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Sumário

Introdução

1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SEUS PARTICIPANTES......12


1.1. Funções Básicas.................................................................12
1.2. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional.........................13
1.2.1. Conselho Monetário Nacional – CMN..................................14
1.2.2. Banco Central do Brasil – BACEN.......................................14
1.2.3. Comissão de Valores Mobiliários – CVM.............................15
1.2.4. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP................16
1.2.5. Superintendência Nacional de Previdência Complementar
– PREVIC
16
1.2.6. Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de capitais - ANBIMA.
17
1.2.6.1...........................................................................................Padrões de
Conduta.............................................................................20
1.2.6.2...........................................................................................C
ódigo Anbima de Regulação e Melhores Práticas de Distribuição
de Investimento no Varejo
20
1.2.6.2.1........................................................................................Objetivo 20
1.2.6.2.2........................................................................................Princípios
gerais..............................................................................21
1.2.6.2.3........................................................................................D
a publicidade e divulgação dos produtos de
investimento
21
1.2.7. Principais Intermediários Financeiros................................24
1.2.7.1...........................................................................................Banco
Comercial...........................................................................24
1.2.7.2...........................................................................................Banco de
Investimento......................................................................25

2
1.2.7.3...........................................................................................Banco
Múltiplo..............................................................................26
1.2.8. Outros Intermediários ou Auxiliares Financeiros...............27
1.2.8.1...........................................................................................Corretoras e
Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários..................27
1.2.9. Investidores Qualificados, Investidores Profissionais e
Investidores Não- Residentes
28
1.2.9.1...........................................................................................Investidores
qualificados........................................................................28
1.2.9.2...........................................................................................Investidores
profissionais.......................................................................28
1.2.9.3...........................................................................................Investidores
Não-Residentes..................................................................29

2. COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E ANÁLISE DO PERFIL DO


INVESTIDOR...................................................................................................31
2.1. Risco de Imagem e Risco Legal.........................................31
2.1.1. Risco de Imagem...............................................................31
2.1.2. Risco Legal.........................................................................32
2.2. Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98, artigo 1°....32
2.3. Segregação de atividades e política de segurança da informação33
2.4. Prevenção e combate à lavagem de dinheiro ou ocultação
de bens, direitos e valores.
34
2.4.1. Identificação dos clientes..................................................34
2.4.2. Fases da lavagem de dinheiro...........................................35
2.4.3. Pena...................................................................................37
2.4.4. Comunicação ao COAF.......................................................38
2.4.5. COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras...39
2.4.6. Quem está sujeito à lei e a regulamentação.....................39
2.4.7. Abordagem Baseada em Risco......................................................40
2.4.8. Avaliação Interna de Risco.............................................................41
2.4.9. Análise de Efetividade....................................................................41
2.4.10. Beneficiários...................................................................................42
2.4.11. Identificação de Colaboradores, Parceiros, Terceirizados e
Prestador de Serviços....................................................................43

3
2.5. Indisponibilidade de Bens (CSNU).................................................43
2.6. Convenção de Viena..........................................................44
2.7. Normas e Padrões éticos...................................................45
2.7.1. Utilização Indevida de Informações Privilegiadas..............45
2.7.2. Confidencialidade..............................................................45
2.7.3. Conflitos de Interesse........................................................46
2.8. Código de Divulgação de Produtos de Investimentos no Varejo 46
2.8.1. Ética...................................................................................46
2.8.1.1...........................................................................................Definições
...........................................................................................46
2.8.1.2...........................................................................................Objetivo 47
2.8.2. Princípios Gerais................................................................48
2.8.3. Segurança e Sigilo das Informações..................................49
2.8.4. Material Publicitário...........................................................49
2.8.5. Material Técnico.................................................................50
2.8.6. Avisos Obrigatórios............................................................50
2.8.7. Divulgação de Informações via Site...................................51
2.8.8. Conheça seu Cliente..........................................................51
2.8.9. Suitability...........................................................................52
2.8.10. Selo ANBIMA......................................................................53
2.8. Análise do perfil do investidor...........................................53
2.9. Decisões do Investidor na perspectiva de
Finanças Comportamentais
57
2.9.1. Heurísticas.........................................................................57
2.9.1.1...........................................................................................Disponibilida
de.......................................................................................57
2.9.1.2...........................................................................................Representati
vidade................................................................................59
2.9.1.3...........................................................................................Ancoragem
...........................................................................................60
2.9.1.4...........................................................................................Aversão à
perda.................................................................................62
2.9.1.5...........................................................................................Efeitos de
estruturação......................................................................63

4
2.10. Fatores Determinantes para adequação dos produtos de
investimentos as necessidades dos investidores
64
2.10.1. Objetivo do investidor e horizonte de investimento..........64
2.10.2. Risco Versus Retorno.........................................................64
2.10.3. Diversificação, Risco Sistemático e não sistemático.........65
2.10.4. Conceito de orçamento pessoal e familiar.........................66
2.10.5. Patrimônio Líquido (Ativos e Passivos) e
Índice de endividamento
67
3. NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS.............................................69
3.1. PIB......................................................................................69
3.2. IPCA...................................................................................70
3.3. IGP-M e IGP-DI....................................................................71
3.4. Taxa de Câmbio.................................................................71
3.5. Taxa Selic (over e meta)....................................................74
3.5.1. Taxa DI / CDI......................................................................76
3.5.2. Taxa TR..............................................................................76
3.6. Políticas do Sistema Econômico.........................................77
3.6.1. Metas para inflação...........................................................77
3.6.2. Política Monetária..............................................................78
3.6.3. COPOM – Comitê de Política Monetária..............................80
3.6.4. Política Fiscal.....................................................................81
3.6.5. Política Cambial.................................................................83
3.7. Conceito Básico de Finanças.............................................87
3.7.1. Taxa de Juro Nominal e Taxa de Juro Real.........................87
3.7.2. Taxa Equivalente Versus Taxa de Juros Proporcional........89
3.7.3. Capitalização Simples e capitalização composta...............90
3.7.4. Fluxo de pagamentos, relações e conceitos......................92
3.7.4.1...........................................................................................Valor
presente, valor futuro e desconto......................................92
3.7.4.2...........................................................................................Fluxo de
Caixa: Cupom e Amortizações...........................................93
3.7.4.3...........................................................................................Zero Cupom
...........................................................................................94

5
3.7.4.4...........................................................................................Prazo médio
e vencimento.....................................................................94
3.7.4.5...........................................................................................Taxa Interna
de retorno (TIR).................................................................94
3.7.4.6...........................................................................................Custo de
Oportunidade.....................................................................95
3.7.4.7...........................................................................................Taxa Livre de
Risco (conceito).................................................................95
3.7.4.8...........................................................................................Custo médio
Ponderado de Capital.........................................................95
3.7.4.9...........................................................................................Alavancagem
Financeira..........................................................................96
3.7.4.10.........................................................................................Retorno
Histórico...........................................................................96
4. INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL, RENDA FIXA E
DERIVATIVOS................................................................................................99
4.1. Ações.................................................................................99
4.1.1. Assembleia Geral e Assembleia Extraordinária.................101
4.1.2. Direitos dos acionistas.......................................................102
4.1.3. Remuneração dos acionistas.............................................102
4.1.4. Direito de representação.................................................104
4.1.5. Oferta Primária e Secundária...........................................105
4.1.6. Diluição............................................................................106
4.1.7. Principais canais de distribuição......................................106
4.1.8. Despesas incorridas na negociação.................................107
4.1.9. Precificação......................................................................107
4.1.9.1. Estratégia de Precificação em ações..................................110
4.1 10. Conceitos Gerais de Práticas de Boa Governança Coorporativa 111
4.1.11. Tributação......................................................................115
4.2. Renda Fixa.......................................................................116
4.2.1. Principais conceitos e características de instrumento de
renda fixa
112
4.2.2. Títulos Públicos................................................................119
Principais Títulos públicos e sua Característica.................................120
4.2.3. Títulos Privados Bancários...............................................127

6
4.2.3.1.........................................................................................Certificado de
Deposito Bancário – CDB.................................................127
4.2.3.2.........................................................................................Letras
Financeiras.......................................................................129
4.2.3.3.........................................................................................Depósito a
Prazo com Garantia Especial – DPGE...............................130
4.2.4. Títulos Corporativos.........................................................132
4.2.4.1.........................................................................................Debêntures
.........................................................................................132
4.2.4.2.........................................................................................Debêntures
Incentivadas.....................................................................136
4.2.4.3.........................................................................................Nota
Promissória......................................................................137
4.2.5. Títulos do Segmento Agrícola..........................................138
4.2.5.1.........................................................................................CPR (Cédula
de Produtor Rural)............................................................138
4.2.5.2.........................................................................................LCA (Letra de
Crédito Imobiliário)..........................................................139
4.2.5.3.........................................................................................CDCA
(Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio).......140
4.2.5.4.........................................................................................CRA
(Certificado de Recebíveis do Agronegócio)....................141
4.2.6. Títulos do Segmento Imobiliário.......................................142
4.2.6.1.........................................................................................CRI
(Certificado de Recebíveis Imobiliários)...........................142
4.2.6.2.........................................................................................LCI (Letra de
Crédito Imobiliário)..........................................................143
4.2.6.3.........................................................................................CCI (Cédula
de Crédito Imobiliário).....................................................144
4.2.7. RESUMO DOS PRINCIPAIS TÍTULOS DO SEGMENTO
IMOBILIÁRIO E AGRÍCOLA
144
4.2.8. Operações Compromissadas............................................145
4.2.9. Caderneta de poupança...................................................146
4.2.10. Resumo RENDA FIXA........................................................147
4.3. Fundo Garantidor de Crédito............................................147
4.4. Derivativos.......................................................................149
4.4.1. Mercado a Termo.............................................................150

7
4.4.2. Mercado Futuro................................................................151
4.4.3. SWAP................................................................................152
4.4.4. Opções.............................................................................153
4.4.5. Contratos futuros de balcão sem entrega física (NDF –
Non Deliverable Forward)
159
4.4.6. Tributação em derivativos...............................................160
4.5. COE - Certificado de Operações Estruturadas..................161
4.6. Sistemas e Câmeras de Liquidação e Custódia (Clearing
House) 159
4.7. Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB.......................165
4.8. Principais Instituições: Funções e Principais Características 165
4.9. Companhia Securitizada..................................................169
5. FUNDO DE INVESTIMENTO E FUNDO DE INVESTIMENTO EM
COTAS..........................................................................................................172
5.1. Características dos Fundos de Investimento....................172
5.2. Registro dos fundos.........................................................174
5.3. (CHINESE WALL) Segregação entre Gestão de Recursos
Próprios e de terceiros – Barreira de Informação
174
5.4. Assembleia geral de cotistas (competências e deliberações) 175
5.4.1. Convocação da Assembleia..............................................176
5.4.1.1.........................................................................................As
sembleia geral ordinária (AGO) e Assembleia geral extraordinária
(AGE) 172
5.5. Direitos e obrigações dos condôminos.............................176
5.6. Informações relevantes (Disclaimers)..............................178
5.7. Obrigações dos Administrador de um fundo de investimento 179
5.7.1. Regras gerais sobre divulgação de informação...............179
5.8. Segregação de funções e responsabilidades...................180
5.9. Tipos de fundos................................................................181
5.10. Tipos de Taxas.................................................................184
5.11. Despesas..........................................................................185
5.12. Documentos dos fundos...................................................185
5.13. Gestão de Recursos.........................................................189

8
5.14. Conceitos de aplicações e Resgate..................................190
5.15. PRINCIPAIS MODALIDADES DE FUNDOS
DE INVESTIMENTO
192
5.15.1. FUNDOS DE RENDA FIXA..................................................192
5.15.2. FUNDO DE RENDA FIXA DE CURTO PRAZO......................193
5.15.3. FUNDOS DE RENDA FIXA REFERENCIADOS......................194
5.15.4. FUNDOS DE RENDA SIMPLES...........................................195
5.15.5. FUNDOS DE RENDA FIXA DE DIVIDA EXTERNA................196
5.15.6. FUNDO CAMBIAL..............................................................197
5.15.7. FUNDO DE AÇÕES............................................................198
5.15.8. FUNDOS MULTIMERCADOS..............................................200
5.15.9. FUNDO DE CRÉDITO PRIVADO.........................................200
5.15.10........................................................................................FU
NDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE
INVESTIMENTO
201

5.15.11........................................................................................FU
NDOS DE INVESTIMENTO EM ÍNDICE DE MERCADO – FUNDOS DE
ÍNDICE 202
5.15.12........................................................................................FUNDOS DE
INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO (FII).....................................203
5.15.13........................................................................................FU
NDOS DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS (FIDC E
FIC-FIDC)
205
5.15.14........................................................................................FUNDOS DE
INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES – FIP.........................207
5.15.15........................................................................................FUNDOS OFF-
SHORE..............................................................................208
5.16. COME-COTAS...................................................................209
5.17. MARCAÇÃO A MERCADO..................................................210
5.18. DIVULGAÇÃO DE RENTABILIDADE....................................210
5.19. CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ANBIMA
– NÍVEIS 1, 2 E 3
211
5.20. RESUMÃO FUNDOS DE INVESTIMENTO............................213

9
Fundos Passivos.............................................................................213
Fundos ATIVOS...............................................................................214
6. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL.........216
6.1. Características que influenciam o produto......................216
6.2. PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL)............218
6.3. VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRE (VGBL).................219
6.4. Regimes de Tributação (Imposto de Renda)....................220
7. MENSURAÇÃO E GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCOS.........223
7.1. Risco................................................................................223
7.1.1. TAXA LIVRE DE RISCO......................................................224
7.1.2. Tipos de Riscos................................................................225
7.2. GESTÃO DE RISCO............................................................230
7.2.1. Noções de Estatística.......................................................230
7.3. Instrumentos estatísticos para avaliar a volatilidade
(risco) de determinado investimento
234
7.4. Instrumentos estatísticos para avaliar comportamento
de determinado investimento em relação a outro investimento
239
7.4.1. RESUMO DE COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO.....................241
7.5. COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO....................................241
7.6. Instrumento estatístico para avaliar probabilidade de
acerto de determinado investimento
242
7.7. Resumo Instrumentos Estatísticos...................................244
7.8. Gestão de Risco de Carteiras...........................................244
7.8.1. Resumo Gestão de Risco da Carteira...............................247
7.9. Medidas de Avaliação em Fundos de Investimento.........248
7.10. Risco x Retorno................................................................249
7.11. Instrumento estatístico para avaliar relação de
Risco/Retorno de determinado investimento
250
7.11.1. RESUMO SHARPE X TREYNOR..........................................253
7.12. Prazo x Risco x Retorno...................................................253
7.13. Instrumento estatístico para avaliar Sensibilidade de Preço 254

10
7.14. RESUMO DO MÓDULO......................................................258
8. MÓDULO ADICIONAL – TRIBUTAÇÃO................................260
Tributação em “Fundo de Investimento”...............................................260
Investimentos Isentos de IMPOSTO de RENDA para pessoa física
(Renda Fixa)
....................................................................................................
261
Tributação de IMPOSTO de RENDA para pessoa física (Renda Fixa) 261
Tributação em compra e venda de Ações...................................262
Tributação em Previdência Privada.............................................263

11
Introdução
Este material foi desenvolvido pelo Professor Fernando Gaspar
para você que deseja mudar sua vida e carreira. Voltado para a
certificação CPA-20 Anbima o mesmo busca aliar o conteúdo com a
prática oferecendo conteúdo dinâmico desenvolvido através do
programa detalhado da Certificação Anbima CPA-20. O conteúdo do
material busca aliar o melhor conteúdo bibliográfico para te apoiar no
alcance da sua certificação. Material Atualizado com o conteúdo
01/04/2021.
A prova da CPA-20 é desenvolvida com 60 questões, com total
de 2:30 horas de prova. A estrutura da prova é extremamente
conceitual, sendo assim não é necessário realizar cálculos na prova
sendo somente cobrado o conhecimento dos conceitos apresentados
neste material. É necessário obter 70% dos acertos para ser
profissional ANBIMA CPA-20, sendo assim são 42 acertos questões
certas para alcançar a sua certificação.

Abaixo segue o site para inscrição:


http://www.anbima.com.br/pt_br/educar/quero-me-certificar/insc
ricao.htm

O valor da prova é de:


 Funcionário de instituição Associada: R$ 448,00;
 Não Funcionário de Instituição Associada: R$ 537,00;

A prova é dividida nos seguintes percentuais por conteúdo


conforme abaixo:
Professor Fernando Gaspar

@fernandogaspar
https://www.instagram.com/fernandogasparoficial/

Fernando Gaspar
https://www.youtube.com/channel/UCLzzngQpMSU1lC-2vJ40A_w

@prof.fernandogaspar
https://www.facebook.com/prof.fernandogaspar

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www.leadinvest.com.br

APP Simulado Lead Invest

Sou formado em Administração e fiz especialização em


Finanças, Controladoria e Auditoria pela FGV-MG e também Gestão de
Pessoas pela FGV- MG. Já fui aprovado nas principais certificações
financeiras do país: CPA-10, CPA-20, CEA, CFP, Ancord (AAI), CNPI-P e
CGA.
Atuei por onze anos no mercado financeiro, no Banco Santander
e Banco Itaú, atuando como estagiário, Gerente Operacional, Gerente
Comercial, Consultor de investimentos.
Até que meu maior proposito de vida veio à tona, foi então que
decidi começar a ajudar pessoas a conquistarem sua certificação
financeira, compartilhar minha experiência profissional e ajudar com
a minha jornada no mercado financeiro as pessoas a conquistarem
seu objetivo de vida e carreira. Acredito muito que a proximidade e a
clareza podem nos levar a destino de sucesso, junto iremos
conquistar cada vez nosso selo de qualidade no mercado financeiro e
de trabalho.
Agora, vamos com tudo, pra cima da certificação, com muita
garra, vontade e coragem para transformar a tua vida.
Um abraço!!
1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SEUS
PARTICIPANTES

Este módulo equivale de 5 a 10% do conteúdo que cairá em sua


prova. Este módulo busca apresentar o conhecimento do Sistema
Financeiro Nacional mostrando as principais instituições que
participam da construção e estrutura do mercado financeiro nacional
e quais são suas atribuições e seu impacto no contexto brasileiro.

1.1. Funções Básicas

O Mercado Financeiro é o sistema que intermedia os recursos


de agentes superavitários (que possuem recursos para aplicação) e
os agentes deficitários (que necessitam de dinheiro para
empréstimo). Este sistema é composto de diversas instituições
financeiras (Banco Múltiplo, Banco de Investimento, Banco Comercial, Bolsa
de Valores, Corretoras e Distribuidoras, Selic, B3), Instituições
governamentais (CMN, Bacen, CVM e Susep) e instituições acessórias
(Anbima) na qual exercem papel fundamental para o seu correto
funcionamento.
Figura: Função Básica do Mercado Financeiro

1.2. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

A estrutura do sistema financeiro Nacional é a forma como são


organizadas as instituições dentro do contexto econômico de um país.
Cada instituição possui sua função e forma de organização, na qual
atuam em sinergia para que todo sistema econômico seja
plenamente atendido e o país consiga manter seu sistema econômico
legal e institucional.
Um grande exemplo que se assemelha a organização do
sistema financeiro nacional é Grande Empresa (multinacional), a
empresa para se organizar necessita de uma estrutura organizacional
e regras de procedimento para manter-se em plena capacidade
operacional. Uma empresa precisa do presidente, do gerente e do
operário para que funcione perfeitamente. Assim é o sistema
financeiro.
1.2.1. Conselho Monetário Nacional – CMN

Instituição máxima do Sistema Financeiro Nacional na qual é sua


principal função é:

“Fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária


(Controla Quantidade de moeda em circulação e taxa de juros) e de
Crédito, compra e venda de ouro”

Obs.: É o órgão que determina a Meta para INFLAÇÃO (IPCA –


Índice de Preço do Consumidor Amplo)

O CMN é um órgão Normativo, sendo assim ele determina o


funcionamento do mercado financeiro. Sua atribuição é comandar o
mercado, sendo assim é uma instituição financeira que não exerce
EXECUÇÃO de atividades. O CMN em si somente determina o que as
demais instituições irão seguir e adotar.

Dica: Nas questões o CMN é sempre ligado a verbos de comando.


Ex.: Determinar, Regulamentar, Fixar, Disciplinar.

1.2.2. Banco Central do Brasil – BACEN

O Banco Central é a Instituição Governamental na qual é responsável


pelo
:
“Controle da inflação, atua para regular a quantidade de moeda na
economia buscando a estabilidade nos preços (controle de inflação).
Instituição também responsável pela regulação e supervisão das demais
instituições Financeiras no País”.
Órgão Responsável pelo COAF (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras).
OBS: O BC executa as orientações do Conselho Monetário Nacional
(CMN).
Além disso, conduz as políticas monetária, cambial, de crédito, e de
relações financeiras com o exterior; a regulação e da supervisão do Sistema
Financeiro Nacional (SFN); Autorização para abertura e Funcionamento de
Instituições Financeiras, Emite papel-moeda, a administração do Sistema de
Pagamentos Brasileiro (SPB) e os serviços do meio circulante.

OBS: Comitê criado pelo Banco Central Chamado de COPOM


(Comitê de Política Monetária) é o responsável pela “Decisão da TAXA
SELIC”, taxa básica de juros do país.

1.2.3. Comissão de Valores Mobiliários – CVM

A Comissão de Valores Mobiliários é uma instituição


governamental que foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com
o objetivo:

“Fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de


valores mobiliários um título de propriedade (ação) ou de crédito
(obrigação), emitido por um ente público (governo) ou privado
(sociedade anônima ou instituição financeira] no Brasil”.

Exemplos de Valores Mobiliários: Ação, Debêntures, Cota em


Fundo de Investimento, Contrato Futuro, Opções e etc.

DICA: A CVM tanto executa, quanto determina e regulamenta o


mercado de títulos e valores mobiliários. É a instituição governamental
que regula e executa o mercado de valores mobiliários. As leis criadas
por este órgão SERÃO sempre superiores e devem ser seguidas
1.2.4. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP

A SUSEP é a instituição governamental responsável pelo:


“Controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência
privada aberta, capitalização e resseguro.”
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo
Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966.
A composição de membros da SUSEP é escolhida pelo
Presidente da República. É administrada pelos seguintes Membros:
 Superintendente
 4 Diretores

1.2.5. Superintendência Nacional de Previdência Complementar –


PREVIC

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é


um órgão de supervisão e fiscalização as Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (Fundos de Pensão) e de executar políticas para o regime de
previdência complementar. Criado pela Lei n° 12.154, é uma entidade
governamental autônoma que possui patrimônio e receita próprios,
organizado no sistema de autarquia vinculada ao Ministério da
Fazenda.

A composição de membros da PREVIC é indicada pelo Ministério


da Previdência Social e nomeados pelo Presidente da República. É
administrada pelos seguintes Membros:
 1 Diretor-Superintendente;
 4 Diretores, escolhidos dentre pessoas de ilibada
reputação e de notória competência.
1.2.6. Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e
de capitais - ANBIMA.

Papel da ANBIMA
ANBIMA é uma Associação que reuni diversas empresas
diferentes entre si (bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e
administradoras) com o objetivo de reproduzir dentro de casa a
pluralidade (diversidade) dos mercados.
É uma instituição que conduz as melhores práticas para
distribuição de investimento.

Obs.: O código de conduta da Anbima jamais irá se sobrepor a


LEI. Sendo assim é um condigo de conduta que deve ser conduzido.
A ANBIMA desenvolve quatro atividades que são:
 Informar;
 Representar;
 Autorregular;
 Educar;
OBS: O Código Anbima se refere quanto a distribuição e
negociação de valores mobiliários (Investimentos) de acordo com a LEI
6.385 e as regulamentações da (CVM) com o objetivo de proporcionar a
adequada transparência a este mercado.
SENDO ASSIM qualquer alteração na LEI que não haja alteração no
Código Anbima a Lei se sobrepõe (prevalece) ao Código Anbima.

A fim de garantir o equilíbrio e os controles necessários de sua


atividade regulatória, a dinâmica básica da autorregulação da
ANBIMA é a seguinte:

O Código de Regulação e Melhores Práticas está embasado


em três pilares que serão abordados abaixo:
 Objetivo;
 Obrigatoriedade;
 Legislação;
Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o Programa
de Certificação Continuada

O objetivo do Código de Regulação e Melhores Práticas para o


Programa de Certificação Continuada (Código) é estabelecer
princípios e regras que deverão ser observados pelas instituições
participantes, que atuam nos mercados financeiro e de capitais, de
maneira a buscar a permanente elevação da capacitação técnica de
seus profissionais, bem como a observância de padrões de conduta
no desempenho de suas respectivas atividades. (Relação Funcionário
com Mercado, Instituição Participante (Banco), Investidor).

Princípios e padrões de conduta exigidos das instituições


participantes

Os princípios e padrões exigidos diretamente das instituições


participantes estão dispostos no art. 8º do Código de Certificação,
podendo ser resumidos em:
 Seguir código de ética e evidenciar a adesão de seus profissionais a ele;
 Verificar se seus profissionais têm reputação ilibada e atestar que não tenham:
a) Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras e
demais entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, CVM, Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (Previc) ou Susep;
b) Sofrido punição definitiva, nos últimos cinco anos, em decorrência de sua
atuação como administrador ou membro de conselho fiscal de entidade sujeita a
controle e fiscalização dos órgãos reguladores mencionados;
 Zelar pelo aperfeiçoamento de seus profissionais, fornecendo
atualização profissional constante sobre práticas de mercado, produtos e regulação
aplicável;
 Manter elevados padrões éticos, adotar práticas transparentes nas
negociações e proibir práticas não equitativas e de concorrência desleal;
 Divulgar com clareza riscos e consequências que poderão advir dos
produtos, instrumentos e modalidades operacionais disponíveis no mercado;
 Preservar as informações reservadas ou privilegiadas, excetuadas as
hipóteses em que a sua divulgação seja exigida por lei ou tenha sido autorizada;
 Adotar procedimentos formais de controle, relacionados à obtenção e
manutenção da certificação pertinente a todos os seus profissionais;
1.2.6.1. Padrões de Conduta

1.2.6.2. Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas de


Distribuição de Investimento no Varejo.

1.2.6.2.1. Objetivo

O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas


para Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo
(“Código”) é estabelecer, para as instituições participantes abaixo
definidas, os parâmetros relativos à atividade de Distribuição de
Produtos de Investimento no Varejo, com as seguintes finalidades:
I. Manter os mais elevados padrões éticos e consagrar a institucionalização das
práticas equitativas no mercado;
II. Estimular o adequado funcionamento da atividade de Distribuição de Produtos
de Investimento no Varejo;
III. Manter transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com
o canal utilizado e as características do produto;
IV. Promover a qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos
na atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo;
V. Comprometer-se com a qualidade da atuação na distribuição de produtos
e serviços;
1.2.6.2.2. Princípios gerais

As instituições participantes devem observar os seguintes


princípios e regras no desempenho da Atividade de Distribuição de
Produtos de Investimento no Varejo:
I. Adotar práticas que promovam a transparência na relação com o Investidor;
II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua
atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração
de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que
venham a ser cometidas;
III. Efetuar prévia e criteriosa análise quando contratar serviços de terceiros;
IV. Evitar práticas que possam vir a prejudicar o mercado de Distribuição de
Produtos de Investimento no Varejo;
Neste Próximo tópico você deve se atentar as frases que são exigidas e
que devem estar informadas em todos os materiais de divulgação de
investimento que TODOS os bancos e corretoras que estão filiadas a ANBIMA
seguir este modelo.

1.2.6.2.3. Da publicidade e divulgação dos produtos de


investimento

A divulgação de publicidade e material técnico elaborado pelas


instituições participantes deve obedecer às disposições da legislação,
regulação e autorregulação vigente aplicável a cada produto de
investimento, podendo o Conselho de Regulação e Melhores Práticas
expedir diretrizes específicas sobre o tema:
Todo o material utilizado para publicidade dos Produtos de
Investimento é de responsabilidade de quem o divulga, inclusive no
que se refere à conformidade de tal material com as normas do
presente Código. Caso a divulgação seja feita por um prestador de
serviço, este deve obter, antes da divulgação, aprovação expressa da
instituição participante.
As instituições participantes devem, no que diz respeito à
publicidade e divulgação de material técnico de Produtos de
Investimento:

I. Envidar seus melhores esforços no sentido de produzir publicidade ou


material técnico adequado ao seu público-alvo, minimizando incompreensões
quanto ao seu conteúdo, e privilegiando informações necessárias para a tomada de
decisão;
II. Buscar transparência e clareza das informações, fazendo uso de
linguagem adequada ao público-alvo, no intuito de embasar a decisão do
Investidor;
III. Conter informações alinhadas com a documentação do produto, quando for o
caso;
IV. Zelar para que não haja qualificações injustificadas, superlativos não
comprovados, opiniões ou previsões para as quais não exista uma base técnica,
promessa, garantia de resultados futuros ou isenção de risco para o Investidor,
quando isso não refletir a realidade do produto;

Os Produtos de Investimento de mesma natureza podem ser


comparados, desde que sejam informadas simultaneamente as datas, os
períodos, a fonte das informações utilizadas, os critérios de comparação
adotados e demais informações consideradas relevantes para adequada
avaliação pelo Investidor dos dados comparativos divulgados.

É vedada a divulgação de comparativo entre Produtos de Investimento


de diferentes instituições, diferentes naturezas e/ou categoria diversa.

Obs: Você só pode comparar produtos de mesma característica. Se for


comprar LCI você deve comparar com outra LCI.

Toda publicidade, exceto aquela veiculada em rádio ou short message


service (SMS), deve obedecer às seguintes regras na divulgação de avisos ao
Investidor.
 Publicidade que não possua selo ANBIMA proveniente das
regras estabelecidas para o Produto de Investimento deve adicionar
aviso com a seguinte redação:
ESTA INSTITUIÇÃO É ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE
REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA ATIVIDADE DE
DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO NO VAREJO.

Publicidade que faça referência a histórico de rentabilidade, ou


menção a sua performance, deve adicionar aviso com a seguinte
redação, quando aplicável:

A RENTABILIDADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS.

 Publicidade que mencione Produto de Investimento que


não possua a garantia do Fundo Garantidor de Crédito, adicionar
aviso com a seguinte redação:

TRATA-SE DE UMA MODALIDADE DE INVESTIMENTO QUE NÃO


CONTA COM A GARANTIA DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO –
(FGC).

 Publicidade que divulgue simulação de rentabilidade,


adicionar aviso com a seguinte redação:

AS INFORMAÇÕES PRESENTES NESTE MATERIAL SÃO BASEADAS


EM SIMULAÇÕES E OS RESULTADOS REAIS PODERÃO SER
SIGNIFICATIVAMENTE DIFERENTES.

Sem prejuízo das demais regras dispostas neste código, todo


material de publicidade quando direcionado a um único Produto de
Investimento deve possuir o seguinte conteúdo mínimo sobre o
produto:

I. Público-alvo;
II. Classificação de risco. (Conservador, Moderado, Agressivo)
III. Características do produto;
IV. Informações sobre os canais de atendimento;
V. Endereço para o portal de educação financeira da ANBIMA “Como
Investir” (www.comoinvestir.com.br) e/ou portal de educação financeira da
instituição participante, quando se tratar de material de publicidade disponibilizado
na internet;
1.2.7. Principais Intermediários Financeiros

1.2.7.1. Banco Comercial

Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou


públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de
recursos necessários para financiar (emprestar), a curto e médio
prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços,
as pessoas físicas e terceiros em geral.
A captação de depósitos à vista (conta corrente), livremente
movimentáveis, e empréstimo de dinheiro é atividade típica do banco
comercial.
Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na
sua denominação social deve constar a expressão "Banco".
(Resolução CMN 2.099, de 1994).

Para melhor entendimento dos participantes do Banco Comercial:

 Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível


buscando ganhar com investimentos;
 Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação;
 Agente Deficitário: Cliente que procura o banco em busca de
empréstimo;

Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e


empresta para o agente deficitário cobrando juros maiores em relação os
rendimentos pagos aos agentes superavitários. Esta diferença é chamada de
“spread” e este é o lucro das instituições financeiras.

1.2.7.2. Banco de Investimento

Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas


especializadas em operações de participação societária de caráter
temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de
capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros.
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e
adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão
"Banco de Investimento".
Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a
prazo (conta de Investimento), repasses de recursos externos, internos e
venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados.
As principais operações ativas são financiamento de capital de
giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores
mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos
externos (Resolução CMN 2.624, de 1999).

Para melhor entendimento dos participantes do banco de investimento:

 Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível


buscando ganhar com investimentos;
 Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação;
 Agente Deficitário: Empresa que busca dinheiro emprestado junto a
investidores;

Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente


superavitário e repassa a empresa que deseja o dinheiro emprestado.
Com isto a empresa cria uma dívida com o investidor que deverá ser
paga a fim de garantir investidores disponíveis a financiar as
atividades da empresa.
Obs.: Nesta modalidade o investidor não é sócio da empresa. Nesta
situação ele empresta dinheiro a empresa e a mesma deverá pagar o que
foi emprestado mais os juros que serão a remuneração do investidor.

1.2.7.3. Banco Múltiplo

Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou


públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das
diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes
carteiras:

 Comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de


crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito,
financiamento e investimento.

OBS: O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas


carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de
investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima.

Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e


regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes
às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser
operada por banco público. As instituições com carteira comercial
podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve
constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).
OBS: Deve possuir UM CNPJ para cada Carteira. Podendo publicar
um balanço único.
1.2.8. Outros Intermediários ou Auxiliares Financeiros

1.2.8.1. Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários

São empresas especializadas e autorizadas pela CVM que intermediam


a compra, venda e distribuição de valores mobiliários através de ordem de
terceiros (clientes investidores).
Visto a impossibilidade de o investidor realizar compra e venda
de títulos e valores mobiliários diretamente na bolsa, a corretora e
distribuidora possui extrema importância para continuidade deste
mercado sendo obrigatório o envio de ordem de compra e venda por
Empresas “Corretoras e Distribuidoras” de valores mobiliários, na
qual cobram corretagem e comissões por este tipo de serviço. Estas
empresas devem ser constituídas sob forma de S/A (Sociedade Anônima).
De acordo com a decisão do BACEN e CVM do dia 17/03/2009,
foi definido que não há diferença na área de atuação entre Corretora de
Valores e Distribuidora de Valores.

