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Pavanelo - Introducao Ao Metodo Dos Elementos Finitos
Pavanelo - Introducao Ao Metodo Dos Elementos Finitos
NOTAS DE AULA
ELEMENTOS FINITOS
CAMPINAS/SP
BRASIL
AGOSTO - 1997
Sumário
1 Introdução 1
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Breve histórico do Método . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Organização do Curso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
i
3.6.1 Definição do Resı́duo e Escolha das Funções Admissı́veis
51
3.6.2 Funções Ponderadoras - Colocação por Pontos. . . . . . 53
3.6.3 Funções Ponderadoras - Método de Galerkin. . . . . . . 56
3.6.4 Funções Ponderadoras - Método dos Mı́nimos Quadrados. 59
3.6.5 Comparação do s Resultados . . . . . . . . . . . . . . . 61
ii
7.4.2 Modelo de Material, Escolha da Lei Constitutiva . . . . 108
7.4.3 Equações de Equilı́brio da Barra . . . . . . . . . . . . . 108
7.5 Condições de Contorno para o Caso da Barra . . . . . . . . . 110
7.6 Resumo das Equações da Barra em Movimentos Axiais . . . . 111
7.7 Obtenção da Equação Matricial para o Elemento de Barra . . 111
7.7.1 Aplicação do Método dos Resı́duos Ponderados . . . . 111
7.7.2 Aplicação do Método dos Elementos Finitos . . . . . . 113
7.7.3 Matriz de Rigidez e Vetor de Força Nodal Equivalente
para o Elemento Barra . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
7.8 Elementos Finitos para estruturas Unidimensionais de
Viga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
7.9 Obtenção da Equação Diferencial do Elemento . . . . . . . . . 117
7.9.1 Modelo Geométrico para a Viga . . . . . . . . . . . . . 117
7.9.2 Modelo de Material, Escolha da Lei Constitutiva . . . . 120
7.9.3 Equações de Equilı́brio da Viga . . . . . . . . . . . . . 121
7.10 Condições de Contorno para a Viga . . . . . . . . . . . . . . . 127
7.11 Resumo das Equações da Viga em Flexão . . . . . . . . . . . . 128
7.12 Obtenção da Equação Matricial para o Elemento de Viga . . . 128
7.12.1 Aplicação do Método dos Resı́duos Ponderados . . . . 128
7.12.2 Aplicação do Método dos Elementos Finitos . . . . . . 130
7.13 Elementos Finitos para estruturas Unidimensionais em
Torção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
7.14 Obtenção da Equação Diferencial do Elemento . . . . . . . . . 135
7.14.1 Modelo Geométrico para a Barra em Torção . . . . . . 135
7.14.2 Modelo de Material, Escolha da Lei constitutiva . . . . 138
7.14.3 Equações de Equilı́brio da Barra . . . . . . . . . . . . . 139
7.15 Condições de Contorno para a Barra . . . . . . . . . . . . . . 140
7.16 Resumo das Equações da Barra em Movimentos Axiais . . . . 141
7.17 Obtenção da Equação Matricial para o Elemento de Barra em
Torção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
7.17.1 Aplicação do Método dos Resı́duos Ponderados . . . . 141
7.17.2 Aplicação do Método dos Elementos Finitos . . . . . . 142
7.17.3 Matriz de Rigidez e Vetor de Força Nodal Equivalente
para o Elemento de Barra em Torção . . . . . . . . . . 144
7.18 Elementos Finitos para estruturas Reticuladas . . . . . 146
7.19 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
7.20 Obtenção da Matriz de Rigidez Global para o Elemento de
uma Treliça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
7.21 Obtenção da Matriz de Rigidez Global para o Elemento de um
Pórtico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
7.22 Pós-processamento para Elementos de Treliça . . . . . . . . . 156
iii
7.23 Pós-processamento para Elementos de Pórtico . . . . . . . . . 157
iv
Lista de Figuras
v
5.5 Descrição da transformação entre espaço real e espaço de re-
ferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
5.6 Elemento triangular linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
5.7 Elemento triangular quadrático . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
vi
Lista de Tabelas
vii
Capı́tulo 1
Introdução
1.1 Introdução
Atualmente, motivados pela forte concorrência industrial os fabricantes de
máquinas e equipamentos tem buscado soluções cada vez mais otimizadas,
com o intuito de reduzir custos aumentando segurança, conforto e perfor-
mance.
Este desafio tem sido confiado as equipes de engenharia que tem se torna-
do cada vez mais multidisciplinares, sendo formadas não só por engenheiros
das diversas modalidades, mas também por economistas, fı́sicos, matemáticos
etc.
Dentre muitas ferramentas disponı́veis para o cálculo e análise de estru-
turas mecânicas e meios contı́nuos em geral, o Método dos Elementos Finitos
tem se destacado como sendo uma ferramenta de uso geral, eficaz e de alto
desempenho.
Nestas notas pretende-se abordar a utilização do Método dos Elemen-
tos Finitos aplicado principalmente ao cálculo estrutural. Todavia, sendo o
Método dos Elementos Finitos uma ferramenta geral utilizada para a solução
de Equações Diferencias, é natural que outras disciplinas também sejam
abordadas, caracterizando assim a multidisciplinaridade dos problemas de
mecânica.
Estas notas foram elaboradas para serem utilizadas em cursos de en-
genharia, resguardando-se um caráter mais aplicado. Em consequência será
dado um enfoque relativamente restrito no que se refere aos fundamentos
matemáticos do Método dos Elemetos Finitos, procurando ressaltar os con-
ceitos básicos e suas aplicações. Em todos os casos em que for conveniente
serão citadas referências bibliográficas mais especializadas.
Apresenta-se nas próximas seções uma descrição geral do Método dos
1
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO 2
De uma forma global o Método dos Elementos Finitos foi criado com o
objetivo de se resolver os problemas de mecânica que não admitem soluções
fechadas (de forma analı́tica). Ele é baseado em aproximações do tipo polino-
mial nodal em subdomı́nios, o que implica em processos de discretização dos
domı́nios, que podem ter geometrias irregulares arbitrárias. Na Figura 1.1
pode ser visto de forma esquemática alguns elementos básicos de um modelo
de elementos finitos, e sua nomenclatura.
Pode-se ver no esquema apresentado na Figura 1.1 que o domı́nio Ω foi dis-
cretizado em Elementos Finitos, de forma triangular ou quadrilateral. Neste
caso para cada ponto n, chamado de nós, estão associadas as incógnitas do
problema. Trata-se assim de uma discretização clássica de um meio contı́nuo.
Outra aplicação usual do conceito de Elementos Finitos aparece na análise de
estruturas, neste caso analisa-se estruturas reticuladas ou em placas e cascas,
sendo o domı́nio previamente discretizado, como pode ser visto na figura 1.2.
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
1965 1970 1975 1980 1985 1990
8
CAPÍTULO 2. ELEMENTOS FINITOS NA ANÁLISE ESTRUTURAL 9
resistência dos materiais, que a solução para o caso de barras de seções cons-
tantes é bem mais simples do que o caso de barras de seção variável.
Ou seja, considerando que uma barra em movimento axial é governada
pela seguinte equação diferencial [36]:
∂ 2u
EA =F (2.1)
∂x2
onde E é o Módulo de Elasticidade do material da barra, A é a área
da seção tranversal da barra, u é o deslocamento axial, e F a força exter-
na aplicada na face B. Supondo que a barra está engastada em uma de
suas extremidades, as condições de contorno necessárias para se posicionar
corretamente o problema são as seguintes:
u = 0 em x = 0 (2.2)
∂u F
= em x = L (2.3)
∂x EA
Resolvendo-se o sistema de equações 2.1 a 2.3, obtem-se uma solução
fechada - analı́tica - para o problema. No caso da seção constante tem-se:
FL
uB = (2.4)
EA
E para o caso da área variar linearmente, tem-se a equação da barra dada
por:
CAPÍTULO 2. ELEMENTOS FINITOS NA ANÁLISE ESTRUTURAL10
∂u F
= (2.5)
∂x AE
parametrizando a expresão da área, sendo A = A0 em x = L e A = 3A0
em x = 0 obtem-se:
∂u F
= (2.6)
∂x EA0(3 − 2x
L
)
Integrando-se no domı́nio [0, l], pode-se determinar o deslocamento da
extremidade B da seguinte maneira:
Z L F FL
uB = 2x dx = ln(3) (2.7)
0 EA0 (3 − L
) 2A0 E
Pode-se notar, que a solução para o caso onde a área varia é um pouco
mais complexa, sendo que para certos casos onde a geometria torna-se arbi-
trária é impossivel de ser obtida analı́ticamente.
Usando-se a idéia da discretização, pode-se então transformar um prob-
lema mais complexo, na soma de diversos problemas simples como se segue:
• Dado um referencial fixo em cada elemento, (x̄, ȳ), supõe-se que para
cada Elemento o deslocamento axial u(x̄) varia linearmente. Define-se
também os nós de cada elemento i, j, conforme mostrado na Figura 2.1.
FL
uB = (2.8)
EA
• Finalmete, o deslocamento total é igual a soma dos deslocamentos de
cada elemento.
Nota 2.2 A idéia global do método consiste em substituir uma solução com-
plexa para todo o domı́nio pela superposição de soluções simples em sub-
domı́nios.
CAPÍTULO 2. ELEMENTOS FINITOS NA ANÁLISE ESTRUTURAL12
Nota 2.4 Na construção das malhas, deve-se ter o cuidado para se evitar
”furos”ou ”interferência”entre os elementos, garantindo a compatibilidade
das variáveis que estão sendo aproximadas.
I. Aproximação Linear
φ = a1 + a2 x (2.9)
II. Aproximação quadrática
φ = a 1 + a 2 x + a 3 x2 (2.10)
I. Aproximação Linear
φ = a1 + a2 x + a3 y (2.11)
II. Aproximação quadrática
I. Aproximação Bilinear
φ = a1 + a2 x + a3 y + a4 xy (2.13)
CAPÍTULO 2. ELEMENTOS FINITOS NA ANÁLISE ESTRUTURAL13
Assim quanto maior for o número de elementos, maior será a precisão sobre
o cálculo de φ. De uma forma global, para cada tipo de problema, existe um
elemento mais apropriado.
1
x y
2
x xy y2 (2.15)
3 2 2
x x y xy y3
. . . . .
Outros tipos de bases podem ser usadas mas não serão aqui descritas.
De uma forma global o método dos Elementos Finitos pode ser sistem-
atizado conforme o quadro mostrado na figura 2.4.
Nota-se que um passo fundamental do método, é a determinação de uma
relação matricial, entre as variáveis de estado, a nı́vel elementar (geração de
uma biblioteca de Elementos), que é realizado com base nas aproximações
locais definidas acima.
Outro ponto importante, refere-se a geração automática de malhas, que
pode ser realizada com base em um modelo geométrico prévio obtido em um
programa de CAD.
Ressalta-se também as etapas de resolução numérica (Algebra Computa-
cional) e pós processamento (visualização computacional).
Diversos métodos podem ser usados para a determinação das caracteristi-
cas locais de cada elemento. Na sequência apresentam-se algumas aplicações
do método direto, e ao longo do texto serão apresentados métodos mais
gerais, tais como o Método dos Resı́duos Ponderados.
CAPÍTULO 2. ELEMENTOS FINITOS NA ANÁLISE ESTRUTURAL14
EA
Fi = ui (2.16)
L
−EA
Fj = ui (2.17)
L
CAPÍTULO 2. ELEMENTOS FINITOS NA ANÁLISE ESTRUTURAL16
−EA
Fi = uj (2.18)
L
EA
Fj = uj (2.19)
L
Finalmente, considerando-se Fi e Fj , diferentes de zero, tem-se:
1 −1
ui
Fi
EA
= (2.20)
L
−1 1 uj FJ
ou seja,
[K e ]{ue} = {F e } (2.21)
onde [K e ] é a Matriz de Rigidez de um elemento, {ue } é o vetor dos
deslocamentos nodais, e {F e } é o vetor nas forças nodais do elemento.
A matriz [K e ] é simétrica, e representa uma relação linear entre esforços
e deslocamentos. Neste caso a solução obtida coincide com a solução exata
para barras de seção constante submetida a cargas puntuais. Caso a geometia
do sistema varie, os resultados obtidos com uma formulação deste tipo serão
aproximados devido aos erros de geometria e de modelagem.
ou seja,
(Vi − Vj )
I= (2.25)
R
onde R é resistência elétrica. Supondo que Vi e Vj sejam simultaneamente
diferentes de zero, tem-se:
1 −1
Vi
Ii
1
= (2.26)
R −1
1 Vj IJ
CAPÍTULO 2. ELEMENTOS FINITOS NA ANÁLISE ESTRUTURAL18
ou seja,
[K e ]{ue} = {F e } (2.28)
onde, considerando o problema plano com dois graus de liberdade por nó,
tem-se os seguintes vetores de estado locais para o elemento tı́pico 2:
u1
fx1
v1
fy1
u2
fx2
e e
u = ,F = (2.29)
v2
fy2
u3
fx3
v3 fy3
sendo a numeração local dos nós (1,2,3) se realciona com a numeração
global (1,2,4). A relação local pode ser representada genericamente , por
uma forma matricial do seguinte tipo:
CAPÍTULO 2. ELEMENTOS FINITOS NA ANÁLISE ESTRUTURAL20
e
k1,1 e
k1,2 e
k1,3 e
k1,4 e
k1,5 e
k1,6
u1 fx1
e e e e e
k2,2 k2,3 k2,4 k2,5 k2,6
v1
fy1
e e e e
k3,3 k3,4 k3,5 k3,6
u2
fx2
= (2.30)
e
k4,4 e
k4,5 e
k4,6
v2
fy2
e e
k5,5 k5,6
u3
fx3
e
SIM. k6,6
v3 fy3
nó 1 nó 2 nó 3 nó 4 nó 5 nó 6 nó 7 nó 8
ID = GDL1 1 3 0 0 0 0 0 0 (2.32)
GDL2 2 4 5 6 7 0 0 0
1 2 1 2 2 2 1 1 2
k1,1 + k1,1 k1,2 + k1,2 k1,5 k1,6 k1,4 k1,6 + k1,4
1
k2,2 2
+ k2,2 2
k2,5 2
k2,6 1
k2,4 1
k2,6 2
+ k2,4
2 3 2 3 2 3
k5,5 + k1,1 k5,6 + k1,2 k4,5 k1,4
2
k6,6 3
+ k2,2 2
k4,6 3
k2,4
1 4 1 4
k4,4 + k2,2 k4,6 + k2,8
1
k6,6 2
+ k4,4 4
+ k8,8 5
+ k2,2 5
k2,8
3 5
SIM k4,4 + k8,8
(2.33)
fx1
u1
fy1
v1
fx2
u2
fy2
× v2 = (2.34)
fy3
v3
fy4
v4
fy5
v5
• E = 1.99e11 N/m2
• ν = 0.3
a. Deslocamentos do nós 1 e 3.
