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“Uma oportunidade

para uma família


saudável e feliz!”

Artemizia Sousa
artesousa@ufpi.edu.br
Alimentação Complementar

Qualquer alimento nutritivo, sólido


ou líquido, diferente do leite
humano oferecido à criança
amamentada.

OBS: Desmame - completa


interrupção da oferta de leite
materno
Alimentação Complementar: Objetivo

Fornecer energia, proteína,

vitaminas e sais minerais quando a

produção do leite materno já não

atende mais plenamente as

necessidades nutricionais do

lactente
Quando iniciar?

6 meses + sinais de prontidão


LM: Insuficiente para suprir as necessidades nutricionais

Sistema Digestório:
1.↑ Progressivo de secreção de HCl
2.Melhora da permeabilidade da mucosa intestinal→
↓risco de absorção de proteínas intactas
3.↑Níveis de amilase pancreática
Quando iniciar?
Sistema Excretor:
1.↑ Taxa de filtração glomerular
2.↑ Capacidade de concentração de urina

Sistema Neurológico e muscular:


1. Desaparecimento do reflexo de expulsão
2. Presença de reflexos que facilitam a introdução de AC
3. Erupção da dentição decídua
4. Aumento da destreza manual e capacidade de sentar-
se sozinho
Sinais de prontidão
Quando iniciar?

6 meses
Consumo precoce:

↓ Ingestão de → ↓ Fatores de
LM proteção do LM

AC: fonte de AC: Interfere na


→ absorção do Ca e
contaminação
Fe do LM
(GIUGLIANI; VICTORA, 2000)
Riscos associados à AC

AM: alimentação nutricional e


microbiologicamente adequada

AC: pode ser insuficiente, contaminada e


alergizante

(OPAS, 2003)
Manutenção do AM na AC

Protege o bebê contra infecções

Garante o seu crescimento

Excelente fonte de nutrientes

Criança doente: recusa alimentar – LM garante

consumo de nutrientes e prevenção da

desidratação
Manutenção do AM na AC

 O leite materno pode ser ofertado sempre que a criança


quiser.
 Logo no início, os novos alimentos podem ser
fornecidos antes das mamadas no peito.

 Se a criança estiver agitada ou chorosa, amamentar


pode ser uma forma de acalmá-la antes de oferecer
outros alimentos. Pode ser que o bebê durma após a
mamada. Não há problema. Nesse caso, no próximo
horário de refeição, deve-se começar pelos outros
alimentos.
Manutenção do AM na AC

 Esse é um período de transição, por isso,


cuidadores devem observar qual a melhor
estratégia a ser utilizada para que a criança
continue mamando no peito e também aceite
novos alimentos.
 Não é recomendado dar outro leite ou fórmula
infantil porque são desnecessários e podem
desestimular a criança a mamar no peito.
O que oferecer?

Uma AC apropriada:

→ Oportuna

→ Adequada

→ Segura

→ Oferecida de forma adequada

(WHO, 2003)
AC Oportuna

Alimentos introduzidos quando as

necessidades de energia da criança

são superiores ao fornecido pelo leite

materno

(WHO, 2003)
AC Adequada

Os alimentos devem fornecer

quantidades adequadas de energia,

macro e micronutrientes

(WHO, 2003)
AC Segura

Alimentos devem ser preparados,

armazenados e oferecidos de forma

higiênica, além de não serem

utilizadas mamadeiras e chupetas

(WHO, 2003)
AC Oferecida de Forma Adequada

Os alimentos devem ser oferecidos,

respeitando-se os sinais de fome e

saciedade, e adotando-se uma atitude

ativa na oferta dos alimentos

(WHO, 2003)
A escolha dos
Alimentos
A escolha dos alimentos
Os alimentos in natura e minimamente processados devem ser a
base da alimentação da criança e de toda família
• Eles promovem saúde, pois são ricos em nutrientes.
• São preparados em casa e consumidos por toda a família,
favorecendo encontros e transmissão de receitas e das habilidades
culinárias por gerações.
• Promovem formas tradicionais de produção de alimentos, como o
uso de sementes crioulas, diferentes das sementes transgênicas
produzidas em laboratório;
• Maior diversidade e a preservação de recursos naturais e do meio
ambiente.
A escolha dos alimentos

Para a criança menor de 2 anos, somente alguns alimentos


processados, como queijos e pão (feitos com farinha de trigo
refinada ou integral, leveduras, água e sal ), podem compor a
alimentação

• Mesmo sendo menos modificados que os ultraprocessados,


os alimentos processados também estão relacionados com
doenças do coração, obesidade e câncer se consumidos em
excesso.
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente
processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente
processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente
processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente
processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente
processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente
processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente
processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente
processados
Os grupos de alimentos in natura ou minimamente
processados
Parece alimento in natura, mas não é
Parece alimento in natura, mas não é
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 O leite materno deve continuar a ser oferecido


A criança deve mamar sempre que quiser. Logo no início, os
novos alimentos podem ser oferecidos depois das mamadas
no peito. Se a criança estiver agitada ou chorosa, amamentar
pode ser uma forma de acalmá-la antes de oferecer outros
alimentos. Pode ser que o bebê durma após a mamada. Não
há problema. Quando ele acordar, ofereça a refeição adequada
ao horário.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 O leite materno deve continuar a ser oferecido


• À medida que a criança cresce e aceita melhor o
almoço e jantar, o leite materno deve ser oferecido
somente se a criança demonstrar que deseja mamar.
• Se a criança estiver sendo amamentada, não é
recomendado dar outro leite ou fórmula infantil
porque esses alimentos são desnecessários e podem
desestimular a criança a mamar no peito.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Para matar a sede, ofereça água


• Ela deve ser dada a partir do momento em que novos
alimentos além do leite materno são incluídos na rotina da
criança.
• Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de
sucos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas, que
acabam habituando a criança a matar a sede apenas com
bebidas açucaradas ou saborizadas e aumenta a chance de
a criança apresentar excesso de peso, cárie e diabetes.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Comida da criança com consistência adequada


• No início, a criança deverá receber a comida amassada
com garfo. Em seguida, deve-se evoluir para alimentos
picados em pedaços pequenos, raspados ou desfiados,
para que a criança aprenda a mastigá-los. Não ofereça
preparações líquidas e nem use liquidificador, mixer ou
peneira.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Comida da criança com consistência adequada


• A consistência adequada é aquela que não escorre da
colher, que é firme, que dá trabalho para mastigar,
ajudando no desenvolvimento da face e dos ossos da
cabeça, colaborando para a respiração adequada e o
aprendizado da mastigação.
• Você precisa conseguir AMASSAR com os dedos.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 A quantidade de alimentos oferecida aumenta com o


tempo

• No início da introdução dos outros alimentos, não é

preciso se preocupar com a quantidade que a criança

consome, pois o leite materno continua sendo o

principal alimento da criança.


