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prviso a = DE ATOS CONVENGRO ENTRE A REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E 0 GRAO-DUCADO DO ‘LUXEMBURGO PARA EVITAR A we PLA TRIBUTACAO EM MATERIA DE IMPOSTOS SO- BRE A RENDA E O CAPITAL. A Repiblica Federativa do Brasil e © Grao- Laxemburgoy a evitar a dupla tributagio em matéria de impostos a renda e 0 capital, aco: ‘Ducado do desejosos de concluir uma ConvengSo destinada rdaram nas seguintes disposigde Artigo 1 Pessoas visadas 1 A presente Convengio se aplica &s pessoas residentes de um ou de ambos os Estados Contratentes. 2. Fica entendido que a Conveng&io nfo se aplicardé nem & renda nem ao capital das sociedades "holdings" residentes do Lu~ xemburgo que gozem de tratamento fiscal especial em virtude de le gislac&io luxemburguesa vigente, ou de qualquer outra lei. similar que entre em vigor no Luxemburgo apés a assinatura da Convengéo , nem aos rendimentos que um residente do Brasil receba daquelas 80 ciedades, nem &s participagdes deste residente nas mencionadas so ciedades. Artigo 2 ° Impostos visados . 1 Os impostos atueis aos quais se aplica a Conveng&o sao: a) no caso do Graéo-Ducado do Luxemburgo: - imposto sobre a renda das pessoas fisicas; - imposto sobre a renda das coletividades; - imposto especial sobre as remuneragées de diregao; - imposto sobre o capital; - imposto comercial comunal sobre os lucros e o capi tal de exploragiio; ; - imposto sobre o total dos saldrios; - imposto territorial; (doravante denominados "imposto luxemburgués"); b) no caso da Republica Federativa do Brasil: - imposto federal sobre a renda e proventos de qual- quer natureza, com exclusio das incidéncias so>re remessas excedentes e atividades de menor importén cia; (doravante denominado "imposto brasileiro"). 2. A Convengéo serd também aplicdvel aos impostos futuros de natureza idéntica ou andéloga que venham a acrescer aos impos — tos atuais ou a substitui-los. 1 Ne Artigo 3 Definigdes Gerais presente Conveng&o, a nio ser que o contexto imponha uma interpretagéio diferente: a) b) e ) 4) e) £) @) h) q termo "Brasil" designa a Reptiblica Federativa do Brasil; © termo "Luxemburgo" designa o Graéo-Ducado do Iuxem- burgo; as expressoes "um Estado Contratante" e "o outro Es tado Contratante" designam, segundo o contexto, 0 Brasil ou o Iuxemburgo; . o termo "pessoa" compreende uma pessoa fisica, uma sociedade ou qualquer outro grupo de pessoas; 0 termo "sociedade" designa qualquer pessoa juridica ou qualquer entidade que, para fins tributérios, se- ja considerada como uma pessoa juridica; as expressdes "empresa de um Estado Contratante" e “empresa do outro Estado Contratante" designam, res- pectivamente, uma empresa explorada por um residente de um Estado Contratante e uma empresa explorada por um residente do outro Estado Contratante; © termo "nacionais" designa: I — todas as pessoas fisicas que possuam a nacionali dade de um Estado Contratante; II - todas as pessoas juridicas, sociedades de pesso- as e associagées constituidas de acordo coma le gislago em vigor num Estado Contratante; a expressio "tréfego internacional" designa todo transporte efetuado por um navio ou aeronave explora do por uma empresa cuja sede de direcio efetiva este ja situada em um Estado Contratante, exceto quando o navio ou a aeronave seja utilizado apenas entre luga res situados no outro Estado Contratante; 4) a expressdio “autoridade competente" designa: I - no Brasil: 0 Ministro da Fazenda, o Secretdrio da Receita . Federal ou seus representantes autorizados; II - no Luxemburgo: 0 Ministro das Pinangas ou seu representante de- vidamente autorizado. 2. Para a aplicagéio da Convengéio por um Estado Contratante, qualquer expressio que no se encontre de outro modo definida te— ré 0 significado que lhe é atribuido pela legislagio desse Estado Contratante relativa aos impostos que s&o objeto da Convengio, a nfo ser que o contexto imponha interpretagiio diferente. Artigo 4 Domicilio fiscal any para os fins da presente Convengiio, a expressao “resi - dente de um Estado Contratente" designa qualquer pessoa que, em virtude da legislag&o desse Estado, esté ai sujeita a imposto em razio de seu domicilio, de sua residéncia, de sua sede de diregio ou de qualquer outro critério de natureza, andloga. 2. Quando, por forga das disposigées do parégrafo 1 , uma pessoa fisica for considerada como residente de ambos 08 Estados Contratantes, a situagio serd resolvida de cordo com as seguin- tes regras: a) esta pessoa seré considerada como residente do Esta- do Contratante em que ela disponha de uma habitagéo permanente. Quando dispuser de uma habitagao perma— nente em ambos os Estados Contratantes, seré consi- derada como residente do Estado Contratante com 0 qual suas ligagdes pessoais & econémicas sejam mais estreitas (centro de interesses viteis); >) se o Estado Contratante em que temo centro de seus interesses vitais nfo puder ser determinado, ou se no dispuser de uma habitagao permanente em nenhum dos Estados Contratantes, seré considerada como residente do Estado Contratante em que perma- necer habitualmente; ec) se permanecer habitualmente em ambos os Estados Con . tratantes ou se néo permanecer habitualmente em ne- nhum deles, serd considerada como residente do Es— tado Contratante de que for nacional; 4) se for nacional de ambos os Estados Contratantes ou se néio for nacional de nenhum deles, as autoridades competentes dos Estados Contratantes resolveréo 8 questao de comm acordo. 3. Quando, em virtude das disposigdes do parégrafo 1, uma pessoa que n&o seja wma pessoa fisica for considerada residente de ambos os Estados Contratantes, serd considerada residente do getado Contratante em que estiver situada a sua sede de direco efetiva. Artigo 5 Estabelecimento permanente 1. para os fins da presente Convengfo, a expressio “esta- belecimento permanente" designa uma instalagio fixa de negécios em que a empresa exerga toda ou parte de sua atividade. 2. ‘A expresséio “estabelecimento permanente" compreende es pecialmente: a) uma sede de diregio; b) uma sucursal; c) um escritério; : d) uma fabrica; e) uma oficina; £) wma mina, uma pedreira ou qualquer outro local de extragio de recursos naturais; g) um canteiro de construgfo ou de montagem caja dura— go exceda seis meses. 3. Um estabelecimento nfo serd considerado permanente a) as instalagdes forem utilizadas unicamente para fine de armazenagem, exposigéio ou entrega de mer cadorias pertencentes & empresa; b) as mercadorias pertencentes & empresa forem arma zenadas unicamente pare fins de depésito, exposi gAo ou entrega; ¢) a8 mercadorias pertencentes & empresa forem erma zenades unicamente para fins de transformacio por ume outra empresa; 4) uma instalacio fixa de negécios for utilizada unicamente para fins de comprar mercadorias ou de reunir informagdes para a empresa; e) uma instalagéo fixa de negécios for utilizada pe- la empresa unicamente para fins de publicidade , de fornecimento de informagdes, de pesquisas cien tificas ou de atividades andlogas que tenham um cardter preparatério ou auxiliar. a Uma pessoa que atue num Estado Contratante por conta de uma empresa do outro Estado Contratante - desde que nfio se- ja um agente que goze de um status independente, contemplado no pardégrafo 5 - seré considerada como "estabelecimento perma- nente" no primeiro Estado, se tiver, e exercer habitualmente na quele Estado, autoridade para concluir contratos em nome da em presa, a nao ser que as suas atividades sejam limitadas & com- pra de mercadorias para a empresa. Todavia, uma empresa de seguros de um Estado Contra — tante serd considerada como tendo um estabelecimento permanente no outro Estado Contratante desde que, através de um represen- tante, no incluido entre as pessoas indicadas no parégrafo 5 abaixo, receba prémios no territério desse Ultimo Estado ou se- gure riscos situados nesse territério. 5. Uma empresa de um Estado Contratante nfo seré conside rade como tendo um estabelecimento permanente no outro Estado Contratante pelo simples fato de exercer a sua atividade nesse outro Estado por intermédio de um corretor, de um comissério geral ou de qualquer outro agente que goze de um status inde- pendente, desde que essas pessoas atuem no dmbito de suas ati vidades normais. 6. © fato de uma sociedade residente de um Estado Contra tante controlar ou ser controlada por uma sociedade residente do outro Estado Contratante, ou que exerca sua atividade nesse outro Estado (quer seja através de um estabelecimento permanen- te, quer de outro modo) n&o seré, por si sd, suficiente para fa zer de qualquer dessas sociedades estabelecimento permanente da outra. 