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Cantigas de Amor2
Cantigas de Amor2
ç «o rer de
amor» (Como morreu quen nunca ben), crítica ao formalismo do amor cortês
(Proençaes soen mui ben trobar).
originalidade
- A originalidade das.nossas cantigas revela-se ainda nas infracções ao código
da «mesura»: alusões ao rival, eSJ)erançano amor correspondido, veemência sen-
-
timental que leva a amaldiçoar o dia em que viu a dona e se apaixonou: e apa-
-
'"reêe uma cantiga de ;mor dirigida a uma «senhor», dependente da autoridade
materna, tal como a moça da nossa cantiga de amigo, assim como a beleza das
donas é suplantada pela da «mocelinha». E o tópico «morrer de amor» admite já
interpretação humorística, embora em tom de galanteio.
drama psicológico Todo o drama psicológico que leva ao desvairamento (censandecer ou mor-
rer com pesar») exprime-se nestas cantigas por meio de processos retóricos:
'ogos semânticos (non querria deste mundo outro ben/ se non poder negar quen
quero ben), antíteses (pois meu mal é quanto ben vós avedes), Rerífrases (a ren que
mais amou), hipérboles (mais que todas las do mundo va/), metáforas (meu lume e
meu ben), anáforas e interrogações retóricas (que farei eu, por Deus que mi o diga-
des?/ que farei eu se logo non morrer? ..), aradoxos (Cuidand' en vós, ouv'a morrer
linguagem assi,/ e, cuidand' en vós, senhor, non morri?). A lin ua em obedece também a certo