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Olá, querido(a) aluno(a) do curso de português do professoro Artur Gomes. Espero que
esteja do bem com você. É com grande satisfação que damos início ao nosso “Curso de
português”. Este curso fará com que você aprenda a língua portuguesa de um jeito prático,
simples e diferente, pois além de um material exclusivo e de excelente qualidade, com questões
das principais bancas do país, você conta com a experiência e a didática inovadora do professor
Artur Gomes.

A sua dedicação, aliada à dinâmica das aulas capacitarão você a gabaritar qualquer prova
de língua portuguesa. ACREDITE!!!

Para mantermos comunicação, você pode falar comigo nas minhas redes sociais:
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ATENÇÃO!!!

Gostaria de fazer um pedido: a prática de cópia, venda ou rateio do material é crime!


Não incentive pessoas de má fé a reproduzir meu material sem minha autorização. Lembre-se de
que você pagou por ele, é um sacrifício não só seu, mas meu também que dediquei meu tempo
para produzi-lo. A prática de cópia, venda ou rateio prejudica o nosso trabalho e é o ato mais
concreto de desvalorizá-lo.

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COMPETÊNCIA 6

Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização
cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.

Habilidade 18 – Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a


organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.

QUESTÃO 61

14 coisas que você não deve jogar na privada


Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais difícil
obter a água que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos:

• cotonete
• medicamento e preservativo;
• óleo de cozinha;
• ponta de cigarro;
• poeira de varrição de casa;
• fio de cabelo e pelo de animais;
• tinta que não seja à base de água;
• querosene, gasolina, solvente, tíner.

Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados
a pontos de coleta especiais, que darão a destinação final adequada.

MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago. 2013 (adaptado).

O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa da
linguagem, predomina também nele a função referencial, que busca

A) despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, induzindo-o a ter atitudes responsáveis que beneficiarão
a sustentabilidade do planeta.
B) informar o leitor sobre as consequências da destinação inadequada do lixo, orientando-o sobre como fazer o
correto descarte de alguns dejetos.
C) transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mostrando exemplos de atitudes sustentáveis do autor do texto
em relação ao planeta.
D) estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando certificar-se de que a mensagem sobre ações de
sustentabilidade está sendo compreendida.
E) explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os termos utilizados de forma a proporcionar melhor
compreensão do texto.

QUESTÃO 62

Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!

GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

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As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto
A) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
B) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
C) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
D) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
E) originalidade, pela concisão da linguagem.

QUESTÃO 63

Em junho de 1913, embarquei para a Europa a fim de me tratar num sanatório suíço. Escolhi o de Clavadel, perto
de Davos-Platz, porque a respeito dele me falara João Luso, que ali passara um inverno com a senhora. Mais tarde
vim a saber que antes de existir no lugar um sanatório, lá estivera por algum tempo Antônio Nobre. “Ao cair das
folhas", e um de seus mais belos sonetos, talvez o meu predileto, está datado de "Clavadel, outubro, 1895". Fiquei
na Suiça até outubro de 1914.

BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.

No relato de memórias do autor, entre os recursos usados para organizar a sequência dos eventos narrados,
destaca-se a:

A) construção de frases curtas a fim de conferir dinamicidade ao texto.


B) presença de advérbios de lugar para indicar a progressão dos fatos.
C) alternância de tempos do pretérito para ordenar os acontecimentos.
D) inclusão de enunciados com comentários e avaliações pessoais.
E) alusão a pessoas marcantes na trajetória de vida do escritor

QUESTÃO 64

TEXTO I
Horóscopo
Virgem (23/8 a 22/9)
Elemento: Terra.
Cor: Matizes do azul e prateado.
Pedras: Jaspe, ágata e topázio.
Dia de sorte: Quarta-feira.
Número da sorte: 5.
Personalidade: Prática, organizada e observadora.
Pontos negativos: Manipulação, fixação nas próprias falhas e indecisão.
Paquera: Gente nova no pedaço. Quem sabe não é um futuro namorado?
Escola: Mercúrio circula pelo seu signo. Oba! Você vai aprender com mais facilidade!
Galera: Você vai estar ocupada, mas uma voltinha com as amigas é bom para relaxar.
Dica: Seu charme está no seu jeito leve de ser. Saiba que nem todos são iguais a você.

TEXTO II
Gênero: HORÓSCOPO

O horóscopo é uma tradição que crê na relação entre os corpos celestes e a data de nascimento das pessoas.
Assim, por meio do signo de cada um, associa-se os significados astrológicos ao contexto da situação apresentada
em consulta. Independente de acreditar-se ou não nessa possível relação, o fato é que o horóscopo, enquanto
gênero textual do cotidiano, faz-se presente em nossa cultura e pode exercer grande influência na vida de alguém.

