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Objecto de Estudo da Didáctica

O objecto do estudo é o processo de ensino, campo principal de educação escolar. Na


medida em que o ensino se viabiliza as tarefas de instrução, ele contem a instrução. Podemos,
assim delimitar como objecto de didáctica o processo de ensino que, considerado no seu
conjunto, inclui os conteúdos dos programas e dos livros didácticos, os métodos e formas
organizativas do ensino, as actividades do professor e dos alunos e as directrizes que regulam
e orientam esse processo.

Podemos definir o processo de ensino como uma sequência de actividades do professor e dos
alunos, tendo em vista a assimilação de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades,
através dos quais os alunos aprimoram capacidades cognitivas (pensamento independente,
observação, analise-síntese e outras).

Principais Categorias Didácticas

Sintetizando as categorias Didacticass: O Homem vive num contexto socialmente


construído e dentro destas inter-relações (ocorre a educação), há necessidade de orientar as
acções humanas para que produzam o efeito desejado (ensino) de tal maneira que será
necessário a aquisição de um determinado conjunto de saberes ou conhecimentos (instrução)
para a realização de certas actividades. Assim podemos aproximar as definições
simplificando deste modo:

Educação - processo social amplo de influências e inter-relações, compreende situações


intencionais e acasos.

Ensino - acções meias e condições para a realização intencional da instrução.

Instrução - Formação e desenvolvimento intelectual mediante domínio de um determinado


corpo de conhecimentos.

Conteúdo ou Matéria

Na escola tradicional, o conteúdo de ensino era objecto de programa minucioso onde o


planejamento do ensino consistia em adequar todo o conteúdo ao tempo disponível para o seu
desenvolvimento.
As novas conquistas científicas no campo de educação vieram, no entanto, mostrar que o
mais importante não é dar ao aluno um grande volume de informações. Muito mais
importante que isso é a escola promover o desenvolvimento integral e harmonioso do aluno,
envolvendo as áreas cognitivas, afectivas e psicomotoras.

O conteúdo não abrange apenas a organização do conhecimento, mas também aas


experiencias educativas no campo desse conhecimento, devidamente selecionadas e
organizadas pela escola. Actualmente, o conteúdo é visto de duas formas: como um dos
meios de favorecer o desenvolvimento integral do aluno e como conhecimento de dados,
fatos e conceitos que conduzam a compreensão e retenção de informações.

Métodos e Técnicas de Ensino.

a) Método de ensino

Etimologicamente, método quer dizer “ caminho para chegar a um fim “. Representa a


maneira de conduzir o pensamento ou acções para alcançar um objectivo. Existem várias
definições sobre os métodos de ensino, alguns autores partem essencialmente da actividade
do professor, outros integram a actividade do professor e dos alunos; alguns definem com
uma via para alcançar os objectivos de ensino, outros como um conjunto de procedimentos
metodológicos. Assim “os métodos de ensino são um conjunto de acções, pessoais, condições
externas e procedimentos utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e estimular o
professor de ensino em função da aprendizagem dos alunos” (Libâneo, 1992, p. 99).

No trabalho docente, o professor seleciona e organiza vários métodos de ensino e vários


procedimentos didácticos em função das características de cada matéria.

O critério de classificação e de escolha dos métodos de ensino, resulta da relação entre o


ensino e aprendizagem, concretizadas pelas actividades do professor e alunos no processo de
ensino.

Em função dos critérios básicos sob orientação da direção do ensino o professor pode usar os
seguintes métodos.

