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DMA-C98-400/N

NOV 2011

INSTALAÇÕES DE TELECOMUNICAÇÕES

Unidade Remota de Teleação e Automatismos para Subestação

Características e ensaios

Elaboração: DAT, DTI Homologação: conforme despacho do CA de 2011-11-28

Edição: 3ª. Substitui a edição de JAN 2006

Emissão: EDP distribuição - Energia, S.A.


DTI - Direção de Tecnologia e Inovação
R. Camilo Castelo Branco, nº 43-1º • 1050-044 Lisboa • Tel.: 210021500 • Fax: 210021444
E-mail: dti@edp.pt
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ÍNDICE

0 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 5

1 OBJETIVO .................................................................................................................................................................. 5

2 CAMPO DE APLICAÇÃO ............................................................................................................................................ 5

3 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ............................................................................................................ 5


3.1 Documentos EDP ................................................................................................................................................ 5
3.2 Normas portuguesas ........................................................................................................................................... 5
3.3 Normas europeias ............................................................................................................................................... 6
3.4 Normas internacionais ........................................................................................................................................ 6
3.5 Normas ISO ......................................................................................................................................................... 7

4 TERMOS E DEFINIÇÕES ............................................................................................................................................ 7

5 SÍMBOLOS E ABREVIATURAS ................................................................................................................................... 8

6 CONDIÇÕES GERAIS.................................................................................................................................................. 9
6.1 Condições gerais de funcionamento .................................................................................................................. 9
6.1.1 Condições ambientais climáticas .................................................................................................................. 9
6.1.2 Condições ambientais mecânicas ................................................................................................................. 9
6.1.3 Condições de compatibilidade eletromagnética .......................................................................................... 9
6.1.3.1 Imunidade a transitórios conduzidos e perturbações de alta frequência ............................................. 9
6.1.3.2 Imunidade a descargas eletrostáticas.................................................................................................... 9
6.1.3.3 Imunidade a campos magnéticos .......................................................................................................... 9
6.1.3.4 Imunidade a campos eletromagnéticos radiados ................................................................................ 10
6.1.4 Condições de alimentação .......................................................................................................................... 10
6.1.4.1 Alimentação DC.................................................................................................................................... 10

7 CARACTERÍSTICAS .................................................................................................................................................. 10
7.1 Conceção e construção ..................................................................................................................................... 10
7.1.1 Generalidades .............................................................................................................................................. 10
7.1.2 Propriedades mecânicas ............................................................................................................................. 10
7.1.3 Propriedades dielétricas .............................................................................................................................. 10
7.1.4 Proteção contra os choques elétricos......................................................................................................... 11
7.1.5 Graus de proteção ....................................................................................................................................... 11
7.1.6 Humidade ..................................................................................................................................................... 11
7.1.7 Grau de poluição.......................................................................................................................................... 11
7.2 Tipos de URTA ................................................................................................................................................... 11
7.3 Constituição ...................................................................................................................................................... 12
7.3.1 Invólucro ...................................................................................................................................................... 12
7.3.2 Bastidor ........................................................................................................................................................ 12
7.3.2.1 Calhas ................................................................................................................................................... 12
7.3.2.2 Parafusos, porcas e anilhas .................................................................................................................. 12
7.3.2.3 Unidades de Aquisição e Comando ..................................................................................................... 12
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7.3.2.4 Unidade Central ................................................................................................................................... 13


7.3.2.5 Interface Humano-Máquina/Posto de Comando Local ....................................................................... 13
7.3.2.6 Rede de comunicação local.................................................................................................................. 14
7.3.2.7 Ligação ao processo (interligação URTA-Subestação) ......................................................................... 14
7.3.2.8 Comunicação com o Centro de Condução ........................................................................................... 14
7.4 Características dimensionais ............................................................................................................................ 14
7.4.1 Armários ....................................................................................................................................................... 14
7.4.2 Bastidores e painéis ..................................................................................................................................... 14
7.4.3 Gavetas e cartas eletrónicas ....................................................................................................................... 14

8 MARCAÇÃO ............................................................................................................................................................ 14
8.1 URTA .................................................................................................................................................................. 14
8.2 Outras marcações ............................................................................................................................................. 15

9 EMBALAGEM .......................................................................................................................................................... 15

10 ENSAIOS .................................................................................................................................................................. 15
10.1 Generalidades ................................................................................................................................................... 15
10.2 Caracterização do equipamento para a realização dos ensaios dielétricos e de imunidade......................... 15
10.2.1 Definição dos terminais acessíveis do exterior .......................................................................................... 15
10.2.2 Definição dos grupos galvanicamente independentes .............................................................................. 15
10.3 Execução dos ensaios ....................................................................................................................................... 16
10.4 Ensaios de tipo .................................................................................................................................................. 16
10.4.1 Ensaio visual ................................................................................................................................................. 16
10.4.2 Verificação da indelebilidade da marcação ................................................................................................ 17
10.4.3 Ensaios climáticos ........................................................................................................................................ 17
10.4.3.1 Calor seco ............................................................................................................................................. 17
10.4.3.2 Frio ....................................................................................................................................................... 17
10.4.3.3 Calor húmido........................................................................................................................................ 17
10.4.4 Ensaios mecânicos ....................................................................................................................................... 17
10.4.4.1 Vibração (sinusoidal) ............................................................................................................................ 17
10.4.4.2 Choque ................................................................................................................................................. 17
10.4.4.3 Queda livre ........................................................................................................................................... 18
10.4.5 Verificação dos graus de proteção .............................................................................................................. 18
10.4.5.1 Código IP .............................................................................................................................................. 18
10.4.6 Ensaios dielétricos ....................................................................................................................................... 18
10.4.6.1 Ensaio à onda de choque ..................................................................................................................... 18
10.4.6.2 Ensaio à frequência industrial .............................................................................................................. 18
10.4.7 Ensaios de imunidade .................................................................................................................................. 18
10.4.7.1 Ensaios de imunidade a transitórios conduzidos e perturbações de alta frequência ......................... 18
10.4.7.2 Ensaio de imunidade a descargas eletrostáticas ................................................................................. 19
10.4.7.3 Ensaios de imunidade a campos magnéticos ...................................................................................... 19
10.4.7.4 Ensaio de imunidade a campos eletromagnéticos radiados ............................................................... 20

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10.5 Ensaios de série ................................................................................................................................................. 20


