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AGO 1993 NBR 12971


Emprego de sistema de aterramento
para proteção de auxílios luminosos em
ABNT-Associação
Brasileira de
aeroportos
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
EndereçoTelegráfico:
NORMATÉCNICA

Procedimento

Origem: Projeto 08:002.02-008/1992


CB-08 - Comitê Brasileiro de Aeronáutica e Transporte Aéreo
CE-08:002.02 - Comissão de Estudo de Auxílios Visuais Elétricos em Aeroportos
NBR 12971 - Use for electrical grounding system for protection of the airport
luminous aids - Procedure
Copyright © 1990,
ABNT–Associação Brasileira
Descriptors: Grounding. Luminous aids. Airport
de Normas Técnicas Válida a partir de 30.09.1993
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Aterramento. Auxílio visual. Aeroporto 7 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 3.1 Sistema de aterramento

1 Objetivo Dispositivos que conectam sistemas elétricos a um


2 Documento complementar meio condutor (terra) que se torna um plano de refe-
3 Definições rência comum, com potencial tão baixo que permita o
4 Condições gerais escoamento de cargas elétricas indesejáveis.
5 Condições específicas
6 Inspeção 3.2 Haste de aterramento
ANEXO A - Procedimento para determinação da estratifi-
cação do solo com três ou mais camadas (mé- Elemento condutor que, enterrado no solo, escoa para
todo Yokogawa) a terra as cargas elétricas indesejáveis.
ANEXO B - Figuras
3.3 Cabo de aterramento
1 Objetivo Elemento condutor que faz a ligação elétrica entre
sistemas de aterramento, equipamentos, estruturas e
Esta Norma fixa os requisitos mínimos exigíveis para pro- hastes de aterramento.
jeto, execução, recebimento e manutenção de sistema de
aterramento elétrico para proteção de auxílios luminosos 4 Condições gerais
em aeroportos.
4.1 Características do sistema de aterramento
2 Documento complementar
Manter os potenciais resultantes no solo e nos equipa-
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: mentos aterrados dentro dos limites toleráveis pelo
corpo humano e abaixo dos limites de isolação daque-
les equipamentos.
NBR 7117 - Medição de resistividade do solo pelo mé-
todo dos quatro pontos (Wenner) - Procedimento
5 Condições específicas
3 Definições 5.1 Medição da resistividade do solo

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições 5.1.1 As medições devem ser feitas pelo método dos
de 3.1 a 3.3. quatro pontos (Wenner), conforme NBR 7117.
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5.1.2 Não devem ser feitas medições quando o terreno pista, devem ser feitas medições a cada 150 m, ao longo
estiver sob fatores anormais às condições locais, tais do circuito, na sua direção longitudinal.
como: elevada umidade, produtos químicos aplicados re-
centemente, movimento do solo, etc. 5.1.6 Para o caso anterior, se possível, a medição deve ser
executada em ambas as direções, longitudinal e trans-
5.1.3 Sempre que possível, a medição da resistividade do
versal.
solo deve ser feita sem nenhum eletrodo, vara ou condu-
tor enterrados ou ligados a qualquer equipamento.
Nota: As condições e o tipo do solo no local, a umidade, a vege-
5.1.4 As medições devem ser feitas a cada 150 m ou fra- tação e a data aproximada em que ocorreu a última chuva
são informações que devem ser anotadas para futuras
ção, ao longo das bordas da pista, alternando-se o lado
comparações.
desta a cada ponto.

5.1.5 Para o caso de auxílio luminoso ou de caminha- 5.1.7 A Tabela apresenta valores típicos de resistividade
mento de circuito que não estejam situados na borda da (ρ) para diversos tipos de solo.

Tabela - Valores típicos de resistividade (ρ) para diversos tipos de solo

Tipo de solo Resistividade (Ω . m)

