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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS III
ÁREA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Engenharia Civil – Campus Goiânia


Disciplina: PLANEJAMENTO E SISTEMAS DE TRANSPORTES
2º TRABALHO DE PLASISTRA

Entrega via Moodle até 29/06/22

1)MONTAR UMA AVENIDA DE LIGAÇÃO ENTRE BAIRROS PELA CIDADE DE GOIÂNIA,


DE PREFERÊNCIA NO LADO OESTE DO MUNICÍPIO. MONTAR O CAMINHO DA
AVENIDA NO GOOGLE EARTH E EFETUAR TODA DESCRIÇÃO POR ONDE VAI
PASSAR, SEÇÃO DA AVENIDA, PERFIL DE ELEVAÇÃO E PRINCIPALMENTE AS
ADVERSIDADES PARA IMPLANTAR.

Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Goiás – Câmpus Goiânia


Rua 75 nº 46 – Setor Central, CEP: 74.0-110. Goiânia-GO
Fone: (62) 3227-2767 e-mail: dg.goiania@ifg.edu.br
1 APRESENTAÇÃO

1
1.1 INTRODUÇÃO

BASITEC Projetos e Construções Ltda. tem a satisfação de apresentar


o conjunto de relatórios que consubstanciam o Projeto Executivo de
Engenharia do Contorno Noroeste de Goiânia. Esse trabalho se refere ao
Termo de Cessão PG-214/98-00 cujo objeto é o “Contrato de Empreitada para
Execução das Obras de Terraplenagem e Pavimentação Asfáltica, incluindo
Projetos Executivos e Obras de Artes Especiais, com extensão de 51,36 km”.

Este relatório é composto pelos seguintes volumes:

1.1.1 VOLUME 1 - Relatório do Projeto

Esse volume tem o objetivo de proporcionar uma visão global do projeto,


descrevendo de maneira sucinta os diversos estudos realizados e projetos
elaborados, analisando e justificando as alternativas adotadas, fornecendo
dados e informações pertinentes aos aspectos construtivos de implantação da
obra. Este volume contém ainda os quadros de quantidades, as especificações
adotadas e a diretriz do traçado. É apresentado em formato A4.

1.1.2 VOLUME 2 - Projeto de Execução

Apresenta plantas com detalhes, gráficos e desenhos necessários à


execução da obra projetada. É apresentado em formato A3.

1.1.3 VOLUME 3 - Memória Justificativa

O objetivo deste volume é detalhar os critérios adotados, os cálculos


efetuados e as soluções projetadas, assim como as metodologias utilizadas,
possibilitando a análise pelo DNER e servindo também como elemento de
consulta na fase de execução da obra. É apresentado em formato A4.

1.1.4 VOLUME 4 - Orçamento

O objetivo deste volume é fornecer o custo de todas as obras


necessárias à execução do Projeto, indicando os métodos adotados na sua
obtenção.

2
1.1.5 VOLUME 3A - Cadastro de Desapropriação

Nesse volume são especificados os serviços de caracterização dos


imóveis, com a finalidade de fornecer os elementos necessários à execução do
processo administrativo de indenização por desapropriação das áreas
necessárias à implantação do Projeto. O volume é composto por um cadastro,
um memorial descritivo e o levantamento topográfico de cada imóvel atingido.

1.1.6 VOLUME 3B - Estudos Geotécnicos / Levantamentos de Campo

Nesse volume são apresentados os boletins das sondagens realizadas


no sub-leito, cortes, empréstimos e jazidas, bem como os resultados dos
ensaios realizados.

1.1.7 VOLUME 3C - Notas de Serviço - Cálculo de Volumes

Nesse volume são apresentados os volumes de terraplenagem, bem


como as respectivas notas de serviços e também as notas de serviços de
drenagem.

1.1.8 VOLUME 3D - Memorial de Cálculo de Estruturas

Nesse volume são apresentadas as memórias de cálculos das obras de arte


especiais, com os correspondentes quantitativos de serviços.

