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Tabitha Allen cresceu no meio do Chaos – o Chaos Motorcycle Club. Seu pai é o líder
Chaos, e o clube sempre protegeram suas costas. Mas, um motoqueiro era diferente desde o início.
Quando Tabby estava correndo selvagem, Shy Cage estava lá. Quando a tragédia destruiu sua vida,
ele a ajudou a remendá-la de volta. E agora, Tabby está pensando em muito mais do que amizade…
Tabby é tudo que Shy sempre quis, mas tudo o que ele acha que não pode ter. Ela é linda,
inteligente, e como a filha de seu amigo, intocável. Shy nunca esperou mais do que amizade, então
quando Tabby indica que ela quer mais – muito mais – ele se sente como o homem mais sortudo do
mundo. Mas até mesmo os homens de sorte podem quebrar e queimar…
Prólogo
Você Não Me Conhece
O sino sobre a porta da Fortnum Livros Usados tocou quando Shy a abriu.
Shy veio a Fortnum por uma razão, e não era para comprar livros usados. Foi
porque eles tinham um balcão de café e área de estar na frente da loja, e todos em Denver
sabiam que o homem chamado Tex, que trabalhava na máquina de café expresso era um
mestre. Shy gostava de cerveja, Bourbon, e vodca, ocasionalmente tequila, às vezes Pepsi,
mas com a forma como ele vivia suas noites, suas manhãs sempre incluíam um monte de
café.
Os olhos de Tex o acompanharam, enquanto se movia por entre as mesas e
poltronas espalhadas em frente ao balcão de café expresso e ele explodiu um: — Oi,
turista! O de sempre?
Shy ergueu o queixo de forma afirmativa, mas algo chamou sua atenção para o
lado, e olhou naquele sentido para ver Tabby sentada à mesa redonda escondida no canto.
O fogo atingiu seu peito.
Ela tinha livros e cadernos empilhados ao redor, duas xícaras de café vazias sobre a
mesa, uma pela metade. Ela estava inclinada sobre um livro, cotovelo na mesa, a mão em
sua juba de cabelos no topo da cabeça, segurando-o longe de seu rosto. Sua concentração
estava em um livro e um bloco de notas na frente dela, lápis na mão.
Ele não a tinha visto desde a noite que lhe deu a lição e a levou para casa. Ela não
era uma regular na Ride ou no Complexo, mas ela estava por perto. Ela era próxima a
Cherry; elas foram às compras juntas muitas vezes, e Tabby encontrava com Cherry lá
quando saiam. Às vezes, ela estudava no escritório enquanto Cherry trabalhava. Ela era
próxima de algum dos irmãos, particularmente os tenentes de Tack, Dog e Brick, e Big
Petey, um dos membros fundadores que tirou uma folga do Club, por alguns anos, para
estar com sua filha enquanto ela estava lutando contra o câncer. Ele voltou quando ela
perdeu essa luta e Tab, sendo como Tab era e por ter crescido com Big Petey, tornou-se um
bálsamo para aquela dor. Então, não era inédito vê-la falando besteira com Pete em frente
ao balcão dentro da loja de autopeças, provocando-o por sua Harley Trike no pátio ou
sentada perto dele e conversando sobre uma das mesas de piquenique fora do Complexo.
Então, por cinco meses, ela tinha desaparecido. Nem um sinal dela. Shy não estava
no Chaos a cada minuto do seu dia, mas quando estava, ela não estava lá.
Ela não esteve em nenhum dos três assados de porco que tinham feito. Ela nem
sequer foi para a festa que fizeram quando assumiram seus novos recrutas, Snapper e Bat.
E não havia tido outra Chamada de Tabby desde aquela noite.
Agora, aqui estava ela, estudando. O negócio estava movimentado e Tex parecia
precisar fazer tanto barulho quanto possível quando tirava um café da máquina de
expresso, e ainda assim ela não olhou ao redor ou quebrou sua concentração em tudo.
E, Shy pensou, lá estava ele. Ele fez o seu ponto. Ela tinha aprendido a lição.
Concentre-se na merda que importava. Ela estava aproveitando a oportunidade que seu
pai estava oferecendo, preparando-se para uma vida boa, controlando o lado selvagem e
limpando o lixo para fora de sua vida.
Ele pagou o café ao ruivo chamado Indy que possuía o lugar, pegou de Tex na
outra ponta do balcão e moveu-se para a mesa de Tab.
Ele puxou a cadeira em frente a ela e virou-a para sentar-se escarranchado, dizendo
baixinho: — Ei, querida, — antes que seu corpo estremecesse de surpresa e sua cabeça
levantasse.
Os olhos dela o atingiram e ele viu algo que inquietou, um flash passou por eles,
antes que ela o apagasse. O rosto dela ficou em branco, e seus olhos deslizaram pela sala
antes de voltar para ele.
— O que você está fazendo aqui? — Ela perguntou em voz baixa.
Ele ergueu o copo para viagem. — O café. Melhor da cidade. Venho aqui o tempo
todo.
Ela olhou para seu copo, em seguida, para as duas canecas de café sobre a mesa à
sua frente antes que seus dedos deslizassem por seu cabelo e se endireitou na cadeira.
Quando Shy se recuperou de observar seu grosso e brilhante cabelo passando por
entre os dedos, ele percebeu que ela não estava falando e perguntou: — Estudando?
Seu olhar foi para os livros como se ela nunca os tivesse visto antes, voltou para ele
e respondeu: — É. Eu tenho dois testes esta semana.
— Desagradável — ele murmurou, embora ele não soubesse. Ele nunca tinha
estudado para testes. O fato de que em algum lugar da bagunça em seu apartamento tinha
um diploma do ensino médio era um milagre.
— Sim — ela concordou. — Eu preciso voltar a ele.
— O quê? — Ele perguntou.
Ela olhou para os livros, virou o lápis na mão e tocou a ponta de borracha em seu
bloco de notas antes de repetir. — Eu preciso voltar a ele.
— Você não quer companhia, — ele supôs.
— Hum… Eu tenho dois testes. Eu tenho um monte de trabalho a fazer.
Shy assentiu e perguntou: — Você vem muito aqui?
Aquela doce língua rosa saiu para tocar o lábio superior, a queimadura em seu
peito aumentou antes que a língua desaparecesse e ela respondeu: — Não, apenas
tentando lugares onde eu possa melhorar meus estudos. Fica um pouco louco em casa.
— Os meninos — Shy supôs. Ela tinha dois novos irmãos: Rider, que acabou de
completar três anos, e Cutter, de um ano, o que significava que casa não era o lugar onde
ela melhoraria nada em particular.
— Sim, eles são crianças pequenas, mas também são Allens, então as coisas podem
desandar — ela murmurou.
Ele ouviu Tex batendo na máquina de café expresso, e ele sabia que na Fortnum as
coisas poderiam ficar um pouco loucas também.
Pensando nisso, pensando que era legal Tabby finalmente ter focado nas coisas
certas, e tentando não pensar sobre o quanto ou por que ele gostaria dela em sua casa, ele
ofereceu. — Você precisa de espaço, querida, eu tenho um apartamento. Eu nunca estou
nele. Não posso dizer que é limpo, mas é tranquilo.
— Obrigada, mas eu estou bem.
Ele se empurrou da cadeira, arrumando-a na mesa, dizendo: — A qualquer hora,
Tab, se você precisar, ele é seu. Apenas me ligue.
Ela assentiu, engoliu em seguida murmurou. — Até mais — para seu ombro antes
de olhar de volta para seus livros, enrolando-se na cadeira, debruçando-se sobre seu
cotovelo, mão de volta em seu cabelo.
Foi o ato de engolir, o murmurar e o falar com o ombro que levou Shy dar a volta
na mesa, levantar a mão e empurrar seu cabelo longe de seu rosto.
Ela levantou a cabeça para trás enquanto o fulminava com os olhos.
— Nós estamos bem? — Ele perguntou.
— Claro, — ela respondeu muito rapidamente.
— Você tem certeza disso? — Ele pressionou.
— Por que eu não teria? — Ela perguntou de volta, muito casualmente.
— Baby, a última vez que te vi foi tenso. — Seus olhos foram para a mesa, em
seguida, de volta para ela. — Vejo que você me entendeu, mas seria legal saber que
estamos bem.
— Estamos bem, — ela assegurou-lhe, mais uma vez, rapidamente.
Ele estudou seu rosto. Foi cuidadosamente vago.
Ele não a conhecia tão bem, mas ele tinha estado ao redor dela vezes o suficiente
para saber que Tabitha Allen nunca foi inexpressiva.
Foda-se.
Ele deixou ir e reiterou. — Se você precisar do meu lugar, meu bem, é só gritar.
— Eu vou fazer isso, Shy — respondeu ela calmamente.
Ele ergueu o queixo.
Ela se virou de costas para ele e se jogou sobre seus livros.
Shy saiu da Fortnum com aquele sentimento familiar de queimação. Só que, desta
vez, não estava em seu intestino.
Estava em torno de seu coração.
Ela nunca ligou para usar sua casa.
Ela nunca ligou de qualquer forma.
E ele nunca mais a viu na Fortnum.
Shy estava fora do Complexo em cima de uma das mesas de piquenique, com os
pés sobre o assento, a perna aberta e o cotovelo sobre suas coxas, garrafa de cerveja
segurada livremente entre as mãos, olhando.
Tabby estava no Chaos pela primeira vez em cerca de um ano. Ela estava saindo do
escritório e descendo os degraus, a mão de Rider na dela enquanto ela o segurava e ele
lutava com as perninhas para descer as escadas. Ela tinha Cut em seu quadril, e Shy podia
ver Cut batendo com seu pequeno punho em seu rosto enquanto ela andava.
Ela os levou em segurança até o fim das escadas, mas parou, e Shy viu quando ela
virou a cabeça, empurrou-a para frente e capturou o punho de Cut em sua boca.
Ele gritou. Tabby deixou seu pequeno punho ir, e seu riso musical atravessou o
pátio e acertou diretamente no intestino, tão forte, que era a porra de um milagre ele não
grunhiu.
Então aconteceu.
Rider tropeçou e Tabby inclinou-se para a direita dele e em seu caminho para cima,
seus olhos se moveram através do pátio, através do Complexo, em linha reta através dele.
Através dele.
Como se ele fosse malditamente invisível.
Jesus.
Caralho.
Jesus.
Houve um tempo, que ele encontrava seus olhares, seus olhos se afastavam
rapidamente e ele sabia que ela estava olhando. Sempre que ela estivesse ao redor, antes
do que ele fez naquela noite, se ele a visse, seus olhos estavam sobre ele.
Agora ele era invisível. Era como se ele não existisse.
Ela levou as crianças para seu carro e os prendeu nos assentos na parte de trás, e
Shy continuou observando, seu estômago apertado, aquele fogo queimando seu coração.
Ela tinha um grande carro. O pai dela deu quando ela tinha dezesseis anos, e ela
cuidou dele como se fosse um de seus irmãozinhos. Sua pintura azul elétrico brilhava,
limpa e pura, sob o sol de agosto.
Um bom passeio, mas Tabby, usando um daqueles fluidos, florido, vestidos soltos
que percorre todo o caminho até os pés, tanto tecido, porra, você não poderia começar a
adivinhar o que estava por baixo, não parecia que aquele carro pertencia a ela. O vestido
foi salvo por ser sem alças, o top essencialmente um tubo elástico superior cobrindo os
seios, mas firme.
Não eram os shorts curtos e camisas de roqueiro que ela costumava usar.
E seu cabelo não estava solto e selvagem. Ele estava preso em tranças grossas perto
de seu crânio em ambos os lados, para explodir em uma massa de cabelos em sua nuca
que apenas mostrava os bons genes que a densa e brilhante crina de Tack havia concedido
a ela.
Sim, ele fez o seu ponto.
Oh foda-se, há um ano, ele fez seu ponto pra caralho.
Ela prendeu as crianças e Big Petey saiu do escritório, arrastou-se escada abaixo, e
Shy assistiu Pete e Tabby envolverem-se em uma discussão brincalhona que não conseguia
ouvir. Tab se soltou e fingiu estar chateada, quando entregou as chaves e deu a volta no
carro.
Pete teve uma criança, sua filha, agora sob a terra. Quando ele voltou de seu
funeral, ele estava quebrado. O homem não era jovem, mas depois que perdeu sua filha e
voltou para a irmandade, ele parecia ter mil anos de idade.
Agora, Shy viu, ele sorria enquanto dobrava sua enorme barriga de cerveja ao
volante do carro de Tab e ajustava o assento.
Tab fez isso. Tab o trouxe de volta. Tabby juntou as peças e deu a Pete algo sobre o
que sorrir.
Tab olhou através de Shy como se ele não existisse.
Petey arrancou e ele, Tab, Rider, e Cut partiram para onde, Shy não tinha ideia. Shy
tinha escutado Cherry e Tack falando sobre isso o suficiente para saber, que a irmã mais
velha de Rider e Cut os adorava e os estragava. Então ele pensou em sorvete, parque, mas
o que quer que fosse estava cheio com o amor de sua irmã.
Ele observou o carro até que não podia mais vê-lo.
Então, pulou fora da mesa de piquenique e entrou.
Na escuridão fria do Complexo, ele parou na sala comum e em pé, olhou para a
bandeira do Chaos montada na parede na parte de trás da sala.
Fresco e escuro, enquanto seu intestino ainda se retorcia e seu coração queimava.
Ele ergueu a garrafa e com o braço cortando o ar em um arremesso, jogou a garrafa
através da sala para o outro lado, arrebentando-a em uma explosão de espuma de cerveja
e vidro marrom, na parede oposta à porta com a bandeira do Club.
— Jesus, irmão, que porra é essa? — Ele ouviu o retumbo do lado da sala. Ele
virou-se e viu High sentado em um banquinho no bar com Snapper por trás deste.
Shy não respondeu. Ele rondou atrás do bar e pegou uma garrafa de tequila.
Deu a volta saindo do bar, caminhando para seu quarto, ele ordenou a Snapper. —
Limpe essa merda.
Então ele desapareceu em seu quarto.
Shy sentou na sala de estar escura de seu apartamento, a primeira vez que tinha
estado lá por meses.
Ele estava pensando, e estava lembrando-se.
Lembrando, pela primeira vez em muito tempo daquele dia, quando chegou à
notícia.
Lembrando do dia que sua vida, com doze anos de idade, mudou e passou de bom,
não, ótimo, para a merda absoluta.
Lembrando do dia, anos depois, quando ele encontrou o Chaos e pensou que,
finalmente, porra, finalmente, a sua vida não seria mais uma merda e ele estava certo.
E pensar que, há seis horas, provavelmente vestindo preto, provavelmente,
parecendo sem vida, tal como ela parecia ontem quando a viu saindo do escritório,
abraçada com Cherry, com a cabeça balançando como se estivesse concordando com o que
Cherry dizia, quando soube só de olhar, que ela não estava ouvindo nada, Tabby estava
em um cemitério enterrando seu homem.
Seu homem tinha vinte e sete anos de idade.
A idade de Shy.
Shy levou a garrafa de vodca aos lábios e tomou um longo gole.
Ele só a largou para pegar outra.
Capítulo 1
Eu Sonhei Um Sonho…
Um Mês Depois…
Shy saiu de seu apartamento, trancou a porta e dirigiu-se para as escadas.
Por estes dias, ele ficava por lá, vendo como Rosalie limpava e também via que,
uma vez que ele não tinha mais a despensa de Tabby para encher, ele pegou na sua bunda
e comprou mantimentos para a sua própria maldita casa. Ele também ficava por lá, porque
Rosalie não era o tipo de mulher que você transa em uma cama em um Complexo
motociclista, enquanto os homens estavam levantando o inferno na sala comum ou
estapeando bundas em quartos no corredor. Ela era o tipo de mulher que você transa em
um apartamento que era dois níveis acima de um buraco de merda e que ela mantinha
limpo.
Ele correu pelas escadas, mudou-se para o sol e viu Roscoe sentado em sua moto.
Seu irmão estava lá porque tinha alguns negócios na Chaos para resolver.
Shy ergueu o queixo, Roscoe ergueu o dele em retorno, e Shy foi para sua moto.
Ele jogou a perna por cima e estava começando a dar partida quando Roscoe falou.
— Merda, cara.
Shy virou a cabeça para Roscoe. — O que é uma merda?
— Tab, dando o fora para Cape Cod.
Essa queimadura atingiu o peito invadindo perigosamente perto de seu coração.
Uma queimadura que ele não sentia há quatro meses. Uma queimadura que, ao longo do
último mês, ardia com profundidade. Agora, se espalhou para a vida e chamuscou seus
pulmões.
— Diga de novo, — ele pediu e as sobrancelhas de Roscoe ergueram.
— Você não sabe? — Ele perguntou de volta.
— Não, eu malditamente não sei — Shy mordeu fora. — Tabby está indo para
Cape Cod?
— Como você pode não saber? Vocês dois são bem próximos. Você não está
transando com Rosalie, você está na casa de Tab.
— Eu não sabia, Roscoe — ele cortou. — Ela está indo para Cape Cod?
Roscoe assentiu. — Sim, irmão. Algum médico no trabalho estava lhe fazendo
merda, ela não aguentava mais, então deixou o emprego. Ela está fazendo as malas,
estocando suas coisas com Tack e Cherry e caindo fora. Algum programa de viagem para
enfermeiras, contrato de seis meses.
A visão de Shy ficou nublada.
Ele não podia acreditar nesta merda.
Aquela vadia.
Essa puta.
Ela estava indo embora.
Deixando a sua família, deixando-o, deixando as pessoas que tinham cuidado dela
por todo um ano fodido.
Partindo.
Deixando-o.
— Não estou fazendo isso, — ele rosnou mesmo antes de sua moto rugir para a
vida.
— Fazendo o que? — Roscoe gritou por cima do barulho do escapamento e Shy
olhou para ele.
— Isso. Nosso negócio. Você precisa de alguém como apoio, chame Tug ou
Snapper. Eu tenho coisas para fazer.
Antes que Roscoe pudesse dizer qualquer coisa, Shy arrancou e saiu do
estacionamento.
Em seu caminho para Tab, ele não fez um único esforço para acalmar a sua bunda.
Ele precisaria de tudo o que tinha para não torcer o seu lindo pescoço quando chegasse lá
e despejasse nela.
Partindo.
Deixando-o.
Foda-se!
Dez minutos depois, ele parou fora de seu apartamento, estacionou, desligou a
moto, procurou por veículos que ele conhecia.
A moto de Tack não estava lá, nem o seu Expedition. O Mustang de Cherry não
estava lá. O carro da amiga de Tab, Natalie também não estava lá.
Mas, o carro azul elétrico que Tabby cuidava como se fosse seu bebê estava lá,
brilhando no sol.
O caminho limpo, Shy balançou fora de sua moto, correu para a escada, subiu dois
degraus de cada vez, e não hesitou em bater com o punho na sua porta no instante em que
chegou lá. Ele também não parou de bater até que ouviu a fechadura girar e a porta foi
aberta.
— Jesus, Shy, qual é o problema? — Tabby retrucou, olhando para ele.
Ele não a tinha visto em um mês.
Isso significava que era a saudação errada.
A forma de saudação errada.
Fazendo as coisas ainda piores, atrás dela tudo, menos o mobiliário, estava
embalado.
Lutando contra sua necessidade de explodir, ele entrou e Tabby teve que sair seu
caminho. Uma vez dentro, ele se virou para ela.
— Feche a porta, Tabby — ele ordenou.
— Shy, que…?
— Feche a maldita porta Tabby — ele gritou e viu o rosto pálido quando ela fechou
a porta e virou-se para ele.
— Ok, Shy, acalme-se. Vamos conversar — disse ela suavemente.
— Você está partindo? — Questionou.
— Eu… — ela hesitou, lambeu a porra do lábio e, Cristo, que o atingiu direto no
seu pau como sempre o atingia diretamente em seu pau.
— Sim, Shy, — ela admitiu. — Eu ia te ligar na próxima semana. Falar com você.
Contar-te o que…
Ele a cortou: — Você não está indo embora.
Ela levantou a cabeça, em seguida, ela lhe disse: — Eu estou Shy. Eu preciso de
espaço para colocar minha cabeça no lugar. O contrato está assinado.
— Você. — Ele a interrompeu novamente: — Não. Está. Partindo.
Ela fechou a boca e olhou para ele.
Ele continuou falando.
— Você tem que colocar sua cabeça no lugar, você faz isso aqui, onde eu posso
chegar até você, e não em algum lugar onde tenho que pôr minha bunda em um avião
para chegar até você. Você está me compreendendo?
— Mas, Shy — ela começou.
Ela não estava compreendendo-o.
— Você não está indo embora — ele repetiu.
— Eu tenho que ir o…
Ele se inclinou em direção a ela e rosnou. — Você não está indo embora.
De repente, ela se perdeu, jogando as mãos para os lados, ela perguntou: — Por
quê?
— É por isso — ele cortou, percorreu os três passos que os separavam, serpenteou
um braço ao redor da cintura dela, levou a mão na parte de trás de seu cabelo, e puxou-a
em seus braços.
Ele bateu com a boca para baixo sobre a dela.
Então, ele enfiou a língua entre os lábios e aí estava.
Cristo, aí estava, porra.
Esse gosto que ele tinha em sua língua por malditos anos.
Doce, Deus, tão fodidamente doce.
Linda.
Ele levou mais e ela deu-lhe, seu corpo fundindo-se ao dele, ficando na ponta dos
pés, os braços rodeando seus ombros, segurando-o, uma mão deslizando para cima em
seu cabelo, segurando sua boca na dela.
Ela continuou dando-lhe e, assim, ele tomou ainda mais e Jesus, o gosto dela, a
sensação dela pressionada tão próxima, o mundo se dissipou. Era mais inebriante do que
qualquer bebida alcoólica, um barato melhor do que qualquer porra de drogas.
Fenomenal.
Melhor do que ele poderia imaginar. Melhor do que anos de imaginar quão bom
isso poderia ser.
O melhor que ele já teve.
Com apenas uma porra de um beijo.
Ele separou os lábios dos dela, mas segurou-a perto, a excitação pulsando nos seus
lábios quando disse mais uma vez: — Você não está indo embora.
— Ok — ela respirou, e ele fechou os olhos, baixou a testa na dela e respirou fundo
para ganhar controle sobre a queimadura em seu peito.
Quando ele conseguiu, ele abriu os olhos e olhou para ela.
Seus olhos estavam sem foco, nebulosos. Ela foi pressionada contra ele, ainda
segurando-o, a mão em seu cabelo.
Ele fez o mundo derreter para ela também.
Essa queimadura voltou, mas era diferente, e a mudança foi brilhante pra caralho.
— Você está colocando sua cabeça no lugar aqui — exigiu.
— Ok — ela concordou em outro fôlego.
Foda-se, ela era bonita. Quente e bonita.
Era hora de falar com Rosalie.
— O que você está fazendo? — Questionou.
— Não estou partindo — ela respondeu.
Boa. Ela estava entendendo.
— Então o que você está fazendo? — Shy empurrou.
— Colocando minha cabeça no lugar — ela respondeu.
— Quando tempo vai demorar?
— Duas horas.
Ele sentiu seus lábios se contorcerem.
Finalmente.
Porra, finalmente.
— Você tem duas horas, doçura, então você vem até mim. — Shy exigiu. — O meu
apartamento. Eu vou te enviar uma mensagem com o endereço.
Seus belos olhos azuis prenderam os dele e ela sussurrou: — Tudo bem.
— Duas horas, Tabby.
— Duas horas, Shy.
Sim.
Lá estava.
Porra, finalmente.
— Bem, baby, agora me beije.
Seus olhos brilharam de uma forma que ele também sentiu em seu pau, então ela
rolou até os dedos dos pés, colocou a boca bonita, rosada na dele e deu-lhe o que tinha
desejado por quatro anos.
Essa doce língua rosa dela deslizou para fora, deslizou entre os lábios e tocou a
ponta dos seus.
Sua língua empurrou-a de volta em sua boca e ele assumiu o beijo. Foi uma
repetição da primeira, mas, mais longo, mais úmido, mais profundo, não melhor, mas um
conjunto muito malditamente mais quente.
Ele separou a boca da dela e ordenou: — Duas horas, baby.
Ela ofegava contra sua boca e assentiu.
Ele a deixou ir. Ela balançou. Ele foi à porta, abriu-a, virou-se para ela e levantou a
mão com o dedo do meio e o indicador estendidos na direção do teto.
Suas bochechas estavam rosadas, a boca inchada, os olhos sonhadores, ela parecia
bem pra caralho.
Ela ultrapassou a neblina e assentiu.
Shy sorriu, virou-se, fechou a porta atrás dele, e continuou sorrindo enquanto
corria para sua moto.
Capítulo 8
Fui Pra Você
— VIP! V… I… porra… P!
Isso ressoou pelo enorme cara loiro, desgrenhado, de barba avermelhada que
estava atrás do balcão do café expresso no Fortnum's Livros Usados.
Nós tínhamos acabado de entrar pela porta, e notei que ele não estava apenas
olhando para o nosso caminho, mas também apontava um dedo em nossa direção.