10.5.1 Ensaios de funcionamento .......................................................................................................................... 20
10.5.2 Ensaios do software do equipamento da unidade central ........................................................................ 20
10.5.2.1 Verificação da deteção e aquisição de mudanças de estado .............................................................. 20
10.5.2.2 Verificação da invalidação de sinalizações .......................................................................................... 21
10.5.2.3 Verificação do comportamento das saídas lógicas em presença de anomalias .................................. 21
10.5.2.4 Verificação do comportamento das entradas analógicas.................................................................... 21
10.5.2.5 Verificação do tratamento dos comandos elaborados pelos automatismos ...................................... 23
10.5.2.6 Verificação da precisão de conversão das medidas analógicas ........................................................... 23
10.5.2.7 Verificação da aquisição das medidas analógicas ................................................................................ 23
10.5.2.8 Verificação do funcionamento do equipamento em situação de defeito ........................................... 23
10.5.2.8.1 Defeitos nos módulos de entradas lógicas ..................................................................................... 23
10.5.2.8.3 Defeitos nos módulos de medidas ................................................................................................. 23

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0 INTRODUÇÃO
O presente documento foi elaborado com vista a uma uniformização das características e ensaios aplicáveis a
Unidades Remotas de Teleação e Automatismos, no seguimento designadas por URTA para instalação em
Subestações da EDP Distribuição.

O presente documento anula e substitui o documento DMA-C98-400, edição de janeiro de 2006.

As principais modificações introduzidas à versão anterior do documento resultaram da actualização dos


documentos e das normas de referência, nomeadamente, do Projeto-Tipo de Subestações.

1 OBJETIVO
O presente documento destina-se a estabelecer as características e os ensaios aplicáveis às Unidades Remotas de
Teleação e Automatismos (URTA) para instalação em Subestações da EDP Distribuição.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
O presente documento aplica-se a Unidades Remotas de Teleação e Automatismos (URTA) para instalação em
Subestações da EDP Distribuição.

3 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA


O presente documento inclui disposições de outros documentos, referenciados nos locais apropriados do seu
texto, os quais se encontram a seguir listados, com indicação das respetivas datas de edição.

Quaisquer das referidas edições só serão aplicáveis, no âmbito do presente documento, se forem objeto de
inclusão específica, por modificação ou aditamento ao mesmo.

3.1 Documentos EDP

Documento Edição Título


----------- 2007 Projeto-tipo de subestações AT/MT.

DEF-C98-400 2011 Unidade Remota de Teleação e Automatismos para Subestação –


Especificação funcional.

DEF-C13-557 2006 Interface Humano-Máquina/Posto de Comando Local – Especificação


funcional

3.2 Normas portuguesas

Norma Edição Título


NP EN 50160 2001 Características da tensão fornecida pelas redes de distribuição pública de
(Ed. 2) energia elétrica.

NP EN 60529 1994 Graus de proteção assegurados pelos invólucros (Código IP).


(Ed. 1)

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3.3 Normas europeias

Norma Edição Título


EN 50102 1995 Degrees of protection provided by enclosures for electrical equipment against
(Ed. 1) external mechanical impacts (IK code).
Nota: esta norma possui uma modificação – AM1:1998.

EN ISO 3506-3 1997 Mechanical properties of corrosion-resistant stainless-steel fasteners. Part 3: Set
(Ed. 1) screws and similar fasteners not under tensile stress (ISO 3506-3:1997).

3.4 Normas internacionais

Norma Edição Título


( )
IEC 60068-2-1 * 1990 Environmental testing – Part 2: Tests – Test A: Cold.
Nota: esta norma possui duas modificações – AM1:1993 e AM2:1994.

IEC 60068-2-2 (*) 1974 Basic environmental testing procedures – Part 2: Tests – Test B: Dry heat.
Nota: esta norma possui duas modificações – AM1:1993 e AM2:1994.

IEC 60068-2-30 (*) 1980 Basic environmental testing procedures. Part 2: Tests, Test Db and guidance:
Damp heat, cyclic (12+12 hour cycle).
Nota: esta norma possui uma modificação – AM1:1985.

IEC 60068-2-32 (*) 1975 Environmental testing. Part 2: Tests. Test Ed: Free fall.
Nota: esta norma possui uma modificação – AM2:1990.

IEC 60255-5 (*) 2000 Electrical relays – Part 5: Insulation coordination for measuring relays and
protection equipment – Requirements and tests.

IEC 60255-21-1 (*) 1988 Electrical relays – Part 21: Vibration, shock, bump and seismic test on measuring
relays and protection equipment. Section one – Vibration tests (sinusoidal).

IEC 60255-21-2 (*) 1988 Electrical relays – Part 21: Vibration, shock, bump and seismic test on measuring
relays and protection equipment. Section two – Shock and bump tests.

IEC 60297-1 1986 Dimensions of mechanical structures of the 482.6 mm (19 in) series – Part 1:
Panels and racks.

IEC 60297-2 1982 Dimensions of mechanical structures of the 482.6 mm (19 in) series – Part 2:
Cabinets and pitches of rack structures.

IEC 60297-3-101 2004 Mechanical structures for electronic equipment - Dimensions of mechanical
structures of the 482.6 mm (19 in) series – Part 3 -101: Subracks and associated
plug-in units.

IEC 60870-2-1 (*) 1995 Telecontrol equipment and systems – Part 2: Operating conditions – Section 1:
Power supply and electromagnetic compatibility.

IEC 60870-2-2 (*) 1996 Telecontrol equipment and systems – Part 2: Operating conditions – Section 2:
Environmental conditions (climatic, mechanical and other non-electrical
influences).

IEC 60439-1 2004 Low-voltage switchgear and controlgear assemblies – Part 1: Type-tested and
(Ed. 4.1) partially type-tested assemblies.
IEC 60664-1 2002 Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 1:
(Ed. 1.2)
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Principles, requirements and tests.


Nota: esta norma possui duas modificações – AM1:2000 e AM2:2002.
( )
IEC 60715 * 1981 Dimensions of low-voltage switchgear and controlgear. Standardized mounting
on rails for mechanical support of electrical devices in switchgear and
controlgear installations.
Nota: esta norma possui uma modificação – AM1:1995.
( )
IEC 61000-4-2 * 1995 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4: Testing and measurement
techniques. Section 2: Electrostatic discharge immunity test. Basic EMC
publication.
IEC 61000-4-3 (*) 2002 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-3: Testing and measurement
techniques. Radiated, radio-frequency, electromagnetic field immunity test.
Nota: esta norma possui uma modificação – AM1:2002.
IEC 61000-4-4 (*) 1995 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4: Testing and measurement
techniques. Section 4: Electrical fast transient/burst immunity test. Basic EMC
publication.
IEC 61000-4-5 (*) 1995 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4: Testing and measurement
techniques. Section 5: Surge immunity test.
IEC 61000-4-8 (*) 2001 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4: Testing and measurement
techniques. Section 8: Power frequency field immunity test.
Nota: esta norma possui uma modificação – AM1:2000.
IEC 61000-4-10 (*) 2001 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4: Testing and measurement
techniques. Section 10: Damped oscillatory magnetic field immunity test.
Nota: esta norma possui uma modificação – AM1:2000.
IEC 61000-4-12 (*) 2001 Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4: Testing and measurement
techniques. Section 12: Oscillatory waves immunity test.
Nota: esta norma possui uma modificação – AM1:2000.
IEC 62103 2003 Electronic equipment for use in power installations.
IEC 62208 2002 Empty enclosures for low-voltage switchgear and controlgear assemblies -
General requirements.
( )
* Estas normas são também normas europeias com o mesmo número - ainda que, eventualmente, com data diferente.

