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osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS Os Les, Leis Estaduais Mato Grosso do Sul hitps:eisestaduais.combrimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-sul.... 1/88 0310412023, 19:45, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS LEI N° 1.293, DE 21 DE SETEMBRO DE 1992. Dispée sobre 0 Cédigo Sanitario do Estado de Mato Grosso do Sul, e dé outras providéncias. Publicada no Di io Oficial n° 3.386, de 22 de setembro de 1992, paginas 1 a 28. © GOVERNADOR 0 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, fago saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte lei: TITULOI CAPITULO UNICO DAS DISPOSIGOES PRELIMINARES (At-°] Este Codigo regula, no Estado de Mato Grosso do Sul, direitos e obrigagées que se relacionam com a satide e o bem-estar individual e coletivo dos seus habitantes, dispde sobre o Sistema Estadual de Saiide e aprova a legislacao basica sobre promogo, protegao © recuperagao da satide. (Bt )A satide 6 um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condigées indispensaveis ao seu pleno exercicio. § 1° 0 dever do Estado de garantir a satide consiste na reformulagao e execugao de politicos econémicos e sociais, que visem a redugao de riscos de doengas e de outros agravos. eno estabelecimento de condigdes que assegurem acesso universal e igualitério as ages e aos servigos para a sua promogdo, protegao e recuperagao. § 2° O dever do Estado nao exclul o das pessoas, da familia, das empresas e da sociedade, § 3° O dever de cada pessoa em relacdo a satide consiste’ a) na adogao de habitos, ato e condigées higiénicas e seguros b) na cooperagao e informagao que Ihe for solicitada pelo érgdo sanitario competente; ©) no atendimento de normas, recomendagées ¢ orientagGes relativas 4 satide. § 4° Aassisténcia a satide é livre a iniciativa privada. § 5° Compete a Secretaria de Estado de Satide exercer a coordenagdo das atividades que objetivam o entrosamento entre varias instituigées de satide que atuam no Estado. ‘Ant 3°] A satide tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentagao, ‘a moradia, o saneamento basico, o meio ambiente, 0 trabalho, a renda, a educagao, transporte, o lazer ¢ 0 acesso aos bens e servigos essenciais, [At] 0 conjunto de agées e servigos, prestados por érgaos e¢ instituigdes publicas federais, da administracao direta ¢ indireta e das fundacdes mantidas pelo Poder Publico, constitui 0 Sistema Unico de Saide - SUS. § 1° Esto inciuidas no disposto neste artigo as es pliblicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produgdo de insumos, medicamentos, inclusive de sanaue e hemoderivados. ¢ de eauioamentos oara saiide. hitps:eisestaduais. com brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-sul.... 2/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS § 2° A iniciativa privada podera participar do Sistema Unico de Satide - SUS, em cardter complementar. (Ar. ] As acées e servicos publicos contratados ou conveniados que integram o Sistema Unico de Satide - SUS, sao desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no artigo 98 da Constituicao Federal, obedecendo ainda aos seguintes principios: | - universalidade de acesso aos servigos de satide em todos os niveis de assisténcia; Il integralidade de assisténcia, entendida como um conjunto articulado e continuo das ages e servicos preventivos e curativos, individuais coletivos, exigidos para cada caso em todos niveis de complexidade do sistema; IIl- preservacao da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fisica e moral; IV - igualdade da assisténcia 4 satide, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; \V- direito a informagao, as pessoas assistidas, sobre sua satide; VI - divulgacao de informagées quanto ao potencial dos servigos de satide e a sua utilizagao pelo usuario; VII - utilizagao da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocacdo de recursos e a orientagao programatica; VII - participagao da comunidade; 1X - descentralizagao p governo: ;0-administrativa, com diregao Unica em cada esfera de a) énfase na descentralizagao dos servigos para os municipios; b) regionalizago e hierarquizagao da rede de servigos de satide; X - integrago, em nivel executivo, das acdes de satide, meio ambiente e saneamento basico; XI - conjugagao dos recursos financeiros, tecnolégicos, materiais e humanos do Estado e dos Municipios, na prestagdo de servigos de assisténcia a satide da populagdo; XIl - capacidade de resolugdo dos servigos em todos os niveis de assisténcia; e XIII - organizagao dos servigos piiblicos, de modo a evitar a duplicidade de meios para fins idénticos. ‘Ant. ©] O Estado e os Municipios exercerao, em seu ambito administrativo, as seguintes atribuigées: | - definigao das instancias e mecanismos de controle, avaliagao e fiscalizagao das agbes, e servigos de satide; hitps:eisestacuais.com.brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-Sul.... 3/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS Il - administragao dos recursos orgamentarios e financeiros destinados, em cada ano, & satide; Il-acompanhamento, avaliagao e divulgagdo do nivel de satide da populagao e das condigdes ambientais; IV - organizagao ¢ coordenagao do sistema de informagao em satide; \V- elaboragdo de normas técnicas e estabelecimento de parametros de custos que caracterizam a assisténcia sade; VI- elaboragao de normas técnicas e estabelecimento de padrées de qualidade para promogao da satide do trabalhador; VII - participagao de formulagao da politica e da execugao das agdes de saneamento basico ¢ colaboragao na protegao e recuperagao do meio ambiente; VIII - elaboragao e atualizagao periédica do plano de satide; 1X - participagdo na formulagao ¢ na execugdo da politica de formagao ¢ desenvolvimento de recursos humanos para a satide; X - elaboragdo da proposta orgamentaria do Sistema Unico de Satide - SUS, de conformidade com o plano de satide; XI - elaboragao de normas para regular as atividades de servigos privados de satide, tendo em vista a sua relevancia publica; XII -realizagao de operagées externas de natureza financeira de interesse da satide, autorizadas pelo Senado Federal; XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitérias, decorrentes de situagées de perigo iminente, de calamidade publica ou de irrupgo de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderé requisitar bens e servigos, tanto de pessoas naturais, como juridicas, sendo-Ihes assegurada justa indenizagao; XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; XV - propor a celebragao de convénios, acordos e protocolos intemacionais relativos & satide, saneamento e meio ambiente; XVI - elaborar normas técnico-cientificas de promogdo, protegao © recuperagao da satide; XVII - promover articulagao com os érgdos de fiscalizagao do exercicio profissional, e outras entidades representativas da sociedade civil, para a definicdo ¢ controle dos padres éticos para pesquisa, ages e servigos de sade; XVIII - promover a articulagao da politica e dos planos de satide; XIX - realizar pesquisas e estudos na Area de sade; XX - definir as instncias e mecanismos de controle e fiscalizagao inerentes ao poder de hitps:leisestacuais. com brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-o-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-Sul... 4/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS policia sanitaria; XI - fomentar, coordenar e executar programas estratégicos e de atendimento emergencial. (0 Sistema Unico de Satide compete, além de outras atribuigdes, nos termos da lei: | - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substancias de interesse para a satide participar da produgao de medicamentos, equipamentos, imunobiolégicos, hemoderivados e outros insumos; Il executar as agdes de vigiléncia sanitaria e epidemiolégica, bem como as de satide do trabalhador; IIl- ordenar a formagao de recursos humanos na drea de satide; IV - participar da formulagao da politica e da execugdo das agées de saneamento basico; \V- incrementar, em sua drea de atuacdo, o desenvolvimento cientifico e tecnolégico; VI- fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e aguas para consumo humano; VIL - participar do controle e fiscalizagao da produgdo, transporte, guarda e utilizagao de Substancias e produtos psicoativos, t6xicos e radioativos; VIII - colaborar na protegao do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. [Ar] Na articulagao dos atendimentos basicos de sade com a assisténcia secundaria e tercidria, sero observados os seguintes critérios: | -estratégia de articulacao que obedega a uma regionalizacdo das situagées peculiares de cada local ou zona alvo, em face das diferentes condicdes sécio-econémicas existentes no Estado; Il- a mais completa e total integragdo interinstitucional para que os aspectos funcionais do Sistema prevalegam sobre a programética das instituigdes; III- revisdo dos atuais programas em desenvolvimento em cada unidade assistencial, a fim de adapté-la as suas fungdes dentro do Sistema Estadual de Sade, podendo haver remanejamento de equipamento e pessoal, bem como na filosofia de atendimento; IV - implantago e operacionalizagao de uma rede de servigos de satide de complexidade crescente, suficiente para atender & populago, com procedimentos, no maximo possivel, padronizados, possuidora de um sistema de intercomunicagdo com permanente Nuxo de informagées confidveis, do atendimento primario, secundério, terciario e quartenérro, executando o sistema de referéncia e contra-referéncia; \V - divulgagao ampla dos procedimentos de operagao do sistema com informagdes de fluxo, a fim de ser obtida a conscientizacdo e participagao da comunidade; VI-assisténcia médica secundaria e tercidria prestada em Centros de Satide, Hospitais, 1283-1992-mato-grosso-do-sul-dispoe-sobre-o-codigo-sanitario-do-estado-de-mato-gtosso-do-sul.... 5/88 hitps:eisestaduas.com,brimsile-oainaria osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS SeYUIIUY US GIMeHOS TeCUITETUAUOS peIO MTISIETO Ue OME, VIl- competéncia administrativa delegada, com supervisdo permanente; Vill - unidades de satide dotadas de maxima capacidade resolutiva; 1X - em complementagdo as atividades desenvolvidas pelo Setor Publico, quando considerado necessério, utilizagdo de servigos da rede privada, sob orientagao normativa do sistema, para prestagao de assisténcia secundéria ou tercidria TITULO It DO SISTEMA ESTADUAL DE SAUDE [A®5"] 0 complexo de servigos, do setor publico e do setor privado, voltado para agdes de interesse da satide, constitui o SISTEMA DE SAUDE DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, organizado e disciplinado, na forma deste Cédigo, abrangendo as atividades que visem a promogao, protegiio e recuperagao da satide, integrando-o ao Sistema Unico de Satide - SUS. Os planos estaduais de sauide abrangerdo as seguintes areas: a) drea de ago sobre o meio ambiente, compreendendo atividades de combate aos agressores encontrados no ambiente natural e aos criados pelo préprio homem, as que visem melhores condigdes ambientais para a satide, tais como: a protegdo hidrica, a criagdo de areas, verdes, a sanidade dos alimentos, bebidas e agua para consumo humano, a adequada remogao de dejetos e outras sobras de engenharia sanitaria; b) area de prestagao de servigos de satide as pessoas, compreendendo as atividades de promogao, protegao e recuperagao da satide, por meio de aplicagao individual ou coletiva de medidas indicadas pela medicina e ciéncia correlatas; ©) reas de atividade de apoio, compreendendo programas de cardter permanente, cujos resultados deverdo permitir: 0 conhecimento dos problemas de satide da populaga: planejamento das agées de sade; a capacitagdo de recursos humanos para os programas; a distribuigo dos produtos terapéuticos essenciais e outros. [ART] A diregao estadual do Sistema Unico de Satide - SUS, compete: | - promover a descentralizagao, para os municipios, dos servigos e das agdes de satide; Il acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Unico de Satide - III- prestar apoio técnico e financeiro aos municipios ¢ executar supletivamente agdes & servigos de satide; IV - coordenar e, em carater complementar, executar agdes e servigos: a) de vigilancia epidemiolégica; b) de vigilancia sanitaria; ©) de alimentagao e nutrigao e d) de satide do trabalhador; V - participar, junto com os érgaos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercusso na satide humana; V1- oarticinar da formulacdo politica e da execucdo de acdes de saneamento basico: hitps:eisestaduais. com. brimsilel-orainaria-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-saitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-Sul... 6/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindsia 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS VIl- participar das agdes de controle e avaliagao das condigdes e dos ambientes de trabalho; VIII - em caréter suplementar formular, executar, acompanhar e avaliar a politica de insumos equipamentos para a sade; IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referéncia e gerir sistemas piiblicos de alta complexidade, de referéncia estadual e regional; X-- ordenar a rede estadual de laboratérios de sade piblica e hemocentros e gerir as. unidades que permanegam em sua organizagao administrativa; XI- estabelecer normas, em cardter suplementar, para 0 controle e avaliagao das agées & servigos de satide; XII - formular normas e estabelecer padrées, em carater suplementar, de procedimentos de controle de qualidade para produtos e substancias de consumo humano; XIII - colaborar com a Unido na execugao da vigilancia sanitaria de portos, aeroportos e fronteiras; XIV - acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores de morbidade @ mortalidade no Ambito da unidade federada TITULO IIL DOS MUNICIPIOS NO SISTEMA ESTADUAL DE SAUDE (Art32.] A diregao municipal do Sistema Unico de Satide - SUS, compete: | planejar, organizar, controlar e avaliar as ages e os servigos de satide e gerire executar os servigos publicos de satide; Il participar do planejamento, programagao e organizagao da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Unico de Satide - SUS, em articulagao com sua diregdo estadual; Ill - participar da execugdo, controle e avaliagdo das agdes referentes as condigdes e aos ambientes de trabalho; IV - executar servigos: a) de vigitincia epidemiolégica: b) de vigilancia sanitaria; ©) de alimentagao e nutrigao; 4d) de saneamento basico e ) de satide do trabalhador. V = dar execugao, no Ambito municipal, a politica de insumos ¢ equipamentos para a satide; VI- colaborar na fiscalizagao das agressdes ao meio ambiente, que tenham repercussao sobre a satide humana e atuar, junto aos érgéos municipais, estaduais e federais competentes, para controlé-ias; https meisestaduais.com.brimsile-ordnara-n-1283-1882-mato-grosso-do-su-dispoe-sobre-o-codigo-sanitariod-estado-de-mato-rosso-do-sul.. 7/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS VIL - formar consércios administrativos intermunicipais; VIII - gerir laboratérios publicos de satide e hemocentros; 1X - colaborar com a Unido e os estados na execugdo da vigilancia sanitaria de portos, aeroportos e fronteiras; X-- celebrar contratos e convénios com entidades prestadoras de servigos privados de satide, bem como controlar e avaliar sua execucao; XI- controlar e fiscalizar os procedimentos dos servigos privados de sate; XII -normatizar complementarmente as ages e servigos puiblicos de satide no seu dmbito de atuagao. TITULO IV CAPITULO | DAATENCAO A SAUDEDOS SERVICOS BASICOS DE SAUDE (B33) As atividades de satide serao estruturadas em ordem de complexidade crescente, a partir das mais simples, periféricas e executadas pelas unidades da rede de Servicos especializados de Satide Publica § 1° Para a execucao das atividades referidas no caput deste artigo, o Municipio e 0 Estado, de forma complementar e regionalizada, asseguraréio 0 acesso da populagao aos servigos de atengdo Integral, Ambulatorial, Hospitalar e quaisquer outros servigos necessarios ue possibititem promover, manter e recuperar a satide, incluindo os servicos complementares de diagnéstico e tratamento, qualquer que seja a complexidade do mesmo, em carater gratuito, dentro das prioridades definidas, em condigdes de qualidade. § 2° Para a execucdo das atividades referidas no caput deste artigo, o Municipio e 0 Estado, complementarmente, assegurarao 0 acesso da populagao, em cardter gratuito, & medicamentos essenciais que atendam necessidades prioritérias com relagdo a satide da populagao, tanto a nivel individual como coletivo. § 3° Fica assegurado ao trabalhador acidentado e ao portador de doenga ocupacional ¢ do trabalho 0 acesso, em cardter gratuito, & toda e qualquer medigo necesséria ao tratamento do agravo a sua satide, ocasionado pelo trabalho. § 4° O Estado, de forma regionalizada, deve prestar acompanhamento, controle, avaliagao ¢ fiscalizagao das atividades e servigos mencionados neste artigo, executando-as em caréter complementar, na impossibilidade do Municipio assumir tais encargos. CAPITULO II DOS SERVICOS DE SAUDE EM NiVEIS DE MAIOR COMPLEXIDADE [A#-14.] Os Servigos de Saide, em niveis de maior complexidade, serdo prestados em Centros de Satide, Hospitais Especializados e locais, de sua rede prépria ou através de convénios e contratos. § 1° 0 Estado e 0 Municipio garantirao 0 acesso a todos os niveis de assisténcia aqueles que necessitarem, sem distingdo da condigao sécio-econdmica do individuo. § 2° As doengas e acidentes que causem desconforto © debilitagao, levando a hitps:eisestacuais. com brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-Sul... 6/88 asio42023, 10.485 Lei Orgindria 1293 1992 de Mato Grosso do Sul MS necessidade de repouso, importarao sempre no abono das faltas ao trabalho ou a escola, devendo a autoridade sanitaria competente, o médico, o dentista ou o psicdlogo, emitir 0 devido atestado. § 3° Pela distancia geografica dos recursos dos centros urbanos, especial atencdo sera dada a integragao de esforgos do Estado © do Municipio com os das empresas rurais, das reas de colonizagao, desmatamento e congéneres, conforme o disposto no pardgrafo primeiro deste artigo, com a finalidade de garantir efetivo acesso a todos os niveis de assisténcia a satide, abrangendo a assisténcia médica e sanitéria, zelando pela promogdo, protecdo recuperagdo da satide dos individuos de suas 4reas agricola, industrial e administrativa, conforme os dispositivos deste Cédigo e demais normas legais vigentes. [42.45] 0 médico, o odontdlogo ou o psicélogo, especialmente quando investido da respectiva fungao em servico pilblico, deveré emitir 0 devido documento comprobatério sob forma de atestado, de abono de falta ao trabalho ou escola, objetivando a efetiva recuperagao da satide propria ou de seus dependentes. Pardgrafo Unico. Deverd haver 0 abono de faltas ao trabalho ou a escola, quando na zona rural houver casos de comprovado impedimento ocasional e flagrante, ao acesso a devida assisténcia médica ou odontolégica, propria ou de seus dependentes. (&t.46.) Para os efeitos deste Cédigo, entende-se por servigos de Satide, em niveis de maior complexidade, 0 conjunto de meios diretos ¢ especificos destinados a colocar ao alcance do individuo e de seus familiares, os recursos de prevencao, diagnéstico precoce, tratamento oportuno, reabilitagao e promogao da satide |Aassisténcia médico-hospitalar e médico-social serao orientadas no sentido de proporcionar ao individuo sua recuperagao e reintegragao na comunidade. {An 18. ] O Estado e 0 Municipio estimulardo a pratica de doagao de sangue dentro dos principios da solidariedade humana e altruismo, motivando a comunidade para esse fim (An-18.] A Secretaria de Satide do Estado, em articulagéo com o Governo Federal, mantera centro de Hematologia e Hemoterapia - Hemocentto - que exercerd as fungdes prdprias de unidade basica de Sub-sistema Nacional respectivo. CAPITULO III DAATENCAO A SAUDE DA MULHER (Art.20.] A Secretaria de Satide do Estado coordenara a execugao das ages que visem a assisténcia a satide da mulher, conforme suas caracteristicas bio-psico-sociais e incluam a promocdo, a protegao e a recuperacao da sailde, através da Rede de Servigos Publicos ¢ Privados voltados a esse fim. Parégrafo tinico. A orientacdo a ser seguida pela Secretaria de Satide para efeito do disposto neste artigo, devera basear-se nas diretrizes da Politica Nacional de Satide, e nas recomendages e normas técnicas emanadas dos érgéios Federais competentes, bem como das instituigées cientificas reconhecidas nacional ¢ intermacionalmente, sem prejuizo das normas supletivas estadui As diretrizes para prestagao de Assisténcia 4 Satide da Mulher, referida no artigo anterior, so: hitps:eisestacuais. com brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-gtosso-do-Sul... 9/88 0310412023, 19:45, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS | -criar ¢ manter mecanismos institucionais para que a mulher receba agées de satide em todos os niveis de atengao, em todas as fases da vida, tais como adolescéncia, idade fé maternidade, climatério e velhice; Il- assegurar a boa qualidade de atendimento a satide da mulher, tanto nas necessidades clinicas, ginecolégicas, obstétricas, como nas mentais Ill -identificar, prevenir e controlar os fatores de risco que possam afetar a satide da mulher; IV - assegurar o diagnéstico e tratamento precoce das patologias da mulher; \V - assegurar o funcionamento de mecanismos de participagao popular em todos os niveis de atengao a satide da mulher; VI- promover e assegurar a realizagao de atividades de educagao participativa em satide, que propicie & mulher melhor compreensao de seu corpo, mente e de sua condigao de vida; Vil - proporcionar o acesso a informagao, a discussao e a utilizacdo de métodos de contracepgao © concepgao, de acordo com a escolha individual e a orientagao médica, bem como assegurar 0 diagnéstico ¢ tratamento dos distirbios de reprodugao; VII - divulgar os direitos da mulher, relacionados a satide, a prestacdo da Assisténcia & Satide da Mulher: IX - serdo asseguradas, dentre outras, as seguintes ages na prestagao da Assisténcia a Saiide da Mulher: a) assisténcia pré-natal, ao parto domiciliar e hospitalar e ao puerpério; b) prevengao do tétano acidental e neonatal, por aplicagao de acées de controle; ©) prevengao, diagnéstico e tratamento precoce das intercorréncias na gestagao, parto e puerpério; 4) diagnéstico ¢ tratamento das patologias ginecolégicas, incluindo o c&ncer ginecolégico, especialmente, 0 cérvico-uterino e o da mama, as doengas sexualmente transmissiveis, os distirbios da gestagao e da fertilidade, a gestagao de alto risco, o planejamento familiar, os distirbios da sexualidade, os distirbios do olimatério. (At:22.]As medidas de protegao a satide da mulher terdo sempre, por princi fortalecimento da familia, ¢ quaisquer ages nesse campo devem ser desenvolvidas em bases éticas e humanisticas. Paragrafo Unico. Nenhuma medida sera adotada em relagdo ao contingenciamento da role sem que haja a indicagao médica correspondente, destinada a protegao da satide materna e 0 assentimento por livre manifestagao de vontade das partes. (Aw23.] Cabe a Secretaria de Satide do Estado apoiar, quando for 0 caso, as Instituigdes destinadas a prestacao de servigos de promogo, protecdo @ recuperacao da satide da mulher. (Be24-] As Instituigdes destinadas a prestagdo de servigos de promocao, protegao e recuperacao da satide da mulher somente poderdo funcionar quando estiverem enquadradas dentro das normas e instrugdes vigentes, e devidamente licenciadas pelo érgo competente de satide. hitps:leisestaduais.combrimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-s.. 10/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS Paragrafo Unico. Para fins previstos no caput deste artigo, as Instituigdes deveréo submeter previamente ao érgao competente de Satide, os projetos de localizacao, instalagdo e funcionamento, (At 25.] E assegurado a gestante, através do Sistema Unico de Satide o atendimento perinatal. § 1° A gestante sera encaminhada aos referentes niveis de atendimento, segundo critérios. médicos especificos, obedecendo-se os principios de regionalizagao do sistema § 2° Aparturiente ser atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré-natal. § 3° Incumbe ao érgao de Satide propiciar apoio alimentar a gestante e a nutriz que dele necessitem, O Poder Publico e as demais instituigdes propiciarao as condigées adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de maes submetidas & medida privativa de liberdade Os hospitais © demais estabelocimentos de atengdo a satide da gestante, publicos e Particulares, sao obrigados a: |- manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuarios individuais, pelo prazo minimo de 10 (dez) anos; II identificar os partos, mediante a obtengao de impressées plantar do recém-nascido digital da mae, sem prejuizo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente: Ill - proceder a exames da gestacao visando ao diagnéstico, terapéutica e aconselhamento das doengas devidas a erros