DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
Bruna Magalhães Dester RA:745302 Mykaella de Fátima Gomes RA:745379
A escola que, em teoria, deveria ser um ambiente de reflexão e promoção de valores
democráticos, acaba considerando assuntos como: "educação sexual e identidades de gênero" grandes tabus. Reproduzindo a discriminação contra as orientações que fogem do padrão heteronormativo. A psicologia histórico-cultural diz que o homem é um ser de natureza social, ou seja, ele nasce com algumas disposições biológicas, entretanto só torna-se um homem quando em contato com a sociedade, com a cultura, com outros seres humanos. Para esta corrente teórica a educação tem o papel de formar novas aptidões psíquicas nos educandos. Desta maneira é imprescindível abordar os variados temas sociais, entre eles a questão da sexualidade. Deve-se deixar claro a diferença entre dois termos: o sexo e a sexualidade. O sexo é relativo aos órgãos genitais e/ou à relação sexual, enquanto a sexualidade envolve o modo de como as pessoas lidam com seus prazeres e desejos, sendo mais cultural que biológico (Louro, 1998). A educação sexual tem a obrigação de questionar-se sobre os padrões de normalidade disseminados pelas gerações passadas. Cabe ao educador orientar seus educandos a romper os preconceitos imersos na cultura. Entretanto, apesar do sexo e da sexualidade fazerem parte do cotidiano, a formação das universidade, muitas vezes, não capacita os profissionais para lidarem com essas questões em seus diversos contextos, ocasionando na falta de recursos para lidar com esses assuntos. O conteúdo ministrado pela educação sexual não deve se deter a saúde sexual ou ao ato preventivo, mas ao conhecimento cientifico sobre a sexualidade e suas implicações na cultura e no cotidiano. Numa cidade do interior paulista foi proposta um estudo para aplicar um projeto de educação sexual, neste crianças do sétimo ano do ensino fundamental participaram de aulas sobre variados temas sobre a sexualidade: conceito de sexualidade ampla, conceito de adolescência, fisiologia e saúde, saúde sexual e reprodutiva, iniciação sexual, gravidez na adolescência, violência sexual: o abuso sexual, padrões de beleza e atitudes de discriminação, gênero e diversidade sexual. Por fim é dada uma avaliação com perguntas para assinalar falso ou verdadeiro, somente para analisar se as crianças conseguiram absorver os conteúdos ministrados. Em suma, o ensino superior precisa capacitar seus graduandos a fim de que eles conseguiam transmitir os conhecimentos acerca de temas sociais, como a sexualidade, sem estarem imersos em uma cultura repleta de preconceitos.