Considerações importantes sobre estas empresas:


 Uma corretora pode atuar por conta própria;
 Pode atuar como agente Fiduciário (pode representar os
investidores garantindo seus interesses);
 Sua principal função é dar liquidez e segurança ao mercado acionário;
 Podem administrar fundos e clubes de investimento;
 Podem Intermediar operações com câmbio (compra e venda de
moeda estrangeira);
1.2.9. Investidores Qualificados, Investidores Profissionais e
Investidores Não- Residentes

1.2.9.1. Investidores qualificados

Investidores Qualificados são aqueles que, segundo o órgão


regulador, possui mais condições do que o investidor comum de entender o
mercado financeiro. A vantagem de se tornar um Investidor Qualificado
é a possibilidade de ingressar em fundos restritos, como por exemplo,
Fundos de Direitos Creditórios –FIDC (Exclusivo para investidores
qualificados).

É considerado INVESTIDOR QUALIFICADO:

 Investidores Profissionais;
 Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros
em valor superior a R$ 1.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por
escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
 As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de
qualificação técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM como
requisitos para o registro de agentes autônomo de investimento,
administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários em
relação a seus recursos próprios.

1.2.9.2. Investidores profissionais

Investidores Profissionais são os únicos que podem constituir Fundos


Exclusivos, um tipo de fundo que possui um único cotista, que
necessariamente deve ser um tipo de Investidor Profissional.
São considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS:

 Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos


financeiros em valor superior a R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente,
atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo
próprio;
 Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedade de
capitalização;
 Fundos de Investimento;
 Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
 Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários
autorizados pela CVM em relação a seus recursos próprios;

1.2.9.3. Investidores Não-Residentes

Investidores Não Residentes (INRs) são pessoas físicas ou jurídicas,


inclusive fundos ou outras entidades de investimento coletivo, com residência,
sede ou domicílio no exterior e que investem no Brasil. Estes investidores
dependem de aprovação e registro prévio da CVM.
PARA FIXAR OS CONHECIMENTOS DESTE CAPÍTULO ACESSE
NOSSO SIMULADO PELO SITE OU PELO APLICATIVO
LEAD INVEST

https://www.leadinvest.com.br/simuladocpa20-
modulo-1
https://www.leadinvest.com.br/simuladocpa
20
2. COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E ANÁLISE DO PERFIL
DO INVESTIDOR

Este módulo contempla a complementação do código de


regulação da ANBIMA tanto quanto o distribuidor de investimento
realizar a análise do Perfil do Investidor com Objetivo de melhor
adequar seus investimentos dentro do seu perfil de risco e avaliar o
comportamento do investidor através do Viés da Finanças
Comportamentais. O peso deste módulo na prova equivale de 15% a
25%.

2.1. Risco de Imagem e Risco Legal

2.1.1. Risco de Imagem

Este tipo de risco ocorre quando a opinião pública sobre uma empresa
é negativa, tanto pelas suas ações como por seus produtos ou ainda seu
histórico. Isso pode ocorrer por diversos motivos. Veja os principais
motivos de risco de imagem:
 Fornecimento de crédito sem embasamento;
 Vantagens devido a relacionamentos políticos;
 Indícios de lavagem de dinheiro;
 Fama de atender mal os clientes;
 Falta de respeito ao meio ambiente;
 Falta de marcação a mercado dos fundos que administra;
 Situação financeira instável;
 Situação financeira vulnerável;
2.1.2. Risco Legal

Já o risco legal ou jurídico é quando há um mal ou não cumprimento


da legislação/regulação. O risco legal se dá quando os administradores da
empresa não estão seguindo a lei por algum motivo. Também pode ocorrer
em relação à empresa estar ou não estar devidamente
regulamentada conforme a lei (a falta de algum documento).
Este tipo de risco pode acarretar diversos prejuízos para empresa,
inclusive o risco que falamos anteriormente. Risco de imagem.

2.2. Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98, artigo 1°

Art. 1º Determinar às instituições financeiras e demais instituições


autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil a implantação e a
implementação de controles internos voltados para as atividades por
elas desenvolvidas, seus sistemas de informações financeiras, operacionais
e gerenciais e o cumprimento às normas legais e regulamentares a elas
aplicáveis. Parágrafo 1º Os controles internos, independentemente do porte
da instituição, devem ser efetivos e consistentes com a natureza,
complexidade e
risco das operações por ela realizadas.
Parágrafo 2º São de responsabilidade da diretoria da instituição:
I – a implantação e a implementação de uma estrutura de
controles internos efetiva mediante a definição de atividades de
controle para todos os níveis de negócios da instituição;
II – o estabelecimento dos objetivos e procedimentos
pertinentes aos mesmos;
III – a verificação sistemática da adoção e do cumprimento
dos procedimentos definido sem função do disposto no inciso II.
2.3. Segregação de atividades e política de segurança da informação

A Segregação de atividades deve ser realizada de forma a evitar


possíveis conflitos de interesses (Barreira de Informação) e definição de
responsabilidades.
Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos
os funcionários da instituição de forma a assegurar que seja conhecida a
respectiva função no processo e as responsabilidades atribuídas aos diversos
níveis da organização, devem prever, em especial:

1. A definição de responsabilidades dentro da instituição;


2. A segregação das atividades atribuídas ao integrante da
instituição de forma a que seja evitado o conflito de interesses, bem como
meios de minimizar e monitorar adequadamente áreas identificadas como de
potencial conflito da espécie;
3. A existência de canais de comunicação que assegurem aos
funcionários, segundo o correspondente nível de atuação, o acesso a
confiáveis, tempestivas e compreensíveis informações consideradas relevantes
para suas tarefas e responsabilidades;
4. A contínua avaliação dos diversos riscos associados às
atividades da instituição;
5. A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas
de informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico.
6. Os controles internos devem ser periodicamente revisados e
atualizados, de forma a que sejam a eles incorporadas medidas relacionadas a
riscos novos ou anteriormente não abordadas;
7. A atividade de auditoria interna deve fazer parte do sistema de
controles internos;
2.4. Prevenção e combate à lavagem de dinheiro ou ocultação de
bens, direitos e valores.

Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso


transforma, recursos obtidos através de atividades ilegais, em ativos
comuns a origem aparentemente legal.

Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos


a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâmico
que requer:

 Primeiro, o distanciamento dos fundos de sua origem, evitando


uma associação direta deles com o crime;
 Segundo, o disfarce de suas várias movimentações para dificultar
o rastreamento desses recursos;
 Terceiro, a disponibilização do dinheiro novamente para os
criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo de
lavagem de dinheiro podendo ser considerado “limpo”;

2.4.1. Identificação dos clientes

A lei sobre crimes de “lavagem” de dinheiro exige que as


instituições financeiras entre outros:

• Identifiquem seus clientes mantendo cadastro atualizado; inclusive dos


proprietários e representantes das empresas (clientes Pessoa Jurídica);
• Mantenham registro das transações em moeda nacional ou
estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer
ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela
autoridade competente e nos termos de instruções por esta expedida;
• Atendam no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as
requisições formuladas pelo (COAF) que se processará em segredo de justiça;

Arquivem por dez anos os cadastros e os registros das transações.


2.4.2. Fases da lavagem de dinheiro

 Colocação: primeira etapa, consiste no ingresso dos recursos


ilícitos no sistema econômico em “Espécie”.
Para isso, são realizadas as mais diversas operações, como,
por exemplo:

A colocação se efetua por meio de:


• Depósitos na boca do Caixa em dinheiro;
• Compra de instrumentos negociáveis (investimentos);
• Compra de bens (Carro, Casa, e etc);
• Compra de Ouro, Metais e Jóias Preciosas;
• Compra de Obra de Arte;

Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os


criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas,
tais como:

• Fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro;.


• Utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente
trabalham com dinheiro em espécie;

OBS: NESTA FASE É UTILIZADO DINHEIRO EM ESPÉCIE (DINHEIRO


VIVO)

 Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o


rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia
de evidências ante a possibilidade da realização de investigações
sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de
forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas –
preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou
realizando depositados em contas “fantasmas”, ou comprando bens e serviços
de forma eletrônica.
OBS: NESTA FASE É UTILIZADO TRANSFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
(TED)
 Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados
formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam
investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais
sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-
se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.

Principais operações que são indícios de crimes de lavagem de


dinheiro:

•Aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou jurídica,


sem causa aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente transferidos, dentro de
curto período de tempo, a destino anteriormente não relacionando com o cliente;
• Troca de grandes quantias de notas de pequeno valor por notas de grande valor;
• Proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda estrangeira e
vice-versa;
• Compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pagamentos
ou outros instrumentos em grande quantidade-isoladamente ou em conjunto independente dos
valores envolvidos sem evidências de propósito claro
• Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras;
• Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou
a ocupação profissional e a ocupação profissional e a capacidade financeira presumida do
cliente;
• Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em dinheiro sem nome de
um mesmo cliente, cujos valore, somado, resulte em quantias significativa.
• Abertura de conta em agências bancárias localizadas em estação de passageiros,
aeroporto, rodovia ou porto internacional ou pontos de atração turística, salvo se o proprietário
ou empregado de empresa regulamente instalada nesses locais;
• Utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade financeira
do usuário.
Fases Lavagem de Dinheiro

2.4.3. Pena

Reclusão de três a dez anos e multa.

Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de


bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes
referidos neste artigo:

 Os converte em ativos lícitos;


 Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em
garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
 Importa ou exporta bens com valores não
correspondentes aos verdadeiros.

A multa pecuniária, aplicada pelo (COAF), será variável não superior:

a) Ao dobro do valor da operação;


b) Ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido
pela realização da operação;
c) Ai valor de R$ 20.000,00 (Vinte milhões de reais);
Obs.: A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser
cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar aplica-la ou substituí-la por
pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar
espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que
conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização
dos bens, direitos ou valores objeto do crime. A pena será aumentada de um a
dois terços, se os crimes definidos na lei forem cometidos de forma reiterada
ou por intermédio de organização criminosa.

2.4.4. Comunicação ao COAF

De acordo com a Circular 2852/98, Carta-Circular 2826/98 e a


complementação da Carta- Circular 3098/03, as instituições
financeiras deverão comunicar ao Banco Central:

• As operações suspeitas envolvendo moeda nacional ou


estrangeira, títulos e valores mobiliários, metais ou qualquer outro
ativo passível de ser convertido em dinheiro de valor acima de R$
10.000,00
• As operações suspeitas que, realizadas com uma mesma
pessoa, conglomerado ou grupo, em um mesmo mês calendário,
superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de
R$10.000,00;
• Depósito em espécie, retirada em espécie ou pedido de
provisionamento para saque, de valor igual ou superior a R$ 50.000,00,
independentemente de serem suspeitas ou não, o cliente deve avisar ao
banco com no mínimo 3 dias úteis de antecedência ao saque (retirada).

Obs: Toda operação realizada por uma instituição financeira acima de R$ 10.000,00
deve ficar registrada no banco. A operação que for igual ou acima de R$ 10 mil e SUSPEITA
deve ser reportada ao COAF, através do SISCOAF.
2.4.5. COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras

Órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro. O COAF está


vinculado ao Banco Central do Brasil e tem como finalidade disciplinar,
aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as
ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei, sem
prejuízo da competência de outros órgãos e entidades.

Porém, para que as atividades do COAF sejam bem-sucedidas, é


importante que, todas as instituições visadas, no que diz respeito à
lavagem de dinheiro, proveniente do crime, mantenham em registro,
todas as informações de relevância sobre seus clientes e suas
operações.

Além dos bancos, devem combater a lavagem de dinheiro


empresas e instituições que trabalham com a comercialização de joias,
metais preciosos e obras de arte.

2.4.6. Quem está sujeito à lei e a regulamentação

As pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou


eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:
I - A captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de
terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
II – A compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo
financeiro ou instrumento cambial;
III - A custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação,
intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários;
As pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem
no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, comissionarias ou por
qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça
qualquer das atividades referidas neste artigo:
 As pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de
promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis;
 As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem joias, pedras e
metais preciosos, objetos de arte e antiguidades;
 As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo
ou de alto valor, intermediam a sua comercialização ou exerçam atividades que
envolvam grande volume de recursos em espécie;
 As pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que
eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria,
aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações;
 As pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção,
intermediação, comercialização, agenciamento ou negociação de direitos de
transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos similares;
 As empresas de transporte e guarda de valores;
 As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto
valor de origem rural ou animal ou intermedeiem a sua comercialização;
 As dependências no exterior das entidades mencionadas neste
artigo, por meio de sua matriz no Brasil, relativamente a residentes no País.

2.4.7. Abordagem Baseada em Riscos

É o novo modelo de eixo central no que tange a prevenção a lavagem


de dinheiro e se trata de uma aderência as diretrizes mundiais. ABR
(Abordagem baseada em risco exige métricas e metodologia para avaliar e
mensurar as atividades que possam obter risco de lavagem de dinheiro em
suas devidas atividades, criando um grau de risco maior ou menor
dependendo dos fatores avaliados. O principal objetivo é identificar, avaliar e
compreender os riscos de lavagem de dinheiro e financiamento ao Terrorismo
(LD-FT), tomando medidas necessárias, aplicando recursos com o objetivo de
mitigá-los de forma efetiva.

Para a execução desse modelo é necesssário sistemas de informação


e controle compatível com o risco específicos de LD-FT. A metodolgia do ABR
deve ser elaborada e realizada conforme seus critérios e de acordo com a sua
realidade, respietando as exigências dos reguladores e auto reguladores.
2.4.8. Avaliação Interna de Risco

As instituições passíveis ao controle e analise do processo de lavagem


de dinehiro, deve realizar a avaliação interna de risco, com o objetivo de
identificar os riscos na utilização de seus produtos, serviços e novas
tecnologias para a prática de lavagem de dinheiro e financiamento ao tráfico
(LD-FT).

Essa avaliação deve ser realizada pela área de PLD-FT da istituição,


controles internos e compliance, ou área equivalente. Esta avaliação e analise
deve ser comunicada e apresentada a alta direção da instituição.

Uma avaliação realizada de maneira pouco rigida, pode expor a


operação de PLD-FT, acarretando risco de imagem e risco legal.

2.4.9. Análise de Efetividade

Após criar as regras para avaliar os riscos presentes nas atividades que
possam possuir risco de lavagem de dinheiro, é necessário elaborar um
relatório de efetividade do cumprimento do política adotada pela própria
instituição no que tange a prevenção e o combate do PLD-FT, sendo
necessária a aprovação e validação da alta diretoria da instituição.

O Bacen elencou informações mínimas necessárias para estar no


documento da análise de efetividade:

 Elaborado anualmente, com data-base de 31/12;

 Ser encaminhado até 31/03 do ano seguinte a data base;

 Encaminhado para o comitê de auditoria, conselho de


administração ou/e à direção da instituição;

 Informaões mínimas na avaliação de efetividade:

 Métodos adotados na avaliação;


 Testes aplicados;

 Qualificação dos avaliadores;

 Deficiência identificadas no processo;

 Procedimentos de conhecer clientes, com validação de


informações;

 Procedimentos de monitoramento e comunicação ao COAF;

 Governança da política PL-FT;

 Medidas de desenvolvimento da cultura organizacional PL-FT;

 Porgramas de capacitação períodica do pessoal envolvido no


processo;

 Procedimentos para conhecer funcionários, parceiros e


terceirizados;

 Ações de regularização a partir dos apontamentos da


auditoria interna e supervisão do Bacen;

A classificação de risco dos clientes deve seguir a avaliação interna de


risco da instituição, detalhada em sua abordagem baseada em risco.

2.4.10. Beneficiários

As instituições devem adotar medidas para localizar os beneficiários


finais, que são pessoas naturais que possuem, controlam ou inflenciam certas
entidades ou outras pessoas naturais com o itituito de conduzir transações no
mercado em seus nomes.

Os beneficiários finais em fundos de investimento, apenas os fundos


exclusivos ou fundos com gestão irrestrita precisam localizar seus
cotistas/beneficiários finais, os demais estão disponesados de identitificar,
devendo cada instituição estebelecer como irá proceder sua política PLD-FT,
avaliação interna de risco e metodologia de ABR.
2.4.11. Identificação de Colaboradores, Parceiros,
Terceirizados e Prestrador de Serviços Relevantes

É necessário a identificação e verificação, proporcional a posção que


ocupam, por este motivo é necessário realizar os procedimentos de:

 Conheça seu Cliente (KYC);

 Conheça seu Funcionário (KYE);

 Conheça seu Parceiro (KYP);

São procedimentos para que se conheça e avalie o relacionamento da


instituição financeira com os potenciais riscos no processo de lavagem de
dinheiro.

2.5. Indisponibilidade de Bens, Direitos e Valores em


Decorrência de resoluão do Conselho de Segurança
das Nações Unidas

Resolução constituida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas


CSNU, na qual possibilita o bloqueio de bens e valores de condenador por
terrorismo.

Amparada pela Lei 13.810/19, a resolução obriga sem demora e sem


aviso prévio aos dententores dos ativos, que as instituições a respeito (Bolsa
de Valores, Corretoras, Seguradoras e outros), mediante notificação dos
órgãos reguladores e fiscalizadores, realizam a indisponibilidade de ativos de
titularidade, direta ou indireta, de pessoas físicas, jurídicas ou entidades
submetidas a sanções decorrentes das resoluções vigentes.
Os envolvidos em indisponibilidade, estarão restringidos a entrar e sair
de território nacional e não poderão importar ou exportar bens para outras
localidades.

A indisponibilidade pode partir de duas fontes:

 Por execução das resoluções do Conselho de Segurança das


Nações Unidas ou seu Comitê:

 Após recimento das provas, o juiz terá até 24 horas para solicitar
o cumprimento da execução da Resolução. Dentro de 15 dias o
processo será finalizado, podendo o indivíduo ser indiciado ou
não.

Rerquerimento de autoridade central estrangeira, em que o pedido está


de acordo com as resoluções do conselho de segurança das nações unidas ou
seu comitê

2.6. Convenção de Viena

Convenção contra o tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias


psicotrópicas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe
confere o art. 84, inciso IV da Constituição, e considerando que a
Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias
Psicotrópicas, foi concluída em Viena, a 20 de dezembro de 1988;
Considerando que a referida Convenção foi aprovada pelo
Congresso Nacional, pelo Decreto Legislativo nº 162, de 14 de junho
de 1991;
2.7. Normas e Padrões éticos

2.7.1. Utilização Indevida de Informações Privilegiadas

Informação Privilegiada: Representa toda e qualquer informação


relevante, fora do domínio público, que se venha a obter no exercício das
funções diárias de qualquer profissional.

Ex.: Analista de investimentos que será responsável pelo IPO de uma


empresa, este possui informações privilegiadas desta empresa.

Insider Trader: O Insider Trader é o indivíduo que, tendo acesso a


informações privilegiadas, na qual é utilizada em seu próprio benefício ou em
benefício de terceiros.
Ex.: Este mesmo analista por possuir esta informação, faz operações no
mercado financeiro em prol de benefício próprio ou repassando estas
informações a terceiros em busca de ganhos financeiros.

Front Runner: O Front Runner é o indivíduo ou instituição que se utiliza


de ordens de clientes para o seu próprio benefício, realizando antes para si
próprio a operação ordenada pelo cliente.
Ex.: Corretor de ações possui um cliente relevante e este envia grandes
ordens para comprar determinada ação, mediante esta informação compra
para si a mesma ação em busca de benefício próprio e ganho financeiro.

2.7.2. Confidencialidade

Profissional deve manter os mais restritos níveis de confidencialidade


das informações com todos os clientes e patrocinadores, a menos que a
divulgação seja exigida por lei. Sendo assim, toda e qualquer informação
deve se manter em sigilo.
2.7.3. Conflitos de Interesse

Conflito de interesses ocorre quando uma decisão é influenciada pelos


interesses de apenas uma das partes envolvidas, prejudicando as demais.
Portanto, exercer qualquer tipo de ação para obtenção de vantagens pessoais
prejudicando outros é agir tanto antiética (por ser contrário ao que se entende
por correto) quanto imoralmente (por se concretizar em prejuízo ao outro).

2.8. Código de Divulgação de Produtos de Investimentos no Varejo.

2.8.1. Ética

2.6.1.1. Definições

Art. 1º. Para os efeitos deste Código, entende-se por:

I.Administração Fiduciária: compreende o conjunto de serviços relacionados


direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção dos Veículos de
Investimento;
II. ANBIMA ou Associação: Associação Brasileira dos Mercados Financeiros e
de Capitais;
III. Canais Digitais: canais digitais ou eletrônicos utilizados na
distribuição, que servem como instrumentos remotos sem contato presencial entre
o investidor ou potencial investidor e a Instituição Participante;
IV. Conglomerado ou Grupo Econômico: conjunto de entidades
controladoras diretas ou indiretas, controladas, coligadas ou submetidas a controle
comum;
V.Criptografia: conjunto de técnicas para codificara informação de modo que
somente o emissor e o receptor consigam decifrá-la;
VI. Distribuição de Produtos de Investimento:
(i) oferta de Produtos de Investimento de forma individual ou coletiva,
resultando ou não em aplicação de recursos, assim como a aceitação de pedido de
aplicação por meio de agências bancárias, plataformas de atendimento, centrais de
atendimento, canais digitais ou eletrônicos, ou qualquer outro canal estabelecido
para este fim; e
(ii)atividades acessórias oferecidas aos investidores, tais como manutenção
do portfólio de investimentos e fornecimento de informações periódicas acerca dos
investimentos realizados;
VII. Documentos dos Veículos de investimento: são os documentos oficiais
exigidos pela regulação específica dos Veículos de Investimento;
VIII. Gestão de Recursos de Terceiros: consiste na gestão profissional dos
ativos integrantes das carteiras dos Veículos de Investimento, nos termos
estabelecidos nos Documentos dos Veículos de Investimento, assim como na
regulação em vigor;
IX. Instituições Participantes: instituições associadas à ANBIMA ou
instituições aderentes a este Código;
X. Material Publicitário: material que tenha como objetivo estratégia
comercial e mercadológica, divulgado pelas Instituições Participantes por qualquer
meio de comunicação disponível e destinado a investidores ou potenciais
investidores;
XI. Material Técnico: material de suporte técnico a uma decisão de
investimento, divulgado pelas Instituições Participantes por qualquer meio de
comunicação disponível e destinado a investidores ou potenciais investidores;
XII.Produtos Automáticos: aqueles que possuem a funcionalidade de
aplicação e resgate automático, conforme saldo disponível na conta corrente do
investidor;
XIII. Produtos de Investimento: títulos, valores mobiliários, direitos e outros
instrumentos de emissor público ou privado, regulados pela Comissão de Valores
Mobiliários e/ou pelo Banco Central do Brasil;
XIV. Organismos de Supervisão: a Comissão de Acompanhamento para
Distribuição de Produtos de Investimento e o Conselho de Regulação e Melhores
Práticas para Distribuição de Produtos de Investimento, ambos previstos no Título IV
deste Código;
XV.Propaganda Institucional: todo material utilizado pelas Instituições
Participantes e empresas do mesmo conglomerado ou grupo econômico com o
objetivo de estratégia mercadológica e que mencione em seu conteúdo a
Distribuição de Produtos de Investimento;
XVI. Regulação: normas legais, infralegais e de autorregulação que
abrangem a Distribuição de Produtos de Investimento;
XVII. Veículo de Investimento: Fundos de Investimento e Carteiras
Administradas constituídos com o objetivo de investir recursos obtidos junto a um
ou mais investidores.

2.6.1.2. Objetivo

O presente Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas


para Distribuição de Produtos de Investimento (“Código”) tem como
objetivo estabelecer princípios e regras para Distribuição de Produtos
de Investimento, visando, principalmente:
I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da
institucionalização de práticas equitativas no mercado financeiro e de capitais;
I. A concorrência leal;
III. A padronização de seus procedimentos;
IV. O estímulo ao adequado funcionamento da Distribuição de Produtos de Investimento;
V. A transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal
utilizado e as características dos investimentos;
VI. A qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na Distribuição de
Produtos de Investimento;

2.8.2. Princípios Gerais

As Instituições Participantes devem:

I. Exercer suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade em relação
aos investidores;
II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas
atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração
de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que
venham a ser cometidas;
III. Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da
livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal
e/ou de condições não equitativas, e respeitando os princípios de livre negociação;
IV. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e
princípios contidos neste Código, na regulação pertinente e/ou nas demais regras
estabelecidas pela ANBIMA;
V. Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e profissional;
VI. Divulgar informações claras e inequívocas aos investidores acerca dos riscos e
consequências que poderão advir dos Produtos de Investimento;
VII. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Distribuição de Produtos de
Investimento, especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições
específicas de cada uma das Instituições Participantes estabelecidas em contratos,
regulamentos e na regulação vigente;
VIII. Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que desempenhem
funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento atuem com imparcialidade,
conheçam o código de ética da Instituição Participante e as normas aplicáveis à sua atividade;
e
IX. Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse que possam afetar
a imparcialidade das pessoas que desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos
de Investimento.
2.8.3. Segurança e Sigilo das Informações

As Instituições Participantes devem estabelecer mecanismos para:

I. Propiciar o controle de informações confidenciais a que tenham acesso os seus


sócios, diretores, alta administração, profissionais e terceiros contratados;
II. Assegurar a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de
informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico;
e
III. Implantar e manter treinamento para os seus sócios, diretores, alta administração,
profissionais e terceiros contratados que tenham acesso a informações confidenciais.

As Instituições Participantes devem implementar e manter, em


documento escrito, regras e procedimentos para assegurar o disposto no
caput, incluindo, no mínimo:

I. Regras de acesso às informações confidenciais indicando como se dá o acesso e


controle de pessoas autorizadas e não autorizadas a essas informações, inclusive nos casos
de mudança de atividade dentro da mesma instituição ou desligamento do profissional;
II. Regras específicas sobre proteção da base de dados e procedimentos internos para
tratar casos de vazamento de informações confidenciais, mesmo que oriundos de ações
involuntárias;
III. Regras de restrição ao uso de sistemas, acessos remotos e qualquer outro
meio/veículo que contenha informações confidenciais no exercício de suas atividades;

2.8.4. Material Publicitário

A Instituição Participante, ao divulgar Material Publicitário em


qualquer meio de comunicação disponível, deve incluir, em destaque, link ou
caminho direcionando investidores ou potenciais investidores ao Material
Técnico sobre o Produto de Investimento mencionado, de modo que haja
conhecimento de todas as informações, características e riscos do
investimento.
2.8.5. Material Técnico

O Material Técnico deve possuir, no mínimo, as seguintes


informações sobre o Produto de Investimento:
I. Descrição do objetivo ou estratégia;
II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação;
IV. Nome do emissor, quando aplicável;
V. Tributação aplicável;
VI. Classificação de risco do produto, nos termos estabelecidos pela Diretriz ANBIMA
de Suitability;
VII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no mínimo, os
riscos de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável; e
VIII. Informações sobre os canais de atendimento.

2.8.6. Avisos Obrigatórios

As Instituições Participantes devem incluir, com destaque, nos


Materiais Técnicos os seguintes avisos obrigatórios:

I. Caso faça referência a histórico de rentabilidade ou menção a


performance: Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de
resultados futuros; A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos;

II. Caso faça referência a Produtos de Investimento que não possuam


garantia do fundo garantidor de crédito:
O investimento em [indicar produto de investimento] não é
garantido pela instituição ou por qualquer mecanismo de seguro ou,
ainda, pelo fundo garantidor de crédito;

III. Caso faça referência à simulação de rentabilidade:


As informações presentes neste material técnico são baseadas em
simulações e os resultados reais poderão ser significativamente
diferentes;
2.8.7. Divulgação de Informações via Site

As Instituições Participantes devem disponibilizar em seus sites


na internet seção exclusiva sobre os Produtos de Investimento
distribuídos, contendo, no mínimo, as seguintes informações:

I. Descrição do objetivo e/ou estratégia de investimento;


II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação;
IV. Nome do emissor, quando aplicável;
V. Tributação aplicável;
VI. Classificação de risco do produto, nos termos estabelecidos pela Diretriz ANBIMA
de Suitability;
VII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no mínimo, os
riscos de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável;
VIII. Informações sobre os canais de atendimento;

2.8.8. Conheça seu Cliente

As Instituições Participantes devem buscar conhecer seus investidores


no início do relacionamento e durante o processo cadastral, identificando a
necessidade de visitas pessoais em suas residências, seus locais de trabalho e
em suas instalações comerciais (“know your customer – KYC”).

§1º. As Instituições Participantes devem implementar e manter,


em documento escrito, regras, procedimentos e controles de KYC que
sejam efetivas e consistentes com a natureza, porte, complexidade,
estrutura, perfil de risco dos Produtos de Investimento distribuídos e
modelo de negócio da instituição.
§2º. O documento de que trata o parágrafo acima deve conter, no mínimo:

I. Procedimento adotado para aceitação de investidores, incluindo procedimento para análise


e validação dos dados, bem como a forma de aprovação dos investidores;
II. Indicação dos casos em que são realizadas visitas aos investidores em sua residência,
local de trabalho ou instalações comerciais;
III. Indicação do sistema e ferramentas utilizadas para realizar o controle das informações,
dados e movimentações dos investidores;
IV. Procedimento de atualização cadastral, nos termos da regulação em vigor;
V. Procedimento adotado para identificar a pessoa natural caracterizada como beneficiário
final, nos termos da regulação em vigor;
VI. Procedimento adotado para veto de relacionamentos em razão dos riscos envolvidos;

2.8.9. Suitability

As Instituições Participantes, no exercício de suas atividades, não


podem recomendar Produtos de Investimento, realizar operações ou prestar
serviços sem que verifiquem sua adequação ao perfil do investidor.

§1º. As Instituições Participantes devem implementar e manter,


em documento escrito, regras e procedimentos que possibilitem
verificar a adequação dos Produtos de Investimento ao perfil dos
investidores (“Suitability”), devendo conter, no mínimo:

I. Coleta de informações: descrição detalhada do mecanismo de coleta das informações junto


ao investidor para definição de perfil;
II. Classificação do perfil: descrição detalhada dos critérios utilizados para a classificação de
perfil do investidor, devendo ser observadas as características de classificação para cada
perfil, conforme Diretriz ANBIMA de Suitability;
III. Classificação dos Produtos de Investimento: descrição detalhada dos critérios utilizados
para a classificação de cada produto de investimento, devendo ser observado o disposto na
Diretriz ANBIMA de Suitability;
IV. Comunicação com o investidor: descrição detalhada dos meios, forma e
periodicidade de comunicação utilizada entre a Instituição Participante e o
investidor para:
a.Divulgação do seu perfil de risco após coleta das informações; e
b. Divulgação referente ao desenquadramento identificado entre o perfil do
investidor e seus investimentos, a ser efetuada sempre que verificado o
desenquadramento;
V. Procedimento operacional: descrição detalhada dos procedimentos utilizados para
a aferição periódica entre o perfil do investidor e seus investimentos;
VI. Atualização do perfil do investidor: descrição detalhada dos critérios utilizados
para atualização do perfil do investidor, incluindo a forma como a Instituição
Participante dará ciência desta atualização;
VII. Controles internos: descrição detalhada dos controles e mecanismos adotados
pela Instituição Participante, observada a seção I do capítulo V deste Código, para
o processo de
Suitability com o objetivo de assegurar a efetividade dos procedimentos
estabelecidos pela instituição.

2.8.10. Selo ANBIMA

A veiculação do Selo ANBIMA tem por finalidade exclusiva demonstrar o


compromisso das Instituições Participantes em atender às disposições deste
Código.

§1º. A ANBIMA não se responsabiliza pelas informações


constantes dos documentos divulgados pelas Instituições
Participantes, ainda que façam uso do Selo ANBIMA, nem tampouco
pela qualidade da prestação de suas atividades.
§2º. Cabe à Diretoria da ANBIMA expedir diretrizes para regulamentar
as regras de uso do Selo ANBIMA.

2.8. Análise do perfil do investidor

Análise do Perfil do investidor (API) é uma ferramenta utilizada pelas


instituições financeira com o intuito de adequar o produto de investimento ao
perfil do seu cliente, buscando atender as expectativas de retorno/risco, visto
cada cliente possuir um perfil e expectativas diferentes quando o assunto é
investimento. Sendo assim as Instituições participantes deverão adotar
procedimentos formais, estabelecidos de acordo com critérios próprios, e
controles que possibilitem verificar o processo de API (Análise do Perfil do
Investidor) buscando entender o objetivo e situação financeira do cliente.

Para definição do objetivo de investimento do Investidor, as


instituições participantes devem considerar, no mínimo, as seguintes
informações do Investidor:

I. Período em que será mantido o investimento;


II. As preferências declaradas quanto a assunção de riscos;
III. As finalidades do investimento;
Para definição da situação financeira do Investidor, as instituições
participantes devem considerar, no mínimo, as seguintes informações
do Investidor:

I. O valor das receitas regulares declaradas;


II. O valor e os ativos que compõem seu patrimônio;
III. A necessidade de recursos futuro declarada;

A API (Análise do Perfil do Investidor) pode ser realizado


mediante contato pessoal ou com o uso de qualquer meio de
comunicação, seja sob forma oral, escrita, eletrônica ou pela rede
(internet) mundial de computadores.

A Instituição deve atualizar as informações relativas ao perfil


de seus clientes em intervalos não superiores a 24 (vinte e quatro)
meses.

Não é obrigatório a aplicação do API para os clientes:

I. Investidores Qualificados. (Lembre-se que todo investidor


profissional também é qualificado);
II. Pessoa jurídica de direito público;
III. Cliente tiver sua carteira de valores mobiliários administrada
discricionariamente por administradores de carteira de valores
mobiliários autorizados pela CVM.

Obs: Investidor Pessoa Jurídica considerada investidor qualificado


não é necessário preencher o API.

Investimentos que não necessitam de realização do API:


Poupança, Previdência Privada e Fundo de Renda Fixa Simples.
Após finalizar o preenchimento do questionário, o cliente poderá
ser classificado em um dos três perfis indicados abaixo:

Perfil Conservador: Clientes com este perfil têm como objetivo a


preservação do capital e possuem baixa tolerância a riscos. Também é
representado por clientes que, apesar de estarem dispostos a correr um
pouco mais de riscos na busca por retornos diferenciados, tenham
necessidade de sacar os recursos em curto período de tempo.

