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11/17/2017

Funcionamento
cognitivo na velhice

Declínio intelectual: mito ou


realidade?
A Inteligência

Daniela Figueiredo
2017/2018

O que é a inteligência? O que é ser


inteligente?

“A inteligência, tal como a electricidade, é mais fácil


de medir do que de definir!”.
(Jensen, 1969)

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O que é a inteligência?

 Difícil de definir o que é (natureza); maior consenso quando se


trata de definir o que faz (desempenho)

Raciocínio

Comportamento
Inteligente
Capacidade de Capacidade de
aquisição conhecimento resolução de problemas

(Snyderman e Rothman, 1987)

O que é a inteligência?

“O João é mais esperto que o Filipe.”


Inteligência é algo de quantificável;
“A Sónia não é muito brilhante”
algo que as pessoas possuem em
“A Manuela é um crânio” maior ou menor quantidade.

Abordagem Psicométrica
(“medir a mente”)

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Para que servem os testes de inteligência?

O que predizem os testes de inteligência?

“Inteligência é aquilo que o meu teste mede”


(Binet)

Abordagem da inteligência

 Perspectiva psicométrica: adapta a análise factorial para quantificar a


inteligência; recorre a uso de testes e questionários padronizados:
 Wechsler Intelligence Scale for Adults (WAIS), de D. Wechsler (1955)
 Primary Mental Abilities (PMA), de L. Thurstone (1958)

 Perspectiva desenvolvimentista: procura explicar e compreender o


modo de funcionamento dos processos cognitivos; a recolha de dados
baseia-se em entrevistas semi-estruturadas conduzidas segundo a tradição
do método clínico piagetiano

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Desempenho dos idosos em testes de inteligência


Factores de influência

 Saúde física

 Acuidade visual e auditiva

 Velocidade e coordenação

 Atitudes acerca das situações de teste

Cognição do adulto – 4 fases:

1ª Fase: (entre a década de 20 e 50) - A posição dominante é a de um


declínio da inteligência com a idade

2ª Fase: (a partir dos anos 60) – A inteligência permanece relativamente


estável durante a vida adulta

3ª Fase: (a partir dos anos 70) – Concepção de inteligência caracterizada


por uma maior plasticidade

4ª Fase: (anos 70 e 80) – Defende-se uma abordagem desenvolvimentista


da inteligência

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Abordagem psicométrica
Limitações

 Conceptualmente: definição de inteligência

 Metodologicamente: planos de investigação

 Métodos transversais

 Métodos longitudinais

 Métodos transverso-sequenciais

Abordagem Psicométrica
 WAIS (Wechsler Adult Intelligence Scale)  Visão
unidimensional da inteligência

Escala verbal
(conhecimento geral, vocabulário, aritmética, compreensão,
analogias)

WAIS

Escala de execução/desempenho
(cronometrada)
(completar figuras, arranjo de figuras, cubos,
procurar símbolos e labirintos)

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Resultados:

 Escala de execução:
 Perdas muito significativas
 Depois dos 20A, as pontuações baixam
a um ritmo constante
Modelo Clássico
de Envelhecimento
 Escala verbal:
 O decréscimo inicia-se mais tarde
 Mais significativo entre as pessoas com
+ de 65A

Os estudos de Horn e Cattell (1967, 1970)

 Amostra: 297 pessoas entre os 14 e os 60 anos

 Provas:
 Raciocínio indutivo
 Analogias
 Relações figurais
 Provas de vocabulário
 Juízos baseados na experiência
 Tarefas aritméticas
 …

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O modelo de inteligência de Cattell


(Visão multidimensional – 2 factores)

Inteligência Fluida (raciocínio indutivo, relações figurais,


analogias – capacidade para perceber relações, de formar conceitos, de
raciocinar e de proceder a abstracções)

Inteligência
(Cattell)

Inteligência Cristalizada (provas de vocabulário, dos juízos


baseados na experiência, associações remotas e prova de aritmética – a
resolução destas tarefas pressupõe a aquisição da “inteligência colectiva da
cultura”)

Os estudos de Horn e Cattell

a) A inteligência fluida apresenta o seu pico aos 20 anos,


com declínio posterior;
b) A inteligência cristalizada permanece constante, ou
aumenta, ao longo da vida adulta