7. Uma empresa de um Estado Contratante sera considerada como tendo um estabelecimento permanente no outro Estado Contra tante quando ela ai exercer a atividade da prestagdo de servi- gos de artistas e desportistas, mencionados no artigo 17 da pre sente Convengao. Artigo 6 Rendimentos de bens imobilidrios 1. Os rendimentos provenientes de bens imobilidrios, in- clusive os rendimentos de exploragées agricolas e florestais , s&o tributdveis no Estado Contratante em que esses bens estive— rem situados. : 2. a) a expresso "bens imobilidrios" é definida de acor do com o direito do Estado Contratante em que es- ses bens estiverem situados; b) essa expressao compreende, em qualquer caso , o8 . acessérios, o gado e o equipamento utilizado nas exploragdes agricolas e florestais, os direitos a que se aplicam as disposigtes do direito privado relativas & propriedade territorial, o usufruto de bens imobilidrios e os direitos nos pagamentos va— ridveis ou fixos pela explorag&o ou concessio da exploragéio de jazidas minerais, fontes e outros re cursos naturais; os navios, barcos e aseronaves no s&o considerados bens imobilidrios. 3. 0 disposto no pardégrafo 1 aplica-se aos rendimentos provenientes da exploragio direta, da locag&o ou arrendamento , assim como de qualquer outra forma de exploragiio de bens imobi- liérios. vo 4. 0 disposto nos pardgrafos 1 e 3 aplica-se igualmente aos rendimentos provenientes de bens imobilidrios de uma empre- sa, assim como aos rendimentos de bens imobilidérios que sirvam para o exercicio de uma profissiio liberal. Artigo 7 Incros das empresas le Os lucros de uma empresa de um Estado Contratente sé sao tributdveis nesse Estado, a ndo ser que a empresa exerca sua atividade no outro Estado Contratante por meio de um esta- belecimento permanente ai situado. Se a empresa exercer sua atividade na forma indicada, seus lucros seréo tributéveis no outro Estado, mas unicamente na medida em que forem atribuiveis a esse estabelecimento permanente. 2. Com ressalva das disposigées do pardgrafo 3, quando uma empresa de um Estado Contratante exercer sua atividade no outro Estado Contratante por meio de um estabellecimento perm— nente ai situado, serao atribuidos em cada Estado Contratante @ esse estabelecimento permanente os lucros que bteria se constituisse uma empresa distinta e separada, exercendo ativida des idénticas ou similares, em condigdes idénticas ou similares, e transacionando com absoluta independéncia com a empresa de que é um estabelecimento permanente. 3. No célculo dos lucros de um estabelecimento permanen- te, 6 permitido deduzir as despesas que tiverem sido feites pa Ta a consecuc&o dos objetivos go estabelecimento permanente, in cluindo as despesas de direg&o e os encargos gerais de admin‘: ° tragéo assim realizados. Nenhum lucro seré atribuido a um estabelecimento per 4. manente pelo simples fato de comprar mercadorias para a empre— sa. 5. Quando os lucros compreenderem elementos de rendimen tos tratados separadamente nos outros artigos da presente Con- vengéio, as disposicées desses artigos nfo serao afetadas pelas disposigdes do presente artigo. Artigo 8 Navegagao maritima e aérea 1. Os lucros provenientes da exploracdo, no traéfego in- ternacional, de navios ou aeronaves s6 sio tributdveis no Esta do Contratante em que estiver situada a sede da diregio efeti- va da empresa. 2. Se a sede da diregio efetiva da empresa de navegacao maritima se situar a bordo de um navio, esta sede seré conside rade situada no Estado Contratante em que se encontre o porto de registro desse navio ou, na auséncia de porto de registro , no Estado Contratante em que residir a pessoa que explora o na vio. 3. As disposigdes do parégrafo 1 aplicam-se também aos lucros provenientes da participagio em um "pool", em uma associ ac&o ou em um organismo internacional de exploragao. Artigo 9 Empresas associadas Quando: a) uma empresa de um Estado Contratante participar di + yveta ou indiretamente da diregio, controle ou cap: tal de uma empresa do outro Estado Contratante, ou b) as mesmas pessoas participarem direta ou indireta- mente da directo, controle ou capital de uma empre sa de um Estado Contratente e de uma empresa do ou tro Estado Contratente, e, em ambos os casos, as duas empresas estiverem ligadas, nas suas relagdes comerciais ou financeiras, por condigdes aceitas oa impostas que difiram das que seriam estabelecidas entre em- presas dhdependentes, os lucros que, sem essas condigdes, teriam pido obtidos por uma das empresas, mas néo o foram por causa des eas condigées, poderao ser incluidos nos lucros dessa empresa e tributados como tal. Artigo 10 Dividendos ci Os dividendos pagos por uma sociedade residente de um Estado Contratante a um residente do outro Estado Contratante sio tributdveis nesse outro Estado. 2. Todavia, esses dividendos podem ser tributados no Es— tado Gontratante onde reside a sociedade que os paga, e de acor do com a legislagiio dease Estado, mas o imposto assim estabele— cido nfo poderdé exceder: a) 15 por cento do montante bruto dos dividendos se o beneficidério for uma sociedade que possua direta mente pelo menos 10 por cento do capital da socie~ dade que paga os dividendos; b) 25 por cento do montante bruto dos dividendos , em todos os demais casos. Este parégrafo nado afetaré a tributagfio da sociedade com referéncia aos lucros que deram origem aos dividendos pagos. 3. 0 disposto nos pardgrafos 1 e 2 nfo se aplica quando © beneficiério dos dividendos, residente de um Estado Contratan te, tiver, no outro Estado Contratante de que é residente a so- ciedade que paga os dividendos, um estabelecimento permanente a que estiver pfetivamente ligada a participagfio geradora dos di- videndos. Neste caso, serao aplicdveis as disposigées do arti- go 7. 4. 0 termo "dividendo", usado no presente artigo, designa os rendimentos provenientes de agdes, agdes ou direitos de frui go, agdes de empresas mineradoras, partes de fundador ou ou- tras partes beneficidrias, com excegio dos créditos , bem como rendimentos de outras participagdes de capital assemelhados aos rendimentos de agdes pela legislacio fiscal do Estado em que se ja residente @ sociedade que os distribuir. 5. Quando uma sociedade residente do Iuxemburgo tiver um estabelecimento permanente no Brasil, este estabelecimento permanente poderé ai estar sujeito a um imposto retido na fonte de acordo com a legislag&o brasileira. Todavia, esse imposto no poderé exceder 15 por cento dos lucros do estabelecimento perma nente, determinado apés o pagamento do imposto de renda de so- ciedades referente a esses lucros. 6. Quando uma sociedade residente de um Estado Contratan te receber lucros ou rendimentos do outro Estado Contratante , esse outro Estado Contratante nao poderd tributar os dividendos pagos pela sociedade a pessoas que nfo sejam residentes desse outro Estado, nem sujeitar os lucros nfo distribuidos da socie- dade a um imposto sobre lucros nao distribuidos, mesmo se os di videndos pagos ou os lucros nao distribuidos consistirem total ou parcialmente de lucros ou rendimentos provenientes desse ou- tro Estado. 1 As limitagdes previstas no pardégrafo 2, alinea a, e no paragrafo 5 nao se aplicarao aos dividendos pagos e aos lu- cros realizados até a expiracio do quinto ano civil seguinte 0 ano em que a presente Convengéo entrar em vigor. Artigo 11 dures 1. Os juros provenientes de um Estado Contratante e pa- 808 a um residente do outro Estado Contratante sao tributdveis nesse outro Estado. 2. Todavia, esses juros podem ser tributados no Estado Con- tratante de que provém,-e de acordo com a legislag&o deste Estado, mas o imposto assim estabelecido no poderdé exceder 15 por cento do montante bruto dos jurcs. 3. Nao obstante o disposto nos parégrafos 1 e 2: a) os juros provenientes de um Estado Contratante e Pa 05 a0 Governo do outro Estado Contratante, a uma de suas subdivisdes politicas ou a uma agéncia (inclusi_ vg ae instituigdes financeiras) de propriedade exclu siva desse Governo ou dessa subdivisio pol{tica sao isentos de imposto no primeiro Estado Contratente; b) os juros provenientes da divida piblica e das obriga goes de empréstimos emitidas pelo Governo de um Esta do Contratante sé so tributéveis nesse Estado; c) a aliquota do imposto n&io poderé exceder 10 por cen— to no que concerne aos juros de empréstimos e crédi- tos concedidos, por um perfodo de no minimo 7 anos, por estabelecimentos bancdrios e relac#onados A ven- da de bens de capital ou ao estudo, & instalagio ou 80 fornecimento de conjuntos industriais ou cientifi cos, assim como de obras piblicas. 