Perfil Moderado: Clientes com este perfil estão dispostos a correrem


alguns riscos em investimentos, buscando um retorno diferenciado no
médio prazo, com baixa necessidade de liquidez no curto prazo,
havendo disponibilidade para diversificar parte das aplicações em
alternativas mais arrojadas.

Perfil Arrojado: Clientes com alta tolerância a riscos, baixa ou nenhuma


necessidade de liquidez no curto/médio prazo e que estejam dispostos a
aceitar as oscilações dos mercados de risco (e possíveis perdas) na
busca por retornos diferenciados no longo prazo.

Produtos Sugeridos de Acordo com o Perfil do Investidor


Situações Atípicas no Preenchimento do API (Análise Perfil
Investidor)

Caso o cliente se recuse a assinar o API: Assina o termo de recusa


na qual atesta a não intenção do cliente em preencher o questionário API, e no
qual
o cliente assume os riscos financeiros relacionados às aplicações dos
recursos nos produtos, serviços e operações escolhidos por ele.

Termo de Investidor Qualificado: poderá ser preenchido apenas


pelos clientes Pessoa Jurídica que declaram essa condição, afirmam que a
empresa possui investimentos financeiros no valor superior à R$ 1 MM e
ainda atestam possuir conhecimento suficiente sobre os mercados
financeiro e de capitais, de modo a estarem dispensados da
obrigação do Banco de verificar a adequação dos produtos, serviços
ao seu Perfil de Investimento;

Termo de Desenquadramento: Termo na qual o cliente atesta a


aceitação em aplicação em um investimento fora do seu perfil. Aceitando
riscos maiores mesmo fora do seu perfil.
Obs.: O perfil é valido somente para o titular da conta. É realizado
um API por CPF/CNPJ.
2.9. Decisões do Investidor na perspectiva de Finanças
Comportamentais

A todo o momento no mercado financeiro qualquer pessoa que


decide realizar algum tipo de investimento passa pelo processo de
tomada de decisão de investimentos na qual pode ocorrer conflitos de
decisões ou com fotografias emocionais anteriores veja alguns
exemplos:

 Investir em poupança pelo simples motivo de ser a


aplicação que os nossos pais sempre utilizaram.
 Comprar uma ação por um determinado valor. Depois,
acordar em um belo dia com uma notícia trágica de essa companhia
estar envolvida em um esquema de corrupção, em que tudo aponta
para uma grande crise no curto e médio prazo. Mesmo assim, não
optar em vender a ação, pelo fato de o valor atual ser inferior ao valor
de compra (realizar prejuízo).
 Investir em CDB somente de grandes bancos. Evitar
aplicar em bancos pequenos, que em geral oferecem taxas mais
atrativas e para valores até R$ 250 mil que estão cobertos pelo FGC.
 Aplicar em um fundo de ações em um momento ruim de
mercado, resgatar após as primeiras quedas e nunca mais reaplicar
nesse tipo de investimento.
 Ler uma reportagem em uma revista ou jornal, sobre
determinado ativo financeiro ou instituição financeira, e em seguida
decidir investir nesse ativo.

Diante do que foi mencionado acima vemos que nem sempre os


investidores tomam decisões racionais. Por este motivo iniciou-se os
estudos das finanças comportamentais com o objetivo de entender as
ilusões cognitivas no processo de tomada de decisões em
investimentos.
Com isto criou-se dois conceitos de tomada de decisões em
investimento pela perspectiva das finanças comportamentais que
são:
Razão: Quando agimos com razão estamos vendo a estratégia como
um todo, as consequências e resultados daquela tomada de decisão. A razão
pode ser considerada nosso freio e também, muitas vezes, o nosso
impulsor.
Emoção: A emoção nos faz agir por impulso, pensando somente no
bem- estar, no prazer e na alegria momentânea. Ela é responsável por nos
fazer rir, chorar e sorrir. É algo que desperta em nós, sem que
usemos a lógica, o bom senso, ou a racionalidade.

2.9.1. Heurísticas

As heurísticas são atalhos mentais que agilizam e simplificam a


percepção e a avaliação das informações que recebemos. Por um lado, elas
simplificam enormemente a tarefa de tomar decisões; mas, por outro, podem
nos induzir a erros de percepção, avaliação e julgamento que escapam à
racionalidade ou estão em desacordo com a teoria da estatística. Esses erros
ocorrem de forma sistemática e previsível, em determinadas
circunstâncias, e são chamados de vieses.

2.9.1.1. Disponibilidade

Decisões influenciadas por ocorrências e eventos recentes na memória


do investidor.
Experiências mostraram que exemplos de categorias mais
numerosas são recordados mais rapidamente do que categorias
menos numerosas, que ocorrências prováveis são mais fáceis de
imaginar do que ocorrências improváveis e que conexões associativas
são fortalecidas quando dois eventos frequentemente ocorrem
simultaneamente.

Vieses cognitivos que emanam da heurística da Disponibilidade:


• Facilidade de lembrança: Os indivíduos julgam que os eventos
mais facilmente recordados na memória, com base em sua vividez ou
ocorrência recente, são mais numerosos do que aqueles de igual frequência
cujos casos são menos facilmente lembrados.
• Capacidade de recuperação: Os indivíduos são enviesados em
suas avaliações da frequência de eventos, dependendo de como suas
estruturas de memória afetam o processo de busca.

Exemplos aplicados a investimentos:


1. Comprar ações da empresa X após ler em uma revista que o
lucro da mesma bateu recorde;
2. Vender ou não comprar ação de uma companhia aérea após
ser noticiado a queda de uma aeronave;

2.9.1.2. Representatividade

A heurística da representatividade tem como característica a


classificação de uma coisa com base na semelhança com um caso típico ou
comum. Decisões a partir de associações com estereótipos formados e
desprezo de informações relevantes para a tomada de decisão. As pessoas
julgam os eventos pela sua aparência e semelhança, não pela probabilidade
de eles acontecerem. Os indivíduos avaliam a probabilidade de um
evento “B” pelo nível em que um evento “A” se assemelha de “B”.

Vieses cognitivos que emanam da heurística da representatividade:


• Falta de sensibilidade a proporções da base: Os indivíduos
tendem a ignorar as proporções da base na avaliação da probabilidade de
eventos, quando é fornecida qualquer outra informação descritiva, mesmo se
esta for irrelevante.
• Falta de sensibilidade ao tamanho da amostra: Os indivíduos,
frequentemente, não são capazes de apreciar o papel do tamanho da amostra
na avaliação da confiabilidade das informações da mesma.
• Concepções errôneas sobre o acaso: Os indivíduos esperam
que uma sequência de dados gerados por um processo aleatório pareça ser
"aleatória", mesmo quando for demasiado curta para que aquelas expectativas
sejam estatisticamente válidas.
• Regressão à média: Os indivíduos tendem a ignorar o fato de
que eventos extremos tendem a regredir à média nas tentativas subsequentes.
• A falácia da conjunção: Os indivíduos julgam erradamente que
as conjunções (dois eventos que ocorrem em conjunto) são mais prováveis do
que um conjunto mais global de ocorrências do qual a conjunção é um
subconjunto.

Exemplos aplicados a investimentos:


 Desistir de investir em ações porque teve experiências
negativas anteriormente, pois anteriormente já perdeu 10% neste investimento;
 Acreditar que toda vez que uma ação chegar ao preço de R$
10,00 a mesma terá valorização, visto isto já ter ocorrido no passado;

2.9.1.3. Ancoragem

A heurística da Ancoragem faz com que a exposição prévia a uma


informação nos leve a considerá-la fortemente na tomada de decisão ou na
formulação de estimativas, independentemente de sua relevância para o que
é
decidido ou estimado, ocorre quando tomamos uma decisão ou avaliação
base no primeiro pedaço de informação recebida. Nossa primeira impressão
atua como um ponto de âncora ou de referência a que todas as informações
subsequentes e relacionadas são comparadas. Se a âncora contém
informações

incompletas ou irrelevantes podemos acabar fazendo uma má decisão.


A ancoragem se deve principalmente a um mecanismo relacionado à
forma como a nossa mente funciona: o priming. O priming é o efeito decorrente
da enorme capacidade associativa da nossa mente, que faz com que palavras,
conceitos e números evoquem outros similares, um após o outro, numa reação
em cadeia. Ou seja, uma palavra é mais rapidamente lembrada, e se
torna mais disponível na nossa mente, se tiver conexão com outras
vistas/ouvidas em um momento recente. É também o processo pelo
qual experiências recentes nos predispõem, de forma automática, a
adotar determinado comportamento. É muito comum a ancoragem se
basear em valores.
Da heurística da ancoragem emanam três vieses:
• Ajuste insuficiente da âncora: preconiza que as pessoas
desenvolvem estimativas partindo de uma âncora inicial, com base em
qualquer informação que seja fornecida, a qual é ajustada até produzir uma
resposta final. Uma consequência importante da utilização dessa heurística é
que o ajuste geralmente é insuficiente, ou seja, a resposta final frequentemente
fica próxima dessa âncora.
• Vieses de eventos conjuntivos e disjuntivos: estudos indicam
que as pessoas tendem a superestimar a probabilidade de eventos conjuntos
(eventos que devem ocorrer em conjunção com um outro) e subestimar a
probabilidade de eventos disjuntivos (eventos que ocorrem
independentemente). “Esse viés fornece explicações importantes para os
problemas de cronograma de projetos que requerem planejamento
multiestágio, pois a tendência geral de

superestimar a probabilidade de eventos conjuntivos leva a um injustificado


otimismo na avaliação da propensão de que planos serão bem-sucedidos ou
que projetos serão finalizados no prazo”.
• Excesso de confiança: em análise de decisão, especialistas
frequentemente são requisitados a expressar suas crenças em relação a uma
quantidade, tal como o valor médio do índice da Bolsa de Valores em um
determinado dia, na forma de distribuição de probabilidade. “Tal distribuição é
geralmente construída por meio da solicitação para que as pessoas
selecionem valores que correspondam a percentis específicos na sua
distribuição de probabilidade subjetiva”.

Exemplos aplicados a investimentos:


 Um investidor que compra a ação da companhia “A” que custa R$
80, tende a achar barata a ação da companhia “B”, cotada em R$ 20, ainda
que as duas empresas não tenham nenhuma correlação.
 Investidor aplica em um fundo de investimento um valor de R$
100.000,00 e a bolsa começa a cair. Ele decide não se desfazer do
investimento, independentemente de qual seja a perspectiva futura do preço e
da economia, enquanto não “recuperar” o valor investido inicialmente.
 Comprar ação de uma companhia que está custando R$ 5,00,
justificando a decisão de investimento pelo fato do valor dessa mesma ação já
ter chegado à R$30,00 meses atrás;

2.9.1.4. Aversão à perda

A aversão à perda não é uma heurística, como trata o edital da


certificação, e sim um viés comportamental. A Aversão à Perda (loss
aversion, em Inglês) é um viés que nos faz atribuir maior importância às
perdas do que aos ganhos, nos induzindo frequentemente a correr mais riscos
no intuito de tentar reparar eventuais prejuízos.
Alguns estudos sugerem que isso se dá porque, do ponto de vista
psicológico, a dor da perda é sentida com muito mais intensidade do que o
prazer com o ganho.

Em investimentos isso acontece quando decidimos manter


investimentos não lucrativos e vender investimentos com ganho.

Exemplos aplicados a investimentos:


 Investir em caderneta de poupança, mesmo não estando
satisfeito com o retorno, guiado principalmente pelo medo de se expor a riscos
maiores;
 Ter dificuldades financeiras, investir todo dinheiro em ações em
busca de recuperar poder de compra e de fazer uma poupança;
 Não olhar o saldo de sua aplicação em fundo de ações após o
índice Ibovespa sofrer uma perda significativa;
 Ação cai 30% e investidor não vende por medo de realizar o
prejuízo, porém uma ação sobe 5% o investidor vende este investimento,
ganhando apenas 5%;
2.9.1.5. Efeitos de estruturação

De acordo com essa abordagem, a maneira como um problema é


estruturado ou a forma como a informação é apresentada, exerce um impacto
importante no processo decisório. É a influência na decisão de
investimento da forma como as alternativas ou o problema é
apresentado (framing).

Exemplos aplicados a investimentos:


 Fazer uma operação no mercado de derivativos que te garanta o
dobro do valor investido com 80% de chance. Qual a sua propensão em
investir?
 E se anunciasse esse mesmo investimento como algo que lhe
oferecesse uma probabilidade de 20% de perder todo seu investimento. Qual a
sua nova propensão a investir nesse mesmo ativo?

Resumo Finanças Comportamentais


2.10. Fatores Determinantes para adequação dos produtos
de investimentos as necessidades dos investidores

2.10.1. Objetivo do investidor e horizonte de investimento

O objetivo do investidor é receber remuneração por disponibilizar seu


capital excedente (dinheiro da qual não está necessitando utilizar, dinheiro
disponível). Esta remuneração poderá ser utilizada no futuro ou ser reaplicada
a fim de gerar riqueza.
O horizonte de investimento está relacionado com a
probabilidade de utilidade do valor investido, sendo assim podemos
entender o horizonte de investimento por:

 Curto Prazo: Quando o recurso investido será utilizado até


6 meses do investimento inicial;
 Médio prazo: Quando o recurso investido será utilizado entre
6 meses e um ano do investimento inicial;
 Longo prazo: Quando o recurso investido será utilizado
somente após um ano do investimento inicial;

2.10.2. Risco Versus Retorno

O princípio que rege o conceito de risco versus retorno,


(dominância) entre investimentos com o mesmo retorno, o investidor prefere
o de menor risco entre os dois investimentos. E investimento de mesmo risco,
o investidor irá preferir o de maior retorno.
PRAZO RISCO RETORNO
MÉDIO (Volatilidade)

Quanto maior o prazo de investimento, maior será o risco e maior será o


retorno financeiro.
Quanto menor o prazo de investimento, menor será o risco e menor será
o retorno financeiro.

2.10.3. Diversificação, Risco Sistemático e não sistemático

Diversificação: É a maneira de pulverizar determinado montante


(capital) investido a fim de reduzir o risco associado ao mercado financeiro.
Sendo assim a diversificação ajuda o investidor a reduzir o risco de
seus investimentos, porém não é possível eliminá-lo. Isto porque há
fatos no mercado que afetam todos os investimentos no mesmo
sentido, positivo ou negativo.

Ex.: Expectativa de recessão econômica, este fato gera uma expectativa


negativa para os investimentos gerando desvalorização.
Risco Sistemático (Risco não Diversificável): O Risco Sistemático é
aquele que afeta a economia de uma forma geral. Está intimamente ligada à
expectativa geral.

Risco Não Sistemático (Risco Diversificável): Refere-se a uma


empresa ou setor em específico. Os riscos não sistemáticos podem ser
minimizados uma vez que afetam apenas determinado setor.

Afeta todos os ativos


Risco Sistemático
do mercado

RISCO MERCADO

Risco não Especifico de uma


Sistemático companhia ou setor

2.10.4. Conceito de orçamento pessoal e familiar

Orçamento pessoal e familiar está diretamente ligado ao planejamento


de gastos e receitas (salário) de uma família ou de uma pessoa. A fim de
determinar a situação financeira o cálculo abaixo é utilizado para
determinar a situação do orçamento familiar.
Fórmula:

Rendas Auferidas – Despesas Gerais =


Saldo
Se as receitas forem maiores que as despesas haverá sobra de
recursos que poderão ser aplicados a fim de receber rendimentos.

Se as Receitas forem menores que as despesas haverá a necessidade


de financiamento e empréstimo, visto não ser possível pagar suas despesas
pela falta de rendimentos ganhos.

2.10.5. Patrimônio Líquido (Ativos e Passivos) e Índice de


endividamento

Ativos são entendidos como os bens e direitos que uma empresa possui
e estão diretamente ligados com a capacidade da mesma em gerar resultados
financeiros.
Passivos são entendidos como as despesas contraídas pela empresa a
fim de financiar a sua atividade produtiva (atividade fim).
Patrimônio Líquido está diretamente ligado ao capital dos sócios.

O índice de endividamento é a forma de calcular a quão


endividada está uma empresa e qual o risco associado pelo seu
endividamento.

Fórmula:

Índice de Endividamento = (Passivo/


Ativo) * 100
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83
3. NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS

Este módulo equivale de 5 a 10% do conteúdo que cairá em sua


prova. Este módulo busca apresentar o conhecimento dos principais
indicadores econômicos utilizados no contexto nacional e conceitos
básicos de finanças na qual irá te apoiar no entendimento e avaliação
de investimentos.
OBS.: Será cobrado somente os conceitos. Não há cobrança de
cálculo na prova.

Conceitos Básicos de Economia

3.1. PIB

O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de TODOS OS BENS E


SERVIÇOS “Finais” PRODUZIDOS EM UM PAÍS durante certo período.
É um indicador que mede a capacidade produtiva e de geração
de riqueza de um país, visto ele indicar todos os produtos e serviços
produzidos em determinado país.

Ex: Por exemplo, se você produziu um armário e vendeu por R$


50,00, sabendo que precisou comprar madeira a R$ 10,00 mais as
tintas R$ 20,00, neste caso a participação da indústria foi de R$ 30,00
e você que transformou o armário contribuiu com mais R$ 20,00
para o PIB do seu País.

O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular


a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é
considerada.
Conceito do Cálculo do PIB:

.
84
NX (Exportação Líquida) = Exportação – Importação

85
Obs.: No cálculo do PIB tudo é soma.

Exemplo de como calcular o PIB

Indicadores de Inflação

3.2. IPCA

O IPCA é o índice de inflação ou deflação oficial Brasileiro e é medido


pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Abaixo seguem algumas características do IPCA:

o O órgão que determina a meta do IPCA é o Conselho Monetário


Nacional.
o Este índice é divulgado mensalmente pelo IBGE.
o Seu Cálculo abrange as famílias com rendimentos mensais
entre 1 e 40 Salários Mínimos e que sejam residentes nas regiões
metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte,
Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Município
de Goiânia.

Participação Percentual no Cálculo do IPCA


3.3. IGP-M e IGP-DI

É um indicador que mede a variação dos preços, possui o mesmo


conceito do IPCA, porém é medido pela FGV – Fundação Getúlio
Vargas, porém não é o índice de inflação Oficial do Brasil. O IGM-M e
IGP-DI é divulgado mensalmente.
Este índice é muito utilizado para correção do preço de alugueis
e contratos em geral.

Para cálculo do IGP é utilizado à seguinte métrica:

60% do IPA (Índice de Preços por Atacado) 30% do


IPC (Índice de Preço ao Consumidor)
10% do INCC (Índice Nacional de Custo Construção
Civil)

Dica: Para gravar o percentual utilizar a seguinte pergunta:


 60% do IP é a primeira letra do alfabeto, sendo assim 60% está o IPA.
 30% é o IP e a próxima letra no alfabeto, sendo assim IPC.
 E os demais 10% é o INCC que sobrou.

Obs: A principal diferença entre o IGP-M e o IGP-DI está nas


datas de cálculo do índice.

IGP-DI: É medido entre o 1° (primeiro) e último dia do mês.


IGP-M: É medido entre o 21° dia do mês anterior ao 20° dia do mês atual.

Câmbio (Moeda Estrangeira)

3.4. Taxa de Câmbio

Taxa de Câmbio é uma relação entre moedas de dois países que resulta
no preço de uma delas medido em relação à outra.
Ex: O preço do dólar está R$ 3,50, quer dizer que 1 Dólar é equivalente
a R$ 3,50, para trocar o Real pelo Dólar é necessário possuir R$ 3,50.
Mas, além de expressar quantitativamente a condição de troca
entre duas moedas, a taxa de câmbio expressa às relações de troca
entre dois países.
Um dos fatores que afetam o preço da taxa de Câmbio é a
Balança de Pagamentos, na qual é um instrumento da contabilidade
nacional referente à descrição das relações comerciais de um país
com o resto do mundo.

Registra o total de dinheiro (moeda estrangeira) que entra e sai


de um país, na forma de:
 Importações e exportações de produtos;
 Serviços;
 Capital Financeiro;
 Transferências comerciais;

Taxa Ptax: é a taxa expressa de fechamento (diário, mensal, semestral


e etc) do câmbio. É divulgada diariamente e mensalmente pelo Banco Central
(Taxa de fechamento, mensal, diária e etc.). Taxa relacionada ao passado.

Taxa Spot: é a taxa de câmbio no mercado a vista (taxa expressa


quando você decide comprar os dólares dentro do horário de funcionamento
deste mercado). Taxa relacionada ao presente.
Conceito de valorização e Desvalorização do Dólar

Sendo assim quando há uma saída muito expressiva de dólares no


Brasil através do envio de dinheiro ao exterior, ocorrerá um aumento no preço
do Dólar em relação ao Real.
Quando há uma entrada muito expressiva de dólares no Brasil através
do recebimento de dinheiro do exterior, ocorrerá uma diminuição do preço do
Dólar em relação ao Real.
Figura: Impactos do Dólar

Indicadores de Juros

3.5. Taxa Selic (over e meta)

Taxa Selic Meta: é a taxa expressa e decida pelo COPOM a fim de


controlar a inflação medida pelo IPCA.

A taxa Selic meta é quem regula a taxa Selic Over, como as


demais taxas de juros de toda economia como exemplo da taxa CDI,
DI.

Taxa Selic Over: É a taxa de juros interbancária (entre um banco e


outro) usando como garantia os títulos públicos emitidos pelo tesouro nacional.
Esta taxa também recebe o nome de Taxa Selic Overnight, uma vez que os
empréstimos entre um banco e outro são feitos por períodos de curtíssimo
prazo (1 dia). O termo overnight significa exatamente operações
financeiras com prazo de 1 dia.

Para manter o saldo dos depósitos compulsórios de acordo com


o estabelecido pelo Banco Central, os bancos são obrigados a fazer
empréstimos com outros bancos dando em garantia títulos do tesouro
nacional. A garantia aqui funciona da mesma maneira que um
financiamento imobiliário, nele você usa o imóvel como garantia até
liquidar o financiamento, os bancos usam os títulos adquiridos do
Banco central como garantia.
Diante das explicações dos conceitos de Taxa Selic Meta e Taxa
Selic Over, abaixo será apresentado como funciona na prática. O
Copom decide a taxa de Juros Selic, e assim esta taxa é utilizada
como parâmetro para formar de remuneração da taxa CDI e Taxa
Selic Over.

A afirmação acima é comprovada com a correlação existente entre a Taxa


Selic e o CDI. Os dois possuem quase sem distorções a mesma taxa.

15.00
%

10.00
% SELIC
CDI
5.00%

0.00
%
3.5.1. Taxa DI / CDI

Taxa DI: é uma das taxas de juros praticadas nos empréstimos entre
instituições financeiras. Todos os dias, bancos que ficam com o caixa
negativo podem recorrer ao mercado interbancário para fazer
empréstimos com os bancos que têm sobra de caixa.

Isso ocorre porque as instituições financeiras não podem


terminar o dia com caixa negativo. Trata-se de uma medida de
segurança, para manter o sistema financeiro saudável e estável.

3.5.2. Taxa TR

Taxa Referencial é a taxa básica de nossa economia e é


utilizada para correção de poupança, FGTS, e saldo devedor de
financiamentos imobiliários.
O valor da TR é de responsabilidade do Banco Central do
Brasil (BACEN).
A TBF (Taxa Básica Financeira) é calculada pela taxa da LTN
aplicando um fator multiplicativo fixado em 0,93.

Conceito do Cálculo TR:

TBF= Taxa básica


Financeira R= Redutor
3.6. Políticas do Sistema Econômico

Metas para
Inflação

Política Política Política


Monetária Fiscal Cambial

3.6.1. Metas para inflação

Metas de Inflação é uma política econômica no qual o principal objetivo


é diminuir e manter a inflação em níveis baixos.
Para isto eles fazem um anúncio prévio de uma meta numérica para a
inflação em prazo predeterminado e se comprometem explicitamente de que
o Banco Central irá buscar o cumprimento desta meta fixada. Para alcançar a
meta estabelecida, muitas vezes pelo Governo, o BACEN deve utilizar
todos os instrumentos possíveis como a taxa de juros, o crescimento da base
monetária ou a taxa de câmbio.
Modelo adotado no Brasil desde 1999. O objetivo deste sistema
é gerar maior segurança e evitar o risco da hiperinflação, garantindo
uma previsibilidade por parte do mercado quanto á taxa de inflação.

OBS.: O órgão responsável pela definição da meta para inflação


(IPCA) é o CMN (Conselho Monetário Nacional).
Figura: Exemplo de Metas para Inflação

3.6.2. Política Monetária

É o conjunto de medidas que o governo adota para controlar a oferta


de moeda conforme os interesses econômicos do país. Entende-se como
o conjunto de medidas adotadas pelo Governo visando adequar os
meios de pagamento disponíveis às necessidades da economia do
país, bem como, controlar da quantidade de dinheiro em circulação
no mercado e que permite definir as taxas de juros (Selic).

Instrumentos utilizados para conduzir a política Monetária:

• Depósito compulsório: É a reserva obrigatória recolhida dos


depósitos bancários, conforme percentual fixado pelo Banco Central do Brasil
(BCB), com a finalidade de restringir ou de alimentar o processo de expansão
dos meios de pagamento. Objetivo é evitar o processo de multiplicação de
capital desenfreado.

• Operações de Redesconto: Operação de concessão de um


empréstimo por parte de um Banco Central a um banco comercial, para
resolver situações de dificuldades de tesouraria. Esse empréstimo é
remunerado à designada taxa de desconto. Essa operação é uma
ferramenta do Banco Central
para regular a oferta monetária de um país. Se o Banco Central
decide aumentar as taxas de juros de uma operação de redesconto,
fica mais difícil para um banco comercial aumentar sua reserva
monetária, diminuindo assim os ativos em circulação. Porém, caso as
taxas de juros para essa operação diminuam, é facilitado o
empréstimo aos bancos comerciais, aumentando a reserva monetária
e facilitando a concessão de crédito a seus clientes.

• Open Market (operações de mercado aberto): Mercado


de títulos no qual atuam um banco central e os bancos comerciais de um país e
no qual são comprados e vendidos os títulos da dívida pública. O
banco central promove leilões de títulos públicos com os dealers
(principais bancos do país) e participa das operações, comprando ou
vendendo esses títulos. Quanto maior a quantidade de Títulos
comprados pelo governo maior a quantidade de dinheiro em
circulação na economia. Quanto maior a quantidade de Títulos menor
a quantidade de dinheiro em circulação na economia e maior a
quantidade de dinheiro em poder do governo.

Dentro da Política Monetária há duas políticas que são adotadas a fim


de controlar a quantidade de moedas em circulação no país, é a política
monetária expansionista e contracionista.

Política monetária expansionista: consiste em aumentar a oferta de


moeda, reduzindo assim a taxa de juros básica e estimulando investimentos
majoritariamente no setor privado. Essa política é adaptada em épocas de
recessão visando aumentar a demanda agregada e gerar novos empregos.

Política monetária contracionista: consiste em reduzir a oferta de


moeda, aumentando assim a taxa de juros e reduzindo os investimentos no
setor privado. Essa modalidade da política monetária é aplicada quando a
economia está a sofrer alta inflação, visando reduzir a procura agregada e,
consequentemente, o nível de preços.
Abaixo seguem exemplos de impactos em relação à política monetária:

“Política Expansionista”

DEPÓSITO OPERAÇÃO DE COMPRA TÍTULO


COMPULSÓRIO REDESCONTO PÚBLICO

“Política Contracionista”

DEPOSITO OPERAÇÃO DE VENDA TÍTULO


COMPULSÓRIO REDESCONTO PÚBLICO

3.6.3. COPOM – Comitê de Política Monetária

Copom é um órgão constituído no âmbito do Banco Central do


Brasil em 20 de junho de 1996, por meio da circular n° 2.698 com as
finalidades de estabelecer às diretrizes da política monetária e definir a taxa a
básica de juros. Tem, ainda, a competência específica de regular a
liquidez da economia, por meio dos instrumentos de política
monetária.

É composto pela Diretoria do Banco Central.

São realizadas 8 reuniões anuais, sendo divulgado até outubro.


Podem ocorrer reuniões extraordinárias caso seja convocada pelo
Presidente do Banco Central. As reuniões ocorrem em dois dias (Terça
e Quarta-feira), no primeiro dia
são apresentados dados e discussões no segundo dia acontece a
votação e definição de taxa de juros.

3.6.4. Política Fiscal

O conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e


realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização
macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos.

A função Estabilizadora: consiste na promoção do crescimento econômico


sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços.
A função Redistributiva: visa assegurar a distribuição equitativa da renda.
A função Alocativa: consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços
públicos, compensando as falhas de mercado.

Dentro da Política Fiscal há duas visões sobre as contas do setor


público, que são: Superávit/Déficit Primário e Superávit/Déficit
Nominal.

Contas do setor Público:

Receitas Despesas operacionais Resultado Primário


(não financeiras)
Impostos
arrecadado

Despesas com juros sobre a


Resultado Nominal Dívida Pública
Superávit/Déficit primário: É o resultado da atividade pública sem as
despesas de pagamento da dívida pública (Juros).
Superávit/Déficit Nominal: É o resultado da atividade pública com o
pagamento das dívidas pública (Juros).

Dentro da Política fiscal há duas políticas que são adotadas a


fim de controlar a quantidade de produção e carga tributária de um
país, são as políticas fiscais expansionistas e contracionistas:

Política Fiscal Expansionista: É a tomada de medidas econômicas


que objetiva gerar um aumento da despesa pública ou redução de impostos.
Os seus objetivos são:

 Aumentar a despesa pública para aumentar a produção e reduzir


o desemprego;
 Impostos mais baixos, para aumentar o rendimento disponível ao
consumidor/investidor, causando aumento de consumo e investimento das
empresas, em conclusão, uma mudança no sentido da demanda
agregada (expansão);

Política Fiscal Contracionista: É a tomada de decisão que visa uma


redução de gastos governamentais público ou aumento os impostos,
ou ainda uma combinação de ambos. Os seus objetivos são:

 Reduzir os gastos do governo para desacelerar a produção;


 Aumentar os impostos para que as pessoas não consumam tanto
e as empresas invistam menos, consequentemente desloca a demanda
agregada (contração);
“Política Expansionista”

IMPOSTOS DESPESA
PÚBLICA

“Política Contracionista”

IMPOSTOS DESPESA
PÚBLICA

3.6.5. Política Cambial

Política cambial tem como principal objetivo manter o equilíbrio no fluxo


de entrada e saída de moeda estrangeira de tal forma que a taxa de câmbio
possa se manter em um patamar que atenda os interesses do governo no
cenário econômico que o país se encontra.
Existem momentos em que o governo adota medidas para valorizar o
real (o dólar fica mais barato). Existem momentos em que o governo adota
medidas que desvalorizam o real (o dólar fica mais caro).
Muitas vezes as variações cambiais são um efeito colateral de
outras políticas econômicas. O objetivo é sempre buscar um
equilíbrio, evitando alterações bruscas da taxa de câmbio e dos
preços influenciados por ela. Estas mudanças bruscas sempre
prejudicam as empresas, população e governo.
É papel do Banco Central é adotar medidas para evitar a
volatilidade que é a variação rápida do valor da moeda.

Existem três regimes de câmbio diferentes que os governos podem


adotar:

 Regime de câmbio flutuante: O preço da moeda estrangeira é


determinado pelas leis de oferta e demanda sem interferência do Banco
Central. Quando a oferta de dólares no país é muito grande o seu
preço tende a cair. Quando existem poucos dólares diante de
muito interesse pela moeda o preço tende a subir. Neste regime
o Banco Central não fica comprando e vendendo dólares para
influenciar no preço da moeda. Quem determina a taxa de

câmbio é o mercado em um consenso geral.

Exemplo: Câmbio Flutuante

 Regime de câmbio flutuante sujo: Sistema no qual o Banco Central


observa o comportamento do mercado decidindo o momento de intervir,
para evitar uma excessiva desvalorização ou valorização da moeda.
Atualmente é o regime de câmbio adotado pelo Brasil, e o
Banco Central utiliza as operações de “swaps cambiais” a fim
de intervir no mercado de câmbio.
Exemplo: Câmbio Flutuante Sujo

 Regime de câmbio fixo: Existem países onde o nível de interferência


do estado na economia é muito elevado e neles encontramos o regime
de câmbio fixo. Neste tipo de regime o Banco Central está sempre
comprando e vendendo dólares para evitar a variação do seu preço.
Para utilizar o câmbio fixo é necessário que o país tenha uma grande
reserva de dólares. Quando falta dinheiro o país se vê obrigado a pedir
empréstimos internacionais, já que não pode imprimir dólares.

Exemplo: Câmbio Fixo


Regime de câmbio híbrido: A mistura do câmbio fixo e câmbio flutuante.

Efeitos da alta do dólar na economia:

Real desvalorizado (dólar caro) ► Inflação sobe (↑)


Real desvalorizado (dólar caro) ► Balança Comercial sobe (↑)
Real desvalorizado (dólar caro) ► PIB sobe (↑)

Efeitos da alta do dólar na economia:

Real valorizado (dólar barato) ► Inflação Cai()


Real valorizado (dólar barato) ► Balança Comercial Cai()
Real valorizado (dólar barato) ► PIB Cai()

Cupom cambial: é a taxa de juro obtida a partir da diferença entre a


taxa acumulada do depósito interbancário (DI) e a taxa de câmbio no período
da operação (PTAX 800 de venda).
Pode-se dizer então que o cupom cambial é uma taxa de juros em
dólar, ou se preferir, é a remuneração em reais dos dólares investidos no
Brasil, e quanto maior o cupom cambial, maior será a atratividade da entrada
de recursos na economia. Caso houver um aumento na taxa de juro ou
valorização cambial, a taxa do cupom cambial também aumentará.

Existem dois tipos de cupom cambial:


• Cupom Cambial Sujo – DDI – é calculado com base na PTAX de
um dia anterior, sendo contaminado pela variação cambial. A variação do
dólar do dia útil anterior à data da operação é utilizada, porém a
variação na data do vencimento do contrato não é utilizada;
• Cupom Cambial Limpo – FRC – é retirado o efeito da variação
cambial, isto é, é substituído a PTAX do dia anterior à operação pela taxa do
dólar spot;

Reserva internacional: são os depósitos em moeda estrangeira


dos bancos centrais e autoridades monetárias. São ativos dos bancos centrais
que são mantidos em diferentes reservas, como o dólar americano, o euro ou
o iene, e que são utilizados no cumprimento dos seus compromissos
financeiros, como a emissão de moeda, e para garantir as diversas reservas
bancárias mantidas num banco central por governos ou instituições financeiras.