Eu só estive lá uma vez, há anos atrás, quando eu esbarrei com Shy. Mas, quando
ele me disse que era um cliente habitual, eu nunca mais voltei por medo de encontrá-lo de
novo.
Então, é evidente que não era a mim que ele estava declarando como um VIP. O
homem arrastou-se de trás do balcão do café expresso, empurrou as pessoas em pé na
frente dele e foi direto para Landon que, enquanto eu tomava banho, tinha mudado de seu
uniforme para jeans e uma camiseta.
Quando o barista chegou a Landon, eles fizeram aquela coisa de homem de abraçar
e bater nas costas, e eu estava perto o suficiente para ouvir o cara louco murmurar no
ouvido de Lan no que era ainda um trovão, mas silencioso. — A salvo. Em casa. Bem-
vindo de volta, meu filho.
Eu não conhecia esse cara, mas algo nisso, provavelmente, a profunda emoção que
ouvi em sua voz, fez as lágrimas picarem meus olhos enquanto eu observava o cara louco
agarrar Landon como se fosse algo precioso por vários minutos antes de se afastar.
Ele se afastou, mas não foi muito longe. Ele manteve a mão de Lan na dele e
colocou a outra mão em torno do musculoso ombro de Landon, agitando-o levemente, os
olhos presos em Lan e murmurando com sua voz firme. — Bem-vindo ao lar.
Shy, que estava segurando minha mão, largou-a para deslizar o braço em volta dos
meus ombros e me puxou para perto ao seu lado. Esta foi mais uma demonstração de
como ele poderia ler o meu humor, sem sequer olhar nos meus olhos.
Vendo as boas-vindas do regresso de um soldado, sendo esse soldado irmão de
Shy, eu precisava dele para me segurar.
O cara loiro louco deu um passo em direção ao balcão e declarou bem alto. — O
café é cortesia para você. Nós fazemos isso para os heróis. — Seus olhos azuis se voltaram
para Shy. — Sinto muito, viajante, você e sua garota têm que pagar. Se dependesse de
mim, eu daria café gratuíto para as famílias do herói também, mas quando eu faço essa
merda, Indy tem um acesso de raiva.
E com isso, ele se afastou para longe.
— Uh… Eu presumo que você conhece o cara — eu apontei.
Landon desatou a rir, enquanto Shy me deu um sorriso doce e sexy, e nenhum
deles se preocupou em responder a uma pergunta cuja resposta era óbvia. Apenas fomos
para o balcão.
Tudo correu bem com o pedido e o pagamento, parte da tarefa normalmente
simples e sem drama de pedir café.
Isso foi até que nós estávamos esperando do outro lado do balcão por nossas
bebidas, e o cara louco de repente curvou o filtro da máquina de café expresso pelo ar, que
felizmente estava quase (mas não completamente) vazio de borra de café. Ele o usou para
apontar para o sofá em frente da janela e ignorou totalmente o pequeno salpicado de
borras de café que voou e deslizou por cima do balcão.
Então ele explodiu. — VIP sentando! Movam suas bundas! Temos um soldado que
acabou de chegar em casa e sua bunda estará sentada nesse sofá!
As pessoas no sofá encararam o grande homem por cerca de meio segundo, então
eles sabiamente apressaram-se.
Foi, então, que a bonita mulher loira com o sorriso incrivelmente glamouroso que
também estava atrás do balcão mostrou aquele sorriso fascinante em minha direção. Eu
suspeitava que ela fez isso porque eu estava olhando o cara louco como se ele fosse, bem…
um cara louco.
— Tex é inofensivo — explicou ela. — Demora um tempo para acreditar nisso, uma
vez que ele também é totalmente louco, mas eu prometo, ele é inofensivo.
O que eu sabia era que ele era alto e mandão, e ele apreciava o sacrifício que os
membros militares faziam por nós, então eu podia superar as partes sonoras, mandonas e
loucas.
Portanto, eu sorri de volta.
Ela inclinou a cabeça em direção aos sofás. — Vá, sente-se antes de Tex lhe dizer
para fazê-lo de uma forma que as pessoas do Walgreens a um quarteirão de distância vão
ouvir. Eu levo estes.
— Obrigada — eu respondi.
— Não foi nada — ela murmurou, os olhos deslizando de volta para Tex, que
estava de novo batendo na máquina que parecia que tinha custado tanto quanto a mobília
da minha sala (ou mais), como se ela só funcionasse sob a mais abusiva das condições.
Shy flexionou o braço em volta dos meus ombros e me guiou em direção ao sofá.
Nós chegamos à seção dos sofás na frente das janelas, e Shy voltou a colocar-me onde ele
queria, encaixando-me no canto do sofá. Ele se sentou no braço ao meu lado e me puxou
contra ele.
A mulher agradável trouxe nossas bebidas, e eu tive um miniorgasmo, que espero
não ter sido detectado quando eu provei a minha bebida. Realmente, o cara louco era um
artista. Shy e Landon estavam colocando a conversa em dia, que, não surpreendentemente,
não me deu muitas oportunidades para participar da conversa.
Isso continuou por um tempo. Tempo suficiente para a minha mente vagar para
coisas que eu poderia estar fazendo. Como, vamos dizer determinar se eu estava entrando
na lista negra da agência de enfermeiras temporárias por deixar um trabalho e telefonar ao
Departamento de RH do hospital para ver se eu poderia ter o meu antigo trabalho de
volta, e telefonar para o meu senhorio para ver se poderia ficar no meu apartamento,
embora eu tenha desistido do meu contrato.
Nada de importante.
Eu não queria ficar impaciente. Eu queria a oportunidade de conhecer Landon,
embora isso meio que não estava realmente acontecendo, exceto por eu continuar
acompanhando a conversa.
Sem mencionar que eu nunca tinha visto Shy assim. Obviamente, feliz que seu
irmão estava em casa a salvo. Obviamente feliz que, eu e ele, tínhamos mudado para outro
nível de nosso relacionamento. Obviamente feliz de uma maneira que fez aquecer meu
estomago por ele estar na companhia das duas pessoas que ele gostava.
Não que eu não queira que ele tivesse isso. É claro que eu queria.
Somente ontem eu tinha deixado um beijo mudar o curso da minha vida inteira. Eu
tinha coisas para fazer, e sentar e ouvir dois machões jogar conversa fora não era
prioridade.
No entanto, eu fiquei assim por um longo tempo, enquanto fazia mentalmente a
minha lista de coisas a fazer, quando Shy notou que nossas canecas estavam todas vazias e
anunciou que estava pegando mais bebidas.
Ele beijou o topo da minha cabeça e se dirigiu ao balcão.
Eu assisti-o ir, feliz por ter algo para fazer que eu gostava imensamente, como vê-lo
se mexer, quando ouvi Lan chamar meu nome e meu olhar voltou-se para ele.
— Então vocês dois estão firmes — comentou e eu sorri.
— Sim, estamos firme — eu confirmei.
Ele olhou por cima do ombro em direção a Shy antes de ele se inclinar para frente
na poltrona, fixando os cotovelos sobre os joelhos. Sua expressão mudou e eu me preparei.
A mudança de expressão não era maldosa ou desagradável. Não estava nem
mesmo em branco, como se estivesse escondendo algo de mim.
Mas, ainda não era boa.
— Park e eu somos próximos — declarou ele, e eu assenti desde que eu sabia disso.
Ele continuou: — Nós conversamos. O ano passado, não frequentemente, não se pode
fazer isso muitas vezes quando você está no meio da merda. Mas, quando o fazemos,
colocamos as coisas para fora.
Uh-oh.
Eu não podia saber ao certo o que estava por vir, mas isso não significava que eu
não tinha uma noção.
— Ok — eu disse cautelosamente, engolindo em seco, desejando que acabasse logo
e convidando-o a compartilhar o que estava em sua mente.
Lan aceitou o meu convite.
— A última coisa que eu soube sobre você, Tabby, era que você estava prestes a
casar e foi um par de semanas depois que isso… — ele fez uma pausa e eu sabia que ele
estava tentando encontrar as palavras certas quando terminou — … correu mal.
— Sim — eu concordei, ainda falando em voz baixa. — Isso correu mal.
— Desculpe querida — ele sussurrou, e do jeito que ele disse era quase tão doce
quanto o seu irmão poderia ser. Eu gostava disso, mesmo que eu não gostasse do nosso
tema de conversa. Ainda assim, eu assenti.
— Isso foi há algum tempo atrás, Landon — Eu informei-o. — Quase um ano.
— Sim — ele murmurou, em seguida, ele perguntou: — Depois do… — outra
hesitação — … outro cara, Park é o seu primeiro?
Eu senti um formigamento descer pela minha espinha, do tipo que não é bom.
Isso não era da sua conta. Ok, ele era irmão de Shy, eles eram próximos, então meio
que era.
Também meio que não era.
— Eu não tenho certeza — eu comecei, mas parei quando ele balançou a cabeça e
levantou uma mão apaziguadora.
— Por favor, veja só, Tabby. Ele é meu irmão. Ele é meu melhor amigo. Nós já
passamos por um monte de merda. Em um esforço para sobreviver a isso, tivemos que
aprender a descarregar e nós fizemos isso descarregando um sobre o outro. Depois que
ambos deixamos essa vida, isso não parou. Em outras palavras, eu sei sobre você. — Seus
olhos fixos nos meus. — Tudo sobre você, Tabby.
Isto não era boas notícias.
Eu abri minha boca para falar, mas ele levantou a mão novamente e manteve os
olhos presos nos meus.
— Eu sei que ele era um idiota com você. Quando você colocou tudo pra fora, ele
me disse e posso ver porque você achava que ele era um idiota. Eu também sei que ele
falou muito sobre seus irmãos no clube, e ele falou sobre a família ligada a esse clube, e a
maioria do que ele falou foi sobre você e você não estava sequer falando com ele. Ele não
me disse por que, mas isso não significa que eu não podia entender que ele estava afim de
você. Vê-lo com você, do jeito que eu nunca o vi com outra mulher, eu percebo agora que
ele não está afim de você. Ele está com você.
Bem, isso era bom.
— Estou com ele também — eu compartilhei.
Lan concordou. — Eu vejo. Eu sinto que estou perdendo alguma coisa desde a
última conversa profunda que tive com Park, como se tivesse sido há muito tempo atrás,
eu posso ver isso também. O que preciso saber é que você não esta o usando para sair da
tristeza e depois vai deixá-lo para trás, para ir encontrar outro cara bem arrumado para se
acertar.
Com isso, eu endireitei as costas.
— Eu sou Chaos — eu o lembrei, e ele acenou com a cabeça.
— Você é. Eu sei disso. A princesa reinante. É o meu entendimento, porém, que
você virou as costas a isso para o seu último homem.
Ele estava certo, mas ele estava na direção errada.
— Você não pode controlar por quem você se apaixona, Landon — eu apontei,
tentando manter a minha voz firme.
— Não, você não pode. Mas, você pode cavar fundo e avaliar se o homem com
quem está, genuinamente significa algo para você, como você faz para ele, ou se você está
se recuperando de outra relação.
Respirei fundo, num esforço para não ficar com raiva e quando me controlei, disse-
lhe com firmeza: — Eu não estou em recuperação de nada.
— Você não cavou fundo, Tabby — ele retornou rapidamente, mas suavemente, e
eu fixei o olhar nele.
Então eu me inclinei para frente e bloqueie os meus olhos para os dele.
— Vocês dois tenham um momento a sós e, Landon, eu vou falar com Shy logo
para deixa-lo lhe fazer isso, assim deixando-me para fazer as coisas que eu tenho que
fazer, já que fiz algumas decisões importantes somente ontem, tais como, possivelmente
estragar minha carreira, talvez ser sem-teto e desempregada, tudo para que eu pudesse
estar com o seu irmão, e eu preciso resolver a minha vida.
Seus olhos arregalaram.
Eu continuei falando.
— Mas, quando vocês tiverem esse momento, ele vai te dizer o que esteve
acontecendo nos últimos sete meses. O que ele não te irá dizer é o que isso significou para
mim, porque ele não pode saber. Então, se eu posso fazer a façanha extremamente difícil
de compartilhar tudo o que Shy significou para mim nos últimos sete meses nos dois
minutos que tenho antes de ele voltar, eu vou fazer isso.
Ele não disse nada, apenas olhou para mim atentamente, então eu continuei.
— Sim, ele me ajudou a superar Jason, e ele fez isso em um relacionamento só-
amigos sem pressão. Até algumas coisas que eu vou deixá-lo compartilhar como
aconteceram, ele me apoiou a cada dia desde que eu o deixei voltar depois de Jason
morrer. A minha perda era muito recente, eu não me permiti considerar ter as mesmas
emoções por outro homem tão cedo, depois de perder aquele com quem pretendia passar
o resto da minha vida, então eu neguei o que estava crescendo entre nós.
Eu hesitei um momento e em seguida, continuei.
— Dito isso, desde a primeira noite que eu o deixei voltar, eu sabia o que tinha
começado a crescer entre nós.
Isso mereceu outro arregalar de olhos, mas eu ignorei e continuei falando.
— Mas, eu não neguei o fato de que sabia, quando eu estava com Shy ou até
mesmo falava com ele, eu me sentia mais eu do que eu tinha sentido em anos, depois de
Jason morrer, antes de Jason morrer, até mesmo antes de eu conhecer Jason. Então, posso
garantir-lhe que não estou com Shy agora como gratidão por sua bondade. Eu também
não estou com ele porque eu estou sozinha. Além disso, eu não estou com ele para testar
as águas de me colocar lá fora de novo.
Eu respirei fundo, segurei o meu olhar no dele e pus as cartas na mesa.
Para ele e para mim.
— Eu estou com ele, porque quando estou com ele, sou livre para ser eu. Eu estou
com ele porque ele é quente. Estou com ele porque ele me permite tagarelar, já que eu sou
propensa a tagarelices, e ele me deixa desabafar quando tenho um dia ruim. Estou com ele
porque quando eu reclamo, ele me faz sentir melhor e ele faz isso sem esforço. Estou com
ele porque eu vivo para os momentos em que eu estou na parte de trás de sua moto e nós
estamos andando juntos, sem nem mesmo falar, apenas sendo livres.
Eu balancei as minhas mãos na frente de mim e continuei sendo honesta com
Landon.
— Merda aconteceu entre nós e é minha culpa, porque eu estava uma bagunça,
confusa, agindo estupidamente e francamente imatura e Shy ficou compreensivelmente
zangado comigo. Ficamos separados por um mês e eu estava perdida. Totalmente. Perdida
de uma maneira que eu não estava nem quando perdi Jason. Agora estamos de volta
juntos e eu me encontrei. Se eu estou interpretando mal as coisas e que tudo grita
"recuperação" para você, minhas desculpas. Não faz para mim. Pela primeira vez em
muito, muito tempo, eu estou feliz. Eu também estou feliz de ter um tempo para provar a
você que estou disposta a fazer a minha parte para ver isso ir longe. Eu só espero que você
não vá mexer com isso, enquanto isso, porque você mesmo disse que notou que seu irmão
está muito feliz, ele está de um jeito que eu nunca vi, e seria bom se você não fodesse com
isso.
— Eu espero que você saiba, e não é nem preciso dizer, que eu vou dar isso ao meu
irmão, — ele respondeu.
— Bom — eu respondi imediatamente. — Eu estou contente de ouvir isso, mas
apenas um aviso, seria bom saber que você também o vai apoiar. Os irmãos dele no clube
são protetores em relação a mim, compreensivelmente, mais protetores depois do que
aconteceu com Jason, e eu acho que você pode imaginar, quando eles descobrirem que
estamos juntos, que isso pode não ser ótimo para nós. Shy não viveu sua vida exatamente
se segurando, esperando a pessoa certa.
Isso me fez contrair o lábio, mas eu ignorei e continuei.
— Nós poderíamos ter sorte e eles aceitarem-nos de braços abertos. Infelizmente,
eu não vejo isso acontecendo. Você sabe quem eu sou, então você também sabe que meu
pai é o presidente do clube, e se ele não quiser acolher Shy na minha vida com um sorriso
e um aperto de mão, ele pode tornar as coisas difíceis para ele. Então, se Shy descarregar
sobre você o que vier a acontecer, eu estou pedindo agora que você não deixe que suas
dúvidas sobre nós nuble o apoio que você daria a ele.
Isso provocou outro arregalar de olhos e um baixo resmungo:
— Eu nunca faria isso, Tabby.
— Bom — eu respondi. — Então eu acho que nós dois sabemos o que cada um de
nós pensa.
— Que porra é essa que vocês dois estão falando?
A voz de Shy foi baixa, mas também firme.
Nada bom.
— Park — Landon começou, mas não continuou quando Shy, com as canecas de
café em cada mão, deslocou-se para o lado da cadeira de Lan e virou os olhos irritados
para baixo para o irmão.
— Vamos ter que ir lá fora e falar? — Ele perguntou.
Uh-oh.
Eu congelei, assim como Landon e, como habitualmente, eu falei primeiro.
— Está tudo bem, querido.
Shy voltou os olhos para mim. — Não está pelo que eu ouvi.
— Pense um pouco — eu comecei, — se coloque no lugar do Landon, pense em
encontrar a mulher que guardava rancor contra o seu irmão há anos e, em seguida, você
ouve que ela perdeu um noivo e quando você aparece e vê que eles estão de repente e
inexplicavelmente juntos… o que você faria?
Shy colocou as canecas sobre a mesa de café e virou-se para o seu irmão. — O que
eu iria fazer era me importar com a perda que ela teve, mesmo que já não seja recente e
entender que meu irmão não é um idiota, porra.
Uh-oh!
— Shy — eu comecei, mas Landon falou antes de mim.
— Park, eu não acho que você é um idiota, mas acho que você sabe de onde eu
estou vindo.
O braço de Shy serpenteou fora, seus dedos enrolando ao redor do lado do meu
pescoço e eu me vi voando em direção a ele, a minha frente pousando com força contra o
lado de seu corpo. Sua mão se moveu para que o braço cruzasse apertado em volta dos
meus ombros, a outra mão atravessou seu corpo, para seus dedos poderem enrolar na
minha cintura e em tudo isso, seu olhar não deixou seu irmão.
— Olhe para mim, o que você vê? — Ele rosnou e quando Landon não respondeu,
ele repetiu sua pergunta: — O que você vê?
Oh Deus.
Eu não sabia se eu devia sentir-me eufórica, porque eu sabia o que Shy pensava
que Landon veria ou apavorada porque não queria uma explosão acontecendo na livraria
Fortnum, não com aquele maluco atrás do balcão. Ele ficaria do lado de Landon e Shy
estaria em menor número.
Meus olhos se voltaram para Landon vendo-o nos medir, em seguida, eles se
mudaram para o rosto de Shy.
— Eu vejo isso, Park — ele disse suavemente.
— Que porra de espetáculo, Lan — Shy bufou. — Agora, você entende isto. Nunca
— ele nos inclinou para seu irmão — jamais, ataque a minha mulher assim. Vou deixar
isto de lado porque estou feliz pra caralho que você está em casa. Se acontecer de novo, eu
não vou deixar para lá. Você me entende?
— Eu não fiquei ofendida, Shy, sinceramente — Eu disse a ele rapidamente, na
esperança de acalmar sua raiva, ainda que eu sentisse a proteção quente de suas palavras
se estabelecerem em linha reta com a minha alma.
Seus olhos viraram rapidamente para mim. — Bem, eu fiquei.
Mensagem clara.
— Sim, senhor, motoqueiro chefe — eu murmurei rapidamente e os olhos de Shy se
estreitaram.
— Não seja fofa como os diabos e, juro por Deus, se você lamber o lábio, eu vou
perder a cabeça. Da próxima vez que você lamber o lábio, faça isso quando estivermos
longe de um lugar público e eu possa ter a porra da reação que eu tive meio milhão de
vezes ao longo de quatro anos fodidos cada vez que vi você fazer isso, não aqui, numa
livraria, onde eu não posso.
Independentemente da situação tensa, isso me deu um arrepio e um sentimento
ainda mais quente se instalou na minha alma, mas lutei contra a vontade de lamber meu
lábio (que era precisamente o que eu ia fazer) e eu só olhava para ele.
Ele olhou para a minha boca, em seguida, seu olhar foi para os meus olhos, em
seguida, ele olhou para o irmão.
Então, eu também olhei e o vi sorrindo.
— Eu não estou achando motivo nenhum para sorrir — Shy avisou.
— Desculpe, Park, mas, tenho que admitir, eu estou sorrindo pra que não ria até
cair, já que se eu fizesse isso, tenho a sensação que você me bateria.
— Eu não estou achando nenhum motivo para gargalhadas também — Shy
afirmou.
— Isso é porque você não pode ver vocês dois. Sério, Park, eu tenho que dizer isso.
Vocês são totalmente uns fofos do caralho juntos.
Eu pressionei meus lábios juntos em mais um esforço para não lamber meu lábio,
quase certa de que Shy nunca iria querer ser descrito como fofo.
Eu estava errada.
— Não me diga? Você só notou isso agora? Jesus, Lan — Shy respondeu.
— Não. Percebi isso em sua casa, mas estava mais focado em sua garota sendo
bonita, quente, e enrolada em um lençol. Desde que ela está totalmente vestida agora,
estou notando mais.
Isto, mais uma vez, foi o que eu não considerava uma boa resposta de Landon
Cage, já que suspeitava que Shy não gostaria que seu irmão deixasse claro que pensava
que eu era bonita e quente e tinha se distraído por eu estar em um lençol, e desta vez eu
estava certa.
— Você está brincando comigo? — Shy estourou.
— Podemos tomar café? — Eu entrei no meio — Eu preciso de cafeína. Então, eu
preciso de comida. Então, preciso fazer algumas chamadas para que eu possa descobrir se
tenho uma casa e um emprego. Assistindo dois fodões discutindo um com o outro, ainda
que quente, não está me ajudando a resolver a minha vida. Então, se vocês começarem a se
mexer com isso, eu apreciaria.
Os olhos de Shy rapidamente desceram para mim e notei imediatamente sua
expressão mudar de raiva para calma.
— Doçura, você vai ficar bem — ele me assegurou.
— Sim, eu vou, mas para ficar bem, eu preciso fazer alguns telefonemas, então
podemos continuar com a nossa manhã? — Eu disparei de volta, e seus lábios apertaram.
— Podemos continuar com a nossa manhã, — ele concordou.
— Espetacular — eu murmurei, revirando os olhos para Shy, mas quando olhei
para Landon, eu sorri.
Ele sorri de volta.
— Viajante! — Tex o cara maluco do café gritou. — Sua bebida está ficando fria.
Mexa o seu traseiro até aqui para pegar, porque eu não estou fazendo outro a menos que
você pague por isso.
Shy me deu um aperto, em seguida deu a seu irmão um olhar que lhe disse para se
comportar nos 30 segundos que Shy não estaria lá, e ele passeou para pegar o último café.
Eu dei a Lan outro sorriso e sentei meu traseiro de volta no sofá.
Lan dobrou seu longo corpo na poltrona.
— Uh, Tab, só para você saber — ele começou. — Esse tempo que você vai levar
para provar que pretende levar as coisas longe com o Park ficou muito mais curto, porra.
Suas palavras me tocaram em um lugar agradável. Enviei outro sorriso para ele e
até eu sabia que era enorme.
E feliz.
Eu olhei para Shy ao mesmo tempo em que Shy olhava para mim.
Estávamos na minha cama. Estávamos nus. Eu estava de costas, uma perna
enrolada em torno do quadril de Shy, uma perna estendida, pressionada contra seu peito,
tornozelo no ombro. Os quadris de Shy estavam entre os meus, uma mão deslizando até
minha canela para o peito dele, uma mão na cama, seu pênis se movendo dentro de mim.
— Tenho que dizer, baby — ele murmurou. — Você é sempre linda, mas você é
fodidamente bonita quando você me leva.
Deus.
Deus.
Eu adorava quando ele dizia coisas assim, enquanto ele estava fazendo amor
comigo.
— Tenho que dizer, querido — eu murmurei de volta com a voz rouca. — Você é
sempre gostoso, mas você é realmente gostoso quando você está me levando.
Seus olhos, já quentes, queimaram dentro de mim mesmo enquanto sua boca se
curvou e sua mão se moveu para baixo, para baixo, para baixo, até que se curvaram no
meio das minhas coxas. Seu polegar encontrou-me quando ele sussurrou: — Vamos ver
quanto muito mais bonita você pode ficar.
Em seguida, ele apertou e circulou. Eu gemia, meu pescoço arqueado, a minha
perna em volta dele tensa, e seu quadril se moveu mais e mais rápido entre o meu.
— Inacreditavelmente bonita — ele rosnou.
Eu virei os meus olhos meio abertos para ele, o seu rosto mais escuro, com os olhos
tão quentes que eu pensei que a cama iria entrar em combustão, e ele estava certo.
Beleza inacreditável.
Não eu.
Ele.
Seu polegar pressionou mais profundo, circulou mais rápido, enquanto seus
quadris bombeavam com mais força, e eu sussurrei com urgência: — Shy.
— Vem sem mim, querida. Desta vez eu quero ver.