As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 A quantidade de alimentos oferecida aumenta com o


tempo

• Quando a criança começa a comer outros alimentos,


costuma aceitar pouca quantidade, o que pode gerar
ansiedade na família. É possível, ainda, que a criança
apenas experimente os alimentos. Não se preocupe!
Lembre-se de que é tudo novidade para ela.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 A quantidade de alimentos oferecida aumenta com o


tempo

• medida que ela cresce e se desenvolve, essa


quantidade aumenta gradativamente. É preciso
respeitar o tempo e a individualidade da criança.
• Coloque uma pequena quantidade de cada alimento
no prato e observe a aceitação da criança, respeitando
seus sinais de fome e saciedade.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 A quantidade de alimentos oferecida aumenta com o


tempo

• A melhor maneira de saber se a quantidade de


alimentos consumida está adequada é avaliar o
crescimento.
• Se o crescimento e o desenvolvimento estiverem de
acordo com o esperado, é sinal de que a alimentação
está adequada.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Comida da família com temperos naturais e


quantidade mínima de sal

• A criança pode e deve, desde o início, ser alimentada


com a comida da família, que deve ser preparada com
óleo vegetal em pequena quantidade, temperos
naturais (como cebola, alho, salsa, coentro e demais
ervas e especiarias) e com uma quantidade mínima de
sal.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Sal na quantidade mínima necessária

• Para uma família de quatro pessoas que prepara e faz


as refeições em casa diariamente, um quilo (1 kg) de
sal deve durar, pelo menos, 2 meses e meio. Temperos
ultraprocessados vendidos em cubos, sachê ou líquido
também possuem sódio em excesso e não devem ser
utilizados na alimentação da família, principalmente
para crianças.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Açúcar não deve ser oferecido antes de 2 anos

• Nos dois primeiros anos de vida, frutas e bebidas não


devem ser adoçadas com nenhum tipo de açúcar:
branco, mascavo, cristal, demerara, açúcar de coco,
xarope de milho, mel, melado ou rapadura.
• Também não devem ser oferecidas preparações
caseiras que tenham açúcar como ingrediente, como
bolos, biscoitos, doces e geleias.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Açúcar não deve ser oferecido antes de 2 anos

• Pode oferecer mel?


o Apesar de o mel ser um produto natural, não é
recomendado oferecer esse alimento à criança menor
de 2 anos.
o São dois os motivos: o mel contém os mesmos
componentes do açúcar, o que já justifica evitá-lo.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Açúcar não deve ser oferecido antes de 2 anos

• Pode oferecer mel?


o Além disso, há risco de contaminação por uma
bactéria associada ao botulismo.
 A criança menor de 1 ano é menos resistente a
essa bactéria, podendo desenvolver essa grave
doença, que causa sintomas gastrintestinais e
neurológicos.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Utensílios adequados e seguros

• Devem ser adequados à idade e feitos de material


resistente.
• A colher deve ser de tamanho que caiba na boca da
criança e líquidos devem ser ofertados em copos.
• Não há necessidade de adquirir utensílios específicos
para a criança. Evite copos com canudos ou muitos
detalhes em seu formato porque dificultam a limpeza.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Mãos limpas na hora da comida

• Antes de preparar a comida e de oferecê-la para a


criança, deve-se lavar as mãos com água e sabão.

• As mãos das crianças também devem ser lavadas


antes de comer, aproveite para ir ensinando esse
importante hábito.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Atenção à temperatura da comida

• Verifique se a comida não está muito quente


provando-a no prato com uma colher diferente da
colher da criança.
• Caso precise esfriá-la, mexa com a colher. Evite soprar,
pois os micro-organismos que estão na sua boca
podem passar para a comida.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 A posição da criança ajuda a aceitação da comida

• A criança deve estar sentada, com uma postura reta,


em um local confortável e seguro. Ou seja, sem estar
inclinada para trás, sem riscos de queda e
suficientemente livre para movimentar os braços e o
corpo.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 A posição da criança ajuda a aceitação da comida

• A melhor forma de dar comida é sentar-se de frente


para ela, na mesma altura, para que não precise ficar
com a cabeça de lado, nem levantar o queixo
enquanto come. Essa altura também deve permitir
que ela se relacione com quem está oferecendo a
comida e, se for o caso, com outros membros da
família.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 A hora da comida é um momento de estímulo ao


desenvolvimento

• Desde as primeiras refeições, estimule a criança a ser


participativa na hora de se alimentar.

• Interaja com ela, olhando e conversando. Crianças


gostam de desafios e de atividades que testem suas
habilidades.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 A hora da comida é um momento de estímulo ao


desenvolvimento

• Não se esqueça de que, além do paladar, a oferta de


novos alimentos também envolve o tato. O uso das
mãos é fundamental para o desenvolvimento de
diferentes habilidades, como tocar o próprio corpo,
pegar objetos, senti-los e soltá-los.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade
 A hora da comida é um momento de estímulo ao
desenvolvimento

• Deixe-a usar as mãos para pegar a colher.


• Incentive-a a usar as mãos para tocar os alimentos e
sentir as diferentes texturas, ou mesmo a levar os
alimentos até perto do nariz para sentir os cheiros e
depois levá-los à boca.
• A alimentação é um momento de experiências
positivas, aprendizado e afeto junto da família.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 A criança consegue comer mesmo que os dentes ainda


não tenham surgido

• Mesmo que não tenha dentes, a gengiva fica


endurecida, pois os dentes estão se preparando para
surgir, a criança consegue amassar os alimentos. Além
disso, o atrito com o alimento ajuda a romper a
gengiva para a saída dos dentes.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade
 Nem sempre a criança aceita o alimento na primeira
vez em que é oferecido

• A criança pode gostar do alimento na primeira vez que o


experimenta ou pode precisar provar o alimento várias
vezes até se familiarizar com ele.
• Caretas não significam que a criança não esteja gostando
do alimento, mas somente que é um sabor novo,
diferente do que estava acostumada (por exemplo, o
leite materno).
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade
 Nem sempre a criança aceita o alimento na primeira
vez em que é oferecido

• Se ela continuar a rejeitar o


alimento, não desista. Deixe passar
alguns dias e ofereça-o preparado
de outras formas. Algumas crianças
precisam provar mais de oito vezes
um alimento para gostar dele.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade
 Ter rotina contribui para desenvolver bons hábitos
alimentares

• É importante estabelecer uma rotina de alimentação


para a criança e para a família.
• A criança deve ser habituada a ter intervalos regulares
entre as refeições, mas sem rigidez de horários.
• Evite oferecer alimentos entre as refeições para que ela
tenha apetite na hora de comer.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade
 As fezes da criança mudam quando outros alimentos
são oferecidos

• Quando novos alimentos começam a fazer parte da


alimentação, as fezes da criança, que antes eram
amolecidas e amareladas, ficam mais parecidas com as
do adulto. Como ela está aprendendo a mastigar, é
comum encontrar pedaços de feijões, legumes, verduras
e frutas nas fezes, devido à grande quantidade de fibras
nesses alimentos.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade
 As fezes da criança mudam quando outros alimentos
são oferecidos

• Essas mudanças são normais e não devem ser motivo de


preocupação. A oferta de água várias vezes ao dia, nos
intervalos entre as refeições, contribui para o bom
funcionamento do intestino, evitando que a criança
fique com prisão de ventre.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Expor a criança ao sol complementa a alimentação

• A exposição da criança ao sol é o principal estímulo para


a produção de vitamina D no organismo, uma vitamina
muito importante para a formação dos ossos. O
momento em que a criança toma sol pode ser uma
oportunidade para brincar e interagir com familiares ou
com outras crianças, aspectos que são importantes para
o desenvolvimento.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Combinando e variando os alimentos por refeição e


durante a semana

• Saber como combinar os alimentos para preparar as

refeições da criança com alimentos in natura ou

minimamente processados é fundamental para oferecer

uma alimentação adequada e saudável.


As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Combinando e variando os alimentos por refeição e


durante a semana

• Para garantir a variedade necessária de nutrientes para a

criança, sempre que possível, monte o prato dela

combinando um alimento de cada grupo: feijões; cereais

ou raízes ou tubérculos; carnes ou ovos; legumes e

verduras.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Combinando e variando os alimentos por refeição e


durante a semana

• No caso de legumes e verduras, quando possível,

pode-se colocar mais de um alimento desse grupo. É

importante colocar os alimentos separados no prato,

para que a criança conheça e se acostume com os

diferentes gostos e texturas.


As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Combinando e variando os alimentos por refeição e


durante a semana

• Para completar a refeição, pode-se oferecer um pedaço


de fruta, junto ou logo após a refeição.
• Ao longo do dia e no decorrer da semana, sempre que
possível, ofereça os quatro grupos e varie os alimentos
dentro de cada grupo.
• Recomenda-se escolher os alimentos que estão na safra,
pois são mais saborosos, nutritivos e baratos.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Por que evitar as papinhas industrializadas para


alimentar a criança?