Contas externas: É o registro das transações de um país com o resto


do mundo. No Brasil, os valores são expressos em dólares americanos,
mesmo quando são efetuados com outros países que não os EUA.
Duas grandes contas formam o balanço de pagamentos de um país:

A) Conta Corrente:
Engloba os registros de três outras contas: a balança comercial, a conta
de serviços e rendas e as transferências unilaterais:
 Balança comercial:
Registra o comércio de bens, na forma de exportações e importações.
Quando as exportações são maiores que as importações temos um
superávit na Balança Comercial.
Um déficit ocorre quando as importações são maiores que as
exportações.
 Conta de Serviços e Rendas:
Inclui os pagamentos/recebimentos relacionados com o comércio de
bens, como fretes e seguros, as receitas/despesas com viagens internacionais,
o aluguel de equipamentos, os serviços governamentais, a exportação e
importação de serviços e o pagamento/recebimento de juros e de lucros e
dividendos.
 Transferências Unilaterais:
Contabilizam o saldo líquido das remessas de recursos ou doações
feitas entre residentes no Brasil e residentes em outros países.

B) Conta de Capitais:
Registra o saldo líquido entre as compras de ativos estrangeiros por
residentes no Brasil e a venda de ativos brasileiros a estrangeiro;

3.7. Conceito Básico de Finanças

3.7.1. Taxa de Juro Nominal e Taxa de Juro Real

Taxa de Juro Nominal: As taxas de juros nominais são aquelas em que


a taxa de juros é um valor aparente (taxa de Juros Bruta, ou seja, a taxa de
juros divulgada), e não representa o custo efetivo do dinheiro seja ele recebido
ou desembolsado.

Ex.: Um investimento rendeu 18% no ano. (Esta é a taxa de


juros Nominal).
Taxa de Juros Real: As taxas de juro real, em contrapartida levam em
consideração a inflação e todos os demais custos envolvidos na negociação. É
a taxa nominal dividido pela taxa de inflação do período, na qual considera
somente o ganho real do seu investimento.
Cálculo:

Ex.: Um investidor, ao realizar um investimento, receberá taxas


pré- estabelecidas, investindo R$ 10.000,00 e receberá, no prazo
máximo de um ano, o percentual de 30% de rendimento. Se a
inflação do período foi de 3%. Determine a taxa real de juros deste
investimento?

Taxa Real= _1+ 0,3 - 1 * 100 = 26,21%


1+ 0,03

3.7.2. Taxa Equivalente Versus Taxa de Juros Proporcional

Taxa Equivalente: As taxas equivalentes irão produzir um mesmo


montante que a outra operação, porém com períodos de capitalização
(rendimento de juros) diferente da taxa original. No mesmo exemplo o
investimento que rende 10% ao ano renderá 0,79% a.m. Seu
principal objetivo é buscar traduzir diversos períodos de investimento
trazendo para a avaliação de investimento a taxa que equivale a
determinado período de investimento.

OBS.: Taxa de juros equivalentes são utilizados somente em juros


compostos.
Fórmula:
Obs.: Não é cobrado na prova
Ex.: Qual a taxa equivalente ao mês de uma aplicação que oferece uma
rentabilidade de 12% ao ano?
iq = [( 1 + 0,12 ) ^ 1/12]-1
iq = 0,94%

Taxa de Juros Proporcionais: Duas taxas de juros são consideradas


proporcionais quando possuem períodos de capitalização diferente e se
aplicadas sobre um mesmo montante inicial produzem um mesmo valor final.

OBS: Somente usada em juros simples.

Fórmulas:

Taxa de Juro Proporcional = Taxa x Período

Usado quando se deseja saber de Juros Mensais para Juros


Anuais, Usado de períodos menores para períodos Maiores.

Taxa de Juro Proporcional = Taxa / Período

Usado quando se deseja saber de Juros Anuais para Juros Mensais.


Usado de Períodos Menores para Períodos Maiores.

Usando o exemplo anterior de 10% anuais, teríamos o valor de


0,83% a.m. Usando o cálculo de (10/12= 0,83).

3.7.3. Capitalização Simples e capitalização composta

Capitalização Simples: Os juros incidem somente sobre o capital


Inicial. Sendo assim a correção e valorização irão ocorrer somente sobre o
valor que foi aplicado.
Fórmula:

Ex.: Qual o valor do montante produzido por um capital de


R$ 1.200,00, aplicado no regime de juros simples a uma taxa
mensal de 2% durante 10 meses

Capitalização Composta: Os juros incidem sobre o capital acrescido os


juros de período anterior. Famoso Juros sobre Juros.

Fórmula:
Ex.: Qual o montante gerado pelo capital de R$ 1.500,00
aplicados a juros compostos durante 6 meses, a uma taxa de 2%
a.m.?

3.7.4. Fluxo de pagamentos, relações e conceitos

3.7.4.1. Valor presente, valor futuro e desconto

Valor Presente: é a fórmula matemático-financeira capaz de determinar


o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros
apropriada;

Valor Futuro: é a fórmula matemático-financeira capaz de determinar o


valor futuro de pagamentos futuros adicionados a uma taxa de juros
apropriada;
Desconto: é a taxa utilizada para determinar o valor do dinheiro na
data de hoje que será recebido somente em algum momento do futuro.

VR = N.
1+ixn

3.7.4.2. Fluxo de Caixa: Cupom e Amortizações

Fluxo de caixa é o método de avaliar as receitas futuras através de juros


que serão recebidos criando uma projeção de recebimento de capital.
O conceito do cupom no sistema de fluxo de caixa significa como você
irá receber os seus juros, se será no final do investimento (zero Cupom), ou se
receberá juros periódicos (cupom).
O conceito de amortização é um processo de extinção de uma dívida
através de pagamentos periódicos, que são realizados em função de um
planejamento, de modo que cada prestação corresponde à soma do reembolso
do capital ou do pagamento dos juros do saldo devedor, podendo ser o
reembolso de ambos, sendo que os juros são sempre calculados sobre
o saldo devedor
3.7.4.3. Zero Cupom

Tipo de título que não paga nenhum juro durante o seu prazo de
duração. O rendimento total, acrescido do valor principal que foi investido, será
pago no vencimento do título.

3.7.4.4. Prazo médio e vencimento

Prazo médio dos ativos em carteira dos fundos de investimento. É a


média ponderada de todos os vencimentos dos ativos que estão em
determinada carteira.

3.7.4.5. Taxa Interna de retorno (TIR)

É a taxa que visa determinar a rentabilidade de um investimento. Um


investimento é atrativo quando sua TIR é superior à taxa do Custo de
Oportunidade.
3.7.4.6. Custo de Oportunidade

É o quanto o investidor deixa de ganhar por optar por um outro


investimento. Ao escolher por outra opção, está deixando de ganhar uma taxa
na primeira opção que o mesmo possuía.

Ex.: Investidor possui a possibilidade de investir em uma ação


com potencial de ganho de 20% e possui a possibilidade de receber
em um título pré- fixado o valor de 12%.

Neste caso se o cliente desejar investir nas ações e não obter o ganho
esperado, o custo de oportunidade seria a possibilidade de investir com ganho
certo no título pré-fixado.

3.7.4.7. Taxa Livre de Risco (conceito)

É a taxa na qual a sua volatilidade é próxima de zero, sendo assim são


títulos que possuem um risco baixíssimo. No Brasil são considerados
ativos livre de risco ativos atrelados à SELIC e CDI.

3.7.4.8. Custo médio Ponderado de Capital

É uma taxa que mede a remuneração requerida sobre o capital investido


em uma determinada empresa ou entidade com fins lucrativos. Essa taxa mede
também o custo de oportunidade dos investidores ou credores do negócio.
É obtido pelo custo de cada fonte de capital, ponderado por sua
respectiva participação na estrutura de financiamento da empresa.

Fórmula:
WACC = custo médio ponderado de capital
CP = capital próprio avaliado a preços de mercado
CT = capital de terceiros avaliado a preços de mercado
iCP = custo do capital próprio (remuneração do acionista)
iCT = custo do capital de terceiros (remuneração dos credores)
T = alíquota de imposto de renda

3.7.4.9. Alavancagem Financeira

Alavancagem é a quantidade de dinheiro emprestado na estrutura social


da empresa, possuindo seus benefícios, uma empresa que é alavancada
possui menor custo de capital e menor tributação de imposto de renda, porém
o endividamento possibilita mais crescimento e menor WACC, porém aumenta
o risco de inadimplência e por consequência de falência da empresa. Quanto
mais alavancada, mais arriscada fica a empresa

3.7.4.10. Retorno Histórico

Rentabilidade Esperada: É a rentabilidade que o investidor espera


receber diante da sua aplicação. É uma rentabilidade relacionada com o futuro
de um ativo ou uma carteira;

Rentabilidade Observada (Histórico): É a rentabilidade que foi


efetivada, que já ocorreu. É a rentabilidade divulgada pelos fundos de
investimentos e índices. Está relacionada com o passado de um ativo ou de
uma carteira;
RENTABILIDA RENTABILIDA
DE DE
OBSERVADA ESPERADA

PASSADO FUTUR
O
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4. INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL, RENDA FIXA E
DERIVATIVOS

Este módulo equivale de 17% a 25% do conteúdo que cairá em


sua prova. Este módulo busca apresentar o conhecimento de
produtos de renda Fixa e Variável, mostrando os principais
investimentos neste mercado e suas características.

Renda Fixa Renda Variável


É possível conhecer a Não é possível saber qual
rentabilidade será sua
no início da operação. rentabilidade.

4.1. Ações

Ação é a menor fração do capital social da empresa (você compra um


pedaço da empresa e se torna sócio). Todo o titular (dono) de uma ação é
Sócio da empresa na qual investiu e por este motivo investimentos
em ações não possuem risco de crédito, pelo fato na qual quando
você investe em ações você se torna sócio da empresa não havendo
necessidade da empresa retornar o seu dinheiro investido.

Figura: Exemplo de participação dos sócios no % de ações da empresa


Ação ordinária: É um tipo de ação que garante poder de voto dentro
da empresa. Este tipo de acionista pode votar durante as assembleias
(reunião) sendo assim é uma modalidade de ação na qual o acionista
possui poder de decisão dentro da empresa.

Ação preferencial: É um tipo de ação que garante a preferência no


recebimento dos dividendos, porém não possui e nem garante direito a voto
nas assembleias e reuniões e recebem 10% a mais em dividendos em relação
a ação ordinária.

Obs.: Caso a companhia fique três (3) anos sem pagar


dividendos, as ações preferenciais passam a ter direito de voto.

Certificados ou Recibos de depósitos de Valores Mobiliários (ADR–


BDR)

ADR (American Depositary Receipts): São títulos negociados no


mercado americano que têm como lastro ações de uma empresa que está
instalada fora deste país.

Ex.: Há ações brasileiras que são negociadas no mercado


americano, como ADR da Petrobras, Vale, Itaú.

BDR (Brazilian Depositary Receipts): São títulos negociados no


mercado brasileiro que têm como lastro ações de uma empresa que está
instalada fora deste país.

Ex.: Há ações americanas negociadas no mercado brasileiro,


Facebook, Burger King, Google. A maioria das BDRs são negociadas
somente por investidores qualificados.
Direito do acionista

Bônus Subscrição: A Subscrição é um aumento de capital deliberado


por uma Empresa, com o lançamento de novas ações, para obtenção de
recursos. Os acionistas da empresa têm preferência na compra dessas novas
ações emitidas pela companhia, na proporção que lhe couber, pelo preço e no
prazo preestabelecido pela empresa.

OBS.: Porém, se por assembleia for determinada que não há o


benefício da subscrição, caso ocorra aumento de capital (aumento da
quantidade de ações) por parte da empresa, os acionistas atuais não
terão o benefício de prioridade na compra destas ações.

4.1.1. Assembleia Geral e Assembleia Extraordinária

Assembleia Geral

Nos termos do art. 124 da lei 6.404/76 a Assembleia Geral deve ocorrer
anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício
social, deverá haver 1 (uma) assembleia geral para:

I. Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar


as demonstrações financeiras;
II. Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a
distribuição de dividendos;
III. Eleger os administradores e os membros do conselho fiscal,
quando for o caso;
IV. Aprovar a correção da expressão monetária do capital social;
V. autorizar a emissão de debêntures;
A companhia aberta deverá enviar à CVM edital de convocação da
assembleia geral ordinária, em até 15 (quinze) dias antes da data marcada
para a sua realização ou no mesmo dia de sua primeira publicação, o que
ocorrer primeiro.

Deverá enviar também todos os documentos necessários ao


exercício do direito de voto nas assembleias gerais ordinárias. Além
disso, disponibilizará o sumário das decisões tomadas na assembleia, no
mesmo dia da sua realização, e ata da assembleia geral ordinária, em até 7
(sete) dias úteis de sua realização.

Assembleia Extraordinária

A assembleia geral extraordinária de acordo com a lei 6.404/76


que tiver por objeto a reforma do estatuto somente se instalará em
primeira convocação com a presença de acionistas que representem
2/3 (dois terços), no mínimo, do capital com direito a voto, mas
poderá instalar-se em segunda com qualquer número.
OBS.: Assembleia geral ordinária e a Assembleia geral
extraordinária poderão ser, cumulativamente, convocadas e
realizadas no mesmo local, data e hora, instrumentadas em ata única.

4.1.2. Direitos dos acionistas

Todos os acionistas estão protegidos pela lei n° 6.404/76, na qual rege o


mercado de valores mobiliários. Os acionistas possuem os seguintes direitos:

 Voto, direito total para os acionistas ordinários e para os


acionistas preferenciais este direito somente ocorre caso a companhia deixe de
pagar durante três (3) exercícios sociais seguidos a distribuição nos lucros;
 Participação nos lucros, lembrando que os acionistas
preferenciais ganham 10% a mais do que os acionistas ordinários;
 Participação no acervo em caso de liquidação possui o direito
sobre o patrimônio e ativos da empresa;
 Preferência de subscrição, direito de prioridade de compra na
emissão de novas ações;
 Preferência de retirada, na qual o acionista vende sua
participação na empresa;

4.1.3. Remuneração dos acionistas

Dividendos: São parcelas de lucros de uma empresa que são


distribuídos aos seus acionistas como remuneração. Por lei a empresa deve
distribuir no mínimo 25% do seu lucro líquido.
OBS.: Nos dividendos quem é tributado no imposto de renda é a
empresa. OBS.: O valor pago em dividendos é descontado do
valor da ação.

Juros sobre capital próprio: É o sinônimo dos dividendos, porém o


que muda é a forma de tributação. É Uma das formas de uma empresa
distribuir o lucro entre os seus acionistas, titulares ou sócios (a outra é sob
a forma de dividendos). Nesta modalidade o pagamento da distribuição
do lucro é dedutível do lucro tributável da empresa.
OBS.: Nos Juros sobre Capital próprio quem é tributado no
imposto de renda é o investidor.
OBS.: O valor pago em juros sobre capital próprio é descontado
do valor da ação.

Bonificação: Uma bonificação é um pagamento feito por uma empresa


aos seus acionistas, em espécie ou em ações. Normalmente, o valor da
bonificação é deliberado na assembleia geral e corresponde à uma
parte dos lucros da empresa que ficaram retidos na conta de reservas
da empresa.

Ex.: Empresa possui um lucro em suas reservas e não deseja expandir


seus negócios, decide via assembleia dos acionistas que estes lucros serão
distribuídos aos seus acionistas, sendo assim o acionista recebe esta
bonificação por lucros que foram recebidos em períodos passados.
4.1.4. Direito de representação

Acionista Controlador

De acordo com a Lei 6.404/76 Pessoa física ou jurídica, ou grupo de


pessoas vinculadas por acordo de acionistas, que possui a maioria dos votos
(Ações Ordinárias, possuindo mais de 50% de participação na empresa)
nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria
dos administradores da companhia, e usa efetivamente seu poder
para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento da
companhia.

Acionista Minoritário

Acionista que não detêm uma quantidade significativa de ações


ordinárias, com direito a voto, que lhe permita manter o controle acionário de
uma empresa. Abaixo segue alguns direitos que os acionistas
minoritários possuem:
I. Participar nos lucros sociais, recebendo dividendos, juros sobre o capital
e bonificações;
II. Comparecer às assembleias e, conforme a espécie da ação, votar;
III. Ter acesso às demonstrações financeiras da companhia, às informações
eventuais (ex.: fatos relevantes) e periódicas (como o Formulário de Referência)
e aos seus atos societários;
IV. Fiscalizar, na forma da Lei das Sociedades por Ações, a gestão dos
negócios sociais;
V. Receber extratos de sua posição acionária;
VI. Exercer eventuais direitos de subscrição;
VII. Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;
VIII. Dispor dos meios e procedimentos legais para fazer assegurar os
seus direitos, que não podem ser afastados pelo estatuto;
Tag along

É um mecanismo de proteção a acionistas minoritários de


uma companhia que garante a eles o direito de deixarem uma sociedade, caso
o controle da companhia seja adquirido por um investidor que até então não
fazia parte da mesma.

O tag along garante que o comprador das ações dos controladores,


faça uma oferta pública aos acionistas minoritários, por 100% do valor
pago pelas ações dos controladores para o nível de governança corporativa
tipo novo mercado, 100% das ações ON e PN para o tipo nível 2 e 80% do
valor para as ações ON conforme a legislação para o tipo Nível 1. Cabe aos
minoritários aceitarem ou não a proposta.
O tag along é previsto na legislação brasileira (Lei das S.A., n°
6.404/76 Artigo 254-A) e assegura que a alienação, direta ou indireta,
do controle acionário de uma companhia somente poderá ocorrer sob
a condição de que o acionista adquirente se obrigue a fazer oferta
pública de aquisição das demais ações ordinárias, de modo a
assegurar a seus detentores o preço mínimo de 80% do valor pago
pelas ações integrantes do bloco de controle.

4.1.5. Oferta Primária e Secundária

Oferta pública de distribuição, primária ou secundária, é o processo de


colocação, junto ao público, de certo número de títulos e valores mobiliários
para venda.

As ofertas podem ser primárias ou secundárias. Quando a


empresa vende novos títulos e os recursos dessa venda vão para o caixa da
empresa, as ofertas são chamadas de “Oferta Primária”. Por outro lado,
quando não envolvem a emissão de novos títulos, caracterizando apenas a
venda de ações já existentes
- em geral dos sócios que querem desinvestir ou reduzir a sua participação no
negócio - e os recursos vão para os vendedores e não para o caixa da
empresa, a oferta é conhecida como “Oferta Secundária (block trade)”.
Oferta Primária e Oferta Secundária

4.1.6. Diluição

Quando há uma subscrição de ações ou oferta subsequente primária, os


atuais acionistas têm que decidir se exercem seus direitos (caso a oferta
primária dê direitos preferenciais na aquisição das novas ações. O investidor
deve exercer esses direitos para que a sua participação na empresa
não seja diminuída.

4.1.7. Principais canais de distribuição

Local onde serão intermediadas as compras e vendas de ação:

 Corretora de Valores Mobiliários.


 Distribuidora de Valores Mobiliários.
 Agências Bancárias.
 Home Broker.
4.1.8. Despesas incorridas na negociação

Corretagem: Valor pago as corretoras pela intermediação de compra e


venda de ações, títulos e valores mobiliários. O valor cobrado pelas
corretoras sobre a compra e venda de ações.
Custodia: Tarifa cobrada mensalmente como manutenção de
investimento, para garantir a guarda e titularidade de suas ações, paga a
Clearing House.
Emolumentos: Os emolumentos são cobrados pelas Bolsas de Valores
por pregão na qual tenha ocorrido negociação por ordem do investidor. A taxa
de custódia cobrada é de 0,035% do valor financeiro da operação.

4.1.9. Precificação

FLUXO DE CAIXA POR AÇÃO

O fluxo de caixa da empresa é definido como o lucro líquido da


empresa mais depreciação e amortização no mesmo período, o fluxo de caixa
por ação mede a relação entre o valor do fluxo de caixa da empresa pelo
número total de ações da empresa.

Ex.: Fluxo de Caixa Líquido= R$


1.000.000,00 Total de ações=
10.000

O fluxo de caixa é analisado através de três vertentes:


 Fluxo de caixa operacional (FCO): Resultado Líquido das atividades
operacionais;
 Fluxo de caixa de Investimento (FCI): Resultado Líquido
dos investimentos realizados;
 Fluxo de Caixa de Financiamento (FCF): Resultado Líquido dos
empréstimos e emissões de títulos;
ÍNDICE DE LUCRO POR AÇÃO – LPA

O índice LPA representa a parcela do lucro líquido pertencente a


cada ação. Busca avaliar o quanto cada ação representa no resultado
do lucro líquido. Quanto maior o Índice Lucro por ação, melhor será
esta ação.

LPA = Lucro Líquido / Número de Ações Emitidas

ÍNDICE PREÇO/LUCRO DE UMA EMPRESA – (P/A)

O índice Preço/Lucro de uma ação (também conhecido por múltiplo de


lucros ou P/LPA) é um índice usado para medir quão baratos ou caros os
preços das ações estão. É provavelmente o mais consistente indicador
de ressalva quanto ao otimismo excessivo no mercado. Serve
também como um marcador de problemas e de oportunidades de
negócio. Relacionando o preço e os lucros por ação de uma
companhia, pode-se analisar a avaliação de mercado das ações de
companhias relativa à riqueza que a companhia está criando realmente. O
índice P/L é calculado da seguinte forma:

Índice P/L = Preço por


Ação
Lucro por Ação

É uma indicação do número de anos que se levaria para reaver o capital


aplicado (investido) na compra de uma ação, por meio da distribuição de
dividendos.

CÁLCULO DO EV/EBITDA

Este indicador mede quantos anos seriam necessários para se pagar o


valor de mercado da empresa.
EV = Enterprise Value (EV) é a medida dada pelo mercado do valor
de uma empresa do ponto de vista agregado de todas as suas fontes de
financiamentos: credores, acionistas preferenciais, acionistas minoritários (em
subsidiárias) e acionistas

EBITDA: Ebitda é a sigla em inglês para earnings before interest, taxes,


depreciation and amortization, que traduzido literalmente para o português
significa: "Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

ANÁLISE TÉCNICA (GRÁFICA)

A Análise Técnica, ou gráfica estabelece projeções para os preços das


ações baseadas na observação do comportamento passado através da
visualização gráfica: sua demanda e oferta e a evolução passada dos
volumes negociados e os preços das ações.
Em resumo, a análise técnica estuda as movimentações nos
preços passados e, a partir daí, explica a sua evolução futura.

ANÁLISE FUNDAMENTALISTA

Afirma que há um valor para cada ação baseado no desempenho


econômico-financeiro da empresa, comparando empresas do mesmo setor,
setores diferentes e análises conjunturais, considerando variáveis internas e
externas à empresa e suas influências sobre o valor da ação.
Portanto, a análise Fundamentalista utiliza-se de informações quanto à
empresa, ao setor a que ela pertence, ao mercado de ações e à conjuntura
econômica.

4.1.9.1. Estratégia de Precificação em ações

A seguir veremos dois conceitos que são utilizados para


aumentar ou diminuir a liquidez das ações no mercado de ações, uma
observação importe para estes dois conceitos são que “Havendo
Grupamento (INPLIT) ou Desdobramento (SPLIT), não há alteração no
capital social da empresa”. O capital social continua o mesmo, a única
alteração é em relação ao preço e quantidade de ações
permanecendo inalterado o capital social inalterado.

PREÇO QUANTIDADE
AÇÃO AÇÃO

Grupamento (inplit): Reduzir a quantidade de ações aumentando o


valor de cada ação. (Objetivo: reduzir a liquidez).

Ex.: Uma empresa possui um Capital social de R$ 1.000,00 e


possui 10 ações, na qual são cotadas a R$ 100,00.
Quando a empresa decide fazer o Grupamento 1:2 sua ação
agora irá valer R$ 200,00 e a empresa possuirá “5” ações no seu
capital social.

PREÇO QUANTIDADE
AÇÃO AÇÃO
Desdobramento (split): Aumenta a quantidade de ações reduzindo o
valor da ação. (Objetivo: dar maior liquidez).

Ex.: Uma empresa possui um Capital social de R$ 1.000,00 e


possui 10 ações, na qual são cotadas a R$ 100,00.

Quando a empresa decide fazer o desdobramento 2:1 sua ação agora irá
valer R$50,00 e a empresa possuirá 20 ações no seu capital social.

PREÇO AÇÃO QUANTIDADE AÇÃO

4.1.10. Conceitos Gerais de Práticas de Boa Governança


Coorporativa

Governança corporativa é o conjunto de práticas que tem por finalidade


alinhar os objetivos da administração da companhia aos interesses dos
acionistas.
Para tanto, estabelece um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas
e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre investidores
(acionistas/cotistas), Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria
Independente e Conselho Fiscal. A análise das práticas de governança
corporativa aplicada ao mercado de capitais envolve, principalmente:

 Transparência;
 Equidade de tratamento dos acionistas;
 Prestação de contas e responsabilidade corporativa;
 Boas práticas de governança corporativa logram aumentar o valor
de uma companhia, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua
perenidade;
Governança corporativa é o conjunto de mecanismos de incentivo e
controle que visam assegurar que as decisões sejam tomadas em linha com os
objetivos de longo prazo das organizações. Entre os mecanismos de
governança, destacam-se a existência de:

I. Conselho de administração ativo e que atue com independência;


II. Maioria obrigatória de conselheiros independentes, todos com
excelente reputação no mercado, experiência e firme compromisso de
dedicação ao Conselho;
III. Comitê de Auditoria composto exclusivamente por membros
independentes;
Novo mercado, Nivel 2 e Nivel 1
4.1.11. Tributação

A tributação no mercado de ações é de responsabilidade do


investidor, sendo assim ele deve recolher o imposto sobre os ganhos
de capital sempre no último dia útil do mês seguinte em relação ao mês
na qual obteve ganhos financeiros.

Ex.: Cliente obteve ganhos financeiros no mês de agosto, o imposto


de renda sobre estes ganhos somente deverá ser pago no último dia
útil de
Setembro.
Tributação em ações:

Isenção de pagamento de Imposto de renda: Somente ocorre


isenção do pagamento sobre o imposto de renda em vendas realizadas
no mês que não ultrapasse o valor de R$ 20.000,00.

Ex.: Investidor comprou ações da Petrobras em Maio no


pagamento no total R$ 15.000,00, o mesmo vendeu estas ações no
valor total de R$ 19.800,00 e vendeu no mês de junho. Sendo assim,
como as vendas foram abaixo de R$ 20.000,00 não há incidência de
imposto de renda.

Compensação de perdas: É a possibilidade de ficar isento do


pagamento de imposto de renda por ter tido prejuízo em determinado mês,
porém só é
possível ficar isento caso tenha auferido perda de capital em
operações com ações no mês atual e em meses anteriores.

Ex.: Investidor teve prejuízo de R$ 10.000,00 no mês anterior,


porém neste mês ele ganhou R$ 10.000,00, este investidor está
isento do pagamento do imposto de renda.

4.2. Renda Fixa

4.2.1. Principais conceitos e características de instrumento de renda


fixa

Data de emissão: é a data na qual um título é emitido. É a data de início


do direito do investidor em determinado título e a data de início da obrigação do
pagamento por parte do emissor do título.

Valor Nominal Atualizado (VNA): Valor nominal atualizado diariamente


de um título. Valor nominal de emissão atualizado pelo indexador do título
(SELIC, IPCA, IGP-M, e etc.), sem considerar os juros a serem pagos pelo
emissor.

Juros “Acruados”: Também conhecidos como juros decorridos entre


as datas de dois rendimentos, calcula-se quanto já foi acumulado de
rendimentos até a data de referência. É o Cupom do título multiplicado
pelo fator de tempo, que é definido da última data de cupom até a
data de liquidação.

Formas de Remuneração:

 Prefixado: Um título é prefixado quando o valor dos rendimentos é


conhecido no início da operação.
 Pós-Fixado: Um título é pós-fixado quando o valor dos juros somente é
conhecido no momento do resgate, e sua rentabilidade é atrelada a
diversas taxas de juros, índices de preço, índices e etc. As principais
são: CDI, SELIC, TR, TBF, IPCA e IGP-M.
Amortização e Pagamento de juros

Os juros de um título podem ser amortizados com:

 Com CUPOM: Pagamento de juros periódicos.;

 Sem CUPOM: Pagamento dos juros somente no vencimento;

Exemplo de título ZERO cupom: Investir 10.000 e após 4 anos,


resgatar o título, recebendo de volta o principal + juros de 10% ao ano,
acumulado (do período). Nesse caso o valor total de resgate será de
R$10.641,00 (10.000 de principal + 641,00 de juros).

Exemplo de título COM cupom: Investir 1.000 por 5 anos, receber


durante esse período cupons de juros anuais de 10%. Dessa maneira
o investidor irá receber após cada ano 100,00 (10% sobre o principal)
e no vencimento do título 1.100,00 (1.000 de principal e 100
referente aos juros do último período), totalizando 1.500,00.
Cláusulas Investimentos em Renda Fixa

Covenants (Vencimento Antecipado): são itens dos contratos dos


empréstimos e financiamentos, criados para proteger o interesse do credor.
Estes itens estabelecem condições que não podem ser descumpridas; caso
isto ocorra, o credor poderá exigir o vencimento antecipado da dívida.

São exemplos de investimentos que possuem esta cláusula:


Debêntures, Títulos Municipais, Títulos Estaduais.

Cross Default (vencimento antecipado): Quer dizer que se uma dívida


do emissor vencer e ele ficar inadimplente, seus títulos/debêntures também
estarão vencidos automaticamente. Ou seja, se ele não pagar um título ou os
juros, as dívidas podem ser declaradas vencidas automaticamente. É como se
fosse um “bloco único” de obrigações inter-relacionadas.

Ex: Títulos do Governo Grego, na data do seu vencimento o governo


não possuía dinheiro (Recursos Suficientes) para arcar com o pagamento dos
Juros
+ Principal (Capital Investido), com isso o investimento vence e possui calote
(não pagamento)

Resgate Antecipado: os Títulos podem ter na escritura de emissão


cláusula de resgate antecipado, que dá ao emissor (a empresa que está
captando recursos) o direito de resgatar antecipadamente, parcial ou
totalmente os títulos em circulação.
4.2.2. Títulos Públicos

Os Títulos Públicos Federais são títulos de Renda fixa emitidos pelo


Governo Federal na qual busca através desta modalidade de investimento
financiar a sua dívida pública e garantir a entrada adicional de recursos
financeiros ao governo. Em contrapartida o governo cria uma obrigação
de pagamento de rendimentos (juros) na qual são determinados no
momento da compra do título. Esse rendimento pode ter sua
remuneração:

 Prefixada;
 Pós-fixada;

Para os títulos Pós-fixados, por exemplo, tem-se dois indicadores (IPCA


e SELIC), que variam conforme o tipo.

Existem também aqueles que não possuem indexadores, os


chamados títulos Prefixados.

É possível negociar estes títulos diariamente no mercado


financeiro, através do Tesouro Direto, sendo assim não é necessário
aguardar até o prazo do vencimento do título para vende-lo.

Riscos dos Títulos Públicos:

 Risco de Crédito;
 Risco de Mercado;
 Risco de Liquidez

OBS: Títulos Públicos não Garantidos pelo Fundo Garantidor de


Crédito – FGC.
Principais Títulos públicos e sua Característica

As principais características dos títulos públicos estão em sua


forma de remuneração aos investidores, podendo ser Prefixadas, Selic
ou IPCA, cada forma de remuneração possui vantagens em
determinados cenários econômicos e possui este conhecimento é de
extrema importância para o investidor.

Título (investimento) PREFIXADO

LTN (LETRA DO TESOURO NACIONAL)

Iniciaremos com a explicação do LTN (Letra do Tesouro Nacional)


que possui em sua característica ser um título PREFIXADO, na qual o
pagamento dos juros será realizado no vencimento do título público.
O LTN (Letra do Tesouro Nacional) é um ótimo investimento em
perspectivas de futuras quedas nas taxas de juros SELIC, isto por que quem
contratou um título prefixado que paga 15% a.a. estará garantido que
receberá esta remuneração independente do que aconteça com a taxa Selic.

Então se projetarmos uma possível queda da taxa Selic para


13% a.a., os nossos títulos LTN (Letra do Tesouro Nacional) estarão
pagando mais juros do que o mercado estaria pagando com a SELIC.
(veja o exemplo abaixo para melhor fixar os conhecimentos)
Nesta situação caso os juros pagos pelo Título Prefixado seja maior
que a taxa Selic, este título possui uma atratividade gerando maior lucro ao
investidor do que o mercado (SELIC) está pagando atualmente, veja os
exemplos abaixo:

 Prefixado 15% a.a. Uma aplicação de R$ 10.000,00 obteria um


rendimento no ano de R$ 1.500,00;
 Investimentos atrelados à Selic em 13% a.a. Uma aplicação de
R$ 10.000,00 obteria um rendimento no ano de R$ 1.300,00;
NTN-F (NOTA DO TESOURO NACIONAL – SÉRIE F)

Dentre os prefixados temos o NTN-F (Nota do Tesouro Nacional –


Série F), na qual sua única diferença em relação ao LTN é que o NTN-F paga
juros semestralmente ao investidor, quando o LTN (Letra do Tesouro
Nacional) só irá pagar os juros do investimento no vencimento do
título.

Vejam acima que quanto maior for a taxa prefixada de um LTN em


relação a Taxa Selic maior será o ganho do título prefixado, porém caso a Taxa
Selic seja maior que o título prefixado menor será o ganho, visto título atrelados
à SELIC estarem pagando mais juros que os títulos prefixados.