Livre para fazer o que ele pediu, eu fiz e foi espetacular.
Foi só quando eu acalmei que o polegar dele me deixou. Ele nos rolou, então ele
estava de costas, eu estava montada nele, e ambas as mãos enquadrado minha cabeça,
movendo-a para que ele pudesse olhar para mim.
— Leve-me lá — ele ordenou asperamente. — Eu quero ver você se mexer em mim.
Sem demora, querendo dar-lhe o que ele queria, sentei-me e dei-lhe o que ele
pediu. Fiz lentamente no início, em seguida, mais rápido, mais forte, minhas mãos
movendo-se em seu peito, meus olhos nunca deixando seu rosto, minha excitação
crescendo novamente enquanto eu via a dele crescendo também, em seguida, suas mãos
em meus quadris me puxaram para baixo, mantendo-me cheia dele, e ele veio.
Enquanto ele sentia o seu orgasmo, eu deixei-me cair nele, peito com peito, meus
dedos flutuando acima de sua pele, a minha boca em seu pescoço, minha língua sentindo
seu gosto.
Ele fechou os braços em volta de mim e me deu um beijo na minha testa. Sua
cabeça endireitou, eu empurrei meu rosto em seu pescoço, e nós ficamos ali por um
tempo, em silêncio.
Eu não sabia o que Shy estava pensando, mas eu tomei esse tempo para saborear os
últimos 45 minutos. Então, eu tomei ainda mais tempo saboreando minhas partes
favoritas. Uma vez que todas as partes eram boas para saborear, isso levou algum tempo.
Depois disso, minha mente mudou-se para o meu dia, pós-café com dois irmãos
fodões.
A boa notícia foi que meu apartamento era meu novamente. Eles ainda não tinham
colocado nenhum anúncio, por isso eles ficaram felizes por eu assinar outro contrato.
A má notícia é que eles esperavam que eu assinasse um contrato de locação de
doze meses. Fiquei triste com isso, mais ou menos. Eu precisava de um lugar para ficar por
agora e, com o meu trabalho no ar, eu estava presa onde eu estava, em vez de procurar
apartamento e explicar como eu pagaria o aluguel, uma vez que eu não tinha rendimento.
Dito isso, eu senti que talvez fosse hora de passar para algo um pouquinho melhor, e se
eles mudassem o contrato para mês – a – mês e eu tivesse o meu emprego resolvido, eu
teria a oportunidade de fazer isso num futuro não muito distante.
Shy não estava de acordo com isso, de jeito nenhum.
Embora eu tivesse pedido a Shy um tempo para resolver os meus assuntos, o que
daria tempo aos irmãos para se entrosarem sem o meu ouvido atento, Shy se recusou a dá-
lo a mim. Isso meio que me assustou, porque ele me irritou e eu fui confrontada mais uma
vez, em menos de vinte e quatro horas com o jogo de cintura que eu tinha de ter com um
motoqueiro.
Pelo menos era o que eu pensava até Shy me explicar.
— Esperei por você durante quatro anos, Tabby, baby. Quatro. Passei muito desse
tempo pensando que eu nunca ia te ter. Agora eu tenho você, há menos de um dia, eu não
estou contente em deixar você ir. Dê-me isso, por agora, sim? Faça suas chamadas daqui.
Era doce, bem como amoroso, então eu aceitei.
Nós rapidamente atingimos outra zona de perigo, quando ele me ouviu falar ao
telefone sobre o aluguel.
Eu sabia que ele não estava gostando do que estava ouvindo quando ele puxou
meu telefone da minha mão, e murmurou para ele: — Ela vai ligar de volta — então
desligou e olhou para mim.
Sentindo a pressão aumentar na minha cabeça a esta manobra, eu abri minha boca
para, digamos, talvez, gritar, mas ele antecipou-se para falar.
— Um contrato de locação de doze meses não vai acontecer. Seu lugar é ok, mas
apenas ok — declarou. — É muito pequeno, não estou entusiasmado com o bairro em que
está, e isto funciona, querida, nós estamos indo viver juntos e de forma alguma é grande o
suficiente para nós dois. Eu não vou esperar um contrato de locação de doze meses. Eu
não vou aguentar com o que eu não quero por doze meses. E eu não quero você em um
lugar que não é bom o suficiente por doze meses. Então, você não está ficando lá por doze
meses. Diga-lhes de mês para mês. Se eles vacilarem, eles lidam comigo.
Eu não gostava disso, mas para não discutir com ele na frente de seu irmão, eu fiz
como me foi dito. Eles vacilaram. Shy ouviu, pegou o telefone de mim novamente, eu olhei
para ele, em seguida, olhei para o seu irmão sorridente que estava a par de tudo isso, já
que estávamos de volta na casa de Shy, e então eu o escutei tentar argumentar com eles.
Isso não funcionou então Shy disse no telefone. — Certo. Você estará me vendo em
trinta minutos e eu sugiro que você tenha esse tempo para pensar realmente a sério sobre
essa decisão.
Então ele jogou o meu telefone para mim, murmurou: — Estarei de volta — e saiu
antes que eu pudesse dizer uma palavra.
Olhei para a porta que se fechou atrás dele querendo saber como ele iria saber
como encontrar o meu senhorio.
Então, eu olhei para a porta tentando convencer-me de que isto não tinha
acontecido.
Então, quando eu percebi que de fato tinha acontecido, eu empurrei a vontade de
jogar algo na porta.
Então, eu soquei o meu telefone e liguei para Shy.
Fiz isso várias vezes.
Ele não respondeu por 45 minutos e quando o fez, sua saudação foi: — Consegui
mês a mês, querida. Diga para Lan te levar em seu caminhão. Estou fazendo bifes hoje à
noite na sua casa. Encontre-me no King Soopers na Colorado Boulevard.
Então, ele desligou na minha cara.
Yep. Desligou. Na. Minha. Cara!
Aparentemente, ele usou seus caminhos de motoqueiro fodão para encontrar o
meu senhorio e fez um braço-de-ferro conseguindo um contrato de aluguel mês a mês.
Embora, isso fosse o que eu queria, contraditoriamente, a maneira de Shy fazer isso
acontecer (especificamente a minha não participação nisso), não me fazia feliz.
Lan não falou até que eu estava bufando em seu caminhão. — Deixe-o fazer o que
ele tem que fazer.
Eu mantive a minha boca fechada e olhos na janela lateral.
— Tabby, sério, me escute. — Lan continuou. — Ele é meu irmão mais velho e
muito tempo atrás, ele lançou-se no papel de protetor e ele é bom no que faz. Ele era
assustadoramente capaz de apanhar com merda e de dá-la, desde que ele pudesse me
impedir de fazer qualquer um dos dois. Ele gosta dessa porcaria. Deixe-o fazer isso.
Eu não gostava de como isso soava, mas deixei essa parte para lá. Eu falaria com
Shy sobre isso mais tarde.
Em vez disso, eu me virei para olhar para Lan. — Ele não pode sair por aí
ameaçando e intimidando todo mundo na minha vida para me dar o que eu quero ou o
que ele quer que eu tenha.
Lan sorriu para mim e respondeu alegremente: — Claro que pode.
Eu olhei para ele.
— Aposto que o seu pai faz essa merda — Lan continuou. Meu pai fez, para mim,
Rush, Ty-Ty, qualquer um de seus irmãos e qualquer um com quem ele se importasse.
Deus.
Eu estava ferrada.
No caminho para o King Soopers, decidi deixar isso pra lá e lutar outro dia. Hoje
precisava ser um bom dia para todos e de qualquer maneira, mês a mês era bom para mim
e eu duvidava que Shy tivesse agredido o meu senhorio com uma faca, então eu decidi
que tudo está bem quando acaba sem derramamento de sangue.
Compramos mantimentos. Comemos bifes. Bebemos cerveja. Lan foi embora para
ficar na casa de Shy. Expliquei a Shy que enquanto ele estava fora aterrorizando meu
senhorio, eu liguei para o hospital e descobri que já tinha sido anunciado o meu cargo,
então se eu o queria de volta, teria de candidatar-me.
Sua resposta foi: — Eles vão escolhê-la, baby.
Então ele me escolheu, enquanto me pegou e me carregou para o quarto.
Começamos fazendo o amor que nos levou ao agora.
Eu quebrei o silêncio com um suave. — Você… na minha cama.
Fechei os olhos quando Shy apertou os braços em volta de mim e fiquei assim, mas
ele não disse nada. Então, novamente, a coisa do braço disse tudo.
— Estou contente com a volta do seu irmão — eu murmurei em sua pele, e ele me
deu outro aperto.
— Eu também.
— Foi muito legal como ele surpreendeu você — eu apontei.
— Sim — ele concordou.
Puxei uma respiração. Então eu disse: — Apenas para ficar registado, antes de sair
para brincar de motoqueiro fodão em algo que me afeta, eu preferiria que nós
conversássemos sobre essa coisa que me afeta em primeiro lugar. Havia outras maneiras
de resolver o problema de hoje. Se decidíssemos que mês a mês era o caminho a percorrer
e que eles não quisessem, eu poderia ter ficado com meu pai e Tyra ou Natalie até que a
minha vida voltasse ao normal e eu achasse um lugar que eu gostasse ou, se estivéssemos
a esse ponto nesse momento, encontraríamos um lugar que queríamos.
— Meu caminho foi mais rápido e com menos dor de cabeça, respondeu ele.
Merda, ele tinha razão.
Eu suspirei.
Seu corpo tremia, eu sabia que ele estava rindo silenciosamente, mas eu ignorei
isso.
Em seguida, ele murmurou. — Deslize de mim, Tabby, mas faça-o lentamente. Eu
gosto assim.
Isso me deu um arrepio, mas em vez de deslizar para fora, eu pensei no porquê de
ele precisar que eu saísse, que era para que ele pudesse ir ao banheiro e lidar com o
preservativo.
— Estou tomando pílula — eu disse-lhe calmamente.
Seus braços me deram outro aperto, mas este me pareceu reflexivo, então eu
levantei para olhar para ele.
Então eu puxei de outro fôlego e comecei com cuidado. — Antes, você tinha…?
Ele não me deixou terminar.
Ele rapidamente me cortou com outro aperto de seus braços, a pressão não aliviou,
antes que ele declarasse com firmeza. — Sempre.
— Então podemos…?
Mais uma vez ele me interrompeu para pedir gentilmente — Deslize, querida.
Eu segurei seus olhos um pouco, então concordei e deslizei para fora, lentamente,
observando o rosto dele enquanto eu deslizava, o que me disse, eloquentemente, que ele
gostava da sensação tanto quanto eu.
Depois de deslizar ele fora de mim, ele me rolou de costas, se inclinou para beijar
meu peito e, em seguida, a parte inferior do meu queixo, então ele me deu um sorriso sexy
e saiu da cama.
Até ele passear de volta para o meu quarto nu, eu estava de pé ao lado da cama e
tinha um par de lingeries, mas ainda tinha que chegar à camisola. Eu não tive a chance de
localizar uma antes de Shy me ter de volta na cama com ele em cima de mim, com o rosto
sério.
— Certo, vamos fazer isso rápido e esperemos que não doloroso — começou ele
ameaçadoramente. — Durante três meses, tem sido apenas Rosalie. O mês antes disso,
ninguém. Eu não menti, querida, sempre cuidadoso. Sempre. Mas, eu vou fazer o teste
para que você saiba que eu não estou dando-lhe nada, a não ser eu quando formos só você
e eu sem nada no meio. Vamos aguardar os resultados e, em seguida, vai ser só você e eu.
Você está bem com isso?
Eu estava, totalmente. Foi muito além do que eu esperava que ele fizesse sem eu
mesmo pedir e isso me fez sentir segura em mais maneiras do que saber que fazer amor
com ele seria seguro.
— Obrigado, Shy — eu sussurrei.
— De nada, Tabby — ele sussurrou de volta.
Eu sorri.
Shy me beijou.
Dez minutos depois, minha calcinha tinha desaparecido.
Duas horas mais tarde, passei por cima de Shy, saciada, exausta, relaxada como se
tivesse me livrado de tudo.
E feliz.
Ele só parou para fazer amor comigo.
Capítulo 11
Carne e Unha
Ficamos no bar para mais cervejas, jantar e dez jogos de bilhar. Ganhei quatro, Shy
ganhou seis. No entanto, a aposta que tinha travado desta vez foi muito mais interessante
e me incluía chupá-lo regularmente.
Desde que eu fiz isso regularmente e já gostei, isso não foi uma dificuldade, e eu
não iria admitir isso para ele, mas eu perdi o último jogo propositadamente.
Eu estava pensando em dar-lhe o seu prêmio quando ele nos deixou em meu
apartamento, meus pensamentos tão agradavelmente ocupados que eu não percebi que a
luz da cozinha estava acesa. Eu, também, não percebi Shy parar de repente até que eu
esbarrei nele.
— Shy, querido, o que? — Eu comecei, dando um passo para o lado e seguindo o
seu olhar para a cozinha.
O que eu vi me fez parar como uma estátua.
Kane Allen, meu pai, estava sentado em um banquinho do bar.
Eu era a sua filha, mas meu pai era quente de uma forma que até eu sabia que ele
era realmente quente. Cabelo escuro salteado com um pouco de prata. Um cavanhaque
estilo motoqueiro fodão, que era muito comprido no queixo e que também tinha alguma
luz nele. Ele me deu os meus olhos, azul safira, dele, eu sabia, podiam ser quentes ou
perfuradores. Ele tinha um grande corpo que seus genes bons mantinham em forma, já
que ele com certeza não malhava e bebia e comia o que queria. Ele também tinha linhas
que saiam de seus olhos que eu amava, porque elas se aprofundavam quando ele ria.
Ele não estava rindo agora.
Ele tinha seus calcanhares no degrau mais alto do banco do bar, suas pernas bem
abertas, cotovelos nas suas coxas, uma garrafa de cerveja segurada firmemente em ambas
as mãos e os olhos em nós.
Ele sabia. Eu sabia que ele sabia pela sensação na sala e do olhar em seu rosto.
Ele sabia.
Oh Deus.
— Pai. — Eu comecei, dando dois passos em direção a ele.
— Pete me disse. — Ele me cortou, e seu tom de voz me fez parar quieta. — Minha
filha não me disse. Pete veio aqui ontem de manhã para uma visita, viu Shy sair. Viu vocês
dois se sugando na moto do Shy. Pete deixou passar uma noite, imaginando se ele devia
me dizer. Então, ele me disse.
Respirei e abri minha boca para dizer alguma coisa, mas meu pai chegou lá antes
de mim.
— Mentiu para mim. Mentiu para Tyra. Para seu irmão. Para meus irmãos. — Seus
olhos se moveram para perfurar Shy. — Seus irmãos.
Meu sangue gelou e eu comecei. — Nós simplesmente…
— Mentiram — meu pai cortou, colocando a garrafa de cerveja ao lado das três que
já estavam em cima do balcão, indicando que ele tinha estado lá por um tempo e, em
seguida, ele se endireitou do banco, os olhos voltando para Shy.
— Ela é minha filha cara, porra.
— Eu estou ciente disso, irmão — Shy disse em um ruído surdo.
— Eu entendo isso, então o que eu não entendo é o que… porra é essa? — Papai
respondeu, com a voz baixa e muito assustadora.
Isso não era bom.
— Pai, por favor, deixe-me explicar por que…
Suas sobrancelhas subiram e seus olhos cortaram para mim. — Você mentiu. Eu
disse que, Tab, muito tempo atrás, se você fizesse essa merda de novo, você não iria gostar
das consequências. — Ele olhou para o chão. — Agora você tem as consequências. — Ele
começou a andar e seu olhar mudou-se para Shy. — Você também.
Ele parou perto de Shy, quase nariz com nariz, e continuou falando.
— Minha filha, meu irmão. Não é legal. Você sabe disso. É por isso que você
escondeu. Não pense por um segundo que esta merda vai passar. Irmão, eu estou
completamente na sua cola. Se você fode qualquer coisa, por menor que seja, eu vou
passar por toda essa merda para pôr… você… para fora.
Eu respirei tão forte que queimou, o corpo de Shy estremeceu e vi meu pai passar
por nós, direto para a porta.
Shy virou-se para ele.
Então ele abriu a boca e abalou minha mente.
— Tack, irmão, eu estou apaixonado por ela.
Meu pai já tinha a porta aberta, a maior parte do corpo para fora dela, mas ele
virou-se e apontou seus olhos em Shy.
Ele não escondeu seu desgosto.
— Irmão, você não sabe o que é o amor.
E com isso, ele se foi.
Olhei para a porta, muita coisa acontecendo para processar tudo.
Então, tudo deslizou no lugar, a única coisa que aconteceu foi que a prioridade me
atingiu como uma bala, e eu me virei para o rígido Shy, que também estava olhando para
a porta, o músculo saltando em sua mandíbula.
— Você me ama? — Eu sussurrei.
Ele virou-se lentamente para mim e o músculo em sua mandíbula continuou
contraindo até que seus olhos se prenderam nos meus.
— Você perdeu aquele cara, e então você encontrou a força para seguir em frente.
Saiba disso, Tabby, eu perdendo você, passariam sessenta anos para resolver os meus
sentimentos. Eu sei isso no meu pau. Eu sei isso dentro de mim. Eu sei isso no meu
coração. Eu sei isso no fundo de minha maldita alma.
Oh, meu Deus.
Oh, meu Deus!
Lágrimas encheram os meus olhos e eu fiquei congelada, olhando para a beleza do
magro, alto, motoqueiro fodão bonitão.
— Seu pai só atirou para baixo e eu só lhe expliquei. — Shy afirmou quando eu não
disse nada. — Agora é o momento de compartilhar, Tabby.
— Eu te amo — eu sussurrei.
— Bom, mas não diga essa merda para mim a um metro de distância. Vem aqui,
porra.
Eu me lancei em um pé, dei um passo e voei pelo ar.
Shy, assim como ele estava fazendo há algum tempo, me pegou.
Eu envolvi minhas pernas em volta dele e olhei para baixo em seus belos olhos
verde.
— Eu te amo — sussurrei de novo.
— Bom — ele sussurrou de volta, com a mão deslizando para cima do meu
pescoço, no meu cabelo. Ele puxou meu rosto para ele e me beijou.
E ele continuou a fazê-lo até que ele me deitou na cama.
Ele só parou para fazer amor comigo.
Capítulo 13
Não Mais Um Lar
Eu corri minha língua até a parte inferior do pau de Shy e estava prestes a colocar
minha boca em volta da ponta quando ele me cortou. Eu, de repente, fui transportada até
o corpo dele. Ele nos rolou e quando ele me teve nas minhas costas, a cabeça dele surgiu,
os olhos dele segurando os meus, ele deslizou lentamente dentro de mim.
Meus olhos abriram metade fechados e meus lábios se separaram.
Shy moveu-se, lentamente, seus golpes carinhosos de amor. Um dos antebraços na
cama, a outra mão surgiu para enquadrar o lado da minha cabeça. Moveu o polegar ao
longo do meu couro cabeludo, e seus olhos seguraram os meus enquanto ele fazia amor
comigo.
Eu puxei minhas pernas para trás, joelhos dobrados, e ele deslizou no fundo.
Enquanto minhas mãos moviam sobre sua pele, levantei minha cabeça para ter sua boca, e
ele não me fez trabalhar para isso. Ele me deu sua boca, enquanto ele mantinha
lentamente, docemente, maravilhosamente me tomando.
Após o meu beijo, seus lábios deslizaram abaixo da minha bochecha no meu
ouvido onde ele sussurrou. — Amo você, Tabby.
Oh sim.
Eu pressionei o interior das minhas coxas em seus quadris, envolvi meus braços
apertados em torno dele e sussurrei em seu ouvido. — Amo você também, Shy.
A boca dele mudou-se para abaixo da minha orelha e ele murmurou contra a
minha pele. — Tudo para mim.
Deus, Deus, eu amava meu rapaz.
— E você é tudo para mim — eu respirei, então de repente, do nada, veio por cima
de mim. Feroz e enorme, gritei e afundei meus dentes na pele de seu pescoço.
Ele continuou me tomando através do meu clímax e quando eu terminei, ele
levantou seu tronco do meu, dando potência para bater seus quadris em mim. Deslocou
sua mão sobre minha bochecha, dedos flutuando sobre minha boca, então até meu
maxilar, meu pescoço, meu peito, onde foi enrolado em volta do meu seio.
Enquanto isso, seus olhos nunca deixaram meu rosto.
Ele era, simplesmente, lindo.
Seus golpes aprofundaram, ficando mais rápidos, seu rosto escureceu, e eu sabia
que isto estava construindo para ele, então levantei as mãos e corri as pontas dos meus
abaixo do seu abdômen liso. Seu polegar deslizou sobre meu mamilo, enviando arrepios
através de mim, e minha língua saiu para molhar meu lábio superior.
— Deslumbrante — ele rosnou, bombeando mais rápido, mais forte.
— Yeah. — Eu concordei sem fôlego.
Não eu.
Ele.
Incrível.
— Foda — ele resmungou, e eu sabia que ele estava perto.
Eu estava certa. Sua cabeça arremessou para trás, mas seus quadris continuavam
batendo, ainda mais forte. Ele continuou empurrando, enquanto eu assistia sua cabeça cair
para a frente e os dentes dele afundarem em seu lábio inferior e, falando sério, olhando
para ele gozar quase me levou lá novamente.
Finalmente, ele dirigiu profundo, ficando lá e desabou em cima de mim.
Eu peguei seu peso alegremente, meus braços rodeando ele, segurando-o perto.
Ele não me fez aguentar muito tempo. Ele mudou para um antebraço e respirava
pesadamente no meu ouvido.
Finalmente, como sua respiração equilibrada, sua mão, ainda enrolada no meu seio
e esmagada entre nós, deslizou até o meu pescoço. Ele levantou a cabeça e olhou para
mim.
— Gosto quando você goza comigo, Tabby — ele disse gentilmente.
Eu sabia que ele gostava. Ele tentava me fazer segurar toda vez a menos que ele
estivesse com ânimo de assistir. Normalmente, eu poderia gerenciar isso, embora eu tinha
que admitir que, às vezes eu falhava.
— Bem, eu não tive controle sobre isso, chefe — eu respondi calmamente. — Foi de
repente, mas, dito isto, às vezes eu gosto de assistir também.
Ele sorriu, inclinou a cabeça, tocando sua boca à minha e levantou, ainda sorrindo.
Então ele perguntou: — "Chefe"?
— "Chefe Motoqueiro" é muito prolixo.
Seu sorriso largo atingiu o nível de sorriso e, em seguida, ele observou. — Você
sabe, sem preservativos significa que não tenho que puxar meu rabo para fora da cama
depois de apenas gozar forte e lidar com isso. Eu vou ser preguiçoso.
Ele estava brincando.
Isto era bom e ruim. Bom, porque ele estava obviamente em um humor suave,
independentemente do que aconteceu naquele dia. Ruim, porque eu tive a sensação que
ele estava procurando por esse humor suave, mantendo-nos agarrados a nós e somente
nós, então ele não teria que pensar sobre o que se passou.
— Você poderia ser um cavalheiro e puxar o rabo da cama de qualquer maneira a
fim de obter uma toalhinha e cuidar de mim — sugeri, e algo quente e fenomenal moveu-
se através dos olhos dele, mesmo quando seus quadris deram um pequeno empurrão e
seu rosto ficou mais perto do meu.
— Você quer que eu faça isso? — Ele perguntou.
Estava sendo irreverente, indo com o humor dele, mas de repente, eu queria que
ele fizesse isso. Tipo, muito.
— Yeah — eu sussurrei.
Seu rosto chegou mais perto, então ele podia me beijar, molhado e profundo.
Então, ele levantou a cabeça para ver meu rosto, enquanto deslizava lentamente para fora.
Dei a ele uma exibição que eu suspeitava que era muito parecido com o que ele me deu
quando eu estava deslizando dele para fora de mim. Então, ele se inclinou, beijou meu
peito, a parte de baixo do meu queixo, e ele rolou para fora da cama.
Eu mudei para meu lado, enrolada, e olhei ele caminhar para o banheiro. Eu fiquei
onde eu estava, então poderia assistir ele voltar.
Ele subiu na cama, estabelecendo-se do lado dele na minha frente e ordenou
suavemente. — Prenda sua perna sobre meu quadril, baby.
Eu fiz como ele me disse. Seu corpo deslocou levemente, mas seus olhos nunca
deixaram meu rosto, e senti a toalhinha quente entre minhas pernas.
Isso era bom.
Eu sabia que isso registrava no meu rosto quando ele se inclinou para mais perto.
— Você gosta disso.
Isso foi uma afirmação.
Meus quadris pressionaram em sua mão. — Yeah.
Sua cabeça deslizou mais perto ainda, seus lábios atingiram os meus, e sua língua
deslizou em minha boca. A toalhinha movia entre minhas pernas, então Shy mudou de
alguma forma e não havia nenhuma toalhinha, apenas seus dedos entre minhas pernas.