inatos ao metabolismo do recém-nascido, bem como a orientar os pais sobre possiveis malformag6es congénitas ¢ outros problemas genéticos; IV - forecer & parturiente ou ao seu responsavel, por ocasido da alta médica, declaragao de nascimento onde constem, necessariamente, as intercorréncias do parto e do desenvolvimento do neonato; \V- manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanéncia junto a mae, CAPITULO IV DAATENGAO A SAUDE DA CRIANGA E DO ADOLESCENTE (An28.] A Secretaria de Saiide do Estado coordenard a execugdo, a nivel estadual, das agdes que visem a assisténcia integral a satide da crianga e do adolescente, conforme suas caracteristicas bio-psico-sociais, garantindo 0 acesso universal e igualitario as agées de promogao, protegdo e recuperagao da satide, através da rede de servicos piiblicos e privados voltados a esse fim, e segundo o Sistema Unico de Satide Paragrafo Unico. A orientacdo a ser seguida pela Secretaria de Sade, para efeito do disposto neste artigo, devera basear-se nas diretrizes da Politica Nacional de Satide, e nas recomendagées e normas técnicas emanadas dos érgéios Federais competentes, bem como das instituig6es cientificas reconhecidas nacional e internacionalmente, sem prejuizo das normas sunletivas estadunis hitps:eisestaduais.combrimsilel-orainara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s.... 11/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS ‘An. 28. ] As diretrizes para prestagao da assisténcia integral sade da crianga e do adolescente, referida no artigo anterior, sao: | -criar e manter mecanismos institucionais para que crianga e o adolescente recebam ages de satide em todos os niveis de atengao; Il- assegurar a boa qualidade de atendimento a satide da crianga e do adolescente; Ill -identificar, prevenir e controlar os fatores de risco que possam afetar a satide da crianga; IV - assegurar o diagnéstico e tratamento precoce das patologias da crianga e do adolescente; \V- promover e assegurar a realizacao de atividades de educago participativa em saiide, envolvendo, nas mesmas, a familia e a comunidade; VI- assegurar a crianga e ao adolescente a protegdo especial no que se refere a satide, através do acesso a informagdo, a discussao e a efetivagao de seus direitos; VIL- divulgar 0 direito da crianga e do adolescente, relacionados a satide, a nivel individual, comunitario e institucional; VIII - serdo consideradas, dentre outras, as seguintes agdes na prestagdo da Assisténcia Integral @ Saiide da Crianga e do Adolescente: a) utiizagao do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento como metodologia de organizagao da Assisténcia Integral a Satide da Crianga e do Adolescente; b) promogo do aleitamento materno e orientago da alimentagdo no primeiro ano de vida: ¢) promogao do aumento da cobertura vacinal; 4) controle de doengas: diarréicas, respiratorias agudas, as devidas a erros inatos do metabolismo do recém-nato, malformagdes congénitas e outros problemas genéticos, dentre outras, através do diagnéstico precoce e do tratamento oportuno; €) prevengao de acidente Ficam 0s médicos - atendentes do recém-nato, nas maternidades e hospitais puiblicos privados - obrigados a: a) realizar, no recém-nascido, o teste de fenilcetontiria e teste de hipotireoidismo; b) orientar os pais do recém-nato doente, para assisténcia a satide devida (At31-] A crianga e o adolescente portadores de deficiéncia fisica, sensorial ou mental, deverdio receber a assisténcia a satide devida, devendo para isso ser encaminhada ao servigo adequado. [Ax32.] Incumbe ao Estado forecer, gratuitamente, aqueles que necessitarem, os medicamentos, préteses e outros recursos relativos ao tratamento ou reabilitagao. (An.33.] Garantir e permitir a presenga da mae ou responsavel no hospital, quando da intemacao da crianga. https eisestacuais.com.brimsile-ardnara-n-1283-1882-mato-grosso-do-su-dispoe-sobre-o-codigo-sanitariod-estado-de-mato-rosso-des.... 12/68 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS [Art 34.] No desempenho das agdes puiblicas ou privadas, previstas nos artigos anteriores deste capitulo, deverdo ser atendidos os seguintes preceitos: |-acrianga e o adolescente deverdo receber a devida protegao a vida e a satide, mediante a efetivagao da politica de satide que, em conjunto com politicas sociais adequadas, permitam seu nascimento e desenvolvimento sadios ¢ harmoniosos, em condigées dignas de oxisténcia; Il-fica assegurado o atendimento médico a crianga e ao adolescente, através do Sistema Unico de Satide, garantindo o acesso universal e igualitério as ages e servigos para promogao, protegao e recuperagao da satide; IIl-0 servigo Unico de satide promoverd programas de assisténcia médica e odontolégica Para a prevengdo das enfermidades que ordinariamente afetam a populagdo infantil, assim como campanhas de educagao sanitéria para pais, mestres e alunos; IV - fica assegurada a integralidade na assisténcia prestada pelos servigos de satide, através de uma modalidade de atengao que contemple a crianga o adolescente no seu processo de crescimento ¢ desenvolvimento, garantindo em suas agdes a completa extensao de cobertura e a continua e necessaria adequagao da capacidade resolutiva da rede de servigos de satide. CAPITULO V DAATENGAO A SAUDE MENTAL E DAASSISTENCIA PSQUIATRICA (At35.] A Secretaria de Sadide do Estado coordenara a execugao das iniciativas no campo da satide, visando a prevengao e tratamento dos transtornos mentais e reabilitagao social dos pacientes, através de sua rede de servigos, ou regime de convénio ou contrato com érgaos Entidades oficiais e particulares. ‘Ant 36. ) Serdo efetuados ¢ coordenados estudos epidemiolagicos, visando conhecer a incidéncia, a prevaléncia, a distribuicéo das doengas mentais, a atuagao dos fatores etiolégicos ¢ vulnerabilidade do organismo humano no campo da satide mental. |A Secretaria de Satide do Estado fara observar que, na formulago e execugao de panos e programas a nivel municipal, se tenham em conta os seguintes propésitos e objetivos: | -utlizagao adequada de equipe multiprofissional, no campo da satide mental, com vistas a obter melhor rendimento do trabalho de reintegracao da pessoa na sociedade; II - promogao de medidas de aco social, complementares do tratamento médico, de modo a favorecer a ressocializagao da pessoa; IIl- orientagao e assisténcia psiquidtrica de modo a efetuar a plena utilizagao dos servigos comunitarios; IV - incrementagao e criagdo de servigos de satide mental integrados nos servigos gerais de satide © promogao de medidas visando a participacao da comunidade em tomo dos mesmos; \V- enfatizar a necessidade de elevar progressivamente as disponibilidades ambulatoriais, de modo a dar prioridade a esta modalidade de atendimento e aos servigos de hospitalizago hitps:eisestacusis.om.himstl-ordinari-n-1299-1282-mato-grosso-do-su-dispoe-sobre--codigo-sanitaiodo-estado-de-matogrosso-do-.... 13/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS de curta duracdo e de emergéncia, buscando aumentar a eficiéncia e a eficacia da assisténcia psiquidtrica no Estado; VI- promover iniciativas de reabilitagao que conduzam ao "emprego livre” e acesso aos “empregos protegidos" em condigdes favordveis, de modo a permitir a reintegragao das, pessoas na sociedade em fungao dos quadros de comportamento por ela apresentados; VII - criar ou incentivar entidades que visem a prestagao de cuidados e egressos dos hospitais psiquidtricos e suas familias, bem como aos dependentes de drogas ¢ alcoolistas. (A38.] A internagao de qualquer pessoa em estabelecimentos de satide destinados ao tratamento de doengas mentais s6 poderd efetivar-se mediante prévia observagéo, comprovada por laudo médico, que caracterize a situagdo e indique a necessidade de continua hospitalizagao [An.38.] E vedado as pessoas sem habiltagao legal para o exercicio da profissao, a pratica de técnicas psicolégicas, ou outro tipo com fundamento em processos nao conhecidos cientificamente, capazes de influenciar o estado mental das pessoas ou da coletividade, ainda que sem finalidade ostensiva de protegao e recuperacao da satide. ‘An. 40.) E dever de toda pessoa fisica ou juridica comunicar autoridade sanitaria, eclosao de epidemias de crendices, com poder de contagio capazes de induzir a psicoses coletivas. § 1° Recebida a comunicagao, deverd a autoridade sanitaria tomar as medidas cabiveis, conforme a natureza da ocorréncia. § 2° Ficam os responsaveis por doentes portadores de doencas transmissiveis, obrigados a permitir e buscar o tratamento e/ou internagao hospitalar, com vista a protegao da satide coletiva. Cabe a Secretaria de Satide, através dos servigos psiquidtricos, a assisténcia médica aos reclusos que apresentarem distirbios, como também propor medidas preventivas na érea de psiquiatria aos demais reclusos, sem prejuizo da cust6dia daqueles primeiros, pelo Poder Judicidrio. ‘An. 42] Cabe a Secretaria de Satide do Estado realizar agdes preventivas, curativas e de reabilitagdo, no campo da satide mental, no que se refere aos menores sob a guarda da Fundagao Estadual do Bem Estar do Menor. CAPITULO VI DAATENGAO EM ODONTOLOGIA SOCIAL (At4.] Cabe a autoridade sanitéria competente, planejar, coordenar, executar, orientar, supervisionar e fiscalizar, no Estado, as atividades em que se integram as fungdes de promogdo, protegao e recuperagao da satide oral da coletividade, especialmente na idade escolar. (An-44.] A autoridade competente cumpre elaborar as normas sobre aspecto técnico dos programas e das atividades de odontologia social que se desenvolvem no Estado. (85-] Os orgaos de Saude competentes assegurardo a promogao e recuperagao da saude oral, através de atividades preventivas, educativas e curatvas. hitps:leisestaduais. com brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 14/88 asio42023, 10.485 Lei Orgindria 1293 1992 de Mato Grosso do Sul MS Paragrafo Unico, No cumprimento do disposto neste artigo, seré dada prioridade as ages relativas ao grupo etério a ser determinado, as gestantes, puerperais, aos escolares, aos pacientes especiais, tais como portadores de SIDAVAIDS e excepcionais, bem como as atividades de urgéncias odontolégicas e as acdes simplficadas. (Ax45.] Cabe a Secretaria de Satide competente, diretamente, ou mediante assinatura de acordo com érgaos do Sistema de Educagao, mantidos pelo Estado ou com outras organizagées, implantar programas mistos de prevengdo e de tratamento clinico da carie, junto aos estabelecimentos de ensino, objetivando o pronto atendimento aos escolares. CAPITULO VII DAATENCAO EM ALIMENTACAO E NUTRIGAO. |A Secretaria de Satide competente, em articulagao com os érgdos estaduais e federais competentes, coordenard e executaré as ages que visem a promogdo e a recuperagao da satide da populacao, utilizando para isso, um sistema de vigiléncia nutricional e alimentar. [At48.] Ao nivel de suas atividades de satide, diretamente ou em regime de convénio com os 6rgaos e Entidades Federais, a Secretaria de Satide competente deveré: |-- prestar assisténcia alimentar as gestantes, nutrizes e criangas de 06 a 36 meses, inscritos nos programas; II proporcionar educagao nutricional a populagao do Estado, em geral através dos meios de comunicagéo de massa e outros, em integrago a outras instituigdes que lidam com a questa III - promover e acompanhar a recuperagao dos desnutridos; IV - concorrer para o combate a caréncias nutricionais especificas, especialmente a proteico-calérica, as anemias ferroprivas, as avitaminoses e 0 bécio-endémico, bem como conttibuir para o aumento de resisténcia das populagées assistidas, as doengas infecciosas & outras; \V-- promover e incentivar a execugao de pesquisas cientificas e tecnolégicas, alimentares e nutricionais; VI- realizar estudos, pesquisas e andlises sobre a situagao alimentar e nutricional no Estado, que sejam necessdrios a formulagao de programas e projetos. TITULOV CAPITULO | Segao! DO SANEAMENTODO SANEAMENTODas Disposigdes Gerais (Bt23.] A Secretaria de Estado de Satide, em articulagdo com os érgaos e Entidades competentes federais, estaduais e municipais, observardo e fard observar as normas legais, regulamentares e técnicas, sobre o saneamento do meio urbano ¢ rural, sem prejuizo da legisiacdo supletiva estadual e das disposigdes deste Cédigo. § 1° A promogao de medidas de saneamento do meio urbano e rural constituem uma obrigagao estadual e municipal das coletividades e dos individuos que, para tanto, ficam adstritos, no uso da propriedade, no manejo dos meios de produgao e no exercicio de atividades, a cumprir as determinagées legals, regulamentares