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Técnicas de Intervenção I 1
Técnicas de Intervenção I 1
© SENAI-SP, 2019
Material didático organizado pela Escola SENAI “Mário Dedini” a partir de conteúdos extraídos da intranet
das áreas de Manutenção Mecânica e Metalmecânica para o Curso de Aprendizagem Industrial de Mecânico
de Manutenção.
Organizado
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
Sumário
Documentação Técnica 07
Elementos de Vedação 83
Elementos de apoio 99
Instrumentos 229
Bombas 299
Compressores 351
Documentação Técnica
Ordem de Serviço
Quando nos propomos a observar os fatores que fazem uma empresa crescer e prosperar,
normalmente nos deparamos com a presença de uma boa equipe, um produto versátil e uma
boa gestão de pessoas, recursos e informações.
No entanto, nem mesmo a combinação de todos esses fatores é capaz de contribuir para os
objetivos da companhia sem que haja também uma comunicação extremamente eficiente entre
seus membros. É nesse contexto que devemos inserir a importância de um sistema organizado
para se emitir uma ordem de serviço.
O conceito de ordem de serviço costuma ser descrito como um documento que formaliza o
serviço prestado pela assistência técnica a um cliente, indicando materiais e a mão de obra
que serão utilizados. Na prática, ela é muito mais abrangente.
Por muito tempo as pequenas empresas sofreram para conseguir prestar os seus serviços de
forma a manter uma organização financeira, contábil e de operações mínima.
Na prática, isso significava que muita coisa era feita de forma amadora, sem muito controle e,
principalmente, com falhas graves no momento de determinar custos e prazos.
Essa realidade tem se alterado para melhor à medida que a tecnologia começa a fazer parte do
dia a dia dos pequenos empresários, dando o tom de uma gestão mais profissional, focada no
crescimento e no aumento da lucratividade, ao mesmo tempo que torna a determinação dos
custos algo muito mais próximo da realidade.
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Em toda e qualquer empresa, a boa comunicação é um dos fatores mais importantes para o
sucesso e o bom andamento de suas atividades. E é justamente nesse contexto que uma
ordem de serviço é elaborada. Não só o gestor precisa indicar o que deve ser feito, mas os
colaboradores precisam entender o que fazer, de modo que a demanda seja cumprida no
prazo esperado, da maneira correta e respeitando o bem-estar e a segurança no ambiente de
trabalho.
Todo administrador precisa, diariamente, emitir ordens de serviço, o que acontece sempre que
vem a solicitar a algum de seus colaboradores a realização de determinada tarefa — como o
pagamento de contas no banco ou a elaboração de um relatório, por exemplo.
Além disso, a ordem de serviço também é importante para organizar tanto a quantidade
como a qualidade dos materiais, bem como a mão de obra necessária para a execução de
cada serviço.
É por meio desse documento que o gestor ou gerente formaliza um trabalho a ser feito dentro
da empresa, prestando um serviço a um cliente em especial ou expedindo uma comunicação
interna a respeito de uma atividade que certo grupo de pessoas precisa cumprir.
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Esse documento, portanto, além de ser um relevante suporte de informações sobre a lista de
afazeres a serem desenvolvidos, ainda serve como uma autorização de início dos serviços
demandados.
A Ordem de Serviço pode ser utilizada por empresas de qualquer área, não apenas aquelas
que fazem algum tipo de assistência técnica.
Uma pequena empresa de reformas, por exemplo, ao executar um serviço pode basear o seu
trabalho em uma Ordem de Serviço entregue ao dono do imóvel antes do início do trabalho.
Da mesma forma que um desenvolvedor web pode criar um documento no qual deixa claro
quais tipos de recursos, prazo e custos que o seu trabalho terá.
Entender que, atualmente, esse controle pode ser utilizado de forma a se manter uma organi-
zação do trabalho é fundamental para o aumento da eficiência da pequena empresa.
O documento em tela poderá conter várias informações, o que vai depender somente da
atividade exercida pela empresa. Os elementos essenciais de uma ordem de serviço, contudo,
são os dados do cliente, o número de processamento, a data em que foi emitida e a assinatura
da pessoa que a emitiu, que deve ser preenchida anteriormente a realização do serviço, além
de conter a especificação do seu cargo, logo a seguir.
O número do documento serve exatamente para distinguir uma ordem de serviço das outras,
de forma que a empresa seja capaz de sustentar uma organização segura de suas tarefas.
Além daqueles dados básicos, a ordem de serviço poderá trazer, ainda, a descrição dos
serviços a serem feitos e a recomendação dos procedimentos e equipamentos a serem utiliza-
dos, por exemplo, facilitando e agilizando a execução da tarefa.
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Mas a ordem de serviço também é extremamente útil para o gestor calcular a quantidade de
materiais usados no trabalho a ser cumprido, tanto quanto a especialidade e a competência da
mão de obra da qual deverá dispor para executá-lo com eficiência.
Assim, a notificação dará suporte ao controle da produtividade, mas ainda servirá de embasa-
mento para seu melhor controle de estoque e financeiro.
A Ordem de Serviço serve para organizar o fluxo de trabalho da empresa, que de maneira
rápida pode cadastrar os dados do cliente e o trabalho que será feito.
Nesse ponto, a tecnologia acaba sendo uma grande aliada para que as suas Ordens de
Serviço sejam eficientes.
Ao criar um novo documento, o sistema já deve oferecer os campos de acordo com o serviço
que a empresa presta, fazendo com que você economize tempo no preenchimento, exportação
e envio para o cliente.
Mais do que isso, esse instrumento deve ser capaz de apresentar, de forma clara, o que será
feito e em quanto tempo, permitindo ao cliente entender o custo de todo o trabalho.
Para o gestor, a Ordem de Serviço servirá para a criação de um fluxo claro sobre a maneira
como os seus funcionários estão executando determinada tarefa e se está, assim, cobrando
um valor justo pelo serviço.
Diante de todo esse contexto, a Ordem de Serviço acaba se posicionando como uma ferramen-
ta de controle operacional para pequenas empresas.
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Entender que ela já não é mais restrita às assistência técnica poderá dar a qualquer pequeno
empresário um grande diferencial competitivo. Confira outras funções da ordem de serviço para
as empresas:
Manter o registro dos serviços realizados pela empresa e da atividade dos funcionários;
Informar o funcionário sobre os detalhes do serviço e as ferramentas que ele irá preci-
sar para realizá-lo, bem como deixa-lo a par de todas as normas de segurança de tra-
balho adotadas pela empresa
Registrar o horário do início e do fim do serviço executado, a fim de calcular os gastos
com mão de obra;
No caso de serviço de assistência, registrar o defeito declarado, o defeito encontrado e
a solução do problema apresentado.
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Relatório Técnico
Um relatório técnico é muito importante para a organização de uma empresa, e pode ser o pilar
principal para o seu crescimento.
Mas o que tem a ver o relatório técnico com o crescimento de uma empresa?
Tudo! Informação é o caminho para sucesso de qualquer negócio. Diante de uma concorrência
tão acirrada, quem possui mais informação, considera os riscos e as vantagens antes de tomar
decisões.
Porém, mais importante do que ter informação, é saber quais oportunidades elas trazem para
sua gestão.
Mas antes de falar sobre isso, vamos explicar a importância de ter um relatório bem realizado,
pois, é ele que será a base de informações da sua empresa.
Ter as informações do dia a dia da sua equipe pode ajudá-lo a tomar decisões mais assertivas,
organizar melhor a agenda dos colaboradores e também torná-los cada vez mais produtivos.
A reunião de todas estas informações são primordiais para que o colaborador e o gestor tenha
ciência de que tudo saiu como planejado.
Além disso, o relatório te ajudará a medir a produtividade de toda a equipe em campo, através
das informações coletadas nas visitas e, assim, fazer os ajustes necessários para qualificar
cada vez mais o atendimento.
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Para isso, eles devem preencher corretamente cada item: quem foi o responsável pelo atendi-
mento, horários de check-in e check-out, descrever a visita, preencher todo o formulário
de satisfação do cliente, o histórico do cliente, entre outros.
Veremos agora, detalhadamente, sobre cada um desses itens para que você entenda o papel
deles na coleta de informações.
Check- in e Check-out
Saber o tempo de duração de cada visita é muito relevante.
Essas informações indicam a produtividade da sua equipe. E você sabe porque isso é tão
importante para sua gestão?
Para quem trabalha com equipes externas, saber se o funcionário está cumprindo com o
combinado e atendendo as necessidades do cliente é um ponto primordial.
Muitos gestores, inclusive, por não saberem se sua equipe realmente foi até o local previsto,
pedem suas localizações via WhatsApp, o que é muito incômodo para ambas as partes, não é
mesmo?
O ideal seria automatizar esse item, garantindo que o colaborador comprove a sua visita, e o
gestor também garanta a qualidade dos serviços prestados pela sua equipe.
Indicadores de produtividade
Como medir a produtividade da minha equipe de forma assertiva?
Para medir a produtividade, a maneira mais simples e ideal é utilizar os indicadores para
mensurar o tempo médio de atendimento da sua equipe.
Os KPIs (indicadores chave de performance) podem ajudar muito. Os indicadores são formas
de quantificar o desempenho de determinados processos dentro de uma empresa, e a produti-
vidade é um deles.
Eles vão identificar cada detalhe e, dependendo do seu interesse, podem ser utilizados em
diversas eventualidades, como:
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O ideal é que cada projeto tenha seus próprios KPIs, pois, eles não são uma regra predefinida.
Cada gestor pode definir seus próprios KPIs de acordo com sua necessidade de mensuração.
Existem alguns indicadores que são mais utilizados para medir a produtividade, e podem servir
como ponto de partida para que escolha os seus. São eles:
Indicador de capacidade: ele mede a relação entre a quantidade que se produz e o tempo
que a produção é feita;
MTBF: Esse indicador demonstra o tempo médio entre as falhas de algum equipamento ou
máquina. É possível planejar melhor o cronograma da sua equipe através desse KPI e, assim,
aumentar a possibilidade de crescimento da produtividade.
MTTR: Indica o tempo gasto para que seja feito um reparo após a falha de algum equipamento
ou máquina. Assim como o MTBF, esse indicador é muito útil na gestão de equipes de manu-
tenção.
Como você pode perceber, os indicadores são diversos e podem atender a vários segmentos
de equipes externas. Você, gestor, pode indicar qual será o melhor para sua empresa.
Esses que citamos não estarão no relatório que o colaborador vai preencher, mas, as informa-
ções trazidas por eles possibilitam o cálculo desses indicadores que esclarecerão a produtivi-
dade da equipe.
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Histórico do cliente
Ter o histórico do cliente é de suma importância, pois através dele é possível ter informações
como: quantas vezes seu colaborador esteve lá, o que foi feito nas visitas, quais foram as
peças trocadas, entre outras.
Além disso, ter essas informações também auxilia na fidelização do cliente. Pois os níveis de
satisfação, com toda certeza, são otimizados quando um técnico chegar até seu cliente e
demonstrar conhecimento sobre a atividade que foi executada.
O relatório técnico não auxilia apenas nos processos internos da sua empresa, mas também na
imagem que ela passa aos seus clientes.
Por isso, é tão importante que o relatório seja preenchido corretamente. Podem, inclusive,
ocorrer casos em que o funcionário saia da empresa e outro tenha que substituí-lo em uma
segunda visita.
Com essas informações do que foi feito anteriormente naquele cliente, facilitará muito o
serviço desse novo colaborador e também a manter um atendimento de qualidade.
Satisfação do cliente
Ainda sobre a satisfação do cliente, é preciso quantificar isso com maior precisão através de
uma pesquisa de satisfação.
Ao final do atendimento em campo, pode ser realizada uma pesquisa de satisfação para que o
gestor tenha conhecimento das impressões que o cliente teve do atendimento, se foi satisfató-
rio para ele e o que pode ser melhorado.
Com ela você consegue até direcionar melhor seus investimentos! Pois, como já falamos, é ela
que orienta as melhorias que você pode fazer para atrair mais clientes para o seu empreendi-
mento.
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A seguir, alguns exemplos de perguntas e estilos de questionários, que podem ser feitos em
uma pesquisa de satisfação:
A visita foi satisfatória?
Quão prestativa é a nossa empresa?
Quão profissional é a nossa empresa?
Houve algo que não o agradou na visita?
Se houver, o que não foi satisfatório?
Observações a serem consideradas: uma pergunta aberta onde o cliente possa colocar
a opinião dele sobre qualquer aspecto do atendimento.
Pesquisa NPS
O NPS (Net Promoter Score), é uma metodologia criada por Fred Reichheld, em Harvard, com
o objetivo de realizar a mensuração do grau de satisfação e fidelidade dos consumidores das
empresas.
Funciona assim:
Nota 0 a 6 – clientes detratores: que não tiveram um boa experiência com sua empresa.
Podem até falar mal da sua empresa para outras pessoas por conta da experiência
ruim.
Nota 7 e 8 – clientes neutros: clientes que só contrataram o serviço que realmente pre-
cisavam da empresa. Não são leais a empresa.
Nota 9 e 10 – cliente promotores: tiveram uma boa experiência com o serviço da sua
empresa e fazem questão de a indicar. São leais a sua empresa
Calcular o NPS constantemente e acompanhar a evolução do mesmo, sem dúvidas, só
traz benefícios a toda empresa em qualquer ramo de atividade.
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De nada adianta medir indicadores de produtividade uma vez ao ano, ou fazer registros do
histórico do cliente a cada seis meses. É preciso ter certa constância na coleta de informações.
E, além disso, é importante também saber o que fazer com esse grande banco de dados que
você criou.
Você pode utilizá-las para criar um planejamento de manutenção mais estratégico, para
melhorar o feedback e relacionamento com seus colaboradores, e também acompanhar a
evolução do atendimento da sua equipe.
Pode também melhorar aspectos da sua gestão que só podem ser percebidos com informa-
ções vindas dos clientes, nas pesquisas de satisfação.
Portanto, utilize o relatório técnico como uma apoio para sua gestão de equipes externas e ela,
com certeza, se tornará cada dia mais eficiente.
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Desmontagem
O primeiro fato a ser considerado é que não se deve desmontar uma máquina antes da análise
dos problemas. A análise, como já foi visto em aulas anteriores, deve ser baseada no relatório
do operador, no exame da ficha de manutenção da máquina e na realização de testes envol-
vendo os instrumentos de controle.
Salientemos, novamente, que a desmontagem completa de uma máquina deve ser evitada
sempre que possível, porque demanda gasto de tempo com a consequente elevação dos
custos, uma vez que a máquina encontra-se indisponível para a produção.
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a) É preciso desligar, antes de tudo, os circuitos elétricos para evitar acidentes. Para tanto,
basta desligar a fonte de alimentação elétrica ou, dependendo do sistema, remover os
fusíveis
b) A remoção das peças externas consiste na retirada das proteções de guias, barramentos
e raspadores de óleo. Essa remoção é necessária para facilitar o trabalho de desmonte.
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É importante obedecer à orientação da tabela para que o aperto dos elementos de fixação seja
adequado ao esforço a que eles podem ser submetidos. Um aperto além do limite pode causar
deformação e desalinhamento no conjunto de peças.
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A figura abaixo mostra o esquema de uma máquina de lavar peças que é encontrada no
comércio.
b) Limpar as peças - dentro da máquina de lavar - com pincel de cerdas duras para remo-
ver as partículas e crostas mais espessas.
c) Continuar lavando as peças com querosene para retirar os resíduos finais de partículas.
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Manuais e croqui
Geralmente as máquinas são acompanhadas de manuais que mostram desenhos esquemati-
zados dos seus componentes. O objetivo dos manuais é orientar quem for operá-las e manu-
seá-las nas tarefas do dia-a-dia. Entretanto, certas máquinas antigas ou de procedência
estrangeira são acompanhadas de manuais de difícil interpretação. Nesse caso, é recomendá-
vel fazer um croqui (esboço) dos conjuntos desmontados destas máquinas, o que facilitará as
operações posteriores de montagem.
Atividades pós-desmontagem
Após a desmontagem, a lavagem, o secamento e a separação das peças em lotes, deve-se
dar início à correção das falhas ou defeitos. As atividades de correção mais comuns são as
seguintes:
· confecção de peças;
· substituição de elementos mecânicos;
· substituição de elementos de fixação;
· rasqueteamento;
· recuperação de roscas;
· correção de erros de projeto;
· recuperação de chavetas.
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Objetivo da montagem
A montagem tem por objetivo maior a construção de um todo, constituído por uma série de
elementos que são fabricados separadamente.
Esses elementos devem ser colocados em uma sequência correta, isto é, montados segundo
normas preestabelecidas, para que o todo seja alcançado e venha a funcionar adequadamen-
te. Em manutenção mecânica, esse todo é representado pelos conjuntos mecânicos que darão
origem às máquinas e equipamentos.
Outro cuidado que o mecânico de manutenção deve ter, quando se trata da montagem de
conjuntos mecânicos, é controlar a qualidade das peças a serem utilizadas, sejam elas novas
ou recondicionadas. Nesse aspecto, o controle de qualidade envolve a conferência da peça e
suas dimensões.
Sem controle dimensional ou sem conferência para saber se a peça é realmente a desejada e
se ela não apresenta erros de construção, haverá riscos para o conjunto a ser montado. De
fato, se uma peça dimensionalmente defeituosa ou com falhas de construção for colocada em
um conjunto mecânico, poderá produzir outras falhas e danos em outros componentes.
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ferentes peças antes de começar a montagem, desde que não haja planos e normas
relativas à montagem.
7. Fazer testes de funcionamento dos elementos, conforme a montagem for sendo realiza-
da, para comprovar o funcionamento perfeito das partes.
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Por exemplo, verificar se as engrenagens estão se acoplando sem dificuldade. Por meio de
testes de funcionamento dos elementos, é possível verificar se há folgas e se os elementos
estão dimensionalmente adequados os e colocados nas posições corretas.
8. Lubrificar as peças que se movimentam para evitar desgastes precoces causados pelo atrito
dos elementos mecânicos.
Métodos para realização da montagem
Nos setores de manutenção mecânica das indústrias, basicamente são aplicados dois métodos
para se fazer a montagem de conjuntos mecânicos: a montagem peça a peça e a montagem
em série.
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Montagem em série
A figura seguinte, a título de exemplo, mostra a sequência de operações a serem realizadas
para a montagem de uma série de bombas de engrenagem.
Caso não haja manual de instruções ou esquema de montagem, deve-se proceder da seguinte
forma:
A montagem deve ser baseada no croqui e nas anotações feitas anteriormente, invertendo-
se a sequência de desmontagem.
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Condutores hidráulicos
Os condutores hidráulicos englobam os diversos tipos de tubulações e conexões, disponíveis
no mercado, empregados para transportar a energia hidráulica da bomba até os atuadores,
passando pelos elementos de comando e controle. Em sistemas hidráulicos recomenda-se a
utilização de tubos de aço sem costura, livres de escamas, sujeira ou ferrugem em seu interior.
Além de transportar o óleo, os condutores têm por finalidade, absorver vibrações e facilitar a
dissipação do calor, gerados pelos componentes hidráulicos sob pressão.
Existem quatro tipos principais de condutores hidráulicos:
As roscas dos canos são cônicas, acompanhando o padrão NPT, onde a vedação é feita pela
adaptação entre os filetes do macho e da fêmea, quando apertadas, como mostra a figura a
seguir.
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Para confecção das roscas se faz necessária a utilização de machos e tarrachas especiais que
permitam a obtenção da rosca cônica. Nas roscas do tipo vedação seca, a crista e o fundo dos
filetes se ajustam antes dos flancos, durante o aperto, evitando o uso de teflon para vedar a
folga espiral.
.
Veja, na figura a seguir, alguns tipos de conexões para canos roscados e suas aplicações na
montagem de circuitos hidráulicos.
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Os canos roscados e suas respectivas conexões apresentam alguns problemas para o sistema
hidráulico:
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O cano roscado é dimensionado pelo seu diâmetro interno real, geralmente em polegadas, e
classificados conforme a bitola nominal e a espessura da parede. A bitola nominal determina o
dimensionamento das roscas para conexões. Para linhas de bitola superior a 1 1/4", exigem a
utilização de flanges soldadas às extremidades dos canos, devido à dificuldade de se construir
roscas acima desse diâmetro.
Os tubos de aço sem costura oferecem inúmeras vantagens, comparados aos canos roscados:
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Os tubos de aço sem costura, ao contrário dos canos roscados, são especificados pelo diâme-
tro externo real.
Os tubos de aço sem costura não são vedados pelas roscas de fixação, como nos canos
roscados. Geralmente, as vedações são efetuadas pelo contato direto de metal com metal, por
meio das extremidades biseladas dos tubos ou de anéis de compressão, conforme apresenta-
do na figura a seguir.
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Nas conexões biseladas, as extremidades dos tubos são moldadas, em forma de funil, num
ângulo de 37 graus, e apertadas contra as faces cônicas das conexões, efetuando a vedação
pelo contato direto de metal com metal. Linhas sujeitas a pressões elevadas utilizam-se de
conexões biseladas num ângulo maior, de 45 graus.
O tipo de conexão mais usada, atualmente é a que utiliza anel de compressão ou de penetra-
ção. Trata-se de um anel de aço cujo diâmetro interno adapta-se perfeitamente ao diâmetro
externo do tubo. Quando a conexão é apertada, a porca comprime o chanfro do anel que é
cravado na superfície externa do tubo, efetuando a vedação e a fixação, ao mesmo tempo,
como mostra a ilustração a seguir.
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Mangueiras flexíveis
A utilização de mangueiras flexíveis é recomendada quando as linhas hidráulicas estão sujeitas
a movimentos, causados principalmente por cabeçotes móveis de máquinas operatrizes. Além
disso, as mangueiras têm a capacidade de absorver vibrações geradas pela operação do
sistema hidráulico sob pressão.
Para poder suportar às pressões hidráulicas, as mangueiras são construídas com camadas de
borracha sintética, intercaladas com trançados têxteis ou de fios de aço. É claro que as man-
gueiras com trama de aço suportam pressões mais elevadas do que as de trançados têxteis.
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A camada de borracha interna da mangueira deve ser compatível com o fluido hidráulico para
evitar que possíveis reações químicas contaminem o óleo ou deteriorem a mangueira. A
camada externa, por sua vez, tem a finalidade de proteger os trançados.
