feita em filtro-prensa, cujo elemento fundamental 6 0 papel-filtro (absorvente). Esse processo é muito utilizado durante o transporte de dleos entre tanques e na drenagem de leos de trans- formadores que necessitam ser abertos. + Centrifugacao: 6 um método de separacao de contaminantes livres em suspensao, tais como borra e 4gua em emulsao, sendo bem mais rapido que a filtracdo. Entretanto, nao pode remover certos contami- nantes livres de maneira tao eficiente como o filtro-prensa. + Secagem por termovacuo: é um processo eficaz na remogao de umidade, gases e substancias volateis presentes no éleo isolante. Com a aplicagao do vacuo, reduz-se a temperatura de ebuligao da gua, que € removida na fase de vapor pela camara de vacuo. Na secagem, aplicando vacuo a 1 torr (1 mmHG), facilmente se ‘obtém baixas concentracdes de dgua como resultado final, conse- quentemente ha um aumento significativo da rigidez dielétrica do 6leo isolante, Processos de regeneragao Existem varios processos de regeneracao de 6leo isolante, dentre os quais podemos citar: * Percolacao em leito de bauxita ativada ‘+ Absorcao por contato com bauxita ativada + Regeneragao com Acido sulfirico + Regeneracao com metassilicato de sédio Comutador Transformadores de menor poténcia, geralmente os que estao insta- lados em subestacao de poténcia inferior a 69 KV, possuem comutador de derivacao manual em vazio. Transformadores de maior poténcia, geralmente os que estao instala- dos em subestacéo de tensdo superior a 69 KV, possuem comutador de deri- vacao em carga. Nesse tipo de comutador devem ser realizadas as seguintes tarefas de manutencao preventiva + Verificar e executar a lubrificacao das articulagoes, eixos e engre- nagem; + Verificar se os pinos e travas estao em ordem. Caso estejam soltos, oxidados, corroidos ou quebrados, devem ser substitutdos; + Na caixa de comando deve-se executar as seguintes tarefas: - _ Verificar 0 seu estado de conservacdo e executar limpeza e pin- tura, caso sejam necessarios; - Verificar a guamicao da porta. Caso esteja deteriorada, deve ser substituida; - Verificar 0 visor, 0s trincos e maganetas, substituindo aqueles que estiverem danificados; - Efetuar vedacdo para evitar 0 fluxo da troca de calor entre ca- naleta e caixa. + Na parte elétrica do mecanismo de acionamento é preciso executar as seguintes tarefas: - Verificar 0 funcionamento da resisténcia de aquecimento. Se estiver danificada, deve ser substituida. No caso de ela nao existir, providenciar a sua instalacao, - _ Verificar o funcionamento da iluminagao interna, substituindo a lampada, caso seja necessario; ~ Verificar botoeiras e contatores. Se estiverem com os conta- tos oxidados, executar limpeza e se estiverem com os contatos desgastados/queimados, devem ser substituidos. Nos casos de contatores com elemento térmico de protecao de motor verifi- car 0 seu ajuste e atuacéo; - Avaliar 0 funcionamento do motor, fazendo um acionamento elétrico; - Verificar 0 fim do curso elétrico, comutando cada uma das po- sigdes (TAP) extremas e fazendo nova tentativa de comutacao no mesmo sentido, o que nao deve acontecer; - Analisar a atuagao da chave de bloqueio elétrico com a intro- dugao e o acoplamento da manivela de acionamento manual, fazendo uma tentativa de acionar eletricamente, que nao deve acontecer; - Verificar se 0 indicador da posigéo remota esta funcionando corretamente; caso contrério, deve ser reparado ou substituido conforme necessidade; - Quando existir correia no motor, verificar 0 seu estado e a ten- 40 de esticamento. Conferir 0 engate da manivela e fazer revoluces para elevar/dimi- nuir as comutacdes de taps; Verificar o funcionamento do contador de operacées; Analisar 0 funcionamento do indicador de operacdes; Verificar 0 estado, a cor e 0 nivel do 6leo lubrificante, substituir ou completar conforme a necessidade; Caso haja necessidade de trocar 0 éleo lubrificante, efetuar a la- vagem com éleo isolante, que deve ser identificado como éleo do comutador; Verificar ocorréncia de vazamento no eixo de acionamento da ma- nivela; No relé de fluxo de dleo ou sobre presso do comutador, executar as seguintes tarefas: ~ _Verificar 0 seu funcionamento pela movimentacéo manual da boia ou do ponteiro, observando os fechamentos dos contatos para 0 