4. © termo "juros", usado neste artigo, designa os rendimen tos da dfvide piblica, de obrigagtes de empréstimos, acompanhadas ou no de garantias hipotecdrias ou de uma cléusula de participa- 9&0 nos lucros, e de créditos de qualquer natureza, bem como qual quer outro rendimento que, pela legislag&o tributéria do Estado ‘© que provenham, ‘seja assemelhado aos rendimentos de importénci— 85 emprestadas. 5. 0 disposto nos pardgrafos 1 e 2 n&io se aplica quando o Peneficiério dos juros, residente de um Estado Contratante, tiver ne outro Estado Contratante de que provenham og juros, um estabe— iecimento permanente ao qual se ligue efetivamente o crédito gera dor dos juros. Neste caso, aplicar-se-é 0 disposto no artigo 7. 6. As limitagdes estabelecidas nos pardgrafos 2 e 3 no se aplicam aos juros provenientes de um Estado Contratante e pagos @ um estabelecimento permanente de uma empresa do outro Estado Con tratente situado em um terceiro Estado. o Os juros serdéo considerados provenientes de um Estado Contratante quando o devedor for esse proprio Estado, uma sua sub aivieiio politica, uma commidade local ou um residente desse Eata ao. Todavia, quando o devedor dos juros, residente ou néo de um Eetado Contratertte, tiver num Estado Contratante um estabelecimen +o permanente pelo qual haja sido contraida a obrigagéio que dé o- rigem aos juros e caiba a esse estabelecimento permanente o paga- mento desses juros, esses juros serdo considerados provenientes ao Estado Contratante em que o estabelecimento permanente estiver situado. 8. Se, em consequéncia de relagées especiais existentes en tre o devedor e o credor, ou entre ambos e terceiros, 0 montante dos juros pagos, tendo em conta o crédito pelo qual sao pagos, ex ceder Aquele que seria acordado entre o devedor e 0 credor na au- egncia de tais relagdes, as disposigées deste artigo se aplicam a penas a este ultimo montante. Nesse caso, a parte excedente dos pagamentos sera tributdvel conforme a legislag&o de cada Estado Contratante e tendo em conta as outras disposigdes da presente Conveng&o. Artigo 12 Royalties 1. Os royalties provenientes de um Estado Contratante e pa gos a um residente do outro Estado Contratante sido tributéveis nesse outro Estado. a. Todavia, esses royalties podem ser tributados no Estado Contratanté ae que provém, e de acordo com a legislagio desse Es- tado, mas o imposto assim estabelecido nio poderd exceder: a) 25 por cento do montante bruto dos royalties prove- nientes do uso ou da concesséio do uso de marcas de in distria ou comércio, de filmes cinematogréficos e de filmes ou fitas de televie&o ou de radiodifusdo; bd) 15 por cento do montante bruto dos royalties , em to- dos os demais casos. 3. © termo royalties, empregado neste artigo, designa as yemuneragées de qualquer natureza pagas pelo uso ou pela conces- so do uso de um direito de autor sobre uma obra literdria , artis tica ou cientifica, inclusive os filmes cinematogréficos e os fil- mes ou fitas de televisio ou de radiodifus&o, de uma patente , de uma marca de indistria ou de comércio, de um desenho ou de um mo- delo, de um plano, de uma férmla ou processo secreto, bem como pelo uso ou pela concess&o do uso de um equipamento industrial, co mercial ou cientifico e por informagées correspondentes & experi- éncia adquirida ou a estudos no setor industrial, comercial ou ei entifico. 4, Os royalties serao considerados provenientes de um Esta do Contratante quando o devedor for esse préprio Estado, uma sua subdivisdo politica, uma commidade local ou um resifiente desse Estado, Todavia, quando o devedor dos royalties, seja ou néo re- sidente de um Estado Contratante, tiver num Estado Contratante um estabelecimento permanente em relag&o com o qual haja sido contra ida a obrigagéio de pagar os royalties e caiba a esse estabeleci - mento permanente o pagamento desses royalties, serdo eles conside- rados provenientes do Estado Contratante em que o estabelecimento permanente estiver situado. oa 5. As disposigdes dos parégrafos 1 e 2 nao se aplicam quan- do o beneficidrio dos royalties, residente de um Estado Contratan te, tiver no outro Estado Contratante de que provém os royalties um estabelecimento permanente ao qual esto ligados efetivamente © direito ou o bem que deu origem aos royalties. Neste caso, apli car-se-& 0 disposto no artigo 7. 6. Se, em conseqténcia de relagdes especiais existentes en— tre o devedor e o credor, ou entre ambos e terceiros, 0 montante dos royalties pagos, tendo em conta a prestag&o pela qual sao pa- 0s, exceder Aquele que seria acordado entre o devedor e o credor ‘ja auséncia de tais relagdes, as disposigdes deste artigo Bio a- *plicdveis apenas a este ultimo montante. Nesse caso, a parte ex- cedente dos pagamentos seré tributdvel conforme a legislagéo de cada Estado Contratante e tendo em conta as outras disposigées da presente Convenciio. ce A limitagio do imposto prevista na alinea b do pardgra- fo 2 nao se aplica aos royalties pagos a um residente de um Esta— ao Contratante que possua direta ou indiretamente pelo menos 50 por cento do capital votante da sociedade que paga os royalties até a expiracéo do-quinto ano civil seguinte ao ano em que a Con- vengaéo entrar em vigor. Artigo 13 Ganhos de capital 1. Os ganhos provenientes da alienagéo de bens imobilid- rios, conforme sao definidos no pardgrafo 2 do artigo 6 , sao tributdveis no Estado Contratante em que esses bens estiverem situados. . 2. Os ganhos provenientes da alienagio de bens mobilidri os que fagam parte do ativo de um estabelecimento permanente que uma empresa de um Estado Contratante possua no outro Estado Contratante, ou de bens mobilidrios constitutivos de uma inste— lag&e fixa de que disponha um residente de um Estado Contratan— te no outro Estado Contratante para o exercicio de uma profis- 8&0 liberal, incluindo ganhos provenientes da alienagio global desse estabelecimento permanente (isolado ou como conjunto da empresa) , cu dessa instalacio fixa, sao tributdveis nesse outro Estado. No entanto, os ganhos provenientes da alienagao de na- vios ou aeronaves utilizados no tréfego internacional e de bens mobiliérios pertinentes & exploragio de tais navios ou aerona- ves sé sho tributdéveis no Estado Contratante em que estiver si- tuada a sede da direciio efetiva da empresa. 3. Os ganhos provenientes da alienag&o de quaisquer ou- tros bens ou direitos diferentes dos mencionados nos pardgrafos le 2 s&o tributdveis em ambos os Estados Contratantes. a Artigo 14 Profissées independentes oo 0s rendimentos que um residente de um Estado Contratan— te obtenha pelo exercicio de uma profissio liberal ou de outras atividades independentes de cardéter anélogo s6 sfio tributéveis nesse Estado, a nfo ser que o pagamento dessas remuneragées caiba a uma sociedade residente no outro Estado ou a um estabelecimento permanente ai situado. Nesse caso, esses rendimentos s&o tributd veis nesse outro Estado. 2. A expresso "profissio liberal" abrange, em especial,as atividades independentes de cardter cientifico, técnico, literé- rio, artistico, educativo ou pedagégico, bem como as atividades independentes de médicos, advogados, engenheiros, arquitetos, den tistas e contadores. Artigo 15 Profissdes dependentes . a Com ressalva das disposicdes dos artigos 16, 18, 19, 20 e 21, os saldrios, ordenados e outras remuneragées similares que um residente de um Estado Contratante receber em razio de um em prego assalariado seraéo tributdéveis somente nesse Estado, a nao ser que o emprego seja exercido no outro Estado Contratante. Se © emprego for ai exercido, as remuneracdes correspondentes Ba0 tributéveis nesse outro Estado. 2. N&o obstante as disposigées do pardgrafo 1, as reminera gSes que um residente de um Estado Contratante receber em fungio de um emprego assalariado exercido no outro Estado Contratante sé sAo tributdveis no primeiro Estado se: a) o beneficidério permanecer no outro Estado durante um +perfodo ou periodos que nao excedam, no total , 183 dias no curso do ano fiscal considerado; >) as remmeragdes forem pagas por um empregador ou em nome de um empregador, que nao seja residente do ou tro Estado; e c) © encargo das remmeracgdes nfo couber a um estabele— cimento permanente ou a uma instalacdo fixa que o em pregador tiver no outro Estado. 