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3.

presença de obstrução funcional


ou anatômica grave das vias aéreas;
IOT 4. impossibilidade de manter a via
aérea pérvia;
A intubação orotraqueal é um
5. insuficiência respiratória aguda
procedimento médico que visa
grave e refratária;
estabelecer o controle definitivo da

via aérea, é um procedimento


comum nas unidade de emergência


e intensiva. A ventilação através do


tubo traqueal é o método mais


efetivo e confiável de ventilação,


tendo em vista que permite oferta


6. hipoxia e/ou hipercapnia;
de oxigênio e vetilação adequada

sem insuflação do estômago; reduz


aspiração pulmonar do conteúdo


gástrico; facilita a aspiração de


secreção e outras substâncias das


vias aéreas; possibilita melhor


controle do tempo inspiratório e dos


picos de pressão; e a aplicação de


7. escala de coma de Glasgow < 8;
pressão expiratória positiva final.

8. Instabilidade hemodinâmica grave


ou parada cardiorespiratória;

9. Antecipação de piora do pacientes


Assim como os demais
queimados ou em pacientes com
procedimentos médicos teremos
visível desconforto respiratório que
indicações para a sua realização:
poderão entrar em fadiga muscular;
1. procedimentos e cirurgias;
10. Necessidade de proteção das
2. controle inadequado da
vias aéreas.
ventilação pelo SNC;

OBS: a única contraindicação absoluta é:


AVALIAÇÃO DAS VIAS AÉREAS DO
transecção de traqueia. Outras
PACIENTE:
contraindicações são: fratura de face;
A avaliação da via aérea do paciente
cervical instável por lesão da coluna
pode ser feita através da técnica de
vertebral, que não contraindica a intubação,
LEMON ou simplismente pela
entretanto deve ser feita a estabilização da
classificação de Mallampati. Se for
cervical, em linha média, durante o
observado via aérea díficil, devemos
procedimento por um assistente que a
solicitar o kit de via aérea díficil e já
mantém em posição neutra.
pensar em possível complicações.

obs: durante o procedimento podemos usar a
classificação de Cormack-Lehane.
Para realizar o procedimento é

necessário que fique bem 1. LEMON:


sistematizado os 7 Ps' da IOT:

1. preparação;

2. pré-oxigenação;

3. pré-tratamento;

4. paralisia com indução;

5. posicionamento do paciente;

6. posicionamento do tubo com

L: localize externamente: boca ou


confirmação; mandíbula pequena, prognatismo e
7. pós-intubação. trauma facial;

E: exame as distâncias na regra de 3-3-2:
A distância entre os dentes incisivos
1. PREPARAÇÃO:
deve ser de pelo menos 3 dedos;
O primeiro passa deve assegurar A distância entre o osso hióide e o
que a intubação ocorra sem erros mento deve ser de pelo menos 3 dedos;
A distância entre a proeminência
de equipamentos, além de prever se
tireoidiana e o assoalho da boca deve
a intubação será difícil. Esse ponto é ser de pelo menos 2 dedos.
sistematizado em: avaliação, check-

M: Mallampati: visualização das


list de material, monitorização,
estruturas laríngeas, quanto maior o
preparo de drogas e acesso venoso. grau, menos se observa as estruturas e,
STOP-MAID: consequentemente, torna a intubação
S: sucção - deixe o aspirador pronto mais difícil.
T: teste todos os equipamentos

O: oxigênio pronto para pré-oxigenação

P: posicione tudo na mesa para facilitar o

procedimento (tubo em formato anatômico =

vírgula)

M: monitorize o pacinte com carioscopia e

oxímetro de pulso

A: avalie a via aérea do paciente O: obstrução: qulquer condição que leve


I: IV: acesso pérvio periférico com jelco 18 a obstrução da via aérea tornará a
D: drogas para utilização. laringoscopia e a ventilação difíceis.

N: no peito encoste o queixo - com o diâmetro interno,


mobilidade cervical: a mobilidade do normalmente em homens adultos
pescoço é importante para a intubação
usamos: 8 - 8,5 mm; e mulheres: 7-
ser bem-sucedidade, ela é avaliada ao
solicitar que o paciente flexione o 7,5 mm.
queixo no peito e, após, estender como OBS: O tamanho de tubo apropriado para
se fosse olhar para cima. crianças pode ser determinado através da

fórmula: ([idade em anos +16] ÷ 4 = tamanho

do tubo).


2. PRÉ-OXIGENAÇÃO:

Deve-se manter uma fração de


inspiração de oxigênio (FIO²) de


Os materiais necessários para
100% durante 3-5min, com isso,
intubação são:
consegue-se uma apneia de 3-5 min
1. luvas de procedimento;
antes que a saturação de oxigênio
2. óculos e máscara de proteção;
caia para <90%. Isso permite que
3. sistema de aspiração (sonda de
aumente a reserva de oxigênio e
aspiração conectada no vácuo);
prolongue o intervalo antes que
4. máscara com ambu;
ocorra dessaturação importante.
5. tubos endotraqueais; OBS: usa-se máscara que oferte O2 a 100%
6. seringa de 10 ml; sem realizar pressão positiva (sem ventilar o
7. fita de fixação do tubo; paciente).