• Porque têm textura que não favorece o

desenvolvimento da mastigação e são compostas por

diferentes alimentos misturados no mesmo potinho, o

que dificulta a percepção dos diferentes sabores.


As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Por que evitar as papinhas industrializadas para


alimentar a criança?

• Não favorecem para que a criança se acostume com o


tempero da comida da família e com os alimentos da
sua região;
• E as vitaminas e minerais dos alimentos in natura são
mais bem aproveitadas pelo organismo do que as
vitaminas e minerais adicionados nessas papinhas.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Ofereça a mesma comida saudável da família

• Essa prática facilita o dia a dia de quem cozinha e faz


a criança se acostumar com a alimentação da família.

• Em alguns casos, basta modificar a consistência,


amassando com garfo ou cortando pedaços menores
ou desfiando bem, para o caso das carnes.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Composição do café da manhã e lanches

• Nas pequenas refeições, o leite materno continua


sendo um alimento importante e deve ser oferecido
até 2 anos ou mais de idade, sempre que a criança
quiser.
• Após 6 meses de idade, além do leite materno,
ofereça alguma fruta no meio da manhã e no meio da
tarde à criança.
As melhores práticas para a alimentação adequada e
saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade

 Composição do café da manhã e lanches

• Após 1 ano de idade, pode-se alternar, oferecendo, em


alguns dias, um alimento do grupo dos cereais, raízes
ou tubérculos no lugar da fruta, conforme o hábito da
família.
• Se for do costume familiar comer verduras e legumes
nesses horários, a criança também pode recebê-los.
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Aos 6 meses de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Aos 6 meses de idade

Como oferecer?
• Coloque no prato pequenas quantidades dos alimentos. Você
pode começar com cerca de 1 colher de sobremesa de um
alimento de cada grupo.
• Se a criança recusar algum alimento, espere alguns dias e
volte a oferecê-lo com alimentos de que ela já gosta.
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Aos 6 meses de idade

Como oferecer?
• Se ela continuar a recusá-lo após
várias tentativas, experimente
mudar a forma de preparo. Ela não
gostou da cenoura amassada? Tente
oferecer em pedaços maiores para
que ela possa pegar com a mão.
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Aos 6 meses de idade

Como oferecer?

• Se a comida estiver um pouco seca, adicione um pouco

do caldo do cozimento dos legumes, dos feijões ou das

carnes. Preparações úmidas são mais facilmente aceitas, já

que a mastigação ainda está sendo desenvolvida.


Alimentação da criança em cada faixa de idade
Aos 6 meses de idade

Como oferecer?
• Ajude a criança a se alimentar,
mas deixe que ela use as mãos para
segurar o alimento ou uma colher
de tamanho adequado para pegá-
los. Mantenha contato visual com
ela.
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Aos 6 meses de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Aos 6 meses de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Entre 7 e 8 meses de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Entre 7 e 8 meses de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Entre 7 e 8 meses de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Entre 9 e 11 meses de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Entre 9 e 11 meses de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Entre 9 e 11 meses de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Entre 1 e 2 anos de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Entre 1 e 2 anos de idade
Alimentação da criança em cada faixa de idade
Entre 1 e 2 anos de idade
Alimentação de crianças vegetarianas
• Tendo em vista que os alimentos do grupo das carnes e ovos
fornecem nutrientes importantes para o crescimento e
desenvolvimento, é necessário atenção redobrada à escolha
dos alimentos para prevenir deficiências nutricionais.
• É fundamental que a criança vegetariana, como qualquer
outra criança, seja acompanhada por profissionais de
saúde que monitorem seu crescimento e desenvolvimento,
orientem sobre a alimentação e a suplementação de
vitaminas e minerais.
CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES QUE NÃO ESTÃO SENDO
AMAMENTADAS EXCLUSIVAMENTE
CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES QUE NÃO ESTÃO SENDO
AMAMENTADAS EXCLUSIVAMENTE

Quando é importante oferecer água para a criança?

A criança que recebe somente fórmula infantil, desde que


preparada de forma adequada, também não precisa
receber água. Se você começar a dar qualquer outro
alimento para a criança, que não o leite materno ou
fórmula infantil, ofereça água para a criança nos intervalos
das refeições.
CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES QUE NÃO ESTÃO SENDO
AMAMENTADAS EXCLUSIVAMENTE
CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES QUE NÃO ESTÃO SENDO
AMAMENTADAS EXCLUSIVAMENTE
A escolha dos alimentos

Os alimentos ultraprocessados não devem ser oferecidos à criança e


devem ser evitados pelos adultos
• Em geral, contêm quantidades excessivas de energia, sal, açúcar,
gorduras e aditivos e poucas vitaminas e minerais;
• Quando consumidos em excesso, podem levar a problemas como
hipertensão, doenças do coração, diabetes, obesidade, cárie
dentária e câncer;
• O estímulo ao seu consumo é feito por meio de propagandas que
desvalorizam as culturas alimentares tradicionais, principalmente
entre crianças e jovens;
A escolha dos alimentos

Os alimentos ultraprocessados não devem ser oferecidos à criança e


devem ser evitados pelos adultos

• Geralmente, os modos de produzir, abastecer e comer os alimentos


ultraprocessados prejudicam o ambiente, porque geram muitas
embalagens, e são feitos com alimentos produzidos em grandes
plantações, com uso excessivo de agrotóxicos e de grandes
quantidades de água. Como não favorecem os pequenos
agricultores, as economias locais também são afetadas.
A escolha dos alimentos

Resíduos de agrotóxicos também estão presentes nos


alimentos ultraprocessados
Os resíduos de agrotóxicos também estão presentes nos
ingredientes dos alimentos ultraprocessados, como o trigo, o
milho, a cana-de-açúcar e a soja. Por isso, não adianta reduzir o
consumo de alimentos in natura e minimamente processados
com o objetivo de reduzir o consumo de resíduos de agrotóxicos. A
melhor opção é, sempre que possível, preferir alimentos orgânicos
e de base agroecológica.
A escolha dos alimentos

Fique atento aos adoçantes nos alimentos ultraprocessados


• A fim de diminuir a quantidade de açúcar, alguns alimentos
ultraprocessados contêm adoçantes naturais ou artificiais,
apresentados nos rótulos como edulcorantes.
• O costume precoce do sabor excessivamente doce na
alimentação estimula o consumo excessivo de alimentos e
bebidas com açúcar e adoçantes, definindo padrões de
consumo que se perpetuam ao longo da vida.
A escolha dos alimentos

Fique atento aos adoçantes nos alimentos ultraprocessados

• Além disso, não são plenamente conhecidos os efeitos desses

aditivos na saúde das crianças. Assim, por precaução,

adoçantes não devem ser consumidos por crianças, a não ser

por recomendação médica.


Alimentos ultraprocessados comuns na alimentação da
criança e que devem ser evitados
Alimentos ultraprocessados comuns na alimentação da
criança e que devem ser evitados
Uma alimentação adequada e saudável deve ser feita
com comida de verdade

Ela deve valorizar, predominantemente, alimentos in natura ou


minimamente processados (como arroz, feijão, frutas, legumes
e verduras, mandioca, milho, carnes e ovos).
Os alimentos processados industrialmente (como enlatados,
queijos e conservas) devem ser consumidos em menor
quantidade.
Já os alimentos ultraprocessados (biscoitos e bolachas, sucos
artificiais, refrigerantes, salgadinhos de pacote, macarrão
instantâneo, guloseimas) devem ser evitados.
Por meio da alimentação, a criança aprende muito sobre

si e sobre o ambiente no qual vive. As práticas

alimentares estabelecidas – o que, como e quando a

criança come – desempenham papel importante na

formação de hábitos saudáveis para toda a vida e

influenciarão sua relação com a comida.