As capacidades que diminuem rapidamente seriam vulneráveis e


irreversivelmente afectadas pela deterioração da base fisiológica,
atingindo todos os indivíduos, embora em proporções diferentes

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Os estudos de Horn e Cattell

 A inteligência fluida seria adquirida através de aprendizagens não


sistemáticas e reflectiria a acção conjunta da maturação e das
deteriorações do SNC; como estas se multiplicam a partir da idade
adulta, a IF declinaria;

 A inteligência cristalizada constituiria o resultado cumulativo da


aprendizagem sistemática, realizada essencialmente no meio
escolar, familiar e profissional. Resulta do processo de aculturação,
que ocorre ao longo de toda a vida

A abordagem psicométrica

Vários estudos mostram profundas divergências no


que concerne:

a) ao início das perdas intelectuais

b) à natureza e processo desse declínio

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Planos de investigação

 Métodos transversais: num mesmo momento, recolhe-se dados


sobre grupos de pessoas de diferentes idades – diferentes coortes

 Métodos longitudinais: recolhe-se dados de forma repetida, ao


longo do tempo, sobre o mesmo grupo de pessoas – mesma
coorte

 Métodos transverso-sequenciais: segue-se longitudinalmente


várias coortes, i. é, combina o estudo transversal e o longitudinal
a partir de várias coortes

Coorte:
grupo de pessoas nascidas num período particular da história

A que atribuir tão grande discrepância


dos resultados?

1) Ao não controlo, nos estudos transversais, da


variável geração ou coorte

2) À diminuição da amostra, nos estudos longitudinais,


devido ao abandono selectivo dos sujeitos que a
constituíam

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Planos transversais (evidenciam as diferenças entre grupos)

Vantagens Limitações

 Mais rápidos  Os adultos mais velhos mais


afastados do período de
escolaridade do que os mais
 Menos dispendiosos
jovens;
 Os testes de inteligência não
possuem validade ecológica
 Confundem os efeitos ligados à
coorte e os efeitos ligados à
idade

Planos longitudinais (evidenciam as mudanças na mesma pessoa ou


grupo)

Vantagens Limitações

 Segue a mesma coorte


 Mais dispendiosos
ao longo do tempo
 Amostra selectiva
 Mortalidade experimental
 Abandono selectivo da amostra
 Familiaridade com os testes de
inteligência

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Seattle Longitudinal Study


 Iniciado por Schaie, em 1956 até aos dias de hoje
 Sujeitos entre os 20 e os 88 A
 Teste de Aptidões Mentais Primárias de Thurstone [significado
verbal (IC), relações espaciais (IF), raciocínio indutivo (IF), números (IC) e fluidez
verbal (IF/IC)]

 Intervalos de 7 A

Resultados: progressos até ao final do decénio 30/princípios de 40;


estabilidade até meados do decénio 50/inícios de 60; a partir do final do
decénio 60 os declínios septenais são estatisticamente significativos

-Ausência de declínio no conjunto das 5 aptidões, mesmo aos 88 anos


- As competências fluidas declinam antes das cristalizadas
-Aos 80 e 90 anos, as perdas relacionam-se mais com tarefas desconhecidas ou
mais stressantes

Planos transverso-sequenciais
55 65 75 85 95
65 75 85 95
1920 75 85 95
85 95
95
45 55 65 75 85
55 65 75 85
1930 65 75 85
75 85
85
35 45 55 65 75
45 55 65 75
1940 55 65 75
65 75
75
25 35 45 55 65
35 45 55 65
1950 45 55 65
55 65
65
15 25 35 45 55
25 35 45 55
1960 35 45 55
45 55
55

1975 1985 1995 2005 2015

Idade quando iniciam o teste


Idade quando repetem o teste

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O modelo de inteligência de Baltes


(Integra a abordagem psicométrica e desenvolvimentista)

Dimensão mecânica
(capacidades intelectuais na forma em que são definidas sob um ponto de
vista psicométrico – capacidades fluidas de base neurológica: é o hardware
de base biológica que favorece a cognição)

Inteligência
(Baltes)

Dimensão pragmática
(funcionamento cognitivo relacionado com a solução de problemas e com a vida
quotidiana, depende largamente dos conteúdos sobre os quais incide, sendo
influenciada pela cultura – capacidades cristalizadas baseadas na experiência: é
o software ou conhecimentos que acumulamos ao longo dos anos)

O modelo de inteligência de Baltes

A diferenciação entre estas duas componentes permite

compreender porque é que o envelhecimento se traduz em

perdas ligadas à inteligência mecânica e em ganhos ligados

à inteligência pragmática.