Ele deslizou um dedo dentro e eu gemi em sua boca, meus quadris se contorcendo. Eu
gemi novamente, quando seu dedo deslizou para fora e escorregava suavemente sobre
meu clitóris antes disso e a toalhinha tinha desaparecido.
Ele levantou seus lábios dos meus. — Eu volto, doçura.
Eu segurei seus os olhos e assenti.
Seus lábios curvaram e ele rolou fora da cama.
Continuei deitada lá, felizmente, observando-o sair e voltar, mas desta vez, quando
ele deslizou no meu lado, acomodou-se em suas costas. Puxou-me sobre ele, assim meu
peito estava no peito dele, minha bochecha foi para seu ombro, meu rosto em seu pescoço,
e seu braço estava em volta de mim, colocando a mão no meu traseiro.
— Nós estamos fazendo isso o tempo todo — ele declarou, e eu sorri.
— Funciona para mim.
Seus dedos no meu bumbum apertaram.
Eu puxei em uma respiração e segui meus dedos ao longo do seu ombro oposto.
— Você está bem? — Eu perguntei.
— Saudável ou doente, eu não vou pensar nisso agora, — ele respondeu
instantaneamente. — Acabei de gozar. Apenas compartilhei algo especial com a minha
garota. Você está nua em mim. Vou pensar sobre isso. O que acontecer, vai acontecer. Eu
vou lidar com isso depois.
— Ok — eu disse suavemente.
Seu outro braço envolveu em torno de minhas costas.
Eu procurei outra coisa para falar, e algo veio à minha mente, que eu gostaria de
perguntar a ele desde que mencionou sua avó dias atrás. Essa pode não ser a melhor
jogada de conversação, mas pelo menos não era uma conversa do que estava acontecendo
no Chaos.
Ainda, eu solicitei primeiro. — Posso te perguntar uma coisa?
— Qualquer coisa — ele respondeu imediatamente, e eu sorri em seu pescoço.
— Pode não ser divertido, — eu avisei tranquilamente e seus braços me deram um
aperto.
— Nem sempre vai ser divertido, baby. Pergunte de qualquer maneira.
Eu assenti, minha bochecha deslizando contra sua pele, então eu perguntei. — Por
que você não foi para seus avós depois que seus pais morreram?
Seu braço em torno de minhas costas subiu, os dedos dele enredando no meu
cabelo, então em seguida espalhando através antes dele responder.
— Não sei. Mamãe e Papai fizeram provisões. Eles escolheram o meu tio. Eu acho
que eles não sabiam que meu tio era fraco ou eles nunca teriam nos deixado com aquilo.
Mamãe não tinha irmãos ou irmãs. Seus pais eram divorciados. Vovô vivia em Wyoming.
Mãe cresceu lá até que seus pais se divorciaram, e Vovó as mudou para Denver, porque
ela encontrou um emprego aqui. Vovó era legal, ela também estava por perto, levava Lan e
eu para jantar, sair á toa. Nós nunca compartilhamos como era ruim porque éramos
crianças. Nós não sabíamos como e quando nós poderíamos, o estrago já estava feito. Dito
isto, acho que ela sabia que as coisas não eram boas, porque ela estava por perto tanto
quanto poderia estar. Meu avô também era legal. Ele não estava por perto, tanto, porque
ele estava em Wyoming. Mas ele veio, me deu minha primeira moto no meu décimo
quarto aniversário, uma moto de trilha. Ele também me deu minha primeira Harley,
comprada de terceira mão de um amigo, consertada, teve um amigo para ajudá-lo a levar
para mim. Eu ainda sou próximo dos dois, mesmo que ele ainda esteja em Wyoming e ela
se mudou para o Arizona, há alguns anos. Os pais do meu pai se mudaram para
Califórnia, quando estava na faculdade. Nós não os víamos tanto e ainda não vemos.
— Até que você mencionou seus avós no outro dia, eu nunca tinha ouvido você
mencioná-los. — Eu tomei nota.
— Não há nenhuma razão para isso, doçura. Eles apenas nunca vieram. — Ele
envolveu um braço ao redor dos meus ombros e ofereceu. — Você chegar a época que
você pode pegar uma folga, eu vou levá-la para conhecer meu avô. Ele vai gostar de você.
— Isso vai ser legal, — respondi-lhe suavemente.
— Talvez, se Lan puder conseguir um tempo, podemos ir todos para o Arizona
neste inverno. Escapar do frio. Ver vovó.
Eu sorrio novamente. — Isso vai ser legal também.
— Isto é um plano, — ele murmurou.
Yeah, era sim.
Eu pressionei mais perto, tomei uma respiração profunda, em seguida, disse o que
eu tinha a dizer para tirá-lo fora do caminho. — Você não quer falar sobre isso, não vamos.
Eu estou só dizendo, eu vou ter uma conversa com o papai.
Ele fechou seus braços apertados em volta de mim e me cortou, dizendo. — Tabby,
baby, olhe para mim.
Levantei minha cabeça para olhar para ele e vi seus olhos sérios comigo.
— Ele precisa decidir, como meu irmão, se ele confia em mim. Não você jogando
na cara dele e colocando-o sob pressão, não você levando tempo para explicar
racionalmente. Tomei a decisão que eu queria participar. Aproximei-me deles. Quando eu
fiz, coloquei-me lá então, antes que eles me deixassem entrar, eles sabiam tudo sobre mim.
Eu fiz meu tempo como um recruta. Eu faço a minha parte na loja e na oficina. Eu recebo
ordens quando eles vêm e nunca os questionei. Quando recebo a ligação, eu tomo as costas
de um irmão e nunca pergunto isso também. Eu não dei-lhes uma razão para me
questionar. Eu entendo a posição do seu pai. Também sei que ele tem que ter sua merda
junta, pensar nisto como um irmão, bem como um pai e tomar a decisão certa. O que eu
disse hoje no Complexo é a mais honesta verdade de Deus. Não me tornei um membro do
Clube para ter alguém me dizendo como viver a minha vida. Então, isso é uma coisa de
irmão, Tab, e, é uma merda se você não gosta disso, mas é como tem que ser.
Eu estive nesta vida por toda a minha vida, eu conhecia o suficiente para saber que
isso era verdade, então assenti.
Shy continuou. — Além disso, ele tem que aceitar o fato de que sua única menina
está toda crescida e ele tem que dar-lhe a liberdade para viver sua própria vida. O que ele
está fazendo para mim não é legal. Eu tenho deixado ele com raiva. Ele pensou que
estávamos escondendo pelas razões erradas. Mas, o que ele está fazendo para você é pior
ainda. O que ele precisa entender é que agora existem partes da sua vida que não são da
conta dele. Eu não sou um pai. Não sei como é sentir soltar-se de uma criança dessa
maneira, especialmente sua única garota. O que eu sei é, que agi por suposições sobre
merda sobre você anos depois do acontecido, foi errado e… justificado… Eu te perdi.
Agora, ele está fazendo a mesma porra de coisa, sete anos depois que aconteceu, e ele tem
a noção que você não é aquela garota puxando merda, porque as coisas com a tua mãe
estavam extremas. Você é uma adulta tomando decisões sobre seu futuro, e você tem que
decidir quando você vai compartilhar.
Essa era a maldita verdade.
— Você está certo — eu concordei.
— Yeah — ele respondeu calmamente.
— Ok, eu vou deixar acontecer — eu cedi e seus lábios curvaram enquanto os olhos
dele ficaram suaves e seus braços me deram um aperto.
— Obrigado, baby.
Eu sorri para ele. Então, inclinei minha cabeça para o lado e perguntei: — O que foi
aquilo com Hop no Complexo?
Seus olhos seguraram os meus, ele esperou uma batida e, então compartilhou. —
Hop está pegando Lanie.
Eu pisquei.
Lanie era a melhor amiga da Tyra. Lanie foi quem perdeu seu noivo quando toda
aquela coisa maluca veio abaixo, e eventualmente teve Tyra sequestrada e esfaqueada.
Lanie mudou-se para Connecticut para lamber suas feridas depois que Elliott, noivo dela,
foi morto e Lanie foi baleada. Ela fez isso até que Tyra voou para lá, deu-lhe um pouco de
honestidade, e então Lanie mudou de volta.
Lanie era alta, esguia e deslumbrante modelo. Ela também fez um monte de
dinheiro, ela comandava sua própria agência de publicidade, era pura classe, e poderia ser
(frequentemente) drama puro.
O que ela não era, de qualquer forma, era o tipo do Hop.
— Você está brincando comigo — eu respirei.
— Não. Eles estão escondendo isso também. Não sei por que, mas sei que nem
Tack nem Cherry sabem merda nenhuma. — Ele sorriu. — Não é o mesmo que estar
transando com uma das filhas do irmão, mas eu imagino que eles estão escondendo isso
por uma razão. Também, o que eles tiverem não anda suave. Ouvi-os indo para dentro do
quarto dele no Complexo. Estava no corredor quando vi sua caminhada de atitude,
chateada com tudo, Hop rasgando atrás dela, não parecendo nem um pouco mais feliz. Ele
me viu, então ele sabe que eu sei. Tivemos uma conversa, ele me disse para manter isso em
segredo, eu não disse merda nenhuma.
— Eu… Eu não sei o que fazer com isso — disse a ele. — Lanie tem estado com
qualquer um desde aquele cara Elliott?
Shy sorriu e respondeu. — Eu não sou uma das vadias dela, então eu não tenho
ideia. Só sei que ele a teve em sua cama um tempo.
— Oh Deus — eu sussurrei. — Ty-Ty poderia surtar.
— Não sei por que, ele é um cara legal — Shy comentou.
Hop era um bom rapaz. Eu o amava. Todo mundo amava.
Mas, ele também tinha uma ex, Mitzi, e quando ela se tornou a ex dele, a coisa ficou
feia. Eu não era um dos seus irmãos, então eu não sabia por que, mas isso ficou tão feio
que não foi difícil perder.
— Ele é um bom irmão — esclareci. — O que se passou com Mitzi foi bagunçado.
Tão bagunçado, que ninguém deixou escapar isso e definitivamente não Tyra, vendo como
ela trabalha lá.
— O que se passou com Mitzi foi merecido por Mitzi. Ela era uma dor na bunda
dele — Shy retornou.
— Shy — comecei, meu corpo enrijecendo.
— Tabby — ele me interrompeu. — Você sabe, algumas merdas com os meninos,
eu não vou partilhar. Só sei isto, uma mulher não trata os homens como nós, como Mitzi
tratou Hop. Elas fazem, elas se encontram onde Mitzi está agora.
Eu o estudei, então perguntei. — Isto foi ruim?
— Ruim o bastante para ele vadiar por ai, — ele confirmou, e eu suguei em uma
respiração, chocada com esta notícia.
Hop foi um bom irmão. Como já mencionei, Hop também era um bom rapaz. Eu
gostava dele. Ele tinha suas imperfeições, todos tinham. E, não era inédito de que alguns
dos homens poderiam fazer o que eles quisessem com quem quisessem mesmo que
tivessem uma senhora em casa.
Mas, eu não achava que Hop era assim.
— Hop vadiando?
— BeeBee — Shy grunhiu, e suguei outra respiração.
BeeBee não tinha estado ao redor por muito tempo, mas manteve-se o fantasma de
BeeBee, tal era o poder de BeeBee. Eu tinha sido muito jovem quando ela costumava
pendurar no Chaos, mas já tinha a visto por aí e eu sabia que ela era uma tiete de
motoqueiro.
Sua missão, levantada como parecia, era colecionar cada membro do Clube, tornar-
se um entalhe na cama deles, quanto mais entalhes, melhor.
As senhoras a detestavam. Não era como se o Chaos não tivesse tietes de
motoqueiros, mas elas sabiam o seu lugar e sabiam o lugar que uma senhora ficava e os
dois nunca se encontram. Dito isso, eu tinha estado em suficientes churrascos de porco no
rolete para ver BeeBee comunicando-se com os olhos, e às vezes com a boca dela, ela tinha
tido um homem de uma mulher. Meu palpite era, desde que a lista de posse de BeeBee era
longa, as senhoras engoliram e isto nunca voltou para seus homens. Infelizmente, isto
poderia ser a maneira com moto clubes, e senhoras aprenderam quando manter a boca
fechada.
Isso foi até BeeBee bater de frente com Ty-Ty. Isso meio que me deixou enojada de
saber que meu pai foi lá (embora, admitidamente, ela era linda com um corpo fabuloso,
vagabunda apenas) e a partir do argumento que ouvi Tyra ter com meu pai, ele e BeeBee
tinham estado juntos antes do tempo da Tyra, mas, mesmo assim.
Papai descobriu que BeeBee sequer olhava para Tyra, muito menos dizia palavras
para ela (que ela fez), enviou papai sobre a borda.
A saída de BeeBee.
Para sempre.
Ela também foi o exemplo que Shy jogou na minha cara no caminho de volta,
naquela noite que ele foi um idiota para mim. Nada daquela noite foi agradável, embora
isto estava acabado e eu não estava indo de volta para lá. No entanto, lembrei-me
claramente dele mesmo sugerindo que eu estava indo para o caminho de BeeBee, era uma
ferida que marcou fundo.
Na expiração, eu respirava. — Oh meu Deus.
— Yeah. Ainda acho que aquele jogo estava fodido, mas quando isso aconteceu
Hop e Mitzi estavam dando um tempo, um tipo ruim, o tempo que eles tiveram apenas
antes do inferno vir abaixo e Hop terminou com Mitzi para melhor. Começando por
BeeBee, quem poderia cheirar essa merda como ninguém. Porque Hop levou Mitzi de
volta, não sei. Só sei que ele não a levou de volta por muito tempo antes que isto estivesse
realmente acabado.
— Eu não tenho certeza se qualquer coisa disso é bom, — eu disse a ele.
— Eu também não tenho, — ele concordou e, em seguida seus olhos cresceram
intensos em mim. — Do que eu tenho certeza, é de que não é da porra da conta de
ninguém.
Isso, eu sabia, era muito, muito verdadeiro.
Os braços dele me deram um aperto e sua voz ficou suave quando ele me lembrou.
— Você tem trabalho amanhã, e não sabemos o que o dia vai trazer. Vamos fechar os
olhos.
— Yeah — eu sussurrei então deixei cair minha cabeça para tocar a minha boca à
sua.
Quando levantei, ele me rolou ao lado dele e alcançou um braço por cima de mim
para apagar a luz. Ele se estabeleceu e me puxou perto.
Eu aconcheguei mais perto.
Eu estava prestes a entrar na terra dos sonhos quando isso me atingiu.
E, embora perto do sono, o que me atingiu, Shy tinha que saber.
— Você fez isso, — disse, minha voz calma e sonolenta.
— Fiz o quê, doçura?
— Hoje, no Complexo, o que você disse, você fez isso.
— O que, baby?
— Eu sonhei um sonho.
Seus braços tremeram.
Eu espalhei para dormir, murmurando. — Você prometeu me levar a um sonho,
você me levou a um sonho. Obrigada, querido.
Então peguei no sono.
Shy
A boca de Shy trabalhava entre minhas pernas, minhas costas à esquerda da cama,
meus calcanhares cavados em suas costas, eu afundei meus quadris em seu rosto e gozei
forte.
Ainda gozando, encontrei-me no meu estômago, meus quadris estavam lançados
para cima, e o pau do Shy dirigiu para dentro de mim.
— Novamente, Tabby, mão entre suas pernas, — ele rosnou, suas mãos no meu
quadril, me puxando para trás enquanto empurrava para a frente e me tomou.
Eu ainda estava gozando, mas eu gerenciei para ter minha mão entre as minhas
pernas. Eu gemia nas almofadas ao meu toque e seus golpes.
Oh Deus, isso era brilhante.
— Empurre para cima baby, quero seus seios, — ele ordenou.
Eu empurrei para cima, ele continuou dirigindo profundo mesmo enquanto sua
boca atingia meu pescoço e suas mãos cobriam meus seios. Então, seus dedos fizeram
coisas para os meus mamilos que me fez perder o fôlego e meu corpo inteiro estremecer.
— Espere por mim, — ele gemeu.
— Shy, de jeito nenhum — eu arfei.
Ele dirigiu-se para cima e para dentro, ressoando contra meu pescoço enquanto
seus dedos torciam meus mamilos. — Espere. Por. Mim.
— Oh Deus — eu gemia, esfregando para baixo. — Rápido.
Ele começou a empurrar.
Oh Deus.
— Você está perto? — Eu respirei.
— Chegando lá, — ele murmurou.
Ele continuou empurrando, seus dedos trabalhando os meus seios.
— Querido, você está perto? — Eu implorei.
— Foda — ele gemeu no meu pescoço. — Dê isso para mim, Tabby.
Graças a Deus.
Eu deixei ir e dei para ele, minha cabeça voando para trás, batendo no ombro dele
enquanto sua boca fechava sobre a pele do meu pescoço e o senti chupando profundo.
Isso deixaria uma marca.
Eu fui para baixo e senti sua respiração contra a minha pele enquanto ele fazia
também.
Então, eu levantei minhas mãos para as dele que agora estavam só me segurando,
enroladas nos meus seios.
— Foi incrível — eu respirei.
— É sempre incrível — ele murmurou.
Ele estava certo, e fiquei agradecida em saber que ele sentia o mesmo.
Minhas mãos moveram-se com as mãos dele, enquanto uma delas deslizou até
enrolar em torno do meu peito e a outra deslizou abaixo entre minhas pernas, onde ele
ainda estava enterrado no fundo.
— Amo você, Shy Cage — eu sussurrei.
— Amo você também, baby, — ele sussurrou de volta.
Depois do dia anterior, eu não sabia o que esse dia ia trazer.
Apenas sabia, seja lá o que viesse, começou bem.
Shy
Shy ficou de pé na calçada e viu Tab sair para trabalhar. No minuto em que ela
começou a dar a volta, voltando-se para dar-lhe um aceno, ele empurrou seu queixo para
ela, esperou por sua atenção de volta para a estrada, então seus olhos moveram-se para o
homem na moto em frente ao estacionamento que ele tinha visto no minuto que tinha
descido com Tab.
Felizmente, ela não reparou.
Shy ficou onde estava e cruzou os braços no peito enquanto ele assistia Tack jogar
uma perna por cima de sua moto e ir em direção a ele.
Não foi até que ele parou a um metro de distância quando Shy falou. — Isto vai
ficar feio, ou você pode conter sua merda para que possamos fazer isto no apartamento de
Tab?
Tack segurou seus olhos então disse calmamente. — Nada feio, irmão.
Shy ergueu seu queixo, virou e abriu o caminho subindo as escadas para o
apartamento de Tabby.
Ele moveu-se em cinco passos, virou para Tack e olhou ele fechar a porta.
— Isto poderia ser legal — ele começou no minuto que Tack se virou para ele, — se
podemos manter as coisas bem enquanto Tab tem seus negócios. Você sabe mais do que
eu, que ela não era próxima da avó, mas ela ainda está sentindo isso. Não tive a
oportunidade de falar com ela sobre isso, mas também está sentindo o fato de que sua mãe
apareceu para compartilhar isso ontem, mas em vez disso ela deixou para se lançar em
Tabby. Você também sabe que ela tem outra merda em mente. Você, eu, o Clube. Um
último favor que eu vou te pedir é que não a faça sentir aquilo até que ela termine de
sentir isso.
Ele viu a boca do Tack ficar apertada antes que o homem falou.
— Você não tem que me pedir essa merda.
— Não iria pensar assim até a merda que você vem puxando. Agora, sinto que eu
tenho que perguntar — respondeu Shy.
A boca do Tack ficou apertada novamente.
— Nós estamos bem nisso? — Shy incitou quando Tack não disse nada, e Tack
empurrou seu queixo. — Bom — ele terminou em um murmúrio.
— Esta outra merda, irmão, temos que ter palavras — Tack declarou.
— Você disse suas palavras, Tack. Você tem outras palavras, eu vou ouvir. Mas,
marque bem, eu tenho ouvido cada palavra que você disse nos últimos quatro dias.
— Eu acho que você me entendeu — Tack retornou.
— Oh sim, eu te entendi. — Shy concordou.
Tack estudou ele. Então, tranquilamente, ele declarou. — Ela é minha única filha,
cara.
— E ela é a única mulher que eu tenho amado, Tack. — Shy atirou de volta
instantaneamente.
— Estou vendo isso — Tack murmurou, seus lábios se contraindo.
Shy não encontrou um caralho de coisa divertida, então ele cortou. — Bem, irmão,
finalmente.
— Eu fiquei chateado pra caralho quando eu disse aquela merda para você sobre
não saber o que é amor — Tack, explicou.
— Sei disso — Shy retornou. — Também sei que quatro dias se passaram desde
que você tomou isso de volta.
— Três dias se passaram, antes que você me mostrasse que você andou pelas suas
próprias pernas, não apenas falou por falar — retrucou Tack.
Porra, ele teve que dar-lhe isso.
Shy não disse nada.
— Você me conhece. Ela me conhece. Você sabia a maneira como eu reagiria e é por
isso que vocês dois esconderam essa merda de mim — Tack continuou.
— Yep. — Shy confirmou. — E você me conhece, irmão, e, por respeito por você,
você sabe que eu jamais, não porra, nunca iria lá com Tabby a menos que fosse real.
Entendo a sua reação. Eu apenas não entendo que dias se passaram e você não parecia
entender porque poderíamos mudar para gerenciar isso.
— Ontem, Tyra explicou algumas coisas para mim. — Tack compartilhou.
— Emocionante, irmão — Shy respondeu, e os olhos de Tack estreitaram.
— Você está perdendo isso — ele avisou-me baixo, — mas eu estou acenando uma
bandeira branca aqui, Shy.
— Eu não estou perdendo merda nenhuma — Shy reprimiu. — Isso não foi
perdido em mim, desde que eu estava lá porra, vendo sua amiga Natalie atacar ela sobre
nós e, sério, cara, aquela mulher tem uma boca grande. Não foi fácil não jogar seu rabo
para fora pelo jeito que ela falou com a minha mulher, mas Tabby sentiu que era hora da
porra de uma intervenção, então ela não ia me deixar, porra. Eu estive lá também, lidando
com a preocupação de que sua amiga não retornou uma única ligação que ela tinha feito e,
irmão, ela ligou para aquela vagabunda todos os dias para suavizar as águas e ela não teve
nada. Eu também estava lá para ouvir meu irmão dando merda para ela, testando-a para
ver se ela estava em recuperação daquele rapaz e me usando.
Os olhos da Tack brilharam, mas Shy estava longe de terminar.
— Eu estava lá, assistindo-a tomar a merda do irmão dela quando ele ligou porra, e
colocou nela também. Eu estava lá, assistindo a preocupação dela porque você e sua
mulher não iriam falar com ela. E eu a vi ficar chateada e em sofrimento ontem, quando
ela viu o que você estava fazendo para mim e ela estava paralisada, dividida entre seu
homem e sua família. Honestamente? Eu não dou um caralho para o que você ou qualquer
membro decida fazer comigo. O que quero saber é que você está botando minha mulher
através da porra de uma batalha um ano depois de ela passar a porra de outra batalha e,
irmão, eu não concordo com isso. Assim, acene sua maldita bandeira branca, mas se Tab
não te entender, eu não entenderei você.
Os olhos de Tack ficaram intensos, mas seus lábios estavam a tremer novamente
quando ele murmurou. — Ela vai me entender.
— Eu suspeito que ela vai — Shy concordou. — Você é um ato difícil de
acompanhar. Felizmente, quando eu tive minha chance de beleza, eu tive um pai de
sangue que me mostrou o caminho com a maneira que tratava a minha mãe, e um irmão
de colete que me mostrou o caminho com a maneira que trata a família dele e sua senhora.
Até recentemente — Shy afirmou, e viu a mandíbula de Tack ficar dura, então ele sabia
que o homem não perdeu seu significado. — Então, tive que improvisar — finalizou.
Tack relaxou o maxilar para compartilhar. — Seu ponto está feito, irmão.
— Bom.
— Você não tem uma família, uma filha. Quando você tiver, você vai entender —
Tack continuou.
— Espero pra porra que eu vou — Shy disse a ele e assistiu sua cabeça saltar com
surpresa, e ele não escondeu muito sua expressão de dor paternal. O pensamento de sua
menina como uma mulher era claramente algo que ele não tinha processado muito,
mesmo que uma vez ela tinha sido noiva.
Então, Shy abaixou a voz dele e lembrou-lhe. — Ela não é mais sua garotinha,
assim não. Ela sempre pode ser sua garotinha em algumas maneiras, irmão, mas não desse
jeito. Você me deu a chance, eu deveria ter dito isto é sólido. Nós começamos e isso era
amizade. Não foi o que eu queria, isso era o que ela precisava, então eu dei a ela. Nós
construímos em cima disso. A fundação é colocada e é do tipo que detém rápido. É isso,
irmão. Nós estamos vivendo juntos. Em breve, nós podemos fazer isso, nós estaremos nos
mudando para a porra de um lugar melhor, então posso proporcionar para ela um lar
decente. Eu vou colocar meu anel no dedo dela, vou dar a ela bebês, e quando ela for
colocada para descansar, aquele anel que dei a ela ainda estará no dedo dela. Vejo que
você está aceitando isso agora, então você precisa disso tudo e aqui está. Eu fazia parte de
um "nós" e eu estava feliz. Algum filho da puta matou meus pais e tirou isso de mim,
então a vida me obrigou a me tornar nada mais que a mim. Agora eu sou um "nós"
novamente, e isso é o que eu vou ser com minha mulher e a família que nós faremos até o
dia que eu morrer, porra.
