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Instituto Mater Online

TRIAGEM PSICOLÓGICA
PÓS-PARTO DE SCHIAVO

Profª Pós-Drª RAFAELA DE ALMEIDA SCHIAVO


Esse instrumento foi desenvolvido pela Profª. Drª Rafaela
Schiavo para ajudar psicólogos na triagem com puérperas.
Pode ser aplicado após 45 dias do pós-parto e antes de
completar três anos do pós-parto.
Esse não é um instrumento validado e padronizado, ele
tem apenas o objetivo de ser uma ferramenta para nortear o
trabalho da(o) Psicóloga(o) Perinatal, em qualquer local de
atendimento como na clínica, hospital, centros de saúde etc.
Esse instrumento é dividido em duas partes, a primeira,
permite a(o) psicóloga(o) fazer uma triagem para verificar se
a puérpera apresenta fatores de risco para adoecimento
mental no pós-parto.
A literatura indica, por exemplo, que mulheres no pós-
parto que não vivem com o(a) parceiro(a) (SILVA et al., 2012),
não contam com uma rede de apoio (GUEDES et al., 2011;
BERETTA et al., 2008; FIGUEIRAS; DINIZ; SILVA FILHO, 2011),
mães que já tenham outros filhos (DOIS et al., 2012; SCHIAVO;
RODRIGUES; PEROSA, 2018), que já tiveram problemas de
saúde mental em outra fase da vida ou que tenham
familiares próximos com problemas de saúde mental
(FIGUEIRAS; DINIZ; SILVA FILHO, 2011), que não planejaram a
gravidez (MORAES et al., 2006; SCHIAVO, 2016) e que
consideram as atividades maternas, bem como os
comportamentos do bebê como ruins (SCHIAVO, 2016),
apresentam maiores chances de risco para alterações
emocionais significativas no período perinatal. Dessa forma
puérperas que responderem a primeira parte desse
instrumento com informações que pertencem ao grupo de
risco para alterações emocionais significativas no pós-parto,
devem receber indicação para psicoterapia.

Profª Pós-Drª Rafaela de Almeida Schiavo materonline.com.br


Já a segunda parte do instrumento Triagem Psicológica
Pós-parto de Schiavo, permite ao psicólogo fazer uma
triagem sobre a saúde mental materna e identificar casos
que devem para além de atendimento psicoterápico
também ser encaminhados para um possível tratamento
medicamentoso, sendo, portanto, a cliente encaminhada
para um psiquiatra.
A segunda parte do instrumento conta com 10
questões fechadas tipo likert, onde a pontuação é contada
da seguinte forma: sempre = 4 pontos; frequentemente = 3
pontos; às vezes = 2 pontos; raramente = 1 ponto; nunca = 0
ponto. A maior pontuação poderá ser 40 (quarenta) pontos e
a menor 0 (zero) ponto.

Interpretação dos resultados

De zero à 19 pontos = não há indicadores de alterações


emocionais significativas
Acima de 20 pontos = há indicadores de alterações
emocionais significativas
De 20 à 30 pontos é recomendado a puérpera também
procurar por um psiquiatra.
De 30 à 40 pontos é altamente recomendado a puérpera
também procurar por um tratamento psiquiátrico.

Profª Pós-Drª Rafaela de Almeida Schiavo materonline.com.br


Parte 1
Nome: Você tem algum familiar próximo (pai ,
Idade: mãe, irmãos) com algum transtorno
mental?

Sim Não Não tenho certeza


Estado conjugal: Se a resposta foi sim, qual transtorno o seu
familiar tem? E quem é o familiar com o
Mora junto com o parceiro(a)
transtorno?
Não mora junto com o parceiro(a)

Sente que tem rede de apoio? Sua gravidez foi planejada?

Sim Não Mais ou menos Sim Não Mais ou menos

Se sente que tem rede de apoio quem são Você considera que a sua gravidez foi:
as pessoas que você pode contar ?
Tranquila Agitada Normal
Mãe Pai Sogra
Sogro Imãos Cunhados
Você considera que seu parceiro (a) está
Amigos Familiares Outros apoiando como você gostaria?

Sim Não Mais ou menos


Tem outros filhos?