3. N&o obstante as disposigdes precedentes deste artigo, as remmeragées relativas a um emprego assalariado exercido a bor do de um navio ou de uma aeronave em tréfego internacional Bao tributdveis no Estado Contratante em que estiver situadaa sede de diregdo efetiva’ da empresa. Artigo 16 Remuneragées de diregao As remuneragdes de direc&o, os jetons de presenga e ou- tras remmeracées similares que um residente de um Estado Contra— tante recebe na qualidade de membro do conselho de administragéio ou fiscal ou de dérgio andlogo de uma sociedade residente do outro Estado Contratante, s&o tributdveis nesse outro Estado." Artigo 17 Artistas e desportistas Nao obstante as disposigées dos artigos 14e15, os rendimentos obtidos pelos profissionais de espetdculos, tais como artistas de teatro, de cinema, de rédio ou de televisiio e os misi cos, bem como os dos desportistas, pelo exercicio nessa qualidade de suas atividades pessoais, sio tributdveis no Estado Contratan- te em que essas atividades forem exercidas. Artigo 18 Pensoes 1. Com fessalva das disposigdes dos pardgrafos 2 e 3 do ar tigo 19, as pensdes e outras remmeragées similares, até o montan te anual de US$ 3.000, provenientes de um Estado Contratante e pa .gas a um residente do outro Estado Contratante 86 sao tributaveis nesse Estado. O montante que exceder a US$ 3.000 poderd ser tri- putado no primeiro Estado Contratante. 2. Pare os fins do presente artigo, a expresséo "pensdes e outras remmeragées similares" designa os pagamentos periédicos e fetuados apés a aposentadoria em conseqtiéncia de um emprego ante— rior ou a titulo de compensagéo por danos sofridos no dmbito des— se emprego anterior. Artigo 19 Pungdes piblicas 1. a) As remmneragées, excluindo as pensdes, pagas por um Estado Contratante, uma sua subdivisio politica ou comunidade local a uma pessoa fisica, por servi- gos prestados a esse Estado, subdivisdo ou commida- de, 86 séo tributaveis nesse Estado. >) Todavia, tais remmeragées s6 sido tributdéveis no outro Estado Contratante se os servigos forem pres- tados nesse Estado e se o beneficidrio da remune- ragio for um residente desse Estado, que i) seja nacional desse Estado, ou ii) nfo tenha se tornado um residente desse Estado com a tmica finalidade de prestar os servigos. 2. a) As penstes pagas por um Estado Contratante, uma sua subdivisao politica ou comunidade local, quer direta mente, quer através de fundos por eles constituidos, a uma pessoa fisica,em conseqtiéncia de servicgos pres tados a esse Estado, subddivisdo ou commidade,s6 sao tributaveis nesse Estado. O mesmo se aplicardé 4s pen sdes e outros pagamentos, periédicos ou nfo, efetua— ‘dos em decorréncia da legislag&o social de um Estado Contratante. ) Todavia, essas pensdes 86 si0 tributdveis no outro Estado Contratante se o beneficidrio for residente e nacional desse Estado. 3. * 0 disposto nos artigos 15, 16 e 18 aplica-se &s remme- ragdes ou pensdes pagas em conseqtiéncia de servicos prestados no @mbito de uma atividade industriel ou comercial exercida por um dos Estados Contratantes, uma sua subdivisio politica ou commida de local. G Artigo 20 Professores Uma pessoa fisica residente de um Estado Contratante no inicio de sua permanéncia no outro Estado Contratante, e que, a convite do Governo do outro Estado Contratante, ou de uma univer— sidade ou de outro estabelecimento de ensino ou de pesquisas ofi- cialmente reconhecido desse outro Estado, permanecer neste ultimo Estado, principalmente com o fim de ensinar ou de realizar traba— Ihos de pesquisa, ou com ambos os fins, seré isenta de imposto nesse tiltimo Estado durante um perfodo nfio superior a dois anos a contar da data de sua chegada no referido Estado, no que concer ne 4s remmeragdes relacionadas com suas atividades de ensiro ou pesquisa. Artigo 21 Estudantes 1. As importaéncias que um estudante ou um estagidrio que for, ou tiver sido anteriormente, residente de um Estado Contra- teante e que permanecer no outro Estado Contratante como nico fim de af prosseguir seus estudos ou sua, formagio, receber para cobrir as despesas de manutengao, estudos ou formacho, nao serao tributdéveis nesse outro Estado, desde que essas importancias pro- venham de fontes situadas fora desse outro Estado. © mesmo se aplicaré & remmerag&o que um estudante ou estagidrio receber por um emprego exercido no Estado Contratante em que ele prossegue seus estudos ou sua formagéo, desde que es- ‘ ” ga remmeragio seja estritamente necessdria A sua manutengio. 2. Um estudante de uma universidade ou de um outro estabele cimento de ensino superior ou técnico de um Estado Contratante que exercer uma atividade remmerada no outro Estado Contratante unica, mente com o fim de obter uma formagéio prética relativa a seus estu dos nfo estdé sujeita a imposto nesse iltimo Estado em raziio da re- munerag&o paga para esse fim, desde que a duragio dessa atividade nao ultrapasse dois anos. Artigo 22 Rendimentos nfo expressamente mencionados Os rendimentos de um residente de um Estado Contratante nfo expressamente mencionados nos artigos precedentes da presente Conveng&o sio tributdveis em ambos os Estados Contratantes. Artigo 23 Capital 1 0 capital constitufdo por bens imobilidérios, como defini dos no pardgrafo 2 do artigo 6, é tributdvel no Estado Contratante onde esses bens estiverem situados. 2. 0 capital constituido por bens mobiliérios que fagam par te do ativo de um estabelecimento permanente de uma empresa, ou por bens mobilidrios pertencentes a uma instalacio fixa utilizada para o exercicio de uma profiss&o liberal, é tributdvel no Estado Contratante onde estiver situado esse estabelecimento permanente ou essa instalagio fixa. 3. Os navios e seronaves utilizados no tréfego internacio- nal, bem como os bens mobilidrios pertinentes & exploracio de tais navios ou aeronaves 86 s&0 tributdéveis no Estado Contratante em que estiver situada a sede da diregiio efetiva da empresa. 4. Todos os outros elementos do capital de um residente de un Estado Contratante sé sao tributéveis negse Estado. emer ay Artigo 24 Métodos para eliminar a dupla tributagiio No caso do Brasil, a dupla tributagiio serd evitada da seguinte forma: 2. da da seguinte maneir &) quando um residente do Brasil recever rendimentos que, de acordo com as disposigdes da presente Con— vengao, sejam tributdveis no Luxemburgo, o Brasil permitiré que seja deduzido do imposto que cobrar sobre os rendimentos desse residente, um montante igual ao imposto sobre a renda pago no Iuxemburgo; b) todavia, o montante deduzido no poderdé exceder & frag&o do imposto sobre a renda, calculado antes da dedug&o, correspondente aos rendimentos tributé veis no Luxemburgo. No caso do Iuxemburgo, a dupla tributagio seré eviza- @) quando um residente do Tuxemburgo receber rendimen tos ou possuir capital, nfo indicados nas ali- neas be c abaixo, que, de acordo com as disposi- ges da presente Convengéo, possam ser tributados no Brasil, o Iuxemburgo isentaré de imposto esses rendimentos ou esse capital, mas poderé, para cal— cular o montante do imposto sobre o restante dos vendimentos ou do capital desse residente, aplicar @ mesma aliquota que aplicaria se o rendimento ou © capital em questo néio tivessem sido isentos; b) com ressalva do disposto na alinea c, quando uma sociedade residente do Iuxemburgo detiver, desde o inicio de seu exercicio social, de forma continua, uma participagdo direta de pelo menos 25 por cento do capital de uma sociedade residente ao Brasil,os rendimentos provenientes dessa participagio e a prépria participagio silo isentos de imposto no Iu xemburgo. A isencfo se aplica igualmente quando as participagies acumlades de diversas sociedades residentes do Luxen- durgo atinjam pelo menos um quarto do capital da socie dade residente do Brasil e quando uma das sociedades residentes do Luxemburgo detiver em cada uma das ou- tras sociedades residentes do Iuxemburgo uma participa g&o superior a 50 por cento. ©) Quando um residente do Iuxemburgo receber rendinen- tos que, de acordo com as disposigves do artigo 10, paragrafo 2, do artigo 11, parégrafos 2e 3, ali- nea c, do artigo 12, pardgrafo 2, do artigo 13, pa- régrafos 1 © 3 e dos artigos 14, 16, 17, 18 e 22, poséam ser tributados no Brasil, o Luxemburgo per mitird que seja deduzido do imposto que cobrar so- bre os rendimentos desse seu residente um montante igual ao imposto pago no Brasil. Todavia o montane te deduzido nfo poderé exceder & frag&o do imposso, calculado antes da dedugio, correspondente aos ren- dimentos recebidos do Brasil; a) para os fins da dedugio prevista na alinea c acima, © imposto brasileiro serd sempre considerado como tendo sido pago: T - a uma alfquota de 25 por cento no caso de ai: dendos nfo indicados na alinea b; TI - a uma alfquota de 20 por cento no caso dos ju- ros; TIT - a uma aliquota de 25 por cento no caso dos royalties indicados no artigo 12, pardgrafo 2, alinea b. Artigo 25 N&o discriminag&o i. Os wacionais de um Estado Contratante nio ficardo su Jeitos no outro Estado Contratante a nenhuma tributag&o ou obri- gaco correspondente, diversa ou mais onerosa do que aguelas a ‘ que estiverem ou puderem estar sujeitos os nacionais desse ou- tro Estado Contratante que se encontrem na mesma situag&o. 2. A tributag&o de um estabelecimento permanente que uma empresa de um Estado Contratante possuir no outro Estado Contra tante néo serdé menos favorével do que @ das empresas desse ou- tro Estado Contratante que exercam a mesma atividade. Esta disposigo nfo poderé ser interpretada no senti- do de obrigar um Estado Contratante a conceder aos residentes do outro Estado Contratante as dedugdes pessoais, os abatimen- tos e redugdes de impostos em fung&o do estado civil ou encar- gos familiares concedidos aos seus préprios residentes. 