3
1.2 MAPA DE SITUAÇÃO

TOCANTINS

CAMPOS BELOS
SÃO MIGUEL PORANGATU
DO ARAGUAIA
MINAÇU

BAHIA

NIQUELÂNIDA
MATO GROSSO

aia
D.F. URUAÇU

gu
MAMBAÍ

Ara
Rio

DF
BRASÍLIA

GOIÁS

LUZIÂNIA

GOIÂNIA
PIRES
DO RIO

CALDAS
RIO VERDE NOVAS
CATALÃO

JATAÍ
ITUMBIARA

íba
Par ana

Rio
APORÉ
MINAS GERAIS

MATO GROSSO
DO SUL

INHUMAS

BRAZABRANTES
NERÓPOLIS

Sto. ANTÔNIO
DE GOIÁS GOIANÁPOLIS
GOIANIRA

BONFINÓPOLIS

LEOPOLDO
SENADOR DE BULHÕES
CANEDO

TRINDADE GOIÂNIA

CALDAZINHA

Legenda
Vias existentes APARECIDA
DE GOIÂNIA
Vias em projeto GUAPÓ

Vias em execução
Contorno Noroeste
Contorno Sudoeste BELA VISTA
ARAGOIÂNIA DE GOIÁS

HIDROLÂNDIA

4
1.3 ASPECTOS REGIONAIS

As cidades no Brasil, como nos demais países, a partir de um certo grau


de desenvolvimento, tendem a apresentar problemas e exigências de
intervenções que, quando não solucionados no devido tempo, assumem
crescente gravidade.

Dentre esses, nenhum é tão abrangente como o do transporte. Com o


crescimento populacional, a expansão da área urbana e o constante aumento
das distâncias a serem percorridas, a demanda, tanto de passageiros quanto
de mercadorias, aumenta.

O transporte afeta a vida de todos os habitantes da cidade grande, com


sérias implicações sociais. Influi no nível da poluição ambiental e condiciona o
desempenho da economia. A implantação de vias de tráfego rápido, avenidas e
ruas constituem fator determinante do uso e ocupação do solo.

Goiânia e os municípios que compõem seu Aglomerado Urbano não


fogem a esta regra. Com uma população de 1.331.818 habitantes, o
Aglomerado enfrenta sérias dificuldades com o transporte, apesar de todas as
melhorias nele introduzidas.

O Aglomerado Urbano de Goiânia é composto por 16 municípios,


compreendendo uma área de apenas 2,01% da área total do Estado. Este
Aglomerado conta com uma população residente de cerca de 32% e arrecada
quase 44% do ICMS, conforme se pode ser verificado no gráfico apresentado a
seguir.

5
Participação do Aglomerado Urbano em
Relação ao Estado

100

80

60
Estado
40 Aglomerado

20

0
População Arrecadação Área

A maior parte dos municípios do Aglomerado possui características


sócio econômicas predominantemente rurais. No entanto, os municípios de
Aparecida de Goiânia, Trindade e Senador Canedo além de apresentarem uma
grande conurbação com a capital, passam por vigoroso processo de
industrialização.

Este processo de industrialização, se convenientemente implantado, é


bastante desejável, porque colabora com o aumento do número de empregos e
com a geração de renda. Todavia, alguns cuidados devem ser tomados, tanto
no sentido de se preservar o meio ambiente quanto de se disciplinar o
desenvolvimento.

Como se pode observar no quadro apresentado a seguir, Goiânia possui


71,67% da população e arrecada 90,45% do ICMS do Aglomerado. Isto reflete
uma excessiva concentração de atividades na capital, principalmente na área
mais central da cidade, sendo necessário, portanto, intervenções no sistema de
transporte e uso do solo que visem alterar esta excessiva centralização. Dentre
as intervenções pode-se citar o Plano de Desenvolvimento Integrado de
Goiânia - PDIG, que apresenta uma série de recomendações para o
desenvolvimento harmonioso da capital, dentre elas a via Contorno de Goiânia,
Contorno Noroeste, cujo trecho GO-070 (saída para Inhumas) a BR-153 (saída
para Hidrolândia), é motivo do presente trabalho.