3.5 Normas ISO

Norma Edição Título


ISO 8601 2004 Data elements and interchange formats − Information interchange −
(Ed. 3) Representation of dates and times.

4 TERMOS E DEFINIÇÕES
Para efeitos do presente documento, são aplicáveis os seguintes termos e definições:

4.1
URTA
Unidade Remota de Teleação e Automatismos para instalação em subestações da EDP Distribuição, constituída
por diversas unidades/equipamentos (Unidade Central, Unidades de Aquisição e Comando, Interface Humano-
Máquina/Posto de Comando Local), as quais, no seu conjunto, possibilitam a execução de automatismos locais e a
supervisão e comando da subestação, no local ou remotamente.

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4.2
invólucro
parte destinada a assegurar a proteção da URTA contra certas influências externas e assegurar, sobre todas as
suas faces, uma proteção contra os contactos directos com um grau de proteção mínimo IP2X (IEC 60439-1,
secção 2.4.5).

4.3
equipamento de classe II
equipamento, cuja proteção contra o choque elétrico não reside unicamente na isolação principal, dispondo
também de medidas de segurança suplementares, tais como, duplo isolamento ou isolamento reforçado. Essas
medidas não incluem a utilização de dispositivos para ligação à terra de proteção nem dependem das condições
de instalação (IEC 62103, secção 3.57).

4.4
ensaios de tipo
ensaios realizados a fim de demonstrarem características satisfatórias tendo em conta as aplicações previstas.
São ensaios de natureza tal que, uma vez realizados, não precisam de ser repetidos, a não ser que ocorram
mudanças nas matérias-primas, na conceção ou no processo de fabrico, que possam alterar as características da
URTA.

4.5
ensaios de série (também designados por ensaios de rotina)
ensaios previstos para serem efectuados de maneira repetitiva sobre os produtos fabricados em série, quer sob a
forma de ensaios individuais, quer sob a forma de ensaios por amostra, com vista a verificar que uma dada
fabricação satisfaz critérios definidos.

5 SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
No presente documento são usadas as seguintes abreviaturas:
DMA Documento normativo de características e ensaios de materiais e aparelhos da EDP Distribuição
DEF Documento normativo de especificação funcional de materiais e aparelhos da EDP Distribuição
URTA Unidade Remota de Teleação e Automatismos para instalação em Subestações da EDP Distribuição
EN Norma europeia
IEC Comissão eletrotécnica internacional
IP Índice (grau) de proteção 1)
ISO Organização internacional de normalização
NP Norma portuguesa
UAC Unidade de Aquisição e Comando
UC Unidade Central
IHM/PCL Interface Humano-Máquina/Posto de Comando Local
CC Entradas de alimentação em corrente contínua
EL Entradas lógicas - sinalizações
EA Entradas analógicas - medidas
SL Saídas lógicas - comandos

1) De acordo com a norma NP EN 60529.

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6 CONDIÇÕES GERAIS

6.1 Condições gerais de funcionamento


As URTA objeto da presente especificação serão instaladas no edifício de comando e controlo das subestações
AT/MT com as características ambientais climáticas, mecânicas, de compatibilidade eletromagnética e de
alimentação indicadas no seguimento.

6.1.1 Condições ambientais climáticas


Aplica-se o disposto na norma IEC 60870-2-2 (1996):
 no relativo às condições ambientais de funcionamento, considera-se a URTA incluída na classe C1 (3K5): -5 ºC a
+45 ºC.
 no relativo às condições ambientais de armazenamento, considera-se a URTA incluída na classe C3 (1K5):
-40 ºC a +70 ºC.
 no relativo às condições ambientais de transporte, considera-se a URTA incluída na classe Ct2 (2K4): -40 ºC a
+70 ºC.

A comprovação da satisfação das condições ambientais climáticas anteriormente referidas será efectuada através
da realização dos ensaios especificados na secção 10.4.3 do presente documento.

6.1.2 Condições ambientais mecânicas


Aplica-se o disposto na norma IEC 60870-2-2 (1996).

No relativo às condições ambientais mecânicas, e de acordo com o tipo de local de instalação e condições de
transporte a que o equipamento pode estar sujeito, considera-se a URTA incluída na classe Cm .

A comprovação da satisfação das condições ambientais mecânicas anteriormente referidas será efectuada através
da realização dos ensaios especificados nas secções 10.4.4 do presente documento.

6.1.3 Condições de compatibilidade eletromagnética


Aplica-se o disposto na secção 5 da norma IEC 60870-2-1 (1995).

6.1.3.1 Imunidade a transitórios conduzidos e perturbações de alta frequência


Aplica-se o disposto na tabela 12 da norma IEC 60870-2-1, para o nível de severidade 4.

A comprovação da satisfação das condições anteriormente referidas será efectuada através da realização dos
ensaios especificados na secção 10.4.7.1 do presente documento.

6.1.3.2 Imunidade a descargas eletrostáticas


Aplica-se o disposto na tabela 13 da norma IEC 60870-2-1, para o nível de severidade 4.

A comprovação da satisfação das condições anteriormente referidas será efectuada através da realização dos
ensaios especificados na secção 10.4.7.2 do presente documento.

6.1.3.3 Imunidade a campos magnéticos


Aplica-se o disposto na tabela 14 da norma IEC 60870-2-1, para o nível de severidade 4.

A comprovação da satisfação das condições anteriormente referidas será efectuada através da realização dos
ensaios especificados na secção 10.4.7.3 do presente documento.

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6.1.3.4 Imunidade a campos eletromagnéticos radiados


Aplica-se o disposto na tabela 15 da norma IEC 60870-2-1, para o nível de severidade 4.
A comprovação da satisfação das condições anteriormente referidas será efectuada através da realização dos
ensaios especificados na secção 10.4.7.4 do presente documento.

6.1.4 Condições de alimentação


Aplica-se o disposto na secção 4 da norma IEC 60870-2-1 (1995).