3. As empresas de um Estado Contratante cujo capital per tencer ou for controlado, total ou parcialmente, direta ou indi retamente, por um ou mais residentes do outro Estado Contratan- te, nio ficarao sujeitas, no primeiro Estado Contratante, a ne- nhuma tributag&o ou obrigagao correspondente, diversa ou mais onerosa do que aquelas a que estiverem ou puderem sestar sujei tas as outras empresas da mesma natureza desse primeiro Estado. 4. No presente artigo, o termo "tributag&o" designa os impostos de qualquer natureza ou denominagéio. Artigo 26 Procedimento amigavel aly Quando um residente de um Estado Contratante conside- var que as medidas tomadas por um ou ambos os Estados Contratan tes conduzem ou poder&o conduzir, em relagio a si, a uma tribu tego em desacordo com a presente Conveng&o, poderd, independen temente dos recursos previstos pela legislagiio nacional desses Estados, submeter o seu caso & apreciag&o da autoridade compe- tente do Estado Contratante de que é residente. 2. Essa autoridade competente, se a reclamago se Ihe a- figurar justificada e nfo estiver em condigdes de lhe dar uma solugéo satisfatéria, esforcgar-se-4 por resolver a questéo atra yvés de acordo amigdvel coma autoridade competente do outro Es- tado Contratante, a fim de evitar uma tributagao em desacordo com a Convengiio. 3. As autoridades competentes dos Estados Contratantes esforgar-se-do por resolver, através de acordo amigdvel, as di- ficuldades ou dissipar as dtividas que surgirem da interpretagéo ou da aplicag&o da Conveng&o. Poder&o, também, consultar-se m- ‘uamente com vistas a eliminar a dupla tributagio nos casos néo previstos pela Conveng&o. A As sutoridades competentes dos Estados Contratantes poderéio comnicar-se diretamente a fim de chegarem a acordo nos termos indicados nos pardégrafos anteriores. Se, para facilitar a reelizag&o desse acordo, tornar-se aconselhdvel realizar tro- cas de entendimentos verbais, tais entendimentos poderao ser e- fetuados no dmbito de uma Comiss&o de representantes das autori dades competentes dos Estados Contratantes. . Artigo 27 Troca de informagdes an As autoridades competentes dos Estados Contratantes trocarfo entre si as informagdes necessdrias para aplicar as disposigdes da presente Convengéio e as das leis internas dos Eg tados Contratantes relativas aos impostos que s&o objeto da Con veng&o, na medida em que a tributagiio nelas prevista for confor me com a Convengéo. Todas as informagdes deste modo trocadas se ro consideradas secretas e sé poderéo ser commnicadas as pesso @s ou autoridades encarregadas do langamento ou cobranga dos im postos que sao objeto da presente Convencado. a O qisposto no parégrafo 1 nao poderd, em caso algum, ser interpretado no sentido de impor a um dos Estados Contraten tes a obrigagio: pen AB a) de tomar medidas administrativas contrdrias & sua legislacg&io ou & sua prética administrativa ou as outro Estado Contratante; b) de fornecer informagées que nfo poderiam ser obti das com base na sua prépria legislag&o ou no ambi +o da sua praética administrativa normal ou das do outro Estado Contratante; c) de transmitir informagdes reveladores de um segre do comercial, industrial, profiesional ou de un processo comercial ou informagées cuja comnicagio seria contréria & ordem publica. Artigo 28 ~ Funcionérios diplométicos e organizagdes internacionais 1 Nada na presente Convengaio prejudicard os privilégios fiscais de que se beneficiem os funciondérios diplomiticos ou consulares em virtude de regras gerais do Direito Internacional ou de disposigées de acordos especiais. 2. ‘A Convengiio nao se aplica &s organizagdes internacio- nais, a seus érgéos e funciondérios, nem &s pessoas que, membros de missdes diplom4ticas ou consulares de Estados terceiros, es— tejam presentes em um Estado Contratante e nfo sejam considera- das como residentes de um dos Estados Contratantes no que diz respeito aos impostes sobre a renda e sobre o capital. e Artigo 29 Métodos de aylicacgfo As autoridades competentes dos Estados Contratantes es tabeleceraéo, de comum acordo, os métodos de aplicag&o da Conven co e se commicaréo diretamente para a aplicag&o da Convengéio. Artigo 30 Entrada em vigor 1. A presente Convengéio seré ratificada e os instrumentos de ratificagio serao-trocados em Brasilia, logo que possivel. 2. : A presente Convengio entrard em vigor apés a troca de instrumentos de ratificago e suas disposigées serfio aplicadas pela primeira vez: a) no que concerne aos impostos cobrados por meio de retengio na fonte, 4s importancias pagas ou coloca— das & disposicfio a partir de primeiro de jeneiro do ano Givil imediatamente seguinte Aquele em que 4 Convengo entrar em vigor; >) no que concerne aos outros impostos de que trata a presente Convengio, aos exercicios fiscais que come cem a partir de primeiro de janeiro do ano eivil imediatamente, seguinte dquele em que a Convengao en trar em vigor. Artigo 31 Denincia . ‘A presente Convengio permanecerd em vigor por tempo in determinado. Todavia, cada Estado podera, mediante um aviso pré- vio de seis meses, notificado por escrito e por via dirlom4tica, denuncid-la para o fim de um ano civil, a partir do terceiro ano a contar da data de sua entrada em vigor. 2 Nesse caso, a Convengio seré aplicada pela Ultima ve a) no que concerne aos impostos cobrados por meio de re tengo na fonte, as importaneias pagas ou colocadas A disposigfo antes da expiragao do ano civil no cur so do qual a dentincia tenha sido dada; >) no que concerne aos outros impostos de que trata a presente ConvengZo, aos exereicios fiscais que come + cem durante o ano civil no curso do qual a denincia tenha sido dada. Em testemmho do que, os Plenipotencidrios dos dois Es- tados ‘assinaram a presente Convengéio e nela apuseram seus respec- tivos Selos. Feito em carembnys aos 2 de murly de “?2 , em dois originais, nas linguas portuguesa e francesa, sen do ambos os textos igualmente auténticos. Pela Repiblica Fedgfativa os ‘ico Duarte lo Brasil: Pelo Gréo-Ducado do Luxemburg: We a a Gaston Thorn e Jacques Poos. PROTOCOLO No momento de proceder & assinatura da Convencéo para eviter a dupla tributagiio e de regular outras questoes em matéria de impostos sobre a renda e sobre 0 capital, concluida hoje entre a Repiblice Federativa do Brasil e o Gr&o-Ducado do Luxemburgo,os Plenipotencidrios abaixo-assinados convieram nas seguintes dispo- sigdes que formam parte integrante da Convengao. 1 Ad Artigo 4, parégrafo 1 No caso do Luxemburgo a expressao "residente de um Esta do Contratante" designa igualmente as sociedades em nome coletivc, fas sociedades em comandita simples e as sociedades civis de direi to luxemburgués que tém sua sede de direg&o efetiva no Luxemburgo. 2. Ad Artigo 10 As agées e as partes atribuidas a titulo total ou parci almente gratuito por uma sociedade de capitais de um Estado Con- tratante a um residente do outro Estado Contratante, bert como os respectivos direitos de ponificac&o e de subscricgao, nao sero su jeitos a imposto sobre a renda no Ultimo Estado quando a emiss&o das mencionadas agdes e partes comportar uma redug&ao corresponden te da cota-parte de participagio pertinente aos titalos antigos do beneficidrio da atribuigao. ial Aa Artigo 11 Pica entendido que as comissdes pagas por um residente do Brasil a um estabelecimento bancdrio ou a uma agéncia financei ra residente do Luxemburgo em relac&io com um servigo prestado por esse estabelecimento ou por essa agéncia sao considerados como ja ros e tratados de acordo com as disposigées do artigo 11. : Ad Artigo 12, parégrafo 3 ‘A expressio "por informagSes correspondentes & experién cia adquirida ou a estudos no setor industrial, comercial ou cien ¢{fico", mencionada no parégrafo 3 do artigo 12 inclui os rendi- mentos de assisténcia técnica e servigos técnicos. (C2010 A A LT pee, 5. Ad artigo 14 As disposigdes do artigo 14 aplicar-se-Ao mesmo se as atividades mencionadas nesse artigo forem exercidas por uma socie dade civil. 6. Ad Artigo 23 Na eventualidade de o Brasil estabelecer um imposto so- pre o capital, ambos os Estados Contratantes renegociarfio todas as disposigdes relativas a esse imposto. 