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Mas poderá a experiência, ou a pragmática da inteligência,


compensar as perdas fluidas?

 SIM! Através de um processo de:

Selecção

Optimização

Compensação

Actividade
Arthur Rubinstein (1887-1982)

 Um dos melhores pianistas do século


XX.
 Foi internacionalmente aclamado pelas
suas performances de Chopin e Brahms
 A sua última aparacição pública deu-se
em 1976, com 89 anos de idade

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Será que a inteligência demonstra plasticidade?


O papel da estimulação cognitiva

Projecto ADEPT (Adult Development and Enrichment Project):

 500 sujeitos – 3 grupos (treino/formação, controle e auto-aprendizagem)

 16 testes de relações figurais, raciocínio indutivo e orientação espacial

Resultados:

 Todos os sujeitos treinados, melhoravam nas tarefas em que treinavam;

 As competências trabalhadas transferiam-se ara teses semelhantes

 As melhorias mantinham-se após 6 meses

Será que a inteligência demonstra plasticidade?


O papel da estimulação cognitiva

Efeitos positivos da estimulação:

 O declínio não é irreversível mas, em grande parte,


resultante do desuso

 A inteligência do adulto é muito mais plástica do que se


pensava

 O declínio intelectual reflecte mais diferenças de


desempenho do que de competência.

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Capacidades intelectuais mais afectadas


pela idade

 A dimensão mecânica da inteligência


 A informação não verbal, a capacidade de dar repostas
rápidas e resolver situações novas
 A aquisição de novos conceitos e a aplicação dos conceitos
existentes
 A capacidade de organizar informações, de se concentrar
 A resolução de tarefas não familiares e não sujeitas a treino
 A adaptação a novas situações
 A resolução de raciocínios abstractos

Fonte: Marchand (2001)

Capacidades intelectuais menos


afectadas com a idade

 A dimensão pragmática da inteligência


 A informação verbal
 As tarefas familiares
 O conhecimento acumulado
 As situações especializadas

Fonte: Marchand (2001)

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Abordagem Cognitivista

Na adultez, haverá estádios de


desenvolvimento cognitivo?

Características do pensamento pós-


formal (Labouvie-Vief, 1992; Sinnott, 1991)

1. Compreensão da natureza relativista do conhecimento

2. Aceitação da contradição enquanto parte da realidade

3. Integração da contradição em sistemas amplos

4. É interpessoal e orienta-se para os sentimentos

5. Procura-se formular novas questões e contemplar novas


perspectivas

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Pensamento Pós-formal: Confirmação


empírica?

 W. Perry (1968) – Pensamento relativista

Significam estas características que o pensamento pós-


formal é uma verdadeira etapa de desenvolvimento?

 Não se pode afirmar categoricamente.

Pode considerar-se uma capacidade/competência que detêm


alguns adultos e à qual poderão recorrer sempre que é necessário
que se desenvolvam na vida!

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A Sabedoria

“An expert knowledge system in the fundamental


pragmatics of life permitting exceptional insight, judgment,
and advice involving complex and uncertain matters of the
human condition.”

(Baltes & Smith, 1990, 95)

Sabedoria
5 critérios

1. Conhecimento factual (ex.: interacções sociais, normas sociais; o


efeito das emoções, as necessidades psicológicas das pessoas…)

2. Conhecimento procedimental (procedimentos para a resolução


de problemas: tomar decisões, planificar acções observar as suas
próprias reacções emocionais e as dos outros…)

3. Visão contextual da vida (situar os acontecimentos na sua rede


complexa de relações)

4. Visão relativa da vida (capacidade de separar a visão pessoal da


dos outros)

5. Tomada em consideração da incerteza na gestão da vida


(não há certezas absolutas, mas há que tomar decisões e assumi-las)

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Memória… Como muda com a


passagem da idade?...