“Pagamento dos Juros”

LTN NTN-F

VENCIMENTO SEMESTRAL
Título (investimento) PÓS-FIXADO

LFT (LETRA FINANCEIRA DO TESOURO)

O LFT (letra Financeira do Tesouro) é um título público que


remunera o investidor com a variação da Taxa Selic, sendo assim quanto
maior for a alta da taxa Selic maior será o ganho e quanto maior for a baixa da
Taxa Selic menor será o ganho do investidor.
Este Título pode ser comprado com:
 Ágio: pagamento de taxa na contratação; Você para um valor
adicional ao valor nominal do Título;
 Deságio: Ganho de juros (adicionais) na contratação; Você para
um valor menor ao valor nominal do título;
 Ao par: Não há diferença entre o valor pago e o valor nominal
do título;

Sendo assim no contexto geral, o LFT é um título público que


possui seu Benchmark a variação da Taxa Selic. Abaixo será apresentado o
gráfico com a variação hipotética da Taxa Selic em 7 anos e é
possível ver períodos de alta e baixa da taxa Selic, em períodos de alta
o investidor irá ganhar maior rentabilidade em seus investimentos e nos
períodos de baixa sua rentabilidade será reduzida.
Título (investimento) HÍBRIDO

NTN-B e NTN-B PRINCIPAL (NOTA DO TESOURO NACIONAL)

O NTN-B principal (Notas do Tesouro Nacional) é um título


público que remunera o investidor com uma taxa prefixada mais a variação
do IPCA, título que sempre terá rentabilidade real positiva pois não sofre com
os efeitos da inflação e sim se beneficia da variação do IPCA. Este título
é indicado para investidores que desejam se proteger dos efeitos da
inflação a longo prazo.
Nos títulos que remuneram o investidor com a taxa prefixada
mais o IPCA temos o NTB, na qual sua principal diferença está no
pagamento de juros semestrais, quanto o NTN-B Principal somente
remunera o investidor no final do vencimento do título.
Veja abaixo que quanto maior for a inflação do período maior
será o ganho do investidor, e quanto menor for a inflação menor será
o ganho do investidor, mas lembrando sempre que o valor mínimo de
ganho já é conhecido pela taxa prefixada, no qual no caso abaixo está
em 5%.
“Pagamento dos Juros”

NTN-B NTN-B
(PRINCIPA

VENCIMENTO SEMESTRAL

Explicação sobre Títulos Negociados com Deságio

Deságio é pagar um preço abaixo ao valor de emissão (nominal) dos


títulos, nesta situação esta diferença é explicada pelos juros que serão
pagos ao investidor até que se alcance o valor nominal (emissão).
Títulos Públicos com deságio são (LTN, NTN-F, NTN-B e NTN-B
Principal), sendo assim estes títulos serão negociados a um preço
abaixo do seu preço de emissão (nominal), estes títulos são emitidos
no valor de R$ 1.000,00.

Um exemplo prático sobre Deságio seria:


 Um investimento em LTN (possui valor de emissão) R$
1.000,00, e este será o valor que você receberá no vencimento
do título;
 O preço desta LTN está atualmente em R$ 596,30. Isto quer
dizer que você está comprando um título publico por R$ 596,30,
porém ele vale R$ 1.000,00, esta diferença é o resultado que
você terá neste investimento;
Painel Resumido Títulos Públicos

Título sem CUPOM: Pagamento dos juros somente no Vencimento do


título;

Título Com Cupom: Título com pagamento de juros periódicos


(semestrais);
Tributação: A cobrança do imposto de renda incide somente no
resgate da aplicação e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O
responsável pelo seu recolhimento é o Agente de Custódia.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido


conforme tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até


29 dias. Segue tabela regressiva do IOF.
4.2.3. Títulos Privados Bancários

4.2.3.1. Certificado de Deposito Bancário – CDB

O CDB é um título privado de renda fixa para a captação de


recursos de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte das
instituições financeiras a fim de realizar empréstimos financeiros a
seus clientes. O CDB pode ser emitido por bancos comerciais, bancos de
investimento e bancos múltiplos, com pelo menos uma destas carteiras
descritas.

Rentabilidade:
• Prefixada
• Pós-Fixada

Prazo: O CDB pode ser negociado diretamente com a instituição


financeira (Banco) na qual deseja investir seu recurso. O CDB também
pode ser resgatado antes do prazo final caso o banco emissor concorde em
resgata-lo. No caso de resgaste antes do final do prazo, devem ser
respeitados os prazos mínimos. O resgaste é definido pelo emissor,
podendo ser diário ou com prazo de vencimento.

Garantia: O CDB possui a garantir do FGC – Fundo garantidor de


crédito que protege o investidor pessoa física em até R$250.000,00 por CPF e
por Instituição Financeira.

Riscos do CDB:
 Risco de crédito
 Risco de Liquidez
 Risco de Mercado
Tributação no CBD:

A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação


e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento (pagamento) é a Instituição Financeira. Além da cobrança do
Imposto de renda, pode ser cobrado o IOF (imposto sobre operações
Financeiras), caso o investidor resgate seus investimentos em até 29 dias do
início de sua aplicação.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido


conforme tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até


29 dias. Segue tabela regressiva do IOF.
4.2.3.2. Letras Financeiras

A Letra Financeira (LF) é um título de renda fixa emitido por


instituições financeiras com a finalidade de captar recursos de longo prazo,
dado que tem vencimento superior a dois anos.

A LF não pode ser emitida com valor nominal unitário inferior a:

 R$ 50.000,00, se não contiver cláusula de subordinação; ou


 R$300.000,00, se contiver cláusula de subordinação.

No caso da LF emitida com cláusula de subordinação, seus


detentores têm seu direito de crédito condicionado ao pagamento de
outras dívidas da instituição emissora em caso de falência ou
inadimplência. Contudo, este tipo de LF oferece benefícios contábeis
aos emissores e, por esse motivo, tende a proporcionar uma melhor
remuneração quando comparada com a LF sem cláusula de
subordinação.
OBS.: Não Possui FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO

Tributação na Letra Financeira:

A Letra Financeira por sua característica a cobrança de 15% de imposto


de renda sobre o ganho financeiro, devido ao seu prazo mínimo de 2 anos de
investimento, porém na sua regra geral possui a tributação conforme os demais
investimentos em renda fixa, utilizando a tabela regressiva.

A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da


aplicação e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O
responsável pelo seu recolhimento é a Instituição Financeira. Além da
cobrança do Imposto de renda, pode ser cobrado o IOF (imposto sobre
operações Financeiras), caso o investidor resgate seus investimentos
em até 29 dias do início de sua aplicação.
A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido
conforme tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até


29 dias. Segue tabela regressiva do IOF:

4.2.3.3. Depósito a Prazo com Garantia Especial – DPGE

Os DPGE’s são depósitos a prazo emitidos por instituições financeiras.


Os bancos comerciais, múltiplos, de desenvolvimento e investimento, as
sociedades de crédito, financiamento e investimento e as Caixas Econômicas
são as instituições autorizadas a emitir este ativo. Ao adquirir um DPGE, o
investidor está emprestando dinheiro ao banco e passa a ser o seu
credor.

Prazos: O prazo de vencimento destes papéis não pode ser inferior a 6


meses nem superior a 36 meses.

Garantia: O DPGE possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito


– FGC até R$ 40 milhões por CPF e instituição financeira.
Remuneração: Pode ser pré-fixada ou pós-fixada. Porém o mais
comum é sua rentabilidade ser sobre o CDI.

OBS.: Uma característica importante é a não poder resgatar


antecipadamente nem parcialmente e seu valor mínimo para emissão é de
R$ 250.000,00.

Tributação

A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação


e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento é a Instituição Financeira. Além da cobrança do Imposto de
renda, pode ser cobrado o IOF (imposto sobre operações Financeiras),
caso o investidor resgate seus investimentos em até 29 dias do início
de sua aplicação.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido


conforme tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até


29 dias. Segue tabela regressiva do IOF:
Resumo Investimentos em Instituições Financeiras

4.2.4. Títulos Corporativos

4.2.4.1. Debêntures

São títulos de créditos privados emitidos por empresas não


financeiras (empresas que não sejam banco) a fim de financiar sua
atividade produtiva e capital de giro (Ex.: Empresa deseja aumentar a
sua fábrica, porém não quer pegar empréstimo no banco, a empresa
procura investidores no mercado financeiro a fim de investirem no
projeto do aumento da fábrica, e assim emitem debêntures a estes
clientes que investiram seus recursos na empresa). O Objetivo da
emissão de uma debênture é de captação de recursos de médio e longo
prazo para sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto,
em troca a empresa paga juros periódicos aos investidores (mesma
característica de pagamento de juros dos demais investimentos).

Não existe padronização das características deste título. Ou seja,


a debênture pode incluir:

• Qualquer prazo de vencimento;


• Amortização (pagamento do valor nominal) programado na forma
anual,
semestral, trimestral, mensal ou esporádica, no percentual que a
emissora decidir;
• Remuneração (pagamento de juros) através da correção
monetária ou de juros;
• Remuneração (pagamento de juros) através do prêmio
(podendo ser vinculado à receita ou lucro da emissora);

Direitos dos debenturistas (Contra Inadimplência):

• Conversão da debênture em ação da companhia emissora


(Debênture conversível);
• Garantias contra a inadimplência da empresa emissora (Garantia:
Real, Flutuante, Quirografária, Subordinada);

Garantias debêntures
Tipo de Característi
Garantia ca
São Garantia de Bens e Direitos da empresa, limitada a 80% do ativo total
Real da empresa. Ex.: Empresa garante um veículo (carro) caso não seja
realizado o pagamento dos juros e investimento realizado pelo
investidor.
Os investidores (debenturista) assumem prioridade geral sobre os ativos da
empresa, sem que haja qualquer impedimento na negociação dos bens.
Possui privilégios sobre o ativo total da empresa. Caso haja garantias reais,
Flutuante os demais bens que estejam fora da garantia real serão usados como
garantia flutuante.

O valor de emissão é limitado a 70% do valor contábil do ativo da


companhia, diminuído do montante de suas dívidas garantidas por
direitos reais.
Não oferece privilégio ou preferência sobre o ativo do emissor. O detentor
da debênture quirografária concorre em igualdade de condições com outros
Quirografári credores não preferenciais em caso de falência da companhia. O valor de
a emissão limitado ao capital social integralizado da companhia
emissora.

Em caso de liquidação da companhia emissora, oferece

Subordinada preferência de pagamento apenas em relação ao crédito dos

acionistas. Pertence a uma categoria inferior à quirografária e

não tem limite de emissão.


Como regra geral, o valor total das emissões de debêntures de
uma empresa não poderá ultrapassar o seu capital social.

Resgate Antecipado: as debêntures podem ter na escritura de emissão


cláusula de resgate antecipado, que dá ao emissor (a empresa que está
captando recursos) o direito de resgatar antecipadamente, parcial ou
totalmente as debêntures em circulação.

Riscos das Debêntures:


 Risco de Mercado;
 Risco de Crédito;
 Risco de Liquidez;

OBS: Debênture não é protegida pelo FGC – Fundo Garantidor de


Crédito.

Agente Fiduciário

A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos debenturistas


exercendo uma fiscalização permanente e atenta, verificando se as condições
estabelecidas na escritura da debênture estão sendo cumpridas.
Entende-se por relação fiduciária a confiança e lealdade estabelecida
entre a instituição participante (administradora, gestora, custodiante, etc.) e os
cotistas.
A emissão pública de debêntures exige a nomeação de um agente
fiduciário. Esse agente deve ser ou uma pessoa natural capacitada ou
uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central para o
exercício dessa função e que tenha como objeto social a
administração ou a custódia de bens de terceiros (ex.: corretora de
valores).

O agente fiduciário não tem a função de avalista ou garantidor da emissão.


O Agente Fiduciário poderá usar de qualquer ação para proteger
direitos ou defender interesses dos debenturistas, sendo-lhe
especialmente facultado, no caso de inadimplemento da emitente:

• Executar garantias reais, receber o produto da cobrança e aplicá-


lo no pagamento, integral ou proporcional dos debenturistas;
• Requerer falência da emitente, se não existirem garantias reais;
• Representar os debenturistas em processos de falência,
concordata, intervenção ou liquidação extrajudicial da emitente, salvo
deliberação em contrário da assembleia dos debenturistas;

Assembleia dos debenturistas:

É o fórum em que se reúnem os debenturistas para discutir e deliberar


sobre assuntos relativos à emissão, como, por exemplo, alterações propostas
nas características da debênture.

A assembleia de debenturistas pode ser convocada pelo agente


fiduciário, pela companhia emissora, por debenturistas que representem
10% (dez por cento), no mínimo, dos títulos em circulação, e pela
Comissão de Valores Mobiliários.

A assembleia se instalará, em primeira convocação, com a presença de


debenturistas que representem metade, no mínimo, das debêntures em
circulação, e, em segunda convocação, com qualquer número.

Tributação:

A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação


e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento é a pessoa jurídica que efetuar o pagamento dos rendimentos.
Além da cobrança do Imposto de renda, pode ser cobrado o IOF
(imposto sobre operações Financeiras), caso o investidor resgate seus
investimentos em até 29 dias do início de sua aplicação.
A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido
conforme tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação


em até 29 dias. Segue tabela regressiva do IOF:

4.2.4.2. Debêntures Incentivadas

A emissão do título destina-sefinanciamento


ao de projetos
considerados
prioritários pelo governo federal voltados para a implantação, ampliação,
manutenção, recuperação ou modernização, entre outros, nas áreas de
logística e transporte, mobilidade urbana, energia, telecomunicações e
radiodifusão, saneamento básico e irrigação, além de projetos intensivos em
P&D e inovação.

Principais diferenças de uma debênture comum:

 Prazo médio ponderado mínimo de 4 anos;


 Isenção de imposto de Renda para pessoa física;
4.2.4.3. Nota Promissória

A Nota Comercial - também conhecida como Nota Promissória ou


Commercial Paper - é um título de emissão de sociedades anônimas, de
capital aberto ou fechado, como forma de captação de recursos junto a
investidores que possuem o direito de crédito contra ela.

As Notas Promissórias dessas instituições não são valores


mobiliários.

Quem pode emitir: Sociedades anônimas não financeiras.

A venda de nota promissória comercial necessita obrigatoriamente de


uma instituição financeira atuando como agente colocador, podendo ser uma
distribuidora ou corretora. Pode ser resgatada antecipadamente (o que implica
na extinção do título) caso o prazo mínimo de 30 dias seja cumprido, e que o
titular (investidor) da NP concorde.

A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um


instrumento para empresas com bom conceito de crédito.

• O prazo mínimo da NP é de 30 dias;


• O prazo máximo da NP é de:
360 dias para S.A. de capital fechado;
360 dias para S.A. de capital aberto;

O instrumento financeiro pode ser indexado:

 Taxas prefixadas;
 Pós-fixadas, como DI, SELIC, IPCA, TJLP, entre outros.
Debêntures X Notas Promissórias

4.2.5. Títulos do Segmento Agrícola

4.2.5.1. CPR (Cédula de Produtor Rural)

A Cédula do Produtor Rural é um título de crédito lastreado em garantia


real, representada por penhor rural ou mercantil. Trata-se de uma venda a
termo, na qual o produtor, associação ou cooperativa de crédito emite um título
para comercializar seus produtos, recebendo o valor antecipadamente, com a
obrigação de pagamento em produto (CPR Física) ou de resgate financeiro
(CPR Financeira).

A CPR pode ser negociada no:

 Mercado primário, quando o emitente deseja adiantar recursos


para utilizar na produção de determinada mercadoria
agropecuária;
 Mercado secundário, quando o adquirente da CPR deseja
negociá-la por meio de sua venda a outro agente interessado;

O emitente deve procurar uma instituição (banco ou seguradora)


que dê garantia à CPR, pois aumenta o universo de compradores
interessados em
adquiri-la. Essa instituição, após análise do cadastro e garantias que o
emitente oferecer, acrescenta seu aval ou agrega um seguro.

Garantias: Dentre os tipos de garantia real admitidos para a CPR, o


penhor rural tem sido apontado como o mais utilizado. São destacados
dentre os fatores responsáveis pela pouca utilização da hipoteca e da
alienação fiduciária, respectivamente, a maior dificuldade de
execução da garantia e a falta de prática na utilização do instrumento
pelos emissores.

Tributação: Possui Isenção de cobrança de Imposto de Renda e IOF


para pessoa Física (PF).
OBS.: Não possui Fundo Garantidor de Crédito

4.2.5.2. LCA (Letra de Crédito Imobiliário)

Emitidos com base em lastro (garantias) de recebíveis originados de


negócios realizados com produtores rurais e cooperativas, relacionados com a
produção, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou
insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade
agropecuária.
Título de crédito representativo de uma promessa de
pagamento em dinheiro, este título só pode ser emitido por bancos e
por cooperativas de crédito (instituição financeira pública ou privada).

Prazos:
 Máximo: Prazo das obrigações do agronegócio que serviram de
base para o seu lançamento. A LCI não pode exceder o tempo máximo do
financiamento do agronegócio na qual foi lastreada.
 Mínimo: 90 dias.

Garantia: A LCA possui a garantir do FGC – Fundo garantidora de


credito que protege o investidor pessoa física em até R$ 250.000,00 por
CPF e por Instituição Financeira.
Remuneração: Pode ser prefixada ou pós-fixada.
Porém o mais comum é sua rentabilidade ser atrelada ao CDI.

Riscos do LCA:
 Risco de Crédito;
 Risco de Liquidez;
 Risco de Mercado;

Tributação: Investimentos em LCA são Isentos de Imposto de renda


para pessoa física (PF).

4.2.5.3. CDCA (Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio)

Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio é um título de crédito


nominativo, de livre negociação, representativo de promessa de pagamento
em dinheiro e constitui título executivo extrajudicial. O CDCA é emitido
vinculado a direitos creditórios originários de negócios realizados por
agentes da cadeia produtiva do agronegócio.

Principais Vantagens para o investidor

 Obtenção de recursos para atender as necessidades de fluxo de caixa,


com taxa de juros fixa ou flutuante, utilizando o CDCA como título de
crédito, emitido em taxa de juros fixa ou flutuante;
 Ausência de comprovação do direcionamento dos recursos;
 Alíquota zero de IOF;

Podem emitir CDCA as cooperativas de produtores rurais e de


outras pessoas jurídicas que exerçam a atividade de comercialização,
beneficiamento ou industrialização de produtos e insumos agropecuários
ou de máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária.

Os lastros do título devem ser registrados em entidades autorizadas pelo


Banco Central, como o RTA, por exemplo.
OBS.: Isenção do Imposto de Renda para Pessoas Físicas (IOF).
Isenção do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.

4.2.5.4. CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)

Podem emitir CRA as companhias securitizadoras de direitos


creditórios do agronegócio, ou seja, instituições não financeiras
constituídas sob a forma de sociedade por ações com a finalidade de aquisição
e securitização desses direitos e de emissão e colocação de Certificados de
Recebíveis do Agronegócio no mercado financeiro e de capitais.
Nessas operações, as empresas cedem seus recebíveis para uma
securitizadora, que emitirá os CRAs e os disponibilizará para negociação no
mercado de capitais, geralmente com o auxílio de uma instituição financeira.
Por fim, essa securitizadora irá pagar a empresa pelos recebíveis cedidos.
Desse modo, a empresa conseguirá antecipar o recebimento de seus
recebíveis.

O CRA deverá conter, no mínimo, os requisitos exigidos na


legislação aplicável ao título.

Pode ser distribuído publicamente e negociado na Bolsa, bem


como em mercados de balcão organizados autorizados a funcionar
pela Comissão de Valores Mobiliários.

Garantias: CRA não está coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito –


FGC.

Tributação: os rendimentos são isentos de IR, quando a CRA for


emitida em favor de pessoa física.
4.2.6. Títulos do Segmento Imobiliário

4.2.6.1. CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários)

São títulos de renda fixa de longo prazo emitidos exclusivamente por


uma companhia securitizadora, com lastro em um empreendimento imobiliário
que pagam juros ao investidor.

Os lastros mais comuns de um CRI são os créditos decorrentes de


contratos de compra e venda com alienação fiduciária do Sistema de
Financiamento Imobiliário (SFI).

Não há investimento mínimo, porém, a maior parte dos CRIs


possui valor unitário de R$300.000,00

Algumas das vantagens de se investir em CRIs:


• Investimento de longo prazo com rentabilidade acima dos títulos
públicos;
• Possuem garantia real, porém não estão cobertos pelo FGC;
• Isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas;
• Substitui os investimentos imobiliários, reduzindo os
custos administrativos de vacância e reformas.

Tributação: Os rendimentos do CRI são isentos de Imposto de


Renda para pessoa física.
4.2.6.2. LCI (Letra de Crédito Imobiliário)

É lastreado (garantido) por créditos imobiliários, hipoteca ou por


alienação fiduciária de coisa imóvel, conferindo aos seus tomadores
direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso,
atualização monetária nelas estipula

A LCI poderá ser garantida por um ou mais créditos imobiliários,


mas a soma do principal das LCI não pode exceder o total de créditos
imobiliários emitidos pela instituição que fez o lançamento do LCI.

Prazos:
 Máximo: Prazo das obrigações imobiliárias que serviram de base
para o seu lançamento. A LCI não pode exceder o tempo máximo do
financiamento imobiliário na qual foi lastreada.
 Mínimo: 90 dias.

Garantia: a LCI possui a garantia do FGC – Fundo garantidor de


crédito que protege o investidor pessoa física em até R$ 250.000,00 por
CPF e por Instituição Financeira.

Remuneração: Pode ser prefixada ou pós-fixada.


Porém o mais comum é sua rentabilidade ser atrelada ao CDI.

Riscos do LCI:
 Risco de Crédito;
 Risco de Liquidez;
 Risco de Mercado;

Tributação: Investimentos em LCI são Isentos de Imposto de renda


para pessoa física (PF).
4.2.6.3. CCI (Cédula de Crédito Imobiliário)

A Cédula de Crédito Imobiliário (CCI) representa um crédito que é


originado a partir da existência de direitos de crédito imobiliário com
pagamento parcelado. Quem emite a cédula é o credor, com o objetivo de
simplificar a cessão do crédito.
É título de crédito que representa créditos imobiliários – recebíveis de
compra e venda de imóveis, contratos de locação, entre outros. A CCI permite
a antecipação do recebimento de créditos futuros.
A CCI transforma um contrato particular em um título passível
de transação. Uma de suas vantagens é a possibilidade de emissão e
negociação, independentemente da autorização do devedor.
Esses títulos são bastante utilizados como lastro na emissão de
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), por oferecer mais segurança e
transparência para quem investe em CRI.
A CCI poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, sob
a forma escritural ou cartular.

Tributação: Isenção do Imposto de Renda para Pessoas Físicas


(PF). Isenção do IOF – Imposto sobre Operações
Financeiras.

4.2.7. RESUMO DOS PRINCIPAIS TÍTULOS DO SEGMENTO


IMOBILIÁRIO E AGRÍCOLA
4.2.8. Operações Compromissadas

A operação compromissada é aquela em que o vendedor assumiu o


compromisso de recomprar em data futura pré-definida e com o pagamento de
remuneração pré-estabelecida. Na mesma operação o comprador, por sua vez,
assume o compromisso de revender o título ao vencedor na data acordada
com o pagamento do preço fixado.
Ou seja, as operações compromissadas são realizadas com um
compromisso duplo: a compra com compromisso de revenda e a
venda com compromisso de recompra. As operações compromissadas
devem ser realizadas com a rentabilidade definida (taxa prefixada) ou
com parâmetros de remuneração estabelecidos (taxa Pós-fixada).

Tributação: A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate


da aplicação e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O
recolhimento do imposto é realizado pela pessoa jurídica que efetuar o
pagamento dos rendimentos.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido


conforme tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até


29 dias. Segue tabela regressiva do IOF:
4.2.9. Caderneta de poupança

É o investimento mais conhecido do Brasileiro. Todo


investimento em poupança é utilizado para financiamento imobiliário.

Regras de Remuneração (pagamento de juros):

Regra Antiga

 Mensal (pessoas físicas): TR +0,5% a.m.;


 Trimestral (pessoas jurídicas): TR +1,5% a.m.;

Regra Nova:

 Sempre que a Selic for menor ou igual a 8,5% o


investidor irá receber 70% da Taxa Selic + TR.

OBS: Nova rentabilidade das aplicações realizadas posterior ao dia


03 de maio de 2012.

Obs.: Aplicações realizadas nos dias 29,30 e 31 de cada mês, terão


como data de aniversário (data da aplicação da poupança) o dia 01 do mês
subsequente.
No caso de resgates, o dinheiro será retirado prioritariamente
do saldo dos depósitos realizados a partir de 4 de maio de 2012 (data de
implementação da nova regra). Depois de esses recursos serem
esgotados, será usado o saldo anterior. Lembrando que o valor dos
juros pagos é sempre sobre a data Base do Aniversário do deposito da
poupança.

Obs.: Poupança é Garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito FGC.

Tributação: São Isentos do pagamento de Imposto de Renda as


pessoas físicas e pessoas jurídicas sem fins lucrativos.
4.2.10. Resumo RENDA FIXA

4.3. Fundo Garantidor de Crédito

É uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o


mecanismo de proteção aos depositantes e investidores no âmbito do
Sistema Financeiro Nacional, até os limites estabelecidos pela
regulamentação, contra instituições financeiras a ele associadas, em
caso de intervenção e liquidação extrajudicial e reconhecimento, pelo
Banco Central do Brasil, do estado de insolvência de instituição
associada.

O FGC não exerce qualquer função pública, inclusive por delegação.

Finalidades do FGC:
 Proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema
financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação;
 Contribuir para a manutenção da estabilidade do
Sistema Financeiro Nacional (SFN);
 Contribuir para prevenção de crise bancária sistêmica;
Para garantir uma cobertura em caso de liquidação, o FGC exige
de seus associados uma contribuição mensal ordinária que atualmente
é de 0,0125% (cento e vinte e cinco décimos de milésimos por cento)
do montante dos saldos das contas referentes aos instrumentos
cobertos pelo fundo.

São objeto da garantia ordinária proporcionada pelo FGC os


créditos representados pelos seguintes instrumentos financeiros:
I. Depósitos à vista (conta corrente) ou sacáveis mediante aviso
prévio, depósitos de poupança e depósitos a prazo, com (CDB) ou sem (RDB)
emissão de certificado;
II. Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por
cheques, destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à
prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares;
III. Letras: de câmbio (LC), imobiliária (LI), hipotecária (LH), de
crédito imobiliário (LCI) e de crédito do agronegócio (LCA);
IV. Operações compromissadas que têm como objeto títulos
emitidos, após 8 de março de 2012, por empresa ligada;
O limite atual de cobertura do FGC depende do tipo de garantia,
dividindo- se em dois tipos de garantias, ordinária e especial.
 Garantia Ordinária: O total de créditos de cada pessoa (seja
física ou jurídica) contra a mesma instituição associada, ou contra todas as
instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até
o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
 Garantia Especial: O total de créditos de cada pessoa contra a
mesma instituição associada ao FGC, ou contra todas as instituições
associadas do mesmo conglomerado financeiro, relativo aos DPGE, será
garantido até o valor máximo de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
OBS: Nas contas conjuntas, a garantia ordinária está limitada ao mesmo
valor de 250 mil reais, ou ao saldo da conta, quando inferior a esse limite,
dividido pelo número de titulares, sendo o crédito do valor garantido feito de
forma individual.
4.4. Derivativos

Ativos financeiros cujos valores e características de negociação estão


amarrados aos ativos que lhes servem de referência. A palavra “derivativo”
vem do fato que o preço do ativo é derivado de um outro, e a oscilação deste
ativo impacta diretamente o preço do seu derivativo.
Ex.: Opção de compra da Petrobrás, o preço desta opção é derivado do
ativo "ação da Petrobras".

Há derivativos nas seguintes classes:

 Derivativos agropecuários: Ex.: Soja, açúcar e etc.;


 Derivativos financeiros: têm seu valor de mercado referenciado
em alguma taxa ou índice financeiro, como taxa de juro, taxa de
inflação, taxa de câmbio, índice de ações, ações e etc.;
 Derivativos de energia e climático: Ex.: Energia, Crédito de
carbono, e etc.

Tipos de derivativos:

 Mercado Futuro;
 Mercado de Opções;
 Mercado a Termo;
 Mercado de Swaps;

Participantes e integrantes do Mercado


 Hedge: nesse mercado buscando proteção contra oscilações de
preços dos ativos;

Ex.: Possui a ação da Petrobras e deseja comprar opções para


proteger contra as oscilações no preço.

 Especulador: assumem o risco da operação com o objetivo de


auferir ganhos com a oscilação dos preços;

Ex.: Entra e sai rapidamente no mercado fazendo “apostas”.


 Arbitrador: obtém vantagens financeiras em função de
distorções nos preços do ativo nos mercados diferentes;

Ex.: Monitora todos os mercados em busca de distorções a fim


de lucrar sem correr riscos.

4.4.1. Mercado a Termo

É um tipo de derivativo em que um compromisso é firmado, entre


vendedor e comprador, de compra e/ou venda de contratos
padronizados para liquidação física e financeira em uma data futura, ficando
as partes, compradora e vendedora, vinculadas entre si até que o contrato seja
liquidado.

Há o desembolso por parte do comprador da garantia exigida.

Prazo de um contrato a termo deve ser de 16 a 999 dias

Principais Características:
• O vendedor: compromisso de entregar o bem negociado;
• O comprador: pagamento do preço previamente ajustado;
• Não há ajuste diário (débito ou crédito na conta realizado através da
atualização do preço de fechamento de mercado);

Direitos e Proventos:

Os direitos e proventos distribuídos (dividendos, juros sobre capital


próprio) às ações-objeto do contrato a termo pertencem ao comprador e serão
recebidos, juntamente com as ações objeto, na data de liquidação ou segundo
normas específicas da CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).
No caso de bonificações em ações, grupamentos ou desdobramentos, a
quantidade de ações contratadas será ajustada proporcionalmente, mantendo-
se inalterado o compromisso financeiro original.
A liquidação de uma operação a termo, no vencimento do
contrato ou antecipadamente, se assim o comprador o desejar,
implica a entrega dos títulos pelo vendedor e o pagamento do preço
estipulado no contrato pelo comprador.

4.4.2. Mercado Futuro

Uma operação no mercado futuro é um compromisso de compra ou


venda de um determinado ativo, em uma determinada data futura e a um preço
pré- definido.
Quando um investidor compra um contrato futuro, é dito que ele
está com uma “posição comprada à futuro”. Ou seja, ele está se
comprometendo a comprar na data de vencimento, o objeto do
contrato, ao preço pré-acordado com a outra parte.
De modo inverso, quando o investidor vende um contrato futuro, é dito
que ele está com uma “posição vendida a futuro” e se compromete a vender no
futuro, na data de vencimento, o objeto do contrato ao preço pré-acordado.

Algumas características do mercado futuro:

• Negociados mercadorias e ativos financeiros;


• A liquidação dos contratos pode ser física ou financeira. Predomina a
liquidação financeira;
• Os contratos são PADRONIZADOS (quantidade, peso, vencimento,
local de entrega). Por isso, são menos flexíveis que os contratos no
mercado a termo;
• Ajustes diários: agregam maior garantia às operações;
• Exige uma “Margem de Garantia”;
• Negociação em Bolsa de Valores;
• Possibilidade de liquidação antes do prazo de vencimento;
OBS.: A principal diferença entre o mercado a termo e o mercado futuro é
que no mercado futuro o ajuste do contrato é realizado diariamente,
enquanto o contrato a termo a liquidação financeira somente ocorre no
final do contrato ou quando finalizado antecipadamente.

4.4.3. SWAP

É uma operação em que há troca de posições quanto ao risco e


à rentabilidade, entre investidores.
O contrato de troca pode ter como objeto moedas, commodities ou
ativos financeiros.
Swap é um contrato derivativo. Pode ser usado
para proteção (hedge ou seguro), ou como investimento
especulativo.
Nesse tipo de contrato, os investidores se comprometem a pagar a
oscilação de uma taxa ou do valor de um ativo (no caso do contrato cambial,
considera-se a variação na cotação do dólar americano, por exemplo).
Quando um investidor realiza o chamado swap cambial reverso, por
exemplo, isto é, troca CDI, em reais, por variação cambial em dólares,
ele também ganha, além da variação, uma taxa adicional, chamada
de cupom cambial
Os swaps mais comuns no mercado brasileiro são:

 Swap de taxa de juros: Troca da taxa de juros prefixados por


juros pós-fixados (conforme a variação dos CDIs, por exemplo, que é
um ativo financeiro corrigido pela taxa diária de juros) ou o inverso,
para quem quer evitar o risco de uma futura alta nos juros.

 Swap cambial: Troca de taxa de variação cambial (variação do


preço do dólar americano) por taxa de juros pós-fixados.
Também conhecida como hedge (cobertura de risco)
cambial, a swap cambial é uma operação de câmbio em que há
simultaneamente a compra e a venda de moedas. Os valores iniciais,
ou seja, o tamanho do contrato, os indicadores e a data de
vencimento são livremente pactuados entre as partes.

4.4.4. Opções

No mercado de opções, negocia-se o direito de comprar ou de vender


um bem por um preço fixo numa data futura.
Quem adquirir o direito deve pagar um prêmio ao vendedor. Este prêmio
não é o preço do bem, mas apenas um valor pago para ter a opção
(possibilidade) de comprar ou vender o referido bem em uma data futura por
um preço previamente acordado.
O objeto de negociação pode ser um ativo financeiro ou uma
mercadoria, negociados em pregão, com ampla transparência.
O comprador da opção, também chamado titular, sempre terá o
direito do exercício, mas não obrigação de exercê-lo.
O vendedor da opção, também chamado lançador, terá a obrigação
de atender ao exercício caso o titular opte por exercer seu direito.
Agentes do mercado de opções:

•Lançador (vendedor): Aquele que vende uma opção, assumindo a


obrigação de vender o determinado ativo financeiro;
•Titular de opção (comprador): Aquele que tem o direito de exercer ou
negociar uma opção, porém não tem a obrigação de exercer o seu direito;
•Prêmio: Preço pago na negociação da opção;
•Exercício de opções: Operação pela qual o titular de uma operação
exerce seu direito de comprar o lote de ações-objeto, ao preço de exercício.
•Pó (Virar Pó): Gíria utilizada pelos profissionais do mercado financeiro,
significando título e/ou investimento que perdeu totalmente o seu valor no
mercado. Ex.: "meu investimento naquela ação virou pó.

Formas de exercer o direito de opção:

• Americana: Durante a vigência do contrato, a qualquer momento;


• Europeia: Apenas na data de vencimento do contrato de opções;
Tipos de opções: Opção de Compra (CALL) e Opção de Venda
(PUT)

A relação do preço do ativo com o preço da opção determina se


a opção é dita como In-The-Money (dentro do dinheiro); At-The-Money
(no dinheiro), ou Out-of-The-Money (fora do dinheiro).

