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Aula 2
Aula 2
Planejamento
Escolha do traçado
Estudos de impacto ambiental
Definição da classe de tensão
Estudos da geometria da torre
Escolha do condutor
Projeto
Levantamento topográfico
Conformidade da LT com o projeto Projeto de locação das torres
Atendimento aos critérios de manutenção Definição de alturas
Distâncias de segurança; Construção
Projeto de fundações
Posicionamento das cadeias de isoladores; Projeto de ferragens, acessórios
Escalonamento das torres; e aterramento
Limpeza da faixa;
Acesso às estruturas, etc. Comissionamento
Fundações
Montagem das torres
Lançamento dos condutores
Manutenção
Operação Nivelamento e fixação
Recapacitação
Numeração das torres e
sinalização
GELT1101 - Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica Aula 2 - Características Físicas das Linhas de Transmissão
INTRODUÇÃO
Principais elementos:
Condutores– Permitem a transmissão de energia;
CONDUTORES
Condutores ideais para linhas aéreas de transmissão seriam aqueles que pudessem
apresentar as seguintes características:
Alta condutibilidade elétrica – para que as perdas por efeito joule (I²R) possam ser mantidas,
economicamente dentro dos limites toleráveis, oneram diretamente o custo do transporte de energia;
Baixo custo – o custo dos cabos condutores absorve parcela ponderável do investimento total de uma
linha influindo de maneira decisiva no custo do transporte da energia;
Boa resistência mecânica – a fim de assegurar integridade mecânica à linha, garantindo
continuidade de serviço e segurança às propriedades e às vidas em suas imediações;
Baixo peso específico – as estruturas de suporte são dimensionadas para absorver os esforços
mecânicos transmitidos pelos condutores, um dos quais é o seu próprio peso.
Alta resistência à oxidação e à corrosão por agentes químicos poluentes – a fim de que não
venham sofrer redução em sua secção com o decorrer do tempo, provocando redução na sua
resistência mecânica e eventual ruptura.
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CONDUTORES
Tais condições não são Características Alumínio Cobre
atendidas simultaneamente Alta condutibilidade elétrica
por nenhum material em Baixo custo
particular e, dentre os metais
que o maior número dessas Boa resistência mecânica
propriedades possui está o Baixo peso específico
alumínio e suas ligas. Alta resistência à oxidação e à corrosão por
agentes químicos poluentes
CONDUTORES
A escolha do condutor depende da característica de
corrente da linha, que pode ser de corrente contínua ou
alternada.
Em CA, o efeito pelicular provoca a repulsão das linhas de Cabo AAC ou CA - Cabos de Alumínio
corrente, concentrando-a na periferia do cabo. Portanto, é
necessário fazer o uso de cabos compostos, com o núcleo
de material mais resistente e menos condutor.
Em CC a corrente é distribuída. Portanto, os cabos
totalmente de alumínio se tornam vantajosos na maioria dos
casos.
Cabo ACSR ou CAA - Cabos de Alumínio
com Alma de Aço
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N° de fios por
Camada
camada
CONDUTORES 1
2
7
19
3 37
CONDUTORES
Nos condutores convencionais, as áreas entre os fios redondos ocupam de 15 a 20%
da área total;
Nos condutores trapezoidais, também chamados de condutores compactos, as áreas
entre os fios ocupam 5% da área total. Portanto, ampacidade pode ser aumentada
em até 15%.
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CONDUTORES Para mais informações, acessar: NBR 7270 “Cabos de Alumínio com Alma de Aço para Linhas Aéreas”
ACSR(Aluminum
CAA - Cabos de Alumínio com Alma de Composto por camadas de fios de alumínio encordoados sobre
Conductor Steel-
Aço uma alma de aço.
Reinforced)
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CONDUTORES
Os cabos sofrem uma deformação provocada pelo seu peso, formando uma
curva denominada catenária.
A flecha é a maior distância da curva descrita pelo cabo em relação a reta
que atravessa ambos os pontos de suspensão.
Fonte: Imagens adaptadas de Sidnei Ueda “Condutores de Alta Capacidade e Baixa Flecha Características e Aplicações”, Alubar Metais e Cabos.
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Com o aumento da demanda por energia elétrica surge a tendência de aumentar o nível de
tensão nas linhas de transmissão para diminuir, para uma mesma potência, o nível de corrente
nos cabos condutores e consequentemente as perdas por efeito joule.
O aumento da tensão exigirá condutores com um maior diâmetro para evitar problemas com
o efeito corona, provocando um acréscimo no custo, impactando na estrutura da torre.