Limo 20 a 100

Húmus 10 a 150

Lama 5 a 100

Terra de jardim, com 50% de umidade 140

Terra de jardim, com 20% de umidade 480

Argila, com 40% de umidade 80

Argila, com 20% de umidade 330

Argila seca 1500 a 5000

Areia, com 90% de umidade 1300

Areia, comum 3000 a 8000

Calcário fissurado 500 a 1000

Calcário compacto 1000 a 5000

Granito 1500 a 10000

Basalto 10000 a 20000

5.1.8 No caso de os valores da resistividade apresentarem 5.1.11 Obter a média aritmética entre as resistividades cal-
variação superior a 50%, para uma mesma separação en- culadas em ambas as direções para cada ponto.
tre eletrodos e para pontos subseqüentes, devem ser fei-
tas medições em pontos intermediários, pois a variação 5.1.12 Com os valores calculados em 5.1.11, obtém-se a
pode indicar tipos de solos diferentes, inclinação das ca- média aritmética para todos os pontos, para a mesma se-
madas, presença de pedras ou ainda a variação da altura paração entre eletrodos.
do lençol freático.
5.1.13 Para uma mesma separação entre eletrodos, ha-
vendo valores com variação acima de 50% em relação à
5.1.9 No caso de os pontos situados em bordas diferentes
média encontrada, estes devem ser abandonados e aquela
de uma pista apresentarem valores com variação supe-
deve ser recalculada até que todos os valores estejam
rior a 50%, a disposição dos pontos intermediários deve
dentro desta variação.
respeitar a alternância daqueles.
5.1.14 De posse dos valores obtidos em 5.1.13, traçar em
5.1.10 De posse dos dados medidos, deve-se construir escala logarítmica a curva “resistividade x profundidade
uma tabela com os valores da resistividade, calculados (ρ x P)”.
pela fórmula apresentada na NBR 7117, para cada ponto
e direção, agrupados pela mesma separação entre eletro- 5.1.15 Com a curva ρ x P colocada sobre as curvas-padrão
dos. (ver Figura 1 do Anexo B), verificar qual das curvas mais se
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aproxima daquela. Desta forma, obtém-se a relação entre b = comprimento cravado (m)
os valores de resistividade da primeira camada e a sua
profundidade. d = diâmetro da haste (m)

Nota: Não havendo semelhança entre as curvas-padrão e a cur- n = quantidade de hastes


va ρ x P encontrada, deve-se adotar o procedimento des-
crito no Anexo A. Nota: A resistividade equivalente é a média ponderada entre os
valores de resistividade do solo modelado em duas cama-
5.2 Projeto das, onde a profundidade da camada superior é menor que
o comprimento cravado da haste.
5.2.1 Tipos de materiais
ρ1 x ρ2
ρe = xb
O cabo de aterramento deve ser de cobre eletrolítico; as ρ1b2 + ρ2b1
hastes, de aço cobreado; e as conexões de bronze.
Onde:
5.2.2 Diâmetro mínimo das hastes
ρe = resistividade equivalente (Ω . m)
As hastes devem ter diâmetro mínimo de 15 mm.
b = comprimento total cravado da haste (m)
5.2.3 Profundidade das hastes
b1 = comprimento cravado da haste na camada supe-
As hastes utilizadas no sistema de aterramento devem ter rior (m)
comprimento que permita atingir uma profundidade de,
pelo menos, 3 m, devendo ser instaladas em poços de b2 = comprimento cravado da haste na camada infe-
aterramento, com a finalidade de facilitar as futuras me- rior (m)
dições de resistência.
ρ1 = resistividade da camada superior (Ω . m)
5.2.4 Distância entre hastes
ρ2 = resistividade da camada inferior (Ω . m)
Deve ser observada uma distância máxima de 300 m en-
tre hastes adjacentes. 5.3.2 O valor da resistência de aterramento calculado se-
gundo 5.3.1 deve satisfazer ao estabelecido em 5.2.8.
5.2.5 Seção mínima do condutor de terra Caso isto não ocorra, deve ser feito novo cálculo com nú-
mero maior de hastes, até que seja atingido um valor acei-
O cabo de aterramento deve ter seção de, no mínimo, tável.
10 mm2.
6 Inspeção
5.2.6 Tipo de conexões
6.1 Inspeção de recebimento
As conexões devem ser do tipo aparafusado, não-soldável.
6.1.1 Após a implantação do sistema de aterramento, de-
5.2.7 Afastamento vem ser efetuadas a inspeção visual, a verificação de con-
tinuidade e a medição da resistência de aterramento.
O cabo de aterramento deve estar afastado em, no míni-
mo, 20 cm dos cabos condutores de energia. 6.2 Inspeção visual

5.2.8 Máxima resistência de aterramento A inspeção visual deve abranger os componentes bási-
cos do sistema, objetivando verificar as condições de ater-
O valor da resistência de aterramento deve ser de, no má- ramento dos equipamentos e estruturas condutoras, das
ximo, 10 Ω. conexões nos poços de aterramento e das conexões utili-
zadas para terra.
5.3 Dimensionamento
6.3 Verificação de continuidade
5.3.1 Resistência de aterramento
A verificação de continuidade entre os equipamentos, es-
No cálculo da resistência de aterramento do sistema, de- truturas e sistema de aterramento deve ser feita com auxí-
ve ser utilizada a seguinte fórmula: lio de um ohmímetro, usando-se a menor escala do medidor.