• Opção de Compra (call) In-The-Money (ITM): Preço do ativo


subjacente (Preço atual da Ação) é superior ao preço de exercício da opção;
“Investimento Lucrativo”;
• Opção de Compra (call) Out-of-The-Money (OTM): Preço do
ativo adjacente (Preço atual da Ação) é inferior ao preço de exercício da
opção. “Investimento em Prejuízo”;
• Opção de Venda (put) In-The-Money (ITM): Preço do ativo
adjacente (Preço atual da Ação) é inferior ao preço de exercício da opção;
“Investimento Lucrativo”
• Opção de Venda (put) Out-of-The-Money (OTM): Preço do
ativo adjacente (Preço atual da Ação) é superior ao preço de exercício
da opção. “Investimento em Prejuízo”;
• Opção de Compra (call) ou Opção de Venda (put) At-The-
Money (ATM): Preço do ativo subjacente (Preço atual da Ação) é igual ao
preço de exercício da opção; “Investimento no zero a zero, não lucrou e não
perdeu”
Exemplo prático na análise dos tipos de opções
OPÇÕES TITULA LANÇADOR
R

1. Vende a opção
1. Compra a opção
2. Recebe o prêmio
2. Paga o prêmio
3. Possui
OPÇÃO DE COMPRA 3. Possui
OBRIGAÇÃO de
(CALL) DIREITO de VENDER
COMPRAR uma determinada
uma quantidade de ações a
um preço pré-
determinada determinado.
quantidade de ações a
um preço pré- 4. Expectativa de
determinado. queda

4. Expectativa de
alta

1. Compra a opção 1. Vende a opção


2. Paga o prêmio 2. Recebe o prêmio
OPÇÃO DE VENDA 3. Possui 3. Possui
(PUT) DIREITO de VENDER OBRIGAÇÃO de
uma COMPRAR
determinada uma determinada
quantidade de ações a quantidade de ações a
um preço pré- um preço pré-
determinado. determinado.
4. Expectativa de 4. Expectativa de alta
queda

GRÁFICOS DE UMA OPÇÃO


Efeito no prêmio das opções:

 Taxa de juros: Mudanças na taxa básica de juros da economia, modificam a


precificação do prêmio da opção, mais conhecido como “Rho” no modelo Black
and Scholes;
 Tempo para o vencimento: Quanto maior o tempo entre a data atual e o
vencimento maior será o prêmio pago pela opção, isto devido à alta
incerteza do exercício ou não da opção, e quanto mais próximo do
vencimento menor será o prêmio pago pela opção, mais conhecido como
“Tetha”;
 Volatilidade: É a medida de variação do preço do ativo, quanto maior a
variação do preço do ativo, maior será a volatilidade do prêmio da opção;
 Preço do ativo objeto: É o preço de mercado (atual) do ativo;
 Preço de exercício: Preço definido como opção para liquidação financeira;

4.4.5. Contratos futuros de balcão sem entrega física (NDF – Non


Deliverable Forward)

Contrato a Termo de Moeda sem Entrega Física é um derivativo


operado em mercado de balcão, que tem como objeto a taxa de câmbio de
uma determinada moeda. É uma operação normalmente utilizada como
instrumento de hedge, pois o contratante de um NDF garante uma
taxa de câmbio futura para a moeda base do contrato.
O NDF possui a mesma sistemática do “Contrato a Termo”, porém a sua
diferença é que no NDF somente é negociado “Fluxo Financeiro”, não há a
entrega física da moeda estrangeira.
4.4.6. Tributação em derivativos

A tributação sobre o ganho financeiro.

Derivativo Operações Normais Day Trade


Termo 15% (Sobre Lucro) e 0,005 20% e 1 % retido
%
na fonte (Sobre
retido na fonte (Sobre Rendimento)
Venda)
Contrato 15% (Sobre Lucro) e 0,005 20% e 1 % retido na
Futuros %
fonte (Sobre
retido na fonte (Sobre Rendimento)
Venda)
Opção 15% (Sobre Lucro) e 0,005 20% e 1 % retido na
%
fonte (Sobre
retido na fonte (Sobre Rendimento)
Venda)
Swap Até 180 dias

22,5%
De 181 a 360 dias

20,0%
De 361 a 720 dias

17,5%
Acima de 720 dias

15,0%

Em Swaps:
RESPONSABILIDADE/RECOLHIMENTO: O imposto será retido pela
pessoa jurídica que efetuar o pagamento do rendimento, na data da liquidação
ou cessão do respectivo contrato.

PRAZO DE RECOLHIMENTO (Pagamento do Imposto): Até o terceiro


dia útil da semana subsequente à da ocorrência do fato gerador (Fechamento
da operação).
Não é permitida a de compensação de perdas incorridas em
operações de swap com os ganhos líquidos obtidos em outras operações
de renda variável.
Compensação de perdas: É a possibilidade de ficar isento do
pagamento de imposto de renda, porém só é possível caso tenha auferido
percas em operações com (Termo, Mercado Futuro, Opção) no mês atual e em
meses anteriores.

Ex.: Investidor teve prejuízo de R$ 10.000,00 no mês anterior,


porém neste mês ele ganhou R$ 10.000,00, este investidor está
isento do pagamento do imposto de renda.
4.5. COE - Certificado de Operações Estruturadas

O Certificado de Operações Estruturadas – COE é um novo


investimento que passa a ser disponibilizado ao mercado brasileiro. É
instrumento inovador e flexível, que mescla elementos de Renda Fixa e
Renda Variável.
Traz ainda o diferencial de ser estruturado com base em cenários de
ganhos e perdas selecionadas de acordo com o perfil de cada investidor.

A Emissão desse instrumento poderá ser feita em duas modalidades:


1. Valor nominal protegido: com garantia do valor principal
investido.
2. Valor nominal em risco: em que há possibilidade de perda
até o limite do capital investido.

Emitido por Instituição Financeira e registrados na B3.

Flexibilidade de atrelar seus rendimentos aos mais diversos ativos, como:


• Ações ou índices de bolsas do Brasil e do exterior;
• Moedas – dólar e euro;
• Juros – CDI, libor e índices de inflação;
• Commodities – índices, metais preciosos, agrícolas, petróleo
e outros metais.

Principais características:

• Possibilidade de resgate antecipado sujeito à marcação a


mercado e, portanto, sem garantia do principal investido;
• Obriga a assinatura do termo de ciência de risco:
assinado uma única vez pelo investidor, dando ciência dos riscos
do COE;
• Não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito –
FGC;
• Tributação de acordo com tabela regressiva de Renda Fixa.
Exemplo de análise do COE

Um COE foi emitido com a seguintes premissas

Compra de 3 ações: Vale, Petrobrás e Banco do Brasil, com vencimento em 3 anos;

Cenário I - ;

Cenário II -

Cenário III
-

Cenário IV -

Resultado da estratégia no dia do vencimento do COE:

• Ações da Vale=
• Ações da Petrobrás=

Ações do Banco do Brasil=

2 (número de ações consideradas)

Tributação em COE:

A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação


e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento é a Instituição Financeira. Além da cobrança do Imposto de
renda, pode ser cobrado o IOF (imposto sobre operações Financeiras),
caso o investidor resgate seus investimentos em até 29 dias do início
de sua aplicação.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido


conforme tabela abaixo:
IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação
em até 29 dias. Segue tabela regressiva do IOF:

4.6. Sistemas e Câmeras de Liquidação e Custódia (Clearing House)

A Clearing House (câmara de compensação) é responsável


pelo registro de todas as operações realizadas, acompanhamento das
posições mantidas, compensação financeira dos fluxos e liquidação
dos contratos.

Obs: Quando ocorre a negociação (compra e venda) de


algum título ou valor mobiliário, a Clearing Houseirá fazer o
registro da operação garantindo a troca de titularidade de
determinado investimento. Esta é uma garantia da Clearing House.

Sua principal função no mercado financeiro é diminuir


(mitigar) o risco de liquidação (garantir que seja transferido os
recursos de quem comprou para quem vendeu).
No Brasil há duas Clearing House que serão descritas abaixo:

 SELIC: é responsável pelas operações, acompanhamento de


posições mantidas, compensação financeira e liquidação dos
contratos financeiros de “TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS”
(LFT, LTN, NTN-B,NTN-B Principal, NTN-F)
 B3: é responsável pelas operações, acompanhamento de
posições mantidas, compensação financeira e liquidação dos
contratos financeiros de “TÍTULOS PRIVADOS, AÇÕES,
DERIVATIVOS”:

Títulos privados: Derivativos (Termo, Futuros, Swaps e


opções);
Renda Fixa: (CDB, RDB, LF, DI);
Títulos Agrícolas: (CPR, CRA E LCA);
Títulos de Crédito: (CCB);
Títulos Imobiliários: (CCI, CRI, LCI);
Valores Mobiliários (Debêntures e NC) e Cotas de fundos
de investimento.

BANCO/
INVESTIDOR
CORRETORA

CLEARING HOUSE

Fluxograma da Clearing House


4.7. Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB

O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as


entidades, os sistemas e os procedimentos relacionados com o
processamento e a liquidação de operações de transferência de
fundos, de operações com moeda estrangeira ou com ativos
financeiros e valores mobiliários.

São integrantes do serviço do SPB

 Compensação de cheques;
 Compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de
crédito;
 Transferência de fundos e de outros ativos financeiros;
 Compensação e liquidação de operações com títulos e valores
mobiliários;
 Compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas
de mercadorias e de futuros e outras entidades;
Esses fatos possibilitaram a redução dos riscos de liquidação nas
operações interbancárias, com consequente redução também do risco
sistêmico, isto é, o risco de que a quebra de uma instituição financeira
provoque a quebra em cadeia de outras, no chamado "efeito dominó".

4.8. Principais Instituições: Funções e Principais Características

Banco Coordenador

É a instituição financeira contratada pelas empresas para fazer a


intermediação, nas ofertas públicas de ações, debêntures, notas promissórias
comerciais e demais valores mobiliários. Podem ser: Corretoras ou
Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários e Banco de Investimento.
Nota: pode ter mais de um Banco coordenador, porém um será
denominado coordenador líder.
Underwriting Garantia Firme (STRAIGHT)

 Subscrição em que a instituição financeira subscreve


(garante) integralmente a emissão para revendê-la
posteriormente ao público;
 Selecionando esta opção a empresa assegura a entrada
de recursos;
 O risco de mercado é do intermediário financeiro;

Underwriting de Melhores Esforços (Best Efforts)

 Subscrição em que a instituição financeira se compromete


a realizar os melhores esforços para a colocação junto ao
mercado das sobras do lançamento;
 Não há comprometimento por parte do intermediário para
a colocação efetiva de todas as ações;
 A empresa assume os riscos da aceitação ou não das
ações lançadas por parte do mercado;

Distribuição de Lote Suplementar

O ofertante poderá outorgar à instituição intermediária opção de


distribuição de lote suplementar, que preveja a possibilidade de, caso a procura
dos valores mobiliários objeto de oferta pública de distribuição assim justifique,
ser aumentada a quantidade de valores a distribuir junto ao público, nas
mesmas condições e preço dos valores mobiliários inicialmente ofertados, até
um montante pré-determinado que constará obrigatoriamente do Lâmina de
Informações Complementares e que não poderá ultrapassar a 15% da
quantidade inicialmente ofertada.

Preço Fixo

É um preço já acordado no início da precificação, na qual não há espaço


e mudança no preço de negociação. Neste modelo o investidor já sabe por
quanto irá comprar determinado ativo.
Bookbuilding

Mecanismo de consulta prévia perante a demanda do mercado (clientes)


para definição do preço de subscrição (preço de Emissão de Valores
Mobiliários). Baseia-se na quantidade que investidores têm disposição
para adquirir, em diferentes faixas de remuneração. Processo de
formação de preços, normalmente através de um leilão de oferta, que auxilia
na definição da remuneração e outras características de títulos e
valores mobiliários, de forma a refletir as condições de mercado por
ocasião de sua efetiva colocação à venda.

Agências de Rating

A fim de diminuir este risco e deixar o mercado mais transparente foram


criadas empresas que classificam a capacidade de pagamento das empresas e
governos emissores de títulos e valores mobiliários. Esta classificação é
conhecida como “rating”, e este é dado as empresas a fim de avaliar
sua capacidade de honrar seus pagamentos.

Abaixo segue as principais agências de Classificação de Rating e suas


classificações:
OBS.: Quanto pior o Rating maior será o retorno exigido e maior será
o risco de crédito.

Quanto Melhor o Rating menor será o retorno exigido e menor


será o risco de crédito.

Banco Mandatário

Tem a função de processar as liquidações físicas e financeiras entre sua


tesouraria e a instituição custodiante. Além disso, o banco mandatário
verifica a existência, autenticidade, validade e regularidade da
emissão de valores imobiliários, a quantidade emitida, série e
emissão dos mesmos.

Banco Escriturador

O Banco Escriturador, além do registro, é de manter o cadastro dos


investidores atualizado, liquidar os pagamentos a que os acionistas têm direito
e realizar o atendimento aos investidores.

Banco Liquidante

Os Participantes podem indicar mais de um Banco Liquidante para


efetuar a sua liquidação financeira, através da Ficha de Cadastro, devendo ser
previamente indicado qual vai atuar como seu Banco Liquidante principal, para
o qual são automaticamente direcionadas as liquidações financeiras dos
resgates e eventos dos ativos em posição do Participante.
A inclusão de um novo Banco Liquidante se dá através de prévia
aceitação das partes. A renúncia pode ser unilateral, sendo a outra
parte comunicada do fato pela Cetip. Novas inclusões podem ocorrer
a qualquer momento do dia, porém a substituição ou retirada apenas
pode ser comandada após o fechamento do sistema. As inclusões e
retiradas devem ser solicitadas através de carta.
Função do Formador de mercado (market maker)

Formador de Mercado ou Market Maker é agente de liquidez, facilitador


de liquidez, promotor de negócios, especialista, market maker e liquidity
provider são algumas designações atribuídas àqueles que se propõem a
garantir liquidez mínima e referência de preço para ativos previamente
credenciados, fatores de destaque na análise da eficiência no mercado de
capitais.
O papel de Formador de Mercado pode ser desempenhado por
corretoras, distribuidoras de valores, bancos de investimento ou
bancos múltiplos com carteira de investimentos, que, ao se
credenciarem para exercer essa função, assumem a obrigação de
colocar no mercado, diariamente, ofertas firmes de compra e de
venda para uma quantidade de ativos predeterminada e conhecida
por todos.

4.9. Companhia Securitizada

de ativos

financeiros (notadamente títulos de crédito tais como faturas emitidas


e ainda não pagas, dívidas referentes a empréstimos entre outros),
convertendo-os em títulos padronizados negociáveis no mercado de
capital interno e externo.
Assim, a dívida é transferida, vendida, na forma de títulos, para vários
investidores. Assim, securitização é a conversão de uma dívida (duplicatas,
cheques, notas promissórias) em título lastreável e negociável entre
instituições financeiras. Estes títulos podem ser adquiridos diretamente por
Bancos, Distribuidoras de Valores ou Fundos de Investimento como forma de
rentabilizar o capital investido. Caberá também ao comprador do título
securitizado a cobrança individual de todas as dívidas que compõe o
título, isentando a Securitizadora e qualquer intermediário, de
qualquer ônus.
Esses títulos são, portanto, caracterizados por um compromisso
de pagamento futuro, de principal e juros, a partir de um fluxo de
caixa proveniente da carteira de ativos selecionados.
A securitização é utilizada pelo sistema financeiro para
obtenção de fundos e divisão de riscos. É uma forma de
transformar ativos relativamente não líquidos em títulos mobiliários
líquidos, transferindo os riscos associados a eles para os investidores
que os compram.
PARA FIXAR OS CONHECIMENTOS DESTE CAPÍTULO

ACESSE NOSSO SIMULADO PELO SITE OU PELO APLICATIVO LEAD


INVEST

https://www.leadinvest.com.br/simuladocpa20-

modulo-4

https://www.leadinvest.com.br/simuladocpa

20
5. FUNDO DE INVESTIMENTO E FUNDO DE INVESTIMENTO EM
COTAS

Este Módulo apresenta os conceitos relativos a fundo de


investimentos, na qual apresentará ao leitor visão macro destes
conceitos e apresentará a característica de 13 tipos de fundo de
investimentos que são praticados no mercado financeiro e
autorizados pela CVM. Este módulo representa de 20% a 30% da
prova.

5.1. Características dos Fundos de Investimento

Fundos de Investimento: é uma forma de aplicação financeira,


formada pela união de vários investidores que se juntam para a
realização de um investimento financeiro, não possuindo personalidade
jurídica, e sendo constituído tal qual um condomínio, visando um determinado
objetivo ou retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as despesas
necessárias para o funcionamento do fundo de investimento.
A administração e a gestão do fundo são realizadas
por especialistas contratados. Os administradores tratam dos aspectos
jurídicos e legais do fundo, os gestores da estratégia de montagem da
carteira de ativos do fundo, visando o maior lucro possível com o menor nível
de risco. Os gestores compram ativos como títulos públicos, CDBs,
ações, debêntures e etc., em nome do fundo de investimento com
objetivo de gerar riqueza ao cotista.

Cliente/ Administrador Gestor


Investido Fundo Fundo

Administrador
Fundo
Fundos de Investimento em cotas: investem cotas de fundos de
investimentos de outras empresas administradoras de fundo de investimento. É
uma espécie de investidor (cotista) de fundos de investimento.

Cliente/ Administrador Fundo


Investimento
Investido Fundo
(Mercado)

Administrador
Fundo

Condomínio: Comunhão de recursos (dinheiro) sob a forma de


condomínio onde os cotistas têm o mesmo interesse e objetivos ao investir no
mercado financeiro e de capitais. Reunião de pessoas que possuem dinheiro
para investir, escolhem um administrador para representa-los e tem o objetivo
comum de receber rendimentos financeiros.
(Ex.: Funciona da mesma maneira como um condomínio
residencial, todos moram com o objetivo de ter tranquilidade e um
bom local de moradia).

Cota: As cotas do fundo correspondem a frações de seu patrimônio, é


sempre serão escriturais e normativas. A cota, portanto, é a menor fração
do patrimônio líquido do fundo.

Como é calculado o valor da cota?

Valor da cota = Patrimônio Líquido


Número de cotas

Patrimônio Líquido = Valor de mercado dos ativos – Taxa de Administração


– Taxa performance – demais despesas do fundo
PROPRIEDADE DOS ATIVOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS –
EXCLUINDO FUNDOS IMOBILIÁRIOS: A propriedade dos ativos de um
fundo de investimento é do condomínio e a cada um cabe a fração
ideal representada pelas cotas.

5.2. Registro dos fundos

O pedido de registro deve ser solicitado a CVM e instruído com os


seguintes documentos e informações:

I Regulamento do fundo, elaborado de acordo com as disposições da instrução


CVM 555;
II Declaração do administrador do fundo de que o regulamento do fundo está
plenamente aderente à legislação vigente
III Os dados relativos aos registros, regulamento e em cartório de títulos e
documentos;
IV Nome do audito independente;
V Inscrição do fundo no CNPJ;
VI Lâmina de informações essenciais, elaborada de acordo com a exigência da
instrução CVM 555, no caso de fundo aberto que não seja destinado exclusivamente a
investidores qualificados.

5.3. (CHINESE WALL) Segregação entre Gestão de Recursos


Próprios e de terceiros – Barreira de Informação

As instituições financeiras devem ter suas atividades de


administração de recursos próprios e recursos de terceiros (Fundos),
totalmente separadas (SEGREGADA) e independentes de forma a prevenir
potenciais conflitos de interesse.
Gestão de Gestão de
Recursos
MURO Recursos
Próprios Terceiros

5.4. Assembleia geral de cotistas (competências e deliberações)

É a reunião dos cotistas para deliberarem sobre certos


assuntos referentes ao Fundo.

Compete privativamente à Assembleia Geral de cotistas deliberar sobre:

I As demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;


II A substituição do administrador, gestor ou custodiaste do fundo;
III A fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do fundo;
IV O aumento da taxa de administração, da taxa de performance ou das taxas
máximas de custódia;
V A alteração da política de investimento do fundo;
VI A emissão de novas cotas, no fundo fechado;
VII A amortização e o resgate compulsório de cotas, caso não estejam previstos
no regulamento; e
VIII Alteração do regulamento exceto quando (situação onde não é
necessário Assembléia):
a) Decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento a exigências
expressas da CVM ou de adequação a normas legais ou regulamentares;
b) For necessária em virtude da atualização dos dados cadastrais do
administrador ou dos prestadores de serviços do fundo, tais como a alteração na razão
social, endereço, página na rede mundial de computadores e telefone;
c) Envolver redução da taxa de administração ou da taxa performance;
5.4.1. Convocação da Assembleia

A convocação da Assembleia Geral deve ser feita por


correspondência encaminhada a cada cotista, com pelo menos 10 dias
de antecedência em relação à data de realização;

 A presença da totalidade dos cotistas supre a falta de convocação;


 Além da Assembleia geral, o administrador, o gestor, o
custodiante ou o cotista ou grupo de cotistas que detenha, no
mínimo, 5% (cinco por cento) do total de cotas emitidas, podem
convocar a qualquer tempo assembleia extraordinária de
cotistas, para deliberar sobre ordem do dia de interesse
do fundo ou dos cotistas;
 A Assembleia Geral é instalada com a presença de
qualquer número de cotistas.

5.4.1.1. Assembleia geral ordinária (AGO) e Assembleia geral


extraordinária (AGE)

AGO é a Assembleia convocada anualmente para deliberar


sobre as demonstrações contábeis do Fundo. Deve ocorrer em até 120
dias após o término do exercício social. Esta Assembleia Geral somente
pode ser realizada no mínimo 30 dias após estarem disponíveis aos cotistas as
demonstrações contábeis auditadas relativas ao exercício encerrado.
Quaisquer outras Assembleias são chamadas de AGE (Assembleia
geral extraordinária).

5.5. Direitos e obrigações dos condôminos

O cotista deve ser informado:

• Do objetivo do fundo;
• Da política de investimento do fundo e dos riscos associados a
essa política de investimentos;
• Das taxas de administração de desempenho cobradas, ou critérios para
sua fixação, bem como das demais taxas e despesas cobradas;
• Das condições de emissão e resgate de cotas do fundo e quando for o
caso, da referência de prazo de carência ou de atualização da cota;
• Dos critérios de divulgação de informação e em qual jornal são
divulgadas as informações do fundo;
• Quando for o caso, da referência à contratação de terceiros com o
gestor de recursos.

OBS: Sempre que o material de divulgação apresentar informações


referentes à rentabilidade ocorrida em períodos anteriores, deve ser incluída
advertência, com destaque, de que:

 Os investimentos em fundos não são garantidos pelo


administrador ou por qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, pelo fundo
garantidor de crédito (FGC);
 A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de
rentabilidade futura;

Para avaliação da performance do fundo de investimento, é


recomendável uma análise de período de, no mínimo, 12 meses.
Somente poderá publicar e divulgar material do produto de
investimento após 6 meses de rentabilidade apurada.

O cotista deve ter acesso:

• Ao regulamento e ao formulário de informação complementar;


• Ao valor do patrimônio líquido, valor da cota e rentabilidade no mês e
ano civil;
• A composição da carteira do fundo (o administrador deve colocá-lo à
disposição dos cotistas);
O cotista deve receber:

• Mensalmente extrato dos investimentos;


• Anualmente demonstrativo para Imposto de Renda com os
rendimentos obtidos no ano civil, número de cotas possuídas e o valor
da cota;

Obrigações dos cotistas:

O cotista deve ser informado e estar ciente de suas obrigações, tais


como:
• O cotista poderá ser chamado a aportar recursos ao fundo nas
situações em que o PL do fundo se tornar negativo;
• O cotista pagará taxas de administração, de acordo com o percentual
é critério do fundo;
• Observar as recomendações de prazo mínimo de investimento e os
riscos que o fundo pode incorrer;
• Comparecer nas assembleias gerais;
• Manter seus dados cadastrais atualizados para que o administrador
possa lhe enviar os documentos;

5.6. Informações relevantes (Disclaimers)

Divulgar, diariamente o valor do patrimônio líquido e da cota


(função do Administrador do fundo de investimento).

Mensalmente, remeter aos cotistas um extrato com as


seguintes informações:

• Nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;


• Nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
• Nome do cotista;
• Saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao
longo do mesmo;
• Rentabilidade do Fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o último dia
útil do mês de referência do extrato;
• Data de emissão do extrato da conta;
• O telefone, o correio eletrônico (e-mail) e o site;

Anualmente, colocar as demonstrações financeiras do Fundo,


incluindo o Balanço, à disposição de qualquer interessado que as
solicitar.

5.7. Obrigações dos Administrador de um fundo de investimento

• Remeter aos cotistas dos fundos não destinados exclusivamente a investidores


qualificados as demonstrações de desempenho do fundo, até o último dia útil de fevereiro de
cada ano;
• Divulgar, em lugar de destaque na sua página na rede mundial de computadores e
sem proteção de senha, o item 3 da demonstração de desempenho do fundo relativo;
a) aos 12 (doze) meses findos em 31 de dezembro, até o último dia útil de
fevereiro de cada ano;
b) aos 12 (doze) meses findos em 30 de junho, até o último dia útil de agosto de
cada ano;

5.7.1. Regras gerais sobre divulgação de informação

A. As informações divulgadas pelo administrador relativas ao fundo devem ser


completas, verdadeiras, consistentes e não induzirem o investidor ao erro;
B. Todas as informações relativas ao fundo devem ser escritas em linguagem
simples, clara, objetiva e concisa;
C. A divulgação de informações sobre o fundo deve ser abrangente, equitativa e
simultânea para todos os cotistas;
D. As informações fornecidas devem ser úteis a avaliação do investimento;
E. As informações relativas aos fundos não podem assegurar ou sugerir a
existência de garantia de resultados futuros ou isenção de riscos para o investidor;
F. Informações factuais devem ser diferenciadas de interpretações, opiniões,
projeções e estimativa;
G. Informações factuais devem vir acompanhadas da indicação de suas fontes;
H. As regras se aplicam ao Formulário de Informações Complementares – FIC, à
lâmina e a qualquer outro material de divulgação do fundo;
I. Caso as informações divulgadas apresentem incorreções ou impropriedades que
possam induzir o investidor a erros de avaliação, a CVM pode exigir;
• Acesso da divulgação de informação;
• A veiculação, com igual destaque e por meio do veículo usado para divulgar a
informação original, de retificações e esclarecimentos, devendo constar, de forma expressa,
que a informação está sendo publicada por determinação da CVM;

5.8. Segregação de funções e responsabilidades

• ADMINISTRADOR: Responsável legal pelo funcionamento do fundo.


Controla todos os prestadores de serviços e defende o interesse dos cotistas,
representa o fundo judicialmente. Responsável por comunicação com o
cotista. (Parte Burocrática);

• CUSTODIANTE: Responsável pela “guarda” dos ativos do fundo, com


objetivo de garantir a titularidade do investimento por parte do cotista.
Responde pelos dados e envio de informações dos fundos para os
administradores e gestores

• DISTRIBUIDOR: Responsável pela venda (distribuição) das cotas do


fundo. Pode ser o próprio administrador ou terceiros contratados por ele;

• GESTOR: Responsável pela compra e venda dos ativos do fundo


(gestão) segundo política de investimento estabelecida em regulamento.
Quando há aplicação no fundo, cabe ao gestor comprar ativos para a
carteira. Quando houver resgate o gestor terá que vender ativos da
carteira;
.
• AUDITOR INDEPENDENTE: Todo Fundo deve contratar um auditor
independente que audite as contas do fundo pelo menos uma vez por ano.
5.9. Tipos de fundos

FUNDOS ABERTOS
Os fundos de investimento abertos permitem a entrada de novos
investidores ou o aumento da participação dos antigos por meio de
investimentos adicionais, assim como é permitido o resgate de cotas, mediante
a venda de ativos do fundo para a entrega do valor correspondente ao cotista
que efetuou o resgate, total ou parcial, de suas cotas.
Você pode aplicar e resgatar a qualquer momento.

FUNDOS FECHADOS
Os fundos de investimento fechados não permitem a entrada e a saída
de investidores a qualquer momento. Após um período determinado, não são
mais admitidos novos cotistas nem novos investimentos pelos antigos cotistas
no fundo. Além disso, também não é permitido o resgate de cotas por decisão
do cotista. O prazo para encerramento do fundo também é
previamente definido.
Você tem data certa para aplicar e data certa resgatar.

Ex: Você pode aplicar entre 10/04 a 30/5 e poderá sacar (resgatar)
somente entre 01/12 à 30/12.

O material de divulgação de distribuição de cotas do fundo


fechado deve conter pelo menos as seguintes informações:
• Nome do fundo;
• Nome, endereço do administrador e gestor, se houver;
• Nome e endereço das instituições responsáveis pela distribuição;
• Política de investimento, público alvo e principais características
do fundo;
• Mercados onde as cotas dos fundos são negociadas;
• Condições de subscrição de integralização;
• Data do início e encerramento da distribuição;
• Os dizeres, de forma destacada: "A concessão do registro da
presente distribuição não implica, por parte da CVM, garantia de veracidade
das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade do fundo, de
seu
administrador ou das cotas a serem distribuídas".

FUNDOS RESTRITOS

Fundos classificados como “restritos” são aqueles constituídos para


receber investimento de um grupo restrito de cotistas, normalmente
membros de uma única família, ou empresa de um grupo econômico.
Também são muito comuns fundos restritos a investidores
qualificado.

FUNDOS EXCLUSIVOS
Os Fundos classificados como "Exclusivos" são aqueles constituídos
para receber aplicações exclusivamente de um único cotista. Somente
investidores profissionais podem ser cotistas de Fundos exclusivos.
Marcação a mercado é facultativa.

FUNDOS DE INVESTIMENTO COM CARÊNCIA


O regulamento do fundo pode estabelecer prazo de carência
para resgate, com ou sem rendimento. Os fundos com Carência têm
resgate após o término da carência. A grande diferença entre os
fundos com carência e sem carência é a liquidez. Se você investir em
um Fundo que possua prazo de carência, não poderá resgatar até
terminar esse prazo.
Você pode investir a qualquer momento, porém para resgata há um
prazo definido.

FUNDOS DE INVESTIMENTO SEM CARÊNCIA


Resgates podem ser efetuados a qualquer momento, isto é, liquidez
diária
.

FUNDOS PASSIVOS (FUNDO INDEXADO)


Os fundos passivos são aqueles que buscam acompanhar um
determinado “benchmark” e por essa razão seus gestores têm menos liberdade
na seleção de Ativos. Ex: São fundos que acompanham, por exemplo, o CDI.
Os Fundos Passivos (ou com uma gestão Passiva), buscam
acompanhar ou replicar um determinado “benchmark”.
Por exemplo, se um Fundo busca a rentabilidade de 100%
do CDI (benchmark), ele reunirá esforços para alcançar essa
“marca”.
Quando um investidor escolhe um fundo passivo, ele não
deve esperar ganhos extraordinários muito diferente desse
referencial que o Fundo busca acompanhar. Logo, a gestão
Passiva tem um perfil mais conservador, com menores custos
operacionais.

FUNDOS ATIVOS
São considerados ativos aqueles em que o gestor atua buscando obter
melhor desempenho, assumindo posições que julgue propícias para superar o
seu “benchmark”. Ex: Gestor busca os melhores ativos no mercado financeiro
a fim de obter maior rentabilidade. Logo, uma gestão Ativa vai atrás
das melhores oportunidades de aplicação, tendo como principal
objetivo maximizar os resultados, tendo assim um perfil mais
agressivo, onde possui um maior custo operacional.

FUNDO ALAVANCADO
Um fundo é considerado alavancado sempre que existir possibilidade
(diferente de zero) de perda superior ao patrimônio do fundo,
desconsiderando- se casos de default nos ativos do fundo.
Os Fundos Alavancados geralmente se utilizam de derivativos
para aumentar sua exposição no mercado. Isso significa que eles podem
lucrar mais, mas também podem perder mais (inclusive todo o patrimônio
do Fundo e até mais do que isso). Geralmente, essa estratégia está
presente nos Fundos agressivos.
5.10. Tipos de Taxas

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO

Percentual pago pelos cotistas de um fundo para remunerar todos os


prestadores de serviço. É uma taxa expressa ao ano calculada e deduzida
diariamente.
A cobrança de taxa de administração afeta o valor da cota.
A rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento é
sempre liquida de taxa de administração.

TAXA DE PERFORMANCE

Percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade do fundo supera a


de um indicador de referência. Nem todos os fundos cobram taxa de
performance, sendo assim somente fundos ativos podem cobrar taxa
performance, visto possuir gestão ativa. Cobrança após a dedução de
todas as despesas, inclusive da taxa de administração.

Linha d’agua: Metodologia utilizada para cobrança de taxa de


performance.
Periodicidade: Semestral

Ex.: Toda rentabilidade acima de 5% será cobrada o percentual de taxa


performance definido pelo administrador do fundo.
TAXA DE INGRESSO OU DE SAÍDA

Taxa de ingresso: Elas são cobradas na aquisição (compra da cota em


um fundo de investimento) de cotas do fundo.

Taxa de saída: Normalmente é cobrada quando existe um prazo para


resgate das cotas, mas o investidor não quer (ou não pode) esperar este tempo
para receber o dinheiro.

5.11. Despesas

De acordo com a instrução CVM 409 são encargos do fundo


de investimento além da taxa de administração, os impostos e
contribuições que incidam sobre os bens, direitos e obrigações do
fundo.