nivel maximo ou minimo e se também nao hd nenhuma restricdo da movimentagao de sua boia; - Verificar 0 estado da fiagao. Caso o isolante esteja ressecado, deve ser substituido e se os seus terminais estiverem soltos, devem ser reapertados; ~ _ Realizar ensaios de trip e sinalizacao pela simulacao nos relés de fluxo e injecdo de nitrogénio (recomenda-se uma pressao de 0,1 kgf/cm?), nos relés de sobrepressao; ~ Conferir o estado do tanque de expanso do comutador, quando este for separado do tanque de expansao do transformador ou do regulador de tensa0. Caso esteja oxidado, fazer o tratamento anticorrosivo e pintura. No indicador de nivel de 6leo do tanque de expansao do comutador executar as seguintes tarefas: - _Verificar 0 seu funcionamento pela movimentacéo manual da boia ou do ponteito, observando os fechamentos dos contatos rr rs ara o nivel maximo ou minimo, e se nao ha nenhuma restricao da movimentacao de sua boia; ~ _ Reparar nas sinalizagées actistica e luminosa; Avaliar 0 estado da fiagao. Caso 0 isolante esteja ressecado, deve ser substituido e se os terminais estiverem soltos, devem ser reapertados; ~ Verificar a sua fixacao, observando se nao ha vazamentos ou infitragao na tampa frontal devido a juntas danificadas e/ou vidro trineado/quebrado, substituindo-os em caso de neces- sidade; - Verificar as tubulacées e registros do tanque de expansao do comutador quanto 2 vazamentos, reparando ou substituindo quando necessério; ~ Nos comutadores com tanque de dleo separado do tanque prin- cipal do transformador, verificar se nao ha vazamento na tampa do tanque. Se necessério, deve-se substituir as guarnicdes; - _Verificar 0 estado de conservacao do dispositive secador de ar € no caso de o recipiente estar trincado ou quebrado, deve ser substituido; - Conferir 0 estado do sflica-gel. Caso esteja saturada, deve ser providenciada a sua substituigao. 7.2.4.5. Transformadores de instrumentos Deve ser realizada uma verificagéo das condigdes gerais dos transfor- madores para instrumentos a fim de avaliar se nao esto trincados ou com indicios de vazamentos (no caso de transformadores a 6leo) Também deve ser analisado se os terminais primérios, secundérios e terra estao bem fixos ao barramento e se a prépria estrutura do transforma- dor esta fixada apropriadamente na estrutura. O ensaio realizado nos transformadores de instrumentos € 0 de resis- téncia de isolacdo. A seguir s4o apresentados os procedimentos para sua realizacao. O ensaio de resisténcia de isolagao utiliza o megdhmetro, Para transfor- madores de classe de tenséo.igual ou superior a 15 kV deve ser aplicada a ten- ‘do de 5 kVcc ou 10 kVcc para realizar 0 ensaio, dependendo do megéhmetro, quando aplicada a tensao no enrolamento primario. Quando a tensdo for apli- cada no enrolamento secundério, deve ser utilzado o valor de 500 V. Segue o desenho esquematico com as medigées de isolagao realizadas nos transformadores, Sendo: Para realizagao do ensaio é preciso desconectar os cabos de ater- ramento temporario de cada enrolamento e curto-circuitar todos os terminais do enrolamento primario e do enrolamento secundario. Em seguida conec- tam-se os cabos do instrumento de ensaio ao transformador. Ensaio 1 - Medigao da resisténcia de isolamento do enrolamento de alta tensao contra a carcaca Envolamento| data tens [0 a Ra Rab - Roa Careaga Enrolamento de bana tens ms Figura 7.18 Ra = isolacdo entre o enrolamento de alta tensao e a carcaca Rb = isolagao entre o enrolamento de baixa tensdo e a carcaga Rab - Rba = isolago entre os enrolamentos de alta e baixa tensao Conectar 0 cabo de ensaio de LINE ao enrolamento de alta tensdo do transformador, Conectar 0 cabo de ensaio GUARD ao enrolamento de baixa tensao do transformador. Conectar 0 cabo de ensaio EARTH a carcaca do transformador. Ligar o instrumento de ensaio, como mostra a Figura 7.20, obten- do as leituras. Figura 7.20 Ensaio 2 - Medicao da resisténcia de isolamento do enrolamento de alta tensao contra o enrolamento de baixa tensao Conectar 0 cabo de ensaio de LINE ao enrolamento de alta tenso do transformador. Conectar 0 cabo de ensaio GUARD & carcaga do transformador. Conectar 0 cabo de ensaio EARTH ao enrolamento de baixa tensao do transformador. Ligar o instrumento de ensaio, como mostra a Figura 