6
QUADRO 1.2.1
PROJETO FINAL DE ENGENHARIA
Contorno Noroeste de Goiânia
Aspectos Regionais
Aglomerado Urbano de Goiânia

População Arrecadação Área km2 % em relação ao Estado de


Município Jul/93 ICMS -1995 Jan/94 Goiás
R$1,00 População Arrecadação Área
Guapó 12.047 477.428,41 533,6 0,29 0,43 0,16
Trindade 57.526 6.485.983,78 780,6 1,38 0,58 0,23
Goianira 11.504 1.951.089,00 201,1 0,28 0,18 0,06
Brazabrantes 2.343 51.730,70 124 0,06 0,04 0,04
Santo Antônio de Goiás 2.097 55.909,33 133,3 0,05 0,05 0,04
Nerópolis 13.697 1.763.773,77 204,9 0,33 0,15 0,06
Goianápolis 7.629 284.575,25 163 0,18 0,25 0,05
Bonfinópolis 3.483 28.685,22 122,7 0,08 0,002 0,04
Leopoldo de Bulhões 7.779 130.116,77 496,7 0,19 0,11 0,15
Senador Canedo 25.432 3.756.154,92 245,6 0,61 0,33 0,07
Bela Vista de Goiás 15.761 1.141.094,95 1.280,90 0,38 0,1 0,38
Hidrolândia 10.482 931.823,98 947,4 0,25 0,82 0,28
Aparecida de Goiânia 201.479 10.758.884,00 290,1 4,83 9,5 0,09
Aragoiânia 5.138 216.232,12 238,2 0,12 0,19 0,07
Goiânia 957.434 545.129.682,61 789,7 22,95 48,38 0,23
Caldazinha 1.987 64.487,11 312,8 0,05 0,05 0,09
SUB-TOTAL 1.335.818 573.227.651,92 6.864,60 32,03 61,162 2,04
TOTAL DO ESTADO 4.170.906 1.126.749.833,70 341.289,50
Fonte: SEPLAN-GO/SUPEQ - 1994

Goiânia é uma cidade bem servida pelo sistema viário, principalmente se


considerarmos as novas vias em implantação por parte da municipalidade,
como as marginais dos córregos Botafogo e Cascavel, a duplicação da via
Perimetral Norte e a Av. Leste-Oeste.

No entanto, no que se refere ao sistema rodoviário que demanda a


capital, a situação é totalmente inversa. Nesse caso, pode-se afirmar que
Goiânia se comporta como um grande trevo, recebendo e distribuindo o tráfego
proveniente das 11 rodovias que a ela chegam.

Esse fenômeno tem uma série de conseqüências, todas elas danosas


para a cidade.

A título de exemplo, pode-se citar que no sistema formado pelas


Avenidas Castelo Branco e Mutirão circulam cerca de 800 caminhões por dia,
de acordo com dados obtidos em pesquisa de Origem e Destino de Veículos,
7
que não têm referência de viagens para Goiânia, isto é, esses veículos utilizam
o sistema viário da cidade, já saturado, apenas para fazer ligação entre
rodovias.

O referido volume de tráfego em nada contribui para a economia da


cidade, causando destruição do pavimento, poluição ambiental, prejuízo ao
tráfego, entre outros.

O Plano Diretor de Transportes Urbano de Goiânia propôs, como forma


de aliviar esses inconvenientes, a implantação de uma via que procurasse de
maneira técnico-economicamente factível interligar as principais rodovias que
demandam a capital.

Esta via chamada de Contorno de Goiânia pretende realizar a


interligação das rodovias que chegam a capital:

• GO-070 (saída para Inhumas);

• GO-060 (saída para Trindade);

• BR-060 (saída para Guapó);

• GO-040 (saída para Aragoiânia);

• BR-153 (saída para Itumbiara);

• GO-020 (saída para Bela Vista de Goiás);

• GO-403 (saída para Senador Canedo);

• GO-010 (saída para Bonfinópolis);

• BR-153/BR-060 (saída para Anápolis);

• GO-080 (saída para Nerópolis);

• GO-462 (saída para Nova Veneza).

Os problemas não estarão resolvidos apenas com esta via de contorno.