I. Pontos
II. Linhas
III. Áreas
IV. Volumes
que podem ser geradas de diversas formas, que serão exploradas ao longo
destas notas.
As entidades geométricas geradas, servem de base para a construção das
malhas de Elementos Finitos, bem como para a definição das condições de
contorno e dos carregamentos de uma análise.
Neste caso especı́fico da análise de uma estrutura reticulada, não se faz
necessário a geração de uma geometria, usando-se o que é denominado de
geração direta de malha. Isto é, define-se diretamente, nós e elementos.
Geração da Malha
Faz-se então a geração da malha de Elementos Finitos. Neste caso usa-se
a geração direta, definindo-se nós e elementos diretamente. A malha adotada
neste caso é mostrada na Figura 2.10.
Esta etapa é feita pela definição de cada ponto da malha e normalmente
é a parte mais onerosa das análises industriais.
29
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 30
Z
1 1
k f(x, y, z) k=< f, f > = (2 f 2 dD) 2 , (3.2)
D
Z
1 1
k f(x, y, z) kw =< f, wf > = (
2 w(x, y, z)f(x, y, z)2dD) 2 (3.3)
D
k f(x, y, z) kw ≥ 0 (3.4)
< f1 , f1 > < f1, f2 > . . . < f1, fn >
< f2, f2 > . . . < f2, fn >
| < fi , fj > | =
6= 0 (3.6)
... ...
Sim. < fn, fn >
∂ 2u ∂ 2u ∂ 2u
L2 (u) ⇒ ∇2u = + + , (3.7)
∂x2 ∂y 2 ∂z 2
onde o operador L2( ) é definido genericamente por:
∂ 2( ) ∂ 2( ) ∂ 2( )
L2m ( ) ⇒ ∇2( ) = + + . (3.8)
∂x2 ∂y 2 ∂z 2
Outro operador bastante utilizado é o operador bi-harmônico, que para
o caso de um espaço 2D pode ser escrito como:
∂ 4( ) ∂ 4( ) ∂ 4( )
∇2 (∇2( )) = + 2 + . (3.9)
∂x4 ∂x2∂y 2 ∂y 4
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 32
onde α é um escalar.
d2 u
L2 (u) = 2 + u + εu3 = sin(ωt) (3.12)
dt
Observa-se na equação (3.12) que termos de ordem inferior podem ser
não lineares.
para qualquer u(x, y, z) não nula que satisfaça a forma homogênea das
condições de contorno em C do domı́nio D.
I. Equações Hiperbólicas:
∂ 2u 2
2∂ u
=a (3.15)
∂t2 ∂x2
Esta equação é usada no estudo de vibrações transversais de uma
corda, vibrações longitudinais de uma barra, oscilações elétricas,
vibração torcional de eixos, acústica de gases perfeitos etc. Esta
equação é conhecida como Equação da Onda.
II. Equações Parabólicas:
∂u ∂ 2u
= a2 2 (3.16)
∂t ∂x
Esta equacão é usada no estudo de propagação de calor, proble-
mas de difusão, difusão de fluidos miscı́veis em meios porosos, em
problemas de probabilidade, etc. Esta equação é a Equação de
Fourier ou de transmissão de Calor em regima transiente.
III. Equações Elı́pticas:
∂ 2u ∂ 2u
+ =0 (3.17)
∂x2 ∂y 2
Neste caso a equação pode representar os problemas de condução
de calor estacionário, campos magnéticos, hidrodinâmica, etc. Es-
ta equação é a Equação de Laplace. Este tipo de equação
está associado a problemas de Valor de Contorno em regime esta-
cionário ou seja , a problemas de equilı́brio.
a1 ∂u(x,y) + b1 ∂u(x,y) c1 ∂v(x,y) + d1 ∂v(x,y) = 0
∂x ∂y ∂x ∂y
a2 ∂u(x,y) + b2 ∂u(x,y) c2 ∂v(x,y) + d2 ∂v(x,y) = 0
∂x ∂y ∂x ∂y
(3.18)
∂u(x,y)
dx + ∂u(x,y)
dy = du
∂x ∂y
∂v(x,y)
dx + ∂v(x,y)
dy = dv
∂x ∂y
onde as constantes a1, b1 , c1, d1 , a2, b2 , c2, d2 são funções de u(x, y) e v(x, y)
diferenciáveis em D e não são diretamente dependentes de x e y.
Escrevendo o sistema acima em uma forma matricial tem-se:
a1 b1 c1 d1
∂u
0
∂x
∂u
a2 b2 c2 d2 ∂y
0
= (3.19)
dx dy 0 0 ∂v du
∂x
0 0 dx dy
∂v
dv
∂y
ou em forma compacta,
|[A]| =
6 0 (3.21)
• Determinante nulo
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 35
a1 b1 c1 d1
a2 b2 c2 d2
det
|[A]| = =0 (3.22)
dx dy 0 0
0 0 dx dy
dy 2 dy
) −b +c=0
a( (3.24)
dx dx
admitindo raizes da seguinte forma:
√
dy b± b2 − 4ac
= (3.25)
dx 2a
onde ,
∆ = 0 1 raiz real - Equação Diferencial Parabólica
∆ > 0 2 raizes reais - Equação Diferencial Hiperbólica
∆ < 0 2 raizes complexas - Equação Diferencial Elı́ptica
(3.27)
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 36
L2m (ψ(x, y, z)) = f(x, y, z) em D
(3.28)
Bi (ψ(x, y, z)) = gi (x, y, z) em C i = 1, 2, · · · , m
∇ · k∇T (x, y) = f(x, y) em D
T (x, y) = T0(x, y) em C1
(3.30)
k∇T (x, y) · n(x, y) = q0 (x, y) em C2
k∇T (x, y) · n(x, y) + h(T − T0) = 0 em C3
4
EI d dx
v(x)
= q(x) → x ∈ [0, L]
4
v(0) = 0 → deslocamento restrito
v(L) = 0 → deslocamento restrito
(3.31)
dv(0)
dx
= 0 → Deslocamento Angular restrito
2
EI d dx
v(L)
= 0 → Momento Fletor imposto
2
3
EI d dx
v(L)
= −P → Força Cortante imposta
3
L2m (ψ(x, y, z)) = f(x, y, z) em D
PP1
Bi (ψ(x, y, z)) = gi (x, y, z) em C i = 1, 2, · · · , m
(3.32)
Uma função ψ(x, y, z) é Admissı́vel para o problema se satisfizer to-
das as condições de diferenciabilidade relacionadas com o operador
L2m ( ) e se ψ(x, y, z) satisfizer idênticamente as condições de contorno,
Bi (ψ(x, y, z)) = gi (x, y, z) , no contorno C.
Se ψ(x, y, z) satisfizer todas as condições de diferenciabilidade/continuidade
relacionadas com o operador L2m ( ) e se todas as condições de contorno
são satisfeitas, a formulação para o Método dos Resı́duos Ponderados
é chamada de Forte.
Se ψ(x, y, z) tiver condições de diferenciabilidade/continuidade rela-
xadas em relação ao operador L2m ( ) e se ψ(x, y, z) satisfizer aproxi-
madamente as condições de contorno naturais, a formulação para o
Método dos Resı́duos Ponderados é chamada de Fraca. Observa-se
neste caso que as condições de contorno essenciais devem ser satisfeitas
identicamente.
Uma sequência de funções admissı́veis {ψ1, ψ2, · · · , ψM } linearmente in-
dependentes em D é dita completa, se para um problema padrão PP1,
onde u(x, y, z) é solução exata vale a seguinte relação:
Z X
M 2
L2m (u(x, y, z)) = f(x, y, z) em D
PP1 (3.34)
Bi (u(x, y, z)) = gi (x, y, z) em C i = 1, m
Z 1
1 2
||R|| = < R, R > 2 = ( R2 (x, y, z)dD) (3.36)
D
Por construção uma função admissível ϕ(x, y, z) pode ser expressa por:
X
n
ϕ(x, y, z) = ϕ0(x, y, z) + αj ϕj (x, y, z) (3.40)
j=1
onde para o caso de operadores lineares pode ser escrito da seguinte forma:
X
n
R(x, y, z) = L2m (ϕ0 ) + L2m ( αj ϕj ) − f em D (3.43)
j=1
isto é,
X
m X
n
Rc (x, y, z) = (Bi (ϕ0 + αj ϕj ) − gi ) (3.45)
i=1 j=1
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 42
Z
< R(x, y, z), Wi(x, y, z) >= R(x, y, z)Wi (x, y, z)dD = 0 i = 1, n (3.49)
D
Z
< Rc (x, y, z), Wi(x, y, z) >= Rc (x, y, z)Wi(x, y, z)dC = 0 i = 1, n ,
C
(3.50)
para o caso onde o resı́duo Rc não é nulo.
No caso do problema PP1 tem-se:
Z X
n
< R, Wi >= [L2m(ϕ0 + αj ϕj ) − f]Wi D = 0 i = 1, n (3.51)
D j=1
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 43
Z X
n Z
< R, Wi >= L2m (ϕ0 + αj ϕj )Wi D − Wi fdD = 0 (3.52)
D j=1 | D {z }
| {z } bi
Fi (αi)
sendo que a função resı́duo R(x, y, z) e sua norma ||R|| , fornecem indi-
cadores da precisão da solução aproximada obtida.
Z X
n Z
< R, Wi >= L2m (ϕ0 + αj ϕj )Wi D − Wi fdD = 0 (3.55)
D j=1 D
isto é:
Z X
n Z Z
< R, Wi >= L2m ( αj ϕj )Wi dD + L2m (ϕ0)Wi dD − Wi fdD = 0
D j=1 D D
(3.56)
que pode ser escrito como sendo:
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 44
Z
P R
αi L2m (ϕi W1 )dD = − (L2m (ϕ0 ) − f)W1 dD
| {z }
b1
Z
P R
αi L2m (ϕi W2 )dD = − (L2m (ϕ0 ) − f)W2 dD
| {z }
b2
(3.57)
.. ..
. .
Z
P R
αi L2m (ϕi Wn )dD = − (L2m (ϕ0 ) − f)Wn dD
| {z }
bn
R(ξi ) = 0 i = 1, 2, · · · , n (3.62)
ou seja para uma famı́lia de funções admissı́veis definida por:
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 46
X
n
ϕ(x) = ϕ0(x) + αj ϕj (x) , (3.63)
j=1
Pn
R(ξ1 ) = L2m (ϕ0 (ξ1 ) + j=1 αj ϕj (ξ1 ) − f(ξ1 )) = 0
Pn
R(ξ2 ) = L2m (ϕ0 (ξ2 ) + αj ϕj (ξ2 ) − f(ξ2 )) = 0
j=1
.. (3.64)
.
Pn
R(ξn ) = L2m (ϕ0 (ξn ) + αj ϕj (ξn) − f(ξn )) = 0
j=1
A representação gráfica que pode ser dada conforme a Figura 3.2 , e por
definição da função δ(x − ξi ) tem-se:
Z ξi +ε
δ(x − ξi )dx = 1 (3.66)
ξi −ε
Z b
< R(x), Wi (x) >=< R(x), δ(x − ξi ) >= R(x)δ(x − ξi )dx = R(ξi ) = 0
a
(3.67)
D1 = [a, x1]
D2 = [x1, x2]
.. (3.68)
.
Dn = [xn−1 , b]
∂R(αi )
Wi (x) = , (3.72)
∂αi
o que corresponde a escrever,
∂kRk2 Z b ∂R2
= dx = 0 (3.76)
∂αi a ∂αi
Rb Pn
< R(x), Wi (x) >=< R(x), ϕi (x) >= a L2m [ϕ0(x) j=1 αj ϕj (x)]ϕi(x)dx+
Rb
a −fϕi (x)dx i=1,2,· · ·,n
(3.80)
i = 1, 3, 5, · · · (3.86)
iπ
ωi = ( 2L )a
O problema PB1 admite também soluções aproximadas. Usando o pro-
cedimento padrão do método dos Resı́duos Ponderados pode-se obter dife-
rentes soluções para PB1.
onde:
ϕ1 (x) = x(1 − x2 )
(3.89)
ϕ2(x) = x(1 − x)2
∂ 2 ϕ1 (x)
∂x2
= −1
(3.90)
∂ϕ2 (x)
∂x
= (3x2 − 4x + 1)
∂ 2 ϕ2 (x)
∂x2
= (6x − 4)
∂ 2 ϕ1 (x)
∂x2
= 2 − 6x
(3.92)
∂ϕ2 (x)
∂x
= 3x2 − 4x3
∂ 2 ϕ2 (x)
∂x2
= 6x − 12x2
∂ 2ϕ1 (x) ω 2
R1 (x) = α1( + ( ) ϕ1(x)) (3.93)
∂x2 a
e tendo em vista (3.90) chega-se a:
ω 2 x2
R1 (x) = α1 (−1 + ( ) (x − )) , (3.94)
a 2
e o resı́duo R2 (x) devido a α2 ϕ2(x) é:
∂ 2ϕ2 (x) ω 2
R2 (x) = α2( 2
+ ( ) ϕ2(x)) (3.95)
∂x a
e tendo em vista (3.90) chega-se a:
ω 2
R2 (x) = α2 ((6x − 4) + ( ) x(1 − x2)) , (3.96)
a
Sendo o Resı́duo total dado por:
1 ω2 1 1
R1 (ξ1 ) = R1 ( ) = α1(−1 + ( − )) = 0 (3.98)
2 a 2 8
o que implica em:
ω 2 3 ω 2 8
α1 (−1 + ( ) ( )) = 0 ⇒ ( ) = ⇒ ω1 = 1.6333a (3.99)
a 8 a 3
A solução exata deste problema é dada por ωexato = 1.571a o que
implica em um erro de aproximadamente 4%. O Modo de vibração
correpondente ao autovalor ω1 pode ser calculado voltando-se em (3.88)
2
, o que permite escrever os modo como sendo ϕ(x) = α1 (x − x2 ) que é
representado conforme mostrado na Figura 3.6.2. Nesse caso o modo é
definido independentemente da constante α1
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 54
ω 2 1
R1 (ξ1 ) = R1 (1) = α1 (−1 + ( ) (1 − )) = 0 (3.100)
a 2
o que implica em:
ω 21 ω 2
−1 + ( ) = 0 ⇒ ( ) = 2 ⇒ ω1 = 1.414a (3.101)
a 2 a
O erro é neste caso de aproximadamente 10%. O Modo de vibração cor-
repondente ao autovalor ω1 pode ser calculado voltando-se em (3.88).