Não Sim Se sim, quantos são? As atividades maternas você considera


Se tiver outros filhos quantos vivem com como
Muito melhor do que imaginava
você?
Melhor do que imaginava
Boa
Faz uso de algum medicamento?
Ruim
Sim Não Pior do que esperava
Se faz uso, para o que é o tratamento Muito pior do que esperava
medicamentoso?
Seu bebê na maioria do tempo é:
Tranquilo Agitado Quieto
Tem algum problema de saúde mental? Barulhento Chorão Chora pouco
Sim Não Doente Saudável Dorme bem
Se sim, qual? Dorme pouco Mama bem
Mama pouco Outros

Deixe o número de telefone/celular de até 3


Se você tem algum problema de saúde
pessoas que são próximas  a você, caso eu
mental, quando você teve o primeiro
precise entrar em contato.
episódio? Infância Adolescência
Vida adulta Gestação

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Parte 2
Agora pense nas últimas quatro semanas para responder as
próximas perguntas, não há respostas certas e erradas.
1- Tenho me sentido triste?
sempre frequentemente às vezes raramente nunca

2- Tenho chorado?
sempre frequentemente às vezes raramente nunca

3- Tenho ficado com vontade de fugir de tudo?


sempre frequentemente às vezes raramente nunca

4- Tenho vontade de não receber visitas


sempre frequentemente às vezes raramente nunca

5- Tenho medo em relação a maternidade

sempre frequentemente às vezes raramente nunca

6- Tenho medo de prejudicar minha relação conjugal?


sempre frequentemente às vezes raramente nunca

7- Não tenho vontade de fazer sexo

sempre frequentemente às vezes raramente nunca

8- Não tenho vontade de amamentar

sempre frequentemente às vezes raramente nunca

9- Tenho vontade de fazer mal a mim mesma?

sempre frequentemente às vezes raramente nunca

10- A ideia de fazer mal ao meu bebê já passou em meus pensamentos

sempre frequentemente às vezes raramente nunca

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Referências

BERETTA, M.I.R et al. Tristeza/Depressão na mulher: uma


abordagem no período gestacional e/ou puerperal. Revista
Eletrônica de Enfermagem (Internet), v.10, n.4, p.966- 978, 2008.
Disponível em:
http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n4/v10n4a09.htm
 
DOIS, A et al. Factores de riesgo associados a síntomas
depresivos post parto em mujeres de bajo riesgo obstétrico
atendidas en el sistema público. Rev. Med. Chile, v.140, n.6, p.719-
725, jun.2012. Disponível em:
 https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
98872012000600004
 
FIGUEIRA, P.G; DINIZ, L.M., SILVA FILHO, H.C. Características
demográficas e psicossociais associadas à depressão pós-parto
em uma amostra de Belo Horizonte. Revista de Psiquiatria do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, v.33, n.2, p.71-75, jul. 2011. Disponível
em: < http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0101-81082011000200002>
 
GUEDES, A.C.E et al. Depressão pós-parto: incidência e fatores de
risco associados. Revista de Medicina, v.90, n.3, jul./set. 2011.
Disponível em: <
http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/58907/61885>
 
MORAES, I.G.S et al. Prevalência de depressão pós-parto e fatores
associados. Revista de Saúde Pública, v.40, n.1, p.65-70, 2006.
Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rsp/v40n1/27117.pdf
 

Profª Pós-Drª Rafaela de Almeida Schiavo materonline.com.br


SCHIAVO, R.A; RODRIGUES, O.M.P.R.; PEROSA, G.B. Variáveis
associadas à ansiedade gestacional em primigestas e
multigestas. Trends Psychol., v.26, n.4, p.2091-2104, 2018.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.9788/tp2018.4-14pt.
 
SCHIAVO, R.A. Desenvolvimento infantil: associação com
estresse, ansiedade e depressão materna, da gestação ao
primeiro ano de vida. 2016. 150 f. Tese (Doutorado em Saúde
Coletiva) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade
Estadual Paulista, Botucatu, 2016.
 
SILVA, R et al. Sociodemographic risk factors of perinatal
depression: a cohort study in the public health care system.
Revista Brasileira de Psiquiatria, v.42, n.2, p.143-148, jun. 2012.
Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rbp/v34n2/v34n2a05.pdf> 

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