De acordo com recentes pesquisas, é necessária a duplicação da maioria das
8
vias que dão acesso à capital, visto que por essas circulam grandes volumes
de tráfego, com taxas de crescimento que variam de 3 a 5% ao ano,
confundindo-se o tráfego urbano e o de longo curso, causando significativos
transtornos à movimentação de pessoas e de mercadorias. As vias que têm
sua duplicação prevista são:

• BR-153/BR-060 saída para Anápolis. Esse trecho com cerca de 50 km de


extensão já se encontra duplicado;

• GO-080 Entre Goiânia e Nerópolis (Em obras);

• GO-070 Entre Goiânia e Inhumas (Em obras);

• GO-060 Entre Goiânia e Trindade (Já se encontra duplicada);

• BR-060 Entre Goiânia e Guapó (Em obras);

• GO-040 Entre Goiânia e Ribeirão dos Dourados (Duplicada parcialmente);

• BR-153 Entre Aparecida de Goiânia e Hidrolândia; futuramente até


Itumbiara. Projeto Concluído. (Em obras).

• GO-403 Entre Goiânia e Senador Canedo;

• GO-010 Entre Goiânia e divisa de Senador Canedo (saída para


Bonfinópolis). Duplicação concluída.

Com este sistema viário de alta capacidade será possível vincular o


crescimento dessa região com a estrutura básica de transporte, através da
sobreposição da moradia, do trabalho e do transporte, reforçando-se a geração
de empregos industriais e de serviços, mesclando áreas habitacionais e de
preservação.

O Contorno de Goiânia representa o mais importante elemento para a


estruturação do espaço do Aglomerado Urbano de Goiânia. Tanto isso é
verdade que o Governo do Estado de Goiás elaborou um projeto propondo a
criação da Região Metropolitana de Goiânia e em paralelo, criando um grupo
de trabalho, que já iniciou os serviços, com o objetivo principal de elaborar

9
Termos de Referência para desenvolver um plano de desenvolvimento
integrado dessa região, tomando como elemento âncora o Contorno de
Goiânia. Esse plano deverá traçar, entre outros objetivos, critérios de proteção
à via, definição de acessibilidade, tipos de ocupação lindeira e proteção
ambiental.

O Contorno de Goiânia trará grandes benefícios para a capital e aos


municípios componentes do Aglomerado. A capital deverá receber as
vantagens do desvio de tráfego dos principais corredores viários e também da
descentralização de atividades. Os municípios lindeiros, mesmo aqueles não
atravessados pela via, terão sua acessibilidade melhorada em muito, visto que
quase todos terão acesso por rodovia de pista dupla e o contorno evitará a
travessia da área urbana de Goiânia para seus deslocamentos de longo curso.

GOIANIRA STO. ANTONIO NERÓPOLIS


462

0 BONFINÓPOLIS
N
08

3 /0 6
GO-

-
GO

15
BR-
GO

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TOR
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-0 10
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PERIMETRAL
GO-060
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SENADOR CANEDO
GOIÂNIA -4 03
AV RAN
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E
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GO
-0 20

GUAPÓ
40
-0
GO
3
BR-1 5

BELA VISTA

ARAGOIÂNIA HIDROLÂNDIA

A implantação, em andamento, do Contorno Sudoeste já apresenta bons


e maus exemplos de ocupação. Os maus exemplos se referem à aprovação e
implantação de loteamentos residenciais, com lotes pequenos, de frente para o

10
Contorno, principalmente no trecho compreendido entre as rodovias BR-060 e
GO-040. Como bons exemplos temos, entre outros, a expansão da indústria de
artefatos de cimento amianto ETERBRAS, a instalação do grupo café Bandeira,
o polo industrial de Aparecida de Goiânia, numa área de 74 alqueires e o
residencial Jardins Madri. Todos esses empreendimentos estão sendo
implantados de maneira planejada, criando em conseqüência bolsões de
emprego e moradia ao longo da diretriz.

O Plano a ser elaborado pelo Governo do Estado prevê então, em


síntese, o disciplinamento do uso do solo ao longo do contorno e das principais
vias que o cruzam.