Nota-se neste caso que a precisão obtida nos resultados é função do
ponto de colocação escolhido.
ω 2 x2 ω 2
R(x) = R1 (x)+R2 (x) = α1 (−1+( ) (x− ))+α2 (6x−4+( ) x((1 − x)2 ))
a 2 a
(3.102)
nesse caso tem-se duas constantes α1 e α2 a serem determinadas a partir
de duas equações definidas a partir dos dois pontos de colocação ξ1 e
ξ2 . Ou seja, a partir de (3.102) tém-se:
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 55
R(ξ1 ) = R( 12 ) = α1 (−1 + 38 ( ωa )2) + α2(−1 + 18 ( ωa )2 ) = 0
R(ξ2 ) = R(1) = α1 (−1 + 12 ( ωa )2 ) + α2(6 − 4 + ( ωa )2 1.(1 − 1)) = 0
(3.103)
o que em forma matricial corresponde a:
(−1 + 38 λ) (−1 + 18 λ) 0
α1
= (3.104)
(−1 + 1
λ) 2 0
2 α2
3 1 1
2(−1 + λ) − (−1 + λ)(−1 + λ) = 0 (3.105)
8 8 2
λ2 11
− λ+3 =0 (3.106)
16 8
que admite duas soluções :
λ1 = 2.456 ⇒ ω1 = 1.567a
1√ 2
λ = 11 ± 22 − 192 = (3.107)
2 λ2 = 19.544 ⇒ ω2 = 4.421a
α2 = −.114α1 , (3.109)
x2 (3.110)
= α1 (x − 2
− 0.114x(1 − x)2) =
Z
ω 2
1 x2 x2
< R(x), Wi (x) >=< R(x), ϕ1(x) >= α1 [−1+( ) (x− )](x− )dx = 0
0 a 2 2
(3.111)
A expressão (3.111) pode ser resolvida determinando-se o valor de ω.
Chamando-se λ = ( ωa )2 tem-se:
R1 x2 x2
< R(x), ϕ1 (x) > = α1 0 [−1 + λ(x − 2
)](x − 2
)dx =0
R1 x2 x2 2
α1 0 [−x + 2
+ λ(x − 2
) dx =0
(3.112)
α1{ 15
2
λ − 1
3
} =0
λ = 2.5
x2
ϕ(x) = α1 ϕ1 = α1 (x − ) (3.113)
2
Nota 3.4 Dispõe-se até o momento de quatro solucões do problema PB1,
que podem ser comparadas entre si. Verifique a precisão de cada uma delas
e verifique também que tipo de soluções são encontradas para os modos.
∂ϕ1 (x)
= (1 − x)
∂x
∂ 2 ϕ1 (x)
= (−1)
∂x2
(3.115)
∂ϕ2 (x)
= (1 − x2)
∂x
∂ 2 ϕ2 (x)
= (−2x)
∂x2
x2 x3
R(x) = α1[−1 + λ(x − )] + α2 [−2x + λ(x − )] (3.116)
2 3
onde λ = ( ωa )2 . Nesse caso o resı́duo ponderado envolve duas parcelas:
R1 x2 x3 x2
< R(x), ϕ1 >= 0 {α1 [−1 + λ(x − )] +α2 [−2x + λ(x − )]}(x − 2
)dx =0
| {z 2 } | {z 3 }
c11 c12
R1 x2 x3 x3
< R(x), ϕ2 >= 0 {α1 [−1 + λ(x − )] +α2 [−2x + λ(x − )]}(x − 3
)dx =0
| {z 2 } | {z 3 }
c21 c22
(3.117)
sendo que cada termo de (3.117) é calculado como se segue:
R1 x2 x2
c11 = 0 {[−1 + λ(x − 2
)](x − 2
)dx = [ 13 + 2
15
λ]
R1 x3 x2
c12 = 0 {[−2x + λ(x − 3
)](x − 2
)dx 5
= [− 12 + 0.16944λ]
R1 x2 x3 (3.118)
c21 = 0 {[−1 + λ(x − 2
)](x − 3
)dx 5
= [− 12 + 0.16944λ]
R1 x3 x3
c22 = 0 {[−2x + λ(x − 3
)](x − 3
)dx = [−0.53333 + 0.21587λ]
( 13 + 2
λ) 5
(− 12 + 0.16944λ) ( )
0
15
α1
. = (3.119)
5
(− 12 + 0.16944λ) (−0.53333 + 0.21587λ) α2
0
Modo λ ω erro %
1 2.46806 1.571 a 0
2 23.5609 4.854 a 3
1 2 5
( + × 2.4681)α1 + (− + 0.16944 × 2.4681)α2 = 0 (3.120)
3 15 12
o que leva a:
α2
= −2.763 (3.121)
α1
e o modo 1 pode ser definido por:
ϕ1 (x) = α1 ϕ1 − 2.763α1 ϕ2
x2 x3
ϕ1 (x) = α1 [(x − 2
) − 2.763(x − 3
)] (3.122)
x2 3
ϕ1(x) = α1[−1.763x − 2
+ 0.9211 x3 ]
Para o segundo modo o procedimento é análogo, usando o valor λ2 .
∂R(x)
Wi (x) = (3.123)
∂αi
Esse procedimento se aplicado para apenas uma função admissı́vel, cor-
responde a:
x2
ϕ(x) = α1 ϕ1(x) = α1(x − 2
) Função admissı́vel
x2
R(x) = R1 (x) = α1 [−1 + (x − 2
)λ] Resı́duo (3.124)
x2
W1 (x) = ∂R(x)
∂α1
= [−1 + (x − 2
)λ] Função Ponderadora
Z 1 x2 x2
< R(x), W1 (x) >= α1[−1 + (x − )λ][−1 + (x − )λ]dx = 0 (3.125)
0 2 2
o que leva a:
R1 x4
α1 0 [−1 + (2x − x2)λ + (x2 + 4
− x3 )λ2 ]dx = 0
(3.126)
α1[λ2 − 5λ + 7.5] = 0
Quando n = 1 nota-se da equação (3.126) que o mı́nimo de kR(x)k2
só depende de λ sendo independente de α1 . Tal procedimento implica em
determinar λ a partir da seguinte expressão:
∂ 2
[λ − 5λ + 7.5] = 0 (3.127)
∂λ
O que nos leva a λ = 2.5 e por conseguinte ω1 = 1.581a. Observa-se neste
caso que o resultado obtido é idêntico ao obtido com o método de Galerkin
com uma função. A fim de verificar o que ocorre para o caso de mais de
uma função admissı́vel, adotou-se as mesmas funções do exemplo anterior,
definidas em (3.114) calculando-se o resı́duo conforme (3.116), e as funções
de ponderação são dadas por:
x2
W1 = ∂R(x)
∂α1
= (−1 + λ(x − 2
))
x3 (3.128)
W2 = ∂R(x)
∂α2
= (−2x + λ(x − 3
))
CAPÍTULO 3. MÉTODOS DE RESÍDUOS PONDERADOS 61
R1 x2 x3 x2
< R(x), ∂R(x)
∂α1
>= 0 {α1(−1 + λ(x − 2
)) + α2(−2x + λ(x − 3
))}(−1 + λ(x − 2
))dx =0
R1 x2 x3 x3
< R(x), ∂R(x)
∂α2
>= 0 {α1(−1 + λ(x − 2
)) + α2 (−2x + λ(x − 3
))}(−2x + λ(x − 3
))dx =0
(3.129)
o que leva ao seguinte sistema de equações:
(−.66667 + 0.26666λ) (−0.83333 + 0.33888λ) ( )
0
α1
. =
(−0.83333 + 0.33888λ) (−1.0666 + 0.43174603λ) α2
0
(3.131)
cuja solução não trivial implica na solução de uma equação caracterı́stica,
que conduz a raizes idênticas às mostradas na Tabela 3.1.
5.1 Introdução
Trata-se neste capı́tulo, do aspecto numérico envolvido nas técnicas de
aproximação que visam, a partir de uma discretização, determinar as soluções
de sistemas contı́nuos.
Iremos abordar o problema inicialmente da aproximação do tipo nodal
de um domı́nio Ω, para em seguida aplicar este tipo de aproximação em sub-
domı́nios. A aproximação nodal em sub-domı́nios é chamada de aproximação
por Elementos Finitos.
O uso do conceito de sub-domı́nios, ou elementos, será estudado em um
espaço de referência, o que introduz os conceitos de transformação geométrica
de um elemento do espaço real para o espaço de referência, e a construção
da Matriz Jacobiana da transformação.
Exemplos Práticos serão apresentados, para ilustrar a precisão das aprox-
imações obtidas.
73
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 74
Nota 5.1 Pode-se por Exemplo calcular e(x) = 0 em n pontos x1 , x2, ..., xn,
determinando-se desta forma os parâmetros ai .
uex (x) ∼
= u(x, a1, a2, a3) = a1 + a2 x + a3 x2 (5.4)
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 75
x uex (x)
0,0 20 ◦C
0,5 25 ◦C
1,0 22 ◦C
a1 + a2 0 + a3 02 = 20
a1 + a2 , 5 + a3 , 52 = 25 (5.5)
a1 + a2 1 + a3 12 = 22
a1 = 20
a2 = 18 (5.6)
a3 = −16
30
25
20
15
10
-5
-10
-15
-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2
• O Problema consiste em :
Achar uex tal que :
d2 uex (x)
dx2
= f(x) 0≤ x ≤1
uex (x) = 0 para x = 0 e x = 1
P1 (5.9)
f(x) = 1 Termo fonte emx = 0, 25
f(x) = 0, 25 Termo fonte em x = 0, 75
uex (x) ∼
= u(x) = a1 sen(πx) + a2sen(2πx) (5.10)
d2 u
( )x = −a1π 2sen(πxi) − a2 4 π 2 sen(2πxi) = f(xi ) (5.11)
dx2 i
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 77
5 1
√
a1 = 4 2 π2
(5.13)
3 1
a2 = 32 π2
5 1 3 1
uex (x) ∼
= u(x) = √ 2 sen(πx) + sen(2πx) (5.14)
4 2π 32 π 2
Y
4
x − xj
Ni = (5.23)
x − xj
j=1 j6=i i
Observa-se que os polinômios gerados pela expressão 5.23, satisfazem a
propriedade PR1. As funções correspondentes são dadas por:
x−x2 x−x3 x−x4
N1 = x1 −x2 x1 −x3 x1 −x4
Os pontos onde são conhecidos os valores da função exata uex (x) são
apresentados na tabela 5.2
x1 x2 x3 x4
1.0 2.0 5.0 7.0
2.5
1.5
N1
0.5
-0.5
-1
0 1 2 3 4 5 6 7 8
A aproximação global pode ser obtida pela superposição das quatro funções
Ni definidas na Eq. 5.25.
Nota 5.2 Este problema pode ser facilmente generalizado, para funções de
várias variáveis,
uex (x, y, z) = uex (x) (5.26)
onde x = {xyz}, é o vetor das coordenadas definindo um domı́nio R3 , tridi-
mensional. Neste caso a aproximação pode ser escrita da seguinte forma:
u1
u2
u(x, y, z) = u(x) = {N1 (x) N2 (x) · · · Nn(x)} .. (5.27)
.
un
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 81
• Sub-domı́nios Ωe → Elementos
Ω1 ; x1 ≤ x ≤ x2
Ω2 ; x2 ≤ x ≤ x3
(5.29)
Ω3 ; x3 ≤ x ≤ x4
Ω1 ; u1(x) = N1u1 + N2 u2
Ω2 ; u2(x) = N1u2 + N2 u3
(5.30)
Ω3 ; u3(x) = N1u3 + N2 u4
Elementos de Referência
Para simplificar a expressão analı́tica para elementos de forma complexa um
elemento de referência é introduzido. Seja o elemento então definido em um
espaço não dimensional abstrato com uma forma geométrica muito simples.
A geometria do elemento de referência é então mapeada a partir da geometria
do elemento real usando expressões de transformação geométricas. Para o
caso de uma região triangular, tem-se:
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 83
2.5
1.5
0.5
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Aproximacao global - linear por elementos
τ e : ξ → xe = xe (ξ) (5.32)
A transformação τ e depende da forma e localização do elemento real.
Assim há uma transfomação τ e diferente para cada elemento real:
τ e : ξ → xe = xe (ξ, xi , xj , xk ) (5.33)
Cada transformação τ e é escolhida para ter as seguintes propriedades:
• O mapeamento deve ser feito um a um, ou seja, para qualquer ponto do
elemento de referência, há um e somente um ponto do elemento real;
• Os nós geométricos do elemento de referência correspondem aos nós
geométricos do elemento real;
• Qualquer porção do contorno do elemento de referência, definido pe-
los nós geométricos deste contorno, correspondem a uma porção do
contorno do elemento real definido pelos nós correspondentes.