 Método de exposição pelo professor – neste método, os conhecimentos, habilidades


e tarefas são apresentados, explicadas ou demostradas pelo professor. A actividade do aluno é
receptiva embora não necessariamente passiva. Este método é bastante utilizado em nossas
escolas, apesar das críticas que lhe são feitas, principalmente por não levar em conta o
princípio da actividade do aluno. Entretanto, se for superada esta limitação, é um importante
meio de obter conhecimento. A exposição logica de matéria continua sendo, pois um
procedimento necessário, desde que o professor consiga mobilizar a actividade interna do
aluno de concentrar-se e de pensar e a combine com outros procedimentos, como o trabalho
independente, a conversão e o trabalho em grupo. Entre as formas de exposição podem ser
exposição verba, a demostração, a ilustração e a exemplificação.
 Método de trabalho independente – consiste em tarefas dirigidas e orientadas pelo
professor para que os alunos resolvam de modo relativamente independente e criador.
Trabalho independente pressupõe determinados conhecimentos, compreensão da tarefa e do
seu objectivo, o domínio do método da solução, de modo que os alunos possam aplicar
conhecimentos e habilidades sem orientação directa do professor. Este método estimula a
actividade mental dos alunos, qualquer que seja a modalidade de tarefa planejada pelo
professor para o estudo individual.
 Método de elaboração conjunta – é uma forma de interacção activa entre o
professor e os alunos visando a obtenção de novos conhecimentos, habilidades, atitudes e
convicções já adquiridos. Ela supõe um conjunto de condições prévias: a incorporação pelos
alunos dos objectivos a atingir, domínio de conhecimentos básicos ou a disponibilidade pelos
alunos de conhecimentos e experiencias que, mesmo não sintetizados, são pontos de partida
para o trabalho de elaboração conjunta.
 Método de trabalho em grupo – consiste basicamente em distribuir temas de estudos
iguais ou diferentes a grupos fixos ou variáveis, compostos de 3 a 5 alunos. O trabalho em
grupo tem sempre um caracter transitório, ou seja, deve ser empregado eventualmente,
conjugado com outros métodos de exposição e de trabalho independente. A finalidade
principal de trabalho em grupo é obter a cooperação dos alunos entre si na realização de uma
tarefa.
 Actividades especiais – são aquelas que complementam os métodos de ensino e que
concorrem para a assimilação activa dos conteúdos. São por exemplo, o estudo de maio, o
jornal escolar, o teatro, a biblioteca escolar etc.

b) Técnica de ensino
A técnica de ensino ou pedagogia é o conjunto de atitudes, procedimentos e actuações que o
professor/formador adopta para utilizar correctamente os diversos instrumentos de formação
de que dispõe: a palavra, o gesto, a imagem, o texto, o audiovisual, a informática, etc. Deste
modo, utilização correcta de diferentes técnicas pedagógicas contribui para que o método
desempenhe, de facto, a sua função de gestão de situação de formação.

Relação da didáctica com outras ciências

   Relação da Didáctica Geral com a Pedagogia

Para mim as duas estão diretamente relacionadas. A Pedagogia é uma ciência que se
encarrega de promover a Educação (ensino/aprendizagem). A Didática é o meio desenvolvido
pela Pedagogia para isso, ou seja, são técnicas para que haja ensino/aprendizagem; a
Educação é o processo do qual a Pedagogia se encarrega, através da Didática, não só vejo que
didática atua como uma ferramenta crucial para o processo de aprendizagem do indivíduo.
Deste modo, a didática está ligada a pedagogia, onde seu principal foco é a prática do ensino
através de estratégias que possibilitem um melhor entendimento do que foi desenvolvido em
sala de aula. Por isso, falar em seu conceito é estar atento a formação de professores, que
devem cumprir adequadamente com suas funções e atuar como pilares na formação social.

 Relação da Didáctica Geral com as Didácticas Específicas

A didática geral estuda os princípios, as normas e as técnicas que devem regular qualquer tipo
de ensino, para qualquer tipo de aluno. A didáctica geral nos da uma visão geral da actividade
docente. A didáctica especifica estuda aspectos científicos de uma determinada disciplina ou
faixa de escolaridade. A didáctica especifica, analisa os problemas e as dificuldades que o
ensino de cada disciplina apresenta e organiza os meios e sugestões para resolve-los. Assim,
temos didácticas específicas das línguas (francês, inglês, etc); as didácticas especificas de das
ciências (Física, Química, Geografia, etc.).

Referencia Bibliográfica

Libaneo, J. (1992), Didáctica; Cortez editora; SP, Brasil.

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