Pela leitura dos textos, pode-se concluir que são características do horóscopo enquanto gênero textual
A) a presença de antevisões proféticas acerca da vida em todas as instâncias e o uso de verbos no futuro do
pretérito que expressam desejos.
B) a recorrência nas ordens sobre como agir na vida social, familiar e afetiva, bem como o uso de verbos que
indicam dúvida e inconstância.
C) a presença de boas e/ou más previsões, verbos no imperativo expressando conselho e o uso de adjetivos.
D) o forte tom moralizante e a expressão subjetiva acerca das dúvidas sobre o destino e a existência humana.

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E) a recorrência ao uso de verbos na terceira pessoa para denotar impessoalidade, bem como a presença marcante
de verbos dicendi que introduzem as falas daqueles que elaboram as previsões astrológicas.

QUESTÃO 65

Cada indivíduo é responsável por sua conduta


Atribuir à sociedade como um todo a culpa por certos comportamentos errôneos não parece, em minha maneira
de pensar, uma atitude sensata. Costumamos ouvir por aí coisas do tipo “O Brasil não tem mais jeito”, “O povo
brasileiro é corrupto por natureza”, “Todas as pessoas são egoístas” e frases afins. Essa é uma visão já cristalizada
no pensamento de boa parte de nosso povo.
Entretanto, se há equívocos, se existem erros, se modos ilícitos são verificados, eles sempre terão partido de um
indivíduo. Mesmo que depois essas práticas se propaguem, somente serão contaminados por elas aqueles que
assim o desejarem. Uma corporação que, por exemplo, está sob investigação criminal em decorrência da ação de
alguns de seus componentes, não estará necessariamente corrompida em sua totalidade. Aliás, a meu juízo, isso
é quase impossível de acontecer.
É preciso compreender que nem todo mundo se deixa influenciar por ações fraudulentas. De repente, o que alguém
acha interessante pode ser considerado totalmente inviável por outra pessoa e não acredito que seja justo um ser
humano ser responsabilizado apenas por fazer parte de um grupo “contaminado”, mesmo sem ele, o cidadão, ter
exercido qualquer coisa que comprometa a sua idoneidade moral.
Todos sabemos que um indivíduo é constituído suficientemente para pagar por suas falcatruas. Por isso, não
concordo que haja julgamento geral. É preciso que saibamos separar o bom do ruim, o honesto do corrupto, o
bom-caráter do mau-caráter, o dissimulado do verdadeiro. Todos têm consciência do que seja certo ou errado e
devem carregar sozinhos o fardo de terem sido desleais, incorretos e vulgares, sem manchar a imagem daqueles
que, por vias do destino, constituem certas facções que não apresentam, totalitariamente, uma conduta legal.

SOUZA, C. Disponível em: http://centraldasletras.blogspot.com.br. Acesso em: 3 jul. 2016.

O artigo de opinião é um gênero textual em que certa pessoalidade (cuidadosa, é claro) é necessária. São marcas
de pessoalidade do artigo apresentado os seguintes trechos:
A) “em minha maneira de pensar”, “a meu juízo”, “não acredito que seja justo”.
B) “O Brasil não tem mais jeito”, “a meu juízo”, “Todas as pessoas são egoístas”.
C) “Essa é uma visão já cristalizada no pensamento de boa parte de nosso povo”, “não acredito que seja justo”,
“Todos têm consciência do que seja certo ou errado”.
D) “É preciso compreender que nem todo mundo se deixa influenciar por ações fraudulentas”, “em minha maneira
de pensar”, “O Brasil não tem mais jeito”.
E) “Todos sabemos que um indivíduo é constituído suficientemente para pagar por suas falcatruas”, “Todas as
pessoas são egoístas”, em minha maneira de pensar”.

Habilidade 19 – Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas


de interlocução.

QUESTÃO 66

O que é xenofobia?
Xenofobia quer dizer aversão a outras raças e culturas. Muitas vezes é característica
de um nacionalismo excessivo. A xenofobia é um medo intensivo, descontrolado e
desmedido em relação a pessoas ou grupos diferentes, com as quais habitualmente
não se contata.

O caráter metalinguístico do texto anterior justifica-se pela


A) discussão da dificuldade de se praticar o nacionalismo no mundo contemporâneo.
B) defesa do movimento nacionalista que valoriza a diversidade cultural.
C) abordagem de um tema desvinculado das discussões cotidianas.
D) preocupação com a explicação do significado do termo “xenofobia”.
E) desvalorização de uma temática que afeta diferentes povos na atualidade.

Disponível em: http://image.slidesharecdn.com

QUESTÃO 67

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O apanhador de desperdícios
(Manoel de Barros)

Uso a palavra para compor meus silêncios.