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 84
η τ y xk
0,1
3 1 -> x i
2 -> x j xi Ω
Ωr 3 -> x k
1 2 xj
0,0 1,0 ξ x
ξ=<ξ η> xi x=<x y>
Elemento de Referencia Elemento Real
xi
x(ξ, η) = N̄1(ξ, η)xi + N̄2(ξ, η)xj + N̄3 (ξ, η)xk = {N̄} xj
T
(5.38)
xk
yi
y(ξ, η) = N̄1 (ξ, η)yi + N̄2 (ξ, η)yj + N̄3(ξ, η)yk = {N̄} yj
T
(5.39)
yk
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 85
y
x
x 2
τ1 1
Ω1
Ω2
τ2
η x3
x5
0,1
τ3 Ω3
3
Ωr
1 2 x4
0,0 1,0 ξ x
ξ=<ξ η> x=<x y>
Elemento de Referencia Elemento Real
ξ+η ≤ 1 (5.40)
ξ ≤ 0 (5.41)
η ≤ 0 (5.42)
1−ξ−η =0 (5.46)
u1
( ) " #
v1
u(x, y) N1 0 N2 0 N3 0 u2
u= = {N(x)}T {q}
v(x, y) 0 N1 0 N2 0 N3
v2
u3
v3
(5.51)
Agora, substituindo a aproximação no elemento real pela aproximação
correspondente no elemento de referência tem-se
Vale lembrar que nas funções {N(ξ)}T , x e ξ são relacionados pela função
de transformação definida na eq.(5.34).
• sua forma;
ui
u(ξ, η) = hN1 (ξ, η) N2 (ξ, η) N3 (ξ, η)i uj (5.53)
uk
N1 (ξ, η) = 1 − ξ − η (5.54)
N1 (ξ, η) = ξ (5.55)
N1 (ξ, η) = η (5.56)
a1
a2
n o a3
u(ξ) = P1 (ξ) P2 (ξ) P3 (ξ) P4 (ξ) P5 (ξ) P6 (ξ)
a4
a5
a6
n o (5.60)
Com {P } = 1 ξ η ξ 2
ξη η 2
α1
( ) " #
α2
ũ(ξ, η) 1 ξ η 0 0 0 α3
u= = = PTα (5.63)
ṽ(ξ, η) 0 0 0 1 ξ η
α4
α5
α6
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 90
α1
α2
α3
α4
( ) " #
α5
ũ(ξ, η) 1 ξ η ξ 2 ξη η 2 0 0 0 0 0 0 α6
u= =
ṽ(ξ, η) 0 0 0 0 0 0 1 ξ η ξ2 ξη η 2
α7
α8
α9
α10
α1 1
α 2
1
(5.66)
= PTα (5.67)
η y u
3
3 u
u t n
3 2 2
3
1
u
1 2 1
u u ξ x
1 2
~u1 hP1 (ξ 1 ) P2 (ξ 1 ) P3 (ξ1 )
~u2 = q =
hP1 (ξ 2 ) P2 (ξ 2 ) P3 (ξ2 ) {a} (5.70)
~u3 hP1 (ξ 3 ) P2 (ξ 3 ) P3 (ξ3 )
q = [Pn ]{a} (5.71)
u1
1 ξ1 η1 0 0 0 α1
v1
0 0 0 1 ξ1 η1
α
2
u2 1 ξ2 η2 0 0 0 α
q= = 3
= P nα (5.72)
1 ξ2 η2
v2
0 0 0
α4
u3
1 ξ3 η3 0 0 0
α5
v3 0 0 0 1 ξ3 η3 α6
u(0, 0) = u1 = α1
u(1, 0) = u2 = α1 + α2ξ (5.73)
u(0, 1) = u3 = α1 + α3η
α = P −1
n q (5.75)
ou seja,
α1
1 0 0 u1
α2 = −1 1 0 u2 (5.76)
α3 −1 0 1 u3
~u1
P1 (ξ 1 ) P2 (ξ 1 ) P3 (ξ 1 ) P4 (ξ1 ) P5 (ξ1 ) P6 (ξ 1)
~u2
P1 (ξ 2 ) P2 (ξ 2 ) P3 (ξ 2 ) P4 (ξ2 ) P5 (ξ2 ) P6 (ξ 2)
~u3 P1 (ξ 3 ) P2 (ξ 3 ) P3 (ξ 3 ) P4 (ξ3 ) P5 (ξ3 ) P6 (ξ 3)
=q= {a}
~u4 P1 (ξ 4 ) P2 (ξ 4 ) P3 (ξ 4 ) P4 (ξ4 ) P5 (ξ4 ) P6 (ξ 4)
~u5
P1 (ξ 5 ) P2 (ξ 5 ) P3 (ξ 5 ) P4 (ξ5 ) P5 (ξ5 ) P6 (ξ 5)
~u6 P1 (ξ 6 ) P2 (ξ 6 ) P3 (ξ 6 ) P4 (ξ6 ) P5 (ξ6 ) P6 (ξ 6)
(5.77)
= [Pn ]{a} (5.78)
u(0, 0) = u1 = α1
1 1 1
u( , 0) = u2 = α1 + α2 ξ + α4 ξ 2
2 2 4
u(1, 0) = u2 = α1 + α2 ξ + α4 ξ 4 (5.80)
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 94
1 1 1 1 1 1 1
u( , ) = u2 = α1 + α2 + α3 + α4ξ 2 + α5 ξη + α6 η 2
2 2 2 2 4 4 4
u(0, 1) = u3 = α1 + α3 + α6η 2 η
1 1 1 1
u( , ) = u2 = α1 + α3 + α6 η 2
2 2 2 4
Obtendo-se:
u1
1 0 0 0 0 0
α1
u2
1 0.5 0 0.25 0 0 α2
u3 1 1. 0 1 0 0 α3
= = P nu α (5.81)
u4 1 0.5 0.5 0.25 0.25 0.25 α4
u5
1 0 1 0 0 1
α5
u6 1 0 0.5 0 0 0.25 α6
α = P −1
n q (5.82)
ou seja,
α1
1 0 0 0 0 0
u1
α2
−3 4 −1 0 0 0 u2
α3 −3 0 0 0 −1 4 u3
= (5.83)
α4 2 −4 2 0 0 0 u4
α5
4 −4 0 4 0 −4
u5
α6 2 0 0 0 2 −4 u6
ou
onde
N̄(ξ) = {P (ξ)}T [Pn]−1 (5.89)
sendo
N1 = 1 − ξ − η (5.91)
N2 = ξ (5.92)
N3 = η (5.93)
X
3
x(ξ, η) = N̄1 x1 + N̄2 x2 + N̄3x3 = N̄i xi (5.95)
i=1
X3
y(ξ, η) = N̄1 y1 + N̄2 y2 + N̄3 y3 = N̄i yi (5.96)
i=1
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 96
X
3
u(ξ, η) = N1 u1 + N2u2 + N3 u3 = Ni ui (5.97)
i=1
X3
v(ξ, η) = N1 v1 + N2 v2 + N3v3 = Ni vi (5.98)
i=1
ou
onde
N̄(ξ) = {P (ξ)}T [Pn]−1 (5.104)
sendo
N1 = 1 − 3η + 2η 2 − 3ξ + 4ηξ + 2ξ 2 (5.106)
N2 = 4ξ − 4ηξ − 4ξ 2 (5.107)
N3 = −ξ + 2ξ 2 (5.108)
N4 = 4ηξ (5.109)
N5 = −η + 2η 2 (5.110)
N6 = 4η − 4η 2 − 4ηξ (5.111)
Generalidades
τ −1 : x → ξ = ξ(x) (5.119)
Desde que o inverso da transformação τ −1 é geralmente muito difı́cil de
construir, exceto para os elementos mais simples, é mais conveniente avaliar
todos os operadores no espaço do elemento de referência. Para expressões
contendo derivadas referentes ao espaço real (x,y) é necessário obter as ex-
pressões equivalentes no espaço do elemento de referência (ξ, η). Tais ex-
pressões dependem da matriz Jacobiana de transformação.
Derivadas Primeira
ou
Logo,
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 100
" #
x2 − x1 y2 − y1
[J] = (5.130)
x3 − x1 y3 − y1
sendo
dV = det(J)dξdηdζ (5.146)
Após a obtensão da forma analı́tica, deve-se então resolver a integração
numérica do domínio elementar usando-se, por exemplo, o esquema de pontos
de Hammer. Pode-se também definir o elemento triangular de três nós por
um referêncial local em coordenadas de área, avaliando as expressões através
de manipulação simbólica, evitando-se assim a integração numérica.
Vale lembrar que uma formulação isoparamétrica é mais geral que uma
formulação geométrica de referência local. Logo, tendo-se o procedimen-
to geral dominado, não só os elementos triangulares lineares e quadráticos
podem ser desenvolvidos sem muito custo, mas toda família de elementos
quadrilineares.
CAPÍTULO 5. APROXIMAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS. 102
104
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS105
A partir desta metodologia, será criada uma rotina não somente para o
tratamento de problemas triviais da mecânica, como também para problemas
mais complexos de placas e cascas, com não linearidade geométrica ou de
material, e no futuro para problemas de vibrações e dinâmica.
u∼
= ũ = [N]{ū} (7.4)
onde ũ são as soluções aproximadas, [N] é a matriz das funções de forma e
{ū} são as variáveis nodais descritas num sistema de coordenadas elementar,
definidas por uma dada discretização. A partir desta aproximação, con-
strõem-se as matrizes de rigidez e os vetores de força nodal equivalente no
sistema de coordenadas elementar.
[∆x + ( ∂u
∂x
)∆x] − ∆x]
εxx = (7.6)
∆x
ou seja para toda a seção, tem-se:
∂u
εxx = (7.7)
∂x
Figura 7.2: Barra em corte - Equilı́brio entre tensões internas e Forças ex-
ternas concentradas
d2u
EA + p(x) = 0 (7.14)
dx2
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS110
u = ū em Γ1 (7.15)
∂u F
= em Γ2 (7.16)
∂x EA
onde F = 0 para extremidades livres, e F = F̄ nos pontos onde há carga
pontual aplicada. Esta condição garante a continuidade das tensões
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS111
RΩ = L(u) − f (7.18)
onde
• f independe de u
Z
Wl RΩ dΩ = 0 l = 1, 2, 3, ..., M (7.19)
Ω
onde Wl (l = 1, 2, 3, ..., M) são um conjunto de funções de ponderação.
Para o caso da barra, a equação 7.19 fica:
Z ! !
d du
k + p(x) Wl dΩ = 0 (7.20)
Ω dx dx
onde K = EA
Resolvendo-se esta integral por partes, com base no Teorema de Green,
obtém-se a Forma Fraca de 7.20:
Z !Z Z Z
dWl du du du
k dx − Wl p(x)dx − k Wl dΓ − k Wl dΓ = 0 (7.21)
Ω dx dx Ω Γ1 dx Γ2 dx
Z ! Z " # " #
dWl du du du
k dx − Wl p(x)dx − k Wl − k Wl =0 (7.22)
Ω dx dx Ω dx Γ1
dx Γ2
Wl = Nl l = 1, 2, 3, ..., M (7.23)
E a equação 7.22 fica da seguinte forma:
Z Z " # " #
dNl du du du
k dx = Nl p(x)dx + k Nl + k Nl (7.24)
Ω dx dx Ω dx Γ1
dx Γ2
onde
X
M
u∼
= ũ = um Nm (7.26)
m=1
onde
ũ = [N]{u} (7.27)
A escolha das funções de forma segue uma maneira geral desenvolvida
quando é aplicado o Método dos Elementos Finitos. Esta escolha é baseada
no suporte geométrico adotado, que para o caso da barra é mostrado na
figura 7.4
u(x̄) ∼
= ũ(x̄) = α1 + α2x̄ (7.28)
que também pode ser escrito:
( )
n o α1
u(x̄) ∼
= ũ(x̄) = 1 x̄ (7.29)
α2
onde x̄ representa um referencial local do elemento, mostrado na figura 7.4.
Esta aproximação pode ser avaliada em x̄ = 0 e x̄ = L, pontos que
correspondem aos nós da barra, e, conseqüentemente à fronteira do problema.
Tem-se portanto:
ũ(0) = α1 + α2 0 = ui (7.30)
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS115
ũ(L) = α1 + α2 L = uj (7.31)
Este sistema de equações pode ser representado:
( ) " #( )
ui 1 0 α1
= (7.32)
uj 1 L α2
o que leva à:
( ) " #( )
α1 1 0 ui
= (7.33)
α2 −1/L 1/L uj
Substituindo a equação acima na equação 7.29, chega-se à:
( )
n o ui
ũ(x̄) = 1− x̄
L
x̄
L (7.34)
uj
Tem-se então que as funções de forma correspondem à:
• Ni = 1 − x̄
L
• Nj = x̄
L
2 Z Z L " # " #
X L dNm dNl dũ dũ
k dx̄um = Nl p(x̄)dx̄ + k Nl + k Nl
m,l=1 0 dx̄ dx̄ 0 dx̄ x̄=0
dx̄ x̄=L
(7.35)
Levando-se em consideração a notação indicial, matricialmente a equação
7.35 pode ser escrita da seguinte maneira:
" # ( )
RL dN1 dN1 dN2 dN1
u1
k dx̄ dx̄ dx̄ dx̄ dx̄ =
0 dN1 dN2 dN2 dN2
( dx̄ dx̄ ) dx̄ dx̄ (
u2 ) ( ) (7.36)
RL p(x̄)N1 dũ
dx̄
| x̄=0 N1
dũ
|
dx̄ x̄=L
N1
dx̄ + k +k
0
p(x̄)N2 dũ
|
dx̄ x̄=0
N2 dũ
|
dx̄ x̄=L
N2
ou:
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS116
vertical de simetria. Seja a linha que passa pelo centróide de todas as seções
coincidente com o eixo da viga.
Para se definir a hipótese cinemática básica, deve-se imaginar vários
planos cortando a viga, perpendicularmente ao seu eixo, e vários planos hor-
izontais, de forma a se configurar uma grade na vista lateral da viga (figura
7.6).