1 Ad Artigo 24, pardgrafo 2, alinea b © termo "sociedade" mencionado no artigo 24, pardgrafo 2, alinea b, compreende as sociedades anénimas, as sociedades de responsabilidade limitada e as sociedades em comandita por agves. 8. Ad Artigo 24, pardgrafo 2, alinea d : Para fins da determinag&o do rendimento tributdvel e do imposto a ser pago por um residente do Luxemburgo com relagiio aos rendimentos recebidos do Brasil de que trata o artigo 24, pardgra fo 2, alinea d, o Luxemburgp nao poderd, em hipétese nenhuma, le- var em conta um rendimento superior ao montante bruto do rendimen to pago no Brasil, de acordo com o seguinte exemplo: Juros brutos de obrigagSes provenientes do Brasil 1.000 Imposto brasileiro retido (15%) 150 Montante liquido atribuido 850 Despesas e encargos referentes aos juros: 240 Imposto brasileiro creditdvel no Luxemburgo: 20% de 1.000=200 Tributagéo no Luxemburgo: duros brutos (850 + 150) 1.000 Despesas e encargos referentes aos juros 240 Juros liquidos 760 Imposto luxemburgués correspondente a esse rendimento (aliquota hipotética de 40%) 304 Crédito do imposto brasileiro 200 Imposto luxemburgués a pagar 104 . 9. Aa Artigo 255 Pe fo 2 a. ‘Ae aisposigées do parégrafo 5 do artigo 10 n&o sao con- gdes do parégrafo 2 do artigo 25. flitantes com as disposi! 10. Aad Artigo 25, pardégrafo 3 ‘As disposigoes da legislagéo brasileira que nao permi- tem que os royalties, como definidos no parégrafo 3 do artigo 12, pagos por una sociedade residente do Brasil a um residente do Iu- xemburgo que possua uma participagio de no minimo 50 por cento do capital da mencionada sociedade, sejam dedutiveis para fins da de terminag&o do lwero tributdvel dessa sociedade no Brasil, nao sao copflitentes com as @isposigdes do parégrafo 3 do artigo 25 da Convengao. , Na eventualidade de, posteriormente hk assinatura da Con vengao, o Brasil admitir que os royalties pagos por uma sociedade pesidente do Brasil a uma sociedade residente de um terceiro Esta do nao sitwado na América latina, que detenha uma participagio de pelo uenos 50 por cento do capital da mencionada sociedade resi- dente ao Brasil, sejam dedutiveis para fins da detemiragio do Iu cro tributével dessa sociedade no Brasil, uma dedugHo idéntica se pia eutomaticemente aplicada nas relagdes entre uma sociedade re— sidente do Brasil e uma sociedade residente do Tuxemburgo que se encontrem na mesma situagao. ‘Em testemunho do que, os Plenipotencidrios dos dois Es- tados essinaram o presente Protocolo e nele apuseram seus respec vivos Selos. f ot Feito em Lugimiurvo eos? ‘ae Mere ae 197%, em dois origineis, nes 1ingues portuguesa e francesa, sen- do exbos os textos igualmente euténticos. ~ Pela Repidlica Felo Gréo-Daz: Federative do Brasil: Go Inxemburgo: foleb laces Carlos Preferico Duarte Gaigelyes Ga Rocha CONVENTION ENTRE LA REPUBLIQUE FADERATIVE DU BRESIL EL LE GRAND-DUCHE DE LUXEMBOURG TENDANT A EVITER LES DOUBLES IMPOSITIONS EN MATTERE D'IMPOTS SUR LE REVENU EY SUR LA FORTUNE Ia République Fédérative du Brésil et le Grand-Duché de Iuxembourg, désireux de conclure une conven— tion pour éviter les doubles impositions en matiére d'impéts sur le revenu et sur la fortune, sont convemus des disposi- tions suivantes : Article 1 ++ Personne visées ce La présente Convention s'applique aux personnes qui sont des résidents d'un Etat contractant ou de chacun des deux Etats. 5 Ti est entendu que la Convention n'est applicable ni aux revenus ni 4 la fortune des sociétés holdings résidentes gu Iuxembourg qui jouissent d'avantages fiscaux particuliers en vertu de la législation luxembourgeolse en vigueur ou de toute autre loi similaire qui entrerait en vigueur au Tuxen- pourg aprés la signature de la Convention, ni aux revenus qu! un résident du Brésil tire de telles sociétés, ni aux partizi- pations de ce résident dans lesdites sociétés. Article 2 Impéts visés 1. Les impéts actuels auxquels s'applique le Convention a) en ce qui concerne le Grand-Duché de Iuxembourg + - 1'impét sur le revenu des personnes physiques; = 1'impét sur le revenu des collectivités; _ 1timpét spécial sur les tantitmes; - l'impét sur la fortune; = 1'impét commercial communal d'aprés les pénéfi- ce et capital d'exploitation; = l'impét sur le total des saleires; = L'impSt foncier; (ci-aprés dégomnés “impSt luxembourgeois" b) en ce qui concerne 1a République Fédérative du... Rrésil + ‘ ne ne A NN RR ~ l'impét fédéral sur le revenu et les profits de + * toute nature A l'exclusion de l'impét sur les transferts excédentaires et sur les activités de moindre importance; t (ci-aprés dénommé “impdt brésilien") 2. Ia Convention s'appliquera aussi aux impéts futurs de nature identique ou analogue qui s'ajouteraient aux impéts actuels ou qui les remplaceraient. Article 3 Définitions générales 1. ‘u sens de la présente Convention, 4 moins que le contexte n'exige une interprétation différente : a) le terme "Brésil" désigne la République Fédérati- ve du Brésil; b) le terme "Iuxembourg" désigne le Grand-Duché de Iuxembourg; c) les expressions "un Etat contractant" et "l'autre Etat contractant" désignent, suivant le contexte, le Brésil ou le Iuxembourg; da) le terme “personne" comprend les personnes phy si- ques, les sociétés et tous autres’ groupements de personnes; e) le terme "société" aésigne toute personne morale ou toute entité qui est considérée comme une per- sonne morale aux fins d'imposition; et "entreprise de l'autre Etat contractant" dési - gnent respectivement une entreprise exploitée par un-résident d'un Etat contractant et une entrepri- se exploitée par un résident de l'autre Etat con- tractant; ¥ —g) le terme “nationaux" désigne : I - toutes les personnes physiques qui possédent la nationalité d'un Etat contractant; II - toutes les personnes morales, sociétés de per sonnes et associations constituées conformé— ment A la législation en vigueur dans un Etat contractant; h) L'expression "trafic international" désigne tout transport effectué par un navire ou un aéronef ex— ploité par une entreprise dont le siége de la di- rection effective est situé dans un Etat contrac— tant, sauf lorsque le navire ou l'aéronef n'est ex ploité quientre des points situés dans 1' autre Etat contractant; i) l'expression "autorité compétente" désigne : I - au Brésil : Le Ministre des Finances, le Secrétaire de la Recette Fédérale ou leurs représentants auto risés; II - au Luxembourg : Le Ministre des Finances ou son représentant diment autorisé, 2. Pour l'application de la Convention par un Etat zon- tractant, toute expression qui n'est pas autrement définie a le sens qui lui est attribud par la législetion dudit Etat ré- gissant les impéts faisant l'objet de la Convention, & moins que le contexte n'exige une interprétation différente. Article 4 Domicile fiscal fra ‘Au sens de la présente Convention, l'expression "ré- sident d'un Etat contractant" désigne toute personne qui, en vernf de 1a législation dudit Etat, est assujettie a 1'impdt . gans cet Etat, en raison de son domicile, de sa résidence, de son siége de direction ou de tout autre critére de nature ana Logue. 2. Lorsque, selon la disposition du paragraphe 1, une personne physique est consiaérée comme résident de chacun des Btats contractants, le cas est résolu d'aprés les régles sui- vantes : a) Cette personne est considérée comve résident de 1'Btat comtractant o& elle dispose d'un foyer d'ha pitation permanent. Lorsqu'elle dispose d'un foyer athabitation permanent dans chacun des Etats contractants, elle est considérée comme résident de 1'Etat contractant avec lequel ses liens person nels et économiques sont les plus étroits (centre des intéréts vitaux); >) Si 1'Btat contractant o& cette personne a le cen- tre de ses intéréts viteux ne-peut pas étre déter- ming, ou qutelle ne dispose d'un foyer d'habitation permanent dans aucun des Etats contractants, elle est considérée comme résident de 1'Etat con- tractant of elle séjourne de fagon habituelle; ce) ‘Si cette personne séjourne de fagon habituelle gens chacun des Etats contractants ou qu'elle ne aégjourne de fagon habituelle dans aucun a! eux, elle est considérée comme résident de 1'Btat con- tractant dont elle posséde la nationalité; a) Si cette personne posséde la nationalité de cha- cun des Etats contractants ou quelle ne posséde la nationalité d'aucun d'eux, les autorités compé- tentes des Etats contractants tranchent la ques tion d'un commun accord. 3. Lorsque, selon la disposition du paragraphe 1, une persénne autre qu'une personne physique est considérée comme résident de chacun des Etats contractants, elle est réputdée ré sident de 1'Etat contractant o& se trouve son siége de direc- tion effective. Article 5 Btablissement stable 1. ‘Au sens de la présente Convention, l'expression "éta~ plissement stable" désigne-une installation fixe d'affaires of L'entreprise exerce tout ou partie de son activité. 