7.21, obten- do as leituras, A Megoheto IB eetonco NR C Liga Figura 7.21 Ensaio 3 - Medio da resisténcia de isolamento do enrolamento de baixa tensao contra a carcaga * Conectar 0 cabo de ensaio de LINE ao enrolamento de baixa tensao do transformador. = Conectar 0 cabo de ensaio GUARD ao enrolamento de alta tensao do transformador. + Conectar 0 cabo de ensaio EARTH & carcaca do transformador. + Ligar o instrumento de ensaio, obtendo as leituras, como mostra a Figura 7.22 Figura 7.22 Resumo A tabela a seguir resume os procedimentos dos ensaios: 1 Ata Baba carcaca | Ra Aa careaga” | alta Rab Baia Ata carcaga [Rb Por ocasido das conexes dos cabos (LINE, EARTH, GUARD), deve-se tomar cuidado para que eles no toquem outras partes do equipamento e evitar 0 contato dos cabos entre si, para que nao seja alterada a isolacao a ser ensaiada A tabela seguinte apresenta valores apenas orientativos de niveis mini- mos de isolamento considerados aceitaveis. Se se abahll ry 66 KV €acima 1200 |600 [300 iso [75 224-44 WY 1000 [00 [250 fizs es 6.6 KV 10 KV 00 [aco [200 50 aaviode6éwv [400 [200 fio0 [so fas . Cabos de alimentacao Os cabos de alta tensao devem ser inspecionados a fim de identificar indicios de aquecimento. Deve-se verificar também as condicdes da isolacao e das terminacoes. O ensaio realizado no cabo € de resisténcia de isolacdo. Neste ensaio aplica-se a tenso no condutor eo cabo GUARD do megohmetro é ligado & blindagem do cabo. 7.2.4.1. Cubiculo Durante a manutengao preventiva dos cubiculos é necessério verificar 08 seguintes itens: + Resisténcia de aquecimento (somente para cubiculo blindado); + Lampadas de sinalizagao; * Estado geral da pintura (corrosao); + Relés e contatores; + Fusivel e chaves termomagnéticas; + Ligagdes a terra; * Blocos de ligagées; + Instrumentos de medicao; + Plugue de controle, Eles devem ser limpos, reapertados e substituidos quando neces- sari. Nos barramentos deve-se verificar a isolagao, se nao existem indicios de aquecimentos e corrosdes, se necessdrio fazer ensaio de resisténcia de isolacao. Caso 0 disjuntor seja extraivel, verificar se o mecanismo de insercao e extragao esta fechando e abrindo corretamente. 1.2.4.8. Verificagées finais Deve-se verificar se todos os pontos desconectados foram conectados, retirar o aterramento temporario, as ferramentas, instrumentos de ensaios, sujeiras, resto de materiais e de pegas, as grades de protecao e tampas dos cubiculos devem estar fixas, conectadas ao aterramento e bem ajustadas, evitando vibragoes. As pessoas nao envolvidas na manobra de religamento devem ser reti- radas do local. 0 operador deve fazer sempre uma inspecdo visual antes da Mmanobra que precisa ser feita de forma inversa ao desligamento, 7.3. Exercicios 1. Assinale verdadeiro ou falso: De acordo com o item 10.5 da NR-10, somente & considerado desenergizado um equipamento elétrico, liberado para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecendo 4 sequéncia descrita em seguida. a. Desligado b. Isolado ©. Bloqueado d. Testado e. Aterrado f. Sinalizado 2. Quais as principais fungdes dos instrumentos relacionados a seguir? a. Megdhmetro b. Medidor de relagao de transformacao TTR ¢. Microhmimetro d. Tensdo aplicada Hipot e. Teste de rigidez dielétrica do leo TRDO 3. Mencione os trés ensaios de resisténcia de isolacao que devem ser realizados em um transformador. 4. Para medicao da relacdo de transformacao, considere um transfor- mador cujo fechamento do enrolamento de alta tensao seja trian- gulo e o fechamento do enrolamento da baixa tensao seja estrela, a tensdo primatia do transformador seja de 13.800 Ve a tensao secundaria de 220 V. Qual 0 valor de relacao de transformacao usado? - _ Relacdo de transformacao calculada - Valor de tolerancia maximo - Valor de tolerancia minimo 5. Observando o diagrama seguinte, elabore um procedimento de manobra para desiigar e isolar o disjuntor principal de 13,8 kV com seguranca, considerando todas as seccionadoras e disjuntores fechados. Legenda Q Prarie poimcas ® cave manoue @ eucras de passage @ Cave occonadora polar de aberra siti © enstermader de corente ® Tenstomador de potencal- 800 V8 @ ele de sotecrente de ato neta @ Osbntoracieo-15 Kv © Transomador de ooercla

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