e as recomendagées, ordens, vedagées ¢ interdigées ditadas polas autoridades sanitérias @ outras competentes. hitps:eisestacuais.com.brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s.. 15/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS § 2° Esto sujeitos a orientagao e a fiscalizagao da autoridade sanitaria competente, os servigos de saneamento urbano e rural, abrangendo o tratamento e o abastecimento de agua, bem como 0 de remogao de residuos sdlidos, liquidos ou gasosos, inclusive aqueles servigos explorados por entidade autarquica estadual ou mista, com capital estadual majoritaro. (Aw50.] A Secretaria de Satide competente participard dos processos de aprovagao dos projetos de loteamento de terrenos com 0 fim de extensdo ou formagdo de niicleos urbanos, com vistas a preservar os requisitos higiénicos-sanitérios indispensdveis & protegao da salide a0 bem-estar individual e coletivo. Pargrafo Unico. & vedado o parcelamento do solo em terrenos que tenham sido aterrados com materiais nocivos a satide piiblica, sem que tenham sido devidamente saneados, com a aprovacao do érgéo ambiental competente. Segdo Il Das aguas e Seus Usos, do Padrao de Potabilidade (A®51-] As instituigdes da administragao publica ou privada do Estado, bem como as fundagdes responsaveis pela operacao dos sistemas de abastecimento puiblico, deverdo adotar, obrigatoriamente, as normas e o padrao de potabilidade da agua, estabelecidas pelas normas do Ministério da Satide e pelo 6rgao ambiental competente. (At32.] A fiscalizagao e o controle do exato cumprimento das normas referidas no artigo anterior serdo exercidos, no territério do Estado, pelos érgdos de Satide do Estado e dos Municipios, em articulagao com o Ministério da Satide. Paragrafo tinico. A Secretaria de Saiide competente mantera registro permanente de informagao sobre a qualidade da agua dos sistemas de abastecimento piblico, transmitindo-a 0 Ministério da Satide, de acordo com o critério por este estabelecido, notificada imediatamente a ocorréncia de falo epidemiolégico que possa estar relacionado com o ‘comprometimento da agua fornecida. [Ar 53.] Os drgaos e entidades a que se refere o Artigo 53 estdo obrigados as medidas técnicas corretivas destinadas a sanar as falhas relacionadas com a observancia das normas € do padrao de potabilidade da agua. (Att-54.] Os érgaos e Entidades do Estado e dos Municipios observarao e faréo observar as normas técnicas sobre protegao de mananciais dos servigos de abastecimento pubblico de agua destinada ao consumo humano e das instalages prediais, aprovadas, que estabelecam os requisitos sanitérios minimos a serem obedecidos nos projetos de construgao, operacdo & manutengao daqueles mesmos servigos, sem prejuizo da legistacao supletiva estadual. [At35.] As instalagdes e os respectivos estabelecimentos piiblicos ou privados que abastegam de Agua, direta ou indiretamente, meios de transporte para uso de pessoas em transito interestadual, internacional ou em concentragées humanas tempordirias, ficardo sujeitos ao controle das autoridades sanitérias competentes. E obrigatéria a ligagdo de toda construgdo considerada habitavel a rede publica de abastecimento de agua, na forma prevista da legislagao federal e estadual e demais normas complementares. hitps:eisestaduais. com brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-s.. 16/88 asio42023, 10.485 Lei Orgindria 1293 1992 de Mato Grosso do Sul MS § 1° Quando nao existir rede publica de abastecimento de agua, fica o proprietario responsdvel pela adogao de processos adequados, observadas as determinagdes estabelecidas pelo érgao Estadual de Satide e, em casos omissos, a autoridade sanitaria indicaré as medidas adequadas a serem executadas § 2° E obrigagao do proprietério do imével, a execugao de adequadas instalagées domiciliares de abastecimento de agua potavel, cabendo ao ocupante do imével a necesséria conservagao. [Ar57.] As aguas residuais de qualquer natureza, quando, por suas caracteristicas fisicas, quimicas ou biolégicas, alterarem prejudicialmente a composigao das aguas receptoras, deverdo sofrer prévio tratamento. Paragrafo Unico. O langamento de dguas residuais de qualquer natureza em aguas receptoras ou reas territoriais, somente sera permitido quando nao prejudicial 8 satide e ao Meio Ambiente, sendo proibido 0 langamento de aguas residuais no sistema de captagao de gua pluvial. ‘An. 58. A Secretaria de Estado de Saiide, em conjunto com outros érgaos, quando for 0 caso, examinaré @ aprovara os planos contidos nos projetos a que se refere o artigo anterior. Os projetos de provisdo e purificagao de 4gua para fins de potabilidade de qualquer natureza, deverdo ser objeto de aprovagao por parte dos érgéios de Satide e de Melo Ambiente. E proibido 0 uso de aguas contaminadas em hortas, pomares e areas de irrigagao. (Art8t.] A Secretaria de Estado de Satide deverd exercer 0 controle sobre os sistemas ptiblicos de abastecimento de agua destinada ao consumo humano, a fim de verificar o exato e oportuno cumprimento das normas aprovadas. (Ax. 0 Estado, através de regulamento, estabelecerd diretrizes para construgao e/ou ampliagao de Sistemas Publicos ou Privados de Abastecimento d’agua. [At63.] Compete aos érgdos e Entidades responsaveis pelos sistemas ptiblicos de abastecimento de agua o projeto de instalagao, operagaio e manutengao dos sistemas de fluoretagao, de que trata esta Seca. Segdo Ill Dos Esgotos Sanitarios e do Destino Final Dos Dejetos [At] Com o objetivo de contribuir para a elevacao dos niveis de satide da populagao e reduzir a contaminagao do meio ambiente, sero instalados, pelo Poder Pliblico estadual e municipal, diretamente ou em regime de acordo com os érgaos Federais competentes, sistemas de esgotos sanitarios nas zonas urbanas. (Ares5.] Deverd ser dado destino adequado aos dejetos humanos através de sistemas de esgotos, ou de sistemas alternatives tecnicamente aprovados, com o objetivo de evitar contato com 0 homem, as aguas de abastecimento, os alimentos e os vetores, proporcionando, a0 mesmo tempo, habitos de higiene. (Ar-85.] Os esgotos sanitarios nas edificagées de qualquer natureza, mormente das localizadas nas zonas urbanas deverdo ter a sua ligagdo a rede pilblica de coletores de esgoto hitps:eisestaduais. com brimsile-ordinara-n-1293-1982-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-o-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 17/68 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS § 1° Quando nao existir a rede coletora de esgotos, a autoridade sanitéria competente determinaré medidas adequadas e fiscalizaré a execugo. § 2° Fica proibido qualquer ligagao da rede de esgotos com a rede de captagao de aguas pluviais. Nas zonas rurais deverdo ser instalados sistemas de fossas ou privadas sanitarias, segundo modelos aprovados, objetivando evitar a contaminagao do meio pelos dejetos humanos, promover a educagao sanitaria e a criagdo de habitos higiénicos. Paragrafo nico. Os dejetos dos animais criados em regime semi-intensivo, deverao receber destino adequado, objetivando evitar a contaminagao do meio. ‘An. 68. ] A drenagem do solo, como medida de saneamento do meio, seré orientada pelos 6rgaos Sanitarios competentes de Satide ¢ de Meio Ambiente. Segdo IV Do Lixo ou Residuo Sélido 0 érgdio de Satide do Estado e dos Municipios, em articulagdo com os demais érgéos estaduais e federais competentes, adotard os meios ao seu alcance para reduzir ou impedir os casos de agravo a satide humana provocados pela produco, manipulagao ou destino do lixo ou residuo sélido, observando a legislagao pertinente. Para 08 efeitos deste Cédigo, considera-se lixo ou residuo sdlido, os residuos das atividades humanas, especialmente quando seu proprietério ou produtor nao os considera mais com valor suficiente para conserva-los. Para os efeitos deste Cédigo, considera-se lixo ou residuo sélido perigoso e infeccioso, 08 residuos das atividades humanas que, por sua quantidade, concentragao, estado fisico ou quimico e caracteristicas biol6gicas, sejam infectantes, perfurantes, radioativos, téxicos, inflaméveis, explosivos, reativos, mutagénicos e possam: a) causar ou contribuir de forma significativa para aumentar a mortalidade ou incrementar doengas incapacitantes reversiveis ou irreversiveis; b) apresentar risco potencial para a satide ou ambiental, quando impropriamente tratados, armazenados, transportados, transformados ou, de alguma forma, manipulados. [An 72. ]A produgdo, manipulagao em todas as suas fases e destino final do lixo ou residuo sélido processar-se-o em condigées que nao tragam maleficios ou inconvenientes a satide, ao bem-estar publico e a estética (Art73.] A autoridade sanitéria devera participar da determinacao de: a) dea para destino final do lixo ou residuo sélido; b) lixo de varreduras; ©) residuos de construgao; d) residuos de poda de drvores. A autoridade sanitaria, observada sua competéncia, deverd aprovar os planos ou projetos de manipulagao do lixo ou residuo sélido, fiscalizando sua execugdo, operagao e hitps:eisestaduais.combrimsilel-ordinara-n-1293-1982-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 18/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS manutengao. A autoridade sanitéria deverd estimular a realizagdo de planos ou projetos de manipulagao do lixo, que visem a solucdo intermunicipal, em especial de reaproveitamento racional do lixo ou do residuo sélido. 0 érgiio de Satide do Estado estabelecera as normas para manipulagao e destino do lixo, observadas as disposigdes deste Cédigo e legislagao pertinentes. (At77.] Na manipulagao e destino do lixo ou residuo sélido, nao seré permitido: 1a) deposigéo ou incineragao a céu aberto, salvo nos casos de emergéncia sanitaria e de acumulagao temporéria, em locais previamente aprovados, sem risco a satide publica e ao meio ambiente; b) acesso da populagao em geral; ©) utiizago do lixo "in natura” na agricultura ou na alimentagao de animais; 4d) acondicionamento inadequado em recipiente ndo degradavel, em aterro sanitario; ) langamento, em cursos d’égua, lagoas; 4) utilizagao de incineradores em edificagdes residenciais, comerciais lixo deve ser acumulado em recipientes provides de tampas, resistentes ¢ nao corrosivos. [Be7EJA coleta € 0 transporte do lixo ou residuos sélidos serdo feitos em veculos, contendo dispositves que impecam, durante o trajeto, a queda de particulas nas vias piblicas, por pessoal com equipamentos de protegao individual (E.P.|) aprovados, inclusive quando da disposigao final do lixo ou residuo sélido. O solo podera ser utilizado para destino final do lixo ou residuo sdlido, desde que sua disposigao seja feita por meio de aterros sanitarios, ou outras técnicas, desde que aprovadas pelos drgaios de Satide e de Meio Ambiente. (Art1.] Na execugao e operagao dos aterros sanitarios devem ser tomadas medidas adequadas, visando a protegao do lengol d’agua. (Art22.] 