ρe 4b 6.3.1 Para evitar que os condutores que interligam os dois


R= . ln pontos com o medidor introduzam um valor de resistência
2þ . b . n d
que possa distorcer a medida, é aconselhável o uso de ca-
bo flexível (cordoalha) com seção de, no mínimo, 6 mm2.
Onde:
6.3.2 Para se executar a medição, devem ser tomados os
R = resistência de aterramento (Ω) mesmos cuidados exigidos para a medição normal de uma
resistência, sendo que ela deve ser feita após o ajuste de
ρe = resistividade equivalente (Ω . m) zero da escala do medidor.
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6.4 Medição da resistência de aterramento 6.5 Manutenção

A medição da resistência de aterramento deve ser feita A manutenção do sistema de aterramento deve ser feita
com a utilização de um terrômetro, sendo que a haste de quando for notada uma degradação no terreno (aumento
corrente deve situar-se a uma distância de, no mínimo, de resistividade) ou nos elementos condutores (cabos,
50 m em uma direção perpendicular à pista. Devem ser hastes e conexões), que provoque o aumento do valor de
efetuadas medições a cada 600 m ou fração, alternando- resistência de aterramento acima do estabelecido em
se os lados com um mínimo de três medições. 5.2.8

/ANEXOS
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ANEXO A - Procedimento para determinação da estratificação do solo com três ou mais camadas
(método Yokogawa)

A-1 Objetivo A-2.5 A seguir, colocar o gráfico (ρ x P) sobre as curvas


auxiliares, dadas na Figura 2 do Anexo B, de modo que o
O método proposto destina-se à obtenção de várias estra- pólo 01 coincida com a origem das curvas auxiliares. Com
tificações diferentes a partir de um mesmo conjunto de da- linha tracejada, desenhar no gráfico (ρ x P) a curva auxiliar
dos no campo. de relação (ρi/ρs) idêntica à da curva-padrão escolhida em
A-2.2.
A-2 Procedimento

Dispondo-se da curva resistividade x profundidade (ρ x P), A-2.6 Voltando-se às curvas-padrão, fazer coincidir o
traçada em papel logarítmico e das curvas-padrão e auxi- pólo 01 com a origem destas (ponto de intersecção dos
liares (ver Figuras 1 e 2 do Anexo B), proceder conforme eixos de coordenadas). Deslocar a curva obtida em A-2.5
descrito em A-2.1 a A-2.8. sobre a origem das curvas-padrão até que se consiga ou-
tra curva-padrão que mais se assemelhe ao segundo tre-
A-2.1 Dividir a curva (ρ x P) em trechos ascendentes e des- cho da curva (ρ x P).
cendentes.
A-2.7 Escolhida a nova curva-padrão, marcar a origem
A-2.2 Colocar a curva (ρ x P) sobre as curvas-padrão da- desta curva sobre o gráfico (ρ x P). Este ponto fornece o
das na Figura 1 do Anexo B e verificar com qual das cur- pólo 02. Obtêm-se, assim, os valores de resistividade
vas-padrão o primeiro trecho da curva (ρ x P) mais se iden- ρ‘2 = ρeq2 da primeira e segunda camadas. Uma vez que o
tifica. valor de 3/2 corresponde ao valor ρi/ρs obtido das curvas-
padrão, calcular ρ3, que é a resistividade da terceira ca-
A-2.3 Escolhida a curva com uma determinada relação mada do solo. O valor de P2, profundidade da segunda
ρi/ρs, transcrever a origem das curvas-padrão no gráfico camada, é obtido diretamente da leitura da abscissa do
(ρ x P). Este ponto fornece o primeiro pólo 01 (primeiro pólo 02.
pólo, uma vez que se refere ao trecho inicial da curva
(ρ x P)).
A-2.8 Se ainda houver mais partes descendentes ou
A-2.4 Na curva (ρ x P), são lidas as coordenadas do ascendentes, prosseguir analogamente, obtendo-se os
pólo 01, ou seja, Ps e ρs, que representam a profundidade pólos restantes. Tendo-se conhecido todos os valores das
e a resistividade da primeira camada do solo, respectiva- resistividades das camadas do solo, com as respectivas
mente. A partir disso, pode ser calculado o valor de ρ2, atra- profundidades, obtém-se o perfil de resistividade do ter-
vés da relação ρi/ρs. reno.

/ANEXO B
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ANEXO B - Figuras

Figura 1 - Curvas-padrão
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Figura 2 - Curvas auxiliares

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