 Escolha dos alimentos
 Uso de feijão e folhosos: mães
acreditam que as crianças não tenham
capacidade de digerir, pois aparecem
intactos nas fezes (s/ implicações
clínicas e nutricionais).
 Escolha dos alimentos
 O feijão é um alimento muito consumido pelos
brasileiros. Todos os tipos podem ser dados à
criança a partir dos 6 meses. Desde o início,
devem-se oferecer os grãos e o caldo.

 Aos 6 meses, o feijão deve ser amassado com


garfo e, a partir dos 8 meses em diante, já pode
dar o grão inteiro
 Escolha dos alimentos

 As frutas podem ser amassadas com garfo ou


ofertadas em pedaços para que a criança
possa segurar com as próprias mãos. Frutas
pequenas ou com caroços, como uva e
acerola, exigem maior atenção, pois podem
provocar engasgo.
 Escolha dos alimentos
 As frutas também podem ser oferecidas cozidas, assadas
ou na forma de compotas sem adição de açúcar ou
qualquer tipo de adoçante.

 Essas preparações são formas úteis de conservar e


aproveitar esses alimentos, evitando desperdício.

 Bananas muito maduras podem ser cozidas e render um


purê; maçãs podem ser fatiadas e cozidas em um pouco
de suco de laranja lima no lugar do açúcar.
 Escolha dos alimentos

 Óleo vegetal: deve ser usado no preparo da


refeição (fonte de ácidos graxos essenciais e
energia, além de melhorar o sabor e consistência
dos alimentos, favorecem a absorção de
vitaminas);

 Comida de criança pode ser refogada. Basta uma


pequena quantidade de óleo para refogar alimentos e
promover esses benefícios à saúde da criança
O que evitar?

 Antes dos 2 anos de vida, não se deve adoçar frutas


e bebidas com nenhum tipo de açúcar: branco,
mascavo, cristal, demerara, açúcar de coco e nem
melado, mel ou rapadura.

 Não devem ser oferecidas preparações que tenham


açúcar como ingrediente, como bolos, doces, geleias
e biscoitos doces.

 Não é recomendado usar adoçantes no lugar do


açúcar, pois possuem substâncias químicas que não
são adequadas a esta fase da vida.
O que evitar?

 O consumo de açúcar aumenta a chance de ganho excessivo


de peso e de ocorrência de outras doenças, como diabetes,
hipertensão e câncer, e pode provocar cárie dentária e placa
bacteriana entre os dentes.

 Além disso, como a criança já tem preferência pelo sabor doce


desde o nascimento, se ela for acostumada com preparações
açucaradas, poderá ter dificuldade de aceitar verduras,
legumes e outros alimentos saudáveis.
O que evitar?

Não ofertar açúcar e produtos que contenham esse

ingrediente nos dois primeiros anos de vida contribui

para a formação de hábitos alimentares mais

saudáveis
O que evitar?
O que evitar?

• Deve-se evitar bebidas com baixo valor nutricional


(café, chá, refrigerante)

• Recomenda-se que não seja oferecido suco de fruta


à criança menor de 1 ano, mesmo aquele feito
somente com fruta. A partir dessa idade, pode-se
dar um pouco de suco, desde que seja suco natural da
fruta, sem açúcar e fazendo parte de uma refeição.
Por que oferecer frutas invés de sucos?

− Ao comer uma fruta, a criança tem que mastigá-la,

exercitando a musculatura da boca e do rosto.

− As fibras da fruta previnem a prisão de ventre e, ao coar o

suco, essas fibras contidas na fruta costumam ser descartadas.

− Beber suco aumenta a chance de a criança ter cárie dentária.


Por que oferecer frutas invés de sucos?

− O consumo frequente de suco faz a criança se alimentar


sem prestar atenção e comer mais do que precisa,
aumentando a chance de apresentar excesso de peso.

− Quando a criança se habitua com suco, ela pode ter


dificuldade de beber água pura. Isso ocorre principalmente
com crianças acostumadas a andar com o copo de suco para
todo lado.
O que evitar?

Leite de vaca integral: evitar no primeiro ano de


vida

• Associação com anemia ferropriva, alergias


alimentares, além da possibilidade da
administração em mamadeiras interferir no
reflexo da sucção, facilitando a recusa do
LM.
O que evitar?

• Alimentos associados ao risco de engasgo:


uva inteira, amendoim, pipoca e carne de
pescado com espinhas

• Deve-se evitar a introdução de alimentos com


glúten precocemente (aos menores de 4
meses) ou muito tarde (aos maiores de 7
meses), por aumentar risco de doença
celíaca.
O que evitar?

 Biscoitos salgados e doces, tanto simples como


recheados, além de pão doce, cereal matinal, farinhas
instantâneas de arroz, aveia, milho e/ou trigo utilizadas
para mingau.

Embora contenham cereais, eles não devem ser oferecidos


à criança em função de seus outros ingredientes.
O que evitar?

A mesma recomendação serve para pratos

industrializados prontos para comer. Lasanhas, pizzas e

folheados são produtos ultraprocessados e não devem

fazer parte da alimentação da criança.


O que evitar? Macarrão instantâneo

 O processamento industrial do macarrão instantâneo envolve


a fritura da massa, fazendo com que ele tenha gordura e
energia em excesso, além de muito sódio e diversos aditivos
químicos.
 Tanto o macarrão instantâneo quanto o tempero empacotado
no sachê não devem ser oferecidos à criança.
 Alternativa rápida, adequada e saudável? Experimente
massas secas bem finas, como o macarrão “cabelinho de
anjo”. Ficam cozidos entre 3 e 5 minutos.
O que evitar?

Se o pão, além da farinha de trigo, água, sal e leveduras

também tiver gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro

de leite, emulsificantes e/ou outros aditivos, ele é alimento

ultraprocessado e deve ser evitado.

Os pães caseiros são a melhor opção para oferecer às

crianças.
O que evitar?

 Batatas tipo chips, batata palha, batata pronta para


fritar ou assar e preparados de purê de batata em
formato de carinhas ou bolinhas prontos para fritar ou
assar.
 Esses produtos, como todos os ultraprocessados,
possuem muitos ingredientes e aditivos, são
nutricionalmente desbalanceados e não devem ser
oferecidos à criança.
O que evitar?

 Em muitos alimentos ultraprocessados, as carnes são usadas


como ingrediente principal, como, hambúrguer, nuggets de
frango, salsicha, salame, linguiça, presunto, mortadela,
apresuntado, fiambre, patê, carnes e peixes empanados
prontos para aquecimento e pratos elaborados prontos ou
semi-prontos com carnes.

Esses produtos contêm muitos aditivos químicos, sódio e


gordura saturada.
O que evitar?

 O consumo excessivo de gordura saturada tem sido


relacionado às doenças do coração.
 Além disso, o consumo de qualquer quantidade de
alimentos ultraprocessados feitos com carne está
relacionado ao desenvolvimento de câncer.

Portanto, como todo alimento ultraprocessado, não devem ser


oferecidos à criança.
O que evitar? “alimento infantil”

Parece leite, mas não é


 Leites aromatizados, achocolatado de caixinha, bebidas
lácteas adoçadas, iogurtes adoçados, com sabor e coloridos,
iogurtes com mel e tipo petit suisse
 Vendidos como “alimento infantil” utilizam leite como
ingrediente, mas são adicionados de açúcar e aditivos
químicos.
Não se engane, esses são alimentos ultraprocessados e não
devem ser oferecidos à criança.
O que evitar?

 O café com leite é uma preparação que faz parte da cultura

brasileira, porém seu uso não é recomendado à criança

menor de 2 anos.