Os terminais montados nas extremidades das mangueiras flexíveis permitem a elas serem
utilizadas, no circuito hidráulico, com as mesmas conexões empregadas nos tubos de aço sem
costura. Esses terminais podem ser prensados ou do tipo reaproveitável.
evitar que o movimento da máquina provoque torções, flexões excessivas ou dobras vio-
lentas;
utilizar braçadeiras ou guias para evitar atrito com as partes móveis da máquina ou com
o solo;
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aumentam a turbulência do óleo e a perda de carga, provocadas pelos cantos vivos das
furações internas que, geralmente, formam ângulos bruscos de 90 graus;
são mais pesados do que uma instalação convencional, montada a partir de canos
roscados ou de tubos de aço sem costura.
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Reservatório de ar comprimido
O reservatório, além de sua função principal de armazenar o ar comprimido produzido pelo
compressor, tem outras funções secundárias importantes no fornecimento de ar para os
consumidores, tais como:
consumo de ar comprimido;
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Manômetro
O manômetro é o instrumento utilizado para indicar a pressão do ar comprimido no interior do
reservatório.
Termômetro
Alguns reservatórios possuem esse instrumento para medir a temperatura do ar comprimido,
indicando a necessidade de resfriamento do ar, em caso de altas temperaturas, antes do
mesmo ser distribuído aos consumidores pneumáticos.
Válvula de segurança
A válvula de segurança, também conhecida como válvula limitadora de pressão, tem a função
de limitar a pressão do ar comprimido no interior do reservatório.
Com o auxílio de um manômetro, regula-se a tensão da mola por meio de um parafuso de
ajuste.
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Uma vez reduzida a pressão do ar ao valor da tensão ajustada na mola, a junta de vedação
volta a selar a passagem de 1 para 3 da válvula de segurança. Dessa forma, o acumulo de
pressão do ar comprimido presente no reservatório fica limitado aos padrões ajustados na
válvula de segurança.
Tampa de inspeção
Nos reservatórios de ar comprimido, de grande porte, é comum existir uma ou mais tampas de
inspeção que facilitam o acesso ao interior do reservatório. Essas tampas são muito utilizadas
na limpeza do acúmulo de condensado no interior do reservatório de ar.
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As tubulações de ar comprimido requerem manutenção regular, razão pela qual elas não
devem ser montadas dentro de paredes ou de cavidades estreitas.
O controle da estanqueidade das tubulações seria dificultado por isso. Pequenos vazamentos
são causa de consideráveis perdas de pressão.
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As tubulações, em especial nas redes em circuito aberto, devem ser montadas com um declive
de 1% a 2%, na direção do fluxo.
Dessa forma, evita-se que a água condensada que eventualmente esteja na tubulação princi-
pal possa chegar às tomadas de ar através dos ramais.
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Para interceptar e drenar a água condensada devem ser instaladas derivações com drenos na
parte inferior da tubulação principal.
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Rede combinada
A rede combinada também é uma instalação em circuito fechado, a qual, por suas ligações
longitudinais e transversais, oferece a possibilidade de trabalhar com ar em qualquer lugar.
Na instalação dessa rede já deve ser prevista a possibilidade de ampliação futura, pois a
montagem de uma nova rede distribuidora, de dimensões maiores que a anterior, acarretaria
despesas muito elevadas.
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O diâmetro da tubulação deve ser escolhido de maneira que, mesmo com um consumo de ar
crescente, a queda de pressão, do reservatório até o consumidor, não ultrapasse 0,1 bar.
A escolha do diãmetro da tubulação não é realizada por quaisquer fórmulas empíricas ou,
simplesmente, para aproveitar tubos disponíveis no almoxarifado, mas sim considerando:
comprimento de rede;
pressão de trabalho;
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Cálculo da tubulação
O consumo de ar em um estabelecimento fabril é de 4m3/min (240m3/h).
O aumento previsto em três anos será de 300%, o que resultará em um consumo de 12m3/min
(720m3/h).
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A tubulação terá 300m de comprimento e será composta por 6 conexões em "T", 5 cotovelos a
90° e 1 válvula de passagem.
Prolongue o traço até a linha C (eixo 1), formando um ponto de interseção com o eixo 1;
Ligue agora a linha E (pressão de trabalho) à linha G (queda de pressão), obtendo as-
sim um ponto de interseção em F (eixo 2);
Ligue o ponto da interseção da linha F (eixo 2) com o ponto de interseção da linha C (ei-
xo 1);
Comprimento equivalente
Para os elementos redutores do fluxo as resistências são transformadas em comprimento
equivalente.
Como comprimento equivalente compreende-se o comprimento linear do tubo reto cuja resis-
tência à passagem do ar é igual a resistência oferecida pelo elemento em questão.
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Exemplo
Tubulações principais
cobre;
latão;
aço-liga;
material sintético.
Tubulações instaladas para um longo período de tempo devem ter uniões soldadas, as quais
apresentam a vantagem de serem bem vedadas, evitando vazamentos indesejáveis.
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A desvantagem dessas uniões são as escamas que se criam ao soldar. Essas escamas
devem ser retiradas da tubulação. A costura da solda também está sujeita à corrosão, e isto
requer a montagem de unidades de conservação as quais serão estudadas a seguir.
Em tubulações com tubos de aço zincado (galvanizado), o ponto de conexão nem sempre é
totalmente vedado. A resistência à corrosão, nesses tubos, não é muito melhor do que a do
tubo de aço preto. Lugares decapados, tais como roscas e conexões rápidas, também podem
enferrujar, razão pela qual também aqui é importante o emprego de unidades de conservação.
Em casos especiais usam-se tubos de cobre ou de material sintético (plástico).
Tubulações secundárias
Tubulações à base de borracha (mangueiras) somente devem ser usadas onde for requerida
uma certa flexibilidade e onde, devido à um esforço mecânico mais elevado, não possam ser
usadas tubulações de material sintético.
Tubulações à base de borracha podem ser mais caras e menos manejáveis que as de material
sintético.
Hoje, as tubulações à base de polietileno e poliamida são as mais utilizadas em máquinas,
equipamentos e dispositivos pneumáticos, pois permitem instalações rápidas e são ainda de
baixo custo.
Conexões
Conexões para tubos metálicos, especialmente para tubos de aço e cobre:
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Impurezas
Impurezas em forma de partículas de sujeira ou ferrugem, provenientes de corrosão interna da
rede distribuidora, assim como resíduos de óleo do compressor e umidade do ar levam, em
muitos casos, a falhas em sistemas pneumáticos e avarias de seus elementos.
Por isso, a qualidade do ar comprimido é um fator muito importante a ser observado. Uma
preparação adequada do ar comprimido prolonga a vida útil dos elementos pneumáticos
aplicados em máquinas e equipamentos industriais.
Muito embora a separação primária do condensado tenha sido feita durante o processo de
produção do ar comprimido, por meio de resfriadores e no próprio reservatório de armazena-
mento de ar, a separação final do condensado, a filtragem do ar e outros tratamentos secundá-
rios são executados próximo ao local de consumo do ar comprimido.
O óleo residual proveniente dos compressores pode produzir, junto com o ar comprimido, uma
mistura de ar e óleo a qual apresenta perigo de explosão, principalmente quando há temperatu-
ras superiores a 333K.
Umidade
A água já penetra na rede pelo próprio ar aspirado pelo compressor. A incidência da umidade
depende, em primeira instância, da umidade relativa do ar que, por sua vez, depende da
temperatura e condições atmosféricas.
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Exemplo
filtragem do ar aspirado;
resfriamento,
secagem,
filtragem,
regulagem de pressão,
lubrificação.
Resfriamento do ar comprimido
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5. Serpentina.
8. Válvula de segurança.
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Nesse tipo de resfriador, usa-se água fria bombeada no pórtico 3. A água circula pelo interior da
serpentina, montada dentro do corpo do resfriador, e sai pelo pórtico 4. O ar comprimido quente
entra pelo pórtico 1 e, em contato com a superfície fria da serpentina é resfriado. Durante o
resfriamento, a umidade contida no ar, em forma de vapor devido à alta temperatura, se con-
densa e, por gravidade, desce e se acumula no fundo do corpo do resfriador, de onde é drena-
da para fora por meio de um purgador automático. O ar comprimido, já resfriado e livre de
grande parte da umidade, sai pelo pórtico 2 do resfriador.
Secagem do ar comprimido
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Essa mistura deve ser removida periodicamente do absorvedor. A operação pode ser manual
ou automática.
Com o tempo, o elemento secador é consumido e o secador deve ser reabastecido periodica-
mente (duas a quatro vezes por ano) conforme o volume de uso. O secador por absorção
separa, ao mesmo tempo, vapor e partículas de óleo. Porém, quantidade maiores de óleo
influenciam no funcionamento do secador. Por isso, é conveniente antepor um filtro fino ao
secador.
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A secagem por adsorção está baseada num processo físico: adsorção fixação de uma substân-
cia na superfície de outra substância.
Em geral é conhecido pelo nome de gel (sílica gel). O ar comprimido úmido é conduzido através
da camada de gel e o elemento secador adsorve a água e o vapor de água.
Mediante a montagem em paralelo de duas instalações de adsorção uma delas pode estar
ligada para secar enquanto a outra estiver sendo soprada com ar quente (regeneração).
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Posteriormente, o ar comprimido pode ainda passar por um filtro fino a fim de eliminar os
corpos estranhos.
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Filtragem do ar comprimido
A função de um filtro de ar comprimido é reter partículas sólidas, bem como a água condensa-
da, presentes no ar comprimido que passa por ele.
O condensado acumulado no fundo do copo deve ser eliminado antes de atingir o nível máxi-
mo, para não ser arrastado novamente pela massa de ar em movimento.
As partículas sólidas, maiores que a porosidade do filtro, são retidas por este. Com o tempo, o
acúmulo dessas partículas impede a passagem do ar, entupindo o filtro, o que exige a limpeza
ou substituição do elemento filtrante a intervalos regulares.
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Em filtros normais, a porosidade encontra-se entre 30 e 70µm. Filtros mais finos têm elementos
com porosidade até 31µm.
Pelo orifício de saída, o condensado atinge a câmara entre as juntas de vedação inferiores.
Com o aumento do nível do condensado, o flutuador começa a subir. A um determinado nível,
abre-se a passagem de ar comprimido do copo que passa por ela e desloca o êmbolo para a
direita, abrindo a saída do condensado. Devido às dimensões reduzidas do escape de ar para a
atmosfera, o ar comprimido do copo passa lentamente, mantendo-se a saída do condensado
aberta por um tempo ligeiramente maior.
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A pressão do ar comprimido, fornecida na rede pelo compressor, deve ser regulada de acordo
com as características individuais de cada consumidor. Enquanto o compressor fornece na rede
distribuidora uma pressão principal ou de regime, na ordem de 10 a 12bar, cada máquina,
equipamento e dispositivo pneumático é projetado para trabalhar com uma pressão pré-
determinada, chamada de pressão secundária ou de trabalho, geralmente inferior à pressão
principal.
Sendo assim, usa-se um regulador de pressão para ajustar a pressão secundária de acordo
com as necessidades de cada equipamento pneumático.
O regulador de pressão tem por finalidade manter constante a pressão de trabalho (secundária)
independentemente da pressão de regime (principal), fornecida na rede, e do consumo de ar.
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Quando a pressão de saída se equilibra com a tensão regulada na mola inferior, a membrana
sobe o suficiente para bloquear o escape automático do ar, sem deslocar a junta de vedação de
sua sede de assento. Sendo assim, tanto a entrada de ar comprimido como a saída de escape
automático permanecem fechadas, até que a pressão no pórtico de saída do regulador de
pressão volte a oscilar, para cima ou para baixo.
Portanto, para manter a pressão de saída regulada, há um constante abrir e fechar da válvula.
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Lubrificação do ar comprimido
Sendo assim, usamos lubrificadores cuja função é pulverizar óleo lubrificante, sob a forma de
névoa, na massa de ar comprimido a ser utilizado pelas máquinas, equipamentos e dispositivos
pneumáticos.
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O ar comprimido flui pelo lubrificador do pórtico de entrada para o de saída, passando pela
válvula de retenção cuja mola gera um diferencial de pressão, forçando o ar a entrar no interior
do copo reservatório de óleo.
A pressão do ar, agindo na superfície do óleo lubrificante, empurra o mesmo pelo tubo condu-
tor, até a parte superior do corpo do lubrificador, onde existe um conta-gotas. Um visor acrílico
permite ao operador visualizar a quantidade de óleo a ser utilizada no processo de nebulização.
Por meio de um parafuso dosador, pode-se regular a quantidade de óleo a ser utilizada para a
lubrificação, de acordo com as especificações exigidas pelos fabricantes dos equipamentos
pneumáticos.
O óleo que cai pelo conta-gotas desce até o bocal nebulizador, se mistura com a massa do ar
em movimento e, em forma de névoa, busca o pórtico de saída do lubrificador através do furo
de passagem paralelo à válvula de retenção.
Durante a despressurização, uma válvula anti-retorno evita que o óleo acumulado no conta-
gotas retorne por gravidade ao reservatório, através do tubo condutor.
É importante destacar, ainda, que a utilização dos lubrificadores está limitada ao tipo de pro-
cesso produtivo. Na indústria alimentícia, farmacêutica ou, sempre que a presença de óleo
lubrificante possa interferir na qualidade do produto, os lubrificadores não são empregados,
mesmo com o risco de desgaste prematuro das máquinas e equipamentos pneumáticos.
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unidade de conservação,
unidade de manutenção,
conjunto lubrifil.
filtro;
lubrificador.
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Filtro de ar comprimido
Quando o filtro não é dotado de dreno automático, o nível de condensado deve ser con-
trolado regularmente, não devendo ultrapassar a altura determinada no copo. O con-
densado acumulado pode ser arrastado para a tubulação de ar comprimido e equipa-
mentos.
Lubrificador de ar comprimido
O nível de óleo no copo reservatório deve ser controlado. Sempre que necessário, deve-
se completar o óleo até o nível indicado. Devem ser utilizados somente óleos minerais
de baixa viscosidade (máximo 20°Engler).
Filtros de material plástico e copo lubrificador devem ser limpos somente com água e sabão
neutro. Solventes como "thinner", acetona e acetatos não são recomendados, pois os mesmos
atacam o material plástico.
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O mecânico fez todos os preparativos e aplicou o vedante, e em pouco tempo pôde verificar
que o vaza- mento havia sido contido. A retificadora voltou a operar normalmente sem
problemas. Travas e vedantes químicos anaeróbicos serão os assuntos desta aula.
Travas e vedantes químicos são resinas anaeróbicas que endurecem na ausência do oxigê-
nio e que são desenvolvidas em indústrias do ramo químico por meio de tecnologias avança-
das. Tais resinas apresentam vários níveis de viscosidade e resistência e são aplicadas nos
seguintes casos:
Dica: Uma das soluções para evitar que os elementos de fixação se soltem, especialmente
os roscados, é utilizar a trava química anaeróbica.
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Em estado líquido, o produto preenche todos os espaços entre os filetes da rosca e começa
a solidificar na ausência de ar, uma vez que este é expulso para dar lugar à resina durante a
montagem do elemento roscado.
Depois de seca, a resina transforma-se numa película plástica entre os filetes da rosca,
proporcionando o travamento.
A trava química pode ser aplicada em uniões com furos passantes, parafusos e porcas e em
furos cegos com bujões roscados ou prisioneiros.
Dica: A quantidade de trava química que será aplicada deve ser suficiente para preencher os
espaços vazios entre os filetes da rosca do parafuso e da porca ou furo roscado.
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Para desmontar uma trava roscada, deverão ser observados os seguintes procedimentos:
– usar a mesma ferramenta que foi utilizada na montagem;
– se necessário, aplicar calor utilizando bico de maçarico tipo chuveiro direcionando-o
para a porca, ou prisioneiro.
Dica
A temperatura da fonte de calor não deverá ser superior a 200°C e o conjunto deverá ser
desmontado enquanto estiver quente.
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Segurança: Para evitar contaminação do solo e da água, a união ou conexão deve ser feita
de forma adequada para não haver vazamento de fluidos e, em consequência, problemas na
produção e derramamento indesejado.
Os tipos mais comuns de vedantes de roscas são as fitas de teflon, sisal e massas vedantes.
Esses materiais de vedação, contudo, não propiciam um preenchimento total das folgas
existentes entre os filetes das roscas, provocando, em alguns casos, posicionamento impre-
ciso de peças uni- das, bem como necessidades de reaperto e altos torques. Geralmente,
reaperto e altos torques, além de causarem avarias nas peças, podem fazer com que partícu-
las de vedantes adentrem no sistema, contaminando-o.
Esses problemas podem ser evitados com o uso de vedantes químicos que suportam condi-
ções adversas: altas temperaturas, pressões hidráulicas e pneumáticas e vibrações do
equipamento.
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Uma das aplicações dos produtos químicos anaeróbicos são as vedações. Elas permitem a
confecção de juntas no local da união sem a interposição de outros materiais.
O vedante utilizado permite uma perfeita adaptação à conformação das superfícies, que
ficarão em contato sem a necessidade de interpor outros materiais, como as juntas de papel.
Obtém-se, desse modo, uma vedação perfeita, resistente e insolúvel.
Para a utilização desse tipo de vedação, verifique o limite da folga conforme especificação do
fabricante.
Fixação anaeróbica
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A fixação anaeróbica, diante de um problema dessa natureza, é uma excelente opção, pois o
produto líquido preenche por completo as folgas entre as peças e, por causa da ausência de
ar, se transforma em uma película sólida que fixa os elementos.
Por ser de rápida aplicação, esse processo permite que o serviço de manutenção seja
executado com rapidez e economia, com resultados satisfatórios.
A desmontagem deve ser feita utilizando os componentes usuais, tais como o saca-polias ou
saca-rolamentos. Caso seja necessário, deve-se aplicar calor localizado, utilizando bico de
maçarico tipo chuveiro e não deixando que a fonte de calor ultrapasse 200°C.
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Elementos de vedação
Os materiais usados como elementos de vedação são: juntas de borracha, papelão, ve-
lumóide, anéis de borracha ou metálicos, juntas metálicas, retentores, gaxetas e selos
mecânicos, entre outros.
Juntas de borracha
Juntas de papelão
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Juntas metálicas
São destinadas à vedação de equipamentos que operam com altas pressões e altas tempe-
raturas. Geralmente fabricadas em aço de baixo teor de carbono, em alumínio, cobre ou
chumbo, são normalmente aplicadas em flanges de grande aperto ou de aperto limitado.
Juntas de teflon
Juntas de amianto
Juntas de cortiça
Retentores
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Elementos de um retentor
A figura a seguir ilustra os elementos de um retentor.
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Vedação principal com mola, proteção contra poeira, com perfil e recoberto
BRG
externamente com borracha.
Vedação principal com mola, proteção contra poeira e diâmetro externo,
BRAG metade borracha, metade metal. esse tipo de retentor é aplicado em moto-
res e transmissores.
Vedação principal com mola e diâmetro externo de metal. Geralmente,
BA
utiliza-se pintura emborrachada no diâmetro externo para auxiliar a vedação.
Vedação principal com mola, proteção contra poeira e diâmetro externo
BAG
metálico, com as mesmas características do Ba.
Vedação principal com mola e diâmetro externo de metal com tampa. esse
B tipo de perfil geralmente é aplicado em sistemas fechados; o rolamento joga
óleo diretamente na vedação principal.
Vedação principal com mola, proteção contra poeira e diâmetro externo de
BG
metal com tampa, com as mesmas características do B.
Vedação principal sem mola e diâmetro externo recoberto com borracha.
GR
normalmente, esse retentor é utilizado para vedação de graxa.
Vedação principal sem mola e diâmetro externo de metal. na maioria das
GA
vezes, esse tipo de perfil é aplicado para vedação de graxa.
Como vimos, a vedação por retentores dá-se por meio da interferência do lábio sobre o
eixo. Essa condição de trabalho provoca atrito e a consequente geração de calor na área de
contato, o que tende a causar a degeneração do material do retentor, levando o lábio de
vedação ao desgaste. Em muitas ocasiões, provoca o desgaste no eixo na região de
contato com o retentor.
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Álcool + aditivos
Óleos hipóides
Código do elastômero
Graxa
(a.t.f.)
Tipo de borracha
material (oc)
Material normalmente
utilizado em máquinas
e equipamentos
Nitrílica
Material amplamente
Poliacrílica
utilizado em motores e
Acm transmissões na
indústria automobilísti-
−15 130 120 120 130 − − − ca.
Material normalmente
empregado em motores
silicone
Material empregado em
−30 150 150 150 150 − 125 125
fpM motores e transmissões
muito solicitados.
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Para que um retentor trabalhe de modo eficiente e tenha uma boa durabilidade, a superfície
do eixo e o lábio do retentor deverão atender aos seguintes parâmetros:
– o acabamento da superfície do eixo deve ser obtido por retificação, seguindo os pa-
drões de qualidade exigidos pelo projeto;
– a superfície de trabalho do lábio do retentor deverá ser isenta de sinais de batidas,
sulcos, trincas, falhas de material, deformação e oxidação;
– a dureza do eixo, no local de trabalho do lábio do retentor, deverá estar acima de 28
HRC.
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Os cantos do eixo devem ter chanfros entre 15 e 25° para facilitar a entrada do retentor.
Não sendo possível chanfrar ou arredondar os cantos, ou o retentor tendo de passar
obrigatoriamente por regiões com roscas, ranhuras, entalhes ou outras irregularidades,
recomenda-se o uso de uma luva de proteção para o lábio. O diâmetro da luva deverá ser
compatível, de tal forma que o lábio não venha a sofrer deformações.
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Gaxetas
São elementos mecânicos utilizados para vedar a passagem de um fluido de um local para
outro, de forma total ou parcial. Os materiais usados na fabricação de gaxetas são algodão,
juta, asbesto (amianto), náilon, teflon, borracha, alumínio, latão e cobre. A esses materiais
são aglutinados outros, como óleo, sebo, graxa, silicone, grafite e mica.
A função desses outros materiais que são aglutinados às gaxetas é torná-las autolubrifica-
das. Em algumas situações, o fluxo do fluido não deve ser totalmente vedado, pois é
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necessária uma passagem mínima de fluido com a finalidade de auxiliar a lubrificação entre
o eixo rotativo e a própria gaxeta. A esse tipo de trabalho dá-se o nome de restringimento.
