Disciplina: Mecânica dos Solos

Aula 02
Professor: Robson Welder Rodrigues Pio
ÍNDICES FÍSICOS DOS SOLOS

Na última aula:
 Intemperismo e origem dos solos
 Intemperismo físico
 Intemperismo químico
 Formação de solos
 Componentes minerais
Na aula de hoje:
 Sistema água –solo
 Sistema água-solo-ar
 Tamanho das partículas de solo
 Identificação da granulometria do solo através de
ensaios
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SISTEMA ÁGUA-SOLO
A água tende a ter um comportamento bem mais
complexo do que sua simples composição quimica/
(H2O).

Figura 01 – Representação gráfica de uma molécula de água.

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SISTEMA ÁGUA-SOLO
 Quando as moléculas de água entram em contato
com as partículas de solo, as moléculas orientam-
se por elas e pelos íons ao redor das partículas.

 Os íons afastam-se das partículas que ficam

envolvidas por moléculas de água.

 No caso do mineral esmectita, a água penetra

entre as partículas, formando estruturas como
mostradas na “figura 2”.

 A maior umidade no solo aumenta essa distância

entre as moléculas até completa liberdade de
camadas.
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SISTEMA ÁGUA-SOLO

Figura 02 – Representação gráfica de da interação de duas camadas

de moléculas de água com partículas de solos argilosos
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SISTEMA ÁGUA-SOLO
 Partículas minerais de Ilitas, não absorvem água
entre as camadas, pela presença dos íons de
potássio, provocando uma ligação mais
consistente entre as partículas minerais na
presença de água.
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SISTEMA ÁGUA-SOLO

Figura 03 – Representação gráfica de da interação de duas camadas

de moléculas de água com partículas de solos argilosos
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SISTEMA ÁGUA-SOLO
 Com o aumento da umidade no solo, forma-se ao
redor das partículas a chamada camada dupla.

 A camada dupla formada em torno das partículas

faz com que os íons das moléculas de agua
atraiam íons das moléculas do solo.

 A primeira camada de moléculas de água torna-se

firmemente lidada às partículas de solo, fazendo
com que estás moléculas de água não se
desliguem facilmente da estrutura. Este fenômeno
é conhecido como água sólida.
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SISTEMA ÁGUA-SOLO
 O solos tem dois tipos básicos de formação de sua
estrutura:

a) Floculados – quando o contato das partículas se

fazem entre as faces e as arestas, ainda que
através de água adsorvida na estrutura.

b) Dispersa – Quando as partículas de solo se

posicionam paralelamente.
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SISTEMA ÁGUA-SOLO

Figura 04– Exemplo de estrutura de solos

sedimentares.
a) Floculada em água salgada;
b) Floculada em água não salgada;
c) Dispersa

(Mitchel, 1976).
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SISTEMA ÁGUA-SOLO-AR
 Quando o solo não está saturado, pode ser
encontrado ar no seu interior em formato de
bolhas oclusas, ou em formato de canículos
intercomunicados.

 A importância da presença do ar é que a agua

presente no solo se comporta como uma
membrana.

 Essa membrana faz com que apareça uma

diferença de pressão, denominada tensão de
sucção.
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SISTEMA ÁGUA-SOLO-AR
 Esse fenômeno é responsável por diversos
comportamentos do solo, como a ascensão capilar,
o comportamento dos solos não saturados quando
recebem alguma carga ou até mesmo solos
submetidos a infiltração.

Figura 05 – Exemplo de estrutura de solo residual. Com micro e macro poros.

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TAMANHO DAS PARTICULAS

 Além da diferença na composição mineralógica,
outra importante diferença são os tamanhos dos
grão do solo, também denominado de
granulometria.

 Alguns solos tem o tamanho dos grãos

perceptíveis a olho nu, como é o exemplo do
pedregulho ou também a areia do mar.

 Outros já tem o tamanho tão pequeno que ao se

misturar com água se torna uma pasta (barro), não
sendo possível a diferenciação entre os grãos na
pasta formada.
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TAMANHO DAS PARTICULAS

 A diversidade de tamanho de partículas de solo é
enorme, mesmo não sendo possível se perceber a
primeira vista ou a olho nu.