A cafeína presente no café, mate, chá preto, chocolate e

refrigerantes à base de cola é estimulante, podendo deixar a

criança agitada
O que evitar? Castanhas e nozes

 Por sua consistência dura podem causar engasgo e

sufocamento, não sendo seguros para serem oferecidos

inteiros à criança.

Se forem triturados, podem ser usados como ingredientes de

preparações culinárias, sem riscos à saúde da criança.


Como iniciar?

Idade Tipo de alimento

Até completar 6 meses AMEX

Ao completar 6 meses LM, papa fruta, papa


salgada*
Ao completar 7 meses Segunda papa salgada

Ao completar 8 meses Gradativamente passar para


alimentação da família

Ao completar 12 meses Comida da família


Almoço e jantar
Se a alimentação da família for saudável, a comida da criança
não precisa ser diferente da família. Essa prática facilita o dia
a dia de quem cozinha e faz a criança se acostumar com a
alimentação da família. Em alguns casos, basta modificar a
consistência.

Para as famílias acostumadas a temperos picantes e ao uso


de pimentas, uma boa solução é separar um pouco de comida
para a criança antes de acrescentar esses tipos de tempero
Almoço e jantar

Para garantir a variedade necessária de nutrientes para a

criança, sempre que possível, monte o prato dela

combinando um alimento de cada grupo: feijões - cereais ou

raízes ou tubérculos - carnes ou ovos - legumes e verduras.

Se esses alimentos estiverem presentes na refeição da

família, fica fácil arrumar o prato da criança: basta colocar

um pouquinho de cada um.


Almoço e jantar

A cada dia, no almoço e no jantar, escolher um alimento de


cada grupo é suficiente para compor uma boa refeição

Para completar a refeição, pode-se oferecer um pedaço de


fruta, junto ou após a refeição. A maioria das frutas contém
vitamina C, que facilita o aproveitamento do ferro do feijão e
das verduras pelo organismo, ajudando a prevenir a anemia.
Almoço e jantar
Tanto faz colocar um alimento do grupo das raízes e
tubérculos ou do grupo dos cereais, pois eles apresentam
composição nutricional bem parecida. Mas se algum dia tiver
arroz e purê de batata, por exemplo, pode-se colocar um
pouco de cada.

Quanto ao grupo dos legumes e verduras, basta colocar um


tipo, mas se quiser colocar mais de um alimento desse grupo,
mais variada será a refeição.
Almoço e jantar

Conforme a criança cresce e está adaptada aos hábitos


alimentares da família, pode ser que ela se alimente com
refeições sem necessariamente os quatro grupos de alimentos,
mas que também são preparadas com alimentos in natura e
minimamente processados, sendo, portanto, saudáveis.
Exemplos: carne desfiada com maxixe e mandioca,
escondidinho de frango, galinhada, etc.

Recomenda-se escolher os alimentos que estão na época ou


safra, pois são mais saborosos, nutritivos e baratos.
Papa Salgada
Papa Salgada
Café da manhã e lanche/m erenda

 Além do leite materno, experimente ofertar alguma fruta no


meio da manhã e no meio da tarde à criança entre 6 meses e
1 ano.
 Após 1 ano de idade, pode-se alternar, oferecendo fruta em
um dia e um alimento do grupo dos cereais, raízes ou
tubérculos no outro, conforme o hábito da família.
 Se for do costume familiar comer verduras e legumes nestes
horários, a criança também pode recebê-los.

 Os únicos alimentos não recomendados em nenhuma das


refeições são os alimentos ultraprocessados
Papa?
A consistência da alimentação deve ser espessa
desde o início

 Por conterem mais água, alimentos líquidos como


sopas, sucos e caldos fornecem menos energia e
nutrientes do que a criança precisa.

 A alimentação mais espessa ajuda no


desenvolvimento da face e dos ossos da cabeça,
colaborando para mastigação e respiração
adequadas.
A consistência da alimentação deve ser espessa
desde o início

 Sem isso, mais tarde, quando alimentos forem

ofertados em pedaços maiores, a criança não saberá

mastigar direito e poderá ter dificuldade em aceitá-los

ou engasgar e ter ânsia de vômito.

A criança deverá receber a comida amassada com


garfo
A consistência da alimentação deve ser espessa
desde o início

 À medida que for crescendo, deve consumir


alimentos picados em pedaços pequenos e, depois,
maiores.
 Também podem ser oferecidos alimentos macios em
pedaços grandes, para que a criança pegue com a
mão e leve à boca.
 Evite dar preparações líquidas e não use
liquidificador ou mixer .
 Quantidade dos alimentos:
 Iniciar a oferta de alimentos em pequena
quantidade e aumentar progressivamente,
mantendo o AM;

 A quantidade dependerá da necessidade


energética e irá variar dependendo do
consumo de leite materno
 Quantidade dos alimentos:
 Crianças não aceitam a mesma quantidade
de alimentos todos os dias ou em todas as
refeições, ocorrendo variações de acordo
com o apetite, assim não deve-se
valorizar eventuais recusas ou baixa
aceitação de uma refeição
 Quantidade dos alimentos:

 Geralmente há uma discrepância entre a


quantidade de alimentos que os pais
julgam adequada e a quantidade
realmente necessária à criança
A criança que não quer comer (e não está doente)

Em alguns momentos a família pode perceber que a


criança está comendo menos do que de costume (comum
entre 1 e 2 anos, período de menos apetite)

Nessa idade, a criança também presta mais atenção


aos detalhes dos alimentos que estão no prato e pode comer
menos ou recusar alguns alimentos antes eram bem aceitos.
A criança que não quer comer (e não está doente)

É importante ter paciência no horário das refeições,


respeitar os sinais de saciedade da criança e evitar
comportamentos que possam piorar a situação, como:
forçar a comer, não deixar sair da mesa enquanto não
acabar de comer, brigar ou bater. Também não é
recomendado oferecer recompensas, como prêmios ou
sobremesas não saudáveis, para convencê-la a comer .
 Outra situação comum é a criança recusar somente
determinados alimentos.
 A família acha que a criança não está comendo, mas na
verdade ela está selecionando o que quer ou não.
Quando rejeita um alimento, mas aceita outros do
mesmo grupo, não é um grande problema.
 Deve-se evitar obrigar a comer o alimento recusado,
pois isso pode gerar aversão.
 Entretanto, sempre que esse alimento for preparado
para a família, ele deve ser oferecido à criança.

 Mudar a forma de preparo pode ajudar a aumentar


sua aceitação.

 Algumas crianças precisam provar de 8 a 10 vezes,


ou até mais, um alimento para aceitá-lo.
 Quando a criança repetidamente recusa o almoço
e o jantar, é comum cuidadoras ou cuidadores
substituírem a refeição por um lanche, para que a
criança não fique sem comer.
 Essa não é uma boa conduta, já que a criança
aprende que, quando rejeitar a comida, vai
receber outro alimento em troca.
 Além dessas questões, o apetite da criança pode
estar diminuindo pelo fato de comer algo no intervalo
entre as refeições ou estar com sono ou irritada na
hora de comer.
 Também acontece de a criança não comer direito
sem causa aparente e depois voltar ao normal.
Observe se é uma situação eventual ou se está se
repetindo.
 Uma medida muitas vezes tomada para resolver o
problema da criança que come pouco é deixar de
amamentá-la, acreditando-se que isso fará ela comer mais
alimentos.
 Essa não é uma solução adequada. O leite materno
continua sendo um alimento muito importante na fase em
que novos alimentos são oferecidos.