Ao submeter a viga a momentos de flexão positivos M em suas extremi-
dades, a viga flexiona de modo que os planos perpendiculares ao eixo da viga
giram ligeiramente, e os planos horizontais se curvam (figura 7.7).
O fato de linhas como AB e CD permanecerem retas, permite a su-
posição de que as seções planas de uma viga, tomadas normalmente ao seu
eixo, permanecem planas após a viga ser fletida, o que corresponde à hipótese
cinemática básica para este problema de flexão. Tal hipótese despreza a defor-
mação de cisalhamneto da viga, de maneira que suas fibras são consideradas
ou tracionadas ou comprimidas após a deformação.
Assim, verifica-se que as fibras da parte de baixo da viga sofreram alonga-
mento, enquanto que as da parte de cima sofreram encurtamento. Esta
observação permite a suposição de que há no interior da viga uma fibra in-
deformada, a qual é chamada de superfı́cie neutra, e dista ρ do centro de
curvatura da curva elástica da viga (figura 7.8).
A localização da linha neutra e a determinação de seu raio ρ serão feitos
posteriormente, por exigirem consideração das relações de tensão-deformação
do material e dos requisitos de equilı́brio do membro todo.
A obtenção da deformação linear εxx de uma fibra genérica ab, distante y
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS119
εxx = by (7.47)
onde b é uma constante.
onde
(ρ + y)θ − ρθ y
εxx = = (7.51)
ρθ ρ
o que, finalmente, leva a:
E
σ= y (7.52)
ρ
Z
E 2 EZ 2
y dA = M ⇒ y dA = M (7.57)
A ρ ρ A
R
Como a integral A y 2dA corresponde ao momento de inércia I da seção
transversal da viga com relação ao eixo que contém a linha neutra, chega-se
a:
EI
ρ= (7.58)
M
Substituindo a expressão acima na equação 7.52, chega-se a:
M
σ= y (7.59)
I
∆u = y∆θ (7.60)
Como a fibra ff 0 , a qual caracteriza a superfı́cie neutra, não se deforma,
tem-se que seu comprimento ∆s corresponde ao comprimento inicial de todas
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS124
∆s = ρ∆θ (7.64)
o que leva a:
∆θ dθ 1
lim∆s→0 = = (7.65)
∆s ds ρ
que é a definição de curvatura.
Substituindo as equações 7.63 e 7.65 em 7.62, pode-se exprimir a relação
fundamental entre a curvatura da linha elástica e a deformação linear, por:
1 εxx
= (7.66)
ρ y
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS125
1 d2 v/dx2
= 2 3/2 (7.68)
ρ dv
1 + dx
1 d2 v
= 2 (7.69)
ρ dx
Com base nesta relação e na equação 7.67, obtém-se a equação diferencial
para a flexão de uma viga elástica, denotada por:
d2 v M
2
= (7.70)
dx EI
Pode-se obter, ainda, uma equação mais geral que esta, caso seja con-
siderada a possibilidade de existir um carregamento p(x) ao longo da viga,
como está representado na figura 7.12:
Nesta configuração, as forças atuantes em um elemento dx podem ser
representadas conforme mostrado na figura 7.13:
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS126
dM
−(M + dM) + Qdx + M + (pdx)(dx/2) ⇒ =Q (7.72)
dx
Substiutindo a equação 7.72 em 7.71, obtém-se a relação entre momento
fletor e carga distribuı́da:
d2 M
= p(x) (7.73)
dx2
Com base nesta relação, define-se a equação diferencial da viga num con-
texto mais geral, da seguinte maneira. Pela equação 7.70:
d2 v
M = EI (7.74)
dx2
Substituindo este valor de M na equação 7.73, chega-se a:
!
d2 d2 v d4 v
EI = p(x) ⇒ EI = p(x) (7.75)
dx2 dx2 dx4
que corresponde a equação diferencial para o problema de flexão de uma viga
em sua forma mais usual.
v = v̄
dv (7.76)
γ = dx = γ̄
que correspondem a condição de apoio restrito, ou de deflexões e rotações
impostas.
∂ 3v Q
∂x3
= EI
∂ 2v M (7.77)
∂x2
= EI
onde, para extremidades livres, M e Q são nulos, e, para extremidades com
força cortante e momento fletor aplicados M = M̄ e Q = Q̄.
Z
Wl RΩ dΩ = 0 l = 1, 2, 3, ..., M (7.79)
Ω
R 2 2
R
Ω EI
d Wl d v
dx − Ω Wl p(x)dx+
R R
dx2 dx2
d3 v 2 d3 v dWl d2 v
(7.81)
−EI Γ1 Wl dx3 − dW l d v
dx dx2
dx − EI Γ2 Wl dx3 − dx dx2
dx = 0
Z Z ! " #
d2 Wl d2 v d3 v dWl d2 v Γ2
EI dx− Wl p(x)dx−EI Wl 3 − | = 0 (7.82)
Ω dx2 dx2 Ω dx dx dx2 Γ1
Wl = Nl ; l = 1, 2, 3, ..., M (7.83)
E a equação 7.82 fica da seguinte forma:
Z !
Z " #
d2 Nl d2 v d3 v dNl d2 v Γ2
EI dx − Nl p(x)dx − EI Nl − | = 0 (7.84)
Ω dx2 dx2 Ω dx3 dx dx2 Γ1
X
M
v∼
= ṽ = vm Nm (7.85)
m=1
onde
ṽ = [N]{v} (7.86)
As funções de forma são calculadas, mais uma vez, à partir das condições
de contorno do problema, as quais estão baseadas no suporte geométrico do
elemento, que neste caso está mostrado na figura 7.14.
No caso da viga, a variável primária da equação diferencial 7.75, que
resume seu problema de equilı́brio estático, corresponde a deflexão v, a qual
pode ser aproximada por uma função cúbica da seguinte maneira:
v(x̄) ∼
= ṽ(x̄) = α1 + α2 x̄ + α3x̄2 + α4 x̄3 (7.87)
que também pode ser escrito:
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS131
α1
n o
α2
v(x̄) ∼
= ṽ(x̄) = 1 x̄ x̄2 x̄3
(7.88)
α3
α4
Esta aproximação pode ser avaliada em x̄ = 0 e x̄ = L, pontos que
correspondem aos nós da viga, e, conseqüentemente ao contorno do problema.
Porém, a avaliação desta aproximação nestes dois pontos não são suficientes
para se determinar as quatro incógnitas α1, α2 , α3 e α4 do problema.
Dessa maneira, deve-se utilizar ainda a derivada desta aproximação, a
qual corresponde a uma rotação γ:
dṽ
= γ̃(x̄) = α2 + 2α3 x̄ + 3α4 x̄2 (7.89)
dx̄
Estas funções (equações 7.87 e 7.89) valem no contorno:
ṽi = α1
em x̄ = 0 (7.90)
γ̃i = α2
ṽj = α1 + α2 L + α3 L2 + α4 L3
em x̄ = L (7.91)
γ̃j = α2 + 2α3 L + 3α4 L2
ṽi
1 0 0 0
α1
γ̃i 0 1 0 0 α2
=
(7.92)
ṽj
1 L L2
L3 α3
γ̃j 0 1 2L 3L2 α4
o que leva a:
α1
1 0 0 0
ṽi
α2 0 1 0 0 γ̃i
= (7.93)
α3
−3/L −2/L 3/L
2 2
−1/L
ṽj
α4 2/L3
1/L −2/L
2 3
1/L2 γ̃j
Substituindo a equação acima na equação 7.87, chega-se à:
1 0 0 0
ṽi
o
n
0 1 0 0 γ̃i
v(x̄) ∼
= ṽ(x̄) = 1 x̄ x̄2 x̄3
−3/L2 −2/L 3/L2 −1/L
ṽj
2/L3 1/L2 −2/L3 1/L2 γ̃j
(7.94)
Tem-se então que as funções de forma correspondem à:
2 3
• N1 = 1 − 3 Lx̄ 2 + 2 Lx̄ 3
2 x̄3
• N2 = x̄ − 2 x̄L + L2
2 3
• N3 = 3 Lx̄ 2 − 2 Lx̄ 3
2 x̄3
• N4 = − x̄L + L2
4 Z Z L ! " #
X L d2 Nl d2 Nm d3 ṽ dNl d2 ṽ L
EI EI 2 dx̄2
dx̄v m = N l p(x̄)dx̄+EI N l 3
− 2
|0 = 0
m,l=1 0 dx̄ 0 dx̄ dx̄ dx̄
(7.95)
Levando-se em consideração a notação indicial, matricialmente a equação
7.95 pode ser escrita da seguinte maneira:
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS133
d2 N1 d2 N1 d2 N2 d2 N1 d2 N3 d2 N1 d2 N4 d2 N1
dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2
ṽ1
d2 N1 d2 N2 d2 N2 d2 N2 d2 N3 d2 N2 d2 N4 d2 N2
RL γ̃1
EI 0
dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄
=
d2 N1 d2 N3 d2 N2 d2 N3 d2 N3 d2 N3 d2 N4 d2 N3
ṽ2
dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2
d2 N1 d2 N4 d2 N2 d2 N4 d2 N3 d2 N4 d2 N4 d2 N4 γ̃2
dx̄2 dx̄2 dx̄2 2 h
dx̄ dx̄2 idx̄2 dx̄2 dx̄
2 h i
3
N d ṽ |L
dN1 d2 ṽ
| L
(7.96)
p(x̄)N1
h 1 dx̄3 3 i 0
h dx̄ dx̄2 i
2 0
L
RL p(x̄)N2 N d ṽ |L dN2 d ṽ
|
dx̄ + EI h 2 dx̄3 3 i 0 − EI h dx̄ dx̄ 2
i 0
0
p(x̄)N3
N d ṽ |L
dN3 d2 ṽ
|L
h 3 dx̄3 3 i 0
h dx̄ dx̄2 2 i 0
p(x̄)N4
L
d ṽ
N4 dx̄ 3 |L0 dN4 d ṽ
dx̄ dx̄ 2 0|
ou:
o que leva a:
−d3 ṽ 0
dx̄3
d2 ṽ
0
RB = EI − EI dx̄2 (7.103)
d3 ṽ
0
dx̄3
d2 ṽ
0 dx̄2
Esta equação representa condições de contorno naturais definidas através
de valores prescritos de derivadas de deflexão. O termo EI(d2 ṽ/dx̄2 ) = M
denota momento, enquanto que o termo EI(d3ṽ/dx̄3 ) = Q denota força.
Considerando-se a convenção de sentido de forças e momentos (figura 7.12),
tem-se então:
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS135
Q
M
RB = (7.104)
Q
M
corresponde aos momentos aplicados nos nós da barra.
Assim como no caso da barra, as condições de contorno naturais num
ponto não influenciarão o resultado final se, neste mesmo ponto, existir uma
condição de contorno essencial pré-definida.
εr = ε θ = ε z = 0 (7.105)
Considerando-se então um sistema de coordenadas cilı́ndricas, com o eixo
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS138
x̄ coincidente com o eixo da barra, tem-se que γrx é zero, já que segmentos de
linha infinitesimais nas direções r e x em um ponto permanecem ortogonais
durante a deformação. De maneira análoga, tem-se que γrθ também é nula,
já que segmentos de linha infinitesimais nas direções r e θ não apresentam
variações de ângulo entre eles, uma vez que as seções transversais apenas
giram. Portanto, conclue-se que a única deformação diferente de zero, cor-
responde a uma deformação angular (distorção) γxθ , a qual está associada a
uma tensão de cisalhamento τxθ .
A figura 7.18 esquematiza um elemento da barra submetida a torção, de
comprimento genérico ∆x e raio genérico r. Sendo φ o ângulo de torção,
tem-se que seu lado esquerdo tem um deslocamento angular φ, enquanto deu
lado direito tem um deslocamento angular φ +∆φ. Nota-se por este esquema
que:
!
BC r∆φ dφ
γxθ = lim∆x→0 = lim∆x→0 =r (7.106)
∆x ∆x dx
onde dφ/dx é designada razão de torção, representando a rotação por unidade
de comprimento da barra ao longo de seu eixo; esta razão, dada esta definição,
corresponde a um valor constante.
dições uma lei constitutiva que pode ser adotada é a Lei de Hooke, que para
o caso unidimensional pode ser escrita da seguinte forma:
dM
mxdx + dM = 0 ⇒ = −mx (7.111)
dx
Diferenciando-se agora a equação 7.110 em relação a x, consideranco-se
GJ constante:
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS140
d2 φ dM
GJ 2
= (7.112)
dx dx
Finalmente, substituindo-se o valor de dM/dx dado pela equação 7.111
na expressão acima, obtém-se a equação diferencial que governa o problema
de barras submetidas a torção:
d2 φ
GJ + mx = 0 (7.113)
dx2
φ = φ̄ em Γ1 (7.114)
que correspondem a condição de apoio restrito, ou de deformações angulares
impostas.
• Condições de Contorno Naturais, definidas, em Γ2 , como:
dφ M
= em Γ2 (7.115)
dx GJ
onde, para extremidades livres, M é nulo, e, para extremidades com momento
torçor aplicados M = M̄.
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS141
Z ! Z Z Z
dWl dφ dφ dφ
GJ dx − Wl mx dx − GJ Wl dΓ − GJ Wl dΓ = 0
Ω dx dx Ω Γ1 dx Γ2 dx
(7.119)
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS142
Z ! Z " # " #
dWl dφ dφ dφ
GJ dx − Wl mx dx − GJ Wl − GJ Wl =0
Ω dx dx Ω dx Γ1
dx Γ2
(7.120)
que corresponde a forma integral do problema, obtida pelo Método dos
Resı́duos Ponderados. O próximo passo é então a escolha das funções de
ponderação, que, como proposto para este projeto, será baseada no Método
Galerkin.
Wl = Nl l = 1, 2, 3, ..., M (7.121)
e a equação 7.120 fica da seguinte maneira:
Z Z " # " #
dNl dφ dφ dφ
GJ dx = Nl mxdx + GJ Nl + GJ Nl (7.122)
Ω dx dx Ω dx Γ1
dx Γ2
X
M
φ∼
= φ̃ = φm Nm (7.123)
m=1
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS143
onde
φ̃ = [N]{φ} (7.124)
As funções de forma são calculadas, mais uma vez, à partir das condições
de contorno do problema, a partir do modelo geométrico adotado, o qual é
apresentado na figura 7.20.