— Cristo, Shy — Tack sussurrou.
— Acho que agora você está me sentindo totalmente, porra.
A cabeça de Tack inclinou para o lado. — O Clube não é um fator para isso?
— Você sabe que você que é minha família, Tack, mas não me venha com merda.
Você sabe exatamente do que estou falando e você também sabe, você a encontrou, você
vai desistir de qualquer coisa para mantê-la. Você andou através de balas para fazer
apenas isso, e quando você andou por aquela saraivada de tiros, irmão, você não estava
pensando em Tab ou Rush ou o Chaos MC. A única coisa em sua mente era Cherry. Então,
eu também sei que você entende o que o Clube significa e, quando se trata de Tabby, você
me entende.
Tack segurou os olhos de Shy.
Então, ele disse calmamente. — Eu queria isso para ela. Aquele outro cara era um
bom homem, mas eu não poderia saber, o jeito como ele foi criado, se ele pudesse dar isso
a ela e eu queria apenas isso para ela.
— Então, você tem sorte, isso é o que ela eventualmente encontrou — Shy
respondeu instantaneamente.
Tack novamente segurou os olhos de Shy. Então, ele empurrou seu queixo e
declarou: — Acho que vamos ver se Tabby me entende, então eu e você podemos fazer as
pazes, irmão.
— Yep — Shy respondeu, e os lábios de Tack contorceram-se novamente.
Ele virou-se para a porta, abriu, em seguida, voltou para Shy e compartilhou. —
Para ser honesto, embora achasse que o negócio com Tab acima do Clube fosse blefe. A
maneira que se aborreceu com a mãe dela, eu soube.
— Rush ou você fala com aquela vadia, eu aconselharia reiterar a minha
mensagem, porque não estava brincando, porra.
Outro retorcer de lábios, então. — Eu acho que ela entendeu, irmão. Não sei se
alguém perdeu isso.
— Isso é bom, porque Tab não está realmente deprimida pela mãe dela, mas eu
acho que ela não gostaria do que eu planejei.
— Provavelmente não — Tack resmungou então seus olhos travaram em Shy. —
Tenho que dizer isso, meu dever, você sabe disso sem eu falar as palavras mas, você tem
uma garota, você vai entender.
— Diga — Shy convidou.
Os olhos de Tack continuaram travados em Shy duas batidas então ele disse
calmamente. — Faça ela feliz.
Shy segurou seu olhar como, pela primeira vez na porra de meses, ele começou a
respirar mais fácil.
Lá estava isso. Tack apenas deu isso.
Sua benção.
Shy pegou isso empurrando seu queixo para cima.
Foi então, Tack fora em linha reta, sorriu meio segundo antes de ele desaparecer
atrás da porta.
Shy sugou em uma respiração.
Ele deixou sair, murmurando. — Jesus.
Então, ele puxou seu telefone para ligar para seu irmão.
— Eu estou bem, Lan, obrigada. É legal você estar disposto a vir, mas eu vou ficar
bem. — Shy ouvia Tab, que estava enrolada no sofá ao lado dele, a cabeça na sua barriga e
falando ao telefone com o irmão dele. — No entanto, se você quiser vir, Shy adoraria ver
você e eu prometo, eu não vou cozinhar. Restaurantes e comida para viagem.
Shy sorriu.
Lá estava isso.
Ela era boa.
— Certo — ela sussurrou. — Obrigado, Lan. Quer falar com o Shy novamente? —
Pausa, então. — Ok, eu vou dizer para ele. Até mais tarde. — Ela tocou a tela, levantou a
cabeça e olhou para ele. — Lan disse que vai te ligar mais tarde.
— Legal — murmurou Shy.
Ela jogou o telefone para a mesa de café, estabeleceu-se novamente com a cabeça na
sua barriga e apontou os olhos para a TV.
Sua namorada levou a queda dela esta manhã, mas, como era a sua maneira, Chaos
como um todo amorteceram a aterrisagem.
Não surpreendentemente, não haveria nenhum votação. Shy atendeu ligações após
ligações de irmãos que queriam fazer as pazes. Ele não os fez trabalhar muito pesado. Se
fosse só ele, ele estaria a pensar sobre as coisas. Mesmo o respeito e lealdade a Tack e
assim, de uma forma distorcida, Tabby não tirou o fato de nem um único deles cobrir suas
costas. Certo agora, ele precisava ser suave para sua garota. Tempo poderia passar e eles
novamente iriam ganhar a confiança dele.
Ou não.
Tab tinha resolvido as coisas com o pai dela, e quando ela ligou para Shy para lhe
dizer que ela tinha falado com Tack, parecia que durou cerca de cinco segundos antes que
estava tudo bem. Ele não ficou surpreso com isso. Ela amava seu velho homem, e ele levou
a conversa com o compartilhamento, ele não tinha perdido tempo e tremulou a bandeira
branca com Shy. Shy tinha dito a Tack que ele estava bem se Tab estivesse bem. Ela estava
bem porque Shy ia estar.
Ela tinha falado com seu avô e explicou que ela não podia sair do trabalho. Ele
também, tinha sido legal, pediu a agenda dela e disse-lhe que ele iria planejar o funeral
quando ela tivesse dois dias de folga. Shy e Tab iriam voar para o funeral e voariam de
volta no dia seguinte.
Ela encontrou Cherry para um drinque após o trabalho e que também foi bom.
Novamente, não foi uma surpresa. Ele sabia que Cherry não tinha nela em ser uma vaca,
guardar rancor ou foda-se com uma coisa boa. E ela e Tabby tinham uma coisa boa.
A única pessoa que ela não tinha feito as pazes foi com o irmão dela, o Rush. Ele
ligou várias vezes e ela não tinha atendido as ligações dele. Isso foi uma surpresa.
— Vou vê-lo no funeral e lidar, então — ela tinha murmurado.
Era tempo, Shy decidiu, para empurrá-la para lidar com a situação com o Rush.
— Baby, você tem que ligar para seu irmão.
Ela levantou sua cabeça da sua barriga, torceu o pescoço e olhou para ele. — Shy…
Ele colocou a mão em sua bochecha. — Você perdeu um familiar, os dois. Não
deixe isto apodrecer.
Ela segurou seus olhos uma batida, duas e, em seguida, sussurrou sua admissão. —
Ele disse coisas sobre você.
— Não dou a mínima, porra. Ele repete e não supera a merda como todo mundo
está fazendo, você tem um caso para ter raiva e rancor. Agora, os dois perderam sua avó.
Ele não tem uma mulher. Ele só tem uma irmã. Por Deus, honestamente, minha garota vai
resolver isso com ele agora?
Ela lambeu os lábios.
Ele a puxou para tocar sua boca na dela.
Quando ela levantou a cabeça para fora dele, ela tinha um sorriso sexy de gato que
teve seu creme.
— Você resolve essa merda agora, deliberadamente, não é? — Ele murmurou.
— Na verdade, não, mas é uma boa ideia, — ela respondeu, ainda sorrindo.
Ele ignorou seu sorriso sexy e olhou nos olhos dela. — Rush — era tudo o que ele
disse.
Ela segurou o seu olhar. Então, ela murmurou. — Oh, tudo bem.
— Ligue para ele — ele ordenou.
Ela revirou os olhos e resmungou. — Certo, ho, chefe.
Ele sorriu e, em seguida, ele a revirou de costas no colo dele e pegou a boca dela,
deixando-a agarrando seus ombros e ofegante quando ele levantou a cabeça.
Os olhos dele foram para a marca que colocou em seu pescoço naquela manhã,
então para os olhos dela.
— Desliga o telefone, você pensou que o dia começou bem, eu vou te dar um final
que você não vai acreditar.
— Prevejo meu telefonema de perdão para o Rush uma duração de trinta
segundos.
Shy soltou uma gargalhada. Quando ele parou, ele viu que ela estava sorrindo para
ele.
E isto o atingiu.
Tudo isso.
Acordar com ela. Ir para a cama com ela. Fazer amor com ela.
Comendo com ela. Rindo com ela. Beijando-a. Indo às compras com ela, e quando
ela estava em uma loja e vagava afastada, ele viu seu olhar sobre as prateleiras,
procurando por ele, e quando ele veio a ela em suas costas, ela tinha voltado para ele,
parecendo perdida e inclinando-se para ele no segundo que ele chegou lá, de repente
encontrada.
Jesus, ele tinha isso.
Todas as coisas.
— Eu nunca sonhei nenhuma porra de sonho — ele sussurrou, e o sorriso
desvaneceu-se de seu rosto enquanto lágrimas encheram os olhos dela.
Ela o compreendia.
— Shy…
— Nunca sonhei com isto, vi isto, esperei meu tempo, e então você me deu.
— Shy — a voz dela quebrou em seu nome.
Ele olhou nos seus olhos azuis, nadando com lágrimas, sentindo seus dedos
apertando nos seus ombros, seu peso no colo dele, o cheiro do cabelo dela, o gosto dela
ainda na sua língua.
Yeah, ele tinha isso, porra.
Quando ele tinha doze ele perdeu isso.
Agora ele tinha novamente.
Todas as coisas.
Tudo.
— Liga para seu irmão — ele murmurou. Ela puxou uma respiração através de seu
nariz, em seguida, assentiu com a cabeça.
Ela, então, levantou e tocou sua boca na dele, uma das mãos a deslizar para o seu
cabelo assim quando ela puxou de volta, ela segurou-o ao lado da cabeça dele.
— Amo você, querido — ela sussurrou.
— Amo você também, doçura.
Ela sorriu um sorriso vacilante e saiu de seus braços, enquanto rolava fora do colo
dele.
Ele escutou ela fazer as pazes com seu irmão.
Quando ela terminou, ele desligou a TV, pegou a mão dela, guiou para o quarto e
deu-lhe o que ele prometeu. E o dia terminou exatamente como ele pretendia que fosse.
Inacreditável.
Capítulo 15
Sorte
Um Mês Depois…
Eu fiquei lá fora no frio, com uma cerveja na mão, ao lado de um tambor de aço
cheio de fogo emitindo uma onda de calor. Eu senti um braço deslizar ao longo dos meus
ombros e ergui minha cabeça bem a tempo de ouvir Landon reclamando. — Jesus, Tab, o
que está acontecendo? Isso é como uma festa hippie, em um baile de gala.
Meus olhos seguiram para o alvo e vi Lanie e Hop, não muito escondidos pelos
degraus que levavam ao escritório que estavam nos fundos, mas na maior parte escondida
pela escuridão da noite de novembro. Ela parecia glamourosa, como de costume, seu
cabelo brilhante, escuro e espesso brilhava mesmo com o fogo e holofotes distante. Eu
estive com ela mais cedo e vi que estava vestida de forma casual para Lanie, vestindo
jeans, mas sua bota cara assassina, camisa elegante, e a pashimina enrolada em seu
pescoço gritava classe.
Hop, por outro lado, estava normal, calça jeans (que ainda parecia boa para ele),
uma camisa preta surrada, uma jaqueta de couro preta com a insígnia do Caos nas costas.
Seu cabelo escuro era longo demais e caia em seu rosto, e seu bigode grosso de
motoqueiro fodão que corria através de seu lábio e abaixo dos lados da boca dele
precisavam de uma aparada. Algo que, conhecendo Hop por anos, eu sabia que ele não ia
se importar, tendo uma dama elegante em sua cama ou não. Isso poderia ser no dia
seguinte. Isso poderia ser no próximo mês.
Eu os observei enquanto conversavam, então Hop, de repente, agarrou Lanie e eu
prendi a respiração quando ele a beijou, quente e forte.
Eu tenho que admitir, ela resistiu.
Por cerca de cinco segundos.
Então, jogou seus braços em volta dos ombros dele, ele a levou ainda mais para as
sombras, torcendo o tronco e eu não consegui ver nada além do indistinto emblema Chaos
em seu colete, e eu sabia que eles estavam indo para lá.
Meus olhos dispararam ao redor do pátio da Ride, onde estávamos para comer o
porco assado e beber na confraternização do Chaos. A parte do agito viria em cerca de
meia hora depois de o porco ser dizimado e haveria mais garrafas circulando que copos
plásticos sendo cheios nos barris. Avistei meu pai, seus olhos presos nas escadas e, assim
que focaram em Lanie e Hop, eles se estreitaram.
Uh-oh.
Meu olhar se moveu, e eu localizei Tyra falando com a mulher do Dog, Sheila, e ela
estava de costas para o casal.
Shooo.
— Eu não sei querida, mas pensando bem há coisas que até Deus duvida — Lan
murmurou, e comecei a rir.
Através do meu riso, eu o vi sorrindo para mim.
Eu continuei rindo mesmo quando senti algo quente batendo no meu ventre, meus
olhos desviaram dele e eu vi Shy há 15 metros de distância, de pé com Boz, Roscoe, e Bat,
olhando para mim, seus lábios curvados para cima, seu rosto iluminado pelos holofotes,
feliz.
Seu irmão e a namorada estavam se entendendo e apenas com algo tão simples
como isso, tudo estava certo no mundo de Shy Cage.
Sabendo disso, pode-se dizer que tudo estava bem no meu também.
Basta dizer que, Landon tinha sido fiel à sua palavra. O tempo que levou para eu
provar para ele que poderia confiar em mim com seu irmão não foi muito grande.
Aconteceu logo depois que o inferno desabou no Chaos.
Quanto a mim, eu sabia que iria me apaixonar pelo irmão do meu homem quando
Shy, Rush, e eu fomos ao Aeroporto Internacional de Denver para voar para o funeral da
minha avó, e Lan estava no portão. Shy não tinha dito uma palavra, provavelmente
porque ele sabia que eu ia tentar convencê-lo a fazer Landon desistir de tirar um tempo de
sua vida e dinheiro para comprar um bilhete de avião, para estar comigo durante o que os
irmãos Cage achavam que era minha hora de necessidade. Vendo Lan lá, eu fiquei
chocada.
Lan simplesmente me deu um abraço e murmurou em meu ouvido. — Família
cuida de família.
Isso foi legal e tudo, mas voar para o Arizona para assistir ao funeral de uma
mulher que ele não conhecia e, obviamente, já que ela estava morta, eles nunca se
conheceriam? Durante o funeral entendi por que ele estava lá, quando eu descobri o que
os irmãos Cage tinham arranjado.
Isto foi, enquanto Rush e eu tentávamos nos segurar e Shy me deu seu apoio, Lan
não perdeu tempo em sua abordagem com a mãe. Eu não sei o que ele disse. Eu só sabia
pelo olhar no rosto dela enquanto ele estava dizendo isso, que ela o ouviu. Ele ficava perto
dela o tempo todo que eu estava em seu espaço, na casa funerária, no túmulo, e no vovô
depois.
Sua mensagem era clara: Não tenha ideias sobre ser uma cadela para Tabby (e que
ela faria, era a maneira da mãe, mesmo no funeral de sua mãe). Você faz qualquer coisa, eu
pego você. Vendo que ele não era exatamente pequeno, mas ele era, obviamente, um
fodão, mamãe, que podia perder a dica mais evidente, não perdeu a mensagem de Lan.
Portanto, eu suportei o funeral da minha avó sem ter de aguentar a minha mãe ser
uma cadela. Ela nem sequer teve a chance de lançar um olhar mal-intencionado para mim.
Ela ficou bem longe.
Aquilo me fez ficar bem com Lan, mas eu não sabia o que o fez ficar assim comigo.
Eu só sabia que eles tinham me deixado entrar. Quando ele ligava para o Shy, ou ele
estava falando com ele e eu estava por perto, ele pedia para ele passar o telefone e nós
ficávamos conversando. Não muito e nada muito sério, mas amigável, quente e doce. E
agora que ele estava aqui para o fim de semana, ele brincou, fez piadas, tudo genuíno,
tudo real, nada forçado, nada falso.
Eu sabia que Shy adorava isso.
E eu também.
A parte boa dessa terrível visita ao Arizona foi que Shy e Lan tiveram a chance de
ver a avó deles. Nós a convidamos para jantar. Eu a amei de imediato. Isso aconteceu
porque ela estava fora de si de alegria com a chance surpresa para passar o tempo com
seus garotos e ela não escondeu. E foi também porque ela flertou audaciosamente com
Rush. Foi engraçado. Ela era engraçada, e outra coisa que ela não escondia era que ela viu
que Shy me amava e me levou para a família imediatamente. Minha avó morrer foi
horrível, mas, tinha que ser dito, ganhar a avó de Shy foi incrível.
— É bom ouvir você rindo, Tab. Você tem estado quieta — Landon observou. Eu
dei um sorriso tímido e, em seguida, olhei para o irmão.
— Eu estou bem.
Sua cabeça inclinou para o lado e seus olhos pegaram os meus. — Mesmo?
Dei de ombros, mas seu braço não me deixou.
— Só merda no trabalho — eu admiti.
— Dr. Cabeça de Pau — afirmou com conhecimento de causa.
Para sua informação, motoqueiros não são taciturnos. Eu soube disso a minha vida
inteira. Eles estão na vida para ser quem eles são e fazer o que eles querem e que inclui,
para aqueles que sabem, dizendo o que diabos eles querem dizer, sempre que eles querem
dizer e para qualquer um que eles querem dizer. Embora, alguns podem ficar quietos,
introspectivos, ou misteriosos, a maioria deles colocam tudo para fora.
E eu sabia dele me contando e ouvindo-os falar que Shy contava tudo para Lan.
Portanto, não foi uma surpresa Lan saber sobre Dr. Cabeça de Pau, porque o Dr.
Cabeça de Pau não tinha se acalmado.
As fofocas, na sala de suprimentos, diziam que seu mau humor era porque a
esposa do Dr. Cabeça de Pau havia ligado e dado a notícia de que seu marido era um
traidor. Isso não saiu muito bem e o deixou dormindo no sofá em seu consultório, por uma
semana, enquanto ele encontrava um novo apartamento.
Para mim, isso significava que eu estava mais uma vez, por algum motivo
insondável, em seu alvo, e ele aumentou as maldades muito significativamente.
No início, eu compartilhei as desventuras de Tabby e Dr. Cabeça de Pau com Shy.
Agora, eu não faço mais. Ele estava chateado, e quanto mais eu falava, mais chateado ele
ficava.
Considerando-se que o meu senhorio simplesmente pressionou para ter um
contrato de locação de doze meses e Shy voou em seu rosto, eu não ia me demitir para
levá-lo para intervir com o Dr. Cabeça de Pau, algo que ele já prometera que faria.
Então, eu parei de falar sobre isso.
Basta dizer, todas as partes boas de Shy e eu construindo uma amizade em que nos
apaixonamos e começamos uma relação haviam terminado. Isso não era para dizer que as
coisas ainda não eram maravilhosas. Era só para dizer que a vida era a vida e nem tudo
era perfeito o tempo todo.
Por exemplo, Shy jogava as roupas por todo o chão, e isso me deixava louca. Eu
decidi falar com ele, mas então, depois de juntá-las e colocá-las no cesto, Shy desaparecia a
qualquer hora que eu fosse para a lavanderia.
Isso, eu decidi não aturar.
— Eu consegui um motoqueiro fodão que é ótimo para servir-me orgasmos e tem
um talento natural com doçura, ou eu consegui ser a serviçal de lavanderia sem
pagamento? — Eu perguntei irada a última vez que voltei da lavanderia e vi Shy em frente
à TV com uma cerveja.
— Não lave as roupas, baby — ele disse à TV.
Não para mim, para a TV. Ele não olhou para mim, e ele certamente não olhou para
o cesto que eu estava arrastando para dentro.
— Você tinha um feitiço mágico antes de mim que você poderia lançar sobre suas
roupas para deixá-las limpas? — Eu falei, despejando o cesto limpo, dobrado de roupa na
minha poltrona.
Seus olhos finalmente mudaram para mim. — Não.
— Então, alguém fez a sua lavanderia, porque suas roupas são usadas, mas elas
não eram imundas diante de mim.
Seus olhos ficaram cuidadosamente em branco antes de aconselhar baixinho. —
Não vá lá.
Oh Deus.
Eu fui lá e fiz plantando as minhas mãos em meus quadris e afirmando: — Suas
cadelas faziam isso para você.
— Disse-lhe para não ir lá. — Ele murmurou, os olhos indo de volta para a tela da
TV.
— Shy. — Eu chamei. Ele suspirou e olhou para mim. — Vendo como você está
aqui, suas roupas estão aqui, você dorme na minha cama todas as noites, volta para casa,
para minha casa todas as noites, estamos vivendo essencialmente juntos. Então, nós temos
que descobrir como fazer isso sem ficar me chateando.
— Tudo bem, doçura, mas como eu disse, eu não faço a lavanderia.
— Ok, chefe, o que você faz? — Eu atirei de volta.
— Nada! — Afirmou e eu pisquei, meus olhos se estreitaram, algo que Shy não
perdeu. Eu sabia disso quando ele avisou: — Não vou fazer essas coisas. Eu praticamente
caí no Complexo durante os últimos nove anos, então eu nem sequer cuidei de minha
própria casa. Aquela vadia que me criou depois que minha mãe morreu não fazia merda
para nós. Nós não só mantínhamos o nosso quarto limpo e lavamos a nossa própria roupa,
lavamos a sua roupa e limpamos a sua casa enquanto seus filhos sentavam em suas
bundas e assistiam TV. Então, eu me enchi de lavanderia e limpeza, e eu não pretendo
fazer qualquer porra de mais do mesmo. Vou levar o lixo para fora. Vou pegar os
mantimentos, já que você parece alérgica à mercearia. Eu estou de bom humor, eu vou
limpar a cozinha. Se tem algo que você quer que eu faça que não inclua lavar roupa ou
usar o aspirador, vamos conversar. Mas, querida, você pode ficar chateada, você pode
reclamar, você pode tentar doçura, eu não vou lavar roupa e eu não vou passar o
aspirador. Você entendeu?
Puxando o cartão da tia cadela de Shy se fazendo de Cinderela, infelizmente
funcionou, então eu respondi: — Tudo bem. Eu não gosto de abastecer, por isso seria legal,
quando você usa o carro, você abastece.
— Eu posso fazer isso. — Respondeu ele, os lábios se contraindo.
— E… — eu continuei, não gostando da contração dos lábios. — Colocar suas
roupas no cesto, e não no chão.
— Posso fazer isso também.
— E…
— Tab, desista enquanto você está na frente. — Ele me avisou.
— Não estou me sentindo na frente de nada ainda, querido. — Eu compartilhei.
— Eu abasteço o carro, troco o óleo, compro mantimentos, cuido do lixo e despejo
as minhas roupas no cesto. Pensando bem, eu também posso ficar com a maior parte da
cozinha. — Ele me lembrou. — Isso é o que você tem. Se você encher o saco, eu posso
despejar minhas roupas onde diabos eu quiser, na minha casa ou no complexo, e eu não
vou ter uma mulher na minha cara sobre isso.
Ele estava falando sério?
— Você está ameaçando me deixar? — Eu perguntei.
— Eu estou dizendo, desista enquanto é tempo. — Ele voltou.
— Então você está ameaçando ir embora. — Eu supus.
— Eu estou dizendo, você me quer aqui, você deve saber sobre o tipo de homem
que você escolheu. Eu coloquei-o para fora. É a maneira que é. Se você não gosta do jeito
que está, eu posso fazer arranjos alternativos.
— Portanto, ameaçando me deixar. — Eu terminei por ele.
— Ou você me quer como eu sou, querida, ou sim, eu posso encontrar um lugar
onde eu não tenho problemas.
— O que, só para sua informação, Shy, significaria eu ter uma casa sem o incômodo
adicional de limpeza por duas pessoas e lavar roupa de duas pessoas.
— Sim, querida, você também vai para a cama sozinha, sem ninguém para comer
sua boceta. — Ele respondeu.
Desde que quase fez minha cabeça explodir, eu decidi, porque ele não iria limpar
se fragmentos de cérebro e crânio fossem espalhados por toda a sala de estar, eu devia me
livrar da conversa.
Isso eu fiz, agarrando as alças do cesto, puxando fora, batendo a porta do quarto
atrás de mim, fazendo muito barulho enquanto eu arrumava a roupa, em seguida, me
tranquei no banheiro com meu celular.
Claro, eu engoli meu orgulho ligando para Ty-Ty e compartilhei com ela, por fim,
sobre Shy e minha briga.
Essa conversa não foi muito melhor.
— Tabby, querida… — ela começou, usando um tom cauteloso para me preparar.
— O seu pai não aspirou o chão nos anos em que estivemos juntos. Para ser honesta, eu
nem sequer pergunto. Kane Allen não é um homem que aspira chão.
— Bem, eu não sou você e Shy não é meu pai e eu não lhe pedi para aspirar o chão.
Estávamos negociando e ele me cortou antes que as coisas estivessem equilibradas e isso é
chato — eu disparei de volta.