8. estetoscópio;
3. PRÉ- TRATAMENTO:
9. laringoscópio com lâmina
É uma das etapas que vem caindo
adequada;
em desuso, porque dá a ideia de
10. introdutor de tubo traqueal
que a administração de drogas
eschmann - guia rápido (se
como fentanil e lidocaína é
disponível).
indispensável. Hoje, a indicação para

o fentanil é para pacientes com


O tubo traqueal deve ser estéril,
emergências hipertensivas. As duas
descartável e feito de cloreto de
principais drogas são: fentanil (1-3
polivinil, um material translúcido e
mcg/kg) e a lidocaína (1,5 mg/kg).
radiopaco. Na extremidade distal
Elas devem ser administradas três
pode haver um orifício chamada de
minutos antes da passagem do
olho de Murphy, que serva para
tubo.
reduzir o risco de atelectasia do lobo

superior direito e a probabilidade de


4. PARALISIA COM INDUÇÃO:
obstrução completa do tubo. Os
Em muitos casos é necessário usar
tubos são dimensionados de acordo
um bloquerado neuromuscular e
um sedativo para facilitar a pescoço.
intubação, estes fármacos relaxam a OBS: a posição tem como objetivo alinhar os
eixos: oral, laríngeo e faríngeo.
musculatura e auxiliam na
visualização das cordas vocais.
Deve-se lembrar que a sequência
correta é primeiro realizar a indução
e depois a paralisia, dessa forma é
administrada uma droga hipnótica,
seguida de um bloqueador
neuromuscular, em bólus e de
forma rápida. 6. POSICIONAMENTO DO TUBO
OBS: o bloqueador neuromuscular é
indispensável pois minimiza os riscos de
COM CONFIRMAÇÃO:
aspiração e hipotensão.

Antes de intubar, deve-se:



1. monitorar a frequência respiratória


e a saturação de oxigênio antes de


tentar realizar o procedimento. No


pacientes em parada cardíaca ou


insuficiência cardiopulmonar, não


deve-se perde tempo na


monitorização, pois estas situações


não geram pulsos detectáveis;


2. usar precauções universais para


reduzir risco de infecção;


3. Estilete (fio guia) para aumentar a


rigidez do tubo traqueal e ajudar a


guiá-lo através das cordas vocais;


cuidado para não ultrapassar a


ponta do estilete além da


extremidade distal do tubo;


4. três tamanhos de tubo, o estimado


pela fórmula, um de menor calibre e


outro de maior calibre;


5. Fitas, cardarços ou esparadrapo


para fixar o tubo, ou fixadores


apropriados;
5. POSICIONAMENTO DO 6. detector de CO2 (capnófrago).
PACIENTE:
Deve-se posicionar o paciente em Para realizar a intubação é
decúbito dorsal com 30° de necessário:
inclinação no dorso, em posição de 1. segurar o tubo com a mão
''sniff'' ou ''farejador''. É necessário direita e laringoscópio com a
que use um coxim na região mão esquerda;
occipital e faça a hiperextensão do 2. colocar o laringoscópio pela rima
labial direita e deslocar a língua para comprovar intubação, pontando a
esquerda; detecção do CO2 exalado deve ser
3. trancionar o laringoscópio para usada para confirmação primária
cima e para frente, a (capnografia).
aproximadamente 45°,

posicionando-o na valécula;

4. visualizar as cordas vocais (não

deve ser realizadas ás cegas);

5. introduzir o tubo até que a borda

proximal do cuff ultrapasse as

cordas vocais;

6. retirar o fio guia;

7. insuflar o cuff com seringa 6 a 10

ml de ar (20 mmHg);

8. Acoplar o ambu e insuflar,

auscutando epigástrio e base do 7. PÓS-INTUBAÇÃO:


pulmão esquedo e direito. Na fase final já foi confirmada a

intubação e fixaremos o tubo com
OBS: algumas manobras podem ser usadas esparadrapo ou acessórios próprios.
para facilitar a intubação, porém essa prática
ainda é controversa.
Nesse momento podemos solicitar

uma radiografia de tórax para
Após a intubação e o início da verificar a posição do tubo ou
ventilação com pressão positiva, é evidenciar alguma complicação.
feita avaliação clínica para

confirmação da posição apropriada Deve-se lembrar de colocar o


do tubo, que inclui: paciente em ventilação mecânica e
1. observação da expansão se manter toda a monitorização. Um
torácica; dos pontos crusiais é ficar atento á
2. ausculta do murmúrio vesicular ocorrência de hipotensão.
nos campos pulmonares, axilas e
COMPLICAÇÕES:
ápice bilaterais; 1. intubação esofágica não
3. ausculta da região epigástrica (se reconhecida;
o tubo tiver na traqueia haverá 2. hipoxemia, hipercapnia;
3. vômitos e aspiração;
ausência do murmúrio);
4. pneumonite e pneumonia;
4. detecção do CO2 exalado. 5. trauma nos dentes, lábios e cordas

vocais;
6. exarcebação de lesão cervical.
Lembrando que avaliação clínica
pode não ser o suficiente para

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