O restringimento é aplicado, por exemplo, quando se trabalha com bomba centrífuga de alta
velocidade. Nesse tipo de bomba, o calor gerado pelo atrito entre a gaxeta e o eixo rotativo
é muito elevado e, sendo assim, exige uma saída controlada do fluido para minimizar o
provável desgaste. A caixa de gaxeta mais simples apresenta um cilindro oco no qual ficam
alojados vários anéis de gaxeta, pressionados por uma peça chamada de sobreposta. A
função dessa peça é manter a gaxeta alojada entre a caixa e o eixo, sob pressão conveni-
ente para o trabalho.
Efeito hidrodinâmico
Existem nervuras na vedação principal das gaxetas que funcionam como uma bomba de
sucção, rebombeando o fluido que, eventualmente, tenha ultrapassado a vedação principal.
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As figuras a seguir mostram gaxetas em forma de corda, anéis e algumas de suas aplica-
ções.
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Seleção da gaxeta
A escolha da gaxeta adequada para cada tipo de trabalho deve ser feita com base em
dados fornecidos pelos catálogos dos fabricantes. No entanto, os seguintes dados deverão
ser levados em consideração:
– material utilizado na confecção da gaxeta;
– dimensões da caixa de gaxeta;
– fluido líquido ou gasoso bombeado pela máquina;
– temperatura e pressão dentro da caixa de gaxeta;
– tipo de movimento da bomba (rotativo/alternativo);
– material utilizado na construção do eixo ou da haste;
– ciclos de trabalho da máquina;
– condições especiais da bomba: alta ou baixa temperatura; local de trabalho (sub-
merso ou não); meio (ácido, básico, salino) a que se encontra exposta.
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Substituição da gaxeta
A gaxeta deve ser removida com um par de saca-gaxeta com tamanho adequado. O interior
da caixa de gaxeta deve ser bem limpo.
O grau de limpeza poderá ser verificado com o auxílio de um espelho ou de uma lâmpada,
caso seja necessário.
Caso não exista uma gaxeta padronizada, deve-se substituí-la por uma em forma de corda,
tomando cuidado em seu corte e na sua montagem. O corte deverá ser a 45° para que haja
vedação.
A gaxeta deverá ser montada escalonadamente, para que não ocorra uma coincidência dos
cortes ou das emendas, evitando, assim, possíveis vazamentos, conforme mostra a figura a
seguir.
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Selo mecânico
O selo mecânico é um vedador de pressão que utiliza princípios hidráulicos para reter
fluidos. A vedação exercida pelo selo mecânico se processa em dois momentos: na veda-
ção principal e na secundária.
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Vedação principal
A vedação principal é feita num plano perpendicular ao eixo por meio do contato deslizante
entre as faces altamente polidas de duas peças, geralmente chamadas de sede e anel de
selagem. A sede é estacionária e fica conectada em uma parte sobreposta. O anel de
selagem é fixado ao eixo e gira com ele.
Para que as faces do anel de selagem e da sede permaneçam sempre em contato e
pressionadas, utilizam-se molas helicoidais conectadas ao anel de selagem.
As figuras a seguir mostram alguns tipos de sedes e de anéis de selagem, bem como um
selo mecânico em corte:
Vedação secundária
A vedação secundária, aplicada à sede e ao anel de selagem, pode ser feita por meio de
vários anéis com perfis diferentes, tais como junta, anel O’ring, anel “V”, cunha e fole.
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Os selos mecânicos são utilizados com vantagens em relação às gaxetas, pois impedem
vazamentos e podem trabalhar sob grandes velocidades e em temperaturas e pressões
elevadas, sem apresentar desgastes consideráveis. Eles permitem a vedação de produtos
tóxicos e inflamáveis.
As figuras a seguir mostram exemplos de selos mecânicos em corte.
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Elementos de Apoio
Conceito de mancal
Mancal é um suporte de apoio de eixos e rolamentos que são elementos girantes de máquinas.
Os mancais classificam-se em duas categorias: mancais de deslizamento e
mancais de rolamento.
Mancais de deslizamento - São concavidades nas quais as pontas de um eixo se apoiam. Por
exemplo, na figura seguinte, as duas concavidades existentes nos blocos onde as pontas de
um eixo se apoiam são mancais de deslizamento.
Mancais de rolamento - São aqueles que comportam esferas ou rolos nos quais o eixo se
apoia. Quando o eixo gira, as esferas ou rolos também giram confinados dentro do mancal.
Por exemplo, se colocarmos esferas ou rolos inseridos entre um eixo e um bloco, conforme
figura abaixo, o eixo rolará sobre as esferas ou rolos.
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Pode-se afirmar que os rolamentos de esferas são usados para cargas leves ou médias, e os
rolamentos de rolos para cargas médias ou pesadas.
Por exemplo, em bicicletas e motocicletas, que suportam cargas leves, os cubos das rodas
apresentam rolamentos de esferas. Em caminhões, que suportam cargas pesadas, os cubos
das rodas apresentam rolamentos de rolos. Já em automóveis, que suportam cargas médias,
os cubos das rodas podem apresentar rolamentos de esferas ou de rolos.
Tipos de rolamento
Os tipos de rolamento construídos para suportar cargas atuando perpendicularmente ao eixo,
tais como os rolamentos dos cubos de rodas, por exemplo, são chamados de rolamentos
radiais.
Os rolamentos projetados para suportar cargas que atuam na direção do eixo são chamados
de rolamentos axiais.
Um rolamento axial pode ser usado, por exemplo, para suportar o empuxo da hélice propulsora
de um navio. Muitos tipos de rolamento radiais são capazes de suportar, também, cargas
combinadas, isto é, cargas radiais e axiais.
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Aplicação de rolamentos
O arranjo de rolamentos, num elemento de máquina, pode ser feito de vários modos. É comum
usar dois rolamentos espaçados a uma certa distância. Estes rolamentos podem ser alojados
numa mesma caixa ou em duas caixas separadas, sendo a escolha feita com base no projeto
da máquina e na viabilidade de empregar caixas menos onerosas.
A maioria das caixas padronizadas é construída para alojar um rolamento. Também são
fabricadas caixas padronizadas para dois rolamentos, embora em menor quantidade.
Em outras aplicações, em vez do eixo girar, outros elementos de máquina é que giram sobre
ele, que se mantém estacionado. É o caso das polias ou rolos não tracionados.
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Na verificação pela audição, faz-se funcionar o rolamento com um número de rotações reduzi-
do. Se o operador ouvir um som raspante, como um zumbido, é porque as pistas do rolamento
estão sujas; se o som ouvido for estrepitoso, a pista apresenta danos ou descascamento; se o
som ouvido for metálico, tipo silvo, é sinal de pequena folga ou falta de lubrificação.
A verificação pelo ouvido pode ser melhorada colocando-se um bastão ou uma chave de fenda
contra o alojamento onde se encontra o rolamento. Encostando o ouvido na extremidade livre
do bastão ou no cabo da chave de fenda, ou ainda utilizando um estetoscópio eletrônico, os
tipos de sonoridade poderão ser detectadas facilmente.
Além dos ruídos, outro fator a ser observado nos rolamentos é a temperatura. A temperatura
pode ser verificada por meio de termômetros digitais, sensíveis aos raios infravermelhos. Outra
maneira de verificar a temperatura de um rolamento é aplicar giz sensitivo ou, simplesmente,
colocar a mão no alojamento do rolamento.
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Se a temperatura estiver mais alta que o normal ou sofrer constantes variações, isto significa
que há algum problema no rolamento. O problema pode ser:
lubrificação deficiente;
lubrificação em excesso;
presença de sujeiras;
excesso de carga;
folga interna muito pequena;
início de desgastes;
rolamento “preso” axialmente;
excesso de pressão nos retentores;
calor proveniente de fonte externa.
Salientemos que ocorre um aumento natural na temperatura, durante um ou dois dias, após a
lubrificação correta de um rolamento.
Outros pontos que devem ser inspecionados em um rolamento são os seguintes: vedações,
nível do lubrificante e seu estado quanto à presença de impurezas.
SENAI-SP 103
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b) Verificar o lubrificante. Vários tipos de impurezas podem ser sentidos pelo tato, bastando
esfregar uma amostra do lubrificante entre os dedos. Uma fina camada de lubrificante espa-
lhada nas costas da mão permitirá uma inspeção visual.
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c) Impedir que sujeira e umidade penetrem na máquina, após a remoção das tampas e veda-
dores. Em caso de interrupção do trabalho, proteger a máquina, rolamentos e assentos com
papel parafinado, plástico ou material similar. O uso de estopa é condenável, pois fiapos
podem contaminar os rolamentos.
d) Lavar o rolamento exposto, onde é possível fazer uma inspeção sem desmontá-lo. A lava-
gem deve ser efetuada com um pincel molhado em querosene.
e) Secar o rolamento lavado com um pano limpo sem fiapos ou com ar comprimido. Se for
aplicado ar comprimido, cuidar para que nenhum componente do rolamento entre em rotação.
Rolamentos blindados (com duas placas de proteção ou de vedação) nunca deverão ser
lavados.
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Quando não for possível alcançar a face do anel interno, o saca-polias deverá ser aplicado na
face do anel externo, conforme figura abaixo. Entretanto, é importante que o anel externo seja
girado durante a desmontagem. Esse cuidado garantirá que os esforços se distribuam pelas
pistas, evitando que os corpos rolantes (esferas ou roletes) as marquem.
Na operação, o parafuso deverá ser travado ou permanecer seguro por uma chave. As garras
é que deverão ser giradas com a mão ou com o auxílio de uma alavanca.
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Caso haja ressaltos entre os rolamentos, deve-se usar um punção de ferro ou de metal relati-
vamente mole, com ponta arredondada, ou ferramenta similar. Os esforços deverão ser
aplicados sempre no anel externo.
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A desmontagem de rolamentos montados sobre buchas de fixação deve ser iniciada após se
marcar a posição da bucha sobre o eixo. A orelha da arruela de trava, dobrada no rasgo da
porca de fixação, deve ser endireitada, e a porca deverá ser solta com algumas voltas.
SENAI-SP 109
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A seguir, o rolamento deverá ser solto da bucha de fixação por meio da martelagem no tubo
metálico, conforme explicado anteriormente.
Quando a face da porca estiver inacessível, ou quando não existir um espaço entre o anel
interno e o encosto do eixo, a ferramenta deverá ser aplicada na face do anel interno do
rolamento.
SENAI-SP 110
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Montagem de rolamentos
A montagem de rolamentos deve pautar-se nos seguintes princípios:
SENAI-SP 111
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 112
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Se o rolamento for do tipo que apresenta lubrificação permanente, ele não deverá ser
aquecido conforme descrito anteriormente. O aquecimento remove o lubrificante e o ro-
lamento sofrerá danos.
Para rolamentos que apresentam lubrificação permanente, recomenda-se esfriar o eixo
onde eles serão acoplados. A contração do eixo facilitará a colocação dos rolamentos;
contudo, convém salientar que há aços que sofrem modificações estruturais permanen-
tes quando resfriados.
SENAI-SP 113
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Usar um pedaço de tubo metálico contra a face do anel externo após a lubrificação das partes
a serem montadas.
SENAI-SP 114
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A vida útil dos mancais de deslizamento poderá ser prolongada se alguns parâmetros de
construção forem observados:
SENAI-SP 115
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 116
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Após a lavagem dos mancais, eles deverão ser lubrificados com o mesmo tipo de lubrificante
anteriormente usado, desde que esse tipo não seja o causador de algum provável dano.
No local de funcionamento dos mancais, a limpeza deve ser contínua nas proximidades para
eliminar os elementos estranhos que poderiam contaminar o lubrificante, tais como: água,
partículas metálicas, pó, abrasivos, ácidos etc.
SENAI-SP 117
Técnicas de Intervenção na Manutenção
a) Colocar o eixo sobre o mancal e fazer o eixo girar para que se possa observar as marcas
provocadas pelo eixo contra o mancal. Quando os mancais estiverem alinhados, as marcas
deverão ser uniformes.
SENAI-SP 118
Técnicas de Intervenção na Manutenção
VANTAGENS DESVANTAGENS
São simples de montar e desmon-
Produzem altas temperaturas em serviço.
tar.
Adaptam-se facilmente às circuns- Provocam desgastes em buchas e eixos
tâncias. devido às deficiências de lubrificação.
Apresentam formatos de constru- Provocam perda de rendimento devido ao
ção variados. atrito.
Não permitem desalinhamentos.
Exigem constantes lubrificações.
Quando se fala em alinhamento de eixos, deve-se levar em consideração a base de apoio das
máquinas e equipamentos que os contêm. De fato, as máquinas e equipamentos existentes,
nas empresas, nos setores de produção, assentam-se, parcial ou totalmente, na maioria das
vezes, em pisos concretados. O concreto tem a capacidade de evitar ou reduzir, ao mínimo, as
vibrações e deslocamentos das máquinas e equipamentos.
O nivelamento correto contribui para que não ocorram rupturas e desgastes desnecessários de
muitos elementos das máquinas e equipamentos. Por exemplo, quando se instala uma bomba
sobre uma base de apoio apenas cimentada, o nivelamento adequado é difícil de ser obtido. A
bomba, nessas condições, trará problemas, mais cedo ou mais tarde.
SENAI-SP 119
Técnicas de Intervenção na Manutenção
As figuras a seguir mostram exemplos de equipamentos que exigem o correto alinhamento dos
eixos.
SENAI-SP 120
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Os tipos mais simples de mancais de deslizamento são apresentados nas figuras seguintes.
Eles não oferecem possibilidades de ajustes ou regulagens e a manutenção é efetuada com a
troca da bucha de deslizamento.
SENAI-SP 121
Técnicas de Intervenção na Manutenção
No caso do mancal ilustrado abaixo, tem-se um mancal bipartido no qual se pode aplicar
buchas inteiriças ou partidas. Nesse tipo de mancal, é comum a presença de uma folga entre a
capa e a base para facilitar o ajuste do conjunto.
SENAI-SP 122
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A outra ilustração apresenta uma solução construtiva que elimina a possibilidade de desloca-
mento do eixo com a aplicação de anéis de ajuste e travamento, colocados nas laterais do
mancal.
SENAI-SP 123
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A adoção de qualquer um dos procedimentos citados exigirá, no final, o ajuste do mancal com
rasquete; contudo, o importante é que o eixo gire perfeitamente.
Sempre que houver mais de dois mancais num sistema, o alinhamento deverá ser iniciado
pelos mancais da extremidade e terminar nos mancais intermediários.
SENAI-SP 124
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Elementos de Transmissão
Um motorista viajava numa estrada e não viu a luz vermelha que, de repente, apareceu no
painel. Mais alguns metros, o carro parou.
O motorista, que nada entendia de carro, percebeu que algo de grave acontecera. Empurrou o
carro para o acostamento, colocou o triângulo como sinal de aviso e saiu à procura de socorro.
Por sorte, encontrou um mecânico.
Por isso, você vai estudar alguns elementos de máquina para transmissão: correia, correntes,
engrenagens, rodas de atrito, roscas, cabos de aço.
Com esses elementos são montados sistemas de transmissão que transferem potência e
movimento a um outro sistema.
SENAI-SP 125
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Os sistemas de transmissão podem, também, variar as rotações entre dois eixos. Nesse caso,
o sistema de rotação é chamado variador.
Abaixo, temos a ilustração de um variador por engrenagens acionado por um motor elétrico.
Seja qual for o tipo de variador, sua função está ligada a eixos.
SENAI-SP 126
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Modos de transmissão
A transmissão por atrito possibilita uma boa centralização das peças ligadas aos eixos. Entre-
tanto, não possibilita transmissão de grandes esforços quanto os transmitidos pela forma. Os
principais elementos de transmissão por atrito são os elementos anelares e arruelas estrela-
das.
SENAI-SP 127
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Esses elementos constituem-se de dois anéis cônicos apertados entre si e que atuam ao
mesmo tempo sobre o eixo e o cubo.
As arruelas estreladas possibilitam grande rigor de movimento axial (dos eixos) e radial (dos
raios). As arruelas são apertadas por meio de parafusos que forçam a arruela contra o eixo e o
cubo ao mesmo tempo.
SENAI-SP 128
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Correias
São elementos de máquina que transmitem movimento de rotação entre eixos por intermédio
das polias. As correias podem ser contínuas ou com emendas. As polias são cilíndricas,
fabricadas em diversos materiais. Podem ser fixadas aos eixos por meio de pressão, de
chaveta ou de parafuso.
Correntes
São elementos de transmissão, geralmente metálicos, constituídos de uma série de anéis ou
elos. Existem vários tipos de corrente e cada tipo tem uma aplicação específica.
SENAI-SP 129
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Engrenagens
Também conhecidas como rodas dentadas, as engrenagens são elementos de máquina
usados na transmissão entre eixos. Existem vários tipos de engrenagem.
Rodas de atrito
São elementos de máquinas que transmitem movimento por atrito entre dois eixos paralelos ou
que se cruzam.
SENAI-SP 130
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Roscas
São saliências de perfil constante, em forma de hélice (helicoidal). As roscas se movimentam
de modo uniforme, externa ou internamente, ao redor de uma superfície cilíndrica ou cônica.
As saliências são denominadas filetes.
Existem roscas de transporte ou movimento que transformam o movimento giratório num
movimento longitudinal. Essas roscas são usadas, normalmente, em tornos e prensas, princi-
palmente quando são frequentes as montagens e desmontagens.
Cabos de aço
São elementos de máquinas feitos de arame trefilado a frio. Inicialmente, o arame é enrolado
de modo a formar pernas. Depois as pernas são enroladas em espirais em torno de um
elemento central, chamado núcleo ou alma.
SENAI-SP 131
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Acoplamento
É um conjunto mecânico que transmite movimento entre duas peças.
Eixos e árvores
Assim como o homem, as máquinas contam com sua coluna vertebral como um dos principais
elementos de sua estrutura física: eixos e árvores, que podem ter perfis lisos ou compostos,
em que são montadas as engrenagens, polias, rolamentos, volantes, manípulos etc.
SENAI-SP 132
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Quando se trata de eixo-árvore giratório, o eixo se movimenta juntamente com seus elementos
ou independentemente deles como, por exemplo, eixos de afiadores (esmeris), rodas de trole
(trilhos), eixos de máquinas-ferramenta, eixos sobre mancais.
Material de fabricação
Os eixos e árvores são fabricados em aço ou ligas de aço, pois os materiais metálicos apre-
sentam melhores propriedades mecânicas do que os outros materiais. Por isso, são mais
adequados para a fabricação de elementos de transmissão:
eixos com pequena solicitação mecânica são fabricados em aço ao carbono;
eixo-árvore de máquinas e automóveis são fabricados em aço-níquel;
eixo-árvore para altas rotações ou para bombas e turbinas são fabricados em aço
cromo-níquel;
eixo para vagões são fabricados em aço-manganês.
Quando os eixos e árvores têm finalidades específicas, podem ser fabricados em cobre,
alumínio, latão. Portanto, o material de fabricação varia de acordo com a função dos eixos e
árvores.
SENAI-SP 133
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Para suporte de forças radiais, usam-se espigas retas, cônicas, de colar, de manivela e
esférica.
As forças axiais têm direção perpendicular (90º) à seção transversal do eixo, enquanto as
forças radiais têm direção tangente ou paralela à seção transversal do eixo.
SENAI-SP 134
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Quanto ao tipo, os eixos podem ser roscados, ranhurados, estriados, maciços, vazados,
flexíveis, cônicos, cujas características estão descritas a seguir.
Eixos maciços
A maioria dos eixos maciços tem seção transversal circular maciça, com degraus ou apoios
para ajuste das peças montadas sobre eles. A extremidade do eixo é chanfrada para evitar
rebarbas. As arestas são arredondadas para aliviar a concentração de esforços.
SENAI-SP 135
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Eixos vazados
Normalmente, as máquinas-ferramenta possuem o eixo-árvore vazado para facilitar a fixação
de peças mais longas para a usinagem. Temos ainda os eixos vazados empregados nos
motores de avião, por serem mais leves.
Eixos cônicos
Os eixos cônicos devem ser ajustados a um componente que possua um furo de encaixe
cônico. A parte que se ajusta tem um formato cônico e é firmemente presa por uma porca.
Uma chaveta é utilizada para evitar a rotação relativa.
Eixos roscados
Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos roscados, o que permite sua utilização como
elemento de transmissão e também como eixo prolongador utilizado na fixação de rebolos para
retificação interna e de ferramentas para usinagem de furos.
SENAI-SP 136
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Eixos-árvore ranhurados
Esse tipo de eixo apresenta uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua circunferên-
cia. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de peças que serão monta-
das no eixo. Os eixos ranhurados são utilizados para transmitir grande força.
Eixos-árvore estriados
Assim como os eixos cônicos, como chavetas, caracterizam-se por garantir uma boa concen-
tricidade com boa fixação, os eixos-árvore estriados também são utilizados para evitar rotação
relativa em barras de direção de automóveis, alavancas de máquinas etc.
Eixos-árvore flexíveis
Consistem em uma série de camadas de arame de aço enroladas alternadamente em sentidos
opostos e apertadas fortemente. O conjunto é protegido por um tubo flexível e a união com o
motor é feita mediante uma braçadeira especial com uma rosca.
São eixos empregados para transmitir movimento a ferramentas portáteis (roda de afiar), e
adequados a forças não muito grandes e altas velocidades (cabo de velocímetro).
SENAI-SP 137
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Polias
As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas correias.
Tipos de polia
Os tipos de polia são determinados pela forma da superfície na qual a correia se assenta. Elas
podem ser planas ou trapezoidais. As polias planas podem apresentar dois formatos na sua
superfície de contato. Essa superfície pode ser plana ou abaulada.
SENAI-SP 138
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A polia plana conserva melhor as correias, e a polia com superfície abaulada guia melhor as
correias. As polias apresentam braços a partir de 200 mm de diâmetro. Abaixo desse valor, a
coroa é ligada ao cubo por meio de discos.
A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfície na qual a correia se assenta apre-
senta a forma de trapézio. As polias trapezoidais devem ser providas de canaletes (ou canais)
e são dimensionadas de acordo com o perfil padrão da correia a ser utilizada.
SENAI-SP 139
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Essas dimensões são obtidas a partir de consultas em tabelas. Vamos ver um exemplo que
pode explicar como consultar tabela.