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Abordagem de processamento da
informação

Como funciona a nossa memória?

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Memória sensorial

 Memória icónica

Retém os estímulos do meio, sem


análise semântica, durante
escassos segundos
 Memória ecóica

Memória a curto prazo

 Memória primária – envolve a retenção passiva de uma


pequena quantidade de informação (6 ou 7 unidades) e a sua
recordação imediata, tem pouca capacidade e é muito breve

 Memória de trabalho – envolve simultaneamente a retenção da


informação e a sua manipulação para armazená-la na MPL, resolver
problemas ou tomar uma decisão.

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Memória a Longo Prazo

Sistema que possui uma larga capacidade de armazenamento


da informação e onde esta pode ser retida durante longos
períodos de tempo.

Resultados:
 Memória sensorial:
 Não se registam diferenças, portanto, não há declínio

 Memória a curto prazo:


 As diferenças relacionam-se com a exigências das tarefas
(memória de trabalho)

 Memória a longo prazo:


 Diferenças significativas, com desvantagem para os mais velhos

Será que as dificuldades dos idosos se situam no


processo de armazenamento ou de recuperação da
informação?

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Processos
Como mudam com a idade?

 Codificação: as pessoas idosas parecem ser menos eficazes


que os mais jovens na codificação de nova informação, para a
recordar mais tarde (e.g., criar associações mentais, organizar o
material por ordem alfabética) (Craik e Jennings, 1992)

 Armazenamento: pode haver um “falhas” no processo de


armazenamento com a idade (Giambra e Arenberg, 1993)

Recuperação da informação
Estratégias

 Recordação/evocação (recall): capacidade para recuperar um


fragmento de informação

 Reconhecimento (recognition): capacidade para identificar um


fragmento da informação

Os idosos têm menos dificuldades em tarefas de reconhecimento do

que em tarefas de recordação da informação

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Evocação versus Reconhecimento

 Em Portugal, como se  Em Portugal, como se


chama o atual Presidente chama o atual Presidente
da República? da República?
 Marcelo Rebelo de Sousa   Aníbal Cavaco Silva
 Outro X  Mário Soares
 Marcelo Rebelo de Sousa 
 Jorge Sampaio

Como funciona a nossa


memória?

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M.L.P.
Perspetiva dos sistemas de memória (Tulvin, 1985)

 Memória procedimental ou implícita

 Memória semântica

 Memória episódica ou quotidiana

Resultados mais negativos quando se trata


da memória episódica

Resultados:
 D. Mitchell (1989):
 m. procedimental e m. semântica: sem diferenças
 m. episódica: afectada nos mais velhos

 Hutsch, Masson e Small (1991)


 m. procedimental deteriora-se com a idade

 Light (1991):
 A idade também afecta a m. semântica

Todavia, os resultados são mais negativos quando se trata


da memória episódica

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Medição da memória episódica:


limitações metodológicas

 Tarefas de memória demasiado afastadas da


vida real

 Interferência de factores como a motivação e a


ansiedade no desempenho dos mais velhos

 Situação artificial – provas de laboratório

Então, como funciona a memória em


situações reais?

Jan Sinnott (1986):

 Os jovens superavam os mais velhos apenas nos testes que


mediam factos irrelevantes

 No caso dos factos importantes, o desempenho dos mais


velhos igualava o dos mais jovens

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Como a idade afeta a


memória?
Sem declínio Declínio
ou declínio moderado a
ligeiro severo

Sensorial X

Trabalho
ordem crescente X
ordem decrescente X
organização X
elaboração X

Longo prazo
Episódica X
Semântica X
Procedimental X

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Declínio em alguns sistemas


de memória, porquê?

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E com a Memória Prospetiva? Há


declínio?

E a Memória Autobiográfica? Será que as


pessoas idosas falam mais do passado do
que as mais jovens?

Memória Prospectiva
Resultados:

Estudos de laboratório:
 Os mais velhos apresentam resultados mais negativos

Estudos fora do laboratório:


 Resultados mais optimistas: os idosos recordam tão bem
como os jovens

Papel preponderante da
MOTIVAÇÃO!