6.1.4.1 Alimentação DC
Aplica-se o disposto na secção 4.3 da norma IEC 60870-2-1, com as seguintes definições:
 valores nominais da tensão: 110 V e 48 V;
 variação da tensão: ±10 % (classe DC1);
 regime de neutro: neutro ligado directamente à terra;
 taxa de ondulação (ripple voltage): menor ou igual a 5 % (classe VR3).

Estas condições aplicam-se a todos os equipamentos que constituem a URTA.

7 CARACTERÍSTICAS

7.1 Conceção e construção

7.1.1 Generalidades
A URTA deve ser construída com materiais capazes de suportar os constrangimentos mecânicos, elétricos e
térmicos, e também os efeitos de humidade, suscetíveis de serem encontrados nas condições de funcionamento
definidas na secção 6 do presente documento.

A URTA deve ser concebida e construída de forma a não sofrer deformações apreciáveis provocadas pelo seu
transporte ou armazenagem.

No âmbito de possíveis intervenções nas URTA (manutenção, etc.), a montagem ou desmontagem dos diferentes
elementos constituintes deve poder ser realizada sem a utilização de quaisquer ferramentas especiais. O
equipamento no interior da URTA deve ser disposto de modo a facilitar a sua funcionalidade e manutenção e, ao
mesmo tempo, de forma a assegurar o grau necessário de segurança.

De um modo geral, devem ser respeitados os requisitos construtivos para equipamento eletrónico definidos na
norma IEC 62103, secção 7.

7.1.2 Propriedades mecânicas


O invólucro e as suas partes devem ser suficientemente resistentes aos constrangimentos mecânicos a que
podem ser submetidos nas condições normais de serviço.

O invólucro deve ser concebido de modo a poder satisfazer o ensaio definido na secção 10.4.5 deste documento.

7.1.3 Propriedades dielétricas


Os circuitos de entrada e de saída da URTA (módulos de entradas/saídas) devem ser isoladas galvanicamente e
capazes de suportar:
 a tensão suportável ao choque;
 a tensão de ensaio à frequência industrial.

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A verificação da capacidade para suportar a tensão de choque deve ser feita de acordo com o ensaio indicado na
secção 10.4.6.1 do presente documento.

O ensaio de tensão à frequência industrial, indicado na secção 10.4.6.2 do presente documento, tem por objetivo
verificar a integridade da isolação sólida dos materiais e a conceção da URTA no relativo à sua capacidade para
suportar sobretensões temporárias.

7.1.4 Proteção contra os choques elétricos


A proteção das pessoas contra os contactos directos (também conhecida por proteção principal) é garantida por
meio de um invólucro, o qual deve envolver todos os aparelhos a colocar no interior da URTA e ter um grau de
proteção como definido na secção 7.1.5 (IP 2X) deste documento.

De modo a garantir a proteção das pessoas contra os contactos indirectos (também conhecida por proteção em
caso de defeito), a URTA deve assegurar, por construção, uma proteção equivalente à classe II de isolamento dos
equipamentos, aplicando-se o conjunto de requisitos definidos na secção 5.2.12 da norma IEC 62103.

As proteções supra indicadas devem estar asseguradas quando da instalação e entrada em serviço da URTA,
sendo que, após a sua instalação, o interior do invólucro apenas deve ser acessível a pessoal autorizado e
qualificado para o efeito.

7.1.5 Graus de proteção


O invólucro da URTA deverá, no mínimo, assegurar o grau de proteção IP2x, de acordo com a norma IEC 60529. O
grau de proteção deve ser verificado de acordo com o ensaio indicado na secção 10.4.5.1 do presente
documento.

7.1.6 Humidade
Não se devem verificar condensações nas superfícies interiores das paredes do invólucro ou nos equipamentos
instalados no seu interior. Desta forma, a URTA deve, nas condições de humidade atmosférica e variação de
temperatura previstas, garantir uma ventilação por convecção natural adequada, de forma a prevenir
condensações prejudiciais no seu interior. A conceção do invólucro deve permitir a dita ventilação sem que com
isso prejudique o grau de proteção especificado para a URTA.

7.1.7 Grau de poluição


As URTA são previstas para um ambiente de grau de poluição 2.

O grau de poluição indicado está de acordo com o especificado na norma IEC 62103, secção 5.2.15.2.

7.2 Tipos de URTA


As URTA podem ser de dois tipos:
 tipo 1: equipamento com uma arquitectura modular concentrada, com todas as unidades instaladas em um
ou mais armários;
 tipo 2: equipamento com uma arquitectura modular distribuída, na qual as unidades de aquisição e comando
são instalados em diferentes armários ou bastidores já existentes na instalação, enquanto a unidade central
é fisicamente separado das restantes e instalada em armário próprio.

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7.3 Constituição
A URTA é constituída por um (ou mais) armários, incorporando a unidade central, as unidades de aquisição e
comando e o IHM/PCL, numa arquitectura modular concentrada ou distribuída, de acordo com os dois tipos atrás
referidos na secção 7.2 do presente documento.

7.3.1 Invólucro
O invólucro destina-se a assegurar a proteção dos equipamentos instalado no seu interior, bem como a proteção
de pessoas contra contactos com peças em tensão.

O invólucro deve possuir as características seguintes:


 garantir o grau de proteção IP 2x;
 ser construído em material metálico ou isolante e ser da classe II de isolamento;
 ser dotado de porta ou tampa do mesmo material do invólucro. A porta, caso exista, deve ser concebida de
modo a permitir a colocação de uma fechadura, a qual deve ser isolada de molde a assegurar o duplo
isolamento da URTA;
 obedecer, no aplicável, ao especificado na norma EN 62208 2) (2003);
 satisfazer os ensaios especificados na secção 10.4.5 do presente documento.

7.3.2 Bastidor
O bastidor destina-se a servir de estrutura de suporte e fixação do equipamento elétrico.

Deve incluir todos os elementos necessários à fixação do equipamento elétrico.

O bastidor é constituído por calhas.

7.3.2.1 Calhas
As calhas devem ser preferencialmente de material isolante.

Se forem metálicas, devem obrigatoriamente obedecer ao estipulado na norma IEC 60715 e ter um perfil igual ao
estipulado para a calha do tipo TH 35-7,5 ou um perfil equivalente, se forem de material isolante.

7.3.2.2 Parafusos, porcas e anilhas


Todos os parafusos, porcas e anilhas que fazem parte da URTA devem ser de aço inoxidável da classe A2, de
acordo com o especificado na norma EN ISO 3506-3.

7.3.2.3 Unidades de Aquisição e Comando


As Unidades de Aquisição e Comando (UAC) são responsáveis pela execução das funções de comando e controlo
do processo (aquisição de dados, automação local e comando da aparelhagem).