No tocante aos benefícios para o tráfego de Goiânia, esses são


inegáveis. A capital, de acordo com estudos existentes, apresenta quatro
grandes pólos geradores de carga:

• Pólo Petroquímico, que centraliza a distribuição de derivados de petróleo;

• CEASA que concentra o recebimento e distribuição de produtos


hortifrutigranjeiros;

• Área atacadista de Goiânia que concentra o recebimento e distribuição de


secos e molhados;

• Complexo industrial representado pela ARISCO, que processa uma gama


enorme de produtos, desde derivados agrícolas até sabões e detergentes.

O Pólo Petroquímico movimenta cerca de 400 viagens por dia, entre


chegadas e partidas. A CEASA, de acordo com informações fornecidas,
movimenta 1200 viagens de caminhões por dia; a área atacadista, com mais de
100 estabelecimentos é responsável por cerca de 800 viagens diárias,
enquanto que a ARISCO informa que o volume atual é de 700 caminhões por
dia. Somando-se esses volumes, chega-se a um total de 3100 caminhões, que
representam cerca de 57% do total de viagens com origem ou destino em
Goiânia.

A maior parte desse total de viagens deverá utilizar o Contorno,


abandonando a circulação pelo sistema viário urbano.

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A conseqüência para Goiânia e em menor escala, para Aparecida de
Goiânia será a diminuição da circulação de veículos pesados, minimizando os
inconvenientes causados por essa circulação, como poluição sonora e do ar,
destruição do pavimento, acidentes graves e outros, além da melhoria da
circulação do trânsito urbano.

12
1.4 A DIRETRIZ DO TRAÇADO

Na elaboração do Projeto Básico – desenvolvido pelo Departamento de


Estradas de Rodagem DER-GO – foi considerada como hipótese básica a
alternativa das pistas do Contorno se posicionarem entre as torres das linhas
de alta tensão que circundam Goiânia.

Assim sendo todo o trabalho foi feito considerando essa premissa. No


entanto, na elaboração do Projeto Executivo de Engenharia, os técnicos da
Projetista, do DNER e das Centrais Elétricas de Furnas – responsável pela
faixa de domínio da rede e alta tensão – concluíram não ser recomendável
essa alternativa, em virtude de uma série de inconvenientes, cuja solução traria
riscos e custos muito elevados. Em conseqüência, o DNER optou então por
uma diretriz paralela à rede, distante no mínimo 38 m das torres.

Essa foi a premissa básica, porém em alguns trechos, como descrito


adiante, por condicionantes locais, a diretriz se afastou totalmente da rede, e
em outros seguiu com uma pista de cada lado da mesma

Pra facilitar a descrição da diretriz do traçado, indicada no desenho a


seguir, subdividiu-se o trecho em cinco subtrechos, conforme descrito abaixo.

1.4.1 Subtrecho GO-070 – GO-462

A estaca zero do projeto está localizada logo após o trevo do Contorno


Sudoeste interconexão com a rodovia GO-070. Esse subtrecho tem 12,5 km
extensão.

Nos primeiros 4,5 km, a diretriz não acompanha a rede de alta tensão,
atravessando região de ocupação por chácaras e sítios contornando o Bairro
da Vitória sem no entanto atravessá-lo. A partir do km 4,5 a diretriz segue em
paralelo a rede de alta tensão da CELG até o km 12,5, onde há uma inflexão à
esquerda e depois à direita, abandonando a rede de alta tensão.

No km 13,5 , final desse subtrecho, deverá ocorrer a interconexão com a


rodovia GO-462.

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Nesse subtrecho a topografia é levemente ondulada, com ocupação do
solo através de pequenas chácaras e bairros recém implantados, sem contudo
dispor de serviços urbanos. No km 7,5 está prevista a travessia sobre o Rio
Meia Ponte. Na altura do km 9 existe uma série de lagos artificiais, que fazem
parte de uma estação de piscicultura. Um dos lagos será atravessado pela
diretriz do traçado.

Entre os km 10 e 12,5 a área atravessada já se encontra bastante


urbanizada. Nesse trecho também está localizado o Clube di Roma, antigo
Clube Itanhangá.

A partir do km 12,5 a diretriz inflete à esquerda e novamente à direita,


cruzando o Córrego Samambaia e a rodovia GO-462 no km 13,5. No
cruzamento com essa rodovia foi previsto um cruzamento em desnível.