Outra solução é utilizar mais de um condutor por fase, montados em paralelo. Dependendo
da quantidade de condutores por fase e do espaçamento entre eles, a impedância da LT
pode apresentar uma redução significativa, principalmente da sua reatância.
O campo elétrico de cada cabo condutor do feixe resulta em um campo elétrico equivalente
a um único condutor de diâmetro muito maior no centro do feixe. Para fins práticos, um feixe
com vários condutores por fase se comporta como se fosse um único cabo com um diâmetro
bem maior.
CONDUTORES
Configurações convencionais de condutores:
CONDUTORES
CABOS PARA-RAIOS
Ocupam a parte superior das estruturas e se
destinam a interceptar descargas de origem
atmosférica e descarrega-las para o solo,
evitando que causem danos e interrupções nos
sistemas
Podem ser resumidos:
Aço galvanizado: de alta resistência (HS) ou de extra
alta resistência (EHS). São compostos de fios de aço
galvanizados, revestidos com zinco, encordoados;
Alumoweld (aço revestido de alumínio): cabos de fios
de aço encordoados com uma capa de alumínio;
ACSR: mesmo tipo dos condutores de fase;
Cabos para-raios com fibra ótica OPGW
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Exemplos de aplicações:
CONDUTORES
• Monitoramento meteorológico
e de instalações para coleta
de dados meteorológicos
CABOS PARA-RAIOS sobre elementos como ventos,
acúmulo de gelo e neve e
para avaliar a reação
correspondente dos
O cabo para-raios OPGW (Optical Ground Wire) é composto componentes, como tensão do
por um núcleo de fibra óptica, encapsulado em um tubo de condutor e tensão na estrutura
alumínio endurecido hermeticamente selado com uma camada da torre;
de cobertura de fios de aço e liga de alumínio. • Monitoramento de TV
industrial para observação
O cabo OPGW desempenha duas funções, a de para-raios e visual do clima, condições do
entorno e instalações do local;
a de comunicação. Os fios de aço fornecem resistência, e os • Localização da seção de
fios de alumínio fornecem condutividade elétrica para unir falhas para identificar falhas
torres adjacentes à terra, protegendo os condutores de alta rapidamente e determinar a
tensão contra raios. As fibras óticas possibilitam a comunicação área de manutenção que deve
responder às falhas.
de uma subestação para outra ou para uma sala de controle,
por exemplo.
Fonte: K. Ooura, K. Kanemaru, R. Matsubara and S. Ibuki, "Application of a power line maintenance information system using OPGW to the Nishi-Gunma UHV line,"
in IEEE Transactions on Power Delivery, vol. 10, no. 1, pp. 511-517, Jan. 1995. doi: 10.1109/61.368360
TORRES
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TORRES
Suas dimensões e forma
dependem de :
Disposições dos condutores;
Distância entre condutores;
Dimensões e formas de isolamento;
Flecha dos condutores;
Altura de segurança;
Função mecânica;
Forma de resistir;
Materiais estruturais;
Número de circuitos.
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TORRES
Existem vários tipos de
estruturas para as torres de
transmissão de energia
elétrica: em madeira, aço,
concreto, alumínio. As torres de
aço são, geralmente, em dois
modelos: em treliça ou de
pólos tubulares.
NBR 8850: trata da execução
de suportes metálicos
treliçados para linhas de
transmissão, condições básicas
para o cálculo e fabricação.
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TORRES
As torres de transmissão podem ser
classificadas quanto:
À disposição dos condutores (triangular,
horizontal e vertical);
Ao número de circuitos (simples ou duplo).
TORRES
Disposição Triangular – os condutores estão
dispostos segundo os vértices de um triângulo, que
poderá ser equilátero ou qualquer outro. No
primeiro caso diremos que a distribuição é
eletricamente simétrica; no segundo caso, é
eletricamente assimétrica.
Disposição Horizontal – os condutores são fixados
em um mesmo plano horizontal. Pode ser simétrica
ou assimétrica. A vantagem é que permite
estruturas de menor altura para um mesmo
condutor e vão do que as demais disposições,
porém exige estruturas mais largas.
Disposição Vertical – os condutores são dispostos
em plano vertical. Neste caso exige-se que a
estrutura tenha uma altura maior, porém menor
largura.
