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UFCG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

UAEC – UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL

ALUNO: Mateus Araújo de Souza Celestino MATRÍCULA: 114110758

PROFESSORA: Dayse Luna DISCIPLINA: Hidrologia

RELATÓRIO – INFILTRAÇÃO
Campina Grande, 03 de julho de 2017.

INFILTRAÇÃO

Infiltração corresponde a passagem de água através da superfície do solo de


modo a preencher os vazios presentes no interior da camada de solo. Sendo assim
depende de diversos fatores dentre os quais destacam-se:

 Superfície: Áreas urbanizadas apresentam menores velocidades de infiltração


que áreas agrícolas, principalmente quando estas têm cobertura vegetal.
 Tipo de solo: a textura e a estrutura são propriedades que atuam na
quantidade de volume infiltrado, por exemplo, a presença de argila no solo
diminui a permeabilidade diminuindo assim a infiltração.
 Umidade do solo: para um mesmo solo, a capacidade de infiltração será
maior quanto mais seco estiver o solo inicialmente.
 Lamina de água e tipo de chuva: quanto maior for a espessura da lâmina de
água sobre a superfície do solo, maior deverá ser a taxa de infiltração. Em
caso de chuvas finas e demoradas a infiltração ocorre em um maior espaço
de tempo.
 Temperatura: a velocidade de infiltração aumenta com a temperatura, devido
à diminuição da viscosidade da água.
 Presença de fendas, rachaduras e canais biológicos: estas formações atuam
como preferenciais para o movimento da água na camada de solo, sendo
assim, aumentam a capacidade de infiltração.
 Cobertura vegetal: A cobertura vegetal atua reduzindo a velocidade do
escoamento superficial e, assim tem-se um maior tempo para infiltração o
que contribui para aumentar o volume de água infiltrada.
DETERMINAÇÃO DA INFILTRAÇÃO – MÉTODO DO INFILTRÔMETRO DE
ANEL

Figura – Infiltrômetro de anel

METODOLOGIA

Para caracterização de como se deu a infiltração de água no solo de interesse, foi


escolhido para realização o método do infiltrômetro de anéis concêntricos, que é
composto por um anel metálico externo, com 50 cm de diâmetro e 30 cm de altura e um
anel interno, com 25 cm de diâmetro e 30 cm de altura, cravados ao solo de maneira
concêntrica.

Após limpeza superficial do solo, cravou-se no solo os cilindros externo e


interno, e colocou-se um filme plástico no anel interno para evitar a infiltração da água
no solo antes da realização da leitura inicial. Colocou-se água nos cilindros externo e
interno, e as leituras foram realizadas somente no cilindro interno, visto que o externo
foi utilizado apenas para que se reduzisse ao máximo o efeito da infiltração lateral.

A partir da leitura inicial da altura de água, com régua graduada, o filme plástico
foi retirado e iniciou-se a contagem de tempo para a infiltração da água no solo, com
reposição da água sempre que o nível de água nos anéis ficavam próximos da superfície
do solo. Foram realizadas leituras da altura de água no interior do cilindro interno no
intervalo de 5min entre cada leitura e no tempo que adicionou-se água foi feita uma
leitura antes da reposição de água e uma imediatamente após, o ensaio totalizou um
tempo de 70 minutos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES

Dados obtidos em experimento realizado na data de 26/06/2017 na UFCG no


Bloco-CR- Laboratório de Hidráulica:

Horário Leituras
08:20:00 3
08:25:00 5,6
08:30:00 7
08:35:00 8,2
08:35:00 1
08:40:00 2,3
08:45:00 3,5
08:50:00 4,5
08:55:00 5,7
09:00:00 6,5
09:05:00 7,5
09:10:00 8,2
09:10:00 0
09:15:00 1
09:20:00 2,1
09:25:00 3
09:30:00 3,9
Temp Tempo
o acumulado t(acumulado Leituras Dh Dh Acumulado f f
Horário (min) (min) t(h) em h) (cm) (cm) (mm) Dh (mm) (mm/h) Y' (corrigido)
08:20:00 0 0 0,000 0,000 3 0 0 0 0 0 197,86
295,0
08:25:00 5 5 0,083 0,083 5,6 2,60 26 26 312,00 0 197,68
151,0
08:30:00 5 10 0,083 0,167 7 1,40 14 40 168,00 0 197,50
127,0
08:35:00 5 15 0,083 0,250 8,2 1,20 12 52 144,00 0 197,32
08:35:00 0 15 0,000 0,250 1 -7,20 -72 -20 0,00 -17,00 197,32
139,0
08:40:00 5 20 0,083 0,333 2,3 1,30 13 -7 156,00 0 197,14
127,0
08:45:00 5 25 0,083 0,417 3,5 1,20 12 5 144,00 0 196,96
103,0
08:50:00 5 30 0,083 0,500 4,5 1,00 10 15 120,00 0 196,78
127,0
08:55:00 5 35 0,083 0,583 5,7 1,20 12 27 144,00 0 196,60
09:00:00 5 40 0,083 0,667 6,5 0,80 8 35 96,00 79,00 196,42
103,0
09:05:00 5 45 0,083 0,750 7,5 1,00 10 45 120,00 0 196,24
09:10:00 5 50 0,083 0,833 8,2 0,70 7 52 84,00 67,00 196,06
09:10:00 0 50 0,000 0,833 0 -8,20 -82 -30 0,00 -17,00 196,06
103,0
09:15:00 5 55 0,083 0,917 1 1,00 10 -20 120,00 0 195,88
115,0
09:20:00 5 60 0,083 1,000 2,1 1,10 11 -9 132,00 0 195,70
09:25:00 5 65 0,083 1,083 3 0,90 9 0 108,00 91,00 195,52
09:30:00 5 70 0,083 1,167 3,9 0,90 9 9 108,00 91,00 195,35
Tabela – Valores obtidos

Gráfico inicial – com o valor da coluna f (mm/h)

Capacidade de Infiltração
350.00

300.00

250.00

200.00
f (mm/h)

f(x) = 198.275179282328 exp( − 0.0107127892834851 x )


150.00 R² = 0.51727154804372

100.00

50.00

0.00
0 10 20 30 40 50 60 70 80

t (min)

Depois foram feitas algumas considerações visto que o Excel (software


utilizado) não iria fornecer valores de forma semelhante ao que se tem presente na
fórmula de Horton.

Sendo assim, fez-se as seguintes considerações

Y' = f-fc
Y' = a'. e^(-kt)
a'=fo-fc
E para obtenção dos valores fez se uso de iterações entre o valor de fc
comparando com o valor de R² (aproximando esse valor de 1). E daí obteve-se

fc (por tentativa) 17

Conseguindo-se assim um gráfico final após o valor de fc que melhor atendesse


e a partir dele calcular os valores desejados.

Gráfico final – y’ em função do tempo

Capacidade de Infiltração
350.00

300.00

250.00

200.00
f (mm/h)

150.00 f(x) = 180.857432452589 exp( − 0.0120983958186693 x )


R² = 0.518376376894944

100.00

50.00

0.00
0 10 20 30 40 50 60 70 80

t (min)

Desse modo, obtém-se

fc 17
k 0,012
a' 180,86
fo 197,86
E por fim uma equação de Horton para representar o caso como sendo

f =f c + ( f 0−f c )∗e−kt
−0,012 t
f =17+ ( 180,86 )∗e

Os valores para f após correção encontram-se na tabela de valores obtidos na


coluna f (corrigido).

CONCLUSÃO

Pode-se concluir que o método de infiltrômetro de anel é simples e prático para


determinação da infiltração acumulada (I) e a velocidade de infiltração (VI). No caso do
experimento observou-se uma fraca relação entre os dados observados (R² próximo de
0,5) podendo ser ocorrido em função de imprecisões na medição no tempo e nas
leituras. Além disso, tem-se que a variação da lamina de água deveria apresentar
tendência de decrescer ao decorrer do tempo mas apresentou-se oscilações na leitura,
associado também a um primeiro ponto de leitura muito destoante dos demais
influenciando diretamente na obtenção da equação.

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