Não ofereça outros alimentos, nem o leite materno, em


horário muito próximo das refeições
 Se a criança não está comendo bem e nenhuma causa foi
identificada, procure profissionais de saúde para ajudar a
descobrir o que está acontecendo.
 É importante conferir como está o crescimento,
observando o gráfico da Caderneta da Criança. Se o ganho
de peso está bom, significa que a quantidade de
alimentos é adequada e ela está crescendo bem. Se não,
é um sinal de alerta
Respeitando os sinais de fome e saciedade
 Não se deve forçar a criança a “limpar o prato”, pois isso
pode prejudicar a habilidade de controlar o apetite e levar
ao ganho de peso excessivo;

 A regra geral é: se a criança demonstrar querer comer mais,


deve-se oferecer mais comida; se não quiser mais comer,
não se deve insistir nem forçar para que ela coma.
Respeitando os sinais de fome e saciedade

 É preciso ter atenção, ao ritmo e ao comportamento da


criança. Por vezes ela pode parar de comer, por algum
tempo, só para descansar e depois volta a comer. Ou
ainda pode se distrair com o ambiente e parar de
comer antes de estar saciada. Para diferenciar estas
situações é preciso conhecer suas reações.
A interação com a criança durante a refeição

 A forma de cuidar e de oferecer a refeição pode ajudar


ou dificultar essa aprendizagem.

 Conversar com a criança durante a refeição, falar sobre


o alimento que está no prato, olhar para ela e sorrir
geralmente dão bons resultados.
A interação com a criança durante a refeição
 Comportamentos que não contribuem para a relação
positiva na hora da refeição.
 Dar alimentos em resposta a qualquer choro;

 Apressar ou pressionar a criança para comer por meio de


ameaças, chantagens e/ou punições;

 Oferecer quantidades excessivas de alimentos ou forçar a


comer toda a comida do prato são práticas que fazem a
criança comer mais do que precisa e contribuem para uma
relação negativa com a comida, provocando momentos de
estresse e frustrações tanto para cuidadores como para a
criança.
A interação com a criança durante a refeição
 É igualmente importante que cuidadores não cedam às
tentativas de manipulação da criança para não comer os
alimentos oferecidos ou trocar alimentos saudáveis por
outros não saudáveis.

 Não é recomendado tentar contornar situações de


confronto com o uso de artifícios, como dar recompensas
ou mascarar os alimentos.

 Quando se dá uma recompensa em troca do prato vazio,


seja um alimento ou um brinquedo, quem está no controle
da situação é a criança. Além disso, é um estímulo para que
ela associe o fato de comer bem a ganhar algo material.
A interação com a criança durante a refeição
A interação com a criança durante a refeição

 Durante a refeição, a atenção da criança deve estar voltada


para aquele momento.

 Não é recomendado que a criança seja alimentada


enquanto anda e brinca pela casa.

 Outros atrativos, como televisão, celular, computador ou


tablet, podem distraí-la, gerando desinteresse pela comida.
Isso faz com que o processo de aprendizagem não
aconteça da forma desejável.
A interação com a criança durante a refeição

 Mesmo quando a criança aceita comer distraída, por mais


que pareça estar se alimentando melhor, ela come de forma
automática, sem perceber o alimento e, muitas vezes,
comendo em excesso. Isso pode causar danos futuros,
como perda do controle do mecanismo de fome e
saciedade, além de ganho de peso excessivo.
A interação com a criança durante a refeição

 Outro aspecto importante ligado ao uso dos equipamentos


eletrônicos é a exposição da criança a propagandas de
alimentos ultraprocessados.

 Elas costumam ser atraentes e podem vir associadas a


personagens de desenhos e brinquedos, como super-heróis
e princesas.

 Esses aspectos levam a criança a desejar o alimento


propagandeado.
A interação com a criança durante a refeição

 Por isso, evitar a exposição ajuda a protegê-la e impede

prejuízos à alimentação adequada e saudável.

 Cuide para que a alimentação seja prazerosa, mas

procure separar o momento da alimentação daqueles

de distração e agitação.
A interação com a criança durante a refeição

 Criança sempre presta atenção a tudo em sua volta;


tende a imitar e repetir o que as outras pessoas fazem.

 Comer juntos à mesa, por exemplo, faz com que a


refeição seja uma experiência de toda a família.

 Isso ajuda a criança a se interessar em experimentar e


deixa as refeições mais prazerosas. Se ela percebe que a
família gosta de comer alimentos saudáveis, terá mais
facilidade em aceitá-los
 Utilizar condimentos naturais e suaves, como
cebola, alho, salsinha e sal de adição em
quantidades mínimas

 Temperos industrializados vendidos em cubos,


sachê ou líquido também são alimentos
ultraprocessados e fontes de sódio em excesso.
Não Use!
 Para estimular o aprendizado da criança, o ideal
é arrumar a comida no prato com os diferentes
alimentos separados, sem misturar.

 Além de o prato ficar colorido e atraente,


motivando a criança a comer, permite que ela
explore sabor, cor e textura de cada alimento. À
medida que os alimentos se tornarem familiares
para a criança, não há problema em misturá-los.
 Utensílios adequados e seguros

 A colher deve ser de tamanho que caiba na boca e


líquidos devem ser ofertados em copos

 evite copos que tenham canudos ou muitos detalhes em


seu formato

 Talheres descartáveis não devem ser usados, pois 313


podem quebrar e machucar.
 Preparo e oferta

 Preservação dos nutrientes

 Cozinhar os alimentos em quantidade mínima de


água

 Iniciar o cozimento a partir da água em ebulição

 Cozinhar em panelas tampadas

 Oferecer frutas logo após o descasque ou


preparo
 Cuidados de higiene:

 Higiene das mãos;

 Na aquisição e uso dos alimentos;

 No preparo e oferta dos alimentos

(provar, esfriar..)

 Sobras e restos
 A posição da criança ajuda a aceitação da comida

 A criança deve estar sentada em um local


confortável. A melhor forma de dar comida é
sentar de frente para ela, na mesma altura, para
que não precise ficar com a cabeça de lado, nem
levantar o queixo enquanto come. Esta altura
também deve permitir que ela se relacione com
quem está oferecendo a comida e, se for o caso,
com outros membros da família
 Uma boa ideia é deixá-la manusear uma colher (estimula a
autonomia).
 Estimule-a a usar as mãos para tocar os alimentos e
sentir as diferentes texturas, ou mesmo a levar os
alimentos até perto do nariz para sentir os cheiros e
depois levá-los à boca.
 O uso das mãos é fundamental para o desenvolvimento de
diferentes habilidades, como tocar o próprio corpo, pegar
objetos, senti-los e soltá-los
 Ter rotina contribui para desenvolver bons hábitos

alimentares

 Uma rotina de alimentação para a criança e a família é

importante. Além dos tipos de refeições, a criança deve ser

habituada com intervalos regulares entre elas, mas sem

rigidez de horários.
 O cocô da criança muda quando outros
alimentos são oferecidos
 As fezes da criança, que antes eram amolecidas e
amareladas, ficam mais parecidas com as do adulto. Como
ela está aprendendo a mastigar, é comum encontrar
pedaços de feijões, legumes, verduras e frutas nas fezes,
devido à grande quantidade de fibras nesses alimentos.
Essas mudanças são normais e não devem ser motivo de
preocupação.
 Expor a criança ao sol complementa a alimentação

 A exposição da criança ao sol é o principal estímulo para a

produção de vitamina D no organismo. Além disso, o ambiente

em que a criança toma sol permite ela brincar e interagir com

familiares e ter contato com outras crianças, aspectos

importantes para o desenvolvimento.


 .
Aos 6 meses : o que oferecer ?

 3 refeições, que podem ser almoço (ou jantar) e 2

lanches/merendas; ou almoço, jantar e 1 lanche/merenda.

Não há regra sobre qual refeição iniciar primeiro. O

importante é que, ao completar 7 meses, a criança esteja

recebendo as 3 refeições.
Aos 6 meses: Como oferecer?

 Coloque no prato pequenas quantidades dos alimentos.

Eles devem estar separados e bem amassados com garfo, e

não liquidificados nem peneirados. Alimentos crus, como

frutas e alguns legumes, podem ser raspados, ralados ou

amassados.
Aos 6 meses: Atitudes alimentares

 A criança recusa algum alimento: espere alguns dias e


volte a oferecê-lo, junto com alimentos que ela já gosta
ou mude a forma de preparo.