No caso da barra em torção, a variável primária da equação diferencial
7.113, que resume seu problema de equilı́brio estático, corresponde a defor-
mação angular φ, a qual pode ser aproximada pela seguite função:
φ(x̄) ∼
= φ̃(x̄) = α1 + α2 x̄ (7.125)
que também pode ser escrito:
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS144
( )
n o α1
φ(x̄) ∼
= φ̃(x̄) = 1 x̄ (7.126)
α2
onde x̄ representa um referencial local do elemento, mostrado na figura 7.20.
Esta aproximação pode ser avaliada em x̄ = 0 e x̄ = L, pontos que
correspondem aos nós da barra, e, consequentemente à fronteira do problema.
Tem-se portanto:
φ̃(0) = α1 + α2 0 = φi (7.127)
φ̃(L) = α1 + α2 L = φj (7.128)
Este sistema de equações pode ser representado:
( ) " #( )
φi 1 0 α1
= (7.129)
φj 1 L α2
o que leva à:
( ) " #( )
α1 1 0 φi
= (7.130)
α2 −1/L 1/L φj
Substituindo a equação acima na equação 7.126, chega-se à:
( )
n o φi
φ̃(x̄) = 1− x̄
L
x̄
L
(7.131)
φj
Tem-se então que as funções de forma correspondem à:
• N1 = 1 − x̄
L
• N2 = x̄
L
2 Z Z L " # " #
X L dNm dNl dφ̃ dφ̃
GJ dx̄φm = Nl mx̄ dx̄ + GJ Nl + GJ Nl
m,l=1 0
dx̄ dx̄ 0 dx̄ x̄=0
dx̄ x̄=L
(7.132)
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS145
" # ( )
RL dN1 dN1 dN2 dN1
φ1
GJ dx̄ dx̄ dx̄ dx̄ dx̄ =
0 dN1 dN2 dN2 dN2
dx̄
φ2
( dx̄ )
dx̄ dx̄
(7.133)
RL mx̄ N1 dφ̃
| N1 dφ̃
| N1
dx̄ + GJ dx̄ x̄=0 + GJ dx̄ x̄=L
N2 N2
0
mx̄ N2 dφ̃
|
dx̄ x̄=0
dφ̃
|
dx̄ x̄=L
ou:
( ) ( )
dφ̃
|
dφ̃
|
dx̄ x̄=0
0 dx̄ x̄=0
RB = GJ + GJ = GJ (7.140)
0 dφ̃
| dφ̃
|
dx̄ x̄=L dx̄ x̄=L
x̄ = xcosθi + ysenθj
(7.142)
ȳ = −xsenθi + ycosθj
onde i e j indicam as direções globais x e y, respectivamente.
Tem-se então que a matriz de transformação de coordenadas T corre-
sponde a:
" #
cosθ senθ
T = (7.143)
−senθ cosθ
Dos capı́tulos anteriores, tem-se que para um elemento sujeito somente
a forças axiais (elemento barra) a equação matricial que relaciona as forças
aplicadas com os deslocamentos nodais é:
" #( ) ( )
AE 1 −1 u1 F1u
= (7.144)
L −1 1 u2 F2u
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS148
Introduzindo v1, v2, deslocamentos nodais na direção ȳ, F1v e F2v , forças
na direção ȳ, a equação acima fica:
1 0 −1 0 u1
F1u
AE 0 0 0 0
v
1
F1v
= (7.145)
L −1 0 1 0 u2
F2u
0 0 0 0 v2 F2v
A forma compacta desta equação é:
{F } = [Tg ]−1{F̄ }
(7.147)
{u} = [Tg ]−1 {ū}
onde
" #
T 0
[Tg ] = (7.148)
0 T
Uma das propriedades da matriz [Tg ] é que sua inversa é igual a sua
transposta. Com base neste fato e nas equações 7.147, pode-se reescrever a
equação 7.146 da seguinte forma:
F1x
F1y
F = (7.152)
F2x
F2y
forças segundo o sistema de referência global (x,y) aplicadas nos nós 1 e 2.
O vetor de deslocamentos u denotará:
x1
y1
u= (7.153)
x2
y2
deslocamentos segundo o sistema de referência global (x,y) aplicadas nos nós
1 e 2.
Adotando a notação:
onde
λ = λu
µ = µu (7.159)
ν = νu
Esta matriz corresponde à matriz de rigidez global de um elemento de
treliça espacial.
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS151
u1 v1 γw1 u2 v2 γw2
AE
L
SIM.
12EI
0 L3
[K̄] = 0 − 6EI
L2
4EI
L (7.160)
− AE
L
0 0 AE
L
0 − 12EI
L3
6EI
L2
0 12EI
L3
0 − 6EI
L2
2EI
L
0 6EI
L2
4EI
L
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS152
x1 y1 γz1 x2 y2 γz2
2 2 12I
Aλ + µ L2
A − 12I
L2
λµ Aµ2 + λ2 12I
L2
E
[K] = µL6I
−λ L
6I
4I
L
− Aλ + L2 µ
2 12I 2
−A + L2 λµ − 6I
12I
µ Aλ2 + 12I 2 µ
2
L L
− A − 12IL2
λµ − Aµ2 + 12I L2
λ2 λ 6I
L
A − 12I
L2
λµ Aµ2 + 12IL2
λ2
µ 6I
L
−λ 6IL
2I −µ 6I
L
λ 6I
L
4I
(7.162)
que corresponde a matriz de rigidez descrita no sistema de referêcia global
para o caso de um elemento de pórtico plano.
xj − xi
xr − xi
~Ou
V = yj − yi e V~OR = yr − yi (7.166)
zj − zi
zr − zi
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS155
(yj − yi )(zr − zi ) − (zj − zi )(yr − yi )
a
V~Oz̄ = (zj − zi)(xr − xi ) − (xj − xi )(zr − zi) = b (7.168)
(xj − xi)(yr − yi ) − (yj − yi)(xr − xi ) c
1
onde Lz = (a2 + b2 + c2) 2
Ainda resta, para a determinação dos componentes da matriz de transfor-
mação de coordenadas, a determinação dos cossenos diretores do eixo ȳ em
relação aos globais. Para isso, utiliza-se novamente da definição de produto
vetorial para se determinar a direção V~Oȳ :
~Oz̄ × V
V~Oȳ = V ~Ox̄ (7.170)
Efetuando este produto, pode-se finalmente definir estes cossenos dire-
tores através das seguintes expressões:
b(zj −zi )−c(yj −yi )
λv = Ly
c(xj −xi )−a(zj −zi )
µv = Ly (7.171)
a(yj −yi )−b(xj −xi )
νv = Ly
T 0
T
[Tg ] =
(7.172)
T
0 T
Com auxı́lio da equação 7.150, tendo [Tg ] definida acima e [K̄] definida
por 7.163, obtém-se a matriz de rigidez [K] descrita no sistema de referência
global.
[K]{u} = {F } (7.176)
Esta equação pode ser utilizada separadamente para cada elemento. No
caso de pórticos planos são calculadas forças em x e y e momentos em z, e,
no caso de espaciais forças e momentos em todas as direções que descrevem
o referencial global.
As equações utilizadas para o cálculo da distribuição de tensão normal
para os elementos de pórtico plano são dadas por:
1 εxx 1 d2 v
= e = 2 (7.177)
ρ y ρ dx
desenvolvidas na seção de obtenção da equação diferencial da viga, chega-se
a:
d2 v
εxx = y (7.178)
dx̄2
onde a origem de y representa a linha neutra, que é uma propriedade ge-
ométrica definida pelo usuário.
A variável v por sua vez foi aproximada por:
n oT
v = [N] vi γzi vj γzj (7.179)
onde [N] são as funções de forma, já obtidas.
Utilizando-se então a Lei de Hooke, chega-se a seguinte expressão para o
cálculo da distribuição de tensão normal σ:
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES EM ESTRUTURAS UNIDIMENSIONAIS158
vi
h i
γzi
d2 N1 d2 N2 d2 N3 d2 N4
σxx = Ey (7.180)
dx̄2 dx̄2 dx̄2 dx̄2
vj
γzj
É importante notar que os deslocamentos devem estar representados no
referencial local.
Capı́tulo 9
Aplicações em Elasticidade
Plana
160
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 161
z ny
y F1
^n
ds
F1
dy nx
-dx
h
nx
x
ny
^n
III. Não são aplicados carregamentos nos planos paralelos ao contorno das
superfı́cies do topo e da base.
∂u
εxx = (9.4)
∂x
∂v
εyy = (9.5)
∂y
∂u ∂v
εxy = + (9.6)
∂y ∂x
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 163
1
εxx = (σxx − νσyy ) (9.7)
E
1
εyy = (σyy − νσxx) (9.8)
E
ν
εzz = − (σxx + σyy ) (9.9)
E
1
εxy = σxy (9.10)
G
εxz = 0 (9.11)
Onde E é o módulo de Young, ν é o coeficiente de Poison e G é o módulo
de cisalhamento, sendo
E
G=
2(1 + ν)
Substituindo as equações (9.7) e (9.8) na equação (9.9) tem-se
−ν
εzz = (εxx + εyy ) (9.12)
1−ν
indicando que a deformação normal εzz é linearmente dependente das defor-
mações εxx e εyy .
Sendo,
E
c1 = (9.16)
1 − ν2
νE
c2 = (9.17)
1 − ν2
E
c3 = (9.18)
2(1 + ν)
Condição de contorno natural : σxx nx + σxy ny = t̂x
(Fórmula de Cauchy) em Γ1 (9.19)
σxy nx + σyy ny = t̂y
)
Condição de contorno essencial : u = û
em Γ2 (9.20)
v = v̂
onde n̂ = (nx , ny ) denota uma normal unitária ao contorno Γ; Γ1 e Γ2
são porções do contorno Γ, t̂x e t̂y denotam as forças de contorno (trações)
especificadas, e û e v̂ são os deslocamentos especificados, conforme esquema
da figura 9.2.
^t
y
^n
^t
^v x
^u
Γ
2
Γ
1
Achar u e v, tal que:
∂
(c ∂u + c2 ∂v ∂ ∂u
) + c3 ∂y ( ∂y + ∂v
) = fx
∂x 1 ∂x ∂y ∂x
em Ω ∈ <2
∂ ∂u
c3 ∂x ( ∂y + ∂v
) + ∂
(c ∂u + c1 ∂v ) = fy
∂x ∂y 2 ∂x ∂y
PD (9.21)
(c1 ∂u + c2 ∂v )nx + c3 ( ∂u + ∂v
)ny = t̂x
∂x ∂y ∂y ∂x
em Γ1
c3( ∂u
∂y
+ ∂v
∂x
)nx + (c2 ∂u
∂x
+ c1 ∂v
∂y
)ny = t̂y
Sujeito a u = û e v =v̂ em Γ2
Achar σxx , σyy e, σxy tal que:
∂σxx
+ ∂σxy
+ fx = 0
∂x ∂y
em Ω ∈ <2
∂σyx ∂σyy
+ + fy = 0
∂x ∂y
Pσ (9.22)
σxx nx + σxy ny = t̂x
em Γ1
σxy nx + σyy ny = t̂y
Sujeito a u = û e v = v̂ em Γ2
Achar σxx , σyy e, σxy tal que:
∂σxx
+ ∂σxy
+ fx = 0
∂x ∂y
em Ω ∈ <2
∂σyx ∂σyy
+ + fy = 0
∂x ∂y
Pσ (9.23)
σxx nx + σxy ny = t̂x
em Γ1
σxy nx + σyy ny = t̂y
Sujeito a u = û e v = v̂ em Γ2
Z Z
∂σxx ∂σxy
( + )ψ(x, y)dxdy = − fx ψ(x, y)dxdy (9.24)
Ω ∂x ∂y Ω
Z Z
∂σyx ∂σyy
( + )ψ(x, y)dxdy = − fy ψ(x, y)dxdy (9.25)
Ω ∂x ∂y Ω
onde ψ(x, y) são funções de ponderação que inicialmente não estão sujeitas
a nenhum tipo de restrição.