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Memória Autobiográfica
Resultados:

“As recordações da juventude mantêm-se particularmente


vivas na velhice.” – Verdadeiro ou Falso?

 Não existem diferenças significativas relativamente à distribuição


das recordações

 Os idosos tendem a recordar acontecimentos da adolescência e


da juventude com mais intensidade que acontecimentos que
tiveram lugar durante a meia-idade ou velhice.
Ponto alto das recordações
(“Reminiscence bump”)

INTERVENÇÕES
Estratégias para a estimulação da memória

 Conservar uma boa saúde física e emocional

 Manter-se mentalmente estimulado

 Utilizar ajudas internas (mnemónicas) e/ou externas

 Melhorar a auto-eficácia da memória

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Treino da memória
Objectivos gerais:

 Prevenir o surgimento e desenvolvimento de perturbações da


memória;

 Preservar a autonomia da pessoa que padece de um


problema de memória, ensinando-lhe a utilizar recursos
próprios;

 Poder conhecer o funcionamento da nossa memória

 Evitar ou reduzir as preocupações que se geram em torno desta


questão

Treino da Memória

Tipo de Funções Aprender


memória
Sensorial Registo Perceber e
compreender

M.C.P. Conservação Organizar e


aprender

M.L.P. Recordação Situar e integrar

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Para registar bem a informação

a) Estimulação sensorial:
 Escolher fotos velhas e novas de pessoas, lugares, objectos.
Observar e descrever, recordar as características, etc.
 Recitar um texto e repetir algumas palavras
 Cheirar odores, aromas, perfumes e evocar e odores
conhecidos
 Esconder objectos num saco com mais coisas e tentar
encontrá-los através do tacto

b) Atenção voluntária
 Fazer sopas de letras, completar figuras, unir pontos, ver
diferenças, etc.

Para conservar bem a informação

a) Estruturação:
 Apresentação de objectos e descrição de critérios como cor,
forma, uso e material
 Ordenar frases, palavras, letras...
 Reconstruir palavras com letras desordenadas
 Evocar palavras de 3, 4, 5,... letras

b) Técnicas associativas
 Apresentar palavras-chave e pedir que evoquem outras que
estão relacionadas
 Apresentar uma palavra abstracta e pedir que evoquem um
objecto que esta lhes sugere

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Para recordar bem a informação

a) Referências temporais
 Enunciar um texto com factos e datas e, seguidamente, fazer
perguntas sobre os mesmos
 Recordar-se da hora relativamente aos lugares pelos quais
passou ao longo do dia

b) Integração
 Atentar na primeira letra ou sílaba de uma palavra e pedir que
elenquem uma lista de outras palavras que comecem do
mesmo modo

Exercícios de memória
Mais alguns exemplos

 Rever um álbum de família e descrever as fotografias (estimulação


visual de registo), recordar os nomes (conservação) e agrupar por
grau de parentesco (organização das informações/recordações);

 Comentar as notícias depois da leitura do jornal (registo,


conservação mediante associação, integração da informação);

 Utilizar odores conhecidos para evocar recordações (estímulo


sensorial de registo)

 Fazer os passatempos dos jornais: palavras-cruzadas (atenção,


conservação da linguagem), “as diferenças”, et.

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Esquecimento normal versus demência

Mudanças normais com a idade Sintomas que poderão indicar


demência

Capacidade para funcionar de forma Dificuldade em desempenhar tarefas simples;


independente, apesar de lapsos ocasionais esquecer-se como fazer coisas que
costumava fazer
Capacidade de recordar e descrever Incapaz de recordar ou descrever
episódios de esquecimento acontecimentos específicos de episódios de
esquecimento
Pode precisar de mais tempo para recordar Perde-se ou desorienta-se em locais
direções, mas não se perde em locais conhecidos
conhecidos
Dificuldade ocasional em encontrar a Esquece-se frequentemente das palavras ou
palavra certa, mas não se perde numa emprega-as mal; repete frases e histórias na
conversa mesma conversa
Capacidade de julgamento e de tomada de Dificuldade em tomar decisões; pouca
decisões intacta capacidade de julgamento e poderá
comportar-se de forma desajustada

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Causas reversíveis de perdas de


memória

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