 Exemplo: Ela não gostou do purê de abóbora? Tente


fazer abóbora em cubinhos. Continua sem aceitar, dê
em pedaços maiores para que ela possa pegar com a
mão. Outra estratégia é dar o alimento recusado em
refeições com outros alimentos que a criança já gosta.
Aos 6 meses
 Se a comida estiver um pouco seca, adicione mais
feijão, ou um pouco do caldo do cozimento dos
legumes ou das carnes ou mesmo um pouquinho de
óleo ou azeite. Preparações úmidas são mais
facilmente aceitas, já que a mastigação ainda está
sendo desenvolvida.

 Ajude a criança a se alimentar, mas deixe que ela use


as mãos para pegar o alimento. Mantenha contato
visual com ela.
De 7 a 8 meses: Caracterização

 À medida que a criança cresce, desenvolve outras


habilidades, como sentar sem apoio, pegar a comida e
levá-la à boca e aceitar alimentos com consistência
mais firme ou em pequenos pedaços.

 Ela repara cada vez mais no prato e nos alimentos que


está recebendo e aceita maior variedade e quantidade
de comida.
De 7 a 8 meses: O que oferecer?

 O leite materno deve continuar a ser oferecido segundo a


vontade da criança, sem substituir almoço e jantar. Se a
criança ainda mama no peito, não é necessário substituir
ou complementar o leite materno 504 leite de vaca ou
fórmula infantil à base de leite de vaca.

 Passe a ofertar 4 refeições: almoço, jantar e 2


lanches/merendas contendo fruta.
De 7 a 8 meses: O que oferecer?

 Varie os sabores e apresente novos alimentos. Prefira

os alimentos típicos da sua região e que estão na

época, quase sempre mais baratos nas feiras e nos

mercados.
De 7 a 8 meses: O que oferecer?

 Ofereça alimentos menos amassados do que antes ou bem


picados, de acordo com a aceitação da criança.

 Coloque quantidades um pouco maiores do que as


oferecidas quando a criança tinha 6 meses, sempre
respeitando seus sinais de fome e saciedade.

 Arrume os alimentos lado a lado, para o prato ficar mais


bonito e a criança aprender os diversos sabores dos
alimentos.
De 7 a 8 meses: O que oferecer?

 Ofereça alguns alimentos em pedaços que a criança possa


pegar com as próprias mãos e tentar comer sozinha.

 Dê uma colher pequena para criança para estimular o


movimento de levar até a boca. Se ela preferir pegar com as
mãos, não há problema.
De 9 a 12 meses: Caracterização

 A criança continua ganhando mais habilidades e


desenvoltura.

 As novidades não param:

 Ela provavelmente está engatinhando e talvez até


andando com pouco ou nenhum apoio;

 Começa a fazer movimentos de pinça com a mão, o que


permite que ela segure pequenos objetos e alimentos;
De 9 a 12 meses: Caracterização

 As novidades não param:

 É capaz de levar a colher à boca;

 Dá dentadas e mastiga melhor os alimentos mais duros.

 Apesar de poder comer de forma independente, ainda


precisa de ajuda. A comida oferecida deve acompanhar
essas mudanças.
De 9 a 12 meses: Caracterização
 Embora o leite de peito continue a ser importante para a
criança, a comida começa a ter uma maior contribuição
para atender as necessidades de nutrientes e energia que a
criança precisa para o seu crescimento.

 Deve-se ter muita atenção aos sinais de fome e saciedade


da criança e à quantidade de comida que ela está
comendo.
De 9 a 12 meses: O que oferecer?

 Os tipos de refeições continuam os mesmos após os 9

meses: almoço, jantar e 2 lanches/merendas com frutas.

 A criança deve continuar a receber o leite materno quando

desejar.

 Continue variando os alimentos e experimentando novas

formas de preparo.
De 9 a 12 meses: Como oferecer?

 A criança já pode receber alimentos picados na mesma

consistência dos alimentos da família.

 As carnes ainda podem precisar ser desfiadas.

 Coloque quantidades um pouco maiores do que as

oferecidas quando a criança tinha 7 a 8 meses.


De 1 a 2 anos: Caracterização

 Grandes mudanças ocorrem a partir de 1 ano.

 Uma delas é a redução da velocidade do ganho de peso.

 No primeiro ano, a criança triplica de peso. Por exemplo,


uma criança que nasce pesando 3 quilos passa a pesar
aproximadamente 9 quilos ao completar um ano.

 Dos 12 aos 24 meses, ela ganha bem menos, entre 2,5 kg


a 3 kg no ano todo.
De 1 a 2 anos: Caracterização

 Aprende a andar e fica bastante curiosa com o ambiente ao


redor: a hora da refeição e os alimentos se tornem menos
interessantes.

 Aprende a falar e já consegue pedir os alimentos de sua


preferência, controla melhor a colher e segura o copo com
as duas mãos, desenvolvendo a capacidade de se alimentar
sozinha.

 Novos dentes surgem e a capacidade de triturar alimentos


mais sólidos melhora ainda mais.
De 1 a 2 anos: Caracterização

 No decorrer do segundo ano de vida, ela pode resistir a


experimentar novos alimentos ou recusar alimentos de que
gostava anteriormente. Essa situação não é permanente, e
a aceitação pode melhorar com a oferta repetida ou com a
modificação das formas de preparo.

 É comum a família achar que a criança não está comendo


direito e ficar preocupada com isso.
De 1 a 2 anos: Caracterização

 Para fazer com que ela coma mais, sem perceber, usa
formas inadequadas de oferecer a alimentação, como fazer
ameaças e chantagens e dar mais frequentemente os
alimentos preferidos da criança, mesmo que eles não sejam
saudáveis.

 Outra prática comum é distrair a criança com TV, celular ou


outros equipamentos eletrônicos (faz com que ela não
preste atenção aos alimentos e coma além do necessário).
De 1 a 2 anos: Caracterização

 Nessa idade, aumenta a interação das crianças na creche,


em festas e passeios.

 Nessas ocasiões, é comum o contato com guloseimas como


doces, balas, pirulitos e chocolates.

 Para evitar a oferta de açúcar e alimentos


ultraprocessados uma boa estratégia é levar de casa
opções como uma fruta ou outro alimento de que a criança
goste .
De 1 a 2 anos: O que oferecer?
 Além do leite materno, a criança recebe o café da manhã,
lanche/merenda da manhã, almoço, lanche/merenda da
tarde e jantar.
 No lanche/merenda da tarde, em alguns dias da semana a
fruta pode ser substituída por um alimento do grupo de
raízes e tubérculos ou do grupo de cereais, como mandioca,
batata doce, inhame ou pão.
 Por exemplo, um dia você oferece o leite de peito e uma
fruta e, no outro dia, leite de peito e uma batata doce
cozida.
 Legumes e verduras também podem ser oferecidos nessas
refeições, se isso for do hábito da família.
De 1 a 2 anos: O que oferecer?
 Não é necessário substituir o leite materno pelo leite de vaca ou
fórmula infantil à base de leite de vaca

 Derivados do leite, como queijos e coalhadas podem ser dados,


e o leite de vaca pode ser utilizado como ingrediente em
receitas.
De 1 a 2 anos: Como oferecer?

 Ofereça os alimentos em pedaços maiores e na mesma


consistência da comida da família.

 Estimule a criança a comer sozinha.

 Continue ampliando a variedade de alimentos oferecidos

 Estabeleça um local tranquilo para a criança se alimentar, e


evite distraí-la com equipamentos eletrônicos.
Situações
Especiais
Alimentação de crianças vegetarianas

 Se a família for adepta do vegetarianismo, deve dar atenção


à escolha da combinação dos alimentos.

 A variação é importante para atender as necessidades da


criança e prevenir deficiências nutricionais.