1.4.2 Subtrecho GO-462 – BR-153/060

Do km 13,5 até o km 16,5 a diretriz segue por uma estrada rural


existente. Esse desvio da linha de alta tensão foi devido à localização da
Estação Rebaixadora Xavante da CELG, que naturalmente impede o traçado
no entanto o desvio não apresenta dificuldades pois não existem edificações ao
longo da via existente.

No cruzamento com a rodovia GO-080, no km 16,5, que dá acesso a


Nerópolis o cruzamento foi feito em desnível com o Contorno Noroeste
passando sob a mesma.

A partir desse ponto a diretriz sofre uma leve inflexão à esquerda,


atravessa o Rio João Leite e passa novamente a acompanhar a rede de alta
tensão até o km 20. Nesse ponto a rede inflete à esquerda e a diretriz segue
em frente, passando sob a BR-153/060 no km 21,5.

1.4.3 Subtrecho BR-153/060 - GO-010

Esse é o subtrecho que apresenta as piores condições topográficas de


todo o trecho, pois trata da travessia da Serra do Lageado, cuja cota máxima –
936 m – se refere ao ponto mais alto de Goiânia.

14
Foram estudados, conforme apresentado no item 3.1 - Projeto
Geométrico - seis alternativas de traçado, todas acompanhando a meia
encosta à esquerda do vale existente na região. A alternativa selecionada
mostrou-se bastante satisfatória pois margeia a mata existente, cortando-a em
poucos pontos, e os volumes de corte e aterro se revelaram, para as condições
topográficas existentes, bastante viáveis.

O ponto de cota máxima da travessia da serra está na altura do km 23. A


partir desse ponto a diretriz começa a descida utilizando traçado de meia
encosta, até alcançar a rodovia GO-010 no km 30. Em todos os 8,5 km desse
subtrecho não foi acompanhado o traçado da rede de alta tensão.

1.4.4 Subtrecho GO-010 – GO-020

Nesse ponto, km 30, a diretriz do traçado passa sob a rodovia GO-010,


seguindo paralela à rede de alta tensão do lado esquerdo até o final do
subtrecho, numa extensão de 11 km.

Esse subtrecho apresenta topografia fortemente ondulada, sendo que a


diretriz no km 35,5 passa sob a rodovia GO-403, que liga Goiânia a Senador
Canedo. No km 38 há o cruzamento com a antiga rodovia de acesso de
Senador Canedo a Goiânia, hoje abandonada. No entanto essa via está sendo
motivo de Projeto Executivo de Engenharia buscando sua reimplantação, agora
pavimentada. Assim sendo o projeto previu também neste local um cruzamento
em desnível. No km 39,8 a diretriz cruza sobre os trilhos da Estrada de Ferro, e
no km 40,7 foi prevista a travessia do Rio Meia Ponte. O final desse subtrecho
está no km 40,4 , no cruzamento com a rodovia GO-020, que dá acesso a Bela
Vista de Goiás.

1.4.5 Subtrecho GO-020 – BR-153

Após cruzar sob a rodovia GO-020, a diretriz continua acompanhando a


rede de alta tensão, sempre à esquerda da mesma. Após passar ao longo do
Parque Ateneu, há o cruzamento com a estrada velha de Bela Vista. Nesse
ponto foi previsto um cruzamento em desnível.

15
Seguindo em frente há o cruzamento com o Ribeirão Santo Antônio, no
km 47. Desse local até o km 51 a área atravessada está urbanizada, mas não
ocupada.

Na Chácaras São Pedro, bairro em inicio de urbanização a diretriz segue


paralela à rede de alta tensão até o km 49, onde está prevista uma passagem
sob o Contorno. A partir desse ponto a diretriz abandona a rede de alta tensa,
passa ao lado do Conjunto Residencial Mabel, sem no entanto atingi-lo,
contorna a nascente do córrego Lageado e se interconecta com o Contorno
Sudoeste, no trevo do mesmo com a BR-153.