Z Z Z
∂σxx ∂σxy ∂σxx ∂σxy
( + )ψ(x, y)dxdy = ψ(x, y)dxdy + ψ(x, y)dxdy
Ω ∂x ∂y | Ω ∂x {z } Ω ∂y
| {z }
I II
(9.26)
sendo que,
dy = nx dΓ (9.27)
dx = ny dΓ (9.28)
∂ψ(x, y)
u = ψ(x, y) ⇒ du = dx (9.29)
∂x
I I
∂σxx
dv = dxdy ⇒ v = σxx dy = σxxnx dΓ (9.30)
∂x Γ Γ
Logo,
Z I Z
∂σxx ∂ψ(x, y)
ψ(x, y)dxdy = ψ(x, y)σxxnx dΓ − σxx dxdy (9.31)
Ω ∂x Γ Ω ∂x
De (II) tem-se,
∂ψ(x, y)
u = ψ(x, y) ⇒ du = dy (9.32)
∂y
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 168
I I
∂σxy
dv = dxdy ⇒ v = σxy dx = σxy ny dΓ (9.33)
∂y Γ Γ
Logo,
Z I Z
∂σxy ∂ψ(x, y)
ψ(x, y)dxdy = ψ(x, y)σxy ny dΓ − σxy dxdy (9.34)
Ω ∂y Γ Ω ∂y
Assim, a integração por partes da equação (9.26) conduz a:
Z
∂σxx ∂σxy
( + )ψ(x, y)dxdy =
Ω ∂x ∂y
I Z I Z
∂ψ(x, y) ∂ψ(x, y)
= ψ(x, y)σxxnx dΓ − σxxdxdy + ψ(x, y)σxy ny dΓ − σxy dxdy =
Γ Ω ∂x Γ Ω ∂y
Z I
∂ψ(x, y) ∂ψ(x, y)
=− ( σxx + σxy )dxdy + ψ(x, y)(σxxnx + σxy ny )dΓ
(9.35)
Ω ∂x ∂y Γ
Z Z I
∂σxx ∂σxy ∂ψ(x, y) ∂ψ(x, y)
+ ψ(x, y)dxdy = − ( σxx + σxy )dxdy+ ψ(x, y)tˆx)dΓ
Ω ∂x ∂y Ω ∂x ∂y Γ
(9.36)
Analogamente para equação 9.25,
Z Z I
∂σyx ∂σyy ∂ψ(x, y) ∂ψ(x, y)
+ ψ(x, y)dxdy = − ( σyx + σyy )dxdy+ ψ(x, y)t̂y dΓ
Ω ∂x ∂y Ω ∂x ∂y Γ
(9.37)
Portanto, a Forma Fraca expressa em tensão (Pσf raco ), sabendo que
Ψ(x, y) = 0 em Γ2 , é dada por
Achar σxx , σyy e, σxy tal que:
R ∂ψ(x,y) R H
∂ψ(x,y)
Ω ( ∂x σxx + ∂y
σxy )dxdy = Ω fx ψ(x, y)dxdy + Γ ψ(x, y)tˆxdΓ
Pσf raco R ∂ψ(x,y) R H
∂ψ(x,y)
( ∂x σyx + ∂y σyy )dxdy = Ω fy ψ(x, y)dxdy + Γ ψ(x, y)t̂y dΓ
Ω
Sujeito a u = û e v = v̂ em Γ2
(9.38)
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 169
Achar u e v, tal que:
∂
(c ∂u + c2 ∂v ∂ ∂u
) + c3 ∂y ( ∂y + ∂v
) = fx
∂x 1 ∂x ∂y ∂x
em Ω ∈ <2
∂ ∂u
c3 ∂x ( ∂y + ∂v
) + ∂
(c ∂u + c1 ∂v ) = fy
∂x ∂y 2 ∂x ∂y
PD (9.40)
(c1 ∂u + c2 ∂v )nx + c3 ( ∂u + ∂v
)ny = t̂x
∂x ∂y ∂y ∂x
em Γ1
c3( ∂u
∂y
+ ∂v
∂x
)nx + (c2 ∂u
∂x
+ c1 ∂v
∂y
)ny = t̂y
Sujeito a u = û e v =v̂ em Γ2
∂ 2u ∂ 2v ∂ 2u ∂ 2v
c1 2 + c2 + c3 2 + c3 = fx (9.41)
∂x ∂x∂y ∂y ∂y∂x
Utilizando-se uma formulação do tipo Resı́duos Ponderados para deter-
minar as posições de equilı́brio estático do problema tem-se:
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 170
Z Z
∂ 2u ∂ 2v ∂ 2u ∂ 2v
(c1+ c2 + c3 + c3 )ψ(x, y)dxdy = fx ψ(x, y)dxdy
Ω ∂x2 ∂x∂y ∂y 2 ∂y∂x Ω
(9.42)
Que pode ser reescrita em quatro termos, da seguinte forma:
Z Z Z
∂ 2u ∂ 2v ∂ 2u
c1 ψ(x, y)dxdy +c2 ψ(x, y)dxdy +c3 ψ(x, y)dxdy +
Ω ∂x2 Ω ∂x∂y Ω ∂y 2
| {z } | {z } | {z }
I II III
Z Z
∂ 2v
c3 )ψ(x, y)dxdy = fx ψ(x, y)dxdy (9.43)
Ω ∂y∂x Ω
| {z }
IV
∂ψ(x, y)
u = ψ(x, y) ⇒ du = dx (9.44)
∂x
I I
∂ 2u ∂u ∂u
dv = 2
dxdy ⇒ v = dy = nx dΓ (9.45)
∂x Γ ∂x Γ ∂x
Logo,
Z I Z
∂ 2u ∂u ∂u ∂ψ(x, y)
2
ψ(x, y)dxdy = ψ(x, y) nx dΓ − dxdy (9.46)
Ω ∂x Γ ∂x Ω ∂x ∂x
De (II) tem-se,
∂ψ(x, y)
u = ψ(x, y) ⇒ du = dx (9.47)
∂x
I I
∂ 2v ∂v ∂v
dv = dxdy ⇒ v = dy = nx dΓ (9.48)
∂x∂y Γ ∂y Γ ∂y
Logo,
Z I Z
∂ 2v ∂v ∂v ∂ψ(x, y)
ψ(x, y)dxdy = ψ(x, y) nx dΓ − dxdy (9.49)
Ω ∂x∂y Γ ∂y Ω ∂y ∂x
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 171
De (III) tem-se,
∂ψ(x, y)
u = ψ(x, y) ⇒ du = dy (9.50)
∂y
I I
∂ 2u ∂u ∂u
dv = 2 dxdy ⇒ v = dx = ny dΓ (9.51)
∂y Γ ∂y Γ ∂y
Logo,
Z I Z
∂ 2u ∂u ∂u ∂ψ(x, y)
ψ(x, y)dxdy = ψ(x, y) ny dΓ − dxdy (9.52)
Ω ∂y 2 Γ ∂y Ω ∂y ∂y
De (IV ) tem-se,
∂ψ(x, y)
u = ψ(x, y) ⇒ du = dy (9.53)
∂y
I I
∂ 2v ∂v ∂v
dv = dxdy ⇒ v = dx = ny dΓ (9.54)
∂x∂y Γ ∂x Γ ∂x
Logo,
Z I Z
∂ 2v ∂v ∂v ∂ψ(x, y)
ψ(x, y)dxdy = ψ(x, y) ny dΓ − dxdy (9.55)
Ω ∂x∂y Γ ∂x Ω ∂x ∂y
Assim, da integração por partes da equação 9.42 obtem-se
Z
∂ 2u ∂ 2v ∂ 2u ∂ 2v
(c1 2 + c2 ) + c3 2 + c3 )ψ(x, y)dxdy
Ω ∂x ∂x∂y ∂y ∂y∂x
I Z I
∂u ∂u ∂ψ(x, y) ∂v
= ψ(x, y)c1 nx dΓ − c1 dxdy + ψ(x, y)c2 nx dΓ
Γ ∂x Ω ∂x ∂x Γ ∂y
Z I Z
∂v ∂ψ(x, y) ∂u ∂u ∂ψ(x, y)
− c2 dxdy + ψ(x, y)c3 ny dΓ − c3 dxdy
Ω ∂y ∂x Γ ∂y Ω ∂y ∂y
I Z I
∂v ∂v ∂ψ(x, y) ∂u
+ ψ(x, y)c3 ny dΓ − c3 dxdy = ψ(x, y)[(c1
Γ ∂x Ω ∂x ∂y Γ ∂x
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 172
Z
∂v ∂u ∂v ∂ψ(x, y) ∂u
+c2 )nx + c3 ( + ny )]dΓ − [ (c1
∂y ∂y ∂x Ω ∂x ∂x
∂v ∂u ∂v
) + c3( + +c2
)]dΓ (9.56)
∂y ∂y ∂x
Da equação 9.40 obtem-se
Z
∂ 2u ∂ 2v ∂ 2u ∂ 2v
(c1 + c2 ) + c3 + c3 )ψ(x, y)dxdy
Ω ∂x2 ∂x∂y ∂y 2 ∂y∂x
I Z
∂ψ(x, y) ∂u ∂v ∂ψ(x, y) ∂u ∂v
= ψ(x, y)txdΓ − (c1 [
+ c2 ) + c3 ( + )]dΓ
Γ Ω ∂x ∂x ∂y ∂y ∂y ∂x
(9.57)
Analogamente, para expressão de fy da equação 9.40 tem-se:
Z
∂ ∂u ∂v ∂ ∂u ∂v
[c3 ( + ) + (c2 + c1 )]ψ(x, y)dxdy
Ω ∂y ∂y ∂x ∂y ∂x ∂y
I Z
∂u ∂v ∂ψ(x, y) ∂u ∂v
= ψ(x, y)txdΓ − [c3( + ) (c2 + c1 )]dΓ (9.58)
Γ Ω ∂y ∂x ∂x ∂x ∂y
Portanto, a Forma Fraca expressa em deslocamento é dada por
Z
∂ψ(x, y) ∂u ∂v ∂u ∂v ∂ψ(x, y) ∂u ∂v ∂u ∂v
{ [c1 + c2 + c3 ( + )] + [c2 + c1 + c3 ( + )]}dxdy
Ω ∂x ∂x ∂v ∂y ∂x ∂x ∂x ∂v ∂y ∂x
Z I
= (fx + fy )ψ(x, y)dxdy + ψ(x, y)(tx + ty )dΓ (9.59)
Ω Γ
Porém, a fim de facilitar uma posterior implementação computacional, o
problema em deslocamento (PD) será expresso em forma matricial, de tal
modo que fazendo
∂u
∂x
∂v
Op(u) = {Op(u)} = (9.60)
∂u
∂y
∂v
∂y
+ ∂x
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 173
∂ψ(x,y)
∂x
∂ψ(x,y)
Op(ψ) = {Op(ψ)} = (9.61)
∂y
∂ψ(x,y)
+ ∂ψ(x,y)
∂y ∂x
D11 D12 D13
D= D22 D23
(9.62)
simétrico D33
sendo D a matriz de elasticidade (de propriedades do material).
Achar u tal que:
R R H
T
Ω Op(ψ) DOp(u)dΩ = Ω ψT fdΩ + Γψ
T
t̂dΓ em Γ1 (9.63)
Sujeito a u = û e v = v̂, e ψ(x, y) = 0 em Γ2
onde,
( )
u(x, y)
u= (9.64)
v(x, y)
( )
fx
f= (9.65)
fy
n o
ψ= ψ (9.66)
ψi = δui (9.67)
Substituindo no problema P Df raco , tem-se
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 174
Achar u tal que:
R R H
T
Ω Op(δu) DOp(u)dΩ = Ω δuT fdΩ + T
Γ δu t̂dΓ em Γ1 (9.68)
Sujeito a u = û e v = v̂ em Γ2
3 u
v(x,y)
u(x,y) v
v
y,v 2 u f Γx
1 u
x,u f Γy
Ω
x,u
α1
( ) " #
α2
ũ(x,y) 1 x y 0 0 0 α3
u= = = PTα (9.71)
ṽ(x,y) 0 0 0 1 x y
α4
α5
α6
u1
1 x 1 y1 0 0 0 α1
v1
0 0 0 1 x1 y1
α2
u2 1 x 2 y2 0 0 0 α
q= = 3
= P nα (9.72)
1 x2 y2
v2
0 0 0
α4
u3
1 x 3 y3 0 0 0
α5
v3 0 0 0 1 x3 y3 α6
α = P −1
n q (9.75)
Então,
u = P T P −1
n q (9.76)
u = Nq (9.77)
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 176
onde,
N - Funções de Forma
Porém, nem sempre é trivial a inversão de P n . Logo, uma forma prática
de solucionar este problema consiste em usar coordenadas de área para ex-
pressá-lo. Na figura 9.4, define-se a notação a ser usada na formulação em
coordenadas de área.
y,v
a 2= x 1- x 3
a 1= x 3- x 2
b 2= y 3- y b 1= y 2- y 3
1
b 3= y 1- y 2
1
a 3= x 2- x 1
x,u
Para um elemento triangular, coordenadas locais (de área) podem ser definidas
em termos das componentes de área A1 , A2 e A3 (figura 9.5). Então, na forma
adimensional, as coordenadas locais L1 , L2 e L3 são definidas como
Ai
Li =; i = 1, 2, 3 (9.78)
A
Existe uma relação entre o sistema local de área (L1 , L2 , L3 ) e o sistema
global (x,y), que é explicitada da seguinte forma:
1
1 1 1 L1
x = x1 x2 x3 L (9.79)
2
y y1 y2 y3 L3
ou ainda,
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 177
( x3, y3)
y
3 (0,0,1)
x L1
L2
P 2
(0,1,0) Em coordenadas de area
( x2, y2)
L3
1
(1,0,0)
( x1, y1)
X
3
x = L1 x1 + L2 x2 + L3 x3 = Li xi (9.80)
i=1
X3
y = L1 y1 + L2 y2 + L3 y3 = Li yi (9.81)
i=1
ou ainda,
1
L1 = (A23 + b1x + a1 y) (9.83)
2A
1
L2 = (A31 + b2x + a2 y) (9.84)
2A
1
L3 = (A22 + b3x + a3 y) (9.85)
2A
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 178
onde,
Aij é a área do triângulo formado pelos nós (i, j, P), sendo P o nó
interior geral (fig.9.5), ou seja:
2A23 = x2 y3 − x3 y2 (9.86)
2A31 = x3 y1 − x1 y3 (9.87)
2A12 = x1 y2 − x2 y1 (9.88)
a1 = x3 − x2 (9.89)
b1 = y2 − y3 (9.90)
a2 = x1 − x3 (9.91)
b2 = y3 − y1 (9.92)
a3 = x2 − x1 (9.93)
b3 = y1 − y2 (9.94)
u1
( ) ( ) " #
v1
u(x, y) u1 N1 0 N2 0 N3 0 u2
u= = =
v(x, y) u2 0 N1 0 N2 0 N3
v2
u3
v3
(9.95)
de tal modo que,
δu = N δq (9.96)
Portanto, para cada elemento,
u = Nq (9.97)
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 179
δu = N δq (9.98)
Tem-se que Ni corresponde às funções de interpolação tı́picas do Método
de Elementos Finitos. Estas funções são chamadas de suporte compacto ou
funções de quadrado integrável. Em função da aproximação adotada, elas
possuem a seguinte propriedade:
Z Z I
T T T T T
δu Op(N ) DOp(N )dΩu = δu δuN f dΩ + δu N T t̂dΓ
Ω Ω Γ
(9.100)
Este resultado deve ser verificado para qualquer variação virtual arbitrária
δu, logo,
Z Z I
T T
Op(N ) DOp(N )dΩ u = N f dΩ + N t̂dΓ (9.101)
Ω Ω Γ
de tal forma que
Z
K = Op(N )T DOp(N )dΩ (9.102)
Ω
Z
FV = N T f dΩ (9.103)
IΩ
FN = N T t̂dΓ (9.104)
Γ
que corresponde a,
Ku = FV + FN = F (9.105)
onde,
K = matriz de rigidez ;
u = vetor de deslocamentos;
A equação 9.102 (matriz de rigidez) pode ser escrita de forma mais ex-
plı́cita, notando que (veja eqs.(9.60) e (9.61))
Op(N ) = B (9.106)
onde,
∂N1 ∂N2 ∂N3
x
0 x
0 x
0
B= ∂N1 ∂N2 ∂N3
0 y
0 y
0 y (9.107)
∂N1 ∂N1 ∂N2 ∂N2 ∂N3 ∂N3
y x y x y x
K = B T DBA (9.109)
Já para FV , termo fonte devido à força de volume f , tem-se a expressão
dada na eq.9.103, que pode ser explicitada, a fim de obter-se o equivalente
nodal, da seguinte forma:
Partindo de f i definido por,
( )
fx
fi = (9.110)
fy
onde i = 1, 2, 3.