Genericamente, estas Unidades, através da utilização de hardware específico (cartas eletrónicas de entrada e
saída), são responsáveis pela:
 aquisição de informação proveniente do processo (sinalizações e medidas);
 emissão de ordens para o processo (por solicitação das funções de telecomando e automatismo);
 interação com outras unidades de aquisição ou com a unidade central de processamento, através da rede
local de comunicação (sinalizações internas, parâmetros e telecomando).

2) Aceita-se, também, a conformidade do invólucro com o estipulado na norma EN 50298 (1998).

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Cada Unidade de Aquisição deverá possuir um sistema de autodiagnóstico que verifique continuamente o estado
do hardware e software de todos os seus módulos funcionais.

O dimensionamento das Unidades de Aquisição e Comando, quanto ao número de entradas (digitais e analógicas)
e saídas (digitais), deve ter em conta o volume de informação especificado na consulta para a subestação a que a
URTA se destina.

A descrição funcional das Unidades de Aquisição e Comando consta do documento de especificação funcional
DEF-C98-400.

A descrição funcional dos automatismos consta de documentos específicos para o efeito 3).

7.3.2.4 Unidade Central


A Unidade Central (UC) é responsável pela execução das funções de comando e controlo de toda a instalação, no
local e à distância, nomeadamente:
 supervisão e comando local da subestação;
 recolha e tratamento da informação gerada na subestação;
 gestão do registo cronológico de acontecimentos na subestação e funcionalidades da URTA;
 configuração, parametrização e manutenção de todos os módulos funcionais do sistema, através dum posto
de comando local (IHM/PCL);
 gestão da comunicação (bidireccional) entre a UC e as UAC;
 interligação com o centro de condução (e de manutenção).

A Unidade Central deverá ser baseada num equipamento do tipo PC industrial, sem partes móveis (discos rígidos,
ventoinhas de arrefecimento, etc.), com sistema operativo Windows XP, multitarefa, com as seguintes
características principais:
 montagem em bastidor de 19 polegadas, 2U ou 3U;
 memória(s) de 512 MB (valor mínimo);
 disco(s) do tipo “flash” de 1 GB (valor mínimo);
 portas de comunicação dos tipos RS 232, RS 422 ou RS 485, paralela, “fast ethernet” e USB 2.0.

A Unidade Central deverá possuir um sistema de autodiagnóstico, implementado por hardware e software.

A descrição funcional da Unidade Central consta da especificação funcional DEF-C98-400.

7.3.2.5 Interface Humano-Máquina/Posto de Comando Local


O Interface Humano-Máquina/Posto de Comando Local deverá ser baseada num ou dois equipamentos do tipo PC
industrial, com sistema operativo Windows XP, multitarefa, com as seguintes características principais:
 montagem em bastidor de 19 polegadas;
 memória(s) de 512 MB (valor mínimo);
 disco(s) rígidos de 80 GB (valor mínimo);
 gravador DVD, RW;
 portas de comunicação dos tipos RS 232, RS 422 ou RS 485, paralela, “ethernet” e USB 2.0.

A descrição funcional do IHM/PCL consta de documento específico para o efeito (DEF-C13-557).

3) DEF-C13-550, DEF-C13-551, DEF-C13-552, DEF-C13-553, DEF-C13-554, DEF-C13-555 e DEF-C13-556.

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7.3.2.6 Rede de comunicação local


A rede de comunicação local assegura a comunicação entre a UC, as UAC e o IHM/PCL.

Deverá ser uma infra-estrutura de rede local “fast ethernet”, suportada em fibra óptica ou cobre e garantir uma
velocidade de transmissão adequada à execução das diferentes funções inerentes à URTA, de acordo com o
definido no documento de especificação funcional DEF-C98-400.

7.3.2.7 Ligação ao processo (interligação URTA-Subestação)


A ligação da URTA ao interface da instalação deverá ser feita através de régua de terminais seccionáveis, em que
a ligação dos condutores é feita por aperto mecânico.

7.3.2.8 Comunicação com o Centro de Condução


A ligação da URTA ao Centro de Condução deverá poder ser feita por linha telefónica comutada, linha telefónica
privativa, correntes portadoras, rede rádio privativa da EDP Distribuição e rede digital em fibra óptica, de acordo
com o definido no documento de especificação funcional DEF-C98-400.

7.4 Características dimensionais

7.4.1 Armários
Os armários, qualquer que seja o tipo de URTA especificado na secção 7.2 deste documento, devem ter
dimensões de acordo com o definido na norma IEC 60297-2.

7.4.2 Bastidores e painéis


Os bastidores (ver, acima, secção 7.3.2) e painéis, qualquer que seja o tipo de URTA especificado na secção 7.2
deste documento, devem ter dimensões de acordo com o definido na norma IEC 60297-1.

7.4.3 Gavetas e cartas eletrónicas


As gavetas e cartas eletrónicas, qualquer que seja o tipo de URTA especificado acima na secção 7.2, devem ter uma
disposição e dimensões de acordo com o tipo de montagem utilizado e com o definido norma IEC 60297-3-101.

8 MARCAÇÃO

8.1 URTA
A URTA deve ser dotada de uma placa de características colocada em local bem visível no seu interior, com
marcação durável, indelével e bem legível, em que conste:
 identificação do fabricante 4);
 referência do modelo de modo a que seja possível a sua identificação com vista a obter toda a informação
correspondente, junto do fabricante ou no seu catálogo;
 indicação do tipo de URTA (dispensa-se esta marcação no caso desta ser intrínseca ao modelo da URTA);
 ano e semana de fabrico de acordo com a norma ISO 8601, em representação truncada na forma YYWww
(por exemplo: 03W12, para a 12ª semana de 2003);
 DMA-C98-400.

A fixação desta placa não deve ser feita com parafusos, rebites ou outros dispositivos semelhantes, a fim de que a
mesma não possa vir a prejudicar os graus de proteção especificados para a URTA.

No exterior do invólucro deve ser visível, na posição de instalado, o símbolo de duplo isolamento:

4) Entende-se por fabricante a entidade que assume a responsabilidade pelo produto acabado.

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8.2 Outras marcações


Os elementos constituintes da URTA devem ser marcados de acordo com as suas normas aplicáveis, referenciadas
nas secções respetivas do presente documento.

9 EMBALAGEM
A URTA deve ser fornecida devidamente embalada e acondicionada, satisfazendo o ensaio especificado na secção
10.4.4.3 do presente documento.

A embalagem deve ser dotada de um rótulo, em que conste o nome do fabricante ou a sua marca comercial, o
tipo de URTA e a designação “Unidade Remota de Teleação e Automatismos para Subestação”.