16
1.5 SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS

Como se pôde observar no item 1.4 - A Diretriz do Traçado, foram


utilizadas várias opções de seções transversais tipo, condicionadas
principalmente e relação ao posicionamento das torres de alta tensão. A seguir
são indicadas as seções adotadas para cada subtrecho, cuja localização está
indicada no mapa a seguir.

SEÇÃO 03 SEÇÃO 04 SE

NERÓPOLIS
SEÇÃO 02 ÇÃ

GO-080
O
km 09 05
,5

km 6,5 km
km 4

12,
01

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5

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SEÇ Ã

SÍL
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INÍCIO DO

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km 20 SEÇ ÃO
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07

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00

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G
km

km
27
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ÓP

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BO
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G

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LIG GO
NW NE

AÇ -03
ÃO / G
EN O-10
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08
ÃO
SEÇ
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GOIÂNIA
SENADOR CANEDO

GO
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IA

BEL
GOA VIS
-02 TA
0
G
O

NI
A

PED EC IDA

FIM DO
APA

REIR

TRECHO
GOIÂNIA

SEÇÃO 09
9
km 4
SÃO PAULO
BR-153

17
Deve-se no entanto destacar que todas as seções tipo são compostas
por duas pistas de tráfego, sendo que cada pista tem duas faixas de tráfego,
com 3,5 m cada uma, somando portanto 7,0 m de rolamento, acostamento
externo de 3,0 m e faixa de escape interna de 1,2 m totalizando 11,20 m cada
pista. Existe um canteiro central com largura variável que separa as duas
pistas.

3% 3% 3% 3%

3,0 3,5 3,5 1,2 12,6 a 36 1,2 3,5 3,5 3,0

VARIÁVEL

Essa seção será adotada entre o km 0 e 4,5. Nesse trecho não existe
influência com a rede de alta tensão.

3% 3% 3% 3%

3,0 3,5 3,5 1,2 34 a 40,5 1,2 3,5 3,5 3,0

VARIÁVEL

Entre os km 4,5 e 6,5 o traçado acompanha a rede de alta tensão da


CELG.

18
3% 3% 3% 3%

3,0 3,5 3,5 1,2 8,0 1,2 3,5 3,5 3,0

30,4

Nesse trecho, entre os km 6,5 e 9,0 o canteiro foi estreitado para


favorecer a travessia do Rio Meia Ponte e dos tanques de piscicultura
existentes no local.

3% 3% 3% 3%

3,0 3,5 3,5 1,2 22 a 32 1,2 3,5 3,5 3,0

VARIÁVEL

Entre os km 9 e 12,5 a área já se encontra urbanizada, não permitindo


maior flexibilidade de traçado e reserva de faixa de domínio.

3% 3% 3% 3%

3,0 3,5 3,5 1,2 9,5 1,2 3,5 3,5 3,0

31,9

Entre as rodovias GO-462 (km 12,5) GO-080 (km 17,5) abandonou-se o


traçado acompanhando a rede da alta tensão.

19
3% 3% 3% 3%

3,0 3,5 3,5 1,2 12,6 a 36 1,2 3,5 3,5 3,0

VARIÁVEL

No trecho entre o km 17,5 e o km 20 a diretriz segue à esquerda da rede


e alta tensão.

3% 3% 3% 3%

3,0 3,5 3,5 1,2 12,6 a 36 1,2 3,5 3,5 3,0

VARIÁVEL

Entre o km 20 e o km 27 a diretriz abandona novamente o traçado da


rede de alta tensão.

3% 3% 3% 3%

3,0 3,5 3,5 1,2 12,6 a 36 1,2 3,5 3,5 3,0

VARIÁVEL

Entre o km 27 e o km 49 a diretriz acompanha a rede de alta tensão


sempre à esquerda da mesma.

20
3% 3% 3% 3%

3,0 3,5 3,5 1,2 5,0 1,2 3,5 3,5 3,0

27,4

A partir da Rua 5 na Chácaras São Pedro onde foi prevista uma


passagem em desnível, a seção se estreita de maneira a diminuir o impacto
ambiental na nascente do córrego Lageado e para poder conformar-se à seção
do Contorno Sudoeste no trevo com a BR-153.

21

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