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|. O OBJETIVO DA EDUCACAO 1. ATESE nco lugar, porgue houve wna ineerteza quase con- temporiinea quanto ao objctivo da eciicaga. Quanto a na poderia persundir meus lei no pode haver duas opinides diferentes, pois a 0 € objetiva, la no implica nenh mente transcendental: traz a atte para o mundo dos lendmenos tae Iwcais € a torn, em alguns aspects essenciais, sujeita As mensu- rages sobre as quais se bascian as leis ciemtfieas. Mas 6 pouco Provivel que cu consiya urna unanimidade quanto ao objetivo que atribuo a educaeZo, pois agui existe nite, das possibili- dades irrezoneiliaveis: 1) 0 Lome deveria sez edueado para sc tor nar'o gue é; 2) ele deveria ser edueado para se tornar 0 que nia & A primeisa pressupde que cada ind viduo nasce com certas poten. clalidades que tem pata ele um valor positivo, e que & seu destino desenvolver essas potencialidades dentro do esquema bisico de uma sociedade suficientemente liberal a panto ce permitir uma infinita variagho de pos. segunda pressupoe que, quaisquer que sejem ax idiossincrasias exibiias pelo individuo desde 0 nascimento, ¢ dever do professor erradicd-las, a menos que estejam em conformidade com um certo ideal de canter deietminado pelas tdiqdes da socie- dade de qual o individuo, involuntariamente, tornou-se membro. 2, DUAS HIPOTESES Ambas as teorias sto igualmente hipotéticas, no minimo porque de uni erianga recém-naseida permanece un mistério in =, muito antes deo véu desse mistério poder ser exguido, todos 08 tipos de influéncias embientais eapazes de distorccr seus dons natursis ja estiveram em agao, Certos instintos — © de manna por exemplo — esto presentes desde © momento do naseimento, © luma escola psicalégica afirma que a propria experiéncia de nasci- :nento imprime va mente uma mexea peree. Os taunts do nase ‘0 sto varliveis, ¢ nav pode haver nenbuima unifocmiciade em efeitos psivolégicos — nada, cam cert A que possa ser descrito com necessariamente bom o1 mau, Quanto as tendencies neural ‘que sapiclamente se desenvolvem na erianga © que di potese do pecade alee i bi original — sentimentos de agressividade, ansic cidime e medo ~. elas sto, sem divida, contingentes; sio subprodu: tos dos processes de mariragia fisiea eadaptacie sacial que podem set, compccensivelmente, controlades. Assim, 0 educador j& comega mente da cange recémenaseida. A cvidé aamtropologice, fisiokigica ou psicologica, nde the oferece ne indicagao precisa quanto a natureau dessa mente. Encontramos os tribos primitivas © na sociedade moderna m um mistério insolivel: ia empirice, seja ela imesmes impulsos alguns deles parecem ser corstanies ao longo di ‘mana; alguns parecem ir e vollar gu receber um grau bastante dif renie de significado em diferentes pulsos © como se decenvolvam? Qual deles surge primeito e qual € ‘0 mais natural? ~ basta formular questoes como essas pare desco- brirmos a completa relatividacle do mundo moral! ‘A opinido de que a bondade ¢ algo natural baseiaese, ainda que de maneira incomseiente, na hips is ampla da criaglo evolt- tive, O bem e o mil] So desconhecidos pelos animais, ¢ podemos, se quisermos, identifiear a bondade natural cor esse estado natue ralde inocéncia, Mas a impeéncia natural nfo & um estado que pos- samos recuperer, e permanecemos homens. Em um determinado ponto do pracesso evolutive, o homem adquisiu a autoconsciéncia, ede suas relagdes com outros seres humanos autoconseientes nase am essas faculdadles intaitivas as quais damos ¢ nome de “eons. jada histiria hui wocas. Com surgem esses im "asa conseiéneia moral foi responsivel pelo desen- cigncia moi yolvimento cs qualidades espirituais mais sutis de homem que for~ jaram a civilizagdo, e nosso objetiva com educadores nav ¢ elimi- o. Na opi- ‘nar essas qualidades, mas incentivar seu desenvolvimes nido de um psivdlogo impextante (Trigant Burrow). pelo menos, a tiagédia do hornem eso fara de ter permitido cue esse sense de discriminagao moral rompesse a consci€cia social original que dave Uwidade ao mundo animal e as primitives eomunicades humanas. Desse ponto ce vista, as exieyaries morais denominadas “bem” ¢ “mal” nig sao biologicas. O bem pode ser idemifiead, se quiser- ‘os, com as tendéncias que responder pela widade orutnien das associagses humanas, ¢ © mal, com as teodéncies que destrocin essa Unidede. Entcetanto, 0 fats primavins nao sie, de forma slau, Sticos, mas simplesmente animais; or esse motivo, as indagagdes Sobre se o horem era originalmente bom ou mau, ou se cle & nat ralmente bom ou ma, no fazem qualquer sentido. O suls-homenn como o super-homem ue Nietzsche, est uléve do bem e do mal A hinotese de que o homem é natural ¢ inevitayelmente mau é mais antiga que z hipStese da eriagéo evolutiva, e ndo pode ser log nte incluida na vsao evolutiva. Ela sugere que, em um deter ‘minedo ponte da Histéria, houve uma catistrof ireacional ~ uma intecrupg30 no processo evolutivo. O homem perdeu sua nace aniinal ¢ tomou-se “um horror diante de Deus e de si mesiio, bem como una eriatu-a mal adapted ao universo"®. Ele sé podert atin-

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