0 lixo ou residuo sélido perigoso, conforme sua composigao, devera: a) receber tratamento ou acondicionamento adequado no proprio local de produgao; b) ser conduzido em transporte especial e, ainda, quando contiver agentes patogénicos, devera atender a critérios técnicos estabelecidos pela autoridade sanitéria; ©) ser manipulado somente apés prévia aprovacdo, pelas autoridades sanitarias, das medidas cabiveis a serem adotas. [As 83.] Os residuos sélidos provenientes de portos e aeroportos deverdo ter destinagao conforme dispuser 0 regulamento. (Ax84.] Nao havendo coleta piiblica, o destino final recomendado é a de enterramento no domictlio, (At 85.]A Secretaria de Estado de Satide, juntamente com o érgao do Meio Ambiente, promoverd estudos e levantamentos que concluam sobre a viabilidade de instalagao de incineradores no territério do Estado de Mato Grosso do Sul hitps:leisestaduais. com. brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s.. 19/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS SecdoV Do Meio Ambiente ‘An. 86.] A Secretaria de Estado de Satide, e suas congéneres dos municipios, em articulagao com os érgaos Ambientais Estaduais ¢ Federais competentes, adotarao os meios ao seu alcance para reduzir ou impedir os casos de agravo a satide humana provocados pelas alteragdes do ambiente, em virtude de fendmenos naturais, de agentes quimicos ou pela agao deletéria do homem, observada a Legislacdo pertinente, bem como as normas € recomendagies técnicas aprovadas pelos respectivos érgaos competentes. Caberé ao Poder Publico Estadual, observadas as normas gerais de ambito Federal: | -instalar e manter, nas zonas de uso estritamente industrial (ZUP!), na predominantemente industrial (ZPI) e nas de uso diversificado, servicos permanentes de seguranga e prevengao de acidentes que afetem a satide humana; - fiscalizar, no Ambito da satide, nas zonas de uso estritamente e predominantemente industrial, © cumprimento dos padrées ¢ normas de protegao ambiental 4 sad Ill - conservar a variedade ¢ a integridade genética do ecossistema, no ambito estadual, bem como controlar as entidades dedicadas a expansio cientifica. Nao sera permitido a utlizagao do mercirio de forma que comprometa a saide ¢ a qualidade dos corpos d’agua. Paragrafo Unico. Para concentracao de ouro, o merciirio somente podera ser utilizado nas “centrais de bateamento", cuja construgao e funcionamento deverdo ser licenciadas pelas Secretarias de Estado de Satide e de Meio Ambiente Segao VI Das Habitagdes, Acampamentos e dreas de Reuniao [Aa88] As habitagdes, mesmo que temporatias, acampamentos, edificagdes pluridomiciliares € areas de reunido de pessoas, deverao obedecer, dentre outros, os requisites de satide, higiene e seguranga sanitaria indispensaveis a protecdo da satide e bem-estar individual. Paragrafo nico. os requisitos a que se refere este artigo abrangerdo, especialmente, as condigdes de saneamento que visem a protegao contra infecgGes, intoxicagSes, insetos, roedores, acidentes ¢ inc€ndios, a serem observados nas areas urbana e rural, Os projetos de habitagées, edificages pluridomiciliares, acampamentos e areas de reuniées de pessoas, a serem construidos, reconstruidos, reformados ou instalados, deverdo receber, para autorizago, prévio licenciamento ambiental, observados os requisitos de satide, higiene e seguranga sanitaria (Bt37) As habitagées, edificagdes pluridomiciliares, acampamentos e areas de reuniao de pessoas, somente poderao ser utilizadas apés a emisséo do correspondente alvard de habite- se ou utilizago, emanado da autoridade sanitéria competent. (Art2.] A autoridade sanitéria estadual ou municipal, nas areas urbana ou rural, conforme o caso, embargara ou inteditara, parcial ou totalmente, as empresas, estabelecimentos, hips /teisestacuais.com brimsite-ordnara 1299-1982-mato-grosso-do-sl poe sobre--codigo-sanitaiodo-estado-de-matogrosso-de-.... 20/88 asio42023, 10.45 Lei Orgindria 1293 1992 de Mato Grosso do Sul MS habitagées, pluridomiciliares, acampamentos, areas de rouniao de pessoas, bem como obras, equipamentos, setores de servigos, atividades, bens, maquinas ou equipamentos, determinara corregGes ou retificagdes que nao estejam de acordo com a legislacao pertinente e, por sua insalubridade ou periculosidade, néo oferecam as indispensaveis condigdes de satide, higiene seguranca sanitaria, sempre que 0 risco a satide humana o justificar. (Att33.] Os proprietarios das obras, empresas, estabelecimentos, edificagdes, habitagées acampamentos, barracas, tendas, dreas de reunido de pessoas, qualquer local, obras, equipamentos, setores de servigos e maquinas, ou dos negécios nelas estabelecidos, ficam obrigados a cumprir as determinacSes da autoridade sanitaria competente, no exercicio regular de suas atribuigées. (Aa. 94.] Dentre as exigéncias e condigdes estabelecidas na legisiacdo pertinente a que se refere 0 artigo anterior, ter-se-d em vista impedir a construgao e manutengao de habitagoes, acampamentos e edificagées destinadas a habitagao ou reuniao de pessoas, que nao satisfagam os requisitos sanitérios, especialmente com relagao a: a) paredes, pisos e coberturas; b) captacdo, adugdo e reservacao adequadas a impedir contaminagao de dgua potavel; ¢) destino adequado dos dejetos humanos, de modo a impedir a contaminagao do solo ¢ das aguas superficiais ou subterraneas, que sejam utilizadas direta ou indiretamente para consumo; 4) destino adequado do lixo ou residuo sélido, de modo a impedir a contaminagao do solo e das aguas superficiais e subterraneas e a proliferacao de insetos, roedores e outros animais; €) luminagao, ventilagao, limpeza e outras medidas de protecao higiénica. (Att.95.] As condigées sanitarias dos iméveis de habitagées, acampamentos e areas de reunides de pessoas, mesmo que temporérias, existentes em terras ¢ terrenos rurais ou urbanos, serdo de responsabilidade de seus proprietérios. Paragrafo Unico. © proprietario a que se refere este artigo, fica obrigado a entregar ao usuario e manter a habitagdo ou acampamento em condigdes sanitérias satisfatérias, ‘An. 96. ] Os usuérios de iméveis, acampamentos, habitagdes temporérias, permanentes, coletivas ou nao, tipo tendas, barracas, dormitérios, sao os responsdveis pela manutengao dos requisitos de satide, higiene e seguranga sanitaria dos mesmos, afetos ao seu uso. Os locais de reunides, de trabalho, esportivos, recreativos ou de lazer, sociais, culturais ¢ religiosos, tais como: piscinas, clubes, colénias de férias, acampamentos, cinemas, teatros, auditérios, circos, parques de diversdes, templos religiosos e saldes de cultos, sales de agremiagSes religiosas, necrotérios, cemitérios , crematérios, locais para velérios, induistrias, fabricas, grandes oficinas, motéis, pensdes, restaurantes, supermercados e congéneres, escolas, creches, edificios de escritérios, lojas, canis, aviarios, ambulantes, armazéns, depésitos estabelecimentos congéneres, lavanderias piiblicas, locais de atividades na area rural e outra onde se desenvolvem atividades que pressuponham medidas de protecao a satide € seguranca sanitaria, de interesse coletivo, deverdo obedecer as exigéncias estabelecidas neste Cédigo e demais legislagdes pertinentes, CAPITULO II DAS CALAMIDADES PUBLICAS E SITUAGOES DE EMERGENCIA (Ar.98.] Na ocorréncia de casos de agravos a satide, decorrentes de calamidades puiblicas elou situagdes de emergéncia, para controle de epidemias e outras agées indicadas, a hitps:eisestaduais.com.brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 21/68 0310412023, 19:45, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS Secretaria de Estado de Satide, devidamente articulada com os érgaos e Entidades Federais e Municipais, competentes, proverd a utilizagao de todos os recursos médicos e hospitalares, publicos e privados, existentes nas areas afetadas, indicando as medidas de sade e saneamento cabiveis. Para efeito do artigo anterior deverdo ser empregados, de imediato, todos os recursos sanitérios disponiveis, com o objetivo de prevenir doengas transmissiveis, interromper a eclosao de epidemias e acudir os casos de agravo A saiide em geral. CAPITULO III DAS ATIVIDADES MORTUARIAS DOS NECROTERIOS, LOCAIS PARA VELORIOS, CEMITERIOS , CREMATORIOS O sepultamento, cremag4o, embalsamamento, exumagao, transporte e exposigao de cadaveres, deverdo obedecer a 4s exigéncias sanitarias previstas em Normas Técnicas Especiais aprovada pela Secretaria de Satide competente. O depésito e manipulagao de cadaveres para qualquer fim, incluindo as necropsias, doverdo fazer-se em estabelecimentos autorizados pela Secretaria de Satide competente, (At 702. A Secretaria de Satide competente exercera Vigilancia Sanitaria sobre as instalages e servigos funerérios. O sepultamento ¢ cremagao de cadaveres s6 poderdo realizar-se em cemitérios licenciados pelas autoridades sanitarias. (Art-04.] As autoridades sanitarias competentes poderdo ordenar a execugao de obras ou trabalhos que sejam considerados necessarios para o melhoramento sanitario dos cemitérios assim como a interdig&o temporéria ou definitiva dos mesmos. O embalsamamento ou quaisquer outros procedimentos para a conservagdo de cadaveres realizar-se-4 em estabelecimentos licenciados pela Secretaria de Satide competente, de acordo com as técnicas e procedimentos que a mesma determine. An. 108. )As exumagées dos restos que tenham cumprido o tempo assinalado para sua permanéncia nos cemitérios,, far-se-4o conforme o que determine a Secretaria de Satide competente, O translado e depésito de restos humanos ou de suas cinzas e lugares previamente autorizados para esse fim, requerem autorizagao sanitéria. (Ar108.] A entrada e saida de cadaveres do territério estadual © seu translado, s6 poderé fazer-se mediante autorizagao sanitaria e prévia satisfagao dos requisitos que estabelegam os convénios internacionais, este Cédigo e a Legislagao Federal pertinente. CAPITULO IV APROTEGAO SANITARIA INTERNACIONAL © Governo do Estado, através de sua Secretaria de Satide, colaboraré com as autoridades federais competentes, na medida de suas possibilidades, nas atividades relacionadas com a satide internacional, nos portos, aeroportos, fronteiras ¢ locais de trafego, objetivando evitar a introdugao e propagacao de doengas no Pals, ou sua propagacao para 0 exterior. hitps:eisestaduais. com. brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 22/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS Paragrafo Unico. © Governo de Estado agird por delegagao de competéncia do Governo Federal, observados os termos e condigées de ato delegatério, a legislacao interna e 0 Regulamento Sanitério Internacional. ‘An. 110] A Secretaria de Satide competente coordenara, executard e avaliara, a nivel estadual, as ages de controle de doencas transmissiveis de interesse epidemiolégico, visando a protegao e a recuperagao da satide. Paragrafo Unico. Especial atengao serd dada ao diagnéstico, tratamento ¢ controle de doencas transmissiveis, no que se refere & manutencdo e participacao de programas nacionais, especificos, integrando seus servigos nos respectivos Sistemas Nacionais de Vigilancia Epidemiolégica, de laboratérios de Satide Publica e outros, observando e fazendo observar as normas técnicas, operacionais, legais e regulamentares, internas e intemacionais, sobre 0 assunto. TITULO VI CAPITULO | DAS DOENCAS TRANSMISSIVEISDAS DISPOSICOES GERAIS (tH) Para efeitos deste Cédigo, entende-se por doencas transmissivel aquela que 6 causada por agentes animados ou por seus produtos t6xicos e/ou também causada por agentes fisicos como a radioatividade, agentes quimicos como os agrot6xicos, dentre outros capazes de serem transferidos, direta ou indiretamente, de uma pessoa, de animais, de vegetais, do ar, do solo ou da agua para o organismo de outra pessoa ou animal. (BE) € dever da autoridade sanitéria executar ¢ fazer executar, as medidas que visem & preservacao, prevengao e recuperacao da satide, e impegam a disseminagao das doengas transmissiveis. Paragrafo Unico. A autoridade sanitaria competente coordenard, junto aos érgaos de Salide, os meios necessérios para a fiel execucdo do disposto neste artigo. An. 173,] A autoridade sanitéria, no que tange as doengas transmissiveis, com a finalidade de suprimir ou diminuir 0 risco para a coletividade representado pelas pessoas, animais e outros infectados ou contaminados, interromper ou dificultar a transmissdo, proteger convenientemente os susceptiveis e facilitar 0 acesso a qualquer aco terapéutica necesséria, promoverd a adogao de todas as medidas necessérias eficientes e eficazes que o caso requer. § 1° A autoridade sanitaria exerceré permanente vigiléncia sobre as areas em que ocorram acidentes e/ou doengas transmissiveis, determinando medidas de controle, visando a evitar sua propagagao. § 2° Quando necessério, a autoridade sanitaria requisitara auxilio da autoridade policial para execugao integral das medidas relativas a profilaxia das doengas transmissiveis. § 3° O Govemno dard prioridade a alocagao de técnicos e materiais para controle de doencas transmissiveis. § 4° Na luta contra as doengas transmissiveis, pela melhoria das condigées gerais da salubridade, da terapéutica e da prevengdo de doengas, serdo oferecidas gratuitamente pelos érgaos Estaduais e Municipais, todas as facilidades para: a) 0 adequado tratamento dos doentes em estabelecimentos oficiais ou particulares hitps:eisestacuais. com. brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s.._ 23/88 asio42023, 10.485 Lei Orgindria 1293 1992 de Mato Grosso do Sul MS conveniados, inclusive reabilitagao completa do paciente; b) 08 exames fisico-quimico e microbiolégico de agua urbana ou rural em laboratérios oficiais ou conveniados, para consumo humano domiciliar ou para preliminar deteccao de nova fonte de dgua mineral com propriedades terapéuticas ou favoraveis a satide, a serem ‘comprovadas posteriormente. § 5° A Secretaria de Satide competente baixard Normas Técnicas Especiais visando disciplinar as medidas ¢ atividades referidas neste artigo. [An174.] Sempre que necessério, a autoridade sanitéria competente adotaré medidas de quimioprofilaxia visando prevenir e impedir a propagagao de doencas. (Ar-115.] 