Imaginemos que se vai executar um projeto de fabricação de polia, cujo diâmetro é de 250
mm, perfil padrão da correia C e ângulo do canal de 34º.
Além das polias para correias planas e trapezoidais, existem as polias para cabos de aço, para
correntes, polias (ou rodas) de atrito, polias para correias redondas e para correias dentadas.
Algumas vezes, as palavras roda e polia são utilizadas como sinônimos.
No quadro da próxima página, observe, com atenção, alguns exemplos de polias e, ao lado, a
forma como são representadas em desenho técnico.
SENAI-SP 140
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 141
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Correias
As correias mais usadas são planas e as trapezoidais. A correia em “V” ou trapezoidal é
inteiriça, fabricada com seção transversal em forma de trapézio. É feita de borracha revestida
de lona e é formada no seu interior por cordonéis vulcanizados para suportar as forças de
tração.
SENAI-SP 142
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Outra correia utilizada é a correia dentada, para casos em que não se pode ter nenhum
deslizamento, como no comando de válvulas do automóvel.
Transmissão
Na transmissão por polias e correias, a polia que transmite movimento e força é chamada polia
motora ou condutora. A polia que recebe movimento e força é a polia movida ou conduzida. A
maneira como a correia é colocada determina o sentido de rotação das polias. Assim, temos:
sentido direto de rotação - a correia fica reta e as polias têm o mesmo sentido de ro-
tação;
SENAI-SP 143
Técnicas de Intervenção na Manutenção
sentido de rotação inverso - a correia fica cruzada e o sentido de rotação das polias in-
verte-se;
Para ajustar as correias nas polias, mantendo tensão correta, utiliza-se o esticador de correia.
SENAI-SP 144
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Relação de transmissão
Na transmissão por polias e correias, para que o funcionamento seja perfeito, é necessário
obedecer alguns limites em relação ao diâmetro das polias e o número de voltas pela unidade
de tempo. Para estabelecer esses limites precisamos estudar as relações de transmissão.
Costumamos usar a letra i para representar a relação de transmissão. Ela é a relação entre o
número de voltas das polias (n) numa unidade de tempo e os seus diâmetros.
A velocidade tangencial (V) é a mesma para as duas polias, e é calculada pela fórmula:
V=¶.D.n
SENAI-SP 145
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Na transmissão por correia plana, a relação de transmissão (i) não deve ser maior do que 6
(seis), e na transmissão por correia trapezoidal esse valor não deve ser maior do que 10 (dez).
Correntes
As correntes transmitem força e movimento que fazem com que a rotação do eixo ocorra nos
sentidos horário e anti-horário. Para isso, as engrenagens devem estar num mesmo plano. Os
eixos de sustentação das engrenagens ficam perpendiculares ao plano.
Transmissão
A transmissão ocorre por meio do acoplamento dos elos da corrente com os dentes da engre-
nagem. A junção desses elementos gera uma pequena oscilação durante o movimento.
SENAI-SP 146
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Algumas situações determinam a utilização de dispositivos especiais para reduzir essa oscila-
ção, aumentando, conseqüentemente, a velocidade de transmissão.
SENAI-SP 147
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Tipos de corrente
Correntes de rolo simples, dupla e tripla
Fabricadas em aço temperado, as correntes de rolo são constituídas de pinos, talas externa e
interna, bucha remachada na tala interna. Os rolos ficam sobre as buchas.
O fechamento das correntes de rolo pode ser feito por cupilhas ou travas elásticas, conforme o
caso.
SENAI-SP 148
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Essas correntes são utilizadas em casos em que é necessária a aplicação de grandes esforços
para baixa velocidade como, por exemplo, na movimentação de rolos para esteiras transporta-
doras.
Corrente de bucha
Essa corrente não tem rolo. Por isso, os pinos e as buchas são feitos com diâmetros maiores,
o que confere mais resistência a esse tipo de corrente do que à corrente de rolo. Entretanto, a
corrente de bucha se desgasta mais rapidamente e provoca mais ruído.
SENAI-SP 149
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Corrente de dentes
Nessa corrente, cada pino possui várias talas, colocadas uma ao lado da outra. Assim, é
possível construir correntes bem largas e resistentes.
SENAI-SP 150
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Cabos
Cabos são elementos de transmissão que suportam cargas (força de tração), deslocando-as
nas posições horizontal, vertical ou inclinada. Os cabos são muito empregados em equipamen-
tos de transporte e na elevação de cargas, como em elevadores, escavadeiras, pontes rolan-
tes.
SENAI-SP 151
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Componentes
O cabo de aço se constitui de alma e perna. A perna se compõe de vários arames em torno de
um arame central, conforme a figura abaixo.
Construção de cabos
Um cabo pode ser construído em uma ou mais operações, dependendo da quantidade de fios
e, especificamente, do número de fios da perna. Por exemplo: um cabo de aço 6 por 19
significa que uma perna de 6 fios é enrolada com 12 fios em duas operações, conforme segue:
SENAI-SP 152
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Distribuição normal
Os fios dos arames e das pernas são de um só diâmetro.
Distribuição seale
As camadas são alternadas em fios grossos e finos.
SENAI-SP 153
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Distribuição filler
As pernas contêm fios de diâmetro pequeno que são utilizados como enchimento dos vãos dos
fios grossos.
Distribuição warrington
Os fios das pernas têm diâmetros diferentes numa mesma camada.
Alma de fibra
É o tipo mais utilizado para cargas não muito pesadas. As fibras podem ser naturais (AF) ou
artificiais (AFA).
SENAI-SP 154
Técnicas de Intervenção na Manutenção
As fibras naturais utilizadas normalmente são o sisal ou o rami. Já a fibra artificial mais usada é
o polipropileno (plástico).
Alma de algodão
Tipo de alma que é utilizado em cabos de pequenas dimensões.
Alma de asbesto
Tipo de alma utilizado em cabos especiais, sujeitos a altas temperaturas.
Alma de aço
A alma de aço pode ser formada por uma perna de cabo (AA) ou por um cabo de aço indepen-
dente (AACI), sendo que este último oferece maior flexibilidade somada à alta resistência à
tração.
Tipos de torção
Os cabos de aço, quando tracionados, apresentam torção das pernas ao redor da alma. Nas
pernas também há torção dos fios ao redor do fio central. O sentido dessas torções pode
variar, obtendo-se as situações:
SENAI-SP 155
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 156
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Dimensionamento
Para dimensionar cabos, calculamos a resistência do material de fabricação aos esforços a
serem suportados por esses cabos. É necessário verificar o nível de resistência dos materiais
à ruptura.
Os tipos, características e resistência à tração dos cabos de aço são apresentados nos catálo-
gos dos fabricantes.
SENAI-SP 157
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Molas
As molas são usadas, principalmente, nos casos de armazenamento de energia, amortecimen-
to de choques, distribuição de cargas, limitação de vazão, preservação de junções ou contatos.
Armazenamento de energia
Nesse caso, as molas são utilizadas para acionar mecanismos de relógios, de brinquedos, de
retrocesso das válvulas de descarga e aparelhos de controle.
Amortecimento de choques
As molas amortecem choques em suspensão e pára-choques de veículos, em acoplamento de
eixos e na proteção de instrumentos delicados ou sensíveis.
SENAI-SP 158
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Distribuição de cargas
As molas distribuem cargas em estofamentos de poltronas, colchões, estrados de camas e
veículos em que, por meio de molas, a carga pode ser distribuída pelas rodas.
Limitação de vazão
As molas regulam a vazão de água em válvulas e registros e a vazão de gás em bujões ou
outros recipientes.
SENAI-SP 159
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Tipos de mola
Os diversos tipos de molas podem ser classificados quanto à sua forma geométrica ou segun-
do o modo como resistem aos esforços. Quanto à forma geométrica, as molas podem ser
helicoidais (forma de hélice) ou planas.
SENAI-SP 160
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Quanto ao esforço que suportam, as molas podem ser de tração, de compressão ou de torção.
Molas helicoidais
A mola helicoidal é a mais usada em mecânica. Em geral, ela é feita de barra de aço enrolada
em forma de hélice cilíndrica ou cônica. A barra de aço pode ter seção retangular, circular,
quadrada, etc. Em geral, a mola helicoidal é enrolada à direita. Quando a mola helicoidal for
enrolada à esquerda, o sentido da hélice deve ser indicado no desenho.
As molas helicoidais podem funcionar por compressão, por tração ou por torção.
A mola helicoidal de compressão é formada por espirais. Quando esta mola é comprimida por
alguma força, o espaço entre as espiras diminui, tornando menor o comprimento da mola.
SENAI-SP 161
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Você pode ver a aplicação de uma mola helicoidal de compressão observando um furador de
papéis.
A mola helicoidal de tração possui ganchos nas extremidades, além das espiras. Os ganchos
são também chamados de olhais.
Para a mola helicoidal de tração desempenhar sua função, deve ser esticada, aumentando seu
comprimento. Em estado de repouso, ela volta ao seu comprimento normal.
SENAI-SP 162
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A mola helicoidal de torção tem dois braços de alavancas, além das espiras.
Agora veja exemplos de molas helicoidais cônicas e suas aplicações em utensílios diversos.
SENAI-SP 163
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Para poder ler e interpretar os desenhos técnicos de molas diversas, é necessário conhecer
suas características.
SENAI-SP 164
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Molas planas
As molas planas são feitas de material plano ou em fita. As molas planas podem ser simples,
prato, feixe de molas e espiral.
Esse tipo de mola é empregado somente para algumas cargas. Em geral, essa mola é fixa
numa extremidade e livre na outra. Quando sofre a ação de uma força, a mola é flexionada em
direção oposta.
Veja agora a mola prato. Essa mola tem a forma de um tronco de cone com paredes de seção
retangular.
Em geral, as molas prato funcionam associadas entre si, empilhadas, formando colunas. O
arranjo das molas nas colunas depende da necessidade que se tem em vista.
SENAI-SP 165
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 166
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A mola espiral é enrolada de tal forma que todas as espiras ficam concêntricas e coplanares.
Para interpretar a cotagem da mola espiral, você precisa conhecer suas características. É o
que você vai aprender a seguir.
A representação das molas, nos desenhos técnicos, é normalizada pela ABNT. São três as
formas de representação adotadas:
normal;
em corte;
simplificada.
Os quadros a seguir mostram os três tipos de representação das principais molas estudadas
nestas aulas. Examine os quadros com muita atenção. Observe bem os detalhes de cada
representação.
Note que nas representações normais as espiras são desenhadas do modo como são vistas
pelo observador.
Já nas representações simplificadas as espiras são representadas esquematicamente, por
meio de linhas.
SENAI-SP 167
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 168
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Material de fabricação
As molas podem ser feitas com os seguintes materiais: aço, latão, cobre, bronze, borracha,
madeira, plastiprene, etc.
Para conservar certas propriedades das molas - elásticas, magnéticas; resistência ao calor e à
corrosão - deve-se usar aços-liga e bronze especiais ou revestimentos de proteção. Os aços
molas devem apresentar as seguintes características: alto limite de elasticidade, grande
resistência, alto limite de fadiga.
Quando as solicitações são leves, usam-se aços-carbono - ABNT 1070 ou ABNT 1095.
Além de 8mm de diâmetro, não são aconselháveis os aços-carbono, pois a têmpera não chega
até o núcleo.
Aplicação
Para selecionar o tipo de mola, é preciso levar em conta certos fatores, como por exemplo,
espaço ocupado, peso e durabilidade. Há casos em que se deve considerar a observação das
propriedades elásticas, atritos internos ou externo adicional (amortecimento, relações especiais
entre força aplicada e deformação).
SENAI-SP 169
Técnicas de Intervenção na Manutenção
As molas de lâmina (feixe de molas) e de barra de torção requerem espaços de pequena altura
(veículos).
As molas espirais (de relógios) e de prato podem ser montadas em espaços estreitos.
SENAI-SP 170
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Came
Came é um elemento de máquina cuja superfície tem um formato especial. Normalmente, há
um excêntrico, isto é, essa superfície possui uma excentricidade que produz movimento num
segundo elemento denominado seguidor.
SENAI-SP 171
Técnicas de Intervenção na Manutenção
À medida que a came vai girando, o seguidor sobe e desce, ou vice-versa. Veja dois momen-
tos desse movimento.
Tipos
As cames geralmente se classificam nos seguintes tipos: de disco, de tambor, frontal e de
quadro.
Came de disco
É uma came rotativa e excêntrica. Consta de um disco, devidamente perfilado, que gira com
velocidade constante, fixado a um eixo. O eixo comanda o movimento alternativo axial periódi-
co de uma haste denominada seguidor.
A extremidade da haste da came de disco pode ser: de ponta, de rolo e de prato.
SENAI-SP 172
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Came de tambor
As cames de tambor têm, geralmente, formato de cilindro ou cone sobre o qual é feita uma
ranhura ou canaleta. Durante a rotação do cilindro em movimento uniforme, ocorre desloca-
mento do seguidor sobre a ranhura. O seguidor é perpendicular à linha de centro do tambor e
é fixado a uma haste guia.
Came frontal
Tem a forma de um cilindro seccionado, sendo que as geratrizes têm comprimentos variados.
Durante a rotação do cilindro em movimento uniforme, ocorre o movimento alternativo axial
periódico do seguidor, paralelo à geratriz do tambor.
SENAI-SP 173
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Came de palminha
Palminhas são cames que transformam o movimento circular contínuo em movimento intermi-
tente de queda. Existem palminhas de martelo e de pilão.
SENAI-SP 174
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Palminha de martelo
Nesse tipo de came, a distância entre os dentes do elemento condutor deve ter dimensões que
evitem a queda da alavanca sobre o dente seguinte. Portanto, é preciso que, durante a queda
da alavanca, o elemento condutor permaneça girando.
Palminha de pilão
Nesse tipo de came, o elemento condutor deve ser perfilado de modo que, durante o movimen-
to circular, a haste do pilão faça o movimento uniforme de subida e a sua descida seja rápida.
SENAI-SP 175
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Para entender melhor, analise a figura acima. Você pode verificar que, quando a came gira no
sentido da seta A, o seguidor toca a came nos pontos 1', 2', 3', 4'..., retornando ao ponto 1',
após uma volta completa. Para obter o diagrama da came, basta retificar a circunferência de
raio 0-1 da figura anterior.
SENAI-SP 176
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Nesse desenho, o ciclo corresponde à circunferência de raio 0-1 retificada. A linha formada
pelos pontos 1', 2', 3', 4', ... 1', corresponde à curva descrita pelo seguidor, na qual as alturas
1-1', 2-2', 3-3', 4-4', 5-5', ... 1-1', correspondem às distâncias da circunferência de raio 0-1 até a
superfície percorrida pelo seguidor na came. Esse gráfico é utilizado para construir a came.
Acoplamento
Acoplamento é um conjunto mecânico, constituído de elementos de máquina, empregado na
transmissão de movimento de rotação entre duas árvores ou eixo-árvores.
Classificação
Os acoplamentos podem ser fixos, elásticos e móveis.
Acoplamentos fixos
SENAI-SP 177
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Os acoplamentos fixos servem para unir árvores de tal maneira que funcionem como se
fossem uma única peça, alinhando as árvores de forma precisa. Por motivo de segurança, os
acoplamentos devem ser construídos de modo que não apresentem nenhuma saliência.
SENAI-SP 178
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Acoplamentos elásticos
Esses elementos tornam mais suave a transmissão do movimento em árvores que tenham
movimentos bruscos, e permitem o funcionamento do conjunto com desalinhamento paralelo,
angular e axial entre as árvores.
SENAI-SP 179
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Acoplamento perflex
Os discos de acoplamento são unidos perifericamente por uma ligação de borracha apertada
por anéis de pressão. Esse acoplamento permite o jogo longitudinal de eixos.
SENAI-SP 180
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Apesar de esse acoplamento ser flexível, as árvores devem estar bem alinhadas no ato de sua
instalação para que não provoquem vibrações excessivas em serviço.
SENAI-SP 181
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 182
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Acoplamentos móveis
São empregados para permitir o jogo longitudinal das árvores. Esses acoplamentos transmi-
tem força e movimento somente quando acionados, isto é, obedecem a um comando.
Os acoplamentos móveis podem ser: de garras ou dentes, e a rotação é transmitida por meio
do encaixe das garras ou de dentes. Geralmente, esses acoplamentos são usados em aven-
tais e caixas de engrenagens de máquinas-ferramenta convencionais.
SENAI-SP 183
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Montagem de acoplamentos
Lubrificação de acoplamentos
Os acoplamentos que requerem lubrificação, geralmente não necessitam cuidados especiais.
SENAI-SP 184
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Redes de Distribuição
Válvulas
As válvulas são, entretanto, peças indispensáveis, sem as quais as tubulações seriam inteira-
mente inúteis. Por esse motivo, o desenvolvimento das válvulas é tão antigo quanto o das
próprias tubulações; a Fig. 1 mostra, por exemplo, alguns tipos de válvulas projetadas no Séc.
XV por Leonardo da Vinci.
Nas ruínas de Pompéia e de Herculano (Itália) foram encontradas válvulas macho de bronze,
com características surpreendentemente avançadas para a época.
As válvulas representam, em média, cerca de 8% do custo total de uma instalação de proces-
so. A localização das válvulas deve ser estudada com cuidado, para que a manobra e a
manutenção das mesmas sejam fáceis, e para que as válvulas possam ser realmente úteis.
SENAI-SP 185
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Fig. 1
Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg. 38. Ref. Fig. 4.1
SENAI-SP 186
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Válvulas de regulagem são destinadas especificamente para controlar o fluxo, podendo por
isso trabalhar em qualquer posição de fechamento parcial. Essas válvulas são às vezes, por
motivo de economia, de diâmetro nominal menor do que a tubulação. As Válvulas borboleta e
de diafragma, embora sejam especificamente válvulas de regulagem, também p podem
trabalhar como válvulas de bloqueio.
Válvulas de Gaveta
Esse é o tipo de válvula mais importante e de uso mais generalizado. As válvulas de gaveta
são as válvulas de bloqueio de líquidos por excelência empregadas em quaisquer diâmetros,
na maioria das tubulações de água, óleos e líquidos em geral, desde que não sejam muito
corrosivos nem deixem muitos sedimentos ou tenham grande quantidade de sólidos em
suspensão.
O fechamento nessas válvulas é feito pelo movimento de uma peça chamada de gaveta, ou de
cunha, em consequência da rotação da haste; a gaveta desloca-se paralelamente ao orifício da
válvula e perpendicularmente ao sentido de escoamento do fluido (Figs.2 e 3 ), e assenta-se
sobre duas sedes, uma de cada lado.
SENAI-SP 187
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Quando totalmente abertas, a trajetória de circulação do fluido fica reta e inteiramente desim-
pedida, de forma que a perda de carga causada é muito pequena. Essas válvulas só devem
trabalhar completamente abertas ou completamente fechadas, isto é, são válvulas de bloqueio
e não de regulagem. Quando parcialmente abertas, causam perdas de carga muito elevadas e
também laminagem da veia fluida, acompanhada muitas vezes de cavitação e violenta corro-
são e erosão.
Observe-se que as válvulas gaveta são sempre de fechamento lento, sendo impossível fechá-
las instantaneamente: o tempo necessário para o fechamento será tanto maior quanto maior
for a válvula.
Essa é uma grande vantagem das válvulas de gaveta, porque assim evitam-se os efeitos – que
podem ser desastrosos - , de golpes de aríete, consequentes da paralisação repentina da
circulação de um líquido; com gases não existem golpes de aríete, porque são fluidos com-
pressíveis.
As válvulas de gaveta, como têm o fechamento de metal contra metal, são consideradas de
segurança em caso de incêndio, desde que os metais empregados sejam de alto ponto de
fusão (mais de 1.100 °C).
Uma válvula qualquer é considerada à prova de fogo desde que seja capaz de manter a
vedação mesmo quando envolvida por um incêndio. Por essa razão, válvulas com o corpo ou
as peças internas de bronze, latões, ligas de baixo ponto de fusão, materiais plásticos e etc.
não são de segurança contrafogo, e não podem ser usadas onde se exija essa condição.
SENAI-SP 188
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Fig.2 Válvula de gaveta, pequena, castelo rosqueado, tipo “RS”. (Cortesia da Walworth
Company).
Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg. 39. Ref. Fig. 4.2
Fig.3 - Válvula de gaveta, grande, castelo aparafusado, tipo “OS & Y”. (Cortesia da
Walworth Company).
Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003,pg.39.Ref. Fig. 4.3
SENAI-SP 189
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A gaveta das válvulas pode ser em cunha ou paralela. As gavetas em cunha são de melhor
qualidade e dão, devido à ação de cunha, um fechamento mais seguro do que as gavetas
paralelas. Na maioria das válvulas a gaveta é uma peça única maciça (Fig. 4); e m algumas a
gaveta é composta de duas peças que se encaixam entre si e se ajustam livremente sobre a
sede dando um melhor fechamento. Nas válvulas de boa qualidade ou para serviços severos,
as sedes são independentes e substituíveis, sendo a construção preferível os anéis integrais
rosqueados no corpo da válvula.
As válvulas de gaveta de tamanho grande para altas pressões costumam ter, integral na
válvula, uma pequena tubulação contornando a válvula (bypass), fechada por uma válvula.
Antes de se abrir a válvula principal abre-se a pequena válvula do contorno para equilibrar as
pressões nos dois lados da gaveta, facilitando desse modo a operação da válvula.
SENAI-SP 190
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Válvulas de Macho
As Válvulas de macho representam em média cerca de 10% de todas as válvulas usadas em
tubulações industriais. Aplicam-se principalmente nos serviços de bloqueio de gases (em
quaisquer diâmetros, temperaturas e pressões), e também no bloqueio rápido de água, vapor e
líquidos em geral (em pequenos diâmetros e baixas pressões). As Válvulas de macho são
recomendadas também para serviços com líquidos que deixem sedimentos ou que tenham
sólidos em suspensão. Uma das vantagens dessas válvulas sobre as de gaveta, é o espaço
ocupado muito menor.
Nessas válvulas o fechamento é feito pela rotação de uma peça (macho), onde há um orifício
broqueado, geralmente de formato trapezoidal, no interior do corpo da válvula. São válvulas de
fecho rápido, porque fecham-se com ¼ de volta do macho ou da haste (Fig. 7). As Válvulas de
macho só devem ser usadas como válvulas de bloqueio, isto é, não devem funcionar em
posições de fechamento parcial. Quando totalmente abertas, a perda de carga causada é
bastante pequena, porque a trajetória do fluido é reta e livre.