Não gosto das palavras fatigadas de informar.
Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.

Predomina nesse poema de Manoel de Barros a função da linguagem que


A) ressalta a importância do enunciatário.
B) invisibiliza as combinações sonoras, rítmicas e semânticas.
C) abdica do registro das impressões do enunciador.
D) destaca a impessoalidade e a imparcialidade.
E) propõe uma discussão sobre o fazer poético.

QUESTÃO 68

Disponível em: http://www.doistercos.com.br/wp-content/uploads/2012/11/saude.jpg.

É comum encontrar nos textos a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com predomínio,
entretanto, de uma sobre as outras. Na mensagem “Cuide-se e siga em frente”, a função da linguagem
predominante é a conativa, pois:
A) o emissor preocupa-se em explicar o código linguístico.
B) a atitude do locutor se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
C) o receptor é o foco do locutor na construção da mensagem.
D) o canal é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
E) o enunciador destaca a importância do referente no processo comunicativo.

QUESTÃO 69

Aula de português

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
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Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,


em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.

Em relação à função da linguagem implicada no texto, pode-se afirmar, com correção, que predomina a função
A) conativa.
B) expressiva.
C) fática.
D) metalinguística.
E) referencial.

QUESTÃO 70

A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores
chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos
mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e
migrações.

DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Predomina no texto a função da linguagem


A) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia.
B) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
C) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.
D) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.
E) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.

Habilidade 20 – Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória


e da identidade nacional.

QUESTÃO 71

A partir da concepção do reconhecimento da importância do patrimônio


linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional,
percebe-se na charge acima uma associação entre conceitos que:
A) exaltam a importância da leitura e da escrita como manifestação da
força de um povo.
B) omitem a real importância da escrita em detrimento da supervalorização
da leitura.
C) avaliam de forma superficial as ideias acerca da leitura ao atribuírem-
lhe preceitos sociais.
D) promovem uma ideia de que a ascensão social é irrelevante diante dos
saberes humanos.
E) impõem hipóteses falhas de que a leitura e a escrita serviriam de critério
de avaliação social.

QUESTÃO 72

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As narrativas indígenas se sustentam e se perpetuam por uma tradição de transmissão oral (sejam as histórias
verdadeiras dos seus antepassados, dos fatos e guerras recentes ou antigos; sejam as histórias de ficção, como
aquelas da onça e do macaco). De fato, as comunidades indígenas nas chamadas “terras baixas da América do
Sul" (o que exclui as montanhas dos Andes, por exemplo) não desenvolveram sistemas de escrita como os que
conhecemos, sejam alfabéticos (como a escrita do português), sejam ideogramáticos (como a escrita dos chineses)
ou outros. Somente nas sociedades indígenas com estratificação social (ou seja, já divididas em classes), como
foram os astecas e os maias, é que surgiu algum tipo de escrita. A história da escrita parece mesmo mostrar
claramente isso: que ela surge e se desenvolve – em qualquer das formas – apenas em sociedades estratificadas
(sumérios, egípcios, chineses, gregos, etc.). O fato é que os povos indígenas no Brasil, por exemplo, não
empregavam um sistema de escrita, mas garantiram a conservação e continuidade dos conhecimentos acumulados,
das histórias passadas e, também, das narrativas que sua tradição criou, através da transmissão oral. Todas as
tecnologias indígenas se transmitiram e se desenvolveram assim. E não foram poucas: por exemplo, foram os
índios que domesticaram plantas silvestres e, muitas vezes, venenosas, criando o milho, a mandioca (ou
macaxeira), o amendoim, as morangas e muitas outras mais (e também as desenvolveram muito; por exemplo,
somente do milho criaram cerca de 250 variedades diferentes em toda a América).

D'Angelis, W. R. Histórias dos índios lá em casa: narrativas indígenas e tradição oral popular no Brasil. Disponível em: www.portalkaingang.org.

A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas
sociedades indígenas brasileiras, a oralidade possibilitou

A) a conservação e a valorização dos grupos detentores de certos saberes.


B) a preservação e a transmissão dos saberes e da memória cultural dos povos.
C) a manutenção e a reprodução dos modelos estratificados de organização social.
D) a restrição e a limitação do conhecimento acumulado a determinadas comunidades.
E) o reconhecimento e a legitimação da importância da fala como meio de comunicação.

