You are on page 1of 1

Direito à informação.

Na doutrina "Curso de direito Constitucional, os atores afirma-se que o direito de


informação possui 3 feições: o direito de informar, de se informar, de se manter informado.
Tratam-se esses de aspectos interligados, sendo que um afeta o outro. Quando não há direito
de informar, não há como um indivíduo conseguir ser e se manter informado. Se o segundo ou
terceiro não estiverem sendo garantidos, o objetivo do primeiro não está sendo alcançado.

O direito de informar é assegurado pela Constituição (art. 220, caput), por meio do
direito à liberdade de expressão, tratando-se de um direito de primeira geração:

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação,


sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição,
observado o disposto nesta Constituição.

A liberdade de informação jornalística é herdeira da liberdade de imprensa, sendo que a


informação jornalística se subdivide em dois aspectos: a divulgação de fato, ou seja notícia seca
e a crítica, opinião juízo de valor, que recai sobre a notícia.

Considerando-se que a informação noticiada deve ter relevância para que o indivíduo
possa participar do mundo em que vive, a liberdade de opinião encontra limites: além de
verdadeira não deve ser veiculada de forma insidiosa e abusiva. Por exemplo, deve-se fazer o
seguinte questionamento quando a notícia esbarra na privacidade de alguém: a exposição da
vida de uma pessoa, sem sua autorização, é realmente necessária ao conhecimento da
sociedade? É nesse ponto que os princípios da liberdade de expressão jornalística e de
privacidade se contrapõem.

Nesse caso, quando dois princípios colidem, um dos princípios terá que ceder, total ou
parcialmente (princípio da mútua cedência). Uma ampla liberdade de imprensa pode, em muitos
casos, ser incompatível com a proteção ideal da privacidade de algumas pessoas.
Assim, com a finalidade de determinar qual princípio deve prevalecer nos casos de colisão entre
eles, é necessário efetuar um “sopesamento, ou seja, um exame de proporcionalidade, de modo
a se chegar, em um determinado caso, à melhor solução possível, ou seja, ao resultado ótimo”

Cabe relembrar que em 2013, entrou em vigor no Brasil a Lei Nº 12.737, apelidada de
Lei Carolina Dieckmann3 , a qual, alterando o Código Penal, tipificou criminalmente os delitos
informáticos. São eles, especialmente, invasão de dispositivo informático e interrupção ou
perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de
utilidade pública.

Por fim, a respeito do último artigo de Joel Pinheiro da Fonsceca cabe relembrar o
'paradoxo da tolerância', do filósofo Karl Popper. Segundo ele, "a tolerância ilimitada leva ao
desaparecimento da tolerância. Desse ensinamento extrai-se qie devemos-nos, reservar, em
nome da tolerância, o direito de não tolerar o intolerante. É a ideia de que tolerar apenas
aqueles que estejam dispostos a responder também com tolerância – ainda que, em último
caso, fosse necessário o uso da força para reivindicar o direito de suprimir ideias intolerantes.

You might also like