— Não, você e eu não somos iguais, mas Shy é Tack mais novo, e eu sei que isso
não é o que você quer ouvir, mas ele também não está errado. Você viveu toda a sua vida
com seu pai e seus irmãos, querida, de modo que você também sabe disso.
Era ruim, mas era verdade.
— Amo você, Tabby. — Ela continuou em voz baixa. — E eu vou ouvir qualquer
coisa que você quer compartilhar comigo. Eu também vou ter uma mente para não
sobrecarregar com você. O que vou dizer é que há uma variedade de maneiras que seu pai
faz colocando-se com todo o seu extremo, uh… homem das cavernas. Você precisa refletir
e ver se Shy faz valer a pena.
Eu a entendi, embora eu meio que bloqueei algumas das partes que entendei.
Ela estava certa, é claro. Shy já fez valer a pena, é claro. Mas, eu era muito teimosa
para admitir a derrota (ainda), é claro.
Encerrei a chamada com Ty-Ty, liguei para Natalie (de novo), não obtive resposta
(de novo), e evitei Shy ficando no banheiro até a hora de dormir.
Ou, devo dizer, eu evitei Shy até ele perceber que eu estava evitando-o.
Eu sabia que ele percebeu, porque deixou isso claro ao caminhar no banheiro
enquanto eu estava escovando meus dentes. Suas mãos em meus quadris, ele me virou,
me levantou, me plantou sobre o balcão, tirou a escova de dentes da minha mão, e jogou-a
na pia.
Então, ele se inclinou para mim, com as mãos no balcão de cada lado de mim, e
ordenou: — Pare de ficar chateada. Você sabe que não dá a mínima se eu aspirar os
malditos pisos.
Sinceramente, eu não sabia. Rush costumava aspirar até que o fiz parar, porque ele
era uma merda nisso. Não era como se eu não soubesse que esse era o seu estratagema.
Era só que não valia a pena a dor de cabeça de cobrar que ele fizesse, quando eu podia
aspirar e ficar bem feito. E, eu descobri que não valia a pena a dor de cabeça porque eu
passei anos tendo a dor de cabeça de cobrá-lo, antes de eu ser inteligente, desistir, e acabar
fazendo isso sozinha.
Naquele momento, no entanto, eu tinha a boca cheia de espuma de pasta de dentes
e da face para salvar. Prioridades, eu torci, cuspi a espuma na pia e peguei a toalha de
mão, limpei a boca e joguei a toalha em cima do balcão.
Então eu olhei para ele e compartilhei: — Só para você saber, há realmente apenas
um tipo de motoqueiro. Ele pode compartilhar seus sentimentos, ou não. Ele pode foder
em torno de sua mulher, ou não. Ele pode festejar um pouquinho mais do que é saudável,
ou não. Mas, no fundo, um motoqueiro é um motoqueiro e eu sei que você é um
motoqueiro.
— Tudo bem, e…? — Ele parou quando eu me calei e não continuei, então eu
continuei.
— Há apenas um tipo de motoqueiro, Shy, mas existem três tipos de senhoras.
Uma permite que seu homem caminhe sobre ela. Uma se transforma em uma cadela como
mamãe ou Mitzi. E uma é como Tyra, que dá, mas também espera obter algo. Eu sou como
Tyra. Eu não sou Tyra, mas você deve saber, eu considerei as opções e escolhi esse plano
de vida de motoqueiros. Você não quer aspirar, eu não vou te obrigar. Mas, não me corte,
fazendo observações imbecis porque você já decidiu que a conversa acabou. Respeite-me
ou, sinceramente, eu te amo, você sabe disso, você significa o mundo para mim, mas isso
vai cavar fundo, apodrecer, e chegará um tempo em que eu não me importarei se suas
roupas estão no chão do Complexo.
Seu rosto mudou, eu prendi a respiração com a mudança enquanto ele rosnou: —
Nunca haverá um momento em que você não se importará se as minhas roupas estão no
chão do Complexo.
Um voto.
Absolutamente.
Não é uma desculpa, mas eu entendi e ia pegar isso.
Eu era inteligente o suficiente para não tripudiar.
— Certo, então, eu escovei os dentes, você não, então você está livre para comer
alguma coisa antes de ir dormir. — Eu declarei. Aquele olhar intenso deixou seu rosto,
seus olhos brilharam com o calor, então eu estava fora do banheiro, no quarto, joguei-me
na cama, minha calcinha estava desaparecida, e Shy comeu alguma coisa antes de ir
dormir.
A verdade era que eu usei a minha boca antes de finalmente cair no sono também,
mas felizmente para o que eu a usei não me daria nenhuma cárie. Além disso, antes de
adormecer, Shy provou que ele pretendia fazer valer a pena, e não foi por me dar dois
orgasmos (ou não foi só isso). Foi por murmurar direto antes de adormecer. — Só para
você saber, querida, o tipo de motoqueiro que eu sou não vai foder em torno de sua
mulher.
Outras mulheres poderiam pensar que não valeria a pena saber que ela era a
pessoa que limparia os banheiros, sem uma pausa para o resto de sua vida, mas funcionou
para mim.
Essa foi a pior briga que tivemos. Embora tivéssemos batido cabeças um par de
vezes, não era nada que me enviasse soltando fogo sozinha para o meu quarto. E, em um
esforço para continuar nesse ritmo, eu não compartilhava com Shy sobre Dr. Cabeça de
Pau.
Shy, como todos os membros do Clube, tem uma retirada mensal dos lucros da
Ride Carros Customizados e Motos, bem como das três lojas de autopeças, uma em
Denver, uma em Colorado Springs, e uma em Fort Collins. Os rapazes mexiam seus
traseiros fodões na loja trabalhando no balcão, nas prateleiras, manter o inventário, e
aqueles que, como Shy, que tinha as habilidades trabalhavam na oficina sobre os carros e
motos. Ninguém programado, mas tal era a fidelidade à irmandade, para não mencionar o
seu sustento, ninguém trabalhava por fora também.
A divisão dos lucros tinha uma porcentagem que variava se você era um membro
de pleno direito ou de um recruta.
Cada membro que se candidatava ao clube e aturava toda porcaria que os irmãos
os mandavam fazer, por quanto tempo eles decidissem que deveria durar. Chaos não
tinha regras, então não era como se eles se quando se candidatavam, eles enfrentavam seis
meses ou um ano e, depois disso, os meninos sabiam quando a tortura iria acabar, que eles
conseguiriam sua porcentagem, a tatuagem em suas costas, e eles poderiam ser
considerados fodões de pleno direito. Isso era em média seis meses ou menos, mas poderia
ser mais de um ano antes de os rapazes sentarem-se e votarem para aceitar um novo
homem no grupo.
E por porcaria que eles tinham que aceitar dos membros, eu quis dizer qualquer
coisa.
Qualquer coisa.
E qualquer coisa era realmente alguma coisa quando você vivia em um mundo de
motoqueiros.
Então, recrutas eram pagos porque eles também trabalhavam na loja ou na oficina,
mas eles recebiam menos.
O clube não fez nenhuma distinção sobre a remuneração de acordo com os termos
de adesão para os irmãos com plenos direitos. Embora, a divisão era para cima ou para
baixo de acordo com os lucros, segundo Shy, os controles triplicaram entre recruta e
membro. Os valores, mesmo nos meses mais magros, também não eram surrados.
Isso significava que, com Shy mantendo um apartamento de baixo custo e sem
comprar roupas, por cerca de seis anos, ele estava sentado em uma montanha de dinheiro.
Então, Shy, como todos os irmãos, fazia sua parte na loja e ele também trabalhava
na oficina. Até onde eu podia ver, ele praticamente fazia os dois de forma igual. Portanto,
ele não mantinha um cronograma, ele ia quando queria, chegava em casa quando ele
cansava do trabalho, mas ele estava na Ride muitas vezes.
Ele também fazia as coisas com os seus irmãos e para o clube durante o dia e, por
vezes, à noite, que ele não compartilhava comigo, e eu sabia o suficiente sobre a vida para
não perguntar. Não, é assim, nunca perguntar e, se ele quisesse que eu soubesse, ele iria
me dizer. Eu tinha ouvido a minha mãe e meu pai brigando o suficiente para aprender
essa lição.
Eu sabia que o clube estava limpo, papai lutou para deixá-lo dessa forma.
Mas, a regra de ouro para qualquer senhora de um Chaos era ter as costas de seu
homem quando necessário, estar ao seu lado quando necessário, não fazer perguntas a fim
de obter nenhuma mentira, e conhecer a bondade de seu homem superando as coisas que
ele pode precisar fazer para manter o clube prosperando. Se ela não seguir esta regra de
ouro, ela acabaria não sendo mais um senhora.
Em outras palavras, Shy estava por perto, passamos tempo juntos, conversamos,
fizemos amor, comemos juntos, assistimos TV juntos, mas Shy também tinha sua própria
vida, suas próprias coisas para fazer, e suas próprias coisas em sua mente então, não
compartilhar sobre o Dr. Cabeça de Pau tinha sido bem sucedido.
— Ele ainda ferra com você? — Lan perguntou, e eu me concentrei nos meus
pensamentos sobre ele.
— É o seu jeito. — Eu tentei disfarçar, mas seus olhos se estreitaram em mim.
— Melhor ou pior?
— Depende do dia, Lan. — Eu balancei minha cabeça. — É só ele. Ele faz isso com
todo mundo.
Embora, não tanto como ele faz isso para mim, eu pensava, mas não
compartilhava.
— Não é legal, você está quieta, fora do trabalho, em uma festa com o seu homem e
família, e está em sua mente. — Landon pressionou.
Ele não estava errado.
Ainda assim, eu dei de ombros novamente e murmurei: — É a vida.
Ele deixou cair o braço ao redor dos meus ombros e virou-se para mim.
— Tab, eu sei que você quer certificar-se de que não tem a reputação de ser volúvel
ou estar com problemas no trabalho, mas se um monte de gente está comendo merda com
esse cara, talvez alguém deveria fazer alguma coisa. Talvez você pudesse conversar com
alguns deles, a força em números, por isso não é apenas você rebolando sua bunda lá fora.
Isso, na verdade, não era uma má ideia.
Então, eu balancei a cabeça e respondi: — Vou pensar sobre isso. Eu sei que alguns
dos outros enfermeiros estão subordinados a ele, por isso vou conversar com alguns deles.
Testar as águas.
— Faça isso querida, mas você se demitindo por causa de coisas com Shy, mas
também porque você não poderia colocar-se com aquele idiota mais. Eu não sei se você
disse-lhes então, mas mesmo que você esteja errada, a vida é muito curta para essas
besteiras. Então, se você tem que procurar um outro trabalho, você o faz e não se
arrepende. Se eles fossem leais a você, eles não deixariam esse cara foder com a sua cabeça.
Então, você acabou de ser fiel a você, sim? Encontre algo que vá deixar você tranquila
quando você deveria estar se divertindo. Você me entende? — Completou sobre uma
questão delicada.
— Entendi Lan, obrigada. — Eu respondi.
Ele sorriu e, sério, quando Shy me disse que ele não tinha uma garota, eu pensei
que era um milagre.
Então, seus olhos vagaram por cima do meu ombro e parou.
Olhei por cima do ombro, vi uma loira peituda de quadris largos, cabelos
volumosos, fanática por motoqueiros dando uma olhada em Lan, e eu sabia que não era
um milagre. Ele era como seu irmão, perseguindo bundas, desfrutando de encontros, mas
eu suspeito que, quando ele se estabelecesse, ele iria encontrar maneiras de fazer o seu
homem selvagem acalmar.
— Certo, Tab, vou te devolver para o meu irmão. Tenho coisas para fazer. —
Afirmou.
Ah, sim, ele tinha coisas para fazer.
— Felizmente, Shy está na minha casa o tempo todo ou eu prevejo que precisaria
trocar os lençóis. — Eu murmurei por meio de um sorriso como Lan enganchou seu braço
em volta dos meus ombros e começou a me levar para o meu homem.
— Absolutamente. — Ele murmurou, eu olhei para ele e dei-lhe o meu sorriso.
Ele olhou para mim e sorriu.
Então, ele olhou para o irmão. — Sua garota precisa de companhia.
Seu braço caiu. Shy substituiu instantaneamente. Então, ele apertou os lábios no
topo do meu cabelo e me beijou. Sério.
Amo o meu homem. Lan ergueu o queixo, e eu incentivei: — Vá atrás dela, tigrão.
Ele me lançou outro sorriso, e Shy perguntou: — O quê?
— Landon está prestes a descobrir se ele está com sorte. — Eu compartilhei.
Os olhos de Shy foram para o seu irmão e os meu seguiram.
A menina estava piscando seus cílios para ele enquanto ele se aproximava. Lan
estava sorrindo para ela.
Algo chamou o canto do meu olho, eu virei minha cabeça e vi, nas sombras à beira
da folia, Hop arrastando Lanie para o Complexo. Ele tinha a mão dela na sua e estava,
definitivamente, arrastando-a, mas as botas de salto alto estavam se movendo em dobro e
ela não pareceu estar lutando.
Rapidamente, eu examinava a multidão e vi Tyra rindo com Big Petey, de costas
para o Complexo. Ela ainda não tinha a menor ideia do que estava acontecendo.
Mas, eu também vi meu pai, e eu sabia que ele sabia o que estava rolando, e ao ver
como ele estava seguindo Hop e Lanie com os olhos, a boca apertada. Eu sabia que o olhar
do meu pai não era de raiva, era impaciente.
Meu olhar voltou para as portas do complexo para ver que Hop e Lanie tinham
desaparecido lá dentro.
Eles manterem as coisas em segredo me confundiu. Ambos eram adultos com
consentimento, e, Lanie não era filha de ninguém ali.
Mas, naquele momento, eu percebi que torcia como o inferno que aquilo
funcionasse para eles, não importava como, mesmo que fosse claro que nunca daria certo,
afinal, Hop era um motoqueiro fodão e bruto e Lanie era chique e sofisticada.
Eu esperava isso, porque, depois de tudo que aconteceu com Lanie, ela ainda era
Lanie. Louca. Divertida. Mas, havia algo errado com ela que eu achava preocupante, e
sabia que Ty-Ty se preocupava com isso e meu pai também.
Além disso, eu não acho que ela tinha tido um único homem desde que ela perdeu
Elliott. Nem um. E já se passaram anos.
Para uma mulher tão bonita, louca, divertida, para não mencionar doce como
Lanie, isto era triste. Ela merecia um homem bom em sua vida que poderia fazê-la feliz.
E Hop era um homem bom, não importa como o seu rompimento com Mitzi foi
feio e o rolo com BeeBee. Eu o conheço há muito tempo. Eu sabia que ele nunca iria lá com
Lanie, sabendo quem ela era para Ty, se ele não tinha a intenção de fazer o bem por ela.
Além disso, como as boas mulheres, os bons homens mereciam felicidade. Então,
Hop merecia toda a loucura, diversão, doçura, beleza que Lanie poderia lhe dar.
Olhando fixamente para a porta do Complexo, enviei boas vibrações invisíveis
para duas pessoas com as quais eu me preocupava e torcia para que pudessem encontrar a
felicidade juntos.
E, é claro, que o que estavam fazendo não iria mexer com papai e Ty-Ty demais.
— Ele teve sorte. — Shy murmurou, tirando meus pensamentos de Lanie e Hop, e
trazendo a minha atenção de volta para Landon e a motociclista groupie colado um no
outro, e eu concordei mentalmente. Em seguida, os lábios de Shy vieram ao meu ouvido.
— Eu vou ter sorte em cerca de cinco minutos também.
Todos os pensamentos de Lanie, Hop, Landon, e sua groupie sumiram, um arrepio
passou por cima da minha pele, mas eu virei a cabeça e chamei sua atenção.
— Você vai?
— O tempo de levá-la para o meu quarto, sim, eu terei. — Ele sussurrou.
Outro tremor, então. — Mas, nós ainda nem sequer começamos o inferno.
— Algo vai acontecer, mas não vai ser um inferno.
Eu sabia disso.
Seria o paraíso.
Eu sorri.
Ele inclinou a cabeça e roçou os lábios contra os meus.
Cinco minutos mais tarde, em seu quarto no Complexo, Shy teve sorte.
— Correndo o risco de te irritar, tenho que compartilhar. Mais de uma vez nos
últimos cinco anos, coloquei minhas costas na cama, a mão no meu pau, pensando em
você fazendo o que você fez para mim.
Aquilo, de qualquer forma, não me irritou.
Aquilo me deixou ligada.
Ergui a cabeça do ombro dele e olhei em seus olhos verdes.
— O que mais você pensava em me fazer? — Eu perguntei em voz baixa, as minhas
pernas deslocando inquietas.
Seus olhos foram para o teto.
— Te ter, segundos depois, e você estar preparada para gozar novamente.
— Foram minutos, Shy. — Eu apontei, ele me olhou nos olhos e sorriu.
Então, seu sorriso desapareceu e ele declarou: — Certo, antes de rasgar um ao
outro de novo, tenho que falar com você sobre uma coisa.
Eu registrei o sorriso, senti seu humor, e, portanto, derreti.
— Ok. — Eu disse suavemente.
— Os meninos votaram. Nós vamos para as montanhas.
Senti minhas sobrancelhas reunir.
— Perdão? — A expansão da Ride, querida. Boz e Brick saíram procurando
lugares. Durango ou Grand Junction. E pelo jeito, provavelmente, vai ser Grand Junction.
Nós estamos nos mudando, não apenas lugares ao longo da Front Rage, e abrindo uma
nova loja no oeste.
Eu sorri e gritei: — Wow! Isso é legal!
Seus lábios tremeram e ele respondeu: — Sim.
Estudei-o. Seus lábios tremeram, mas eu tive a sensação de que ele não estava
comprometido com o seu "sim".
Então eu perguntei: — O que está em sua mente, querido?
Shy não hesitou em compartilhar. — Brick , Dog, e Boz estão indo na próxima
semana, tomando as decisões finais sobre os locais que poderíamos comprar. Eles vão
trazer a informação sobre as opções para o clube, grande reunião. Todos os meninos de
Fort Fun e C. Springs virão à cidade, nós votamos em um, e um irá. Dog e Boz já se
voluntariaram ir para lá, tomar à dianteira, e supervisionar o início de tudo. Nós vamos
procurar novos recrutas, vamos prepará-los, já que serão necessários mais meninos
quando a loja estiver instalada e funcionando. Bat, Arlo e Tug já deixaram claro que estão
prontos para sair e fazer parte dessa equipe. Deixa-nos para baixo nos números, por isso é
hora de construir o clube.
Eu balancei a cabeça.
Shy continuou falando.
— Brick e Dog ambos já disseram que querem ficar nas montanhas por um tempo,
mudança de cenário.
— Certo. — Eu solicitei.
— Isso significa Tack perdendo seus primeiros-tenentes.
Meu coração capotou.
— Certo. — Eu disse novamente, mas desta vez lentamente.
— O trato está feito. Os dois irmãos estão indo e vão ficar fora pelo menos um ano,
provavelmente mais. Então, Tack está tomando decisões. Ele pediu ao Hop para entrar
quando eles se forem.
Meus ombros caíram.
— Ele também me perguntou. — Shy terminou.
Meu rosto se abriu em um sorriso, os olhos de Shy caíram para a minha boca, então
ele me rolou, então eu estava de costas e ele estava em cima de um antebraço, pairando
sobre mim, mas dobrado para que nossos rostos estivessem perto.
Sua outra mão enquadrou o lado da minha cabeça e seu polegar deslizou sobre
meu cabelo quando ele murmurou: — Não fique animada, querida.
— Mas, isso é legal. Isso é respeito. Isso é uma honra, Shy.
— Sim. É. — Ele concordou. — Mas, você tem que entender que, para você, isso
também significa que eu não poderia ficar por perto tanto tempo. Não é como se Dog e
Brick fossem chamados a dever diário, mas eles têm merda extra para fazer que os outros
irmãos não.
— Tudo bem. — Mais uma vez eu disse isso aos poucos e quando ele não falou,
perguntei: — O que não está dizendo, querido?
— Não tenho certeza que eu quero fazer isso.
Eu pisquei. Então, perguntei: — O quê? — Fiz uma pausa, mas antes que ele
pudesse falar, eu perguntei. — Por quê?
Ele suspirou, olhou para minha garganta, em seguida, olhou para mim enquanto
sua mão caía para enrolar ao redor do lado do meu pescoço.
— Meu compromisso com o clube está lá. Meu compromisso com os irmãos…
Ele deixou pendurar e não prosseguiu, mas meu estômago amarrou em um nó.
— Sério? — Eu perguntei em voz baixa.
— Realmente. — Ele respondeu com firmeza.
O nó no estômago torceu.
— Você está pensando em deixar o clube? — Eu forcei a sair.
— Absolutamente não.
Bem, graças a Deus por isso.
— Ok, então, por quê? — Eu perguntei. — Por que você está questionando o seu
compromisso com os homens?
Ele balançou a cabeça e olhou para o travesseiro ao lado da minha. — Pensei que
eu podia, não posso.
— Não pode o que?
Ele olhou para mim. — Não quero remexer a merda do passado, quando as coisas
estão boas, querida, mas nenhum deles ficou do meu lado quando eles descobriram sobre
você e eu. Eles fizeram suas chamadas, eles consertaram as coisas, mas eu não esqueci, e
acho que se eles querem mais de mim, eu estou pensando que eles têm que provar respeito
antes de eu devolvê-lo.
Eu bati de volta a vontade de lamber meu lábio antes de perguntar: — Você tem
problemas com meu pai?
Ele balançou a cabeça. — Foda, não.
Pelo menos essa era firme.
Shy continuou falando. — Ele tinha sua razão e que era uma boa. Eles, parte deles
eu entendo, parte deles eu não. Nenhum deles falou por mim. Isso aconteceu, eu não era
um recruta. Não era como se eu estivesse no clube há dois anos ou três, mas perto de uma
década. Eles me conheciam e ninguém falou por mim?
Ele balançou a cabeça, mas continuou.
— Tenho que dizer, seu pai sentindo isso por mim, pensando que eu tenho o que é
preciso para lidar com a merda do clube em seu lugar, quando ele me chama para falar
por ele, o clube, quando eles precisam de mim, isso é firme. Eu gosto. Essa é uma
homenagem que eu não esperava, não na minha idade. Eu sei da história com ele e High.
High seriamente intrometeu-se contra ele quando Tack estava tentando limpar o Clube.
Felizmente, essa merda ficou resolvida, mas eu sei que Tack não esqueceu, então eu sei por
que ele não vai lá quando High tem mais tempo com o clube do que eu. Eu sei que Hound
pode sair em um, não tem a disposição para a diplomacia. Ainda assim, ele poderia ficar
com Hop, têm apenas um homem que ele chama e ele me chamou. Eu gosto disso. Mas, eu
estou pensando que eu preciso de mais tempo com os irmãos, eu preciso disso para sentir
a relação sólida novamente antes de dar mais um passo.
— Ok, então tome o seu tempo. — Eu concordei e sua cabeça deu um leve
empurrão.
— Diga de novo?
— Eu estou com você. — Eu disse a ele. — Não é como se você estivesse sendo um
idiota. Você está sendo real. Você está certo. Hop falou por você quando você veio para a
frente para se recrutar. Ele também está cravando totalmente Lanie, ainda, e, por sinal,
meu pai os viu indo para lá pela oficina, assim que vai vir à tona em breve. Então, ele sabe
o que rolou com você. Roscoe e Tug estavam ao seu lado, mas não falaram por você
quando deveriam, especialmente Hop. Se você precisa se sentir mais sólido, faça isso.
Fique à vontade. Se meu pai escolhe outro tenente, High não é confiável, Hound é,
possivelmente, clinicamente louco, papai em breve poderá estar olhando para preencher
essas botas de motoqueiros e Chaos vai sentir isso se aqueles homens não representam
bem os seus irmãos. Quando é a sua vez de novo, eles estarão prontos para você, mas você
precisa estar preparado para dar isso a eles.
Ele me estudou antes de perguntar baixinho.
— Você não está brava por eu dizer não para o seu pai?
— É o seu tempo, sua vida, sua posição com os seus irmãos, querido. Sua decisão.
Meu trabalho é ficar ao seu lado, não me sinto incomodada com isso.
Ele me estudou mais um pouco, antes que ele sussurrou: — Foda-se, mas eu te
amo, Tabby.
Eu sorri. — Bem, querido. Isso funciona para mim desde que eu também te amo.
Shy não sorriu. Seu polegar se mudou para acariciar meu queixo enquanto seus
olhos queimavam nos meus.
Eu levantei a mão, enrolei ao redor de seu pulso, deixei-o ter seu momento, e gostei
do calor que ele estava me dando.
Em seguida, com o seu momento, suas sobrancelhas subiram, e ele perguntou: —
Tack viu Hopper e Lanie?
Eu sorri e respondi: — Sim.
— Sinto, baby. — Ele murmurou.
— Imaginei que. — Eu disse a ele.
— Não, sinta. Cherry sabe sobre Hop e BeeBee.
Aparentemente, quando Cherry realmente vê-los juntos, é algo que eu não quero
presenciar.
