ANO LETIVO 2020/2021

ESCOLA SECUNDÁRIA D. INÊS DE CASTRO – ALCOBAÇA

1º Teste de Economia A – Parte II - 10º Ano SE-A - 23 /03/ 2021- 2º Semestre Duração da Prova: 45’
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Cada questão tem a cotação de 15 pontos. Escreve as tuas respostas, a seguir a cada uma das questões,
neste documento.

Nome: Afonso Costa Granjo Oliveira ---------------------------------------------------- , nº-------------------

GRUPO II

1. Lê o texto.
O excesso de oferta e o excesso de procura são aspetos importantes no estudo do funcionamento
dos mercados. Considere que, num determinado país, o mercado dos hambúrgueres é de concorrência
perfeita. Nesse mercado, o preço de equilíbrio é de 3 euros por hambúrguer e, a esse preço, quer os
vendedores quer os compradores estão satisfeitos, o que significa que, a esse preço, os compradores estão
a comprar a quantidade exata que desejam adquirir e os vendedores estão a vender a quantidade exata
que desejam vender. Se o preço dos hambúrgueres fosse outro, diferente de 3 euros, alguns dos
compradores ou alguns dos vendedores ficariam descontentes.
Baseado em: Robert Frank e Ben Bernanke, Princípios de Economia, 1.ª edição, Lisboa, McGraw-Hill, 2003, pp. 80-81

Relaciona os conceitos de excesso de oferta e de excesso de procura com o descontentamento de

vendedores e de compradores referido no texto.
O excesso de oferta e o excesso de procura são situações de desequilíbrio que ocorrem no funcionamento
dos mercados de concorrência perfeita. Quando verificamos excesso de oferta, os produtores não
conseguem escoar os seus produtos como desejam, pois o preço dos hambúrgueres é superior ao preço de
equilíbrio, neste caso 3 euros o hambúrguer, isto origina uma menor procura do produto pelos
consumidores. O que leva os produtores a ficarem descontentes. Quando se verifica excesso de procura, os
consumidores não conseguem adquirir a quantidade do produto que desejam a um preço inferior a 3 euros
por hambúrguer, e a esse preço os produtores não estão interessados em produzir nem vender o bem . Esta
situação gera um grande descontentamento pela parte dos consumidores por não conseguirem adquirir os
produtos.
2. Lê o texto.
A taxa de inflação em Portugal inverteu, em 2006, a tendência decrescente observada desde 2001. O
aumento da taxa de inflação em termos médios anuais ficou associado, sobretudo, ao impacto do
agravamento da tributação sobre os preços no consumidor, bem como à aceleração dos preços de
importação de produtos não energéticos.
No âmbito das medidas de carácter fiscal com impacto na inflação, assumiu particular destaque a subida
do Imposto sobre o Tabaco, no início de 2006. O aumento da taxa normal do IVA (Imposto sobre o Valor
Acrescentado), em julho de 2005, terá igualmente contribuído para exercer pressão sobre os preços
internos, em 2006. O aumento do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos) também teve efeito nos preços
dos combustíveis.

O quadro, que se segue, apresenta a evolução do IPC (Índice de Preços no Consumidor) e dos seus
principais agregados.

Índice de preços no consumidor em Portugal, por principais agregados

(taxas de variação média, em %)

Explicita, com base no texto e no quadro, o comportamento da taxa de inflação em Portugal, em 2006,
tendo em atenção os seguintes aspetos:

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- o comportamento da taxa de inflação;
- a variação dos preços no consumidor dos diversos tipos de bens;
- os fatores justificativos do comportamento da taxa de inflação.
A taxa de inflação em Portugal aumentou, passou de 2.5% para 3.1 % de 2005 para 2006, houve um
aceleramento da subida generalizada dos preços dos bens e serviços. Verificamos que nos bens
alimentares, tantos nos bens transformados e não transformados que sofreram um aumento em 2006
relativamente a 2005, passado de 0.5% em 2005 para 3.2 em 2006 e nos bens alimentares não
transformados de 0.8 em 2005 para 4.2 em 2006. Os bens industriais não energéticos também sofreram um
aumento passado de 1.0% em 2005 para 1.5% em 2006.ao contrário dos bens energéticos que sofreram uma
diminuição, passando de 9.9% em 2005 para 8.0% em 2006. Os que favoreceram a inflação de 2006 foram os
bens alimentares não transformados que aumentaram 2.7 pp em 2006 em comparação a 2005.. Os bens
alimentares transformados aumentaram 3.4 pp e os industriais não energéticos aumentaram 0.5 pp.

3. “A moeda exerce várias funções. Além de permitir as trocas multilaterais, possibilita a comparação de
todos os bens e serviços, através da expressão dos seus valores em unidades monetárias, facilita as
transações e permite diferir as compras.”
Adaptado de www.eurostat.pt, consultado em janeiro de 2019

Identifica e explicita as funções da moeda referidas no texto.

Tal como é referido no texto, a moeda exerce várias funções. Ela existe enquanto meio de troca, por exemplo
é um intermediário entre mercadorias, existe enquanto unidade de conta, ou seja serve como um referencial,
e também existe enquanto reserva de valor ou seja, forma de poder de compra e riqueza.

4. Lê o texto, que se segue.

As deflações foram raras na última metade do século XX. Por exemplo, nos Estados Unidos da América
(EUA), a última deflação ocorreu em 1955. A deflação é um fenômeno distinto da inflação, mas ambas
exercem efeitos sobre o valor (real) da moeda, considerando-se tudo o resto constante.

Baseado em: Paul A. Samuelson e William D. Nordhaus, Economia, 19.ª edição, Lisboa, McGraw-Hill, 2012, p. 402.

Explica os efeitos da inflação e da deflação, a que o texto se refere, no valor (real) da moeda.
Na tua resposta, começa por identificar esses efeitos.

Existe uma diferença entre inflação e deflação. Enquanto que esta primeira remete para a subida radical dos
preços, a deflação é uma queda radical dos preços ao longo do tempo. Quando acontece o fenômeno de
inflação, existe uma depreciação do valor da moeda, dito por outras palavras, compramos menos bens com
apenas 1€ do que anteriormente comprávamos. O fenômeno da deflação acontece, quando geralmente a
oferta de bens aumenta mais rápido do que a oferta de moeda, ou seja, quanto mais os preços caem, mais
ativos tem de ser dados para compensar a diferença.

FIM

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