10 ENSAIOS

10.1 Generalidades
As características das URTA devem ser confirmadas através da realização de ensaios, a efectuar em laboratórios
acreditados para o efeito.

É da responsabilidade do fabricante a realização dos ensaios necessários à confirmação da sua conformidade com
a presente especificação.

10.2 Caracterização do equipamento para a realização dos ensaios dielétricos e de imunidade

10.2.1 Definição dos terminais acessíveis do exterior


Para a execução dos ensaios dielétricos e dos ensaios de imunidade, que se descrevem adiante nas secções 10.4.6
e 10.4.7, respetivamente, consideram-se como terminais acessíveis do exterior os conjuntos de terminais a seguir
apresentados.

 Entradas
CC: alimentação CC;
EL: entradas lógicas – sinalizações – (UC e Unidades de Aquisição e Comando);
EA: entradas analógicas – medidas – (Unidades de Aquisição e Comando).

 Saídas
SL: saídas lógicas – comandos – (equipamento da UC e Unidades de Aquisição e Comando);

 Massas
A massa mecânica é constituída por:
 uma peça metálica condutora ligada a todas as partes metálicas do equipamento, quando o armário é
isolante;
 uma peça metálica condutora ligada a todas as partes metálicas do equipamento e ao armário, quando este
for condutor.

A massa elétrica e a massa mecânica devem estar isoladas entre si.

10.2.2 Definição dos grupos galvanicamente independentes


Devem, obrigatoriamente, constituir-se em grupos galvanicamente independentes os terminais acessíveis do
exterior que, de seguida, se discriminam.

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 Entradas
CC;
EL;
EA: EA1 … EAN – (cada entrada analógica – conjunto de dois terminais – deverá ser galvanicamente
independente de todas as restantes).

 Saídas
SL.

10.3 Execução dos ensaios


Salvo indicação contrária, os ensaios devem ser realizados:
 a uma temperatura ambiente compreendida entre 15 ºC e 30 ºC;
 com os equipamentos na sua posição normal de serviço.

No fim de qualquer ensaio ou pré-condicionamento deve ser feita uma observação visual com o intuito de detetar
eventuais anomalias (mossas, riscos, bolhas, fissuras, lascas, marcas de contornamento ou de perfuração, etc.) as
quais, em qualquer caso e se nada for especificado em contrário no presente documento ou nas prescrições das
normas pelas quais se regem os ensaios, são consideradas não conformidades.

Se o estipulado nas normas de referência (referidas na presente secção) contrariar, no relativo à conformidade ou
ao modo de procedimento dos ensaios, o especificado no presente documento, toma-se como válido o disposto
neste último. No omisso, é válido o especificado nas normas de referência.

10.4 Ensaios de tipo


Os ensaios devem ser realizados com a URTA montada na sua posição normal de serviço e devidamente
equipada.

10.4.1 Ensaio visual


As URTA seleccionadas para os ensaios devem ser previamente sujeitas a uma verificação visual nos seguintes
aspectos:
 eventuais defeitos de fabrico;
 disposição dos equipamentos;
 verificação da marcação.

Devem ser verificados, em pormenor, os seguintes aspectos:


 dimensões, peso, acessibilidade e qualidade dos revestimentos protectores dos equipamentos;
 qualidade e identificação da fiação e dos terminais acessíveis do exterior;
 qualidade da montagem dos vários componentes e módulos dos equipamentos, nomeadamente no que
respeita às cartas eletrónicas (implantação, soldaduras e conectores);
 identificação dos componentes, verificando a sua disposição e concordância com a documentação fornecida,
bem como os números de série das cartas eletrónicas;
 indicações, legíveis e indeléveis, existentes nas placas sinaléticas dos equipamentos, destacando:
 as funções realizadas;
 a identificação do construtor;
 o número de identificação dos equipamentos;
 o valor nominal da tensão de alimentação dos equipamentos.

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10.4.2 Verificação da indelebilidade da marcação


Este ensaio destina-se à verificação da indelebilidade da marcação acima referida na secção 8.1.

O ensaio deve ser realizado de acordo com o especificado na norma EN 50298, secção 8.2.

As marcações feitas por moldagem, punçonagem, gravação ou processo similar, não devem ser submetidas a este
ensaio.

10.4.3 Ensaios climáticos

10.4.3.1 Calor seco


O ensaio deve ser realizado de acordo com o especificado na norma IEC 60068-2-2, ensaio Bd.

O grau de severidade do ensaio é o seguinte:


 temperatura: +70 ºC ± 2 ºC;
 duração: 72 horas.

10.4.3.2 Frio
O ensaio deve ser realizado de acordo com o especificado na norma IEC 60068-2-1, ensaio Ad.

O grau de severidade do ensaio é o seguinte:


 temperatura: -40 ºC ± 3 ºC;
 duração: 72 horas.

10.4.3.3 Calor húmido


O ensaio deve ser realizado de acordo com o especificado na norma IEC 60068-2-30.

O grau de severidade do ensaio é o seguinte:


 temperatura: +40 ºC;
 número de ciclos: 2;
 duração: 2x12 horas;
 humidade: 95 % (sem condensação).

10.4.4 Ensaios mecânicos

10.4.4.1 Vibração (sinusoidal)


O ensaio deve ser realizado de acordo com o especificado na norma IEC 60255-21-1 (ensaio de resistência à
vibração – vibration endurance test).

O grau de severidade do ensaio (cf. classe Cm da norma IEC 60870-2-2 e tabela II da norma IEC 60255-21-1) é o
seguinte:
 amplitude da aceleração: 2 g;
 gama de frequência: 9 Hz a 200 Hz.

10.4.4.2 Choque
O ensaio deve ser realizado de acordo com o especificado na norma IEC 60255-21-2 (ensaio de resistência ao
choque – shock withstand test).

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O grau de severidade do ensaio (cf. classe Cm da norma IEC 60870-2-2 e tabela II da norma IEC 60255-21-2) é o
seguinte:
 amplitude da aceleração: 30 g;
 duração do impulso: 11 ms.

10.4.4.3 Queda livre


O ensaio deve ser realizado de acordo com o especificado na norma IEC 60068-2-32, método 1.

A altura da queda depende do peso do equipamento, nas condições definidas na tabela 3 da norma IEC 60870-2-2,
para a classe Cm.

10.4.5 Verificação dos graus de proteção

10.4.5.1 Código IP
A verificação do grau de proteção IP deve ser feita de acordo com o especificado na norma IEC 60439 -1, secção
8.2.7.

A porta (caso exista) deve ser fechada no início do ensaio e deve permanecer fechada durante o período do
mesmo.