QUESTÃO 73

Cordel resiste à tecnologia gráfica

O Cariri mantém uma das mais ricas tradições da cultura popular. É a literatura de cordel, que atravessa os séculos
sem ser destruída pela avalanche de modernidade que invade o sertão lírico e telúrico. Na contramão do progresso,
que informatizou a indústria gráfica, a Lira Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos Cordelistas do Crato
conservam, em suas oficinas, velhas máquinas para impressão dos seus cordéis.
A chapa para impressão do cordel é feita à mão, letra por letra, um trabalho artesanal que dura cerca de uma hora
para confecção de uma página. Em seguida, a chapa é levada para a impressora, também manual, para imprimir.
A manutenção desse sistema antigo de impressão faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa é a confecção
da xilogravura para a capa do cordel.
As xilogravuras são ilustrações populares obtidas por gravuras talhadas em madeira. A origem da xilogravura
nordestina até hoje é ignorada. Acredita-se que os missionários portugueses tenham ensinado sua técnica aos
índios, como uma atividade extra-catequese, partindo do princípio religioso que defende a necessidade de ocupar
as mãos para que a mente não fique livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao
clichê, placa fotomecanicamente gravada em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era utilizada nos jornais
impressos em rotoplanas.

VICELMO, A. Disponível em: www.onordeste.com. Acesso em: 24 fev. 2013 (adaptado)

A estratégia gráfica constituída pela união entre as técnicas da impressão manual e da confecção da xilogravura
na produção de folhetos de cordel.

A) realça a importância da xilogravura sobre o clichê.


B) oportuniza a renovação dessa arte na modernidade.
C) demonstra a utilidade desses textos para a catequese.
D) revela a necessidade da busca das origens dessa literatura.
E) auxilia na manutenção da essência identitária dessa tradição popular.

QUESTÃO 74

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Manta que costura causos e histórias no seio de uma família serve de metáfora da memória em
obra escrita por autora portuguesa

O que poderia valer mais do que a manta para aquela família? Quadros de pintores famosos? Joias de rainha?
Palácios? Uma manta feita de centenas de retalhos de roupas velhas aquecia os pés das crianças e a memória da
avó, que a cada quadrado apontado por seus netos resgatava de suas lembranças uma história. Histórias
fantasiosas como a do vestido com um bolso que abrigava um gnomo comedor de biscoitos; histórias de
traquinagem como a do calção transformado em farrapos no dia em que o menino, que gostava de andar de
bicicleta de olhos fechados, quebrou o braço; histórias de saudades, como o avental que carregou uma carta por
mais de um mês ... Muitas histórias formavam aquela manta. Os protagonistas eram pessoas da família, um tio,
uma tia, o avô, a bisavó, ela mesma, os antigos donos das roupas. Um dia, a avó morreu, e as tias passaram a
disputar a manta, todas a queriam, mais do que aos quadros, joias e palácios deixados por ela. Felizmente, as tias
conseguiram chegar a um acordo, e a manta passou a ficar cada mês na casa de uma delas. E os retalhos, à
medida que iam se acabando, eram substituídos por outros retalhos, e novas e antigas histórias foram sendo
incorporadas à manta mais valiosa do mundo.
LASEVICIUS, A. Língua Portuguesa, São Paulo, n. 76, 2012 (adaptado).

A autora descreve a importância da manta para aquela família, ao verbalizar que “novas e antigas histórias foram
sendo incorporadas à manta mais valiosa do mundo”. Essa valorização evidencia-se pela

A) oposição entre os objetos de valor, como joias, palácios e quadros, e a velha manta.
B) descrição detalhada dos aspectos físicos da manta, como cor e tamanho dos retalhos.
C) valorização da manta como objeto de herança familiar disputado por todos.
D) comparação entre a manta que protege do frio e a manta que aquecia os pés das crianças.
E) correlação entre os retalhos da manta e as muitas histórias de tradição oral que os formavam.

QUESTÃO 75

PINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra.


BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você.
EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com ele.
BENONA: Mas Eurico, nós lhe devemos certas atenções.
EURICÃO: Você, que foi noiva dele. Eu não!
BENONA: Isso são coisas passadas.
EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu.

Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um
patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco
atrás dele, sedento, atacado de verdadeira hidrofobia.
Vive farejando ouro, como um cachorro da molest’a, como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está
enganado. Santo Antônio há de proteger minha pobreza e minha devoção.

SUASSUNA, A. O santo e a porca. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento).

Nesse texto teatral, o emprego de expressões “ o peste “ e cachorro da molest’a contribui para

A) marcar a classe social das personagens.


B) caracterizar usos linguísticos de uma região.
C) enfatizar a relação familiar entre as personagens.
D) sinalizar a influência do gênero nas escolhas vocabulares.
E) demonstrar o tom autoritário da fala de uma das personagens.

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GABARITO | COMPETÊNCIA 6

61 B
62 D
63 C
64 C
65 A
66 D
67 E
68 C
69 D
70 E
71 A
72 B
73 E
74 E
75 B

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