O macho é quase sempre tronco-cônico, dispondo, exceto em válvulas muito pequenas, de um
meio qualquer de ajustagem na sede, tal como mola, parafuso etc.
Existem dois tipos gerais de Válvulas de macho: válvulas com e sem lubrificação. Nas válvulas
com lubrificação há um sistema de injeção de graxa lubrificante sob pressão através do macho
para melhorar a vedação e evitar que o macho possa ficar preso; são as válvulas geralmente
empregadas em serviços com gases. O lubrificante usado deve ser tal que não se dissolva
nem contamine o fluido conduzido. O macho tem sempre rasgos para a distribuição do lubrifi-
cante por toda superfície de contato com as sedes.
Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg. 45. Referente Fig. 4.9
As válvulas sem lubrificação, de boa qualidade, usadas para gases têm o macho e as sedes
endurecidos e retificados, ou sedes removíveis de material resiliente (borracha, neoprene,
PTFE etc.); essas últimas não são à prova de fogo, só podendo ser empregadas até o limite de
temperatura permitido pelo material das sedes. Essas válvulas, que dão toda ótima vedação,
são de uso mais raro do que as com lubrificação; empregam-se, por exemplo, para temperatu-
ras mais altas (acima do limite tolerado pelos lubrificantes), ou também em serviços com
fluidos para os quais não haja lubrificante adequado. São comuns também Válvulas macho
pequenas e baratas, não lubrificadas, chamadas de “torneiras” (cocks), nas quais o macho é
integral com a haste; empregam-se as torneiras para drenos e outros serviços secundários
com água, vapor e óleos.
As Válvulas de macho com diâmetro nominal acima dos limites indicados a seguir devem ser
operadas por meio de volante com parafuso sem fim; para diâmetros nominais até esses
limites a operação é simplesmente por alavanca, como o exemplo da Fig. 7.
Válvulas Globo
Nas Válvulas globo o fechamento é feito por meio de um tampão que se ajusta contra uma
única sede, cujo orifício está geralmente em posição paralela ao sentido geral de escoamento
do fluido (Fig. 10). O tampão, também chamado de “obturador”, pode ter a superfície de
assentamento cônica, plana, esférica, etc. As Válvulas de globo podem trabalhar não só em
posição aberta e fechada, como em qualquer posição intermediária de fechamento, isto é, são
válvulas de regulagem. Causam, entretanto, em qualquer posição, fortes perdas de carga
(comprimento equivalente de 300 a 400 diâmetros do tubo, quando completamente abertas)
devido às mudanças de direção e turbilhona mento do fluido dentro da válvula.
As Válvulas globo dão uma vedação bem melhor do que as válvulas de gaveta, podendo-se
conseguir, principalmente em válvulas pequenas, uma vedação absolutamente estanque. Na
maioria das Válvulas globo o fechamento é de metal contra metal, o que torna essas válvulas à
prova de fogo desde que todos os metais sejam de alto ponto de fusão (mais de 1.100ºC). Em
algumas válvulas, de tamanhos pequenos, tem-se o tampão com um anel não metálico, de
borracha, neoprene, plásticos etc. Essas válvulas, que estão limitadas às temperaturas de
trabalho dos materiais não metálicos do tampão, dão uma vedação muito boa e destinam-se,
entre outras aplicações, a serviços com fluidos corrosivos. Exceto em válvulas pequenas e
baratas, a sede costuma ser um anel substituível rosqueado no corpo da válvula.
SENAI-SP 192
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Como regra geral, as Válvulas de globo devem ser instaladas de forma que o fluido entre pela
face inferior do tampão. As Válvulas de globo são usadas basicamente para serviços de
regulagem em linhas de água, óleos, líquidos em geral (não muito corrosivos), bem como para
vapor, ar e outros gases. Empregam-se também válvulas de globo para bloqueio em linhas de
vapor, para diâmetros até 8”, e, em muitos casos, para o fechamento estanque em linhas de
gases em geral.
Para todos esses serviços as Válvulas globo são empregadas para quaisquer pressões e
temperaturas, em diâmetros até 8”. Não é usual o emprego de válvulas de globo em diâmetros
maiores, porque seriam muito caras e dificilmente dariam uma boa vedação.
Válvulas de Retenção
Essas válvulas permitem a passagem do fluido em um sentido apenas, fechando-se automati-
camente por diferença de pressões, exercidas pelo fluido em consequência do próprio escoa-
mento, se houver tendência à inversão no sentido do fluxo. São, portanto, válvulas de opera-
ção automática.
Empregam-se as válvulas de retenção quando se quer impedir em determinada linha qualquer
possibilidade de retorno do fluido por inversão do sentido de escoamento.
SENAI-SP 193
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Como todas essas válvulas provocam uma perda de carga muito elevada, só devem ser
usadas quando forem de fato imprescindíveis. Citaremos três casos típicos de uso obrigatório
de válvulas de retenção:
1. Linhas de recalque de bombas (imediatamente após a bomba) quando houver mais de uma
bomba em paralelo descarregando no mesmo tronco. As válvulas de retenção servirão nesse
caso para evitar a possibilidade da ação de uma bomba que estiver operando sobre outras
bombas que estiverem paradas.
3. Extremidade livre de uma linha de sucção de uma bomba, no caso de sistemas com sucção
não afogada; a válvula de retenção, denominada “válvula de pé”, deve estar suficientemente
mergulhado no líquido do reservatório de sucção, e servirá para manter a escorva na tubulação
e na própria bomba, isto é, evitar o seu esvaziamento, durante o tempo em que a bomba
estiver parada.
As válvulas de retenção devem sempre ser instaladas de tal maneira que a ação da gravidade
tenda a fechar a válvula. Por esse motivo, quase todas essas válvulas com exceção de alguns
modelos de portinhola dupla com mola) só podem ser colocadas em tubos verticais, quando o
fluxo for ascendente.
As perdas de carga causadas, embora elevadas, são menores do que as introduzidas pelas
válvulas de retenção de pistão (veja a seguir), porque a trajetória do fluido é retilínea. Essas
válvulas são empregadas para serviços com líquidos; não devem ser usadas em tubulações
sujeitas a frequentes inversões de sentido de fluxo, porque nesse caso têm tendência a vibrar
SENAI-SP 194
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fortemente (chattering). Para diâmetros grandes, acima de 12”, essas válvulas costumam ter a
portinhola balanceada, isto é, o eixo de rotação atravessa a portinhola que fica assim com uma
parte para cada lado do eixo. A finalidade dessa disposição é amortecer o choque de fecha-
mento da válvula quando houver inversão do fluxo. Algumas válvulas de retenção desse tipo
têm uma alavanca externa, com a qual a portinhola pode ser aberta ou fechada, à vontade,
quando necessário.
Uma variante importante dessas válvulas são as válvulas de portinhola dupla bipartida, conhe-
cidas como “duo-check”, muito empregadas principalmente para diâmetros grandes, até 1,2m,
ou mais. Nessas válvulas a portinhola é bi-partida e atuada por mola (não sendo assim neces-
sária a ação da gravidade), o que permite, para algumas válvulas, trabalhar mesmo em tubos
verticais com fluxo descendente. Um modelo muito usual das válvulas “duo-check” tem o corpo
tipo “wafer”, sem flanges, para ser instalado entre dois flanges da tubulação, com parafusos
passando por fora e em torno do corpo da válvula, têm a vantagem de menor peso, custo e
espaço ocupado.
SENAI-SP 195
Técnicas de Intervenção na Manutenção
2. Válvulas de retenção de pistão (lift-check valves) - O fechamento dessas válvulas é feito por
meio de um tampão, semelhante ao das Válvulas de globo, cuja haste desliza em uma guia
interna. O tampão é mantido suspenso, afastado da sede, por efeito da pressão do fluido sobre
a sua face inferior. É fácil de entender que caso haja tendência à inversão do sentido de
escoamento, a pressão do fluido sobre a face superior do tampão, aperta-o contra a sede,
interrompendo o fluxo. Existem também modelos diferentes para trabalhar em posição horizon-
tal (Fig.15) e em posição vertical.
Todas essas válvulas causam perda de carga bastante elevada e por esse motivo são empre-
gadas somente em pequenos diâmetros (em geral até 2”), e fabricadas no máximo até 6” de
diâmetro nominal. As válvulas desse tipo são adequadas ao trabalho com gases e vapores. Não
devem ser usadas para fluidos que deixem sedimentos ou depósitos sólidos. Essas válvulas
podem ser empregadas para tubulações com fluxo pulsante ou sujeitas a vibrações.
SENAI-SP 196
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 197
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A mola pode ser interna, dentro do castelo da válvula, ou externa, sendo que atualmente quase
todas as válvulas têm a mola interna, por ser uma disposição construtiva mais fácil e mais
seguro. É importante que tanto a mola como a haste, a porca de regulagem, e demais peças
internas da válvula sejam de materiais seguramente resistentes à corrosão pelo fluido. No
passado foram muito empregadas válvulas com um contrapeso, de posição regulável, em lugar
da mola; essas válvulas estão hoje em dia completamente obsoletas e desaparecidas. Todas
essas válvulas são chamadas “de segurança” quando destinadas a trabalhar com fluidos
elásticos (vapor, ar, gases), e “de alívio” quando destinadas a trabalhar com líquidos, que são
fluidos incompressíveis. A construção das válvulas de segurança e de alívio é basicamente a
mesma; a principal diferença reside no perfil da sede e do tampão.
Devido à compressibilidade e à força elástica, para fazer cair a pressão de um gás é necessá-
rio que um grande volume do gás possa escapar em um tempo muito curto. Por essa razão, o
desenho dos perfis da sede e do tampão nas válvulas de segurança é feito de tal forma que a
abertura total se dê imediatamente após ser atingida a pressão de abertura. Nas válvulas de
SENAI-SP 198
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alívio, pelo contrário, a abertura é gradual, aumentando com o aumento de pressão, e atingin-
do o máximo com 110 a 125 % da pressão de abertura, porque uma pequena quantidade de
líquido que escape faz logo abaixar muito a pressão. As válvulas de segurança devem ser
instaladas sempre acima do nível do líquido, para que não sejam atravessadas pelo líquido.
Estas válvulas costumam ter uma alavanca externa com a qual é possível fazer-se manual-
mente o disparo da válvula para teste.
Modernamente, foram desenvolvidas válvulas de segurança que tanto podem servir para
líquidos como para gases (pop-safety valves), de forma que, para essas válvulas, a distinção
entre válvulas de segurança e de alívio é de certa forma um conceito ultrapassado.
A norma API-RP-520, do “American Petroleum Institute”, contém fórmulas e procedimentos de
cálculo para o dimensionamento de válvulas de segurança e de alívio. As válvulas de seguran-
ça costumam ser identificadas dimensionalmente pelos diâmetros nominais dos locais de
entrada e saída e por uma letra convencional (de “D” a “T”), relacionada ao valor da área do
orifício de descarga. Todas essas válvulas costumam ser consideradas como instrumentos, e
não como componentes de tubulação.
As válvulas de quebra de vácuo (ou ventosas) destinadas a evitar a formação de vácuo em
tubulações, são também semelhantes às válvulas de segurança, com a diferença de que se
abrem de fora para dentro admitindo ar atmosférico, quando há um vácuo ou uma depressão
na tubulação, em lugar de se abrirem de dentro para fora. Essas válvulas são empregadas
principalmente para a proteção de tubulações de grande diâmetro e pequena espessura, nas
quais a formação acidental de um vácuo pode causar o colapso em consequência da pressão
atmosférica.
SENAI-SP 199
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Válvulas de Controle
“Válvula de controle” é um nome genérico para designar uma grande variedade de válvulas
usadas em combinação com instrumentos automáticos, e comandadas à distância por esses
instrumentos, para controlar a vazão ou a pressão de um fluido.
A válvula tem sempre um atuador (pneumático, hidráulico, elétrico etc.), que comanda direta-
mente a peça de fechamento da válvula, e que por sua vez é comandado por um sinal (pres-
são de ar comprimido, por exemplo), enviado por um instrumento que está medindo a grande-
za que se deseja controlar.
O corpo da válvula é quase sempre semelhante a uma válvula de globo. Para diminuir o
esforço necessário à operação, e assim facilitar o controle, essas válvulas têm frequentemente
dois tampões superpostos na mesma haste, que se assentam em duas sedes colocadas de tal
maneira que a pressão do fluido exercida sobre um tampão contrabalança a pressão exercida
sobre o outro (Fig.20).
É evidente que para qualquer tipo de válvula a percentagem de fluxo permitido é função da
percentagem de abertura da válvula, isto é, existe sempre uma relação de interdependência
entre o fluxo permitido e a posição de abertura: quando a abertura é zero o fluxo também é
zero; quando a abertura é 100% o fluxo é 100%.
Nas posições intermediárias a percentagem de fluxo pode ser maior ou menor do que a
percentagem de abertura, dependendo do tipo de válvula e dos perfis da sede e da peça de
fechamento. A curva 1 da Fig.21, representa a referida função para uma válvula de gaveta
comum. No caso das válvulas de controle, essa relação de interdependência é muito importan-
te, por se tratar de válvulas destinadas à regulagem de precisão do fluxo em qualquer posição.
Os tampões e sedes dessas válvulas têm por isso perfis especialmente projetados e cuidado-
samente construídos para resultar em funções predeterminadas. Os perfis mais comuns são
os de igual percentagem (curva 2) e os de abertura rápida (curva 3).
A Fig.20 mostra um modelo muito comum dessas válvulas, com atuador pneumático.
Em geral, o atuador opera em um só sentido (para abrir ou para fechar), sendo a ação inversa
feita por uma mola de tensão regulável. Na válvula da Fig.20, a pressão do ar sobre a face
superior do diafragma do atuador faz fechar a válvula, enquanto que a mola faz abrir. Existem
ainda válvulas de controle cujo corpo é uma válvula de esfera, com o furo na esfera em forma
de “V”, e outras com o corpo de válvulas de borboleta, de diafragma etc.
SENAI-SP 200
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As válvulas de controle, embora dificilmente deem uma vedação perfeita, são sempre de
construção e usinagem cuidadosas, e de materiais da melhor qualidade.
SENAI-SP 201
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SENAI-SP 202
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Na maioria das válvulas a sede é em forma de barragem, como mostra a figura; existem
também válvulas sem a barragem, denominadas de “passagem reta” próprias para serviço que
necessitam eventualmente de desobstrução mecânica através da válvula.As válvulas de
diafragma são quase sempre válvulas pequenas (até 6”), frequentemente com o corpo de
materiais não- metálicos (materiais plásticos, por exemplo), ou de metais com revestimentos
contra a corrosão (ebonite, borracha, plásticos, vidro, porcelana, etc.). A temperatura limite de
trabalho da válvula está em geral na dependência do material empregado no diafragma, que
varia conforme o fluido conduzido (borracha natural, borrachas sintéticas, neoprene, PTFE,
etc.).
SENAI-SP 203
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 204
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Não existe uma distinção muito rígida entre as denominações “curva” e“joelho”, chamados às
vezes de “cotovelos”; de um modo geral, as conexões de raio grande são chamadas de
“curvas”, e os de raio pequeno são chamados de “joelhos”.
SENAI-SP 205
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SENAI-SP 206
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As conexões de aço-carbono, que são de grande maioria são fabricadas em quase todos os
tipos, desde ½” até 42” de diâmetro nominal, em diversas espessuras, correspondentes às
espessuras mais usuais dos respectivos diâmetro de tubo. Essas conexões são fabricadas
sem costura até 12”, e com ou sem costura para os diâmetros maiores. No Brasil fabricam-se
essas peças de qualquer tipo de aço até 42” de diâmetro nominal, nas espessuras séries 40,
80 e 160. A espessura de parede das conexões deve sempre ser igual à do tubo a que estão
ligadas, para permitir soldas perfeitas.
As dimensões básicas de todos os tipos de conexões fabricados para solda de topo estão
padronizadas na norma ASME.B.16.9. Todas as conexões cujas dimensões obedeçam a essa
norma são admitidas, pela norma ASME.B.31.3, como tendo resistência equivalente ao tubo de
mesmo material e de mesma espessura.
São os seguintes os principais tipos de conexões fabricados para solda de topo (fig.25):
SENAI-SP 207
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Os joelhos para solda de topo são fabricados em dois tipos denominados de “raio longo” e de
“raio curto”. Nos joelhos de raio longo, o raio médio de curvatura vale 1½ vez o diâmetro
nominal, e nos de raio curto é igual ao diâmetro nominal.
Existem no comércio conexões para solda de topo com alguns tipos de revestimentos internos
anticorrosivos, já aplicados. Sempre que possível, o revestimento deve ser retocado na região
das soldas depois da montagem. Note-se que todas as conexões para solda de topo podem
ser soldadas diretamente uma à outra, como se vê no exemplo da Fig.24.
SENAI-SP 208
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As conexões para solda de encaixe de materiais plásticos devem ser soldadas por aquecimen-
to e compressão ou colocadas aos tubos com um adesivo adequado à resina plástica.
SENAI-SP 209
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São os seguintes os principais tipos de conexões fabricados para solda de encaixe (Fig.26):
Conexões Rosqueadas
Essas conexões têm as extremidades com rosca interna – para o rosqueamento direto nos
tubos -, ou rosca externa, para rosqueamento a outras peças (Fig. 27). Como não são solda-
das aos tubos, poderão ser, caso necessário ou econômico de material diferente dos tubos.
São empregadas principalmente em tubulações prediais e em tubulações industriais em
serviços de baixa responsabilidade (água, ar, condensado de baixa pressão etc.), sempre até o
diâmetro nominal de 4”. Utilizam-se também em tubulações em que, devido ao tipo de material
ou ao serviço, sejam permitidas as ligações rosqueadas, tais como tubulações de ferro fundi-
do, ferro ou aço galvanizado e materiais plásticos, sempre até o diâmetro nominal de 4”.
SENAI-SP 210
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SENAI-SP 211
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Conexões Flangeados
As conexões flangeadas (Fig.28) fabricadas principalmente de ferro fundido, são de uso bem
mais raro do que os flanges e do que as conexões dos outros tipos já citados.
As conexões flangeadas de aço fundido, de uso bastante raro na prática, podem ser usados
em tubulações industriais, para uma grande faixa de pressões e temperaturas de trabalho.
Entretanto, devido ao custo elevado, grande peso e volume, necessidade de manutenção e
risco de vazamentos, o emprego dessas peças deve ser restringido apenas aos poucos casos
em que seja necessária uma grande facilidade de desmontagem, ou a algumas tubulações de
responsabilidade para serviços corrosivos, com revestimento interno. São fabricadas com
flanges com face de ressalto ou face para junta de anel, em 6 classes de pressão (150#, 300#,
400#, 600#, 900#, 1.500#), e nos diâmetros nominais de 2” a 24”. As dimensões, pressões e
temperaturas de trabalho são as estabelecidas na norma ASME.B.16.5.
SENAI-SP 212
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Existem ainda conexões flangeados de muitos outros materiais, tais como latões, alumínio,
plásticos reforçados com fibras de vidro (para tubos “FRP”). Encontram-se também no comér-
cio conexões de aço-carbono, com extremidades flangeadas e com vários tipos de revestimen-
tos internos anticorrosivos já aplicados: materiais plásticos, elastômeros, ebonites, etc. Os
flanges são geralmente do tipo “solto”, devendo obrigatoriamente o revestimento estender-se
até a face da virola dos flanges, para garantir a continuidade da proteção anticorrosiva.
SENAI-SP 213
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O comprimento dos niples varia em geral de 50 a 150mm. A Fig.29 mostra alguns tipos de
niples e exemplos de empregos. Os niples rosqueados têm, às vezes, uma parte sextavada no
centro para facilitar o aperto.
SENAI-SP 214
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Todas essas conexões são fabricadas nos diâmetros e com os materiais adequados ao uso
com os tubos que empreguem cada um desses sistemas de ligação. As conexões com extre-
midades lisas, para tubo “FRP”, são fabricados em vários tipos (curvas, tês, reduções, flanges,
niples etc.), em toda faixa de diâmetros desses tubos, para uso com os sistemas de ligação.
As conexões de ferro fundido, de ponta e bolsa, são fabricadas de 2” a 24”, nas classes de
pressão nominal 125# e 250#; os principais tipos são os seguintes: joelhos, curvas (90º, 45º e
22 ½º), tês, reduções, peças em “Y”, cruzetas e peças para adaptação a válvulas flangeadas
(Fig.30).
SENAI-SP 215
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e180º, tês, peças em “Y”, conectores (para a ligação a válvula e equipamentos), reduções,
tampões etc.
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Curvas em gomos (mitre bends) - As curvas em gomos são feitas de pedaços de tubo cortados
em ângulo e soldados de topo um em seguida do outro, como mostra a Fig.32. Dependendo
do número e do ângulo de inclinação dos cortes, podem-se conseguir curvas com qualquer
ângulo de mudança de direção. As curvas de 90º costumam ter 3 ou, mais raramente, 4
gomos; as de 45º costumam ter 2 ou 3 gomos.
Essas curvas têm, em relação às curvas sem costura de diâmetro e espessura iguais, uma
resistência e uma flexibilidade bem menores. Além disso, tanto a resistência como a flexibilida-
de podem variar muito, dependendo das proporções da curva e dos cuidados no corte e na
soldagem das peças. As arestas e soldas são pontos de concentração de tensões, e também
pontos especialmente sujeitos à corrosão e à erosão.
A concentração de tensões é tanto mais severa quanto menor for o número de gomos, menor
a distância entre as soldas e maior o ângulo de inclinação dos cortes. Por esse motivo, as
normas de projeto fazem determinadas exigências sobre esses pontos, como explicado a
seguir com referência à norma ASME.B.31.
SENAI-SP 217
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- Para tubulações, em diâmetros acima de 20”, devido ao alto custo e dificuldade de obtenção de
outros tipos de curvas de grande diâmetro.
- Para tubulações de pressões e temperaturas moderadas (classes de pressão150# a 400#
inclusive), em diâmetros acima de 8”, por motivo de economia.
Embora não seja proibido por norma, não é usual o uso de curvas em gomos em tubulações
de aços-liga ou inoxidáveis.
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Em tubulações de materiais termoplásticos, as soldas devem ser feitas a topo, por aquecimen-
to e compressão.
