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PSICO

MOTRICIDADE
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E
TEMPORAL
PROF. RODRIGO MENDES WICZICK
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

• A literatura sugere que primeiro a criança percebe a


posição do seu próprio corpo no espaço, para depois
perceber a posição dos objetos em relação a ela
própria, aprendendo, por fim, a perceber a posição dos
objetos entre si (Oliveira, 2012).
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

• É a capacidade de orientar-se diante de um espaço


físico e de perceber a relação de proximidade de
coisas entre si.
• Porém, para que a criança consiga perceber os
objetos no espaço, precisa primeiramente ter uma boa
imagem corporal, pois esta é usada como ponto de
referência.
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

• A criança somente conseguirá apreender as noções


espaciais, por meio da movimentação, e da exploração
intensa do ambiente.
• Aos poucos a criança vai aprendendo as noções de:
• Situações (dentro, fora, no alto, abaixo);
• Tamanho (grosso, fino, grande, médio);
• Posição (em pé, deitado, sentado);
• Movimentos (levantar, abaixar, subir, descer);
• Formas (cheio, vazio, pouco, muito);
• Qualidade (cheio, vazio, pouco, muito).
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

• A criança explora o espaço para perceber suas


dimensões, formas, limites, layout, obstáculos e
aprende a adaptar o seu comportamento, dependendo
das exigências do ambiente.
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

• Ser coordenada e executar com rapidez e eficiência os


movimentos intencionais para resolver tarefas
concretas são quesitos vitais para o desenvolvimento
de atividades na vida adulta.
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

• Então, é fundamental salientar a importância do papel


do fisioterapeuta ao fornecer noções de localização,
movimento, deslocamento no ambiente, percepção
das coisas do mundo/espaço próximo e distante, bem
como a possibilidade de construção de um mundo real
ou imaginário (Bouchard, 2008).
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

• E essa compreensão das relações espaciais não se


baseia unicamente no raciocínio de situações
espaciais precisas, mas deve levar a criança a
perceber a relação entre os vários elementos que deve
primeiro analisar, a fim de imaginar combinações ou
itens em falta.
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL

• A orientação temporal está intimamente relacionada


com a orientação espacial, pois quando o sujeito se
desloca em um determinado espaço, ele o faz em um
dado tempo (Oliveira, 2012).
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL

• É a capacidade de relacionar ações a uma


determinada dimensão de tempo, onde sucessões de
acontecimentos e de intervalo de tempo são
fundamentais.
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL

• É a capacidade de situar-se em função da sucessão


de acontecimentos, duração de intervalos de tempos,
da renovação cíclica de variados períodos.
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL

• Porém, a percepção temporal se dá através de ritmos,


conceitos de duração, intervalos, continuidade,
simultaneidade e sucessão.
• Outro elemento, considerado importante para a
aquisição dessa função psicomotora, é o som; por
meio dele a criança pode experimentar situações que
envolvem duração, alternância e simultaneidade.
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL

• A seriação é a capacidade de ordenação dos objetos,


por tamanho, cor, textura, etc...
• A classificação é a capacidade de agrupar objetos por
associação (semelhanças ou por alguma característica
comum).
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL

• Quando a criança está brincando com um objeto e


este sai de seu campo de visão, este objeto para a
criança acabou (permanência do objeto), mas, se esse
objeto produz um som, mesmo fora de seu campo de
visão.
• Ela entra no mundo da simbolização e através da
curiosidade percebe a existência do objeto.
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL

• As percepções do “depois”, “antes” e “agora” são


extremamente importantes para língua falada e escrita;
logo, é importante que, tanto em casa quanto na
escola, as crianças possam vivenciar tais percepções,
já que são conceitos abstratos, de difícil compreensão,
necessitando de treino diário.
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL

• Algumas dimensões do tempo que a criança necessita


adquirir para poder ter uma melhor compreensão do
presente, passado e futuro, de acordo com Frank,
Land, Popp e Schack (2014) são:
• Sequência de ações (habilidade para organizar fatos);
noções básicas de temporalidade (agora, ontem,
amanhã, etc.);
• Velocidade (movimentos lentos e acelerados);
• Duração (tempo gasto para realizar uma determinada
tarefa);
• Ritmo (lento, acelerado, cadência).
ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO - TEMPORAL

• Segundo Canogia (1986), é a relação entre espaço e


tempo.
• É a capacidade de avaliar tempo-espaço interagindo
numa sucessão e em grandeza espacial.
• Estão incluídos aí tempo, espaço e ritmo.

• Música
ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO - TEMPORAL

• No primeiro ano de vida a criança têm a impressão do


movimento e no segundo e terceiro anos vem a
percepção de espaço e tempo.
• A estruturação espaço temporal têm um papel
essencial nos problemas da aprendizagem escolar e
motor.
ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO - TEMPORAL

• Atividades onde a criança pode explorar todo um


ambiente, seguindo ordens de ritmo e/ou sequências
permitem seu desenvolvimento e/ou reabilitação.
ORGANIZAÇÃO ESPAÇO - TEMPORAL

Problemas da organização espaço – temporal:


• Dificuldades de locomoção pelo aluno em sala de aula
e entre carteiras;
• Ter dificuldade em respeitar a ordem das letras na
palavra e das palavras na frase (brasa/barsa);
• Dificuldade de distinção entre “b” e “d”; “p” e “q”; “21” e
“12” (percepção espacial de direita e esquerda);
ORGANIZAÇÃO ESPAÇO - TEMPORAL

Problemas da organização espaço – temporal:


• Dificuldade de ordenação de sílabas, reconstrução de
frases (orientação temporal e espacial, noção do antes
e depois);
• Dificuldades para distinguir entre “b” e “p”; “n” e “u”;
“ou” e “on” (percepção espacial de alto e baixo);
ORGANIZAÇÃO ESPAÇO - TEMPORAL

•Problemas da organização espaço – temporal:


• Desorganização de material e bolsa escolar;
• Dificuldade de obedecer a pautas, espaços,
parágrafos;
• Erro na organização de contas matemáticas;
• Inconstância no tamanho da escrita das letras.
ORGANIZAÇÃO ESPAÇO - TEMPORAL

• Não respeitar a direção horizontal do traçado, na


escrita;
• Não respeitar os limites da folha;
• Apresentar sérias dificuldades para se organizar com
seu material escolar;
• Esbarrar em objetos e pessoas
REFERÊNCIAS

• APOSTILA PSICOMOTRICIDADE E APRENDIZAGEM FAVENI.

• Bueno, J.M. Psicomotricidade: TEORIA E PRÁTICA DA ESCOLA À AQUÁTICA. 1ª Ed., São Paulo: Cortez,
2014

• Matos, V. PSICOMOTRICIDADE. 1ª edição SESES Rio de janeiro, 2016.

• Psicomotricidade. CARTILHA DE ORIENTAÇÃO A GRADUANDOS DE TERAPIA OCUPACIONAL.


Laboratório de ensino e pesquisa em terapia ocupacional, infância e adolescência FMRP-USP-RP – 2012.

• Patel, V.P.P., Krenkel,S. PSICOMOTRICIDADE. Indaial : Uniasselvi, 2012.

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