0 isolamento e a quarentena estardo sujeitos a vigilancia direta da autoridade sanitéria, a fim de se garantir a execugao das medidas profilaticas e o tratamento necessario. § 1° Em caso de isolamento, o tratamento clinico podera ficar a cargo médico de livre escolha do doente, sem prejuizo do disposto no caput deste artigo. § 2° O isolamento devera ser efetuado preferencialmente em hospitais piblicos, podendo ser feito em hospitais privados ou em domicilios, desde que preenchidos os requisitos estabelecidos em Regulamento e ouvida a autoridade sanitaria competente, Fica proibido o isolamento em hotéis, pensdes, casas de cémodos, habitagdes coletivas, inclusive edificios de apartamentos, escolas, asilos, “creches” e demais estabelecimentos congéneres e similares. isolamento e a quarentena importaréo sempre no abono das faltas ao trabalho ou 4 escola, cabendo a autoridade a emissdo de documento comprobatério da medida adotada. ‘Ar. 118. ] A autoridade sanitaria competente devera adotar medidas de vigilancia epidemiolégica, objetivando o acompanhamento de comunicantes e de pessoas procedentes de areas onde ocorram moléstias endémicas ou epidémicas, por intervalo de tempo igual ao eriodo maximo de incubagao da doenga. Pardgrafo Unico. As doengas transmissiveis que impliquem na aplicagao de medidas. referidas no caput deste artigo, constarao de Normas Técnicas Especiais a serem baixadas, periodicamente pelo Ministério da Satide. ‘At. 419.] A autoridade sanitéria submeterd os portadores a um controle apropriado, dando aos mesmos adequado tratamento, a fim de evitar a eliminagao de agentes etiolégicos para o ambiente (Ast 120.) A autoridade sanitaria proibira que os portadores de doengas transmissiveis se dediquem & produgao, fabricacao, manipulagdo e comercializacao de produtos alimenticios e congéneres, durante o periodo de transmissibilidade. Paragrafo Unico. Os portadores de doengas transmissiveis néo poderdo ser demitidos em virtude da proibigao a que se refere este artigo, ‘An. 121. ] Quando necessario, a autoridade sanitéria determinaré e/ou executara a desinfecgao concorrente ou termal e, se for 0 caso, apoiara os érgdos competentes na descontaminagao ambiental concorrente ou termal hitps:leisestaduais.combrimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 24/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS Em caso de zoonose, a Secretaria de Satide competente, coordenara a aplicagao de medidas constantes da legislacao que rege a matéria ([Ar323. } Na iminéncia ou no curso de epidemias, a autoridade sanitaria podera ordenar a interdigdo total ou parcial, de locais publics ou privados, onde haja concentragao de pessoas, durante 0 periodo que entender conveniente. (Art 424.) Na iminéncia ou no curso de epidemias consideradas essencialmente graves ou diante de calamidades naturais e acidentais que possam provocé-las, a autoridade sanitaria podera tomar medidas de maximo rigor, inclusive com restrigao total ou parcial ao direito de locomogao. (#-725-) Quando se houverem esgotados os meios de persuuasio ao cumprimento da lei, a autoridade sanitaria recorrera ao concurso de autoridade policial para execugao das medidas de combate as doengas transmissiveis. CAPITULO II DAAGAO DE VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA E DA NOTIFICAGAO DE DOENGAS [Ar 426.] As informagées, investigagées, levantamentos, inquéritos, estudos e pesquisas necessérios 8 programagao e a avaliacdo das medidas de controle de doengas e de situagses. de agravo a satide, constituem a ago de vigilancia epidemiolégica. (RATT) E de responsabilidade do Sistema Unico de Saude definr as Unidades de Vigilancia Epidemiotigica integrantes da rede de servicos de sauide de sua estrutura, que executara as agdes de vigilancia epidemiolégica, abrangendo todo o territério do Estado de Mato Grosso do Sul. [At128.] Para efeito deste Codigo, entende-se por notificagao compulséria a comunicagao a autoridade sanitaria competente, dos casos e dos dbitos suspeitos ou confirmados das doengas enumeradas em Normas Técnicas Especiais. § 1° Serdo emitidas, periodicamente, Normas Técnicas Especiais relacionando as doengas e situacdes de agravo a satide, de notificagao compulséria § 2° De acordo com as condigées epidemiolégicas ou com a incidéncia estatistica, a Secretaria de Estado de Satide podera exigir a notificagao de quaisquer infecgGes, infestacoes, contaminagées ou agressées constantes das Normas Técnicas Especiais em individuos que estejam eliminando 0 agente etiolégico ou seu derivado para o meio ambiente, ou recebendo agressdes ambientais, mesmo que nao apresentem, no momento, sintomatologia clinica alguma, § 3° Incluem-se na exigéncia referida no pardgrafo anterior, as contaminagées provocadas por agentes inanimados fisicos ou quimicos, causados por ocorréncias localizadas e/ou emergenciais (Art 228. A notificagéo compulséria dos casos de doengas tem cardter sigiloso, obrigando, neste sentido, os notificantes e as autoridades sanitarias que tenha recebido. § 1° A identificagao do paciente portador de doencas referidas no caput deste artigo, fora do Ambito médico-sanitario, somente poderd efetivar-se em cardter excepcional, em casos de grande risco a comunidade, a juizo de autoridade sanitaria e com conhecimento prévio do hitps:eisestacuais,com.brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 25/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS paciente ou de seu responsavel. § 2° Quando se tratar de paciente portador de doenga de notificacgo compulséria, como a SIDA/AIDS ou outras caracteristicas similares, detectadas no ambito médico-hospitalar- laboratorial ou na prépria comunidade, além do disposto no pardgrafo anterior, sua identificagao se restringira, exclusivamente, aos profissionais diretamente ligados a sua assisténcia médica e 8 autoridades sanitérias notificadas § 3° Quando se tratar de pacientes referidos no paragrafo anterior, 0 sigilo referido no caput deste artigo deverd ser extensivo a todas as fases da doenca, para isso adotando-se dispositivos adequados quanto &: confirmagao e comunicagao de diagnéstico © encaminhamento do paciente, realizados com responsabilidade, através de cuidados tais como: utilizagao dos testes laboratoriais mais sensiveis com resultados em envelopes lacrados, chamada do paciente sem dados que levem a suspeita da doenga, comunicagao da doenca com suporte psiquidtrico, se necessério, encaminhamento e atendimento médico/laboratorial adequados ao sigilo, ¢ nao utiizagao, nas unidades de satide envolvidas, de listas com identificagao dos pacientes, o que deverd ser feito por numeragao, em cadastros, fichas, bolsas de sangue, dentre outros E dever de todo cidadéo comunicar @ autoridade sanitéria local a ocorréncia de fato comprovado ou presumivel de agravo a satide da populagao. ([At131-] A notificagao, deve ser feita A autoridade sanitaria, face a simples suspeita, o mais precocemente possivel, pessoalmente, por telex, telefone, telegrama, carta ou por outro meio, devendo ser dada preferéncia ao meio mais rapido possivel, respeitando o disposto no artigo 129. (Ar382.] Sao obrigados a fazer notificagao a autoridade sanitaria de casos suspeitos ou confirmados de doengas relacionados na Lista de Notificagao Compulséria do Estado: médicos € outros profissionais de satide, no exercicio da profissdo, bem como os responsaveis por organizagées e estabelecimentos piblicos e particulares de satide, de ensino, os responsaveis, pelos meios de transporte (automével, dnibus, trem, etc.), onde tenha estado o paciente, respeitado o disposto no artigo 129. ([#1.335.) Quando ocorrer doenga de notificagéo compulséria em estabelecimento coletivo, a autoridade sanitéria comunicara ao responsavel, 0 qual devera acusar o recebimento da notificagao no prazo maximo de 48 (quarenta e oito) horas, também por escrito, assim como 0 nome, a idade e residéncia daqueles que faltarem ao estabelecimento por 03 (trés) dias consecutivos, respeitado o disposto no artigo 129 \S notificagdes recebidas pela autoridade sanitaria local e/ou regional, sero comunicadas ao érgo competente da Secretaria de Estado de Satide, de acordo com 0 estabelecido nas Normas Técnicas. [BATHE JA Secretaria de Estado de Satide deverd comunicar meciatamente & autoridede sanitaria federal a ocorréncia, no Estado, de doenga transmissivel de notificagao compulséria, conforme modelo aprovado pelo érgao Federal competente e de acordo com 0 estabelecido nas Normas Técnicas. Notificado um caso de doenga transmissivel, ou observada, de qualquer modo, a nevessidade de uma investigacao epidemiolégica, compete a autoridade sanitéria a adogao das demais medidas cabiveis. hitps:eisestaduais.combrimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-s.. 26/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS Recebida an -ago, a autoridade sanitaria é obrigada a proceder a investigagao epidemiolégica pertinente para elucidagao do diagnéstico e averiguacao do agravo na comunidad Paragrafo Unico. A autoridade sanitaria poderd exigir e executar investigagées, inquéritos ¢ levantamentos epidemiolégicos, junto a individuos e a grupos populacionais determinados, sempre que julgar necessério. (Ar 338.] A autoridade sanitaria providenciara a divulgagao constante dos dispositivos deste Cédigo, referentes a notificagdio compulséria de doengas transmissiveis, (Ar139.] A autoridade sanitaria facilitara o processo de notificagdo compulséria. Pardgrafo Unico. Nos ébitos por doengas constantes das Normas Técnicas Especiais de Notificagao Compulséria, 0 Cartério de Registro Civil que registrar 0 ébito, devera comunicar 0 fato a autoridade sanitaria, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, a qual verificara se 0 caso foi notificado nos termos deste Cédigo, tomando as devidas providéncias, em caso negativo. CAPITULO III DAS VACINAGOES OBRIGATORIAS (Art 140.) Secretaria de Estado de Satide, observadas as normas e recomendagées pertinentes, fard executar, no Estado, as Vacinacdes de cardter obrigatério, definidas no Programa Nacional de Imunizago, coordenando, controlando, supervisionando e avaliando o desenvolvimento das ages correspondents. Para efeitos deste Cédigo, entende-se por vacinas de carater obrigatorio, aquelas que devem ser ministradas sistematicamente, a todos os individuos de um determinado grupo etadrio ou & populacao em geral (Art 122.) Para efeitos deste Cédigo, entende-se por vacinagao basica o ntimero de doses de uma vacina, a intervalos adequados, necessérios para que o individuo possa ser considerado imunizado. [Ar343. )As vacinagdes obrigatérias serao praticadas de modo sistematico e gratuito pelos 6rgaos e pelas Entidades Publicas, bem como pelas entidades privadas subvencionadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal. (Aa-144-] As vacinas obrigatérias © seus respectivos atestados serdo gratuitos, inclusive quando executados por profissionais em suas clinicas ou consultérios, ou estabelecimentos privados de prestacao de servicos de satide. (Ar-145.] Os atestados de vacinagéio obrigatéria terao prazo de validade determinado e nao poderdo ser retidos, em qualquer hipétese, por pessoa fisica ou juridica, devendo ser fomecidos gratuitamente (A#48.] 