2. expression "établissement stable" comprend notam~ ment + a) un siége de direction; d) une succursale; c) un bureau; a) une usine; e) un atelier; £) une mine, une carriére ou tout autre lieu d'extrac tion de ressources naturelles; g) un chantier de construction ou de montage dont la durée dépasse six mois. 3. on ne considére pas qu'il y a établissement stable si a) il est fait usage d'installations aux seules fins de stockage, atexposition ou de livraison de mar- chandises appartenant 4 l'entreprise; b) des marchandises appartenant A l'entreprise sont entreposées aux seules fins de stockage, d'exposi- tion ou de livraison; c) des marchandises appartenant 4 l'entreprise sont 4 entreposées aux seules fins de transformation par une autre entreprise; @) une installation fixe d'affeires est utilisée aux seules fins d'acheter des marchandises ou ce réu- nir des informations pour 1‘entreprise; e) une installation fixe d'affaires est utilisée, pour l'entreprise, aux seules fins de publicité, de fourniture d'informations, de recherches scien- tifiques ou d'activités analogues qui ont un ca— ractére préparatoire ou avxiliaire. 4. Une personne agissant dans un Etat contractant pour le compte d'une entreprise de l'autre Etat contractant - autre qu'un agent jouissant d'un statut indépendant visé au paragra— phe 5 - est considérée comme “établissement stable” dans le premier Etat si elle dispose dans cet Btat de pouvoirs qu'elle y exerce habituellement lui permettant de conclure des contrats au nom de l'entreprise, A moins que l'activité de cette person ne ne soit limitée & l'achat de marchandises pour l'entreprise. Toutefois une entreprise d'assurances d'un Etat con- tractant est considérée comme ayant un établissement stable @ans l'autre Etat contractant dés 1'instant que, par 1'intermé @iaire d'un représentant n'entrant pas dans le catégor:e des personnes visées au paragraphe 5 ci-aprés, elle pergois des primes sur le territoire de ce dernier Etat.ou assure des ris- ques situés sur ce territoire. 5. On ne considére pas qu'une entreprise d'un Etat con. tractant a un établissement stable dans l'autre Etat contrac; , ‘ tant du seul fait qu'elle y exerce son activité par 1'entremi- ge d'un courtier, d'un commissionnaire général ou de tout au- tre intermédiaire jouissant d'un statut indépendant, & condi, tion que ces: personnes agissent dans le cadre ordinaire de leur activité. : 6. Le fait qu'une société qui est un résident d'un Etat contréctant contréle ou est contrélée par une société qui est un résident de l'autre Etat contractant ou qui y exerce son ac. tivité (que ce soit par l'intermédiaire d'un établissement sta ple ou non) ne suffit pas, en lui-méme, A faire de l'une quel- congue de ces sociétés un établissement stable de l'autre. 1 On considére qu'une entreprise d'un Etat contractant a un établissement stable dans l'autre Etat contractant lorsqu’ elle y exerce l'activité de rendre des services dtartistes et sportifs cités & l'article 17 de la présente Convention. Article 6 Revenus immobiliers a5 Les revenus provenant de biens immobiliers, y com- pris les revenus des exploitations agricoles ou forestiéres , sont imposables dans 1'Etat contractant o& ces biens sont si- tués. 2. a) L'expression “biens immobiliers" est aéfinie con- formément au droit de 1'Btat contractant o& les biens considaé- rés sont situds. C b) Cette expression englobe en tous cas les accessoi- res, le cheptel mort ou vif des exploitations agricoles et fo- restiéres, les droits auxquels stappliquent les dispositions au droit privé concernant 1a propriété fonciére, 1! usufruit des bicns inmobiliers et les droits & des redevances variables ou fixes pour’ l'exploitation ou 1a concession de 1'exploitation de gisements minéreux, sources et autres ressources naturelles ; es navires, bateaux et aéronefs ne sont pas considérés comme bieng immobiliers. 3. Les dispositions du paragraphe 1 s'appliquent eux re— venus provenant de l'exploitation directe, de la location ou de liaffermage, ainsi que de toute autre forme d' exploitation de biens immobiliers. 4 Les dispositions des paragraphes 1 et 3 5! appliquent également aux revenus provenant des biens immobiliers d'une en treprise ainsi qu'avx revenus des biens immobiliers servant a Ltexercice d'une profession libérale. Article 7 Bénéfices des entreprises 1. Les bénéfices d'une entreprise d'un Etat consractant ne sont imposables que dans cet Etat, & moins que l'entreprise niexerce son activité dans l'autre Btat contractant par L'in- teméaiaire d'un établissement stable qui y est situé. Si l'en treprise exerce son activité d'une telle fagon, les pénéfices de L'entreprise sont imposables dans l'autre Btat mais unique= ment dans la mesure ob ils sont imputables audit établissement stable. 2. Sous réserve des dispositions du paragraphe 3, lors~ ee entreprise d'un Btat contractant exerce son activité s l'autre Etat contractant par Uintermédiaire d'ur établis sement stable qui y est situé, il est imputé, dans cheque Ftat contractant, & cet établissement stable les bénéfices qu'il au rait pu résliser s'il avait constitué une entreprise distincte* . 3 et séparée exergant des activités identiques ou analogues dans des conditions identiques ow analogues et traitant en toute in aégpendance avec l'entreprise dont il constitue un établisse- ment stable. . 3, # Dans le calcul des bénéfices d'un établissement sta- ple, sont admises en déduction les dépenses exposées aux fins poursuivies par cet établissement stable, y compris les dépen- ses de direction et les frais généraux d'administration einsi exposés. 4 Aucun déngfice n'est imputé & un établissement — sta~ ple du fait que cet établissement stable a simplement acheté des marchendises pour l'entreprise. 5. Torsque les bénéfices comprennent des éléments de re vem traités séparément dans d'autres articles de la présente convention, les dispositions de ces articles ne sont pas affec tées par les dispositions du présent article. Article 8 . Navigation maritime et aériemne le. Les bénéfices provenant de l'exploitation, en trafic international, de navires ou a@'aéronefs ne sont imposables que gang 1'Etat contractant o& le siége de 1a direction effective ‘de L'entreprise est situ. 2. Si le sidge de la direction effective ‘une entrepri- se de navigation maritime est & bord d'un navire, ce siége sé- va réputé sitvé dans 1'Etat contractant oi se trouve le port @'attache de ce navire ou, 4 aéfaut de port dtattache, dans i'Etat contractant dont 1'exploitant du navire est un résident. 3. Les dispositions du paragraphe 1 s'appliquent aussi eux vénéfices provenant de la participation €un pool, A une exploitation en commun ou & un organisme international 4" ex- ploitation. Article 9 Entreprises associées Lorsque + a) une entreprise d'un Etat contractant participe di- rectement ou indirectenent & la direction, au contréle ou au copitel d'une entreprise de l'autre Etat contractant, ou que >) les mémes personnes participent directement ou in @irectement & le direction, au contréle ou au capital d'une en treprise d'un Etat contractant et d'une entreprise de l'autre Btat contractant, et que, dans l'un et l'autre cas, les deux entreprises sont, dans leurs relations commerciales ou financiéres, liées par aes conditions acceptées ou imposées, qui aifférent de celles qui seraient conclues entre des entreprises indépendantes, les pénéfices qui, sans ces conditions, auraient été obtenus = par tune des entreprises mais n'ont pu 1'étre en fait A& cause de _ces conditions, peuvent tre inclus dans les bénéfices de cet- te entreprise et imposés en conséquence. Article 10 Dividendes 1 Les dividendes payés par une société qui est un rési dent d'un Etat contractant 4 un résident de l'autre Btat con- tractant sont imposables dans cet autre Etat. 2. Toutefois, ces dividendes peuvent étre imposés dans 1'Btat contractant dont la société qui paie les dividendes est un régident, et selon la législation de cet Etat, mais 1'imp6t ainsi établi ne peut pas excéder : a) 15 pour cent éu montant brut des dividendes si le pénéficieire des dividendes est une société qui @ispose directement d'au moins 10 pour cent du ca pital de la société qui paie les dividendes; >) 25 pour cent du montant brut des dividendes. dans tous les autres cas. Ce paragraphe ne concerne pas 1'imposition de la socié +é pour les bénéfices qui servent au payement des dividendes. 