Então, considerando-se fx e fy forças de volume constantes,
Z Z
FV i = N Ti f i dΩ = fi N Ti dΩ (9.111)
Ω Ω
x 1 + x 2 + x 3 = y1 + y2 + y3 = 0 (9.112)
CAPÍTULO 9. APLICAÇÕES EM ELASTICIDADE PLANA 181
2A
Aij = (9.113)
3
Aplicando-se tais relações no caso estudado, simplifica-se o cálculo das
integrais, uma vez que:
Z Z
xdxdy = ydxdy = 0 (9.114)
Assim, usando a eqs.9.83, 9.84 e 9.85
( )Z ( ) ( )
fx Aij fx Aij fx A
FV i = dxdy = = (9.115)
fy 2A fy 2 fy 3
Logo, para FV escrita para o elemento, tem-se
fx
fy
FV 1
fx A
FV = FV 2 = (9.116)
fy
FV 3
3
fx
fy
Conclui-se , então, que a força de volume corresponde a três forças iguais,
aplicadas nos nós do elemento analisado.
a 3 b2 − a 2 b3
A= (9.120)
2
Os termos definidos de (9.117) a (9.120) permitem o cálculo explı́cito da
Matriz de Rigidez (9.109) e dos Vetores de Carga (9.103) e (9.104), e podem
ser usados diretamente na implementação computacional.
Referências Bibliográficas
[2] Cook R., Malkus D., Plesha M.E. ”Concept and Aplication of Finite
Element Analysis”, Wiley 1989.
[4] Bathe K.J., Wilson E.L. ”Numerical Methods in Finite Element Analy-
sis”, Prentice-Hall, 1976.
[6] Connors J.J., Brebia C.A. ”Finite Element Techniques for Fluid Flow”,
1976.
[8] Hughes T.J.R. ”The Finite Element Method - Linear Static and Dy-
namic Finite Element Analysis”, Prentice-Hall 1987.
184
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 185
[13] Bathe, K. J. & Cimento A. P..”Some Practical Procedures for the So-
lution of Nonlinear finite Element Equations”in J. Comput. Meth. Appl.
Mech. Engng, vol.22, 59-85, 1980.
[23] MATLAB Building a Graphical User Interface. The Math Works Inc,
1994.
[27] Paixão, Cláudio Lessa. Análise não linear geométrica de estruturas retic-
uladas com aplicação ao lançamento de oleodutos submarinos. Tese de
Mestrado. Programa de Engenharia de Petróleo, Universidade Estadual
de Campinas, 1990.
[29] Turner, M. J., Dill E. H., Martin H. C. & Melosh R. J..”Large Deflec-
tion of Structures Subjected to Heating and External Loads”in Journal
of Aerospace Science, vol.27, 97-106,1960.
[40] ”ANSYS User’s Manual”, Vol IV, ”Theory”, Swanson Analyses System,
Inc, 1992.
@u @ @u
k + Q = 0 em
@t @x @x
sujeito a:
u = g em 1
@u
= u + h em 2
@n
Pede-se:
a)Formulaca~o Fraca do problema.
b) Supondo uma aproximac~ao geral de Elementos Finitos do tipo Galerkin,
sem particularizar para um dado elemento, indique a forma matricial as-
sociada a cada termo da Forma Fraca calculada no item anterior, especi-
cando se os mesmos s~ao calculados no domnio ou no contorno de um
dado elemento.
2 Res
duos Ponderados e M
nimos Quadrados
d2 u du
x2 + 2x + 2u = 0 em 1<x<4 (1)
dx2 dx
u(1) = 0 (2)
u(4) = 12 (3)
1
e considerando uma aproximaca~o polinomial quadratica, determine usando
o metodo de mnimos quadrados uma soluc~ao aproximada para o problema.
3 Aproxima
c~
ao Isoparam
etrica
4 Problema de Condu
c~ao de Calor
2
onde a equac~ao que governa o problema e:
@2 @2
+ = 2 em
@x2 @y2
sujeito a:
(0; y) = 0
(2; y) = 0
(x; 0) = 0
(x; 3) = 0
Pede-se:
a)Achar a Forma Fraca do Problema
b)Aplicar o Metodo dos Elementos Finitos, usando uma formulac~ao do
tipo Galerkin, e elementos triangulares lineares.
c)Calcular a Matriz de Conduividade Termica para um elemento generico,
usando o espaco isoparametrico.
) Resolver o problema acima, considerando a malha mostrada na Figura,
e as condic~oes de contorno impostas.
5 Problema de tor
c~ao
3
Figura 1: Torc~ao Elastoestatica
1 @2 @2
[ + ] + 2 = 0 em
(4)
G @x2 @y2
=0 em (5)
e considerando,
N
G=1 (6)
cm2
H =1 cm (7)
rd
=1 (8)
cm
a=2 cm (9)
(10)
Determinar:
4
A) Usando um esquema de Resduos Ponderados e o Metodo de Galerkin
calcular:
a1) O valor de (x; y) em (0; 0) e (1; 1)
a2) O momento M na sec~ao , sabendo que:
Z
M =2 dxdy (11)
secao
5
b4) As tens~oes de cisalhamento para cada elemento, sabendo-se que:
@
xz = (12)
@y
@
yz = (13)
@x
6 Problema de Viga
6
b)Divida a viga em N elementos nitos de 2 nos, use uma interpolac~ao
linear para y. Considere tambem que o momento varia linearmente no
elemento, e despreze o valor de dx
dy
nos nos. Nestas condic~oes escrever o
problema discreto e determinar a express~ao da Matriz de Rigidez e do
vetor de carga nodal equivalente.
c) Aplicac~ao: A viga engastada livre, de comprimento l=150 cm, submeti-
da a uma carga vertical de 4500 N na extremidade livre. EI = 8:5e6Ncm2.
Comparar asoluc~ao obtida para os deslocamentos na extremidade, para
uma malha de 4 elementos, a soluc~ao analtica da resist^encia dos Materi-
ais.
7 Equa
c~ao de Laplace
7
Figura 4: Domnio do Problema - Equac~ao de Laplace
d2 v(x; t)
T kv(x) = f (18)
dx2
Encontrar uma soluc~ao analtica para o problema.
Aplicando Residuos Ponderados e o metodo de Galerkin, achar a Forma
fraca do problema.
8
Usando elemntos de dois nos, e uma aproximac~ao linear determinar as
matrizes de rigidez elementares.
Usando uma malha de 5 elementos, compare os resultados numericos, com
os obtidos analicamente, para o seguinte caso: v1 = v6 = 0; T = 600lb; L =
120in; k = 0:5lb 22 ef = 2lb=in.
9 Barra de se
c~ao vari
avel
Desenvolver uma elemento de barra de seca~o varavel (variac~ao linear) com aprox-
imac~ao linear (dois nos). Determinar as matrizes de massa, rigidez e vetor de
carga devido ao peso proprio.
10 Elementos Quadrilaterais
9
Considerando uma aproximaca~o polinomial nodal , escreva as funco~es de
forma do elemento N1 ; N2; N3 ; N4 .
Sabendo-se ainda, que para um elemento especco, de coordenadas mostradas
na Figura ??, obt^eve-se as seguintes soluc~oes nodais:
d2
1=0 (21)
dx2
qual sera a express~ao da matriz de rigidez do elemento. Escrever os resul-
tados em func~ao de a e b.
10
Universidade Estadual de Campinas
Caixa Postal 6122
Faculdade de Engenharia Mec^anica 13081-970 Campinas, SP
Departamento de Mec^anica Computacional Fax:(55) (19)3289-3722
1
2 Metodo dos Deslocamentos- Hiperestatico
Considere a trelica plana representada na Figura 2, constituda de duas barras
de mesma sec~ao e de mesmo modulo de elasticidade:
Pede-se:
Usando o metodo direto, achar a matriz de rigidez de um elemento.
Calcular o sistema matricial global a ser resolvido.
Calcular os deslocamentos do no 1.
Determinar as tens~oes nas barras.
Determinar as reac~oes de apoio.
2
3 Rede Hidraulica - Matriz Global
Considere uma rede hidraulica de acordo com a ilustrac~ao mostrada na gura
3.
3
Universidade Estadual de Campinas
Faculdade de Engenharia Mec^anica
Departamento de Mec^anica Computacional
1 Res
duos Ponderados / Galerkin
ky ya k= [
X( L
y
1
ya )2l ] 2 (1)
l=1
Observe neste caso, que o erro deve ser avaliado em cada ponto l, denido
no vetor x.
Para cada aproximaca~o adotada, faca um graco da soluc~ao aproximada
obtida, do Resduo calculado e do erro, considerando os pontos do vetor
x. Comente os resultados.
Resolva todos os tens acima, adicionando-se mais uma condic~ao de con-
torno ao problema, da seguinte forma:
dy
=1 (2)
dx
1
2 Res
duos Ponderados
d2 u du
x2 + 2x + 2u = 0 em 1<x<4 (3)
dx2 dx
u(1) = 0 (4)
u(4) = 12 (5)
e considerando uma aproximac~ao polinomial quadratica, determine:
Usando o metodo de mnimos quadrados uma soluc~ao aproximada para o
problema.
Usando o metodo de colocac~ao por pontos uma soluc~ao aproximada para
o problema. Use 1, 2 e 3 pontos de colocaca~o.
Usando o metodo de Galerkin, com func~oes quadraticas, uma soluca~o
aproximada para o problema.
Compare as soluc~oes obtidas, fazendo um graco das soluc~oes e uma tabela
contendo os resultados em 5 pontos igualmente espacados.
3 Problema de tor
c~ao
2
Figura 1: Torc~ao Elastoestatica
1@2 @2
[ + ] + 2 =0 em
(6)
G @x2 @y 2
=0 em (7)
e considerando,
N
G=1 (8)
cm2
H =1 cm (9)
rd
=1 (10)
cm
a=2 cm (11)
(12)
Determinar:
A) Usando um esquema de Resduos Ponderados e o Metodo de Galerkin
calcular:
3
a1) O valor de (x; y) em (0; 0) e (1; 1)
Z
a2) O momento M na sec~ao , sabendo que:
M =2 dxdy (13)
secao
4
Universidade Estadual de Campinas
Caixa Postal 6122
Faculdade de Engenharia Mecânica 13081-970 Campinas, SP
Departamento de Mecânica Computacional Fax:(55) 0192 393722
∂u ∂ ∂u
− k + Q = 0 em Ω
∂t ∂x ∂x
sujeito a:
u = g em Γ1
∂u
= λu + h em Γ2
∂n
Pede-se:
2 Aproximação Isoparamétrica
Para se estudar o comportamento em tração-compressão de uma Viga- Coluna
(governada pela equação diferencial da Barra), deseja-se construir um elemento
finito unidimensional de três nós. Considerando, que o mesmo será escrito em
um espaço isoparamétrico ξ que varia de (-1,1), Pede-se:
1
• Determine a expressão para o cálculo das tensões em cada elemento,
supondo-se conhecidos os valores nodais ui, uj , uk , e o Módulo de Elas-
ticidade E.
∂2φ ∂2φ
+ 2 = 2 em Ω
∂x2 ∂y
sujeito a:
φ(0, y) = 0
φ(2, y) = 0
φ(x, 0) = 0
φ(x, 3) = 0
Pede-se:
• a)Achar a Forma Fraca do Problema
• b)Aplicar o MÚtodo dos Elementos Finitos, usando uma formulação do
tipo Galerkin, e elementos triangulares lineares.
2
• c)Calcular a Matriz de Conduividade TÚrmica para um elemento genÚrico,
usando o espaço isoparamÚtrico.
• ) Resolver o problema acima, considerando a malha mostrada na Figura,
e as condições de contorno impostas.
4 Problema de torção
Seja o problema de torção de estruturas de seção arbitrária, definido de acordo
com o esquema abaixo:
1 ∂2φ ∂2φ
[ + 2 ] + 2θ = 0 em Ω (1)
G ∂x2 ∂y
φ=0 em Γ (2)
3
e considerando,
N
G=1 (3)
cm2
H =1 cm (4)
rd
θ=1 (5)
cm
a=2 cm (6)
(7)
Determinar:
4
Figura 2: Malha de Elementos Finitos
∂φ
τxz = (9)
∂y
∂φ
τyz =− (10)
∂x
5 Problema de Viga
Considere a equação diferencial;
d2 y M
= (11)
dx2 EI
que fornece a deflexão y de uma viga submetida a um momento M (x). I é o
momento de inércia, E o Módulo de elasticidade do material da viga. Suponha
a função M (x) conhecida.
5
Figura 3: Viga Cantilever
6 Equação de Laplace
Deseja-se resolver o seguinte problema:
6
Pede-se:
7
d2 v(x, t)
T − kv(x) = −f (15)
dx2
• Encontrar uma solução analı́tica para o problema.
• Aplicando Resíduos Ponderados e o método de Galerkin, achar a Forma
fraca do problema.
• Usando elemntos de dois nós, e uma aproximação linear determinar as
matrizes de rigidez elementares.
• Usando uma malha de 5 elementos, compare os resultados numéricos, com
os obtidos analicamente, para o seguinte caso: v1 = v6 = 0, T = 600lb, L =
120in, k = 0.5lb ∈2 ef = 2lb/in.