Eu enrolei meu lábio em desgosto porque era algo que eu não quero imaginar
também.
Shy continuou, Cherry não sabe que Hop e Mitzi estavam dando um tempo, mas
eu não acho que ela se importa. Hop teve uma conversa com ela e eles já superaram isso,
mas isso não significa que ela vai ser legal com ele transando com sua melhor amiga, que
por acaso é a mulher que levou balas pelo seu velho senhor morto.
Bem, isso pode explicar por que eles estavam mantendo as coisas em segredo.
Shy continuou: — Até hoje à noite, Hop conseguiu evitar isso de Tack e Cherry,
mas a maioria dos meninos sabe, eles estão falando, e eles estão apostando. As
probabilidades estão com Cherry surtando, não só com Hop, mas com Lanie para mostrar
que o que ela pensa é outra má escolha.
Minha cabeça inclinada sobre o travesseiro.
— Você fez uma aposta?
— Porra nenhuma. Lanie é linda, mas ela é uma louca fodida. Não há nenhuma
garantia com ela na mistura, e Hop não dizendo isso, mas ele está caído por ela. Avistei-os
tarde da noite em sua motocicleta e eu não posso dizer que eu sou um especialista em ler
cadelas, mas, linguagem corporal, ela está caída por ele também. Se Cherry ou Tack a
encararem, Cherry se encontra com Lanie e vai haver fogos de artifício.
— Bem, estamos nas mãos do tempo. — Eu murmurei, e Shy sorriu.
— Aposto que é mais divertido observar. — Ele murmurou de volta.
Eu não ia levar essa aposta, porque eu sabia que ele estava certo.
— Ele está perdido por ela? — Eu perguntei em voz baixa.
— Tive um pai que amava sua esposa. Vejo o que Tack tem com Cherry. Dog e
Sheila. O que eu tenho com você. Quando eles estão juntos e não gritando um com o outro,
é o que eu vejo.
Senti meu peito se aquecer.
Lá estava, talvez eles não precisem das minhas vibrações invisíveis. Se Hop estava
"perdido" por Lanie, ele faria bem para ela.
Ou pelo menos eu esperava que sim.
— Eu gosto de Lanie. — Disse Shy.
— E eu gosto de Hop, baby. Mitzi era uma cadela. Lanie irá mantê-lo na ponta dos
pés, mas se eles têm esse tempo pra se conhecer, valerá a pena.
É assim era.
— Sim. — Eu sussurrei.
— Sim. — Ele repetiu silenciosamente atrás de mim.
Enfiei minha mão em suas costas. — Então, voltando ao assunto, você ia me dizer o
que pensava de mim fazendo enquanto estava deitado na cama?
Seu rosto ficou escuro, uma vez que se aproximava.
— Com certeza.
Eu apertei o meu braço em torno dele, usando-o para pressionar meu corpo contra
o dele, e sussurrei: — Que tal você me mostrar o que você pensava enquanto você me
conta?
Seus olhos queimavam, sua boca se moveu para a minha, e ele respondeu: —
Minha garota quer isso assim, isso é o que ela vai conseguir.
Incrível. Eu não só queria assim, eu… não podia… esperar.
— Embora, doçura, eu esteja pronto pra você me escalar, você se mover em mim.
Eu vou acabar com você. — Ele ordenou.
Eu sorri contra a sua boca.
Eu poderia fazer isso.
Capítulo 16
Sou Eu
Duas horas mais tarde, eu entrei no meu apartamento para ver Shy de costas no
sofá, uma perna dobrada, pé descalço no banco, a outra perna para o lado do sofá em que
seu pé estava descansando no chão. Sua cabeça estava virada, os olhos em mim. Fui até a
parte de trás da poltrona e joguei minha bolsa no banco.
— Venha aqui, Tabby. — Ordenou suavemente.
Eu fui lá.
Quando cheguei perto, ele pegou minha mão, me puxou para mais perto, então eu
coloquei um joelho no sofá entre as pernas, me movi e me estabeleci em cima dele, os
quadris entre suas pernas, peito a peito, face a ombro. Seus braços enrolados em volta de
mim.
— Onde você estava? — Ele perguntou, ainda calmo.
— Fui jantar com o meu pai. — Eu respondi, e dei um aperto no braço.
Então, eu recebi um: — Boa escolha. — Murmurou Eu suspirei. Foi. Então,
novamente, meu pai sempre foi uma boa escolha.
— Esfriou sua cabeça, colocou as coisas no lugar? — Shy perguntou.
— Sim. — Eu respondi.
Ele ficou em silêncio um instante, em seguida, ele passou os braços apertados em
torno de mim e disse: — Você precisa disso, vamos começar a falar tudo.
Uh-oh.
Shy continuou. — Você estraga comida mais do que você não faz. Você fala muito.
Poucos dias antes de seu período, querida, você pode virar uma cadela. Não passa
despercebido por mim o jeito que você bate o assento para baixo quando eu o deixo para
cima. Essa declaração que você pretende fazer, sem usar as palavras é clara. E ninguém
deve ficar tão brava como você faz quando eu não lavo as minhas garrafas de cerveja antes
de coloca-las na lixeira.
Eu realmente não gostava de onde isso ia.
E, falando sério, você não lava o material antes de jogá-la no lixo, que fez o fedor.
Quem iria querer isso? Quando ele parou de falar, eu aceito com um lento. — Ok.
Shy continuou. — Eu percebo tudo o que é você. Eu te amo, então eu decidi, em
vez de achar chato, eu penso que é bonito. Porque é você. Então, isso é o que é. Bonito.
Exceto a parte quando você está mal-humorada porque você está na TPM, mas isso tem
mais a ver com o fato de que eu vou perder a sua boceta por alguns dias e que não é minha
época favorita do mês.
Ok, bem, eu gostei e tudo o que eu representava para ele.
Ainda assim, eu disse para a garganta. — Bater em alguém não é bonito, Shy.
— Não, mas sou eu.
Ele não estava errado sobre isso.
Puxei minha respiração, a fim de ajudar o pensamento resolver. Quando se
resolveu, eu mudei e beijei-lhe a garganta.
Seus braços ficaram mais apertados em torno de mim, e eu percebi que a
declaração foi clara também.
— Ele estava fodendo com você, Tabby. Quem se mete com você, eu estou pisando
dentro e eu vou fazer o que sinto que precisa ser feito. Desta vez, eu dei-lhe tempo. Vou
avisá-la agora, eu não poderei dar-lhe tempo se voltar a acontecer. Tudo que eu preciso é
que você entenda, onde eu estou e role comigo.
— Eu vou rolar com você. — Eu concordei e dei outro aperto.
— Eu também vou dizer que eu te dei a opção de manter o silêncio sobre o assunto
neste momento, porque ainda estamos nos acostumando um com o outro. Mas, querida,
no futuro, eu vou ter muito menos paciência com você indo em sua cabeça e mantendo
merda de mim. E a única maneira que eu posso pensar para conseguir que você veja o
outro lado, é pedir para pensar em como você se sentiria se eu fizesse o mesmo com você.
Algo importante estava indo para baixo, você não me deu uma chance para ajudar a lidar,
mesmo que eu, eventualmente, decidisse não tratar do jeito que você me aconselha a lidar,
como você se sentiria?
Eu não me sentiria bem, isso era certo. Eu gostaria de ter a chance de ajudá-lo a
lidar, mas mais, eu quero que ele confie em mim para fazer isso.
Quando eu não disse nada, ele perguntou: — Será que eu consegui fazer você
entender?
— Sim. — Eu respondi.
Shy ficou quieto. Eu também.
Então eu lhe disse: — Você estava lá, mas, só estou dizendo, eu vi o resultado e ele
foi totalmente fodido.
— Tinha um ponto para fazer, não se brinca. Eu fiz isso. — Murmurou Shy.
Ele certamente fez isso.
— Peggy pensou que era uma piada. — Eu compartilhei. — Eu não sabia que ela
era tão sanguinária. Ela contou a todos sobre isso. Ela está morrendo de vontade de saber
o que aconteceu.
Shy estava falando com humor agora, quando ele disse: — Pelo menos alguém
começou com isso.
— Sim. — Eu murmurei.
Shy novamente ficou em silêncio e eu também, inclinando meu queixo para olhar a
TV.
Meu corpo estava caindo mais fundo no seu e relaxando quando Shy perguntou
baixinho: — Nós estamos bem?
Eu deslizei meu braço em volta dele, prendendo-o apertado e respondi tão
suavemente. — Sim, estamos bem.
— Bom. — Ele murmurou.
Mais uma vez, eu suspirei.
Lá estava ele. Não há volta. Essa foi a cerimônia não oficial.
Eu era uma velha senhora.
Assim como com qualquer coisa na vida, houve boas e más.
Para obter o primeiro, você colocar-se com o último. Então eu decidi, linha de
fundo, o Dr. Cabeça de Pau claramente não ia mexer mais comigo, e embora o caminho
para essa eventualidade não foi pavimentado com coisas que me fez querer dar piruetas,
essa viagem, pelo menos, tinha acabado.
Minutos depois de tudo estar resolvido quando Shy chamou. — Doçura?
— Sim? — Eu respondi, agora parecendo sonolenta, e isso não foi uma surpresa.
Duas cervejas, Lincoln para o jantar, a sabedoria do meu pai, e uma reflexão sobre a vida
eram uma grande receita para uma boa noite de sono.
— Achei uma casa.
Eu pisquei, de repente, nem mesmo perto de sonolenta. Ergui a cabeça e olhei para
ele.
— Perdão?
Seu queixo foi mergulhando para baixo assim que seus olhos estavam em mim. —
Achei uma casa. Em Englewood. Parece bangalô. Quintal grande. Três quartos. Deck
grande. Garagem para dois carros, grande o suficiente para caber os nossos veículos e
minha moto. Eu quero levá-la para ver.
— Como… para comprar? — Perguntei.
— Sim. — Ele respondeu.
— Hum… eu não tenho…
— Eu tenho.
— À vista?
— Sim, e de sobra da para conseguir alguma merda, faça um quarto de um
escritório, um outro quarto de hóspedes para quando Lan aparecer, mobília do deck, uma
churrasqueira. A geladeira não é tão grande, por isso vamos comprar uma nova.
— Shy, Eu…
— Este lugar é muito pequeno. — Ele me disse.
Ele não estava errado sobre isso. Eu gostava da nossa união, porém, no meu
apartamento, era uma espécie de união forçada. Deve ser dito, foi também tempo para nós
dois para subir do alojamento. Eu era uma enfermeira. Ele era essencialmente um sócio em
um negócio altamente bem sucedido. Não havia nenhuma razão que não estarmos
olhando para uma propriedade melhor e não há desculpa para nós não estarmos em algo
que era mais agradável. Além disso, ele nunca voltou para seu apartamento e,
essencialmente, manteve, então Lan podia dormir lá quando ele veio visitar, o que era um
total desperdício de dinheiro.
— Ok. — Eu disse suavemente, e ele sorriu.
— Tudo bem.
Em seguida, ele levantou a cabeça e tocou sua boca com a minha. Quando ele
estabeleceu a cabeça para trás contra o travesseiro, acomodei meu rosto de volta para o
ombro e apontei os olhos para a TV.
Mais minutos passaram antes de Shy afirmar: — Não tive uma casa em 16 anos.
Fechei os olhos com força.
Eu vi as caixas em seu apartamento. A cama na sala de estar. A antiga TV no final
de sua cama. Ouvi a voz dele dizendo que ele, na maior parte do tempo, ficava no
Complexo e eu sabia que era verdade.
Eu abri meus olhos e respondi, indo para improvisar, mas minha voz estava rouca:
— Então, vamos ter uma casa.
— Parece bom para mim, baby. — Ele murmurou de volta em outro apertado
braço.
Sim, ele estava certo.
Uma casa com Shy.
A oportunidade de torná-la uma boa casa para ele.
Isso soou bom para mim.
Capítulo 17
O Troco
Tack
As Harleys rugiram em torno deles quando Lee Nightingale e Kane "Tack" Allen
ficaram perto ao lado do Explorer de Lee.
— Não é estúpido, cara. — Disse Tack, seus olhos presos ao Nightingale.
— Sei disso, Tack. — Lee respondeu.
— Você ainda tem o dinheiro da minha menina? — Perguntou Tack e Nightingale
ergueu o queixo.
— Cada centavo.
— Você vai pagar isso de volta ou segurá-lo? — Tack consultou.
— Você decide. — Respondeu Nightingale.
Tack estudou-o, em seguida, comentou: — Você disse a minha menina que você
parou de procurar, mas você nunca parou.
O rosto de Nightingale ficou duro.
— O homem perde a sua família, ele deve saber quem os levou dele.
Foi a vez de Tack empurrar para cima o queixo.
— Faça o que ele disse. Leve-o para o local. Você não verá quaisquer irmãos, mas
nós vamos estar por perto.
Nightingale assentiu.
Então ele perguntou: — Minha equipe entrega o cara, estamos limpos nisso. Nossa
parte nisso não aconteceu, você pode me assegurar disso?
— Absolutamente. — Confirmou Tack.
Nightingale assentiu novamente.
— Palavra de Chaos. — Tack ofereceu.
— Isso vai servir. — Aceitou Nightingale. — Vou devolver o dinheiro para você.
Desta vez, Tack assentiu. As negociações foram feitas. O acordo firmado. Lee
Nightingale virou-se em seu caminhão.
Tack rondava a sua moto, jogou uma perna por cima, fez rugir, então ele dirigiu-se
para ter de volta seu irmão.
Capítulo 18
Quebrando o Círculo
Shy montou duro, sua mente em branco, exceto por uma coisa.
Ou pares delas, mas elas eram todas iguais.
Tudo a mesma coisa.
Ele não tinha pensado há anos. Elas haviam se perdido há muito tempo. Assim por
muito tempo, ele quase se esqueceu delas.
Hoje à noite, ele estava deixando tudo para trás.
Ele dirigiu sua moto em uma garagem que não tinha visto em anos. Ele nem sequer
conduzia por esta rua. Ele não tinha nem passado em nenhum lugar perto dessa porra de
lugar.
Ele caminhou até a porta, tocou a campainha e não deixou ir.
Já era tarde, escuro, tinha que ter passado da meia-noite quando ele bateu. Alto.
Duro. E ele não parou.
Ele viu uma luz continuar na alta janela na porta, os bloqueios se viraram e a porta
foi aberta.
— Parker, filho, caramba. O que na terra…? Você está bem? — Seu tio perguntou e
Shy olhou para ele quando saliva encheu sua boca.
Então ele empurrou-o e rondou a casa.
— Park! Que diabos? — O tio gritou atrás dele. — Onde você está indo?
Shy subiu as escadas de dois em dois degraus.
Ele contornou o voo no topo e caminhou pelo corredor, seu tio ainda gritando atrás
dele.
Lá estava ela, em sua camisola disforme, cabelo bagunçado de sono, de pé na porta
de seu quarto olhando para ele, pálidos olhos arregalados de surpresa.
— Parker, o que na terra — ela perguntou.
— Onde eles estão? — Shy pediu de volta.
— Quem? — Ela perguntou.
— Não é quem, é o que. — Shy cortou e não parou. Ele empurrou através dela,
ignorando-a assustada, grito estrangulado. — Onde eles estão?
— O quê? — Ela perguntou, sua voz agora estridente.
— Park — seu tio chamou, sua voz afiada. — Filho, o que diabos você está
fazendo?
Shy viu a caixa de joias em seu armário e foi direito a ela.
— Oh meu Deus! — A tia chorou. — Timmy, ele vai para as minhas joias.
Shy parou e virou-se.
— Eu sabia — ela sussurrou, seus olhos sobre ele, quando seu tio mudou-se para
ele. — Você está drogado, não é?
— Onde eles estão? — Shy perguntou.
— Onde está o quê? — Ela retrucou, seu tom feio.
A mesma merda de sempre.
Exatamente.
— Os brincos da minha mãe.
Sua mão voou para a garganta e seu rosto ficou pálido de novo. Seu tio parou a
dois passos.
— Filho? — Seu tio chamou a atenção de Shy, então Shy deu-lhe atenção.
— Eu não sou seu filho.
Ele viu a careta do tio.
Seus olhos foram para a tia. — Onde eles estão?
— Eu… eles — ela começou a balbuciar, mas o tio de Shy cortou.
— Park, por favor. Volte em uma hora decente. Obviamente você tem algo em sua
mente. Nós vamos conversar.
Shy olhou para trás para o homem que não conseguiu cria-lo depois que seu pai
morreu. — Nós não estamos falando. Eu nunca mais estarei "vendo" você ou essa vadia de
novo depois que eu sair. Mas, eu vou embora com os brincos da minha mãe.
— Embora eu possa ver que você está em um estado de espírito ruim — mordeu
sua tia, e Shy olhou para ela, — e eu odeio jogar isso na sua cara, mas considerando quem
você é o que você gasta o seu tempo, mas eu tenho que dizer que não é só altamente
inapropriado, você intrometendo-se em seu tio e eu no meio da noite, mas também você
perguntar pelos brincos.
— Os brincos da minha mãe. — Shy corrigiu, e ela se encolheu.
— Meus brincos — ela zombou, e o peito de Shy começou a queimar.
A cadela não estava entendendo.
— Não muito para levá-la, pelo menos eu tenho isso.
Shy olhou para ela. Ele, então, virou-se para seu tio. — Eu não vou sair sem os
brincos.
— Parker. — Seu tio começou.
— Eu vou chamar a polícia! — Sua tia anunciou em voz alta.
Shy ignorou e repetiu: — Eu não estou… Saindo… sem os brincos.
Ele viu seu tio engolir.
Shy manteve os olhos fixos no homem. — Você me dá os brincos, ou eu juro por
Cristo, você não vai ver o final disto. Farei todo o maldito dia de sua vida uma miséria,
cada um. Você vai conhecer cada um dos meus irmãos, e você vai conhecê-los bem,
porque eles vão ter uma missão para fazer com que você, essa vadia, e as suas boas para
nada – crianças miseráveis. Agora você controla a porra de sua mulher, obtenha esse
telefone maldito de sua mão, e me dê os brincos da minha mãe.
— Ellen, desligue o telefone — disse o tio instantaneamente.
— Eu não vou — ela retrucou.
— Mulher, coloque o maldito telefone para baixo — ele cortou, chocando a merda
fora de Shy, que nunca, nem uma vez, ouviu seu tio falar desse jeito com ninguém.
Especialmente sua tia.
Shy não olhou para a cadela, mas ele sentiu o ar na sala, já por um fio, pesado.
Ele ouviu o telefone bater no carregador, então seu tio ordenou. — Dê a Parker os
brincos de sua mãe.
— Tim, isso é…
— Não, — seu tio sussurrou. Ele respirou fundo, os olhos colados à sua mulher, em
seguida, ele continuou: — Durante anos, você incomodou-me sobre isso. Dê-me um pouco
da maldita paz. Dê a Parker um pouco de paz. Basta dar-lhe os brincos de sua mãe.
Houve um silêncio, em seguida, o movimento e um bufar. — Isso é inacreditável.
Shy deslocou para fora de seu caminho, sem querer estar em qualquer lugar perto
dela.
Momentos passaram-se, em seguida, ele sentiu-a perto de pé.
— Bem? Leve-os — ela retrucou.
Seus olhos moveram-se para ela, ela olhou para eles e fraquejou.
Ele olhou para seu tio. — Eu vou precisar de um saco.
— Você quer que a gente carregue a prata de modo que você possa levar isso
também — ela perguntou sarcasticamente.
Shy olhou para ela novamente. — Eu quero que você, pela primeira vez, guarde as
malditas presas, e com isso quero dizer, cala a boca.
— Eu sabia que você era uma semente ruim, — ela atirou de volta.
— Como de costume, não dou um pingo de atenção. — Shy retornou.
— Sério? — Ela perguntou sarcasticamente. — Oh. Certo. Nos círculos que você
frequenta, ameaçar no meio da noite com visitas inconvenientes são provavelmente
obrigatório.
— Não, mas quando acontecem, elas são divertidas. — Shy respondeu
casualmente.
Ela bufou.
— Ellen apenas, por favor, vá buscar um saco — seu tio ordenou. Ela jogou ao seu
tio um olhar e pisou fora.
Shy baixou os olhos para suas botas.
— Há algo que o trouxe a visita desta noite, Parker? — Seu tio perguntou, e Shy
olhou para ele.
— Sim — ele respondeu.
Seu tio esperou. Shy estava quieto.
O homem tentou outra coisa. — Landon está em casa seguro?
— Sim — afirmou Shy, mas não disse mais nada.
— Bem, graças a Deus por isso.
Shy não respondeu.
Seu tio levantou a mão no seu caminho. — Filho, eu…
— Sem essa de filho. — Falou Shy e ele fechou a boca.
Segundos passaram.
Então, seu tio tentou novamente. — Talvez, quando a sua tia não estiver, devemos
encontrar um tempo para sentar e conversar.
— E talvez isso nunca acontecerá. — Shy retornou. — Talvez eu goste de saber que
meu irmão um soldado, um homem corajoso, pondo o seu na reta por este país. Talvez eu
goste de saber que eu tenho uma mulher, comprando uma casa, e em breve vamos formar
uma família. Talvez eu goste de saber, que você sabe que não teve nada a ver com o bem
que está em nós, o bem que veio até nós, o bem que merecemos, o bem que nós vamos
fazer. Talvez eu goste de saber, que você sabe que nós tivemos que escapar desta prisão, a
fim de esculpir a nossa bondade. Talvez eu goste de saber – que os seus filhos não vão dar
uma merda sobre você, porque eles pensam que você é tão fraco quanto eu, e eles só têm
tempo para a sua mãe, porque eles sabem que ela vai dar-lhes a merda que eles pedirem.
Os olhos de seu tio brilharam e Shy sabia que seu objetivo foi atingido e era
verdade.
— Aposto que esses idiotas nem sequer enviam cartões de aniversário. — Shy
continuou.
— Não pense que eu não tenha pensado sobre as coisas, quando vocês foram
embora, foi…
— Não importa o que você pensou quando fomos embora. — Shy interrompeu. —
A porra do tempo para você pensar no ato foi quando estávamos vivendo na porra deste
lugar.
Ele viu seu tio fechar os olhos na derrota quando ouviu a tia voltando pelo
corredor. Shy mudou-se para a porta, parando e voltando-se para o tio.
— Por último, e melhor, não é um talvez, é definitivo. Gosto de saber que você vai
terminar a sua vida ao lado dela. Você merece essa merda. E isso é o que é alguém como
ela. Isso é tudo o que ela tem para dar. Merda.
Ele ouviu sua tia suspirar de afronta, virou-se para a porta enquanto caminhava,
cuidando com seu corpo para não ficar muito próximo a ele, iria passar pela tentação
criminal e ela seria presa no local.
Ele estendeu a mão, puxou o saco dela, abriu, olhou para dentro, e contou as
caixas.
Quando ele precisou mover alguns para manter a contagem, ele checou, e ela
retrucou: — Eles estão todos aí.
Shy olhou para ela, em seguida, para o tio. — Eles não estão, mais uma visita.
Então, sem olhar para nenhum deles de novo, ele caminhou para fora.
Ele voltou para casa sentindo algo que ele não entendia, algo que ele não tinha
sentido, nem uma vez, e não em 16 anos.
Ele percebeu o que era quando chegou ao apartamento de Tab e viu seu carro azul
elétrico brilhando nos postes de iluminação do estacionamento.
Ele sentiu-se livre.
O sentimento era avassalador, inundando-o, forçando tudo para fora e permitindo-
lhe nada mais que isso.
Sentindo-se livre.
Porra livre.
Ele balançou fora de sua moto, correu para a escada, subindo dois degraus de cada
vez e girou a maçaneta na porta. Ele sabia pela luz que saía do fundo que não estaria
trancada.
Não estava.
Ele entrou e a viu enrolada em si mesma no sofá.
Ela atirou a seus pés no instante em que o viu. Seus olhos sobre ele, sua expressão
em causa, cautelosa, ainda com medo, ela sussurrou. — Shy…
Ele fechou a porta, virou-se, trancou-a e, em seguida, virou-se para ela.
Livre.
Ele estava livre.
Ele pensou que seus irmãos deram-lhe isso, e eles fizeram.
Ao mesmo tempo, eles não o fizeram.
A verdadeira liberdade veio de Tabby.
Ele andou em direção a ela.
— Quarto — ele rosnou. — Tire a roupa em seu caminho.
O corpo dela estremeceu, mas, diferente do que, ela não se moveu.
Ele virou à poltrona, posicionando para agrupá-la para levá-la em seu caminho
para onde queria ir, e quando ele tinha um pé de distância, ela tropeçou em seguida,
começou a ir para trás.
— Quarto e roupas, Baby.
— Shy, eu… o que…? — Sua cabeça inclinada para o lado enquanto ele aproximou-
se e mudou de direção, buscando-a pelo corredor. — Você está bem? — Ela perguntou.
— Você não está tirando a roupa.
Ela lambeu os lábios e Jesus, ele estava pendurado por um fio.
— Roupas, Tabby — ele rosnou, carregando-a novamente para movê-la para o
quarto.