5.12. Documentos dos fundos

Regulamento: Documento que estabelece as regras de funcionamento e


operacionalização de um fundo de investimento, segundo legislação vigente. Ex:

 À administração;
 À espécie, se aberto ou fechado;
 Ao prazo de duração, se determinado ou indeterminado;
 À gestão;
 Aos prestadores de serviço;
 À política de investimento, de forma a caracterizar a classe do
fundo;
 À taxa de administração e, se o caso, às taxas de performance,
entrada e saída;
 Às condições de aplicação e resgate de cotas;
Exemplo de Regulamento

Uma forma de associação para o Regulamento é que ele é o “MANUAL DE


INSTRUÇÕES DO FUNDO DE INVESTIMENTO”
Lâmina de informações essenciais: O administrador de fundo de
investimento aberto que não seja destinado exclusivamente a
investidores qualificados deve elaborar a lâmina de informações
essenciais, documento que apresenta de forma simplificada as principais
informações do fundo. Ela é apresentada em um formato simples, reduzido e
deve seguir um padrão e uma sequência pré- definidos.
Devido a sua estrutura, é um documento que permite
compreender e comparar informações importantes sobre os fundos,
tais como:
• O público-alvo e restrições de investimento;
• Descrição resumida da política de investimento do fundo, incluindo os
limites de aplicação em ativos no exterior, em crédito privado, o limite de
alavancagem, quando houver, e se o fundo utiliza derivativos apenas para
proteção da carteira;
• Informações sobre investimento mínimo, carência, condições de resgate,
taxas cobradas;
• A composição da carteira do fundo, incluindo o patrimônio líquido e as
cinco espécies de ativos em que ele concentra seus investimentos;
• A classificação de risco que o administrador atribui ao fundo,
considerando a estratégia de investimento adotada, que vai de 1 (um), menor
risco, a 5 (cinco), maior risco;
• Histórico de rentabilidade;
• Exemplo comparativo e simulação de despesa;
• Descrição resumida da política de distribuição do fundo;
• Informações sobre o serviço de atendimento ao cotista;
Os investidores devem sempre exigir a apresentação da lâmina dos
fundos que lhes são ofertados nos pontos de distribuição, como as agências
bancárias e as corretoras, inclusive pelos canais eletrônicos. Entretanto, o
investidor não deve abrir mão de ler também o regulamento e o formulário de
informações complementares
Exemplo de Lâmina de Informações Essenciais
5.13. Gestão de Recursos

APLICAÇÃO DE RECURSOS
Quando o cotista (investidor) aplica recursos em um fundo (compra de
cotas), o gestor deverá comprar ativos para a carteira do fundo (com o recurso
que o cotista aplicou).

RESGATE DE RECURSOS
Quando o cotista (investidor) resgata recursos de um fundo (venda de
cotas), cabe ao gestor do fundo vender ativos para conseguir recursos para
honrar o resgate e pagar o cotista.
Na emissão das cotas do fundo deve ser utilizado o valor da
cota do dia ou do dia seguinte ao da data da aplicação, segundo o
disposto no regulamento.

OBS: Em casos excepcionais de liquidez dos ativos componentes da


carteira do fundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates
incompatíveis com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do
tratamento tributário do fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes
últimos, o administrador poderá declarar o fechamento do fundo para a
realização de desgastes e caso o fundo permaneça fechado por período
superior a 5 (cinco) dias consecutivos, será obrigatória a convocação de
assembleia geral extraordinária, no prazo máximo de 1 (um) dia, para deliberar,
no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do fechamento para resgate,
sobre as seguintes possibilidades:

 Substituição do administrador, do gestor ou de ambos;


 Reabertura ou manutenção do fechamento fundo para desgaste;
 Possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores
mobiliários;
 Cisão do fundo;
 Liquidação do fundo;
5.14. Conceitos de aplicações e Resgate

Prazo de cotização: é o tempo que o fundo leva para converter o


dinheiro em cotas, a partir da data de aplicação, ou as cotas em dinheiro, a
partir da data do pedido de resgate.
Prazo de liquidação: é o tempo que o fundo leva, depois da cotização,
para depositar o dinheiro resgatado na conta do cotista.
Prazo de resgate: é o tempo decorrido desde o pedido de resgate até o
depósito do dinheiro na conta do cotista. É a soma do prazo de cotização com
o prazo de liquidação.
D+n: é a forma de medir os prazos no mercado financeiro, como os
prazos de cotização, liquidação e resgate. A letra D representa o dia útil em
que foi realizada a operação (por exemplo, o pedido de resgate).

• Cota de abertura: Cota na qual é apurada e conhecida no


início do dia; Quais fundos podem utilizar cota de abertura:

* Curto prazo;
* Referenciado DI;
* Renda fixa;

 Cota de fechamento: Cota na qual é apurada e conhecida no


final do dia ou fechamento do mercado; Quais fundos podem utilizar a cota de
fechamento:
* Curto Prazo;
* Referenciado DI;
* Renda Fixa;
* Multimercado;
* Cambial;
* Dívida Externa;
* Ações;

Obs: Para os fundos que tiverem carteira com prazo médio superior a 365
dias (longo prazo), é obrigatório o uso de cota de fechamento.
5.15. PRINCIPAIS MODALIDADES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

5.15.1. FUNDOS DE RENDA FIXA

Investe no mínimo 80% de seu Patrimônio Líquido em ativos de renda


fixa expostos a variação da taxa de juros ou a um índice de preços, ou ambos.
Sua carteira é composta por títulos que rendem uma taxa
previamente acordada. Estes fundos se beneficiam num cenário de
queda da taxa de juros, mas tem risco de taxa de juros e
eventualmente de crédito.

Estes fundos podem ser adicionalmente classificados como:


 “Longo Prazo”, quando o prazo médio de sua carteira superar 365 dias.

Neste caso, não poderá ser utilizada a “cota de abertura”.

É vedada (proibida) a cobrança de taxa de performance, salvo


quando se tratar de Fundo destinado a investidor qualificado.
PERFIL: Fundo Moderado
5.15.2. FUNDO DE RENDA FIXA DE CURTO PRAZO

São Fundos que têm por objetivo proporcionar a menor volatilidade


possível dentre os Fundos disponíveis no mercado brasileiro.
O fundo classificado como "Renda Fixa” que aplica 100% dos seus
recursos exclusivamente em títulos públicos federais ou privados (de baixo
risco de crédito), pré-fixados ou indexados à Taxa Selic” ou outra taxa de juros,
ou títulos indexados ao índice de preços, com prazo máximo a decorrer de
375 (trezentos e setenta e cinco) dias, e prazo médio da carteira do
fundo inferior a 60 (sessenta) dias devem incluir, a sua denominação,
os sufixo “Curto prazo”.

Podem utilizar-se de estratégia com derivativos somente para


proteção da carteira

É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando


se tratar de Fundo destinado a investidor qualificado.
PERFIL: Fundo Conservador
5.15.3. FUNDOS DE RENDA FIXA REFERENCIADOS

O fundo classificado como "Renda Fixa” cuja política de


investimento assegure que ao menos 95% (noventa e cinco por cento) do seu
patrimônio líquido esteja investido em ativos que acompanham, direta ou
indiretamente, determinado índice de referência deve incluir, à sua
denominação, o sufixo “Referenciado” seguido da denominação de tal índice.
Além disso, esses fundos devem ter 80% (oitenta por cento), no
mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isoladamente ou
cumulativamente, por títulos da dívida pública federal ou por ativos financeiros
de renda fixa considerados de baixo risco de credito pelo gestor.

Esses fundos têm a sua atuação restrita a respectiva atuação


nos mercados de derivativos à realização de operações com o objetivo de
proteger posições detidas à vista (hedge).

É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se


tratar de Fundo destinado a investidor qualificado
PERFIL: Fundo Conservador
5.15.4. FUNDOS DE RENDA SIMPLES

O fundo classificado como “Renda Fixa” que tenha 95% (noventa


e cinco por cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada
ou cumulativamente, por títulos da dívida pública federal ou títulos de renda
fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras que possuam
classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles
atribuídos aos títulos da dívida pública federal, esses fundos devem incluir
em sua denominação, o sufixo “Simples”.

É vedado ao fundo simples a:


1. Cobrança de taxa de performance;
2. Realização de investimentos no exterior;
3. Concentração em créditos privados;
4. Transformação do fundo em fundo fechado;

A lâmina de informações essenciais fingindo de que trata o


capital deve comparar a performance do fundo com a performance da
taxa Selic.

Dispensa do termo de adesão e ciência de risco e preenchimento do


API (Analise Perfil do Investidor);
PERFIL: Fundo Conservador

5.15.5. FUNDOS DE RENDA FIXA DE DIVIDA EXTERNA

O fundo classificado como “Renda Fixa” que tenha 80% (oitenta


por cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido representado por títulos
representativos da dívida externa de responsabilidade da União, deve incluir,
à sua denominação, o sufixo “Dívida Externa”.
É a forma mais fácil de investir em papéis brasileiros
negociados no mercado internacional.

Somente fundos de Dívida Externa podem adquirir títulos


representativos da dívida externa de responsabilidade da união.

Podem cobrar taxa de performance.


PERFIL: Fundo Agressivo

5.15.6. FUNDO CAMBIAL

Os fundos classificados como “Cambiais” devem ter como principal


fator de risco de carteira a variação de preços de moeda estrangeira ou a
variação do cupom cambial. No mínimo 80% (oitenta por cento) da carteira
deve ser composta por ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via
derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe.
Os Fundos Cambiais Dólar são os mais conhecidos. A aplicação
é feita em R$ (reais), e sua carteira é composta por papéis que
buscam acompanhar a variação da moeda norte americana.

Comentário: ATENÇÃO, ele não acompanha a cotação do dólar.

Podem cobrar taxa de performance. Podem utilizar derivativos.


PERFIL: Fundo Agressivo

5.15.7. FUNDO DE AÇÕES

Investe no mínimo 67% do seu patrimônio líquidos em ações


negociadas no mercado à vista de bolsa de valores.
A performance destes fundos está sujeita à variação de preço
das ações que compõem sua carteira. Por isso, são mais indicados
para quem tem objetivos de investimentos de longo prazo.
Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no
mínimo, 2/3 (dois terços) do seu patrimônio líquido seja investido em
ações de companhias listadas em segmento de negociação de valores
mobiliários, voltado ao mercado de acesso, instituído por bolsa de
valores ou por entidade do mercado de balcão organizado, que
assegure, por meio de vínculo contratual, práticas diferenciadas de
governança corporativa devem usar, em seu nome, a designação
“Ações – Mercado de Acesso”.

Podem cobrar taxa de performance e podem utilizar derivativos.


Os Fundos de Ações – Mercado de Acesso constituídos sob a
forma de condomínio fechado podem utilizar, como parâmetro de
referência para o cálculo da taxa de performance, índices atrelados a
juros ou inflação.

PERFIL: Fundo Agressivo

ESTRATÉGIA DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS EM FUNDOS DE AÇÕES

Market timing: é a estratégia de tomar decisões de compra ou venda de ativos


financeiros (geralmente ações ), tentando prever movimentos futuros de preços
de mercado. A previsão pode ser baseada em uma perspectiva de
mercado ou condições econômicas resultantes de análises técnicas
ou fundamentais.

Stock picking: aposta em ações com maior potencial de retorno. Esta aposta
se dá, geralmente, em relação às ações que fazem parte do
benchmark. Por exemplo, se Petrobrás representa 20% da carteira do
Ibovespa, e o administrador acredita que seja uma boa alternativa de
investimento, pode comprar 25% para a carteira do Fundo. Se o
administrador estiver correto, estes 5% extras ajudarão a ultrapassar
o benchmark.
Arbitragem: comprar e vender o mesmo ativo, com características
ligeiramente diferentes, ganhando o diferencial do preço. Por exemplo,
compra de uma ação ON e venda de uma ação PN do mesmo emissor.
Nesse caso, o administrador não está fazendo aposta com relação à
direção da bolsa, mas apenas com relação ao diferencial de preços
entre esses dois ativos.

5.15.8. FUNDOS MULTIMERCADOS

Os Fundos classificados como "Multimercado" devem possuir


políticas de investimento que envolva vários fatores de risco, sem o
compromisso de concentração em nenhum fator em especial ou em
fatores diferentes das demais classes previstas na instrução. Ou seja,
este tipo de Fundo pode aplicar em DI/SELIC, índices de preços, taxas
de juros, câmbio, dívida externa e ações.
Podem usar derivativos para alavancagem. Podem cobrar taxa de
performance.

5.15.9. FUNDO DE CRÉDITO PRIVADO

O fundo de investimento que realizar aplicações em quaisquer


ativos ou modalidades operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou
jurídicas de direito privado ou de emissores públicos ou outros que não a União
Federal que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50% (cinquenta por
cento) de seu patrimônio líquido, deverá observar as seguintes regras,
cumulativamente àquelas previstas para a sua classe:
I - Na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito
Privado”.
II – o regulamento, o Formulário de Informações Complementares –
FIC e o material de venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de
que o fundo está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido
em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de
sua carteira, inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de
administração temporária, falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos
emissores responsáveis pelos ativos do fundo;
PERFIL: Fundo Moderado

5.15.10. FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS


DE INVESTIMENTO

O fundo de investimento em cotas de fundos de investimentos


deverá manter, no mínimo 95% (noventa e cinco portento) de seu patrimônio
investido em cotas de fundos de investimento de uma mesma classe, exceto
os fundos de investimento em cotas classificados como
"Multimercado", que podem investir em cotas de fundos de classes
distintas;
O restante 5% (cinco por cento) do patrimônio do fundo
poderão ser mantidos em depósitos à vista ou aplicarem em:
I. Títulos públicos federais;
II. Títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira;
III. Operação compromissadas (Operação envolvendo títulos de
renda fixa), de acordo com a regulação especificado pelo Conselho Monetário
Nacional
– CMN;
Deverá constar da denominação do fundo a expressão "Fundo de
Investimento em Cotas de Fundos de Investimento" acrescida da classe dos
fundos investidos de acordo com regulamentação específica.
5.15.11. FUNDOS DE INVESTIMENTO EM ÍNDICE DE MERCADO –
FUNDOS DE ÍNDICE

Esses fundos também conhecidos como ETF – Exchange Traded Funds.

O fundo é uma comunhão (conjuntos) de recursos destinado à aplicação


em carteira de títulos e valores mobiliários (ações) que visa refletir as variações
e rentabilidade de um índice de referência (ex: Ibovespa), por prazo
indeterminado. Da denominação do fundo deve constar a expressão
“Fundo de Índice” e a identificação do índice de referência.
O fundo é regido por esta Instrução e pelas disposições
constantes do seu regulamento, sendo seu principal meio de
divulgação de informações a sua página na rede mundial de
computadores.

Fundo deve manter 95% (noventa e cinco por cento), no mínimo,


de seu patrimônio aplicado em valores mobiliários (Ações) ou outros ativos
de renda variável autorizados pela CVM, e ativos que apliquem em índice de
referência de Renda Fixa, na proporção em que estes integram o índice de
referência, ou em posições compradas no mercado futuro do índice de
referência, de forma a refletir a variação e rentabilidade de tal índice.
Tributação: 15% na fonte.
PERFIL: Fundo Agressivo

5.15.12. FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO (FII)

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) destinam-se ao


desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, tais como construção de
imóveis, aquisição de imóveis prontos, ou investimentos em projetos visando
viabilizar o acesso à habitação e serviços urbanos, inclusive em áreas rurais,
para posterior alienação, locação ou arrendamento.
Estes Fundos destinam-se a investidores que procuram imóveis como
uma forma de diversificação de sua carteira de investimentos, e esperam
ganho de capital moderado e rendimentos em forma de aluguel.
Os Fundos imobiliários são comercializados na forma de Fundos
fechados, que podem ter duração determinada ou indeterminada.
Estes Fundos devem distribuir, no mínimo, 95% do lucro auferido,
apurados segundo o regime de caixa.

Alíquota de IR: 20%


RECOLHIMENTO (pagamento do Imposto): Até o último dia útil do
mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.

INCIDÊNCIA: Sobre ganhos de capital (Valorização da Cota).

COMPENSAÇÃO DE PERDAS: Perdas incorridas na alienação de


cotas de fundo de investimento imobiliário só podem ser compensadas com
ganhos auferidos na alienação de cotas de fundo da mesma espécie.

RESPONSÁVEL PELO RECOLHIMENTO: Administrador do Fundo (em


caso de IR na Fonte relativo a distribuição dos lucros caso não esteja dentro da
regra de isenção), e o Próprio Investidor em relação aos ganhos sobre a
valorização da cota.

ISENÇÃO de IR (Imposto de Renda): Os rendimentos (dividendos)


distribuídos pelos fundos de investimento imobiliário cujas cotas sejam
admitidas à negociação exclusivamente em bolsas de valores ou no
mercado de balcão organizado, ISENÇÃO PARA PESSOA FISÍCA, nos
seguintes casos:

 Será concedido somente nos casos em que o fundo de


investimento imobiliário possua, no mínimo, 50 (cinquenta) cotistas;

 Não será concedido ao cotista pessoa física titular de cotas


que representem 10% (dez por cento) ou mais da totalidade das cotas
emitidas pelo fundo de investimento imobiliário ou cujas cotas lhe
derem direito ao recebimento de rendimento superior a 10% (dez por
cento) do total de rendimentos auferidos pelo fundo.
Uma vez constituído e autorizado o funcionamento do Fundo,
admite-se que 25% de seu patrimônio, no máximo e temporariamente,
seja investido em cotas de FI e/ou em Títulos de Renda Fixa.
Esta parcela pode ser maior se expressamente autorizado pela
CVM, mediante justificativa do administrador do Fundo.
É vedado ao Fundo operar em mercados futuros ou de opções.

PERFIL: Fundo Moderado

5.15.13. FUNDOS DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS


(FIDC E FIC-FIDC)

São Fundos constituídos por títulos de crédito originários de operações


realizadas nas instituições financeiras, na indústria, arrendamento mercantil,
hipotecas, prestação de serviços e outros títulos que possam ser admitidos
como direito de crédito pela CVM.
Desta forma, as operações de crédito originalmente feitas podem
ser cedidas aos Fundos que assumem estes direitos creditórios. Esta
operação permite aos bancos, por exemplo, que cedam (vendam) seus
empréstimos aos FIDC, liberando espaço para novas operações, e
aumentando a liquidez deste mercado,

Estes Fundos podem ser:

 Abertos: quando os cotistas podem solicitar resgate das cotas,


de acordo com o estatuto do Fundo;
 Fechados: quando as cotas podem ser resgatadas somente ao
término do prazo de duração do Fundo, ou no caso de sua liquidação;

Benefícios dos FIDC:

 Para quem cede os direitos creditórios: diminuição dos riscos


de crédito e “liberação de espaço no balanço”;
 Para as empresas: mais liquidez no mercado de crédito;
 Para os investidores: uma alternativa de investimento que
tende a oferecer uma rentabilidade maior do que a renda fixa tradicional;

Tipos de Cotas:
 Cota sênior: Aquela que não se subordina às demais para efeito
de amortização e resgate (Cota que possui Prioridade);
 Cota subordinada: Aquela que se subordina à cota sênior ou
a outras cotas subordinadas, para efeito de amortização e resgate;

Riscos: O principal risco para o investidor em FIDC é o crédito da


carteira de recebíveis. Ou seja, o retorno está diretamente ligado ao
nível de inadimplência dos recebíveis que formam o lastro da carteira.

Os FIDC podem operar no mercado de derivativos (bolsas e balcão com


sistema de registro) somente para proteger suas posições à vista.
No caso de Fundo aberto, o Fundo será liquidado ou incorporado a outro
se mantiver PL médio inferior a R$500.000 durante 3 meses consecutivos, ou 3
meses após a autorização da CVM.

Observações:

 Para Oferta Pública, ela dever ter seus riscos avaliados por
uma agência classificadora de Riscos;
 Não há valor mínimo para aplicação;
 O FIDC deve ter, no mínimo, 50% de seu patrimônio em
direitos creditórios;
Tributação: “Tabela Regressiva”

PERFIL: Fundo Moderado

5.15.14. FUNDOS DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES – FIP

O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é uma


comunhão de recursos destinados à aplicação em companhias abertas,
fechadas ou sociedades limitadas, em fase de desenvolvimento. Cabe ao
administrador constituir o fundo e realizar o processo de captação de
recursos junto aos investidores através da venda de cotas.

O FIP é um investimento em renda variável constituído sob a forma de


condomínio fechado, em que as cotas somente são resgatadas ao
término de sua duração ou quando é deliberado em assembleia de
cotistas a sua liquidação.

Os FIPs devem manter, no mínimo, 90% de seu patrimônio


investido em “ações, debêntures simples, bônus de subscrição ou outros
títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de
emissão de companhias abertas ou fechadas, bem como em títulos ou
valores mobiliários representativos de participação em sociedades
limitadas. A
exceção são as debentures simples, cujo limite máximo é de 33%
do capital subscrito do fundo.
Tributação: 15% na Fonte;

PERFIL: Fundo Agressivo

5.15.15. FUNDOS OFF-SHORE

Os fundos Off-Shore investem recursos no exterior, sendo sua


sede formalmente localizada no exterior, porém o gestor localiza-se no Brasil.
5.16. COME-COTAS

É uma modalidade de cobrança de imposto de renda semestral, na qual


é realizada no último dia útil do mês de Maio e Novembro, sem
necessariamente ter sido realizado o resgate do fundo de investimento. Esta
cobrança afeta diretamente a quantidade de cotas de investimento, reduzindo
a quantidade de cotas visto ter sido realizada à cobrança do imposto.

A cobrança é realizada na alíquota de:


 20% dos rendimentos para fundos considerados de curto prazo
(até 360 dias);
 15% dos rendimentos para fundos considerados de longo prazo
(acima de 360 dias);

Obs.: Quando ocorrer o resgate por parte do investidor haverá


a compensação do imposto já pago anteriormente.

 Os Fundos de Renda Fixa, Multimercado e Cambial podem


utilizar o sistema de come-cotas.
Fundos que não usam come-cotas:
 Crédito Privado;
 Ações;
 Fundo de Investimento em Cotas;

A cobrança é semestral com alíquota anual (Quer dizer que você
paga 15% a.a., porém é cobrado a cada 6 meses);
5.17. MARCAÇÃO A MERCADO

Este conceito diz que o Fundo deve reconhecer todos os dias, o valor
de mercado (venda) de seus ativos.
A marcação a mercado faz com que o valor das cotas de cada fundo
reflita, de forma atualizada, a que preço o administrador dos recursos venderia
cada ativo a cada momento (mesmo que ele o mantenha na carteira). Ainda
de acordo com a legislação, devem ser observados os preços do fim
do dia, após o fechamento dos mercados. Já para a renda variável, a
legislação determina que observe o preço médio dos ativos durante o
dia.

Características da marcação a mercado:

 O Objetivo de marcar a mercado é evitar transferência de riqueza


entre cotistas;
 Os ativos que fazem parte da carteira de responsabilidade do
administrador devem ter um preço único;
 Administrador deve divulgar no mínimo uma versão simplificada
da marcação a mercado.

5.18. DIVULGAÇÃO DE RENTABILIDADE

É expressamente vedada:
 Divulgação, em qualquer meio, de qualificação, premiação, título
ou análise que utilize dados de menos de 12 (doze) meses;
 Divulgação de rentabilidade do fundo com menos de 6 meses
de registro na CVM;
 Divulgação de comparação entre Fundos que tenham
classificação ANBIMA diferentes, sem qualificá-los e sem apresentar
justificativa consistente para a comparação.
5.19. CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ANBIMA –
NÍVEIS 1, 2 E 3.

A ANBIMA agrupa fundos de investimento com as mesmas


características, identificando-os pelas suas estratégias e fatores de risco. Esse
agrupamento facilita a comparação de performance entre os
diferentes fundos e auxilia o processo de decisão de investimento,
além de contribuir para aumentar a transparência do mercado.
A Classificação de Fundos ANBIMA, os investimentos estão
divididos em três níveis sendo:
 1º Nível: Classes de Ativos
 2º Nível: Riscos
 3º Nível: Estratégias de investimento

Subdivisões para os fundos de Renda Fixa.

Subdivisões para os fundos de Ações.


Subdivisões para os fundos de Multimercado
Subdivisões para os fundos Cambiais: Não possui subdivisões. Sendo
apenas Cambial nos três níveis.
5.20. RESUMÃO FUNDOS DE INVESTIMENTO

Fundos Passivos
Fundos ATIVOS
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6. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL

Previdência Social é referente ao benefício pago pelo INSS aos


trabalhadores. Ela funciona como um seguro controlado pelo governo,
garantindo que o trabalhador continue a receber uma renda quando
se aposentar, mas que também não fique desamparado em caso de
gravidez, acidente ou doença.
Previdência Privada, como o próprio nome sugere, é uma opção
do indivíduo. Também chamada de previdência complementar, ela
estabelece a formação de uma reserva usada tanto para
complementar a renda recebida pelo INSS, quanto para realizar um
projeto de vida, como pagamento da faculdade dos filhos ou
investirem em um negócio próprio.

6.1. Características que influenciam o produto

Fase de Acúmulo/Diferimento

É aquele decorrido entre a data de início da vigência do plano e a data


de concessão do benefício. Em outras palavras, é o período de acumulação/
poupança em que são feitas as contribuições que capacitam o participante em
receber o benefício.

Fase de Renda/Benefício

É o período na qual os rendimentos/ou resgaste são realizados. Em


outras palavras, é o período no qual você não irá mais realizar contribuições
na previdência e somente irá receber os benefícios mensais ou o valor
acumulado mais os juros no resgaste.

Taxa de Administração

Refere-se às despesas com a gestão financeira do fundo, contratada a


uma empresa especializada. A cobrança ocorre durante toda a fase de
contribuição e incide sobre o capital total, incluindo os rendimentos. Esse
custo é regulamentado pelo Banco Central e pela Comissão de
Valores Mobiliários
Taxas de Carregamento

É cobrada logo na Entrada do plano ou Final do Plano (Postecipado) e a


cada Depósito ou Contribuição que você faz. Isso quer dizer que, se esse
custo for de 5%, a cada R$ 100,00 investidos só R$ 95,00 serão creditados
efetivamente em seu plano. Em outras palavras, quanto maior o
percentual, menor a fatia de contribuição do seu depósito feito por
você que vai “engordar o seu capital”
As instituições financeiras têm liberdade de cobrar taxas de até
10% nos planos VGBL e PGBL, com aprovação da SUSEP.

Regulamento do fundo, elaborado de acordo com as disposições

Portabilidade

É a transferência, parcial ou total, do saldo acumulado entre


fundos do plano contrato, ou para outros planos, outra seguradora ou
Entidade Aberta de Previdência Complementar – EAPC, durante o
período de acumulação, por vontade do titular. O prazo mínimo para
portabilidade é de 60 dias da data do aporte inicial.

Transferências Entre Planos

Não é permitido mudar de modalidade, ou seja, de um VGBL para


um PGBL e vice-versa. Se quiser fazê-lo, o investidor deverá resgatar seja
recursos e aplicar novamente em outro plano, o que implicará em cobrança de
IR sobra o dinheiro retirado, conforme regime tributário escolhido e vigente à
época do resgaste.
Sendo assim somente é possível realizar portabilidade de planos de
previdência de PGBL para PGBL e de VGBL para VGBL.
Quanto ao regime de tributação é possível trocar a tabela de cobrança
de imposto de renda da progressiva para a regressiva. O contrário, entretanto,
não é possível. Uma vez escolhida a tabela regressiva, deve-se permanecer
com ela.
OBS: Tempo Mínimo para resgate e portabilidade é de 60 dias.

Resgate

Uma das formas de sair do plano, ou seja, de utilizar a reserva


acumulada, pode ser o resgate total, caso o cliente não queira passar
a receber uma renda mensal. Para essa opção, há duas formas
disponíveis de resgate:

• Resgate programado: são definidas datas certas para a retirada


do dinheiro. Os recursos que continuarem no plano permanecerão
rendendo.
• Resgate total: é a alternativa mais barata para o usuário, mas
não é indicada para quem não tem experiência em gerir seu
patrimônio. Afinal, se o dinheiro ficar parado, deixará de render.

6.2. PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL)

O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é mais vantajoso para


aqueles que fazem a declaração do imposto de renda pelo formulário
completo. É uma aplicação em que incide risco, já que não há garantia
de rentabilidade, que inclusive pode ser negativa. Ainda assim, em caso
de ganho, ele é repassado integralmente ao participante.
O resgate pode ser feito no prazo de 60 dias de duas formas: de uma
única vez, ou transformado em parcelas mensais. Também pode ser abatido
até 12% da renda bruta anual do Imposto de Renda e tem taxa de
carregamento.

Em resumo o PGBL é um plano de previdência na qual é possível


abater 12% da renda bruta anual no seu imposto de renda, com isso é
possível diminuir o pagamento de imposto de renda. Outra
característica deste plano é que a incidência de imposto de renda é sobre
o valor Total do investimento (Total aplicado + Juros recebidos).
6.3. VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRE (VGBL)

O VGBL, ou Vida Gerador de Benefício Livre, é aconselhável para


aqueles que não têm renda tributável, já que não é dedutível do Imposto
de Renda, ainda que seja necessário o pagamento de IR sobre o
ganho de capital.
Nesse tipo de produto, também não existe uma garantia de
rentabilidade mínima, ainda que todo o rendimento seja repassado ao
integrante. O primeiro resgate pode ser feito em prazo que varia de dois meses
a dois anos. A partir do segundo ano, também pode ser feita a cada
dois meses.
Nesta modalidade a incidência de imposto de renda é somente
sobre o rendimento ganho.

RESUMO PGBL E VGBL


6.4. Regimes de Tributação (Imposto de Renda)

REGIME DE TRIBUTAÇÃO REGRESSIVO

Quanto maior o prazo menor será o imposto cobrado.

REGIME DE TRIBUTAÇÃO PROGRESSIVA

Quanto maior o valor recebido entre resgate total ou resgate


parcial, maior será o imposto pago. Segue a tabela progressiva do
Imposto de Renda:
DICA para não ERRAR Previdência na Prova

PGBL + IR PGBL + IR
(PROGRESSIVA) (REGRESSIVA)

Declaração Completa; Declaração Completa;


Dedução de 12% de Dedução de 12% de
Rendimentos Rendimentos
Tributáveis; Tributáveis;
IR sobre o valor TOTAL IR sobre o valor TOTAL
(Aplicação + Juros (Aplicação + Juros
Recebidos) Recebidos)

VGBL + IR VGBL + IR
(PROGRESSIVA) (REGRESSIVA)

Declaração Declaração
Simplificada; Simplificada;
IR sobre o valor dos IR sobre o valor dos
rendimentos (Juros rendimentos (Juros
Recebidos) Recebidos)
Indicado para CURTO Indicado para LONGO
PRAZO até 4 Anos. PRAZO ACIMA 4 Anos.
PARA FIXAR OS CONHECIMENTOS DESTE CAPÍTULO

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7. MENSURAÇÃO E GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCOS

Este módulo equivale de 10 a 20% do conteúdo que cairá em


sua prova. Este módulo busca apresentar o conhecimento dos
principais mecanismos para avaliação de risco e avaliação de carteira
de investimento, apropriando ao aluno o entendimento necessário
para avaliar múltiplos investimentos.
OBS.: Será cobrado somente os conceitos. Não há cobrança de
cálculo na prova.

7.1. Risco

Quando vamos fazer um investimento, inicialmente temos apenas uma


expectativa da sua rentabilidade. No mercado, essa expectativa é conhecida
como retorno esperado do investimento. Porém, somente com o passar
do tempo, e no momento do resgate da aplicação, é que saberemos
qual foi realmente o retorno obtido.
Diversos motivos podem fazer com que o retorno realmente obtido no
resgate de um investimento seja diferente do retorno esperado no momento
da aplicação. Ou seja, sempre há alguma incerteza quando vamos realizar
um investimento.

O risco de um investimento pode ser considerado como a medida


dessa incerteza. Ou seja, a probabilidade de o retorno obtido em um
investimento ser diferente do esperado.
7.1.1. TAXA LIVRE DE RISCO

A taxa livre de risco é aquela em que o investimento que a


remunera não possui risco de crédito (possibilidade de calote). No
Brasil o ativo que mais se aproxima dessa definição são os títulos
públicos federais, por esse motivo, utilizamos a taxa Selic (que
remunera as LFTs) como taxa de juros livre de risco.

7.1.2. Tipos de Riscos

Principais riscos encontrados em investimentos:

 Risco de Crédito
 Risco de Mercado
 Risco de Liquidez

Outros Riscos:
 Risco de Liquidação
 Risco de Contraparte
 Risco de Imagem (ver módulo 2)

RISCO DE LIQUIDEZ

É o risco relacionado com a dificuldade de vender determinado título e


valor mobiliário pelo preço e no momento desejado. Uma característica deste
risco é a dificuldade de encontrar compradores para determinado título e valor
mobiliário.

Ex.: Investidor comprou um imóvel a R$ 300.000,00 e deseja vendê-lo


pois necessita do dinheiro. Ele recebeu uma única oferta no valor de
R$200.000,00, sendo assim ele se desejar vender terá uma perda de dinheiro,
visto não possuir mais pessoas desejando comprar seu imóvel e ter recebido
somente uma ou poucas ofertas.
OBS.: O risco de liquidez está associado a um único comprador
ou poucos compradores na qual seja verificado a dificuldade de
vender determinado ativo ao preço que o vendedor esteja disposto a
vender.

RISCO DE LIQUIDAÇÃO

O risco de liquidação é o risco de que a contraparte (comprador ou


vendedor) não entregue os títulos (liquidação física) ou o valor
(liquidação financeira) combinados quando foi efetuado o contrato, o risco
acontece após o investidor já ter cumprido a sua parte do acordo.

Esse risco é mitigado (reduzido) graças a presença das Cearing


Houses (SELIC, B3, etc).

Ex: Em uma negociação de compra e venda de ações, o vendedor deve


entregar a ação ao comprador na qual o comprador deve pagar o valor da ação
ao vendedor. Nesta situação, caso o comprador não pague o vendedor,
configura o risco de liquidação, visto que a operação não foi realizada por uma
das partes da negociação.

RISCO DE CRÉDITO

É o risco associado a incapacidade de pagamento (Calote) da instituição


na qual investidor aplicou seus recursos.

Ex.: Um investidor que aplique no CDB, o risco de crédito está


associado ao Banco na qual aplicou no CDB não realizar o pagamento dos
juros e do valor aplicado.
A fim de diminuir este risco e deixar o mercado mais transparente foram
criadas empresas que classificam a capacidade de pagamento das empresas e
governos emissores de títulos e valores mobiliários. Esta classificação é
conhecida como “rating”, e este é dado as empresas a fim de avaliar sua
capacidade de honrar seus pagamentos.
OBS.: O único investimento que não possui risco de crédito é “ação”.

Abaixo segue as principais agências de Classificação de Rating e suas


classificações:

OBS.: Quanto pior o Rating maior será o retorno exigido e


maior será o risco de crédito.
Quanto Melhor o Rating menor será o retorno exigido e menor
será o risco de crédito.