10.4.6 Ensaios dielétricos

10.4.6.1 Ensaio à onda de choque


O ensaio será realizado de acordo com o disposto na secção 6.1.3 da norma IEC 60255-5.

Aplicam-se as condições definidas na secção 9.4.5.1 da norma IEC 62103.

Pontos de aplicação e níveis de severidade do ensaio (valor estipulado da tensão de choque):


 entradas CC (ver secção 10.2.1 do presente documento);
 2,5 kV (entradas CC).

10.4.6.2 Ensaio à frequência industrial


O ensaio será realizado de acordo com o disposto na secção 6.1.4 da norma IEC 60255-5.

Aplicam-se as condições definidas na secção 9.4.5.2 da norma IEC 62103.

Pontos de aplicação e níveis de severidade do ensaio (valor da tensão de ensaio):


 entradas (CC, EL e EA) e saídas (ver secção 10.2.1 do presente documento);
 2 kV (entradas CC);
 0,5 kV (entradas EL e EA e saídas).

10.4.7 Ensaios de imunidade


Os ensaios devem ser realizados de acordo com o especificado na norma IEC 60870-2-1.

10.4.7.1 Ensaios de imunidade a transitórios conduzidos e perturbações de alta frequência

10.4.7.1.1 Transitório elétrico rápido


O ensaio será realizado de acordo com a norma IEC 61000-4-4.

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Aplicam-se as condições definidas na secção 6.1.3.1 do presente documento e na tabela 9 da norma IEC 60870-2-1
(ensaio A.2.3).

Pontos de aplicação e níveis de severidade do ensaio:


 entradas CC, EL, EA e saídas SL (ver secção 10.2.1 do presente documento);
 ensaio A 2.3 (transitório elétrico rápido): 4 kV (MC).

10.4.7.1.2 Ondas de choque


O ensaio será realizado de acordo com a norma IEC 61000-4-5.

Aplicam-se as condições definidas na secção 6.1.3.1 do presente documento e na tabela 9 da norma IEC 60870-2-1
(ensaio A.2.2).

Pontos de aplicação e níveis de severidade do ensaio:


 entradas CC, EL, EA e saídas SL (ver secção 10.2.1 do presente documento);
 ensaio A 2.2 (ondas de choque): 4 kV (MC).

10.4.7.1.3 Ondas oscilatórias amortecidas


O ensaio será realizado de acordo com a norma IEC 61000-4-12.

Aplicam-se as condições definidas na secção 6.1.3.1 do presente documento e na tabela 9 da norma IEC 60870-2-1
(ensaio A.2.5).

Pontos de aplicação e níveis de severidade do ensaio:


 entradas CC, EL, EA e saídas SL (ver secção 10.2.1 do presente documento);
 ensaio A 2.5 (ondas oscilatórias amortecidas): 2,5 kV (MC).

10.4.7.2 Ensaio de imunidade a descargas eletrostáticas


O ensaio será realizado de acordo com a norma IEC 61000-4-2.

Aplicam-se as condições definidas na secção 6.1.3.2 do presente documento e na tabela 9 da norma IEC 60870-2-1
(ensaio A.3.1).

Pontos de aplicação e níveis de severidade do ensaio:


 entradas CC, EL, EA e saídas SL (ver secção 10.2.1 do presente documento);
 ensaio A 3.1 (descargas eletrostáticas): 8 kV.

10.4.7.3 Ensaios de imunidade a campos magnéticos

10.4.7.3.1 Campo magnético à frequência da rede


O ensaio será realizado de acordo com a norma IEC 61000-4-8.

Aplicam-se as condições definidas na secção 6.1.3.3 do presente documento e na tabela 9 da norma IEC 60870-2-1
(ensaio A.4.1).

Pontos de aplicação e níveis de severidade do ensaio:


 entradas CC, EL, EA e saídas SL (ver secção 10.2.1 do presente documento);
 ensaio A 4.1 (campo magnético à frequência da rede): 100 A/m.

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10.4.7.3.2 Campo magnético oscilatório amortecido


O ensaio será realizado de acordo com a norma IEC 61000-4-10.

Aplicam-se as condições definidas na secção 6.1.3.3 do presente documento e na tabela 9 da norma IEC 60870-2-1
(ensaio A.4.3).

Pontos de aplicação e níveis de severidade do ensaio:


 entradas CC, EL, EA e saídas SL (ver secção 10.2.1 do presente documento);
 ensaio A 4.3 (campo magnético oscilatório amortecido): 100 A/m.

10.4.7.4 Ensaio de imunidade a campos eletromagnéticos radiados


O ensaio será realizado de acordo com a norma IEC 61000-4-3.

Aplicam-se as condições definidas na secção 6.1.3.4 do presente documento e na tabela 9 da norma IEC 60870-2-1
(ensaio A5.1).

Pontos de aplicação e níveis de severidade do ensaio:


 entradas CC, EL, EA e saídas SL (ver secção 10.2.1 do presente documento);
 ensaio A 5.1 (campo eletromagnético radiado): 30 V/m.

10.5 Ensaios de série


Para a execução dos ensaios que a seguir se descrevem, deve dispor-se, para além da URTA totalmente equipada
(incluindo o posto de comando local), dos periféricos, e ainda de um equipamento de ensaio automático que
possibilite a realização de todos os ensaios referidos.

10.5.1 Ensaios de funcionamento


Devem ser realizados os seguintes ensaios de funcionamento:
 ensaio funcional da URTA, no que respeita à totalidade do software instalado;
 ensaio funcional de todos os periféricos;
 ensaio funcional do processamento das comunicações;
 verificação das características estáticas das entradas lógicas, entradas analógicas e saídas lógicas (na unidade
central e nas várias unidades de aquisição e comando).

Deverão ser realizados ensaios de comunicação entre a URTA e o Centro de Condução.


A compatibilização das comunicações entre a URTA e o Centro de Condução será da responsabilidade do
fornecedor da URTA.

10.5.2 Ensaios do software do equipamento da unidade central

10.5.2.1 Verificação da deteção e aquisição de mudanças de estado


Este ensaio consiste na aplicação, em uma ou mais entradas lógicas, de um sinal periódico com um período T e
duração t, e com uma amplitude igual a 110 Vcc.

Faça-se T = 1 segundo. Diminui-se o valor de t até que o impulso deixa de ser reconhecido pela entrada ensaiada.
Seja t1 esse valor.

Posteriormente, aumenta-se progressivamente o valor de t até que o impulso passa a ser reconhecido pela
entrada ensaiada. Seja t2 esse valor.

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Deve então verificar-se:


 t1 < 10 ms;
 t2 ≥ 10 ms.