Moveu-a através da porta do quarto e ela parou quando as costas de suas pernas
bateram na cama.
Shy parou também.
Ela sustentou o olhar.
Então ela disse: — Eu te amo.
Só então ela tirou a camisa.
Shy respirou, ele fechou os olhos, abriu-os, jogou o saco com brincos de sua mãe ao
pé da cama, puxou a sua camisa, e então ele lançou-se, levando-a de volta na cama.
Ele não hesitou em levá-la na boca.
Então, ele não hesitou em levá-la.
Ele não perdeu tempo livrando-se de suas roupas e, em seguida, ele usou suas
mãos, boca, língua, dentes, joelhos, coxas, tudo o que tinha, para ter tudo o que ele poderia
receber.
Ele não teve que levá-la, ela o deu.
Ele tomou isso de qualquer maneira.
Não demorou muito para que ele estivesse pronto, ela estava transando com
pronto, ele sabia por que ela estava ofegante então ele a puxou para cima, moveu, mudou-
se de joelhos, bateu com as costas para a cabeceira da cama e subiu dentro.
Seu pau envolto em sua apertada, lisa, seda quente.
Conectado a Tabby.
Foda-se, sempre, sempre, lindo.
Seus braços e pernas arredondadas em torno dele, suas mãos moveram-se até o
lado dela, até seu braço, puxando-o para longe dele, encontrando-lhe a mão, e ele enfiou o
polegar na palma da mão, passou os dedos em torno da volta e apertou suas mãos para a
parede.
Seus olhos estavam fechados para ela e ele estava movendo-se dentro dela.
— Assim como a primeira vez — ele murmurou contra sua boca.
— Sim — ela respirava.
— Você me ama, Tabby?
— Sim — ela respirou novamente.
— Eu sei que você faz, baby, foda, eu sei que você faz — ele murmurou, então
tomou sua boca, levou-a lá. Ela gritou seu orgasmo, dirigindo-a para baixo em sua
garganta enquanto sua vagina convulsionou ao redor de seu pênis, em seguida, ele
empurrou o rosto em seu pescoço e gemeu seu clímax contra sua pele.
Ele ficou assim, enterrado profundo, seu corpo pressionando o dela na cabeceira da
cama, sua mão segurando a dela, seus outros membros apertados ao redor dele,
segurando-a perto.
Ele manteve o rosto em seu pescoço, cheirando sua pele, seu cabelo, e ele não disse
nada.
Lentamente, ele tirou, gostando do pequeno gemido que ela deu que soava doce
em seu ouvido enquanto ela o perdeu.
Mudou-se para trás, colocou-a na cama. Alcançando um braço, agarrou a sacola.
— Shy? — Ela chamou, mas ele não respondeu. Ele procurou dentro da sacola.
Ele tirou uma caixa, abriu-a, sacudiu-a fechada, e deixou-a cair na bolsa. Ele fez
isso de novo e de novo até que encontrou um par de diamantes.
Ele gentilmente jogou a bolsa para o criado-mudo, cuidadosamente libertou os
brincos da caixa e atirou isso de lado também.
— Shy?
— Você tem brincos doçura?
Ela levantou a cabeça no travesseiro, seus olhos estavam curiosos, confusa e
cautelosa, talvez ainda um pouco assustada, mas ela balançou a cabeça.
— Puxe o cabelo para trás, — ele ordenou.
Ela fez o que ele pediu como Shy liquidou em seu corpo, o cuidado de preparar em
um cotovelo, mesmo quando as mãos dele se mudaram para o lóbulo da orelha. Ele
deslizou o brinco através de seu ouvido, em seguida, deslizou o novamente. Ele se mudou
para o outro lado e fez o mesmo.
Depois se levantou em um braço de cada lado dela e olhou para baixo, seus olhos
se movendo para os lados, os diamantes brilhando contra seu brilhante cabelo, escuro.
— Shy, querido, fale comigo — ela implorou.
Ele olhou para ela. — Esses são os brincos de minha mãe.
Seu corpo ficou tenso com ele com as coxas pressionada em seus quadris.
— Fui para a casa da minha tia e do tio, esta noite, tenho-os, — ele continuou. —
Todos eles. Papai deu um par para a mamãe em cada Natal desde que eles eram casados.
Catorze pares. Sete para você, sete para Landon. Peguei aqueles para você. Lan escolhe o
próximo par. Vamos ir e voltar até que cada um de nós tem a nossa parte de nossos pais.
Seus olhos estavam cheios de lágrimas, suas narinas dilatadas com o esforço para
contê-los quando ela perguntou: — Você foi para sua tia e tio?
— Pela primeira vez em anos, a última vez para sempre. — Ele viu quando ela
levantou a mão para tocar a joia em seu ouvido.
— Diamantes. — Completou.
Uma lágrima que ela não conseguia segurar deslizou para fora do lado do olho.
— Você está com raiva de mim — ela perguntou tão baixinho que ele mal ouviu.
Mas, ele ouviu.
— Sim — ele disse a ela, viu os lábios tremerem, em seguida, aproximou-se, sua
mão indo para o topo ao lado de sua cabeça, seu polegar deslizando para baixo na linha
dos cabelos e terminando, em seu brinco. — Também foi errado — ele disse a ela
suavemente. — Senti muito, saber que ele foi encontrado. Perdi, tomei essa merda fora de
você. Não deveria ter feito isso, mas eu tinha tanta merda correndo através de mim, baby,
eu tive que tirá-la. Então eu empilhei em você.
— Tudo bem — disse ela em voz baixa.
— Não foi legal, Tabby — ele respondeu tão baixinho.
— Está tudo bem — ela disse a ele, com as mãos batendo no peito, apertando.
— Não, não está. O que se está feito está. Espero em Deus que eu aprenda
cometendo esse erro maldito, colocando você para fora, assustando você — seu polegar
moveu-se através da umidade em seu rosto e sua voz caiu. — Fiz você chorar. Não posso
prometer que não vou fazer isso de novo, mas eu posso prometer que vou tentar não fazer
mais.
— Estou feliz que você prometeu querido, mas você também precisa saber que eu
entendo. Isso foi muito para lidar. Eu não esperava você para ser surpreendido por ele. Eu
esperava que eu fosse começar a falar sobre o que eu tinha feito indo até Lee. Mas, eu não
entendo por que você reagiu da maneira que você fez, e eu tinha que estar lá para ajudá-lo
a lidar quando a vida consegue um soco, mesmo que isso fui eu que causei, sem querer eu
quero ajudá-lo.
— Isso é legal, baby, é doce e você está certa. Mas, quando você faz isso, você não
tem que tomar a minha merda. E você fez o que fez para me dar algo bonito. Eu não
entendi na hora. Eu não entendi, até que tudo foi feito e eu estava sentado do lado de fora
deste apartamento. Você não acertou um soco neste otário, e eu não quero você pensando
nesta merda.
Ela segurou seus olhos um par de batidas antes que ela balançou a cabeça e
respirou o que o quebrou no meio.
— Eu entendo, doçura. Você queria que eu tivesse isso — disse ele suavemente. —
Eu tenho isso. Você deu para mim, mas você me deu algo mais também.
Seus olhos molhados ficaram em cima dele e ela murmurou. — Perdão?
— Encerramento. Liberdade.
Seus olhos se fecharam, ele sentiu sua alçada no peito e lágrimas deslizando para
fora ambos os lados. Shy mudou seu outro braço para que ele pudesse colocar os dois
polegares para trabalhar.
Ela atraiu outro fôlego e abriu os olhos.
— Você quer me dizer o que aconteceu — ela perguntou.
— Quebrei o círculo — ele respondeu.
— O que significa isso? — Ela prosseguiu com cautela.
— Significa que eu bati a merda fora dele, descobri que ele tinha família, descobri
como ele matou meus pais, descobri que eu queria a vida em troca e descobri que eu não
queria estar em um círculo de vingança. Não queria arrastá-la para dentro. Não quero
estar em sua cama, tocando você, com sangue em minhas mãos. — Ele fez uma pausa, seus
olhos olhando para os dela e ele compartilhou: — Meus irmãos pegaram a minha volta e
me ajudaram a encontrar o caminho.
Ela o pegou, ele sabia quando seu rosto inteiro balançou, enquanto tentava conter
as lágrimas, então ela levantou a cabeça e apertou-o na pele de seu pescoço quando ela
falhou.
Shy baixou o peso sobre ela, esmagando, curvando os braços em torno dela e
levou-a com ele assim que estavam em seus lados.
Ela puxou o rosto de seu pescoço, levou duas respirações engatadas e perguntou
entrecortada: — Você está… você está bem?
— Melhor do que eu estive em um longo tempo, baby.
Ela tomou outra respiração irregular enquanto seus olhos moveram-se sobre sua
face. Em seguida, ela balançou a cabeça.
— Você me deu isso, Tabby, — ele lembrou a ela, e ela deu-lhe outro sorriso
vacilante que não conseguia tirar.
— Isso é o que eu estava tentando fazer — ela disse a ele.
Ele sorriu para ela e puxou-a para mais perto.
Seu sorriso desapareceu e ele admitiu: — Eu fui um idiota de novo.
— Eu vou te perdoar mais cedo desta vez, como, digamos, — sua mão deslizou
para que seus dedos pudessem acariciar seu queixo — agora.
Seus lábios tremeram.
— Isso iria ajudar, eu saber que tenho o seu perdão, para você parar de chorar.
Ela assentiu com a cabeça, respirou fundo, e tentou-o junto.
— Você está… — ela hesitou — … bem com o clube?
Foi a vez de Shy assentir.
— Bom — ela disse suavemente, abaixou seu rosto, e empurrou-o em sua garganta.
Ele baixou o queixo, contra seu cabelo, murmurando. — Tenho que te limpar, então
eu tenho que chamar Lan.
— Tudo bem.
Ele beijou o cabelo dela, rolou para suas costas, mudou-se para beijá-la no peito,
em seguida, a parte inferior do queixo, então ele encontrou os olhos dela, deu-lhe um
sorriso, e rolou para fora da cama.
Ele pegou uma toalha e cuidou de sua namorada. Ele pegou a toalha de volta,
pegou sua calça jeans, pegou seu telefone, e se juntou a ela na cama.
Ela se aconchegou mais perto.
Ele ligou para o irmão.
Shy disse a Lan a história, não deixando nada de fora, o que significava que Tabby
ouviu a história. Ela apertou mais e mais perto enquanto falava, mas ela não fez nenhum
som.
Quando ele terminou, Lan perguntou: — Tab está usando os brincos da mamãe?
— Sim — respondeu Shy.
— Porra, cara — uma pausa, em seguida, baixa, áspera e fragmentada. — Caralho.
Shy lhe deu algumas batidas, então, pediu baixo. — Você está bem?
Landon pigarreou. — Esqueci sobre isso. Totalmente bloqueado para fora. Não
posso acreditar que você os tem. Não posso acreditar que eu me esqueci deles. — Ele ficou
em silêncio por um momento, em seguida, ele disse: — Que bom que você pegou-os de
volta, Park. Foda-me, por isso, porra estou feliz que você pegou o que era da mamãe e o
papai de volta daquela puta.
— Da próxima vez que você vier, vamos dividi-los.
— Certo, funciona para mim.
Nem um irmão falou por um longo tempo. Eles também não quebraram sua
conexão.
Tabby enterrou mais perto.
Finalmente, Shy anunciou. — Está feito.
— Feito. — Lan concordou.
— Acabou — Shy continuou.
— Agora podemos seguir em frente. — Lan respondeu.
Shy apertou seu braço ao redor de Tabby e repetiu: — Agora podemos seguir em
frente.
— Você sabe que eu te amo, Parker, e que merda é muito profunda. — Lan disse a
ele.
— Sinta-se da mesma forma, Landon.
— Nunca esqueci o que tínhamos, ainda sinto falta dele. — Lan compartilhou.
— Então faça o que eu estou fazendo, Lan, e reconstrua.
Houve um silêncio, uma pequena risada, e então, finalmente.
— Não tenho certeza que eu estou deixando a diversão.
Shy colocou a ponta do queixo para baixo para ver o topo da cabeça de Tabby, seu
perfil, seus olhos fixos aberto em sua garganta, sua mão em seu peito, os dedos à deriva,
mas suavemente, dando-lhe o tempo com seu irmão, mas não lhe dando espaço, algo
naquele momento, que ele não precisava.
— Isso é problema seu, irmão, você não entende que este lado é muito mais
divertido — ele voltou.
— Tomarei um pouco de algo especial para me convencer disso. — Lan replicou.
— Deus, eu espero que você encontre. — Shy respondeu.
Lan ficou em silêncio, então Shy teve um retorno.
— Eu também, Park.
Eles ficaram desse jeito, então Shy disse. — Vou deixar você ir.
— Certo. Eu vou encontrar algum tempo para chegar em algum fim de semana.
— Legal, até então.
— Sim… e Park?
— Sim?
— Você fez certo, você fez bem, agora eles podem ficar tranquilos.
— Eles podem ficar descansados.
Shy sentiu a garganta apertar, então ele teve que forçar através dele. — Sim.
— Vejo você em algumas semanas.
— Até mais tarde, Lan.
— Mais tarde, meu irmão.
Ele tocou o polegar na tela, virou-se apenas o suficiente para lançar o seu telefone
na mesa de cabeceira, em seguida, estendeu a mão para desligar a luz e rolou para Tabby.
Ela se aconchegou mais perto, pegando a perna por cima do quadril, o braço
apertado em torno dele.
— Você está bem? — Ele perguntou na escuridão.
Ele sentiu seu aceno então ela perguntou: — Como você está se sentindo, querido?
Ele pensou sobre a pergunta e a resposta estava fodida. Não fazia sentido. Ele tinha
uma mulher em volta dele, prendendo-o a uma cama. Ele estava diante de um pagamento
da hipoteca. Ele tinha planos para plantar bebês dentro dela, construir uma família.
Ainda assim, havia apenas uma resposta e ele abaixou o queixo, colocou os lábios
em seu cabelo, e sussurrou a resposta em seu cabelo.
— Livre.
Em sua resposta, sua namorada, sua linda menina, pressionou ainda mais perto.
Shy Cage nunca teve um sonho.
Ainda assim, ele sabia, sem dúvida, uma vez que ele estava segurando um em seus
braços, os sonhos eram reais.
Capítulo 19
Na Corda Bamba
Shy sentiu a vibração, ele abriu os olhos e sentiu o peso de Tabby pressionado
contra ele.
Cuidadosamente, ele curvou-se, beijou o topo de seu cabelo, então deslizou
debaixo de seu corpo adormecido.
Encontrando seus pés ao lado da cama, ele viu sua menina se ajustar, enrolar em
seu travesseiro, nunca perdendo o sono.
Ele queria puxar seu cabelo longe de seu rosto para que ele pudesse vê-la, sentir a
suavidade correr por entre os dedos, mas ele não queria arriscar acordá-la. Então, ele a
deixou em sua cama e saiu do quarto.
Quando ele atingiu a sala comum, ele viu que a maioria de seus irmãos estava
reunidos em torno do bar. Hop estava sentado em um banquinho, Tack em pé perto dele.
Shy se aproximou e quando ele chegou perto Tack perguntou: — Ela está bem?
— Dormindo. — Shy respondeu.
— Ela está indo bem. — Tack murmurou.
— Ela vai ficar fora por algum tempo, mas eu ainda quero ter essa merda acabada e
voltar para ela antes que ela acorde. — Shy continuou.
Tack ergueu o queixo, Hop deslizou para fora do banco, e eles se moveram para
suas motos, Tack em seu telefone.
Eles esperaram até Tack terminar suas chamadas antes de ligarem as motos e
rugirem, Tack na liderança, Hop e Shy andando lado a lado atrás dele.
Tack e seus tenentes chegaram ao ponto de encontro primeiro. Eles estavam fora de
suas motos e esperaram quando o primeiro veículo parou.
Um carro da polícia sem identificação levando Mitch Lawson e Brock Lucas, ambos
detetives do DPD3. Ambos próximos a Tack devido à complicada história, essa história
complicada, que tinha a ver com as mulheres e, no caso de Lawson, crianças.
3 Domestic Protection Division. (Divisão de Proteção Domestica)
Shy observou os homens saírem do carro e abordarem e não foi perdido em Shy
que os homens, mesmo entre sombras, avaliavam o curativo em seu pescoço.
Lawson olhou para Tack. — O negócio é, ontem à noite, você comprou um
problema.
— A melhor amiga da minha filha tem um vicio. Nenhum fornecedor é bom com
esse vicio, mas ela ainda conseguiu pegar o pior. — Tack confirmou.
Lucas inclinou a cabeça para Shy. — Ela aprendeu uma lição?
— Vamos ver. — Tack murmurou quando um Camaro cinza fez a sua abordagem e
todos os olhos se voltaram para assistir Hawk Delgado estacionar e dobrar para fora de
seu veículo. Seu braço direito, Jorge, dobrou-se fora do lado do passageiro.
Ao contrário de Lawson e Lucas, quando ele se mudou para eles, o rosto de
Delgado não estava avaliando. Ele estava chateado.
Quando ele parou no grupo, com os olhos trancados em Tack, ele declarou: —
Após o encontro, temos que conversar.
— Não sou um grande fã de dano colateral. — Tack voltou sua maneira de dizer
que não haveria conversas após o encontro. Ele fez o que fez e Hawk tinha de lidar.
— Você precisou dessa menina, você viu Elvira lá, você sabia que estávamos
trabalhando em um caso, tudo o que tinha que fazer era me chamar. — Hawk atirou de
volta.
— Não brinca. — Tack bateu fora. — Você está trabalhando em um caso, é sobre o
caso, e seu trabalho não era sobre aquela garota. Cinquenta por cento de chance de você
deixar aquela garota nadar e seu tempo tinha acabado. Ela significa alguma coisa para
minha filha. Eu tive que me mover e eu não tinha a opção de tomar todo o tempo limitado
que eu tinha para negociar com você.
Shy viu a boca de Hawk ficar apertada que significava que ele concedeu o ponto.
— Certo. — Lucas cortou mudando de assunto antes que o clima se deteriorasse
ainda mais. — Não é um segredo que Chaos vem tendo problemas com Benito por um
tempo. Também não é um segredo que o DPD sempre teve problemas com ele, pois ele é
um pedaço de merda babaca. O que era um segredo até a noite passada é que Delgado
tinha alguma coisa trabalhando com isso e foi descoberto. Agora Benito vai estar mais
determinado a conquistar o território do Chaos, e Hawk está lá fora, vendo, como eles
provavelmente já traçaram Elvira para sua operação. — Lucas treinou seus tons em
Delgado. — Para não mencionar, Malik está muito puto porque Elvira estava pronta antes
de você fazer o que seja que você está sendo pago para fazer, você não discutiu seu
envolvimento com ele, e ela está agora seriamente vulnerável.
— Ela ganhou proteção e parte disso é porque está dormindo com um policial —
Delgado voltou. — O resto é comigo.
Isso foi formidável. Todos sabiam disso.
Mas, assim estava Benito. Todos sabiam disso também.
— Agora sabemos a configuração do lugar. — Lawson ressaltou. — Sabemos
também que chegou o momento de pôr fim à operação de Benito.
— Esse tempo veio cerca de dois anos atrás. — Hop jogou para fora.
— Não vou discutir isso. — Afirmou Lucas. — Mas, isso não aconteceu e eu acho
que não escapou a ninguém que essa merda foi levada em fogo brando. Agora a situação é
todos os tipos de quente.
— Extremo. — Tack concordou, em seguida, declarou: — Guerra.
— Chaos e Delgado. — Shy acrescentou, olhando para Hawk. — Eu acho que, cara,
Benito está mais chateado com você, e ele é uma doninha. Tenha um plano para isso.
— Eu sempre tenho. — Delgado respondeu.
— Então, tem um plano para tudo. — Shy continuou. — Doninhas são filhos da
puta lisos que podem ir para baixo da terra. Ele pode não vir por trás. Ele pode cavar por
baixo.
— Não está me dizendo algo que eu não sei. — Disse Delgado.
— O que ele está te dizendo que você não sabe, é que agora este é um esforço de
equipe — Tack anunciou. — É por isso que convocamos esta reunião. Você é um alvo.
Elvira é um alvo. O Chaos é um alvo. Benito é um homem de vale-tudo, de modo que
agora são todos os olhos, todos os ouvidos, todas as mãos, todo o poder de fogo… — Tack
olhou para Lucas e Lawson e acabou, — … apostando tudo.
Shy olhou através dos homens e não ficou surpreso quando ninguém disse nada.
Acordo tácito.
Lucas e Lawson podem ser policiais, mas seu vínculo com Tack era tal que não era
apenas sobre derrubar o produtor pornô traficante de drogas. Com o Chaos na mira de
Benito, era mais.
Delgado e Tack estavam sempre batendo de frente, mas Tack levou a mulher de
Delgado de volta durante uma situação intensa, o que significava que ele também tinha
Delgado. Em troca, Delgado pegou as costas de Tack quando as coisas ficaram extremas
com Cherry. Essas merdas não desceram sem vínculos formando. Conflitos que nos unem.
Assim, sem mais palavras, a reunião terminou. Jorge e Delgado moveram-se para o
Camaro, Lucas e Lawson se inclinaram no carro da polícia sem identificação.
Os três irmãos os assistiram sair, e quando eles o perderam de vista, eles se
mudaram do amontoado.
— Rush não vai ficar feliz com essa merda. — Observou Hop e Tack suspirou.
— Já não está. Tivemos conversando. — Tack lhes disse.
— Ele acha que devo deixar Lucas e Lawson e recuar. Eu disse a ele que não vai
acontecer. Ele sabe que isso vai ficar confuso. E diz que isso prova o seu ponto.
— Ele está errado. — Comentou Shy e Tack olhou para ele, acenando com a cabeça
uma vez.
— Ele está. — Tack murmurou então: — Ele vai ver. — Ele ergueu a mão,
enrolando ao redor da parte de trás do seu pescoço, olhou para a distância e terminou: —
Nós todos vamos ver.
Eles fariam. Essa mensagem ficou clara na noite passada.
Pegar Natalie, e declarar guerra.
Eles levaram Natalie.
Eles tinham guerra.
Agora era só decidir quem iria atacar primeiro.
— Preciso voltar pra Tab. — Shy murmurou, Tack baixou a mão e olhou para Shy.
— Certo. — Ele respondeu, em seguida, Shy o assistiu tomar outro fôlego antes de
declarar: — Ela é minha, mas entendo que ela é sua, de uma forma que eu não tenho mais.
Respeito, mas estou pedindo a você pra carregar o fardo e a deixar respirar mais fácil.
— Ela é sua, Tack, o que significa que ela não é burra. Essa cadela ligou direto pra
ela. — Shy ergueu a mão para indicar o curativo em seu pescoço. — A noite passada não
foi despercebida para ela. Ela sabe que nós compramos problemas.
— Eu entendo isso, irmão. Eu não estou dizendo isso. Eu estou dizendo pra você,
suportar o fardo e a deixar respirar fácil. Você está me entendo?
Shy sustentou o olhar dele e assentiu.
Tack atraiu outro fôlego, desta vez ele não escondeu que, quando ele soltou, ele
ficou aliviado.
— Lanie. — Hop murmurou, trazendo o assunto de volta a mão que precisavam
voltar para suas mulheres.
Tack virou-se e acenou para Hop.
— Certo. — Ele repetiu. — Mais tarde, irmãos. Tenham em mente, que é cedo, ele
não vai logo em cima disso, mas cuidem de suas costas.
Shy assentiu. Hop fez também.
Eles balançaram em suas motos e rugiram fora para chegar a suas mulheres.
Tack
Shy
Shy abriu a porta de seu quarto no Complexo, atravessou e parou com o que viu.
Tabby estava sentada de pernas cruzadas em sua cama vestindo sua camiseta. Sua
cabeça estava abaixada e ela estava olhando para o telefone dela, o perfil dela era uma
máscara de incredulidade.
Ele fechou a porta atrás dele, chamando. — Tabby?
Lentamente, sua cabeça virou em sua direção, a descrença em seu rosto limpo, seus
belos olhos azuis começaram a brilhar, assim como os lábios perfeitos rosados começaram
se enrolar.
Em seguida, seu corpo começou a tremer.
Foi quando ele ouviu os risos.
Shy congelou com a visão.
Lá estava ela, sua menina, depois de uma noite como a noite passada, sentada na
cama, no seu quarto… rindo.
Oh yeah.
Essa era a sua menina.
Neste pensamento, através de seu riso, ela forçou para fora. — Shy, querido, eu
acabei de desligar o telefone com Ty-Ty… — Ela parou balançando a cabeça, rindo um
pouco mais, mas antes que ele pudesse pedir, ela continuou: — Ela só me deu as últimas
novidades de Lanie e Hop e, querido, você… não vai… acreditar.
Ela, então, disse-lhe que ele não iria acreditar e, dizendo, provou que ela não
conhecia Hop muito bem.
Porque Shy acreditava.
Em cada palavra.
Epílogo
Começa Agora
Continua em…
Fire Inside
O próximo livro do Chaos…