Derivações soldadas - Existem muitos tipos de derivações soldadas, feitas sem o emprego de
peças em “TÊ”, seja como tubos soldados diretamente um no outro, seja com o auxílio de
luvas, colares ou selas (Fig. 32); essas derivações aplicam-se a tubulações de qualquer tipo de
aço: aço-carbono, aços-liga, e aços inoxidáveis.
Para ramais pequenos, até 2” de diâmetro, é usual o emprego de uma luva (rosqueada ou para
solda de encaixe), soldada diretamente ao tubo-tronco, desde que esse último tenha pelo
menos 4” de diâmetro. A norma ASME.B.31.3 admite esse sistema, para ramais até 2”, sem
limitações locais, desde que as luvas tenham resistência suficiente e desde que a relação entre
os diâmetros normais do tubo-tronco e da derivação seja igual ou superior a 4.
Os ramais de quaisquer diâmetros, acima de 1”, podem ser feitos com o uso de “selas” ou de
“colares”, que são peças forjadas especiais, soldadas ao tubo-tronco, servindo também como
reforço de derivação. Com essas peças podem-se fazer inclusive ramais com o mesmo diâme-
tro do tubo-tronco, admitindo as normas esse sistema de derivações sem limitações de pres-
são, temperatura, ou classe de serviço.
Para os ramais de 2” ou mais, desde que o diâmetro do tubo- tronco seja maior do que o
diâmetro do ramal, o sistema mais usual em tubulações industriais é a solda direta de um tubo
no outro (boca-de-lobo). As bocas-de-lobo podem ser sobrepostas (set-on), ou penetrantes
(set-in), também chamadas de inseridas, como mostra a Fig.33. As sobrepostas são mais
baratas, de execução mais fácil e dão menores tensões residuais de soldagem, sendo por isso
empregadas na maioria dos casos, embora tenham menor resistência mecânica. As penetran-
tes têm maior resistência, resultando, porém, em maiores tensões residuais de soldagem,
sendo usadas apenas em tubulações de parede muito espessa, para pressões muito altas, e
para as quais deva ser feito o tratamento térmico de alívio de tensões.
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Fig.33 - Bocas-de-lobo
Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg. 69. Referente Fig. 5.11.
A norma ASME.B.31 (Seções 1 e 3) aceita ambos esses tipos de derivação, para quaisquer
condições de pressão e temperatura, indicando detalhadamente os casos em que são neces-
sários reforços locais, e dando as fórmulas para o cálculo dos mesmos, desde que os eixos da
derivação e do tubo-tronco sejam concorrentes, e que o ângulo entre eles esteja compreendido
entre 45º e 90º. Os reforços consistem geralmente em um anel de chapa envolvendo a deriva-
ção e soldado no tubo-tronco e na derivação. As bocas-de-lobo são desaconselhadas para
serviços sujeitos a fortes vibrações ou altamente cíclicos.
- Bocas-de-lobo simples
Vantagens: Baixo custo, facilidade de execução (uma única solda), não há necessidade de
peças especiais.
Desvantagens: Fraca resistência, concentração de tensões, perda de carga elevada, controle
de qualidade e inspeção radiográfica difíceis. Alguns projetistas limitam o seu uso somente
para a classe de pressão 150#.
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As peças “figura 8” e as raquetas e as válvulas de flange cego, são acessórios que se instalam
em uma tubulação, quando se deseja um bloqueio rigoroso e absoluto na tubulação. Esses
acessórios são empregados também, algumas vezes, em lugar das válvulas, por motivo de
economia ou em locais onde o bloqueio da tubulação só seja preciso fazer esporadicamente.
A Fig.34 mostras exemplos de peças “figura 8” e de raquetas, que são acessórios simples,
feitos de chapa de aço recortada. Essas peças são colocadas entre dois flanges quaisquer da
tubulação; com o aperto dos parafusos dos flanges consegue-se a vedação absoluta da linha.
As peças “figura 8” ficam permanentemente na tubulação; quando se deseja bloquear o fluxo
põe-se o lado cheio entre os flanges, e quando se quer permitir o fluxo põe-se o lado vazado
entre os flanges. As raquetas são colocadas na tubulação apenas quando se quer bloquear.
As peças “figura 8” têm por isso a vantagem de manter sempre a mesma distância entre os
flanges.
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As peças “figura 8” e as Raquetas são empregadas, na maioria das vezes, junto a uma válvula
de bloqueio, e colocadas diretamente em um dos flanges dessa válvula. Quando se deseja o
bloqueio absoluto da tubulação, a manobra é a seguinte: fecha-se a válvula de bloqueio,
drena-se o trecho de tubulação do lado em que for ficar a peça, desapertam-se os parafusos
dos flanges colocando-se entre os flanges a raqueta ou o lado fechado da “figura 8’, e aper-
tam-se novamente os parafusos. Evidentemente, devem ser colocadas juntas de ambos os
lados da raqueta ou da “figura 8”, e os parafusos têm de ser mais compridos do que os parafu-
sos usuais dos flanges. Para abrir o bloqueio é feita a mesma manobra em sentido inverso.
As juntas giratórias são acessórios que permitem o movimento de rotação axial, em torno de
um eixo passando pela linha de centro do tubo.
Consistem essencialmente em duas peças cilíndricas concêntricas capazes de deslizar uma
em torno da outra. Para evitar vazamentos, todas as juntas giratórias têm um sistema qualquer
de engaxetamento ou de retentores. As juntas giratórias, que são fabricadas apenas em
tamanhos pequenos (raramente acima de 4”), são usadas em locais em que seja necessário
ter-se movimento de rotação axial como, por exemplo, nas instalações de enchimento de
veículos e de vasilhames.
Os discos de ruptura são peças muito simples, destinadas a proteger uma tubulação contra
sobre pressões internas, fazendo, portanto, o mesmo serviço das válvulas de segurança e de
alívio. São discos de chapa fina resistente à corrosão, colocados em um extremo livre da linha,
imprensados entre dois flanges. A chapa fina é calculada e construída para se romper com um
determinado valor da pressão interna. Os discos de ruptura são frequentemente usados em
combinação com uma válvula de segurança, e colocados antes da válvula.
Existem discos de ruptura com uma pequena carga explosiva, de modo que podem ser rompi-
dos quando necessário, por ação externa, manual ou automaticamente.
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A listagem completa de ¹/8” O até 36” O inclui um total de cerca de 300 espessuras diferentes.
Dessas todas, cerca de 100 apenas são usuais na prática, e são fabricadas correntemente; as
demais espessuras fabricam-se somente por encomenda. Os diâmetros nominais padroniza-
dos pela norma ANSI.B.36.10 são os seguintes: ¹/8”, ¹/4”, ³/8”, ¹/2”, ³/4, 1”, 1¹/4” ,1¹/2” ,2”, 2¹/2”
,3” ,3¹/2” ,4” ,5” ,6” ,8”, 10”, 12” ,14” ,16” ,18” ,20” ,22” ,24” ,26” ,30” e 36”.
Os diâmetros nominais de 1¹/4”, 2¹/2”, 3¹/2” e 5”, embora constem nos catálogos, são pouco
usados na prática e por isso devem ser evitados nos projetos.
Os tubos de diâmetros acima de 36” O não são padronizados, sendo fabricados apenas por
encomenda, e somente com costura, pelos processos de fabricação por solda.
A normalização dimensional das normas ANSI.B.36.10 e 36.19, que acabamos de descrever,
foi adotada pela norma Brasileira P-PB-225, da ABNT.
Para os tubos sem costura os comprimentos nunca são valores fixos, porque dependem do
peso do lingote de que é feito o tubo, variando na prática entre 6 e 10m, embora exista tubos
com comprimentos de até 18 m. os tubos com costura podem ser fabricados em comprimentos
certos pré-denomindos: como, entretanto, essa exigência encarece os tubos sem vantagens
para uso corrente, na prática esses tubos têm também quase sempre comprimentos variáveis
de fabricação (random lenghts). Os tubos de fabricação nacional com costura longitudinal de
solda por arco submerso podem ter comprimentos de até 12 m, e os tubos com solda longitu-
dinal por solda de resistência elétrica, comprimentos de até 18 m.
Os tubos de aço são fabricados com três tipos de extremidade, de acordo com o sistema de
ligação a ser usado.
Os tubos com extremidades rosqueadas costumam ser fornecidos com uma luva.
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Série = 1.000 P
S
em que
A citada norma padronizou as séries 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160, sendo que,
para a maioria dos diâmetros nominais, apenas algumas dessas espessuras são fabricadas. A
série 40 correspondem ao artigo “peso normal” nos diâmetros até 10”, e são as espessuras
mais comumente usadas na prática, para os diâmetros de 3” ou maiores. Para os tubos acima
de 10” O, a série 40 é mais pesada do que o antigo peso normal. Para os tubos até 8” O, a
série 80 corresponde ao artigo XS. Fabricam-se ainda tubos até 8” com espessura XXS, que
não têm correspondente exato nos números de série, sendo próximo da série 160.
Na norma ANSI B.36.19, para tubos de aços inoxidáveis, as espessuras normalizadas têm os
mesmos valores numéricos da norma ANSI B.36.10, e as designações de espessuras são
também as mesmas, acrescidas da letra S depois do número de série.
Para diâmetros pequenos, até 12”Ø, é usual na prática especificarem-se apenas tubos de
parede grossa (séries 80 ou 160) para que o tubo tenha resistência estrutural própria, para
vencer maior vão entre suportes e reduzindo a ocorrência de vibrações.
1. Polietileno - É o mais leve e o mais barato dos materiais termoplásticos, tendo excelente
resistência aos ácidos minerais, aos álcalis e aos sais. É um material combustível com fraca
resistência mecânica.
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5. Epóxi - É um material termo estável de muito uso para tubos de grande diâmetros (até
900mm). O epoxi é um material plástico de boa resistência à corrosão, queima-se lentamente,
e pode ser empregado em temperaturas até 150°C.
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Instrumentos
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Durômetro
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Instrumentos
Torquímetros
Os torquímetros são ferramentas empregadas para medir o aperto de um parafuso ou porca.
O uso do torquímetro evita a formação de tensões e a consequente deformação das peças em
serviço.
O torquímetro trabalha com as seguintes unidades de medidas: Newton X metro (N . m); libra-
força . polegada (Lbf . in); quilograma-força . metro (kgf . m). Ao se usar o torquímetro, é
importante verificar se o torque é dado em parafuso seco ou lubrificado.
Os torquímetros devem ser utilizados somente para efetuar o aperto final de parafusos, sejam
eles de rosca direita ou esquerda; para encostar o parafuso ou porca, devem-se usar outras
chaves.
Para se obter maior exatidão na medição, é conveniente lubrificar previamente a rosca antes
de colocar e apertar o parafuso ou a porca.
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Os torquímetros jamais deverão ser utilizados para afrouxar, pois, se a porca ou parafuso
estiverem danificados, o torque aplicado poderá ultrapassar o limite da chave, provocando
danos ou alterando a sua exatidão.
É o esforço necessário para fazer um objeto girar em torno de um eixo. É calculado multipli-
cando a força aplicada pela distância entre o ponto de aplicação e o centro de giro (F x r).
Expressa-se, usualmente, em kgfm ou Nm.
SENAI-SP 268
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A designação para porcas é constituída de um número que indica que a resistência da porca
é igual à de um parafuso com o mesmo número estampado. Assim, uma porca de resistência
classe 8 tem a resistência igual à de um parafuso com resistência classe 8.8.
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A seguir são apresentadas duas tabelas para parafusos e porcas com roscas métricas gros-
sa e fina.
Momento de aperto para parafusos com sextavado externo e interno e porcas sextavadas com
rosca métrica grossa
Momento de aperto em Nm
Rosca
Classe de resistência
8.8 ou 8 10.9 ou 10
M4 2,4 3,5
M5 5 6,2
M6 8 10
M8 20 25
M10 39 49
M12 70 87
M14 112 140
M16 180 220
M18 240 300
M20 350 440
M22 490 610
M24 600 760
Momento de aperto para parafusos com sextavado externo e interno e porcas sextavadas com
rosca métrica fina
Momento de aperto em Nm
Rosca
Classe de resistência
8.8 ou 8 10.9 ou 10
M8 x 1 21 27
M10 x1,25 42 52
M12 x1,25 77 96
M14 x 1,5 120 150
M16 x 1,5 190 240
M18 x 1,5 270 340
M20 x 1,5 390 490
M22 x 1,5 530 670
M24 x 1,5 700 870
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Tacômetros
Tipos de tacômetros
Os tacômetros são produzidos nos mais variados tipos empregando-se desde a mais simples
tecnologia até a mais sofisticada, que permite sua atuação sem haver contato com o elemen-
to mecânico girante.
SENAI-SP 271
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Este tipo de tacômetro possui uma gama de acessórios que auxiliam na medição, mas, em
certas situações, é impossível sua utilização, como nos casos em que o elemento mecânico
girante está num local de difícil acesso.
Tacômetro ótico a laser- Este medidor de número de rotações não toca no elemento mecâ-
nico em movimento; o número de rotações é captado através de um cabeçote ótico que
recebe as informações de uma fita refletora fixada na peça em rotação, e o número de rota-
ções é indicado numa tela digital.
O sistema ótico a laser permite medições fáceis e rápidas a uma distância segura da máqui-
na rotativa
SENAI-SP 272
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Técnica de utilização
o tacômetro deve ser posicionado no eixo de forma a manter o mesmo centro ge-
ométrico deste;
quando utilizado para realizar medições lineares, o valor indicado no display deve
ser convertido para metros por minuto, utilizando-se como referência o diâmetro
da roldana para medições lineares.
Por ser um instrumento eletrônico e sensível, o tacômetro digital requer certos cuidados
no seu manuseio:
SENAI-SP 273
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Termômetro
Existem vários tipos de termômetros que podem ser aplicados em diversas áreas, desde a
clínica até a industrial, para monitoramento das temperaturas dos ambientes. Na mecânica, o
controle de temperatura está diretamente ligado à manutenção dos equipamentos, pois tem-
peraturas elevadas podem ser sinal de mau funcionamento de um conjunto ou elemento
mecânico.
SENAI-SP 274
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vazamentos de dutos;
Estetoscópio
rolamentos;
SENAI-SP 275
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mancais de deslizamento;
polias;
acoplamentos;
bombas de óleo;
engrenagens, etc.
Estetoscópio eletrônico
Esse tipo de estetoscópio tem como característica principal um amplificador eletrônico que
proporciona a identificação dos ruídos com mais facilidade.
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SENAI-SP 277
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Alinhamento de Eixos
O desalinhamento entre eixos é a principal fonte de vibrações nas máquinas, bem como a
principal causa da redução da vida útil de rolamentos, gaxetas e componentes do acoplamen-
to, tornando-se, por conseguinte, a maior causa de paradas imprevistas, com todas as con-
sequências que as equipes de manutenção tanto temem.
Alinhamento
Alinhamento a frio
SENAI-SP 278
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Alinhamento a quente
Eixos alinhados - os eixos (A) e (B) pertencem à mesma linha de centro de referência.
Eixos com desalinhamento paralelo - o eixo (B), desalinhado paralelamente, tem sua linha
de centro destacada paralelamente à linha de centro do eixo de referência (A).
Eixos com desalinhamento angular - o eixo (B), desalinhado angularmente, tem sua linha
de centro cruzando a linha de centro de seu eixo de referência (A), formando um ângulo "a"
entre eles.
SENAI-SP 279
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Plano de leitura
Posição de leitura
O operador deve se colocar como se estivesse em cima do acionador (motor elétrico), olhan-
do para o equipamento acionado (bomba).
SENAI-SP 280
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Este é um método muito simples e só pode ser utilizado em equipamentos de pequena im-
portância; serve também para aproximar os equipamentos da posição de alinhamento.
Para que haja um bom resultado do uso deste método, é necessário que ambos os acopla-
mentos sejam perfeitamente circulares e que suas faces planas estejam perpendiculares à
linha de centro dos eixos.
Procede-se à correção da excentricidade até que a régua toque ambos os cubos nas 4 posi-
ções.
Para se verificar o desalinhamento angular, coloca-se o apalpador entre as faces dos cubos
do acoplamento nas mesmas 4 posições citadas.
SENAI-SP 281
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Método axial-radial
Este método é aplicável em qualquer caso; contudo, ele é mais empregado quando existe
muita dificuldade em se girar o eixo acionado ou o acionador.
Quando o acionado ou o acionador é difícil de girar. Neste caso, deve-se seguir a seguinte
seqüência:
Observação 1 - O suporte do relógio comparador poderá estar fixado no outro eixo, que não
deverá girar. O suporte assim fixado poderá poupar tempo, pois na sequência do alinhamen-
to será usado nesta posição.
Observação 2 - Este mesmo esquema deve ser empregado para verificar a perpendiculari-
dade da face do cubo do acoplamento. O eixo mais difícil de girar deve ser girado 360o, e a
excentricidade do cubo deve ser registrada de 90o em 90o em pontos demarcados.
b) Após a verificação e registro da concentricidade, deve-se fixar (ao eixo mais fácil de girar)
o suporte dos relógios comparadores, com os apalpadores sobre as faces do cubo da
máquina mais difícil de girar.
c) Somente o eixo mais fácil de girar, com o suporte dos relógios comparadores, deve ser
girado e as leituras, a cada 90o de giro, devem ser registradas.
SENAI-SP 282
Técnicas de Intervenção na Manutenção
e) Na maioria das vezes, o suporte dos relógios comparadores sofre deflexões, que
devem ser determinadas e levadas em consideração na verificação do
desalinhamento dos cubos de acoplamento. A determinação da deflexão do suporte
se dá como na representação a seguir.
SENAI-SP 283
Técnicas de Intervenção na Manutenção
As deflexões detectadas pelo relógio comparador nas duas posições devem ser registradas.
O relógio deve se deslocar da posição A para outras como B, C, etc, e as deflexões devem
ser registradas. Com isto, pode-se traçar uma curva da deflexão do suporte em função da
distância do relógio comparador, conforme gráfico abaixo.
f) A folga do mancal com o eixo da máquina difícil de girar deve ser levada em consideração,
uma vez que em repouso o eixo se assenta no mancal, praticamente jogando toda a folga
para cima. Neste caso, deve-se armar um esquema semelhante ao montado para verifica-
ção da concentricidade e, com uma alavanca posicionada sob o eixo próximo ao mancal,
deve-se levantar este eixo até que ele encoste na parte superior e assim determinar a defle-
xão produzida pela folga do mancal no cubo do acoplamento; esta verificação deve ser re-
petida pelo menos três vezes para se ter um valor médio mais confiável.
SENAI-SP 284
Técnicas de Intervenção na Manutenção
g) Caso uma das máquinas que estão sendo alinhadas seja um gerador ou motor elétrico, o
alinhamento deve ser executado com o motor ou gerador elétrico em seu centro magnético.
2. Quando o eixo acionado e o acionador são de fácil giro ou têm a mesma dificuldade de ser
girado.
c) girar simultaneamente os dois cubos e registrar as leituras a cada 90o de giro, em função
da posição original;
A representação do desalinhamento verificado pode ser indicada pela axial e pela radial.
SENAI-SP 285
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Representação de desalinhamento
Nos retângulos são colocados os desvios detectados pelas leituras do relógio comparador, e
a seta indica o sentido de giro dos eixos durante o alinhamento. Este tipo de diagrama facilita
a elaboração de relatório.
Método reverso
As leituras nos relógios comparadores são feitas da mesma forma que no método axial-
radial, isto é:
b) Executa-se a leitura em 4 pontos, de 90o em 90o, sendo duas no plano vertical dos eixos
e duas no plano horizontal.
SENAI-SP 286
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Devem-se marcar os cubos nos 4 pontos onde serão feitas as leituras, para sua facilidade e
posterior ajuste do alinhamento do eixo.
A determinação gráfica facilita na escolha dos calços e na movimentação das máquinas para
corrigir o desalinhamento.
Desenhar em uma folha de papel milimetrado as linhas de centro dos eixos, as linhas de
centro dos eixos das máquinas e a separação dos eixos para o espaçador do acoplamento.
SENAI-SP 287
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Todas as distâncias devem estar cotadas. A ilustração a seguir mostra um esquema para
determinação gráfica do ajuste do desalinhamento.
A ilustração a seguir exemplifica leituras efetuadas nos relógios comparadores para corrigir o
desalinhamento com a movimentação da máquina B.
O passo seguinte deve ser determinar a situação dos eixos tanto no plano vertical
como no plano horizontal, e isto deve ser feito da seguinte forma:
SENAI-SP 288
Técnicas de Intervenção na Manutenção
+ 34 : 2 = + 17 - 42 : 2 = - 21
SENAI-SP 289
Técnicas de Intervenção na Manutenção
X1
330 840 0,21- 0,17 0,17
330
X1 0,31mm
Y1
330 840 1300 0,21 - 0,17 0,17
330
Y1 0,47 mm
O Método reverso é muito útil quando se tem um trem de máquinas acopladas, porque ele
permite, pela determinação gráfica, o ajuste simultâneo de todo o trem de máquinas.
Método gráfico
A manutenção preventiva de uma máquina rotativa começa com o perfeito alinhamento dos
eixos acionados e acionantes. Antes da instalação de um acoplamento flexível, devem-se
alinhar os eixos mediante um equipamento para alinhamento de acoplamento flexível.
SENAI-SP 290
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Deve-se salientar que este equipamento serve para distância entre eixos inferiores a 230mm
e que, acima deste limite, poderão aparecer deformações causadoras de leituras incorretas
que proporcionam mau alinhamento. Para distância acima de 230mm, os suportes e barras
devem ser projetados de acordo com a aplicação.
1ª Operação
2ª Operação
Manter ambos os relógios no centro dos flanges dos cubos posicionando-os no topo, colo-
cando-os em zero.
Girar os cubos para assegurar-se de que as barras não tenham impedimentos e que os
relógios marquem a posição inferior. Verificar se a base se movimenta apertando e soltando
as porcas de cada pé do motor uma de cada vez, calçar os pés do motor até que estejam
todos no mesmo nível, obtendo-se a mesma leitura nos relógios.
SENAI-SP 291
Técnicas de Intervenção na Manutenção
3ª Operação
Mover o motor lateralmente até a posição central. O relógio é fixado ao eixo do cubo aciona-
do para obter as medidas laterais do cubo do eixo motor.