 É fundamental que a criança seja acompanhada por


profissionais de saúde que monitorem o crescimento e
desenvolvimento e orientem a alimentação com
informações referentes à prática do vegetarianismo.
Alimentação de crianças vegetarianas

 A criança vegetariana ou vegana, assim como todas as


demais, deve ser amamentada por 2 anos ou mais e, nos
primeiros 6 meses, só receber leite materno.

 Se a criança não for amamentada, não se recomenda que


receba leites vegetais caseiros (de soja, coco, amêndoas,
arroz, aveia, entre outros) em substituição à amamentação,
porque essa prática traz risco para o crescimento e
desenvolvimento.
Alimentação de crianças vegetarianas

 Os principais cuidados de acordo com o tipo de


vegetarianismo são:

 ● Ovolactovegetarianos (comem ovos, leite e laticínios e não


comem carnes) e lactovegetarianos (comem leite e laticínios
e não comem carnes e ovos) - A criança pode compartilhar
esses tipos de alimentação, mas deve haver variedade de
alimentos para garantir quantidades adequadas de ferro.
Alimentação de crianças vegetarianas

 No almoço e jantar, diariamente, devem estar presentes 1


alimento do grupo dos feijões (leguminosas) e 1 vegetal
folhoso. Uma fruta rica em vitamina C após a refeição é
importante para aumentar a absorção de ferro dos
alimentos de origem vegetal.

 Ovovegetarianos (comem ovos e não comem carnes, leites e


laticínios) – É importante ter uma alimentação variada para
garantir quantidades adequadas de ferro e cálcio.
Alimentação de crianças vegetarianas

 Se a criança é amamentada, boa parte do cálcio de que ela


precisa vem do leite materno. O restante deve vir dos
alimentos de origem vegetal, como espinafre, couve,
bertalha, brócolis, alho-poró, tofu e amêndoa.

 Recomenda-se acompanhamento com profissionais de


saúde para avaliação da diversidade alimentar, orientação
sobre fontes de ferro e cálcio de origem vegetal e sobre a
possível necessidade de suplementação de nutrientes.
Alimentação de crianças vegetarianas

 Vegetarianos estritos (não comem carnes, leite e laticínios e


ovos) e veganos (não comem carnes, leite e laticínios, ovos
e outros alimentos de origem animal, como mel)

 É fundamental o acompanhamento com profissionais de


saúde para avaliar o consumo alimentar e de nutrientes,
verificar o crescimento e orientar a alimentação.
Alimentação de crianças vegetarianas

 Vegetarianos estritos e veganos:

 Recomenda-se que, após 6 meses, a criança receba


suplementação de vitamina B12 e de ferro, pois as
principais fontes desses nutrientes não estão presentes na
alimentação vegana.

 Junto com uma alimentação diversificada, o objetivo dos


suplementos é ajudar na prevenção da anemia.
Alimentação da criança doente

 Quando a criança está doente, tende a comer menos e


a comunicar menos a fome por meio de sinais.
 Nessa fase é importante que o cuidador esteja atento à
quantidade de água e comida oferecidas à criança.
 Mantenha-a alimentada e hidratada, dando pequenas
porções de água e comida mais vezes ao dia.
 O melhor é servir alimentos variados e saudáveis, que
colaborem para a recuperação.
Alimentação da criança doente

 Se esse período durar muitos dias, a criança pode


perder ou deixar de ganhar peso.
 Quadros de vômito, diarreia aguda, gripes ou
resfriados provocam grande perda de líquidos, e é
muito importante que sejam repostos pela alimentação
 Não é necessário retirar nenhum alimento in natura ou
minimamente processado da alimentação. Esses
alimentos são saudáveis e ajudam no restabelecimento
da saúde da criança.
Alimentação da criança doente: Cuidados
 Ofereça mais água ao longo do dia, nos intervalos das
refeições, principalmente se houver febre, vômito e diarreia;

 Alimente a criança mais vezes ao dia e seja flexível com os


horários de refeição;

 Dê com frequência alimentos da preferência da criança,


mas não ultraprocessados;

 Não retire alimentos in natura ou minimamente


processados da alimentação da criança;
Alimentação da criança doente: Cuidados

 Apresente o prato de forma que estimule a criança a comer;

 Seja paciente ao alimentar a criança;

 Ofereça o alimento na consistência que a criança preferir;

 Ofereça o leite materno com maior frequência;

 Acorde a criança para comer, caso ela esteja dormindo por


muito tempo
Alimentação da criança doente: Cuidados

 Quando a criança se recupera, é usual que o apetite cresça

nos dias seguintes.

 Aumente um pouco a quantidade de comida em cada

refeição e inclua outras pequenas refeições ao longo do dia

para compensar o período em que ela ficou com menos

apetite devido à doença.


Importante

• É importante que a criança receba água nos


intervalos (tratada, filtrada e fervida)

• A partir dos 8 meses, a criança já pode


receber gradativamente os alimentos
preparados para a família, desde que sem
temperos picantes, sem alimentos
industrializados, com pouco sal e oferecidos
amassados, desfiados, triturados ou picados
em pequenos pedaços.
Importante
• O ovo cozido (clara e gema) pode ser introduzido
ao completar 6 meses, mas seu uso deve ser
avaliado pela equipe de saúde (história familiar
de alergia e disponibilidade financeira para
oferecer outras fontes protéicas);

• Todos os dias devem ser oferecidos alimentos


de todos os grupos e deve-se variar os alimentos
dentro de cada grupo.
PRINCÍPIOS DO GUIA ALIMENTAR
1) A saúde da criança é prioridade absoluta.

2) O ambiente familiar é espaço promotor da saúde

3) Os primeiros anos de vida são importantes para a formação

dos hábitos alimentares

4) Cuidar da criança é responsabilidade de todos

5) O acesso a alimentos adequados e saudáveis e a informação

de qualidade fortalece a autonomia das família.


PRINCÍPIOS DO GUIA ALIMENTAR
6) O acesso a alimentos adequados e saudáveis e a informação
de qualidade fortalece a autonomia das família.
7) A diversidade brasileira influencia a alimentação da criança.
8)A alimentação da criança é uma forma de promover sistemas
alimentares saudáveis e sustentáveis
9)O estímulo à autonomia da criança contribui para o
desenvolvimento de uma relação saudável com a alimentação
12 passos para alimentação
saudável da criança menor de
2 anos
1. Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo
somente o leite materno até 6 meses.

2. Oferecer outros alimentos, além do leite materno,


a partir dos 6 meses. .

3. Oferecer água própria para o consumo à criança


em vez de sucos, refrigerantes e outras bebidas
açucaradas. .

4. Alimentar a criança com alimentos in natura e


minimamente processados
5. Oferecer a comida na consistência espessa
quando a criança começar a comer outros alimentos
além do leite materno.
6. Não oferecer açúcar à criança até 2 anos de
idade

7. Não oferecer alimentos ultraprocessados para a


criança

8. Cozinhar para a família e para a criança a mesma


comida usando alimentos in natura e minimamente
processados
9. Zelar para que a hora da alimentação da criança
seja um momento de experiências positivas,
aprendizado e afeto

10. Cuidar da higiene em todas as etapas da


alimentação da criança

11. Oferecer à criança alimentação adequada e


saudável também fora de casa.

12.Proteger a criança da publicidade de alimentos


Referências
 ACCIOLY, E; SAUNDERS, C; LACERDA EMA. Nutrição em
obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica. 2009.

 SANTIAGO, S.B. (org). Manual de Aleitamento Materno.


Barueri, SP: Manole, 2013.

 VASCONCELOS, M. J. O. B. et al. Nutrição Clínica: Obstetrícia


e Pediatria. Rio de Janeiro: Medbook, 2011.

 Versão Preliminar da 4ª Edição do Guia Alimentar para


Menores de dois anos:

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