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Biópsia Líquida

O termo biópsia líquida surgiu há poucos anos. No começo, havia muita confusão sobre
o que de fato é uma biópsia líquida, mas a confusão maior, inclusive entre médicos, era
entender como avaliar seu resultado. O tema é um dos destaques do encontro anual da
Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, na sigla em inglês), que acontece
esta semana em Chicago.
Na teoria, a biópsia líquida consiste em retirar amostras de sangue para analisar tumores
de forma mais rápida e menos invasiva. Na prática, o resultado deste exame não
funciona da mesma forma que uma biópsia tradicional, na qual retira-se um pedaço
sólido do tumor para análise patológica.
Se com a biópsia tradicional o médico espera receber um laudo que aponta se há
presença de célula cancerosa na região analisada, na variação líquida do exame os
resultados mostram os tipos de mutações genéticas presentes nas células cancerosas,
permitindo identificar o melhor caminho para o tratamento de cada paciente.
Entre as vantagens desse tipo de exame está o fato de não ser invasivo, de o resultado
sair mais rápido e de conseguir pegar uma amostra maior. Esse ponto é muito
importante, pois as células cancerosas são muito heterogêneas e uma mutação pode
estar presente numa região e não em outra. Se é retirada uma amostra pequena, uma
mutação pode passar despercebida no exame. “A biópsia líquida veio a acrescentar mais
ferramentas nessa nova era de medicina de precisão”, explica Dr. Marcelo Cruz,
oncologista do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês.
Segundo o médico, o resultado de cada exame precisa ser avaliado por uma equipe
multidisciplinar qualificada, a fim de se obter resultado máximo a partir do laudo. “No
Sírio-Libanês, realizamos semanalmente encontros chamados de ‘Molecular Tumor
Boards’, nos quais uma equipe multidisciplinar avalia os resultados de cada caso e
determina qual será a melhor conduta terapêutica”, explica Cruz.
A biópsia líquida, exame já oferecido no Sírio-Libanês, é usada hoje somente em
pacientes com câncer metastático, em que o tumor inicial se desprendeu do local de
origem e espalhou pelo corpo. Estudos apresentados na ASCO 2019 estão levantando a
possibilidade de esse exame ser usado em pacientes que não têm a doença. “No futuro
próximo, poderemos usar a biópsia líquida para ajudar a rastrear pacientes e aumentar o
diagnóstico precoce”, conclui o médico.

Biópsia líquida é pouco invasiva e


permite detectar e acompanhar o
câncer
J Mater Chem B

. 2019 Nov 21;7(43):6670-6704. doi: 10.1039/c9tb01490j. Epub 2019 Oct 24.

Advanced liquid biopsy technologies for circulating biomarker detection


Narshone Soda 1, Bernd H A Rehm 2, Prashant Sonar 3, Nam-Trung Nguyen 4,
Muhammad J A Shiddiky 1

Liquid biopsy is a new diagnostic concept that provides important information


for monitoring and identifying tumor genomes in body fluid samples. Detection
of tumor origin biomolecules like circulating tumor cells (CTCs), circulating
tumor specific nucleic acids (circulating tumor DNA (ctDNA), circulating tumor
RNA (ctRNA), microRNAs (miRNAs), long non-coding RNAs (lnRNAs)),
exosomes, autoantibodies in blood, saliva, stool, urine, etc. enables cancer
screening, early stage diagnosis and evaluation of therapy response through
minimally invasive means. From reliance on painful and hazardous tissue
biopsies or imaging depending on sophisticated equipment, cancer
management schemes are witnessing a rapid evolution towards minimally
invasive yet highly sensitive liquid biopsy-based tools. Clinical application of
liquid biopsy is already paving the way for precision theranostics and
personalized medicine. This is achieved especially by enabling repeated
sampling, which in turn provides a more comprehensive molecular profile of
tumors. On the other hand, integration with novel miniaturized platforms,
engineered nanomaterials, as well as electrochemical detection has led to the
development of low-cost and simple platforms suited for point-of-care
applications. Herein, we provide a comprehensive overview of the biogenesis,
significance and potential role of four widely known biomarkers (CTCs, ctDNA,
miRNA and exosomes) in cancer diagnostics and therapeutics. Furthermore, we
provide a detailed discussion of the inherent biological and technical challenges
associated with currently available methods and the possible pathways to
overcome these challenges. The recent advances in the application of a wide
range of nanomaterials in detecting these biomarkers are also highlighted.

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