Ajuste a posição do motor até que as leituras em ambos os lados sejam iguais (ilustração
abaixo); conseguindo isto, aperte fortemente o motor. Este passo lhe proporciona leituras
mais seguras e confiáveis.
4ª Operação
SENAI-SP 292
Técnicas de Intervenção na Manutenção
5ª Operação
Meça a distância entre os apalpadores dos relógios (medida C ). Meça as distâncias do apal-
pador do relógio no cubo acionado ao centro das porcas dos parafusos nos pés do motor (F-
1 e F-2).
Exemplo: C = 171 mm
F-1 = 349mm
F-2 = 603mm
6ª Operação
Anote as medidas C, F-1 e F-2 na escala A do gráfico de alinhamento. Trace uma linha verti-
cal passando por cada um destes pontos, como o exemplo.
Observação: A escala A está graduada em milímetros. Para bases maiores do que 1.000
mm, multiplicar a escala por um fator adequado sem modificar a escala B.
7ª Operação
Exemplo: Leitura da bomba é igual a - 142: colocar na escala B -71 abaixo da linha do zero
(-142 : 2 = 71)
8ªOperação
Coloque na linha C a metade da leitura do motor. As leituras são sempre anotadas no mesmo
lado da linha de centro das leituras da bomba.
Exemplo: Leitura do motor é igual a + 107: anotar 53,5 na escala B, abaixo da linha do zero.
SENAI-SP 293
Técnicas de Intervenção na Manutenção
9ª Operação
Traçar uma linha do valor da bomba (-71 da escala B) através do valor da medida do motor
(53 na linha C) e prolongá-la até a segunda e terceira linhas verticais
10ª Operação
As correções necessárias para nivelar os pés do motor são as distâncias verticais compreen-
didas entre os pontos F-1 e F-2 e a linha horizontal do zero.
11ª Operação
SENAI-SP 294
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 295
Técnicas de Intervenção na Manutenção
É realizado com um aparelho que faz leituras e correções de alinhamento com processo
ótico, usando raio laser. As leituras alimentam diretamente um computador que, por sua vez,
dá os valores de calços e deslocamentos laterais necessários, bem como fornece o valor das
leituras nos cubos do acoplamento.
É essencialmente composto por um emissor e um receptor de raio laser (raio de luz infra-
vermelho, visível a olho nu), prisma refletor, dois suportes de fixação para eixos, um inclinô-
metro, uma trena em escala métrica e inglesa e uma calculadora de cristal líquido do próprio
sistema.
SENAI-SP 296
Técnicas de Intervenção na Manutenção
No sistema de alinhamento em exame, um raio laser é emitido por um grupo emissor / recep-
tor posicionado no eixo da máquina estacionária: este raio é dirigido sobre um prisma refletor
montado no eixo da máquina a calçar, sendo refletido para o receptor do grupo emissor
/receptor.
Características do sistema:
SENAI-SP 297
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 298
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Bombas
As bombas recebem energia de uma fonte motora qualquer (motor elétrico, turbina a vapor
etc.) e cede parte desta energia ao fluído na forma de energia de pressão, cinética, ou ambas
as grandezas.
Chama-se bombear, a ação de adicionar energia a um fluído para movê-lo de um ponto para
outro. A relação entre a energia cedida pela bomba ao líquido e a energia que foi recebida da
fonte motora, é denominado rendimento da bomba.
No projeto de dimensionamento de bombas recomenda-se consulta de normas técnicas:
SENAI-SP 299
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Turbo – Bombas
São aquelas cuja movimentação do líquido é produzida por forças que se desenvolvem na
massa líquida em consequência da rotação de uma ou mais rodas, com um certo número de
palhetas.
Conforme as posições relativas do movimento geral do líquido e do eixo de rotação do rotor ou
impelidor podemos distinguir os tipos fundamentais de turbo-bombas:
Quanto maior for a rotação, maior a força centrífuga e mais longe será lançada à pedra. A
força centrífuga é proporcional à rotação. Ver figura.
As bombas centrífugas são as mais empregadas, pela simplicidade, baixo custo e facilidade de
operação nas condições mais variadas de temperatura, pressão e vazão.
O principal empregado numa bomba centrífuga é o acionamento do líquido pela ação da força
centrífuga (centrífuga significa que se afasta ou procura desviar-se do centro).
SENAI-SP 300
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Encaminhamento do Líquido
O encaminhamento do líquido dentro da bomba de acordo com a figura acima é o seguinte:
a) O líquido que entra no corpo da bomba é encaminhado por este ao centro do rotor;
b) Pelo movimento de rotação do rotor, as pás jogam o líquido (ação da força centrífuga contra
a parte interna do corpo da bomba);
c) O líquido lançado pelo rotor é recolhido pela parte interna do corpo e encaminhado à saída
da bomba. O líquido ao passar pela bomba tem a sua pressão aumentada.
Quando sua função no processo industrial é de grande importância, o que ocorre quase
sempre é usual a instalação de unidades reservas.
SENAI-SP 301
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Quando se utiliza mais de uma bomba para uma mesma função, quer seja como reserva a
auxiliar, elas são instaladas em paralelo. Instalação em paralelo é aquela em que as tubula-
ções de sucção e de descarga de cada bomba são conectadas em tubulações comuns de
sucção de descarga da instalação, isto é, todas as bombas succionam de uma mesma linha ou
coletor geral e descarregam também através de uma mesma linha ou coletor geral da instala-
ção.
Nestas instalações, cada bomba tem as suas válvulas individuais de sucção, retenção e
descarga que permitem isolá-la do sistema quando ela não está em funcionamento.
SENAI-SP 302
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A2) Bombas de eixo vertical: são aplicadas devido a determinadas particularidades no sistema:
economia de espaço; problema com a altura de sucção (NPSH); etc. As bombas verticais são
mais usadas para succionar líquidos de reservatórios baixos, em forma de poço. Trabalham
geralmente imersas no líquido.
B1) Bombas com impelidor de sucção simples. Estas bombas são utilizadas sempre que a
vazão desejada não for elevada. É o caso da figura 1.
B2) Bombas de sucção dupla, neste caso, o líquido entra por ambos os lados (ver figura 3).
SENAI-SP 303
Técnicas de Intervenção na Manutenção
C1) Bombas de um estágio, constituídas de um único impelidor, são aplicáveis a todos os fins.
Figura 1.
C2) Bombas de dois ou mais estágios (multi estágios). Constituídas de dois ou mais impelido-
res em série, são particularmente aplicáveis quando temos grande altura manométrica. Ver
figs. 4 e 2.
D1) Rotor aberto, figura 5 D, consiste de aletas unidas ao cubo central do eixo sem nenhuma
parede ou saia. São utilizados em pequenas bombas e em bombas maiores quando o líquido
apresenta sólidos em suspensão para evitar entupimento e abrasivos.
SENAI-SP 304
Técnicas de Intervenção na Manutenção
D2) Rotor semiaberto incorpora uma saia, ou uma placa que apoia as aletas. Esta saia ou
placa pode possuir ou não na parte traseira, algumas pequenas aletas, cuja função é reduzir a
pressão na parte traseira do rotor e impedir que a matéria estranha aloje neste local e interfira
no desempenho da bomba. Figura 5 C.
D3) Rotor Fechado de Simples sucção é usado quase universal nas bombas centrífugas que
manuseiam líquidos limpos, constitui saias ou placas fechadas com aletas direcionadas do
olho da sucção até a periferia do rotor. O tipo de aletas pode variar, por exemplo, na figura 5 (A
e B) são do tipo Francis, onde a superfície das pás possui dupla curvatura, ele é também
chamado de (Francis-screw-vane ou screw-vane impeller) outro tipo é o da figura 6 (impelidor
de pás retas ou straight - vane) sendo chamado de impelidor de pás de simples curvatura. Este
tipo de construção é o melhor para as bombas de simples sucção.
D4) Rotor Fechado de dupla sucção este rotor apresenta dois bocais de sucção conforme
figura 7, abaixo:
SENAI-SP 305
Técnicas de Intervenção na Manutenção
E) Quanto a forma de abertura das carcaças, para manutenção, figura 8: A carcaça da bomba
geralmente é dividida em duas partes, aparafusadas uma a outra, para facilitar o serviço de
manutenção do equipamento. Assim a bomba pode ser aberta, removido o conjunto eixo rotor,
sem necessidade de remoção das tubulações de sucção e descarga da bomba.
E1) A carcaça pode ser bipartida no sentido radial, para pequenas bombas. Nas bipartidas
radialmente, temos maior facilidade de vedação.
E2) A carcaça pode ser bipartida no sentido axial, para médias e grandes bombas. A vantagem
essencial das carcaças bipartidas axialmente ou horizontalmente é a facilidade de manuten-
ção;
SENAI-SP 306
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Axiais ou Helicoidais
Quando o movimento geral do líquido se dá em direção paralela em relação ao eixo de rota-
ção. São bombas de baixas pressões diferenciais e altíssimas vazões chegando à ordem de
50.000 m3/hora. Opera em altas rotações em torno de 9.000 rpm. Figura 10.
SENAI-SP 307
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Apresentam uma boa eficiência nas áreas aplicação de baixo fluxo e grande altura manométri-
ca. Chegando em determinados casos atingir 274m em um único estágio. A boa eficiência é
consequência das pequenas folgas existentes entre o rotor e os anéis do canal, minimizando
recirculação de líquido. A pressão do líquido é ganha a medida que segue desde a entrada até
a saída do rotor, ver desenho.
As bombas turbinas pela sua característica permitem bombear líquidos em ebulição e gases
liquefeitos na sucção, ligeiramente acima da pressão de vapor.
As bombas turbinas também têm maiores eficiências a fluxos baixos do que as bombas
centrífugas. As bombas turbinas utilizam são normalmente utilizadas em aplicações com
líquidos limpos e viscosidade até 500 SSU.
Características
As grandezas características mais importantes de uma bomba são:
Vazão
É a quantidade de líquido bombeado na unidade de tempo (m3/h, Litro/min, GPM, etc.).
Altura manométrica
É a altura de coluna líquida que a bomba seria capaz de manter na sua descarga se não
houvesse resistência alguma a passagem do líquido por parte da tubulação e seus acessórios.
Potência
É a quantidade de energia consumida pela bomba na unidade de tempo. Potência útil da
bomba é a energia efetivamente entregue ao líquido na unidade de tempo.
SENAI-SP 308
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A relação entre estes valores (altura manométrica, potência, eficiência e vazão) dá as caracte-
rísticas da bomba. As curvas características de uma bomba centrífuga podem ser mostradas
gráfica em uma curva.
Uma curva característica típica, mostra a altura manométrica dinâmica total, a potência BHP
(brake horsepower), a eficiência, NPSHRequerido (a altura manométrica positiva líquida da
sucção), são traçadas em função da capacidade da bomba. Figuras 13, 14 e 15 são as curvas
características, não-dimensionais que indicam a forma geral para os vários tipos de bombas.
Mostram a altura manométrica, o BHP (potência), e a eficiência traçada como porcentagem de
seus valores no projeto ou no melhor ponto da eficiência da bomba.
A figura 13, abaixo mostra que a curva da altura manométrica para uma bomba do fluxo radial
é relativamente achatada e diminui gradualmente enquanto o fluxo aumenta. Note que a
potência aumenta gradualmente em função do fluxo, atingindo o máximo normalmente no
ponto do fluxo máximo.
SENAI-SP 309
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Para uma bomba típica de fluxo axial, o "head" e a potência, ambos aumentam drasticamente
perto do "shut-off" como mostrado na fig. 15. A distinção entre as três classes acima não é
absoluta, e há muitas bombas com as características que se posiciona entre os três. Por
exemplo, o impulsor da aleta de Francis teria uma característica entre o radial e a "mixed flow".
A maioria de bombas da turbina está também nesta mesma escala dependendo de suas
velocidades específicas.
SENAI-SP 310
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A Figura16 mostra acima uma curva típica da bomba como fornecida por um fabricante. É uma
curva composta abrangendo vários diâmetros do impelidor do máximo ao mínimo. A potência,
a eficiência, e as linhas constantes de NPSHREQUERIDO são plotadas em função da vazão.
É composto das curvas do teste individual em vários diâmetros.
Faremos agora um estudo das principais componentes das bombas centrífugas assim
sendo estudaremos. Os componentes principais de uma bomba centrífuga são:
• Eixo (Shaft)
• Rotor (ou impelidor) (impeller)
• Luva do eixo (shaft sleeve)
• Câmara de vedação (ou caixa de gaxetas) (Stuffing Boxes)
• Mancais ( Bearing)
• Selos mecânicos (Mechanical Seals)
• Acoplamentos (Coupling)
• Anéis de desgaste (Wearing rings)
SENAI-SP 311
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Carcaça de uma bomba centrífuga é a parte fixa dentro da qual gira o rotor. Possui as abertu-
ras para entrada até o centro do rotor e saída do líquido para a tubulação de descarga. A
entrada do líquido na carcaça recebe o nome de sucção ou admissão, e a saída recebe o
nome de descarga.
Fundido juntamente, ou a ela preso mecanicamente, tem a câmara (ou câmaras) de vedação e
a caixa (ou caixas) de mancal. Possui na sua parte superior um orifício para suspiro, e na parte
inferior um outro para drenagem.
No caso mais simples de corpo de bomba centrífuga, a sua parte interna possui um formato
especial para receber o líquido lançado pelo rotor, sem muita perda de carga. Uma função da
carcaça é reduzir a velocidade na saída do impelidor e converter esta energia de velocidade
(energia cinética) em energia de pressão, o que é feito por meio da voluta (figura 18) ou do
difusor (figura 19).
A carcaça em voluta apesar de ter boa eficiência é praticamente utilizada nas bombas
horizontais de simples estágio, devido dificuldades de construção.
SENAI-SP 312
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Nas bombas com carcaça em voluta, há o aparecimento de uma reação radial (F), quando a
capacidade de operação for diferente da capacidade de projeto. A reação radial (F) varia com
a capacidade conforme a figura 19.
Assim sendo, sempre que a bomba for especificada para trabalhar durante algum tempo em
capacidades diferentes das condições de projeto, deve-se notificar ao fabricante.
Devemos ainda observar que apesar de terem boa eficiência, as carcaças em voluta são
praticamente utilizadas nas bombas horizontais de simples estágio, devido a dificuldades de
construção.
SENAI-SP 313
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Os difusores
São chicanas fixas na parte interna da carcaça da bomba que recolhem o líquido, lançado
pelo rotor, e dão o encaminhamento na direção da descarga da bomba (fig. 21). Com os
difusores, o rendimento é maior do que no primeiro caso.
A carcaça com difusores é aplicada de um modo geral, com exceção das bombas horizontais
de simples estágio que predomina a carcaça em voluta.
Os difusores nas bombas de múltiplos estágios, têm a função de dirigir o fluxo da descarga
de um estágio para a sucção do estágio seguinte. Estas bombas de múltiplos estágios são do
tipo de alta pressão; o líquido tem sua pressão aumentada sucessivamente ao passar de um
estágio para o seguinte. As bombas de alimentação de água para caldeiras são deste tipo.
Eixo (Shaft)
É o componente que serve para transmitir o movimento de rotação do acionador ao rotor.
Sendo conectada ao equipamento acionador através do acoplamento, o eixo transmite o
torque do acionador ao rotor. O eixo é projetado para que tenha uma deflexão máxima prees-
tabelecida quando em operação.
SENAI-SP 314
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Este fator é importante para evitar que as folgas entre as peças rotativas e as estacionárias
se alterem em operação, o que provocaria seu contato, desgaste prematuro e maior consume
de energia. O eixo deve ser construído em material que suporte as variações de temperatura,
quando para aplicações que envolvam líquidos quentes, bem como a fadiga devido às cargas
rotativas que surgem em operação.
“Também por questões de vida útil do selo mecânico a deflexão do eixo na face da caixa de
gaxetas não deve ser superior a 0,002 (polegadas) (0,05 mm) ”.
O eixo tanto pode ser projetado para trabalhar como flexível ou rígido desde que no primeiro
caso a velocidade crítica seja de 60 a 75% da velocidade de trabalho e no segundo, no míni-
mo 20% acima. Geralmente bombas que operam a 1750 rpm têm eixo rígido e as que ope-
ram a 3500 rpm possuem eixo flexível. Bombas de múltiplos estágios têm eixos flexíveis.
Eixos suportados nos dois extremos, que possuem o rotor no centro, têm o diâmetro o máxi-
mo no local de montagem do rotor. Eixos de bombas com rotor em balanço têm o diâmetro
máximo entre os rolamentos. A ponta de eixo e projetada para resistir ao máximo torque que
pode ocorrer em trabalho. Existem bombas que têm eixo comum com o acionador (bombas
monobloco), geralmente de pequeno porte. O eixo assenta nos apoios rotativos (mancais) da
bomba e a ele é fixado o rotor (ou rotores, no caso de múltiplos estágios). Geralmente são
fabricados em aço fundido e aço liga. Figura 22.
SENAI-SP 315
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Quanto ao tipo de rotor podem ser classificadas como de rotor aberto, semiaberto e fechado
(ver figuras 5, 6 e 7). O mais encontrado é o fechado, dos três tipos; este é o que do maior
rendimento e é empregado no bombeamento de produtos pouco viscosos. Para operação
com produtos mais viscosos, borras e com suspensão de sólidos, são empregados os rotores
dos tipos semiabertos e aberto. Do seu formato e dimensões relativas vão depender as ca-
racterísticas da bomba. Os materiais usualmente empregados na fabricação de rotores são
ferros fundidos, aços fundidos, bronzes e aços liga.
Anéis de Desgaste a figura 23, mostra uma bomba em corte, onde são mostrados o rotor e
os "anéis de desgaste".
.
Fig. 23 – Bomba centrífuga de dupla sucção em corte com anéis de desgaste na carcaça e no rotor
SENAI-SP 316
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Os anéis são peças de pequeno custo e que evitam o desgaste e a necessidade de substitui-
ção de peças mais caras, como o rotor ou a carcaça.
Bombas usadas em serviços leves não possuem anéis de desgaste. A própria carcaça e o
rotor possuem superfícies ajustadas de tal forma que a folga entre estas peças é pequena.
Quando a folga aumenta, pode-se reusinar o rotor ou a carcaça e colocar anéis, refazendo
assim as folgas originais.
Em bombas de maior porte, tanto a carcaça e o rotor são providos com anéis de desgaste. Os
anéis são substituídos quando a folga diametral fica o dobro da folga original. Deve-se ressal-
tar que, conforme se aumenta a folga diametral dos anéis de desgaste, nota-se uma redução
na eficiência da bomba (o refluxo de líquido da descarga para a sucção aumenta).
A pressão que deverá ser injetada o óleo de lavagem será de 15 a 20 psi ( 1,05 a 1,4
kgf/cm2).
SENAI-SP 317
Técnicas de Intervenção na Manutenção
O tipo mais indicado de construção do anel varia com as características do líquido bombeado,
a pressão diferencial através dos anéis, da velocidade periférica e mesmo com o projeto da
bomba. A figura 25 mostra diversos tipos de combinações de anéis de desgaste.
A folga entre anéis pode ser radial, como na maioria dos casos ou axial como algumas bombas
de lama. A montagem dos anéis de desgaste e sua fixação podem ser feitas por pino, monta-
gem por interferência, fixação por parafuso ou solda. Algumas normas de construção indicam
que, além de interferência, é necessária a fixação por solda, isto geralmente ocorre onde
aplicações a altas temperaturas estão envolvidas, para evitar que a dilatação solte o anel.
Sistema de Vedação
Em todo o equipamento para movimentação de fluidos faz-se necessária a vedação da parte
onde o eixo atravessa a carcaça para se ligar ao rotor. Desse modo, os equipamentos são
munidos de uma câmara cilíndrica em volta do eixo onde se localizam os elementos vedantes
formando o sistema de vedação ou selagem.
SENAI-SP 318
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Essa câmara, no caso das bombas é parte de uma peça presa à carcaça por meio de parafu-
sos denominada caixa de gaxetas ou caixa de selagem (stuffing box). Os elementos vedantes
adaptados a caixa de selagem podem ser do tipo anéis de gaxeta ou selos mecânicos.
Caixa de Gaxetas
É a parte (figura 26) onde e feita a "selagem", impedindo que o líquido que está sendo bombe-
ado saia de dentro da carcaça pelo buraco por onde passa o eixo. É uma das partes mais
importantes da bomba centrífuga. Mesmo ligeiros defeitos na sua construção ou condição,
podem impedir o funcionamento satisfatório da bomba.
Assim sendo, se uma bomba opera com altura manométrica de sucção negativa (suction lift),
tendo a pressão no interior da caixa de gaxetas inferior a pressão atmosférica, sua função e
evitar a entrada de ar para dentro da bomba. Entretanto, se a pressão é acima da atmosférica,
sua função é evitar vazamento de líquido para fora da bomba.
SENAI-SP 319
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Sem esta lubrificação o desgaste do eixo (ou da luva do eixo figura 28) na região das gaxetas
seria prematuro e o aquecimento excessivo. No caso de bombas de multi estágios a conexão
pode ser feita com um estágio intermediário.
O líquido de selagem é introduzido no anel de lanterna com uma pressão maior ou igual a
pressão de sucção da bomba.
SENAI-SP 320
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Quando o líquido de selagem não é o próprio líquido em bombeamento, ele é succionado por
uma bomba de um tambor de alimentação fig. 29, e bombeado através de um resfriador para
uma rede de distribuição.
Esta rede alimenta as diversas caixas de gaxetas de várias bombas. Depois de passar pelas
caixas de gaxetas, o líquido de selagem volta ao tambor de alimentação.
A válvula da linha de líquido de selagem na entrada do anel de lanterna serve para regular a
pressão do líquido de selagem sobre as gaxetas. Os medidores de pressão (PI) e de tempe-
ratura, (TH) servem para a verificação das condições de pressão e temperatura do líquido de
selagem.
O sistema de gaxetas simples é empregado com sucesso para líquidos de no mínimo 0,60 de
densidade. Para líquidos quentes de processamento de petróleo é muito usado o sistema de
gaxetas com líquido de selagem. No bombeamento de líquidos muito voláteis o sistema mais
adequado é o do selo mecânico.
Para bomba de serviços gerais, a caixa de gaxeta usualmente tem a forma de uma caixa
cilíndrica que acomoda um certo número dos anéis da gaxeta em volta do eixo ou da luva da
eixo por uma sobreposta. A finalidade desta luva é evitar custo muito elevado, na manuten-
ção, que por ocasião de seu desgaste é substituída com menor custo daquele que se teria
com a substituição do eixo.