3. Les dispositions des paragraphes 1 et 2 ne s! appli- quent pas lorsque le pénéficiaire des dividendes, résident d'un Btat contractant, a, dans l'autre Btat contractant dont la so- ciété qui paye les dividendes est un résident, un établisse- ment stable auquel se rattache effectivement la participation génératrice des dividendes. Dans ce cas, les dispositions de l'article 7 sont applicables. ae Le terme "dividendes" employé dans le présent arti- “ele désigne les revenus provenant d'actions, actions ou bons de jouissance, parts de mine, parts de fondateur ou autres parts bénéficiaires 4 l'exception des créancés, ainsi que les revemus d'autres parts sociales assimilés aux revenus dactions par la législation fiscale de 1'Etat dont le société distribu- trice est-un résident. . 5e Lorsqu'une société résidente du Tuxembourg a un éta- plissement stable au Brésil, cet établissement peut y étre as. sujetti & un impét retenu & la source conformément 4 la légis, lation brésilienne. Toutefois, cet impét ne peut excéder “15 pour pont au bénéfice de 1'établissement stable, aéterminé a- prés ie payement de Ltimpdt sur les sociétés afférent audit bénéfice. . . 6. Lorsqu'une société qui est un résident d'un Etat con- tractant tire des bénéfices ou des revenus de l'autre Etat con tractant, cet autre Etat ne peut percevoir aucun impét sur les @ividendes payés par la société aux personnes qui ne sont pas des résidents de cet autre Etat, ni prélever aucun impét, au titre de l'imposition des pénéfices non distribués, sur les vé néfices non distribués de la sociétd, méme si les dividendes payés ou les pénéfices non distribués consistent en tout ou en partie en bénéfices ou revenus provenant de cet autre Etat. Te Les limitations prévues au paragraphe 2, a@linéa a, et au paragraphe 5 ne s'appliquent pas aux d@ividendes payés et aux bénéfices réalisés jusqu'é L'expiration de -1a cinguiéme année civile suivant lannée au cours de laquelle la Conven- tion entrera en vigueur. Article 11 Intéréts 1. Les intéréts provenant d'un Etat contractans et payés A un résident de l'autre Etat contractant sont imposables dans cet autre Etat. 2. Toutefois, ces intéréts peuvent étre imposés dans L'Etet contractant d'ok ils proviennent et selon la législe- tion de cet Etat, mais l'impét ainsi établi ne peut excéder 15 pour cent du montant brut des intéréts. 3. Nonobstant les dispositions des paragraphes i ét 2: a) les intéréts provenant d'un Etat contractant et payés au gouvernement de l'autre Etat contractant, & une de ses subdivisions politiques ou 4 une agen ce (y compris les institutions financiéres) appar- tenant totalement 4 ce gouvernement ou & cette sub division politique seront exempts d'impét dens le premier Etet contractant; b) les intéréts provenant des fonds publics et des obligations d'emprunts émises par le gouvernement d'un Etat contractant seront’imposables seulement dans cet Etat; c) le taux de l'impét ne peut excéder 10 pour cent en ce qui concerne les intéréts des préts et cré- dits consentis pour une durée minimale de 7 ans par des établissements bancaires et liés A la ven- te de biens d'équipement ou 4 l'étude, 4 1'instal- lation ou & la fourniture d'ensembles industriels ou scientifiques ainsi que d'ouvrages publics. 4 Le terme "intéréts" employé dans le présent © article aésigne les revenus des fonds publics, des obligations i' em- prunts, assorties ou non de garanties hypothécaires ou d'une clause de participation aux bénéfices, et des créances d2 tou- te nature, ainsi que tous autres produits assimilés aux reve- nus de sommes prétées par la législation fiscale de 1'Etat d'ot proviennent les revems. 5. Les dispositions des paragraphes 1 et 2 ne s! appli- quent pas lorsque le bénéficiaire des intéréts, résident a’ un Etat contractant, a, dans l'autre Etat contractant d'oi pro~ viennent les intéréte, un établissement stable auquel se ratta che effectivement la créance génératrice des intéréts. Dans ce cas, les dispositions de l'article 7 sont applicables. f 6. Les limitations prévues aux paragraphes 2 et 3 ne s'appliquent pas aux intéréts provenant d'un Etat contractant et payés & un établissement stable d'une entreprise de l'autre Etat contractant qui est situé dans un Etat tiers. Te Les intéréts sont considérés comme provenant 4! un Etat contractant lorsque le débiteur est cet Etat lui-méme, une subdivision politique, une collectivité locale ou un- résident de cet Etat. Toutefois, lorsque le débiteur des intéréts, qu! il soit ou non résident d'un Etat contractant, a dans un Etat contractant un établissement stable pour lequel 1'emprunt géné rateur des intéréts a été contracté et qui supporte la charge de ces intéréts, lesdits intéréts sont réputés provenir d2 1! Etat contractant ok 1'établissement stable est situd. 8. Si, par suite de relations spéciales existant entre le débiteur et le créancier ou que l'un et l'autre entretien- nent avec des tierces personnes, le montant des intéréts payés, compte tenu de la créance pour laquelle ils sont versés, excé- de celui dont seraient convemus le débiteur et le créancier en l'absence de pareilles relations, les dispositions du présent article ne s'appliquent qu'd ce dernier montant. En ce cas, la partie excédentaire des payements reste imposable conformé- ment & la législation de chaque Etat contractant “et compte te- nu des autres dispositions de la présente Converition. Article 12. Redevances 1 es redevances provenant d'un Etat contractant et payées & un résident de l'autre Etat contractant sont imposa- bles dans cet autre Etat. 2. Toutefois, ces redevances peuvent étre imposées dans 1'Etat contractant dont elles proviennent, et selon la législa tion de cet Etat, mais 1'impdt ainsi établi ne peut excéder : a) 25 pour cent du montant brut des redevances prove nant de l'usage ou de la concession de l'usage de marques de febrique et de commerce, de films cing matographiques et de films ou bandes de télévision ou de radiodiffusion; b) 15 pour cent du montant brut des redevarices, dans tous les autres cas. 3. Le terme "redevances" employé dans le présent arti- cle aésigne les rémunérations de toute nature payées pour 1! usage ou la concession de l'usage d'un droit d'auteur sur une oeuvre littéraire, artistique ou scientifique, y compris les films cinématographiques et les films ou bandes de télévision ou de rediodiffusion, d'un brevet, d'une marque de fabrique ou de commerce, d'un dessin ou d'un modéle, d'un plan, d'une for~ mule ou d'un procédé secrets, ainsi que pour 1'usage ou la con cession de l'usage d'un équipement industriel, commercial ou scientifique et pour des informations ayant trait & une expé- rience acquise ou des études dans le domaine industriel, com- mércial ou scientifique. ied a 4e les redevances sont considérées comme provenant d' un Etat contractant lorsque le aéviteur est cet Etat lui-méme, une subdivision politique, une collectivité locale ou un résident de cet Etat. Toutefois, lorsque le débiteur des = redevances, qu'il soit ou non un résident d'un Etat contractant, a dans un Etat contractant un établissement stable pour lequel il a con- tracté l'obligation de payer les redevances et que cet établis sement stable supporte le charge de ces redevances, lesdites redevances sont considérées comme provenant de 1'Btat contrac- tant-‘oh 1'établissement stable est situé. 5. Les dispositions des paragraphes 1 et 2 nes! appli- quent pas lorsque le pénéficiaire des redevances, résident d'un Btat contractant, a, dans l'autre Etat contractant d'ok pro- viennent les redevances, un établissenent stable auquel se rat tache effectivement le droit ou le bien générateur des recevan ces. Dans ce cas, les dispositions de l'article 7 sont appli. cables. 6. Si, par suite de relations spéciales exiotant entre le débitour et le créancier ou que l'un et l'autre entrevien- nent avec des tierces personnes, le montant des redevances ‘payées, compte tenu de la prestation pour laquelle elles sont versées, excéde celui dont seraient convenus le aébiteur et le ergancier en l'absence de pareilles relations, les @ispositions au présent article ne s'appliquent qu'd ce dernier montant. En ce cas, la partie excédentaire des payements reste imposable conformément & la législation de chaque Etat contractant et compte tenu des autres dispositions de la présente Convention. Ts Ja limitation de 1'impét prévue A l'alinéa b) du pa- ragraphe 2 ne s'applique pas A des redevances payées A un rési, dent d'un Etat contractant qui dispose directement ou incirec- tenent d'au moins 50 pour cent du capital votant de la société qui paie les redevances jusqu'dé l'expiration de la cinquiéme année civile suivant l'année au cours de Jaguelle la Conven- ‘tion entrera en vigueur.

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