Fonte: Material do Professor Geraldo Motta. Aula 3 - Elementos Básicos de Linhas Aéreas de Transmissão
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TORRES
Devem resistir ao seu próprio peso, ao peso dos cabos, ao esforço ao qual é
submetida devido a tração dos cabos e outros fatores como a ação do vento. É
composta pela fundação, que permite a estabilização sobre o terreno e proporciona
resistência a esforços de tração e compressão;
O terreno no qual a LT está localizada é denominado faixa de passagem, que é a
faixa de terra ao longo do eixo das linhas aéreas de distribuição e transmissão,
podendo ser de domínio ou de servidão, cuja largura deve ser de, no mínimo, igual a
da faixa de segurança.
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TORRES
A norma técnica NBR 5422 – Projeto de Linhas Aéreas
de Transmissão de Energia Elétrica – estabelece os
critérios a serem observados para a convivência da
linha de transmissão com obstáculos e com a execução
de atividades por terceiros na faixa de passagem e
no seu entorno;
Faixa de segurança: É a faixa de terra ao longo do
eixo da linha aérea de transmissão, necessária para
garantir seu bom desempenho, a segurança das
instalações e de terceiros.
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TORRES
Fonte: https://www.cemig.com.br/pt-
br/atendimento/Clientes/Documents/Normas%20T%C3%A9cnicas/pels_5621_000001p.pdf
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TORRES
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TORRES
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TORRES
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TORRES
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TORRES
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TORRES
ISOLADORES
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ISOLADORES
Os cabos são suportados pelas estruturas através dos isoladores, que,
como seu próprio nome indica, os mantém isolados eletricamente das
mesmas.
Devem resistir tanto a solicitações mecânicas (Forças verticais; Forças
horizontais axiais; Forças horizontais transversais) quanto elétricas
(Tensão normal e sobretensões em frequência industrial; Surtos de
sobretensões de manobra; Sobretensões de origem atmosférica).
Os isoladores precisam ter as seguintes características:
Alta rigidez mecânica; (para resistir à carga do condutor e do vento)
Alta resistência elétrica; (para evitar correntes de fuga para o solo)
Alta permissividade relativa; (para permitir alta rigidez dielétrica)
Não porosidade e livre de rachaduras.
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ISOLADORES
Os isoladores são fabricados em
vidro temperado, porcelana e Tensões inferiores a
polimérico. Podem ser do tipo:
230 kV
Tipo pino ≤69kV
Tipo pilar ≤110kV
Tipo Disco: Formam as cadeias de
isoladores (suspensão e ancoragem)
Tensões superiores a
Os isoladores estão sujeitos a falhas
internas (através da perfuração 230 kV
sofrida durante descargas elétricas)
e externas, pelo ar que os envolve
(descarga externa).
Fonte: Santos, N. “Isoladores de Linhas de Transmissão do Sistema Elétrico Brasileiro – Parte II -
Avaliação de Desempenho”. XVII – SNPTEE – Seminário Nacional de Produção e Transmissão de
Energia Elétrica. 2003
ACESSÓRIOS E FERRAGENS
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ACESSÓRIOS E FERRAGENS
As ferragens são elementos complementares importantes, e incluem os
pontos de fixação com os isoladores, os espaçadores no caso de feixe de
condutores, amortecedores para reduzir as vibrações, centelhadores para
dissipar surtos de tensão, e anéis anti-corona para distribuir o campo
elétrico em pontos específicos e esferas sinalizadoras.
Espaçadores: Utilizados para separar os condutores múltiplos. Geralmente utilizados em
conjunto com os amortecedores
Amortecedores: Servem para amortecer as vibrações dos condutores e pára-raios .
Contrapeso: Tem a função de diminuir a resistência de aterramento das estruturas, a fim
de se obter melhor desempenho, quando a linha está sujeita a surtos atmosféricos. São
de aço ou do tipo Copperweld, enterrados no solo e conectados às estruturas.
Esfera sinalizadora: é utilizada com o objetivo de alertar os pilotos de aeronaves. O
dispositivo pesa em torno de 4 Kg e é composto de plástico comum reforçado com fibra
de vidro.
BIBLIOGRAFIAS
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BIBLIOGRAFIAS
[1] – Stevenson, William D. ”Elements of power system analysis.” Vol. 4. New York:
Mcgraw-hill, 1982.
[2] – Fuchs, Rubens Dario. “Transmissão de energia elétrica: linhas aéreas.” Rio de
Janeiro: LTC 2 (1977).
[3] - Mapa Interativo:
https://eletrobras.com/pt/AreasdeAtuacao/Transmiss%C3%A3o/Mapa%20Evolu%
C3%A7%C3%A3oTransmiss%C3%A3o%20-%20Rede%20Basica%20-
%20de%201960%20a%202018%20-%20INTERATIVO.pdf
NA PRÓXIMA AULA…
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DAS LINHAS DE
TRANSMISSÃO