10.5.2.2 Verificação da invalidação de sinalizações


Este ensaio consiste na aplicação, em uma ou mais entradas lógicas, de um sinal de período To, com as restantes
entradas num estado fixado pelo programa de ensaios.

Durante o período To, o sinal está no estado lógico "1" durante meio período, e no estado lógico "0" durante o
restante meio período.

Conforme o valor T escolhido na configuração do sistema, tem-se:

a) T =1 segundo
 To ≥ 400 ms: sinalização válida;
 To < 400 ms: sinalização inválida.

b) T = 2 segundos
 To ≥ 800 ms: sinalização válida;
 To < 800 ms: sinalização inválida.

Deverá constatar-se que todas as transições são efectivamente realizadas.

10.5.2.3 Verificação do comportamento das saídas lógicas em presença de anomalias


Este ensaio aplica-se a todas as saídas lógicas.

O ensaio é efectuado entre as saídas de uma mesma carta eletrónica e entre uma saída e o comum de várias
saídas.

A saída ensaiada é curto-circuitada até se atingir a estabilização térmica, ou até à actuação do controlo do curto-
circuito.

Não deve constatar-se qualquer destruição ou alteração dos dispositivos de saídas de comandos.

10.5.2.4 Verificação do comportamento das entradas analógicas

10.5.2.4.1 Filtragem da ondulação residual


O ensaio é efectuado sobrepondo à corrente da medida um sinal de frequência F e de amplitude I, tal que:
 F = 50 Hz ou 100 Hz;
 I = 1% do valor nominal da entrada (valor pico a pico);

O aparecimento desta componente parasita não deve falsear o resultado da medição efectuada.

10.5.2.4.2 Curto-circuito
Este ensaio aplica-se a todas as entradas analógicas.

Deve verificar-se que um curto-circuito permanente entre um terminal de uma entrada e a massa elétrica não
provoca a destruição do circuito.

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10.5.2.4.3 Ensaios do registo cronológico

• Verificação da cronologia
Deve confirmar-se a datação das mudanças de estado das sinalizações, nomeadamente que:
 mudanças de estado separadas por uma duração maior ou igual a 10 ms são datadas por ordem de aparição;
 mudanças de estado separadas por uma duração inferior a 10 ms são datadas com a mesma hora.

• Verificação da aquisição
As mudanças de estado das entradas lógicas correspondentes às sinalizações simples e duplas são obtidas a partir
dum dispositivo de ensaio apropriado.

Durante o ensaio deve ser verificado:


 a aquisição da mudança de estado;
 a hora associada à mudança de estado (momento da deteção pela unidade central, hora da confirmação da
complementaridade ou da deteção do defeito de complementaridade);
 a duração do período transitório durante a mudança de estado, em que os estados não são complementares
(fixado na configuração do sistema).

• Avalancha de informação para a impressora


Sempre que a impressora estiver ligada ao sistema, não deve verificar-se perda de cronologia para uma avalancha
correspondente a menos de:
 10 + 0,02 N mudanças de estado durante 10 ms;
 100 + 0,1 N + N mudanças de estado em 10 segundos,
em que N é o número máximo de entradas lógicas.

Devem ser criadas situações de avalancha que originem perda de cronologia ou de informação, do seguinte
modo:

a) durante 10 ms (ou 10 segundos) aumentar sucessivamente o número de:


 10 + 0,02 N (ou 100 + 0,1 N + N) mudanças de estado.

b) efectuar sistematicamente;
 10 + 0,02 N (ou 100 + 0,1 N + N) mudanças de estado em intervalos de 10 ms (ou 10 segundos)
consecutivos.

c) fazer duas ou três mudanças de estado todos os 10 ms (ou 10 segundos).

Para cada um destes ensaios, deve verificar-se:


 os valores limites obtidos;
 que tipo de ocorrência origina a impressão da mensagem perda de cronologia, após a última aquisição
válida;
 que o retorno à situação normal origina a impressão da mensagem retorno à cronologia;
 que a perda de informação origina a impressão da mensagem perda de informação e inibe a execução de
comandos;
 que o retorno à situação normal origina a impressão da mensagem fim de perda de informação.

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10.5.2.4.4 Geração de alarmes de medida


Sempre que uma medida ultrapassar os limites inferior ou superior pré-fixados, deve verificar-se a edição (pelo
registo cronológico de acontecimentos) das mensagens de aparecimento de alarmes.

No retorno à situação normal, deve confirmar-se a edição da mensagem correspondente.

10.5.2.4.5 Tratamento local das medidas


Deve verificar-se a edição (pelo registo cronológico de acontecimentos) das mensagens relativas ao tratamento
local das medidas analógicas e digitais.

10.5.2.5 Verificação do tratamento dos comandos elaborados pelos automatismos


Utilizando um dispositivo de ensaio apropriado, deve ser verificada a execução e vigilância dos comandos
elaborados pelos automatismos.

10.5.2.6 Verificação da precisão de conversão das medidas analógicas


Utilizando dispositivos de ensaio apropriados, devem ser ensaiados todos os módulos de aquisição de medidas
analógicas, verificando-se que a classe de precisão obtida é a especificada.

10.5.2.7 Verificação da aquisição das medidas analógicas


Caso seja detetado algum defeito num módulo de aquisição de medidas, deve ser enviada uma mensagem ao
posto de comando local, para registo, que indique a ocorrência.

10.5.2.8 Verificação do funcionamento do equipamento em situação de defeito


Nestes ensaios, devem verificar-se que os mecanismos de deteção de falhas (autotestes incluídos no hardware e
software) da unidade central são eficazes.

Deve verificar-se, nomeadamente, que a deteção de um defeito em qualquer dos módulos que se referem
seguidamente, dá origem a uma mensagem de alteração de status.

10.5.2.8.1 Defeitos nos módulos de entradas lógicas


Deve verificar-se que a deteção de um defeito num módulo de aquisição de entradas lógicas invalida todas as
sinalizações adquiridas pelo mesmo.

Deve verificar-se a inibição dos comandos associados a estas sinalizações inválidas.

10.5.2.8.2 Defeitos nos módulos de saídas lógicas


Deve verificar-se que a deteção de um defeito num módulo de saídas lógicas inibe os comandos associados ao
mesmo.

10.5.2.8.3 Defeitos nos módulos de medidas


Deve verificar-se que a deteção de um defeito num módulo de aquisição de medidas analógicas ou digitais
invalida todas as medidas associadas ao módulo defeituoso.

10.5.2.8.4 Defeitos nos módulos de comunicações


Deve verificar-se que a deteção de um defeito nos módulos de interface de comunicações origina a elaboração da
respetiva mensagem de alteração de status.

DTI – Direção de Tecnologia e Inovação Pág. 23/23

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