0 cumprimento da obrigatoriedade da vacinagao ser comprovado através de documento de vacinacao, conforme legislagao vigente. Pardgrafo Unico. O documento comprobatério sera emitido pelos servigos publicos de satide ou por médicos no exercicio de atividades privadas, quando devidamente credenciados para tal fim pela Secretaria de Satide competente. hitps:eisestaduais.combrimsilel-ordinara-n-1293-1982-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-o-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 27/68 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS execugao da vacinagao obrigatéria sera da responsabilidade imediata da rede de servigos de satide, composta por Centros de Vacinagdo, que integram determinados estabelecimentos de satide referidos pela Secretaria de Satide competente, cada um com atuago junto & populago residente ou em transito, em reas geogréficas ou contiguas, de modo a assegurar uma cobertura integral. [Ant 148. } E dever de todo cidadao submeter-se a vacinagao obrigatéria, assim como os menores dos quais tenham a guarda responsabilidade Paragrafo Unico, $6 sera dispensada da vacinago obrigatéria a pessoa que apresentar atestado médico de contra-indicacao explicita da aplicagao da vacina [#A-148-] No caso de contra-indicacao de vacina, esta sera adiada por prazo fixado pela autoridade sanitéria, até que possa ser efetuada sem prejulzo da satide do interessado. (Zt 350-} A autoridade sanitaria promovera, de modo sistematico e continuado, o emprego da vacinagdo contra aquelas enfermidades para as quals esse recurso preventivo seja recomendavel. (Ar-151.] A Secretaria de Satide competente publicara, periodicamente, a relagao das vacinagées consideradas obrigatérias no Estado, de acordo com o Programa Nacional de Imunizagao. ‘An. 182. ]O Governo do Estado, por proposta da Secretaria de Satide competente, ouvido 0 Ministério da Satide, podera sugerir medidas legislativas complementares, visando ao cumprimento das vacinagées obrigatérias por parte da populacao de seu territério. Pardgrafo Unico. A vacinagao basica sera iniciada na idade mais adequada, devendo ser seguida de doses de reforgo nas épocas indicadas, a fim de assegurar a manutengao da imunidade conferida. (4453) Nenhum estudante podera matricular-se em qualquer estabelecimento de ensino pré- escolar e primeiro grau sem que, mediante documento comprobatério, faga prova de haver recebido as vacinas indicadas para 0 seu grupo etério. (A384. No caso de justificagao epidemiolégica, ou seja, mudanga da faixa etaria de risco ou ndo vacinacdo, sera obrigatéria a aplicacao da vacina e correspondente emissdo do atestado. ‘Ant 155. ] Na admissao da crianga em creches e similares, sera obrigatoria a apresentagao de documento comprobatério de recebimento de vacinas indicadas para o seu grupo etario. CAPITULO IV TUBERCULOSE (At356.] A Secretaria de Satide competente se empenhara no desenvolvimento de atividades de sua competéncia, a nivel regional e local, executando e coordenando a execugao das ages correspondentes, relacionadas com a prevengo, procura, diagnéstico e tratamento dos casos de tuberculose no Estado. Pardgrafo Unico. Para fiel cumprimento do disposto neste artigo, a Secretaria de Saude competente adotar as Normas Técnicas e Operacionais pertinente, procurando integrar as. ages de diagnéstico, prevengao e tratamento da tuberculose, aos servigos de satide e demais. hitps:eisestaduais. com. brimsilel-ordinara-n-1293-1982-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-saritario-de-estado-de-mato-grosso-do-s.. 26/88 asio42023, 10.485 Lei Orgindia 1293 1992 de Mato Grosso do Sul MS entidades conveniadas, estimutando a participagao da comunidade, com objetivo de reduzir a morbidade e mortalidade, e mediante emprego dos conhecimentos técnicos e cientificos e de recursos disponiveis e mobilizaveis. CAPITULO V HANSENIASE Secretaria de Satide competente se empenharé no desenvolvimento das atividades de sua competéncia, a nivel regional e local, executando e coordenando a execugao das ages de satide e demais entidades conveniadas, estimulando a participagao da comunidade, com 0 objetivo de reduzit a morbidade, mediante emprego dos conhecimentos técnicos e cientificos e dos recursos disponiveis © mobilizaveis. (Art 158.] 0 controle da Hanseniase, além da redugao da morbidade e da prevaléncia, tem por objetivo prevenir as incapacidades, preservando a unidade familiar e a readaptagao profissional em atividades consentaneas com as condigdes fisicas do doente. Estudos e pesquisas culturais serao realizados visando a identificagéio de preconceitos culturals ¢ sociais que dificultem a reinsergo do doente na sociedade ¢ a identificagdo de medidas necessérias a redugao de altitudes segregacionistas. CAPITULO VI DAS DOENCAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS (Art460.] A Secretaria de Satide competente exercera, no Ambito do Estado, a execugao e coordenago das atividades de prevengao, controle ¢ tratamento de doengas sexualmente transmissiveis, compreendendo, entre outtas, sifiis, gonorréia, cancro-mole, linfogranuloma venéreo, donovanose, Sindrome da Imuno Deficiéncia Adquirida (SIDAVAIDS). Paragrafo Unico. O programa a que se refere este artigo incluira também, dado o seu interesse para a satide publica, quando transmitidas por contato sexual, a trichomoniase, a Sindrome de Reiter, o herpes genital, a pediculose pubiana, 0 molusco contagioso, as uretrites © vaginites no gonocécicas e o condiloma acuminato, (Beet) A Secretaria de Satide competente adotaré as Normas Técnicas Operacionais pertinentes e estabeleceré medidas de vigllancia epidemiolégica dos doentes e suspeltos, com © objetivo de evitar a propagacao de doengas sexualmente transmissiveis. © tratamento de doengas sexualmente transmissiveis 6 obrigatdrio, e a transmissao intencional de doenga constitui delito contra a satide publica, previsto no Cédigo Penal ‘An. 163. ] A Secretaria de Estado de Satide deveré promover amplas campanhas de esclarecimento junto a populagao acerca das medidas profilaticas e terapéuticas das doengas sexualmente transmissiveis. CAPITULO VII DAS DOENGAS TRANSMISSIVEIS POR RADIAGAO IONIZANTE (Ax364.] Para permitir a prevengao, o diagnéstico e o tratamento das doencas transmissiveis por radiagao ionizante, a Secretaria de Satide competente, em regime de cooperagao com os érgaos competentes, exercera agées de vigilancia epidemiolégica e sanitaria, abrangendo os dispositivos e a legislagao pertinente. (Ar 365.] A autoridade sanitaria, no que tange as doengas transmissiveis por radiagao. nizante, realizaré por rotina, o cadastramento ¢ fiscalizacao dos locais onde a referida hitps:eisestaduais. com. brimsiel-ordinara-n-1293-1982-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-s.. 28/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS radiagdo esteja presente, Para efeito deste Cédigo, entende-se por doenga transmissivel por radiagao ionizante, aquela que & causada por efeitos genéticos das radiagées e por contaminacao radioativa. TITULO Vil DAS DOENGAS CRONICO-DEGENERATIVAS E OUTRAS NAO TRANSMISSIVEIS, DOS ACIDENTES E DA SAUDE DO TRABALHADOR CAPITULO | DAS DISPOSIGOES GERAIS Secrotaria de Satide competente e suas congéneres dos Municipios, em articulagao com os érgaos Estaduais e Federais competentes, coordenard e executaré as agdes que visem promogao, protegao e recuperagao relativas aos seguintes problemas de satide publica: a) doengas orénico-degenerativas; b) doengas ndo transmissiveis; ©) acidentes de transito; 4d) acidentes domésticos e por calamidade publica; ) doengas e acidentes do trabalho, incluidos na Satide do Trabalhador. Paragrafo Unico. A orientagao a ser seguida pela Secretaria de Satide competente, para efeito do disposto no caput deste artigo, devera basear-se nas diretrizes da Politica Nacional de Satide e nas recomendagSes e Normas Técnicas emanadas dos érgaos Federais competentes, bem como das Instituigées cientificas reconhecidas nacional e internacionalmente, sem prejulzo das normas supletivas estaduais. (Art 188. As diretrizes para a execugao das agGes previstas no artigo anterior so: | -criar, manter e assegurar mecanismos institucionais para que o individuo receba as agées de satide em todos os niveis de atengao, em todas as fases da vida; Il- assegurar a boa qualidade da assisténcia a satide, considerando as necessidades integrais do ser humano, dentre outros a reabilitagdo e a reintegracdo social; IIl-identificar o funcionamento de mecanismos de participagao popular, de modo a executar a prevengao das doencas e acidentes referidos no artigo anterior IV - assegurar o funcionamento de mecanismos de participagao popular, de modo a executar a prevengao das doengas e acidentes referidos no artigo anterior; \V-- promover e assegurar a realizagao de investigagées, estudos, pesquisas, educagao e orientagao em satide, visando dentre outras a: a) determinar a incidéncia, prevaléncia, morbidade e mortalidade relativas as doencas & acidentes referidos no artigo anterior; b) buscar, através de uma visdo integral, as causas, os fatores de risco e as, circunstancias relativas 4s doencas e acidentes referidos no artigo anterior; ©) executar e fazer executar as medidas eficazes na luta contra as doengas e acidentes referidos no artigo anterior Dentre as agdes previstas no artigo 167, deverdo ser priorizadas aquelas que estejam hitps:eisestaduais.com,brimsite-oainaria '1293-1892-mato-grosso-do-sul-dispoe-sobre-o-codigo-santario-do-estado-de-mato-gtosso-do-s.._ 30/88 asio42023, 10.45 Lei Orsindria 1293 1992 de Mato Grosso do Sul MS vortaaas para os grupos artamente expostos e para 0s responsavels por atos, tatos Ou condigdes relacionados a esses grupos, de acordo com os tipos de doencas e acidentes a prevenir e controlar. Para a execugao das agées previstas no artigo 167, os profissionais e as Instituigses de satide, piblica ou privadas, ficam obrigados a enviar aos érgaos competentes da Secretaria de Satide os dados e informagdes que Ihes forem solicitados sobre as doengas e acidentes de que trata este Titulo. CAPITULO II DAS DOENCAS CRONICO-DEGENERATIVAS E OUTRAS NAO TRANSMISSIVEIS fara efeito deste Cédigo, considera-se doenga crénico-degenerativa ou enfermidade de longa duracao, todos os desvios do normal que tem uma ou mais das seguintes caracteristicas: a) so causadas por patologias irreversiveis b) sdo permanentes; c) deixam incapacidade residual; 4d) requerem treinamento especial do paciente para sua reabilitagao; ) © pode se esperar que requeiram um longo perfodo de supervisdo, observacao e cuidados. [Ar.172.] Serdo considerados, dentre outras, as sequintes agdes de satide relativas as doengas crénico-degenerativas e outras nao transmissiveis: a) assisténcia a Satide Integral do Idoso; b) controle e educagao em hipertensdo arterial; c) controle ¢ educacao em diabete melitus; 4) controle ¢ educagao em tabagismo; ) controle e educagao em doencas reumatica; f) controle e educagao em alcoolismo; 9) controle e educagao em neoplasias, especialmente as cérvico-uterinas, de mama, de pele, de boca e do sistema digestivo; h) controle e educagao em alimentacao ¢ nutrigao. CAPITULO IIL DOS ACIDENTES DE TRANSITO, DOMESTICOS E POR CALAMIDADE PUBLICA ‘An. 173. ] Serdo consideradas, dentre outras, as seguintes agdes de atengdo a satide, relativas aos acidentes de transito e doméstico: 1a) educagao em prevengao de acidentes de transito devido a desvios de comportamento alteragGes fisicas ou mentais, particularmente neuroses, psicoses e intoxicago por dlcool ou drogas; b) cooperagao com os érgéos competentes de trénsito no desenvolvimento das agdes relativas a satide. Secretaria de Satide competente e suas congéneres municipais coordenardo a execucdo de planos e atividades que visem a prestagdo de servigos médicos de urgénci Particularmente aos politraumatizados e a reabiitacao dos acidentados. special atengao sera dada as normas legais pertinentes, no que se refere a prevencdo, controle, cadastramento e fiscalizagao dos acidentes causados por efeitos agudos das radiarfies hitps:eisestaduais.com.brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 31/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS Was tewiayues, § 1° Os casos a que se refere 0 caput deste artigo sao aqueles onde se associam altas doses de radiacao recebidas em grandes areas do corpo humano, em um curto periodo de tempo, podendo levar a sindrome aguda de radiagao e até mesmo & morte imediata. § 2° Na luta contra os acidentes causados por efeitos agudos das radiagSes referidas no caput deste artigo, todos 0s esforgos publicos e privados deverdo ser mobilizados para prestagdo eficiente e gratuita de todas as facilidades terapéuticas adequadas. CAPITULO IV DA SAUDE DO TRABALHADOR (ARA76.]A Satide do trabalhador deverd ser resquardada nas relagdes sociais que se estabelecem entre o capital ¢ 0 trabalho, no processo de produgéo, pressuposta a garantia da sua integridade e da sua higidez fisica e mental § 1° Entende-se por processo de producdo a relagdo que se estabelece entre o capital e 0 trabalho, englobando os aspectos econémicos, organizacionais e ambientais na produgao de bens e servigos. § 2° As agdes na area de satide do trabalhador, previ meio urbano ¢ o meio rural fas neste Cédigo, compreendem o ara efeito deste Cédigo, considera-se Satide do Trabalhador o conjunto de medidas que visem a promogo, protegdo e recuperagao da satide, que serdo desenvolvidas através da assisténcia individual concomitante com a coletiva, desenvolvendo atividades de prevengo, diagnéstico, tratamento ¢ reabilitagao, visando a reducao da morbi-mortalidade § 1°As atividades de prevengdo referidas no caput deste artigo, deve observar 0 nexo causal § 2° As atividades de satide do trabalhador abrangerdo, dentre outras, medidas que controlem os riscos: 1a) decorrentes de acidentes e doengas do ¢ no trabalho; b) da ago de agentes fisicos, quimicos ¢ biolégicos; ©) decorrentes da fadiga ocupacional; 4) decorrentes de inadaptagdes somaticas, fisiolégicas e psicolégicas. Ss ages de atengao a satide do trabalhador