 Existem alguns grãos com tamanho de 1 a 2mm,

já outros, como são o caso das argilgas, com
espessura de 10 A (0,000001mm).

 Os solos normalmente são constituídos por

partículas de diversos tamanhos, não sendo
possível verificar o tamanho das partículas pelo
simples manuseio do mesmo.
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TAMANHO DAS PARTICULAS

 As denominações especificas para cada tipo de
tamanho de partículas são definidas pela ABNT

Tabela 01- Granulometria dos solos segunda a ABNT.

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TAMANHO DAS PARTICULAS

 A separação entre frações de areias e siltes é
tomada pela peneira com abertura 0,075mm (num.
200).

 O conjunto de siltes e argilas é denominado de

fração de finos dos solos.

 O conjunto de areias e pedregulhos é denominado

de fração grossa ou grosseira dos solos.

 As argilas são consideradas com as frações de

diâmetro abaixo de 0,002mm, que corresponde ao
tamanho mais próximo das partículas
argilominerais.
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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS

 Para a identificação de quais tamanhos de

partículas constituem, são empregados dois tipos
de ensaio: a análise granulométrica e os índices de
consistência.
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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS
 Análise granulométrica:
 Em uma análise de toque do solo é muito difícil
identificar quais os tamanhos dos grãos, pois
os solos arenosos, por exemplo, podem estar
envolvidos por partículas de argila ou silte, que
em ambiente seco não demostram grandes
diferenças .

 Por isso, é necessário que um analise tátil-

visual o solos esteja extremamente úmido.
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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS
 Análise granulométrica:
 A analise granulométrica é constituída por duas
fases: A fase de peneiramento e a fase de
sedimentação.

 O peso do material que passa em cada peneira

(peso seco) é denominado de porcentagem
passante.

 A abertura de cada peneira é considerada como

o diâmetro das partículas, sendo esse
considerado um diâmetro equivalente.
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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS

 A analise granulométrica é constituída por duas

fases: A fase de peneiramento e a fase de
sedimentação.

 O peso do material que passa em cada peneira

(peso seco) é denominado de porcentagem
passante.

 A abertura de cada peneira é considerada como

o diâmetro das partículas, sendo esse
considerado um diâmetro equivalente.
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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS

 A fase de peneiramento limita-se a abertura

das malhas das peneiras, que não pode ser tão
pequenas quanto o tamanho de interesse.

 Existem peneiras mas finas que a num. 200,

empregadas em situações especificas, mas
pouco utilizadas devido à sua fragilidade.
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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS
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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS

Figura 06 – Esquema de representação da sedimentação.

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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS

Figura 07 – Exemplo de curva de distribuição granulométrica de um solo.

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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS
 Índice de consistência:

 Somente a análise granulométrica não é

suficiente para caracterizar o solo para a
engenharia.

 Diante da grande variação do comportamento

das partículas menores do solo junto à agua, a
engenharia adotou o método simplificado de
Atterberg, que traz as variações da consistência
do solo com a maior ou menor presença de
agua.
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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS

Figura 08 – Limite de Atterberg dos solos

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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS
 Para obtenção do LL e LP (ensaios definidos pela
NBR6459 e 7180):
 Para a obtenção do LL é utilizado o aparelho de
casa grande, e o teor de umidade para isso ;e
definido quando o solo moldado no aparelho
precisa de 25 golpes para se fechar
completamente.

Figura 09 – Aparelho de Casagrande, utilizado para obter o LL.

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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS
 Para obtenção do LL e LP (ensaios definidos pela
NBR6459 e 7180):

 O limite de plasticidade é definido como o

menor teor de umidade onde se consegue
moldar um cilindro de 3 mm de diâmetro,
rolando-se o solo com a palma da mão.
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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS

Tabela 02– Índices de Atterberg de alguns solos brasileiros

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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS
 Atividades das argilas
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IDENTIFICAÇÃO DA GRANULOMETRIA DO SOLO

POR MEIO DE ENSAIOS
 Emprego do índice de consistência
Dúvidas???
robson.pio@univel.com