RISCO DE CONTRAPARTE

É um tipo de risco de crédito, porém nesse caso, não existe o título


de crédito. É uma operação realizada entre duas partes, onde uma das
partes não honra com a sua obrigação contratual.

Ex: A contratação de seguros prestamistas em operações de créditos


(empréstimo) , tem como objetivo minimizar esse tipo de risco, visto caso
ocorra o falecimento do cliente com o seguro prestamista elimina-se o risco da
contraparte e o banco recebe o valor do empréstimo de forma integral ao saldo
devedor atual do empréstimo.
Nas operações de mercado futuro, como a Bolsa de valores exige
margem de garantia, a mesma assume o Risco de Contraparte.
RISCO SOBERANO

Conhecido como risco País (honrar o pagamento de seus títulos


públicos).

Quando uma agência de rating avalia a capacidade de pagamento de


um país, atribuindo uma nota aos títulos públicos, esse risco é chamado de
risco soberano.
Justifica-se o nome pelo fato de o governo federal ser a “instituição”
mais sólida dentre todas que existem naquele país, logo, espera-se que a
melhor nota de crédito seja atribuída a seus títulos.

SPREAD DE CRÉDITO

É a diferença entre a taxa de juros cobrada aos tomadores de crédito e


a taxa de juros paga aos depositantes pelos bancos. é a diferença entre a
remuneração que o banco paga ao aplicador para captar um recurso e o
quanto esse banco cobra para emprestar o mesmo dinheiro.
Quanto maior o Spread de Crédito, maior será a taxa de retorno
do título (e maior o seu risco também).
O spread de crédito também está relacionado a probabilidade de
inadimplência de um emissor de título.
É uma medida de retorno adicional que o investidor deve
receber por conta de adquirir um ativo cujo emissor possui maior risco
de crédito.

RISCO DE MERCADO

O risco de mercado é o potencial das oscilações (variação) dos


valores (preços) de um ativo (investimento) durante um determinado período
de tempo. De modo geral é como as mudanças no preço possam afetar
o seu investimento de forma negativa. O conceito de risco de
mercado está
diretamente ligado a volatilidade de um ativo.
 Quanto maior a volatilidade (oscilação) do preço de um ativo,
maior será seu risco de mercado.
 Quanto menor a volatilidade (oscilação) do preço de um ativo
menor será seu risco de mercado.

Figura: Investimento com muita volatilidade (Maior Risco de Mercado)

Figura: Investimento com baixa volatilidade (Menor Risco de Mercado)

DIVERSIFICAÇÃO

A diversificação, no mundo dos investimentos, é como o


investidor divide seus investimentos nos diversos ativos financeiros e
reais, como: colocar 10% de seu dinheiro na poupança, 50% em
fundos de renda fixa, 20% em fundo imobiliário e 20% em ações.
A diversificação ajuda a reduzir os riscos de perdas. É o velho
ditado: “não coloque todos os ovos numa única cesta”. Desta forma,
quando um investimento não estiver indo muito bem, os outros
podem compensar, de forma que na média não tenha perdas mais
expressivas.
Deve-se ter em mente, entretanto, que a diversificação não é capaz de
eliminar todo o risco de mercado de um investimento, isso porque há fatos no
mercado que afetam todos os ativos no mesmo sentido, seja positivo ou
negativo. A expectativa de uma recessão econômica, por exemplo, muito
provavelmente levará a uma queda nos preços de todos os ativos
(investimentos), a este risco chamamos de “RISCO SISTEMÁTICO” ou
“NÃO DIVERSIFICÁVEL”
A diversificação consegue reduzir APENAS o risco NÃO
SISTEMÁTICO (específico) ou “DIVERFICICÁVEL”. O risco sistemático não
pode ser reduzido, nem mesmo com uma excelente diversificação.

Como entender os riscos que podem afetar a diversificação


de investimentos? Os riscos serão abordados abaixo:

 Risco Sistemático (Risco não Diversificável): O Risco


Sistemático é aquele que afeta a economia de uma forma geral.
Está intimamente ligada à expectativa econômica geral.

 Risco Não Sistemático (Risco Diversificável): Refere-se a uma


empresa ou setor em específico. Os riscos não sistemáticos
podem ser minimizados uma vez que afetam apenas determinado
setor.

Risco Sistemático Afeta todos os ativos


do mercado

RISCO MERCADO

Risco não Sistemático Especifico de uma companhia


ou setor
O gráfico em destaque representa o efeito e os benefícios da
diversificação em uma carteira de ações.

7.2. GESTÃO DE RISCO

7.2.1. Noções de Estatística

MÉDIA

A média é um conceito que busca entender o comportamento dos


preços em determinado período. No seu conceito ele busca as variações de
preço diárias de uma ação e estas variações são dividas pela quantidade de
dias utilizados nesta análise. Neste tipo de análise o investidor busca entender
o comportamento médio de preço a fim de tomar uma decisão de
investimentos. A principal vantagem do cálculo da média é o cálculo do
retorno esperado de um investimento.

Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos


primeiros 5 dias de um determinado mês:
1º dia → +

3% 2º dia →
+ 4% 3º dia
→ − 2% 4º

dia → − 1%

Assim podemos calcular o “retorno médio” deste ativo,


calculando a média destes valores.

X  3  4  (2)  (1)  1  5  1%
55

O que acontece com a média se somou “X” em cada um dos


retornos? Vamos somar 3% em cada um dos retornos acima e tentar
identificar o que vai acontecer com a média.

1º → + 3% + 3% =
6%
2º → + 4% + 3% =
7%
3º → − 2% + 3% =
1%
4º → − 1% + 3% =
Assim podemos calcular o novo “retorno médio” deste ativo,
calculando a nova média:

X  6  7  1 2  4  20  4%
55

Ou seja, notamos que a média é de 4%, exatamente 3%


maior que a média anterior. Coincidência? Não, como somamos o
mesmo valor em
TODOS os retornos, é de se esperar que a média sofra o mesmo ajuste,
porém o desvio padrão não se altera.

MODA

É o valor que ocorre com maior frequência em uma série de valores.


Exemplo: Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações
nos primeiros 5 dias de um determinado mês:

1º → +
3%
2º → +
4%
3º → −
2%
A Moda é − 2%.

Um conjunto de resultado pode apresentar uma moda ou


mais, sendo classificado como:
1 moda = Unimodal
2 modas = Bimodal
3 ou mais = Multimodal

MEDIANA

É o valor que divide o conjunto em dois subconjuntos, onde estes


subconjuntos formados terão exatamente a mesma quantidade de elementos.

Exemplo para amostra ímpar

Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos


primeiros 5 dias de um determinado mês:
1º → +
3%
2º → +
4%
3º → − 2%
4º → − 3%

OBS.: Para encontrar a mediana é necessário colocar as


oscilações em ordem:

– 3%; − 2%; + 1%; 3%;


4%
Assim a Mediana = + 1%

Exemplo para amostra Par

Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos


primeiros 5 dias de um determinado mês:

1º → +
3%
2º → +
4%
3º → +

Colocando as oscilações em ordem:

+ 2%; + 3%; + 4%; +


6%

Mediana será a média entre os valores centrais:

+ 3 + 4 = 3,5%
2
7.3. Instrumentos estatísticos para avaliar a volatilidade (risco) de
determinado investimento

VARIÂNCIA

Mede o grau de dispersão de um conjunto de dados é dado pelos desvios (variação/


volatilidade) em relação à média desse conjunto.

Cálculo da variância:
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos
primeiros 5 dias de um determinado mês:

1º → +
3%
2º → +
5%
3º → +
7%

Primeiro efetuar o cálculo da média:

X  3  5  7  (2)  2  15  3%
5 5

Calcular agora a variância:

σ 2  (3  3)2  (5  3)2  (7  3)2  (2  3)2  (2 


3)
X
2

σ 2 0  4  16  25  1
 46  11,5%
X 4
4

Assim a Variância é de 11,5%.

Algumas dicas para te apoiar na análise da variância:


 Sabendo a variância é possível determinar o desvio padrão,
extraindo a sua raiz quadrada.
 Quanto maior for a variância maior será o desvio padrão
e consequentemente, maior será o risco.
 Ativos com retornos constantes possuem variância nula.

DESVIO PADRÃO

A variância possui um problema de construção como medida de


dispersão de dados: ela apresenta uma unidade de medida igual ao
quadrado da unidade de medida dos dados originais. Esse problema é
resolvido extraindo-se a raiz quadrada da variância, o que chamamos de
desvio-padrão.
Desvio Padrão é a VOLATILIDADE de um ativo e utilizado como
principal medida de risco de se investir em determinado ativo (investimento).

Quais dos dois ativos abaixo possuem maior risco?

Data PET VAL


R4 E5

07/0
7 - 4% - 2%
Cálculo da média para PETR4:

08/0
7 - 3% - 1% X  (4)  (3)  1 6  (5)
 5  1%
PETR4
5 5

09/0 Cálculo da média para VALE5:


7 + 1% +1%
(2)  (1)  1 (2)  (1) 5
XVALE5     1%
10/0 5 5
7 + 6% - 2%

11/0
7 - 5% - 1%
Ou seja, o retorno esperado nas duas carteiras são os mesmos. Qual ação
escolher então?
Um investidor racional, diante de dois ativos similares com
mesmo retorno, irá escolher o de menor risco, para isso devemos
calcular o Desvio Padrão de cada ativo.

Cálculo do Desvio padrão para PETR4:

 X2 (4  (1))2  (3  (1))2  (1 (1))2  (6  (1))2  (5 


 (1))2
4

9  4  4  49  82
 X2
 16

4
 20,5  4,52%
4

Cálculo do Desvio padrão para VALE5:

(2  (1))2  (1 (1))2  (1 (1))2  (2  (1))2  (1


 X2
(1))2

4
1 0  4  1  6  1,5%1,22%
2

X 0 4 
4

Assim podemos afirmar que a ação da PETR4 possui um RISCO MAIOR


para o investidor, por apresentar um desvio-padrão maior.
Neste caso o investidor racional irá optar em comprar ações da VALE5
Em alguns casos é possível identificar “visualmente” qual o
ativo é mais volátil. Olhe o exemplo abaixo:

Janeiro Fevereiro Março Abril


Fundo A: 0,5% 2,3% – 4,0% – 2,9%

Fundo B: – 0,9% 1,2% 0,45% –


0,25%

Percebemos que “Fundo A” possui maior risco, volatilidade,


variância e desvio padrão do que o “Fundo B”, devido a sua variação
(mudança) no preço ser maior que o “Fundo B”.

BETA ()

Beta é a volatilidade (risco) da performance média relativa ao mercado.

Uma carteira de mercado, Ibovespa ou IBrX por exemplo, possui


diversas ações de diversos setores diferentes. Logo, presumimos que
a mesma não sofre com riscos não sistemáticos, por ser diversificada.
Como as suas oscilações são afetadas apenas pelo risco sistemático,
assumimos que suas oscilações representam 100% desse risco, logo,
o coeficiente beta dessa carteira será sempre igual a 1. (100% =
100/100 = 1)
Já o Beta de uma ação pode assumir vários valores, como:

Se b > 1, a carteira de ativos oscila mais que a carteira de mercado, ou


seja, tem um risco maior se comparada ao risco do mercado. Então, se o
mercado está em alta, o retorno da carteira de ativos é maior do que o retorno
da carteira de mercado. Se o mercado está em baixa, o retorno da carteira de
ativos é menor do que o retorno da carteira de mercado. Em outras palavras,
ou o ativo “sobe mais” ou “cai mais”. O ativo também se caracteriza por ser
agressivo.

 Se b = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira


de mercado.

 Se b < 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a


carteira de mercado e o ativo se caracteriza por ser defensivo.

Caso o investidor deseje obter um retorno próximo ao Ibovespa


ou ao IBr- X sem precisar comprar todas as ações da carteira, deverá
procurar ações que façam parte do índice e que tenham o coeficiente
beta próximo de 1.

O coeficiente Beta (β) é usado para medir o Risco não-diversificável


(SISTEMÁTICO);
O Desvio Padrão é usado para medir o Risco Diversificável (NÃO
SISTEMÁTICO);
7.4. Instrumentos estatísticos para avaliar comportamento de
determinado investimento em relação a outro
investimento

COVARIÂNCIA

Em geral, observa-se que quando os juros sobem, os preços das ações


caem. Este comportamento sugere que há uma covariância negativa
entre as variáveis taxa de juros e preços de ações.
A covariância é uma medida que avalia como as variáveis X e Y se inter-
relacionam de forma linear, ou seja, como Y varia em relação a uma
determinada variação de X.
Quando a covariância é:
 Positiva, duas variáveis tendem a variar na mesma direção;
isto é, se uma sobe, a outra tende a subir e vice-versa;
 Negativa, duas variáveis tendem a variar em direções
opostas; isto é, se uma sobe a outra tende a cair e vice-
versa;
 Zero: Difícil de se identificar um comportamento
interdependente entre as variáveis.

CORRELAÇÃO

A covariância busca mostrar se há um comportamento


de interdependência linear entre duas variáveis. Porém, a
covariância é uma medida dimensional, sendo afetada pelas unidades
de medida das séries X e Y.
Para corrigir esse problema da covariância, chegou-se a medida
de correlação que é um número adimensional que varia entre – 1 e 1
(inclusive).
A correlação (ou coeficiente de correlação linear de Pearson) é
dada pela fórmula.

O coeficiente de correlação mostra se há relação linear entre duas


séries de dados X e Y.
Se o coeficiente de correlação:
 For igual a 1: significa que existe relação linear perfeita entre X e
Y, de tal forma que se X aumenta, Y aumenta na mesma
proporção também;
 For igual a – 1: significa que existe relação linear perfeita entre X e
Y, de tal forma que se X aumenta, Y diminui na mesma;
 For igual a zero: não existe relação de linearidade entre as
variáveis X e Y;

Exemplo de Correlação entre dois ativos


7.4.1. RESUMO DE COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO

Ambas as medidas são utilizadas para quantificar o grau de


diversificação de uma carteira. Mensura a inter-relação entre duas
variáveis. Como uma variável explica a outra.

Ao calcular a correlação ou covariância, podemos encontrar um número:

 Positivo: Indica que as duas variáveis oscilam no mesmo sentido;


 Negativo: indica que as duas variáveis oscilam em direções
opostas;
 Zero: indica que não é possível determinar o grau de
diversificação entre os ativos;

A Correlação é um valor que sempre oscila de – 1 a 1 e quanto


menor o índice, maior o grau de diversificação.

7.5. COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO

O coeficiente de determinação (R2) mostra quanto da variação de Y é


explicada pela variação de X e quanto da variação de Y é devida a fatores
aleatórios.
O coeficiente de determinação (R2) mede o grau da
correlação.Seu resultado é de 0 a 1, quanto mais próximo de 1 mais
forte é a correlação, e quanto mais próximo de 0 mais fraca é a
correlação entre duas variáveis.

A fórmula do coeficiente de determinação é:


7.6. Instrumento estatístico para avaliar probabilidade de acerto de
determinado investimento

DISTRIBUIÇÃO NORMAL

A Distribuição Normal explica a probabilidade de um evento ocorrer.

A importância de se saber a média e o desvio-padrão, está em


conhecer a probabilidade de os eventos ocorrerem. As probabilidades de
se afastar da média certa quantidade de desvios-padrão já estão calculadas
pelos estatísticos.

Para obter-se exatamente 95% de probabilidade de acerto em seu


investimento, é necessário utilizarmos 1,96 desvios padrões.
Segue abaixo no nível de desvio padrão necessário para obter certa
probabilidade de acerto:

 1 desvio padrão = 68,26%;


 2 Desvio Padrão= 95,44%;
 3 Desvio Padrão= 99,74%;

Ex: Considere que um fundo de investimento em ações tenha média


dos retornos igual a 4% e um risco (desvio padrão) de 3%, então é de
se esperar que os futuros retornos destes ativos estejam entre:

Cálculo para um desvio padrão:

4% (média) – 3% (um desvio padrão) =


1%
4% (média) + 3% (um desvio padrão)
= 7%

Assim é de se esperar que os retornos deste fundo estejam entre:


1% a 7% → Com aproximado 68% de confiança.

Cálculo para dois desvios padrão:

4% (média) – 6% (dois “desvios padrão”) = –


2% 4% (média) + 6% (dois “desvios padrão”)
= 10%

Assim é de se esperar que os retornos deste fundo estejam entre:


– 2% a 10% → Com aproximado 95% de confiança.

Cálculo para três desvios padrão:

4% (média) – 9% (três “desvio padrão”) = –


5% 4% (média) + 9% (três “desvio padrão”)
= 13%
Assim é de se esperar que os retornos deste fundo estejam entre:
– 5% a 13% → Com aproximado 99% de confiança.

7.7. Resumo Instrumentos Estatísticos

7.8. Gestão de Risco de Carteiras

Graças ao conceito de distribuição normal, é possível determinar a


perda máxima de uma carteira, com certa probabilidade de ocorrer.

Exemplo: se uma carteira possui média dos retornos igual a 3%


e desvio padrão de 2%, logo é de se esperar que em 95% dos casos
seu retorno oscile entre – 1% (média menos 2 desvios padrões) a 7%
(média mais dois desvios padrões).

Nesse caso, mantendo-se a média e o desvio padrão, pode-se


garantir para o investidor que a sua perda máxima será de 1% em 95%
das perdas ocorridas pelo fundo.

Alguns fundos prometem isso para o cliente no Formulário de


Informações Complementares (antigo prospecto), gerando todo um
trabalho de gestão e controle dos riscos. Para isso é necessária
adoção às práticas como as que veremos em seguida.
VALUE AT RISK

O cálculo do Valor em Risco (ou VAR) é um método de se obter o


valor esperado da máxima perda (ou pior perda) dentro de um horizonte de
tempo com um intervalo de confiança.

Exemplo de um fundo de investimento que possui em sua


Lâmina de Informações Complementares:

“VAR de 1% para 1 dia e 95% de confiança”


Significa que, para o dia seguinte, há 95% de chances de o valor da
perda da carteira não ser maior que 1% do Patrimônio Líquido do fundo.
O valor real da perda pode ser maior que 1%, pois há 5% de chances
de a estimativa ser ultrapassada.

BACK TESTING

Qualquer modelo de VAR deve ser testado para aferir a sua


precisão. O Back Testing é uma ferramenta utilizada para este teste. Ou seja,
o modelo é alimentado com dados históricos, e o número de violações
(ocorridas no passado) do limite de VAR é medido, de modo a verificar se estão
dentro do nível de confiança estabelecido.
Normalmente o Back Testing é utilizado para testar modelos derivados
através de simulações.

STOP LOSS

O Stop Loss é a o limite de perda máxima aceita pelo investidor.


Esta ferramenta é utilizada quando os limites de VAR são ultrapassados.
Por exemplo, seja um Fundo que tenha um limite, definido em
estatuto, de VAR de 1% em um dia, com 95% de confiança. Ou seja, o
gestor deste Fundo
não pode posicionar sua carteira de modo que possa perder mais que
1% do seu valor em um dia, com 95% de chances.

Digamos que, em determinado momento, a volatilidade dos


mercados aumente de maneira generalizada. Utilizando esta nova
volatilidade, o gerente de risco descobre que o Fundo está correndo o
risco de perder 2% em um dia, com 95% de chances.

Neste momento, o gestor é obrigado a se desfazer de posições,


de modo que o risco de perdas diminua para 1% em um dia, com 95%
de chances. A este movimento de reversão de posições para
diminuição do risco chamamos Stop Loss.

Portanto, no contexto do VAR, o stop loss não necessariamente


“corta” um prejuízo, mas apenas diminui posições de risco.

STRESS TEST

O stress test mede quanto um portfólio pode perder em uma situação


hipotética de Stress macroeconômico, chamado Cenário de Stress.

O VAR estará correto 95% do tempo, e errado 5% das vezes


(outros graus de confiança são possíveis). Como podemos avaliar qual
a perda máxima que uma instituição financeira ou um fundo de
investimento pode sofrer?

O VAR não fornece a informação de quanto pode chegar a perda máxima.

Por exemplo, quando dizemos que o VAR é de 1%, não


conseguimos imaginar se a perda máxima, que pode acontecer com
probabilidade menor do que de 5%, será 2%, 10% ou 50%.

Para saber até onde a perda de valor de uma carteira pode


chegar temos que usar a técnica chamada de stress test.
O Stress Test normalmente é utilizado como um complemento do
VAR, com o objetivo de medir as perdas quando o grau de confiança
(normalmente 95%) é ultrapassado. São, em geral, situações de
stress de mercado, conhecidas como fat tail (cauda grossa), que é uma
referência à "ponta" da distribuição normal dos retornos, e que pode
assumir valores muito altos, imprevisíveis se apenas o VAR for
utilizado.

PROCESSO DE GESTÃO DE RISCO DA CARTEIRA

7.8.1. Resumo Gestão de Risco da Carteira


7.9. Medidas de Avaliação em Fundos de Investimento

TRACKING ERROR

Tracking error é uma medida de quão aproximadamente um portfólio


replica o seu benchmark.

O tracking error mede o desvio-padrão da diferença entre os


retornos do portfólio e os do benchmark. Para um fundo que visa replicar
um índice (passivo), o tracking error deverá ser tão próximo quanto
possível de zero.

Ou seja, o tracking error é dado pelo desvio-padrão das diferenças


entre os retornos de um fundo e os retornos do seu benchmark em um
determinado período. Quanto mais “volátil” forem estas diferenças,
maior será o tracking error.

ERRO QUADRÁTICO

Mede o desvio médio das variações das cotas do fundo em relação


as variações de seu indicador de referência, ou benchmark.
Quanto menor o EQM, melhor – maior a aderência das cotas do fundo
ao benchmark. Usado para analisar a performance dos fundos de gestão
passiva.

O Erro Quadrático Médio, por sua vez, é dado pela seguinte equação:
Ou seja, o erro quadrático médio é calculado pela média das
diferenças ao quadrado entre os retornos de um fundo e os retornos
de seu benchmark.
O Erro Quadrático Médio será sempre um número positivo ou igual a zero
(quando o retorno do fundo for igual ao retorno do seu benchmark),
porém, o mesmo não pode ser negativo.

7.10. Risco x Retorno

Considerando que o retorno esperado pode ser obtido pela média dos
retornos e que o risco do ativo é calculado pelo desvio padrão, podemos
efetuar escolhas de forma racional.
Qual a melhor opção de investimento, comparando dois ativos
semelhantes, de mesmo administrador, mesmas características e
regime tributário.

Para isso, vamos utilizar o princípio da dominância, que afirma


que os investidores desejam sempre:

• Retornos: Maximizar.
• Risco: Minimizar.

RELAÇÃO RISCO X RETORNO

EXEMPLO
1
Retor Ris
no co
Se o investidor tiver que escolher um dos dois
Fundo 22% 3% fundos, a melhor opção será o “fundo A”, já que
A possui o mesmo retorno que B, porém tem menor
risco.
Fundo 22% 5%
B

EXEMPLO
2
Retor Ris
no co Se o investidor tiver que escolher um dos dois
fundos, a melhor opção será o “fundo B”, já que
Fundo 18% 3% possui o mesmo risco que A, porém tem maior
A retorno.
Fundo 22% 3%
B
EXEMPLO
3
Retor Ris
no co Se o investidor tiver que escolher um dos dois
fundos, a melhor opção será o “fundo B”, já que,
Fundo 18% 3% além de ter menor risco que A, também possui
A maior retorno.

Fundo 22% 2%
B

O princípio da dominância diz que na avaliação de dois investimentos


com um mesmo patamar de riscos, escolheremos o que oferecer o maior
retorno e que para a escolha entre dois investimentos com o mesmo patamar
de retorno, escolheremos o que promover o menor risco.

7.11. Instrumento estatístico para avaliar relação de Risco/Retorno de


determinado investimento

ÍNDICE DE SHARPE

Calcula a rentabilidade de um ativo, considerando o seu risco (Risco x


Retorno) em relação ao setor econômico.
O índice Sharpe se faz necessário em decisões quando estamos
comparando investimentos similares (risco Diversificável) e uma das opções
possui maior retorno enquanto a outra possui menor risco, como o exemplo
a seguir:

EXEMPLO
4

Retor Ris
no co Nesse exemplo, nenhum dos ativos domina o
outro, já que um possui maior retorno e o outro
Fundo 23% 5% menor risco. Para definirmos qual a melhor
A opção de investimento é necessário calcular o
Índice Sharpe.
Fundo 20% 3%
B
Mede quanto de prêmio é recebido por risco assumido:

Onde:
 Rp = Rentabilidade esperada de um investimento com
risco maior que zero.
 Rf =: Rentabilidade de um investimento sem risco.
 σp: Volatilidade ou desvio-padrão do investimento com risco.

Calculando o Índice Sharpe, considerando uma taxa livre de risco


de 13% (Selic):

Assim, para cada 1% de risco assumido no ativo A, tem-se 2%


de retorno, enquanto esse mesmo 1% de risco assumido no ativo B,
retorna 2,33%. Logo, a melhor relação risco retorno é de B.

 Quanto maior o Índice Sharpe, melhor a relação risco x retorno e


melhor o desempenho do fundo.
 Quanto menor o Índice Sharpe, pior é a relação risco x retorno e
pior o desempenho fundo.

Existe também o Índice Sharpe Modificado, em que a única


diferença está em considerar o benchmark do fundo ao invés da taxa livre de
risco.
Aplicação do Índice Sharpe em gráfico de risco x retorno:

A e B possuem o mesmo retorno, porém B possui menor risco que A,


logo: Índice Sharpe de B é maior que o Índice Sharpe de A.
A e C possuem o mesmo risco, porém A possui maior retorno que C,
logo: Índice Sharpe de A é maior que o Índice Sharpe de C.

ÍNDICE DE TREYNOR

Se considerarmos que uma carteira de ações possui diversas


ações de diversos segmentos, logo chegamos à conclusão que a
mesma é bem diversificada, eliminando o seu risco não sistemático,
sobrando apenas o risco sistemático. Nesse caso, talvez seja mais
interessante utilizar como medida de risco o coeficiente beta da
carteira ao invés do desvio padrão.
Por esse motivo foi criado o índice Treynor, que é uma medida
similar ao Índice de Sharpe, com a diferença de que, em vez de usar como
medida de risco o desvio-padrão ou semi-desvio, usa o coeficiente Beta.
Além disso, ela é uma medida de excesso de retorno em relação ao risco
sistemático. O risco de ativos individuais ou de um pequeno grupo de
ativos pode ser melhor descrito pelo seu co-movimento com o
mercado (Beta).
Assim, o Índice de Treynor parece ser particularmente útil para
essa tarefa, quando a carteira do investidor é uma de muitas carteiras
incluídas em um grande fundo.

7.11.1. RESUMO SHARPE X TREYNOR

INDÍCES CÁCULO

ÍNDICE SHARPE Retorno Fundo-Taxa livre risco


(Selic) Desvio Padrão do
Fundo
ÍNDICE
Retorno Fundo-Benchmark do
SHARPE fundo Desvio Padrão do
Fundo
MODIFICAD
O

ÍNDICE TREYNOR Retorno Fundo-Taxa livre risco


(Selic) Coeficiente beta da
carteira

7.12. Prazo x Risco x Retorno

A Relação de prazo, risco e retorno em um investimento é sempre


proporcional, ou seja, investimentos com prazos mais elevados tendem a
oferecerem maior risco e também maior retorno.
7.13. Instrumento estatístico para avaliar Sensibilidade de Preço

Em alguns casos, o vencimento do título é insuficiente para


definição de qual a melhor opção de investimento, como no exemplo
a seguir:

Período Título A (sem Título B (cupom de


cupom) 10% ano)

Investimento R$ 1.000,00 R$
Inicial 1.000,00
(Principal)

Retorno 1º R$ 0,00 R$
ano 100,00

Retorno 2º R$ 0,00 R$
ano 100,00

Retorno 3º R$ 0,00 R$
ano 100,00

Retorno 4º R$ 0,00 R$
ano 100,00

Retorno 5º R$ 1.610,51 R$
ano 1.100,00

Desprezando a questão tributária, qual seria a melhor decisão de


investimento? Se olharmos para o vencimento dos títulos apenas,
ambos com 5 anos, não é possível identificar qual oferece maior risco
ao investidor.
Para resolver esse problema é necessário calcular o prazo
médio de cada título, ou seja, o duration.
DURATION DE MACAULAY

A duration de Macaulay é o prazo médio ponderado do título de renda


fixa e mede sensibilidade do preço de um título prefixado a mudanças nas
taxas de juros.

O prazo médio calculado pela duration de Macaulay permite


supor um título sintético que possua apenas um cash flow no futuro
com prazo de vencimento igual à própria duration.

Em geral, quanto maior a duration, mais cairá o preço do título, se a


taxa de juros aumentar.

COMO CALCULAR O DURATION DE UM TÍTULO

OBS.: não é cobrado cálculo na prova do CPA 20, apenas o conceito.

Como exemplo, vamos considerar um título com prazo de seis


anos, preço de $ 1.000 e cupom anual de 10%.

Tempo (N) Fluxo (VF) VP VR N x VR


1 100,00 90,90 0,0909 0,090
2 100,00 82,64 0,0826 0,165
3 100,00 75,13 0,0751 0,225
4 100,00 68,30 0,0683 0,273
5 100,00 62,09 0,0620 0,310
6 1.100,00 620,92 0,6209 3,725
TOTAL 1.000,00 1 4,788
Exemplo:
VP: Valor presente, descontado na calculadora HP – 12C a taxa de 10%.
VR: Valor obtido dividindo a coluna “VP” pelo valor do investimento,
neste caso 1.000.
T x VR: Multiplicando a coluna Tempo pelo VR. O somatório desta
coluna é o duration do título em questão.

Assim, o valor do Duration deste título é de 4,788 anos.

RESUMO DURATION

 Títulos do tipo zero cupom: Duration é igual ao


vencimento do título.
 Títulos com cupom: Duration é inferior ao vencimento.

CONVEXIDADE

Por si só, a duration não possibilita a estimativa precisa por não


modelar precisamente a curvatura existente entre a variação
percentual do valor da carteira e a variação percentual da taxa de
juros de mercado.
A convexidade é uma medida de segunda ordem no que diz respeito
aos efeitos no preço de um título ou carteira de títulos dada uma mudança no
patamar dos juros.
Quanto maior a convexidade de um título, menor será seu efeito de
mudanças em seu preço decorrente de variações da taxa de juros e vice-
versa.
7.14. RESUMO DO MÓDULO
PARA FIXAR OS CONHECIMENTOS DESTE CAPÍTULO

ACESSE NOSSO SIMULADO PELO SITE OU PELO APLICATIVO LEAD


INVEST

https://www.leadinvest.com.br/simuladocpa20-

modulo-7

https://www.leadinvest.com.br/simuladocpa20
8. MÓDULO ADICIONAL – TRIBUTAÇÃO

Tributação em “Fundo de Investimento”

A tributação em fundo de investimento ocorre sempre na


“FONTE”, isto quer dizer, a tributação ocorre somente no resgaste.
A ÚNICA exceção para esta regra são os fundos que possuem a
sistemática do “COME-COTAS”, na qual irá ocorrer a cobrança 15% ou 20%
anualmente, cobrados semestralmente (Maio e Novembro) e esta cobrança irá
afetar a quantidade de cotas, reduzindo a quantidade de cotas.

O único fundo que não cobra IOF, é o fundo de ações, os demais


seguem a regra de cobrança para resgates até 29 dias.

Fund Tributação Tributação Quando


os IR IOF pagar
Até 180 dias

Todos 22,5% Até o 29° No resgaste


fundos, 181 dias até 360 dias dias é , direto na
20,0%
exceto cobrado fonte
361 até 720 dias
ações
17,5%
Acima de 720 dias

15,0%
No resgaste
Fundo de 15% ISENTO ,
ações direto na
fonte

Compensação de Perdas em fundos de investimento:

Há possibilidade compensar perdas realizadas em um fundo de


investimento, porém só pode ser compensada caso você reinvista no
fundo de mesma classe (Fundo de renda Fixa só pode ser compensado
em Fundo de Renda Fixa), e fundo de mesmo administrador (caso invista
com o administrador XPTO, deve-se investir novamente com o
administrador XPTO).
Investimentos Isentos de IMPOSTO de RENDA para pessoa física
(Renda Fixa):

 LCI;
 LCA;
 Poupança (isento para pessoa física e jurídica sem fins lucrativos);
 Debêntures incentivadas

Tributação de IMPOSTO de RENDA para pessoa física (Renda Fixa)

Tabela Regressiva

IOF: Fica isento após 30 dias da data da aplicação


Tributação em compra e venda de Ações

A tributação no mercado de ações é de responsabilidade do investidor,


sendo assim ele deve recolher o imposto sobre os ganhos de capital sempre
no último dia útil do mês seguinte em relação ao mês na qual obteve ganhos
financeiros.

Ex.: Cliente obteve ganhos financeiros no mês de agosto, o imposto


de renda sobre estes ganhos somente deverá ser pago no último dia
útil de
Setembro.
Tributação em
ações:

Isenção de pagamento de Imposto de renda: Somente ocorre isenção


do pagamento sobre o imposto de renda em vendas realizadas no mês que
não ultrapasse o valor de R$ 20.000,00.

Ex.: Investidor comprou ações da Petrobras em Maio no


pagamento no total R$ 15.000,00, o mesmo vendeu estas ações no
valor total de R$ 19.800,00 e vendeu no mês de junho. Sendo assim,
como as vendas foram abaixo de R$ 20.000,00 não há incidência de
imposto de renda.
Compensação de perdas: É a possibilidade de ficar isento do
pagamento de imposto de renda, porém só é possível caso tenha auferido
perda de capital em operações com ações no mês atual e em meses
posteriores.

Ex.: Investidor teve prejuízo de R$ 10.000,00 no mês anterior,


porém neste mês ele ganhou R$ 10.000,00, este investidor está
isento do pagamento do imposto de renda.

Tributação em Previdência Privada

REGIME DE TRIBUTAÇÃO REGRESSIVO

Quanto maior o prazo menor será o imposto cobrado.

REGIME DE TRIBUTAÇÃO PROGRESSIVA


Quanto maior o valor recebido entre resgate total ou resgate parcial,
maior será o imposto pago. Porém, segue a tabela progressiva do Imposto de

Renda.

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