sdo consideradas, dentre outras: a) vigilancia sanitéria relativa a satide do trabalhador, b) vigilancia epidemiolégica relativa a sade do trabalhador; ©) assisténcia sade do trabalhador, ara fins do disposto no artigo anterior, especial atengao serd dada a realizagdo de uma articulagao das agdes nele mencionadas ¢ do estabelecimento do nexo causal entre as. condigdes de satide e as do ambiente de trabalho. (A700. A vigilancia sanitéria, no ambito da satide do trabalhador, sera realizada em estabelecimentos, empresas e locais de trabalho, pela autoridade sanitaria competente que exercerd a fiscalizacao, abrangendo, dentre outros hitps:eisestaduais. com. brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 32/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS a) condigdes sanitérias ambientais e os riscos operacionais dos locais de trabalho; b) condigdes de satide do trabalhador, ©) condig6es relativas aos dispositivos de protecao coletiva e/ou individual; 4) condigées relativas a disposigao fisica das maquinas. Denire outras obrigagées no Ambito da satide publica, relativamente a satide do trabalhador, incumbe ao Sistema Unico de Satide a normatizacao, fiscalizagao ¢ controle das condigdes de produgao, extracao, armazenamento, transporte, distribuigéo, destinagao final de residuos e manuseio de substancias e produtos, de maquinas e equipamentos no processo de trabalho. § 1° Cabe ao Sistema Unico de Satide avaliar o impacto que as tecnologias provocam na satide do trabalhador e estabelecer medidas de controle, § 2° Cabe ao Sistema Unico de Satide a revisdo periédica da legislagdo pertinente & defesa da satide do trabalhador e a atualizagao permanente na lista oficial de doencas originadas no processo de trabalho. (Art 122.) A autoridade sanitaria investigaré e realizara inspegées sanitdrias, cabendo: a) ao trabalhador, a manutengdo higiénica, a execugao de agdes de seguranca operacional ¢ 0 uso de dispositivos de protegao adequados; b) empresa ou proprietario, a diregao, 0 planejamento, a manutengao e a execugao das medidas preventivas, quanto aos aspectos de salubridade e periculosidade, ficando os mesmos obrigados a fornecer todos os dispositivos de protecao necessérios. ‘Ant 183. ) Sao obrigagdes do empregador, além daquelas estabelecidas na legislagao em vigor: I-manter as condigdes de trabalho e a organizagao de trabalho adequadas as condiges Psicofisicas dos trabalhadores; Il permitir e facilitar 0 acesso das autoridades sanitarias aos locais de trabalho a qualquer dia e hordrio, fornecendo as informagées ¢ dados solicitados; Ill - em caso de risco conhecido, dar ampla e constante informagdo aos trabalhadores; IV - em caso de risco ainda nao conhecido, arcar com os custos de estudos e pesquisas que visem esclarecé-los; V-uma vez detectado 0 risco, seja fisico, quimico, biolégico, operacional ou proveniente da organizagao do trabalho, comunicar imediatamente a autoridade sanitéria, elaborar cronograma para aprovagao e implementar a corregao dos mesmos. (A114. JA ocorréncia ou a reincidéncia de doengas ou acidentes no momento do trabalho ou a legislagdo em vigor no Ministério do Trabalho determinard, obrigatoriamente a efetiva assisténcia médica de urgéncia, por parte dos circunstantes e do responsavel imediato ou principal da empresa, estabelecimento, servigo ou atividade. Os érgaos executores das agées de satide do trabalhador desempenhardo suas fungdes observando os seguintes principios e diretrizes: | - informar os trabalhadores e respectivo sindicato sobre os riscos e danos a satide, no hitps:eisestacuais.combrimsilel-ordinara-n-1293-1982-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s.. 33/88 osi04i2023, 1045, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS exercicio da atividade laborativa e nos ambientes de trabalho; Il garantir a participacao dos sindicatos de trabalhadores na formulagdo, planejamento, avaliagao e controle de programas de satide do trabalhador; III - garantir aos sindicatos de trabalhadores de participarem nos atos de fiscalizacao, avaliagdes ambientais de satide, de pesquisas e, também, acesso resultados obtidos; IV - garantir ao trabalhador, em condigéo de risco grave ou iminente no local de trabalho, a interrupgao de suas atividades, sem prejuizo de quaisquer direitos, até a eliminagao do risco; \V - garantir aos sindicatos 0 direito de requererem ao érgao competente do servigo de Vigilancia Sanitaria, a interdigéo de maquinas, de parte ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver exposigao de risco iminente para a vida ou a saiide dos trabalhadores, com imediata agao do Poder Puiblico competente; VI- Dever de considerar 0 conhecimento do trabalhador como tecnicamente fundamentar para o levantamento das areas de riscos e dos danos a satide; Vil - dever da autoridade sanitéria, sob pena de responsabilidade, de comunicar ao Ministério PUblico todas as condigdes de risco e agravo a satide do trabalhador e ao meio ambiente, decorrentes da atividade das entidades privadas ou piblicas, bem como das ocorréncias de acidentes e/ou doengas do trabalho; VIII - dever de atuar na defesa de satide do trabalhador, obedecendo a acdes programaticas planejadas em que os objetivos, métodos e avaliagSes da intervencao sejam uma rotina; IX - dever dos érgaos Pubblicos competentes no campo da satide do trabalhador, de utlizarem 0 método epidemiolégico, entre outros, como instrumento basico para a definigdo de prioridades na alocagao de recursos e orientagao programética; X - dever de priorizar a formagao de recursos humanos para a area de atuagao na satide do trabalhador, XI - dever de estimular e apoiar pesquisas sobre a satide nos ambientes de trabalho; XII - dever de utilizar instrumentos de informagao e comunicagao regulamentados por Normas Técnicas Especiais ou Portarias; XIll - estabelecer Normas Técnicas Especiais para a protegao da sade no trabalho da mulher no periodo de gestagao, do menor e dos portadores de deficiéncias; XIV - dever de determinar corregdes e, quando for o caso, tomar medidas de corregao nos ambientes de trabalho, observando os seguintes niveis de prioridade’ a) eliminagao da fonte de risco; b) medida de controle diretamente na fonte: c) medida de controle no meio ambiente de trabalho; 4) os equipamentos de protecao individual - EPIs, somente seréo admitidos nas seguintes situagées: hitps:eisestacuais. com brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-0-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s... 34/88 0310412023, 19:45, Lei Orcindria 1299 1992 de Mato Grosso do Sul MS 1, de emergéncias; 2, dentro do prazo estabelecido no cronograma de implantacao das medidas de protegaio coletiva; 3. nas condiges em que os EPIs so insubstituivei XIV - adotar normas, preceitos e recomendagées dos organismos internacionais do trabalho, na auséncia de Normas Técnicas Nacionais e especificas. (Art186-] As unidades basicas de sate serao capacitadas a controlar a nocividade dos ambientes de trabalho nos momentos preventivos, curativos e de reabilitagao, contando para isso com equipes multiprofissionais, investigagao dos ambientes de trabalho, abrangida ou ndo pela fiscalizagao, compreende 05 (cinco) fases basicas: | -fase de reconhecimento preliminar; II -fase de levantamento sobre o ambiente; Ill - fase de avaliagao da satide; IV - fase de elaboragdo de dados; \V - fase de planejamento das agdes de prevengo Paragrafo Unico. Se em qualquer etapa de desenvolvimento das fases de investigagao, for de conhecimento da autoridade sanitéria, situagéo de risco iminente ou dano constatado & satide dos trabalhadores, seréo implementadas, de imediato, agdes preventivas, de corregao ou de interdigao parcial ou total Por meio de reuniées mantidas com os trabalhadores e seus representantes sindicais sero levantadas informagées dos locais e condigdes de trabalho, objetivando a obtengao de uma visao da empresa e de sua problematica Considerando-se as etapas mais desfavorévels do processo de trabalho e com base no conhecimento obtido na primeira fase, serao realizadas as avaliagées qualitativas e quantitativas dos fatores ambientais de risco 4 satide. Constatadas patologias conexas aos fatores ambientais agressivos a satide, nas duas primeiras fases, mediante critérios epidemiolégicos, o estado de satide dos trabalhadores sera analisado através de exames clinico-laboratoriais. (Art 191. As informagées e dados levantados na investigagao, serao consolidadas com a incluso das medidas técnicas de correco e encaminhados aos representantes dos trabalhadores investigados, ao sindicato da categoria e 8 empresa. (Zt 22.] A fase de planejamento das agées de prevengdo referida no artigo 187 contaré com a Participago dos sindicatos de trabalhadores, serd estabelecido o cronograma de acompanhamento e avaliagao dos resultados, e a consequente divulgagao para os trabalhadores da empresa, outros profissionais da area de satide do trabalhador, ou instituiges que atuaram no proceso de investigagao. hitps:eisestaduais. com brimsilel-ordinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-ispoe-sobre-o-codigo-sanitario-de-estado-de-mato-grosso-do-s.. 35/88 asio42023, 10.45 Lei Orgindria 1293 1992 de Mato Grosso do Sul MS ‘Ast 193. JA autoridade sanitaria determinard a elaboragao de estudo prévio de risco - beneficio sanitério a toda obra, empreendimento, processo produtivo, de consumo e de prestagao de servigos, atividade de exploragdo de recursos naturais de qualquer natureza e qualquer atividade desenvolvida no meio ambiente, nele incluido o do trabalho, quando houver importancia de beneficio potencial ou significative risco ou desconhecimento do risco a satide humana, abordando-se a situagao atual de saneamento e satide ambientais na area de influéncia do projeto, assim como possiveis consequéncias nocivas e benéficas para a saiide, ¢ as medidas eficazes para a sua protegao, sendo os custos de estudos suportados pelo requerente § 1° No procedimento deste artigo sera realizada audiéncia publica, nos termos de Normas Técnicas Especiais, dando-se oportunidade ao piiblico para consultar o estudo no prazo minimo de quarenta e cinco dias anteriores a audiéncia § 2° Anoticia da realizacao da audiéncia piblica sera publicada no Diério Oficial e por jomal de grande circulago, comunicando-se por carta registrada com aviso de recebimento as entidades civis nao governamentais que intervierem no procedimento. (A#794.] As empresas de risco 3 com mais de 100 e menos de 500 trabalhadores por turno, e as empresas de risco 4, com mais de 20 e menos de 500 trabalhadores por tuo, conforme classificagao de risco estabelecida na NR-4, da Portaria n° 3.214/78, do Ministério do Trabalho, que operem em turnos no periodo das 18:00h as 6:00h manterao, obrigatoriamente em. funcionamento, estabelecimento de assisténcia a satide para primeiros socorros, com pelo menos 1 (um) enfermeiro do trabalho no periodo. Paragrafo Unico. Os resultados dos levantamentos, realizados pela empresa, relacionados com os fatores agressivos & satide sero, obrigatoriamente, levados ao conhecimento dos. trabalhadores e do respectivo sindicato. Sera assegurada ao trabalhador a assisténcia & satide permanente e continua durante 0 turno de trabalho e em horas extras. Especial atengdo sera dada as diretrizes referidas no artigo 168, e demais dispositivos deste Cédigo e dos érgaos Federais competentes, no que se refere a prevengdo e controle de doengas nao transmissiveis causadas por radiagéo em profissionais ocupacionalmente expostos ou circunstantes. Paragrafo tinico. Os casos a que se refere o caput deste artigo séo aqueles onde se associam altas doses de radiagao em um curto intervalo de tempo, ou as pequenas doses de radiacao cronica, em um longo intervalo de tempo. autoridade sanitaria, no que tange as doengas ndo transmissiveis causadas por radiagdo, realizar, de rotina, o cadastramento e a fiscalizagao dos locais onde a referida radiagdo esteja presente Paragrafo Unico. Na luta contra doengas nao-transmissiveis causadas por radiagao, referidas no caput deste artigo, para melhoria das condig6es gerais de salubridade e da terapéutica, serao oferecidas gratuitamente pelos érgaos Estaduais e Municipais, quando da integracdo de agdes com os érgdos Federais competentes, todas as facilidades para 0 adequado tratamento dos doentes em estabelecimentos oficiais ou particulares conveniados. TITULO Vill CAPITULO! hitps:eisestacuais. com. brimsilel-orinara-n-1293-1882-mato-qrosso-do-sul-dispoe-sabre-0-codigo-sanitaio-de-estado-de-mato-grosso-do-s.. 36/88

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