SENAI-SP 321
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Um suprimento independente de água de selagem deve ser feito se uma das seguintes con-
dições existirem:
A) Maleáveis para facilitar a moldagem ao eixo e poder sofrer apertos sob pressão da sobre-
posta;
B) Deve ser compatível com o líquido bombeado;
C) A perda de volume deve ser lenta e gradual;
D) Não deve causar abrasão ou corrosão nas partes metálicas.
Principais tipos
a- Filamento ou folha fina metálica (alumínio, cobre, babbitt, inconel) impregnada com grafite
ou óleo lubrificante.
b- Em substituição ao amianto grafitado, fibras sintéticas impregnadas com grafite ou teflon.
c- Grafite flexível.
d- Fibra de carbono com grafite flexível.
e- Fibras de carbono com PTFE grafitado e alma de silicone.
f- Fibras de linho com teflon.
g- Fios de aramida e PTFE com grafite.
Observação:
Existem vários outros tipos de gaxeta no mercado para os mais diversos serviços.
SENAI-SP 322
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Nas caixas de gaxetas, a selagem entre o eixo ou a luva de eixo e a parte estacionária da
caixa, é feita por meio de anéis de gaxetas colocadas entre as duas superfícies e mantidos
apertados pela sobreposta da caixa de gaxetas.
O vazamento em volta do eixo é meramente controlado pelo maior ou menor aperto da so-
breposta. As gaxetas, sendo de natureza semi plástica, amoldam-se mais com o aperto e
tendem a eliminar o vazamento.
Entretanto, depois de um certo ponto, o vazamento continua não importando quão apertada
esteja a sobreposta.
A potência de atrito aumenta rapidamente, o calor gerado não é bem dissipado e a caixa de
gaxeta falha na sua função. Devemos ainda observar que mesmo antes que esta condição
eja alcançada, a luva do eixo pode ser severamente danificada a tal ponto que se torna im-
possível a vedação satisfatória.
SENAI-SP 323
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Estas características indesejáveis proíbem o uso da caixa de gaxetas, como método de sela-
gem se o vazamento deve ser mantido mínimo sob severa pressão. Assim sendo, tornou-se
necessário desenvolver um novo tipo de caixa de vedação conhecido por selo mecânico.
Esta forma de selo chamado selo mecânico foi desenvolvimento para situações na qual as
caixas de gaxetas apresentam deficiências excessivas. Entretanto, os casos em que as
caixas de gaxetas dão bom serviço tem mostrado pouca tendência à substituição por selo
mecânico. Em alguns casos ambos dão bom serviço e a escolha entre eles torna-se um
problema de preferência pessoal ou de custo inicial.
Estas superfícies altamente polidas são mantidas em contato contínuo por uma mola forman-
do um selo fluído entre as partes rotativas e estacionarias com muito pequenas perdas por
atrito.
Quando o selo é novo o vazamento é muito pequeno podendo realmente ser considerado
como inexistente. Naturalmente algum desgaste sempre ocorre é deve ser previsto com o
tempo um pequeno vazamento.
SENAI-SP 324
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Ambos os tipos têm sempre três pontos principais nos quais a selagem deve ser feita (fig.
33)
SENAI-SP 325
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Para a selagem do 1o ponto, uma junta convencional ou anel em O (O-Rings), são usados.
O vazamento entre o elemento rotativo e o eixo é eliminado por meio de O-rings, fole ou
cunha. O vazamento entre as superfícies em contato não pode ser eliminado mas pode ser
mantido num valor Insignificante desde que se mantenha um contato bem firme entre estas
partes.
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Diz-se que um selo mecânico é balanceado, figura 36, quando o projeto mecânico permite
que a pressão exercida pelo líquido no interior do selo seja maior que o empuxo axial que
mantém as superfícies selantes (primária) em contato. Isto é necessário quando a pressão do
líquido bombeado é muito alta impedindo a formação de uma película entre as superfícies
polidas, fato imprescindível para o movimento adequado do selo.
,
Fig. 36 – Selo balanceado
Sendo:
P = pressão do líquido sobre a caixa de selagem
P' = pressão média através das faces do selo
SENAI-SP 327
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Isto limita a aplacação deste tipo de selo para pressões menores que 7 a 10,5 kgf/cm2 e para
líquidos com propriedades lubrificantes iguais ou melhores que a gasolina.
Decorrente disto surgiram os selos balanceados (figura37) nos quais a força do fechamento
é:
a) As pressões geradas pelas bombas centrífugas exercem forças, tanto nas partes móveis
quanto nas partes estacionárias. O projeto destas partes balanceia algumas destas for-
ças, mas meios separados podem ser requeridos para contrabalançar outras. O esforço
axial hidráulico é o somatório das forças não balanceadas agindo na direção axial do im-
pelidor. Para bombas de sucção simples (Fig. 37) a esforço axial constitui problema prin-
cipalmente para grandes unidades.
b)
SENAI-SP 328
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Já nas bombas de simples estágio com impelidor de sucção dupla, teoricamente as forças de
um lado são contrabalançadas pelas do outro (fig. 38).
1- A média das bombas de multi estágios possui capacidade relativamente baixa em compa-
ração com o range coberto pelas modernas bombas centrífugas. Mesmo quando o impelidor
de duplo estágio é desejável para o primeiro estágio, porém raramente será necessário para
os restantes.
2- Aumento do diâmetro do eixo, para compensar o maior vão, vai reduzir a área de entrada
do impelidor. O resultado é que a vantagem das melhores condições de sucção oferecida
pelo Impelidor de dupla sucção é consideravelmente reduzida.
Estas e outras inconveniências, fazem com que a maioria das bombas de multi estágios,
utiliza os impelidores de sucção simples, apesar do problema do empuxo axial.
3) Pás na parte posterior do impelidor (Pump-out vanes on the back shroud of Impeller).
SENAI-SP 329
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 330
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Acoplamento (Couplings)
As bombas centrífugas são conectadas aos seus acionadores através de acoplamentos
exceto para "close-clouped units" onde o impelidor é montado na extensão do eixo do acio-
nador.
Fig. 43 – Acoplamento
Os acoplamentos que não permitem movimento relativo dos eixos querem axial quer radial
são chamados acoplamentos rígidos. Já os acoplamentos do tipo flexível permitem um pe-
queno movimento relativo.
SENAI-SP 331
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A) Acoplamento com pinos amortecedores (Pin and Buffer Couplings). Neste tipo uma das
luvas possui vários furos, onde são colocados pinos revestidos de borracha ou outros materiais
flexíveis, pinos estes que são presos à outra luva, e são responsáveis pela flexibilidade de
acoplamento. Figura 44.
SENAI-SP 332
Técnicas de Intervenção na Manutenção
B) Acoplamento do tipo mandíbula (Jaw ou Lovejoy ). Este tipo é uma modificação do anterior
possuindo as luvas ressaltos, estes ressaltos se encaixam e entre eles é colocada à peça
amortecedora de borracha, conforma mostra a figura 45.
C) Acoplamento com engrenagens (Fast Flexible Coupling). Este tipo possui engrenagens
interna e externa, sendo o torque transmitido pelos dentes das engrenagens. Devemos notar
que este tipo necessita de lubrificação. Figura 46.
SENAI-SP 333
Técnicas de Intervenção na Manutenção
D) Acoplamento tipo Falk (com grade de aço). No acoplamento do tipo Falk, que é o mais
utilizado as luvas possuem ranhuras, e nestas ranhuras adapta-se uma mola ou grade de aço,
que é a responsável pela ação amortecedora. Este tipo de acoplamento possui ainda uma
capa de retenção do lubrificante, que neste caso é normalmente graxa. Figura 47.
SENAI-SP 334
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Mancais
São os apoios rotativos e posicionadores do conjunto eixo-rotor, podem ser do tipo de rola-
mento ou de deslizamento, dependendo do projeto. A função dos mancais é servir de apoio
para o eixo e manter o eixo ou impelidor em correto alinhamento com as partes estacionárias.
Todos os tipos de mancais têm sido usados em bombas centrífugas. O mesmo projeto básico
de uma bomba é feito com 2 ou mais mancais diferentes, que são requeridos por variação de
condições de serviço, ou preferência do comprador. Normalmente, utilizam-se 2 mancais, um
para absorver o empuxo axial (mancal de escora) e um outro radial.
A sua lubrificação é a óleo ou a graxa, também em função do projeto. Existem mancais que
se aquecem demasiadamente em funcionamento normal, e são construídos para funcionar
com resfriamento, o que é feito, como no caso da câmara de vedação, pela circulação de
água através de camisa de resfriamento, com controle também feito com a instalação de um
termômetro no sistema.
. Fig. 48 – Rolamentos
SENAI-SP 335
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Este mancal é construído de uma série de esferas montadas entre duas guias, uma interna e
outra externa. A guia interna gira com o eixo e a externa é fixa na caixa do mancal. O mancal
é lubrificado por óleo que fica num depósito situado abaixo do mancal. Este óleo pode ser
distribuído no rolamento, ou por uma bomba auxiliar ou por um anel de lubrificação.
O anel de lubrificação é de diâmetro maior do que o eixo, girando com o mesmo, mas em
movimento lento e tem uma parte sempre mergulhada no óleo lubrificante. Desta forma o
anel transporta o óleo do depósito ao rolamento. O lubrificante serve para reduzir o desgaste
pela diminuição do atrito entre as partes em contato. Veremos mais sobre esse assunto em
compressores e turbinas.
Circuitos Auxiliares
A) Líquido de Selagem: foi visto ao se tratar da Câmara de vedação.
B) Resfriamento: quando a bomba trabalha com líquido quente, para que a temperatura do
equipamento não suba muito, é feito um resfriamento, do mancal e de outras partes por meio
de camisas de resfriamento, que envolvem a parte em questão.
Nas camisas de resfriamento fig. 49, circula água tratada para a remoção do calor.
SENAI-SP 336
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Acionador e Base
Uma bomba centrífuga dá ao líquido que está sendo bombeado um aumento de pressão que
é conseguido a custa de um fornecimento de energia.
Esta energia é suprida pelo acionador da bomba que pode ser um motor elétrico, uma turbina
a vapor ou um motor a explosão.
A bomba e seu acionador ficam montados sobre uma placa única que serve de base, dentro
de uma barragem de contenção com drenagem para local apropriado.
SENAI-SP 337
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Estágios de Bombeamento
Como o rotor tem a sua capacidade limitada pelo seu diâmetro e pela sua velocidade, muitas
vezes um único rotor não é capaz de dar ao líquido a pressão desejada.
Neste caso são empregados dois ou mais rotores, montados no mesmo eixo e ligados em
série figura 51.
O líquido depois de entrar no corpo da bomba passa sucessivamente por todos os rotores,
ganhando maior pressão em cada um deles.
A elevação de pressão dada pela bomba ao líquido, e como se fosse feita em diversos de-
graus, constituindo cada rotor um degrau ou estágio desta elevação. Cada rotor constitui um
estágio da bomba e o número de rotores determina o número de estágios da bomba.
O corpo de uma bomba centrífuga de vários estágios, e provido de dispositivos que levam o
líquido descarregado, pela periferia de um rotor ao centro do rotor do estágio seguinte.
SENAI-SP 338
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Operação
Partida
Uma bomba centrífuga deve sempre entrar em funcionamento com a tubulação de sucção e
o corpo cheio com o líquido a ser bombeado. A presença de líquido no corpo da bomba e
necessário, por um lado, pelo fato de servir como lubrificantes das partes com movimento e
pequenas folgas, e por outro lado, porque a existência de gases ou vapores no seu corpo
afetaria as condições de sucção, ocasionando o que se chama de perda de sucção.
Portanto, "de forma alguma colocar em operação uma bomba centrífuga com ela vazia".
Quando a bomba estiver instalada em cota mais baixa que o reservatório de sucção pode ser
cheia por gravidade abrindo a válvula de sucção e o seu suspiro. Em caso contrário, quando
o reservatório de sucção estiver numa cota mais baixa que a bomba, deve-se usar o "disposi-
tivo auxiliar de enchimento". A válvula de descarga e o dreno do corpo devem estar fechados
antes do enchimento.
Medidas Preliminares
Antes da partida deve ser feita inspeção na bomba, no acionador, nos dispositivos auxiliares
e locais de trabalho no tocante a limpeza, segurança pessoal e dos equipamentos, combate a
incêndio, montagem correta, lubrificação, refrigeração, desimpedimento para entrada em
operação e ausência de bolsas gasosas na linha de sucção.
Sistemas auxiliares
Pôr em funcionamento os sistemas de refrigeração e de líquido de selagem. Se a bomba
trabalha com produtos quentes deve-se tomar o cuidado de aquecê-la antes da partida usan-
do o sistema auxiliar para esta finalidade. Quando a bomba possuir dispositivo de recircula-
ção deve-se verificar se a válvula da linha de recirculação está aberta. Esta linha de recircu-
lação é um desvio que sai da tubulação de descarga, antes da válvula de descarga, e entra
na linha de sucção depois da válvula de sucção.
Partida do acionador
Após estar tudo preparado e verificado é dada a partida no acionador.
Regulagem da Vazão
Após entrar em funcionamento, abrir lentamente a válvula de descarga para evitar bruscas
variações de velocidade que podem ocasionar perda de sucção.
SENAI-SP 339
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Quando a válvula de descarga não está fechada, e a válvula de retenção não está vedando
bem, o líquido, antes da partida, pode passar da tubulação de descarga para a de sucção
através da bomba fazendo-a girar em sentido contrário ao de funcionamento normal. Ao dar a
partida no acionador nestas condições, poderá haver danificação dos componentes das
bombas (empenamento ou ruptura do eixo, esmagamento ou ruptura de chaveta de fixação
do rotor ao eixo etc.).
Mesmo a energia exigida do acionador para uma partida nestas condições é muito maior
daquela que seria necessária para uma partida normal, podendo então haverá danificação do
acionador (queima do motor elétrico, ruptura do acoplamento, empenamento e torção do eixo
etc.). Em alguns casos, quando não há linha de recirculação, para se evitar que o líquido
circule por muito tempo dentro da bomba provocando sobreaquecimento, pode-se partir com
a válvula de descarga ligeiramente aberta.
Sequências de Parada
Cuidados Operacionais
Durante a operação de uma bomba centrífuga devem-se tomar vários cuidados para melhor
rendimento do equipamento e maior segurança operacional, tais como:
c) Verificar caixa de vedação (vazamentos, aquecimentos). Nunca dar partida uma bomba
com sobreposta frouxa ou afrouxá-la com a bomba em funcionamento. O aperto de ajus-
tagem das gaxetas pela sobreposta deve ser feito lentamente com a bomba em funciona-
mento para se conseguir boa vedação. Este trabalho, no entanto é de atribuição do pes-
soal de manutenção (mecânicos) e só deve ser realizado por eles. Selo Mecânico não de-
ve apresentar vazamento algum, nem aquecimento excessivo.
SENAI-SP 340
Técnicas de Intervenção na Manutenção
g) Verificar filtros de sucção quanto a excesso de sujeira, evidenciando pela perda de pres-
são lida nos manômetros instalados antes e depois do filtro.
h) A bomba deve ser parada caso seja constatada alguma anormalidade como aquecimento
anormal dos mancais, aquecimento anormal da câmara de vedação, vazamento do selo
mecânico, vibração ou ruído anormal. Se a pressão de descarga cair a zero, a bomba de-
ve ser parada imediatamente, ventilada, cheia, e colocada novamente em funcionamento.
i) Nunca se deve regular a vazão de uma bomba pela válvula de sucção. O estrangulamento
desta válvula pode acarretar perda de sucção, devendo a mesma permanecer totalmente
aberta durante o funcionamento da bomba. A regulagem de vazão deve ser feita sempre
pela válvula de descarga. E a seguir as Instruções Operacionais:
Limpeza
O equipamento (bomba e acionador) e seus arredores devem estar sempre limpos e livres de
ferramentas, parafusos, porcas, calços, estopa e materiais não em uso.
Segurança
Observar as boas condições de proteção do acoplamento, equipamentos de combate a in-
cêndio e dispositivos de segurança pessoal (óculos, luvas etc.).
Instalação
Verificar bomba, acionador, alinhamentos da sucção e descarga, posição correta das válvu-
las, drenos e suspiros, linhas de resfriamento e selagem, acoplamento, sistema de controle e
instrumentação.
SENAI-SP 341
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Lubrificação
Verificar mancais da bomba e do acionador, sistema de lubrificação e resfriamento, vazamen-
tos, níveis de óleo, temperaturas, pureza do óleo etc. Nunca substituir óleo de um mancal em
funcionamento.
Vedação
Verificar se o vazamento através do engaxetamento não está deficiente ou excessivo. Obser-
var temperatura da câmara de vedação, lembrar que nunca se deve acionar uma bomba com
sobreposta frouxa ou afrouxá-la com a bomba em operação, pois pode haver um vazamento
violento de líquido com perigo de acidentes como incêndio, queimaduras etc., dependendo do
tipo de líquido que está sendo bombeado. Verificar se não há vazamento e sobreaquecimen-
to do selo mecânico.
Recomendações
a) Manter as bombas e acionadores reservas em condições de entrar em operação a qual-
quer momento.
c) Manter desobstruídos os drenos da base, caixas de mancais e vedação. Não esquecer que
ajuste de sobreposta, reparos em engaxetamentos e selos mecânicos são de atribuição
apenas do pessoal de manutenção.
d) Sempre que for constatada uma anormalidade deve ser solicitada a presença da manuten-
ção.
Erosão
O choque contínuo de partículas sólidas sobre a superfície metálica da carcaça ou do rotor
da bomba retirando pequenas partículas tem como resultado a erosão (no caso de líquido
com lama, areia, etc.). Portanto é um fenômeno físico. A erosão pode provocar corrosão
devido ao empobrecimento do material do local afetado.
SENAI-SP 342
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 343
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Este fenômeno pode acentuar por falta de lubrificação (mancais de rolamento, gaxetas, etc.)
ou folgas muito justas (anéis de desgaste, etc.). Assim como no caso anterior este fenômeno
também pode provocar corrosão devido ao empobrecimento do material.
Corrosão
Efeitos químicos podem resultar nas mudanças do perfil da superfície metálica seja por em-
pobrecimento, seja por contato entre materiais de características diferentes, seja por ação de
um eletrólito (básico, ácido ou salino), por depósitos de sólidos, ou outro tipo de ação.
Fig. 55 – Corrosão
SENAI-SP 344
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Cavitação
É um fenômeno físico-químico que pode ocorrer em mancais, rotores de bombas, hélices de
navios e agitadores. Antes de explicar o fenômeno de cavitação, vamos recordar o que signi-
fica vaporização: é a passagem do estado líquido para o gasoso, esse fenômeno pode ocor-
rer pelo aumento da temperatura ou abaixamento da pressão ou ambos.
A cavitação é um fenômeno muito estudado, o processo começa quando a pressão sobre o
líquido bombeado diminui a um ponto baixo o bastante para que o líquido mude de estado
físico (gasoso). Por exemplo quando a água vaporiza seu volume aumenta cerca de 1.700
vezes. Figura 56.
SENAI-SP 345
Técnicas de Intervenção na Manutenção
A cavitação provoca:
Fig. 58 – Cavitação
NPSH Requerido
No bombeamento de líquidos, a pressão em qualquer ponto nunca deve ser reduzida abaixo
da pressão de vapor, pois se isto acontecer estaremos correndo o risco da cavitação com os
seus graves inconvenientes.
Como a entrada do impelidor é o ponto onde se registra a menor pressão, é uma preocupa-
ção constante evitar que a pressão neste ponto seja reduzida à pressão de vapor.
Assim sendo, os fabricantes definem em função da vazão qual o valor da energia que deve
existir no flange de sucção da bomba, para que na entrada do impelidor a pressão esteja
ainda superior a da vaporização e o fenômeno de cavitação seja evitado. A este valor deu-se
o nome de NPSHREQUERIDO, e é fornecido modernamente através da curva NPSHreq x
Vazão.
Sabemos que uma certa quantidade de energia (NPSHREQUERIDO) deve existir no flange
de sucção para evitar a cavitação
SENAI-SP 346
Técnicas de Intervenção na Manutenção
NPSH Disponível
Resumindo, podemos afirmar que a condição que deve ser sempre satisfeita é:
NPSHDISPONÍVEL> NPSHREQUERIDO
Cálculo do NPSHDISPONÍVEL
O NPSHDISPONÍVEL pode ser calculado de acordo com a seguinte fórmula:
Onde:
Pa = Pressão absoluta do recipiente alimentador da bomba
Pv = Pressão de vapor do líquido
S = Altura estática da sucção
( + ) se o nível do líquido estiver acima da linha de centro da bomba
( - ) se o nível do líquido estiver acima da linha de centro da bomba
ΔPs = Somatório das perdas de carga da sucção
γ = Peso específico do líquido
SENAI-SP 347
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Em série
Elas são instaladas em série quando se quer maior “HEADS” ou pressões de descarga. A
curva que se apresenta é exemplificava. Fig. 60.
SENAI-SP 348
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Vazão insuficiente
- Entrada de ar na linha de sucção;
- A velocidade baixa. Se movida à motor verificar a voltagem (V) ou amperagem (I) em cada
fase;
- A pressão de descarga do sistema é maior do que aquela par a qual a bomba foi projetada
- Rotor parcialmente obstruído;
- Pressão de sucção insuficiente (ocasionalmente com cavitação);
- Defeitos mecânicos - anéis de desgaste excessivamente gastos ou rotor danificado;
- Válvula de pé (chamada cebola) mal dimensionada, muito pequena, obstruída ou presa;
- Sucção levantada sem necessária submergência ou acima do nível de líquido.
Pressão insuficiente
- Entrada de ar na linha de sucção;
- Ar ou vapor na linha de sucção;
- Defeitos mecânicos - anéis de desgaste excessivamente gastos ou rotor danificado;
SENAI-SP 349
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Bomba vibra
- Desalinhamento do conjunto bomba motor
- Falta de rigidez na fundação;
- Rotor parcialmente obstruído causando desequilíbrio
- Defeitos mecânicos - eixo empenado da bomba; elementos rotativos da bomba com pouca
folga encostando-se à carcaça; anéis de desgaste encostando;
- Bomba seca;
- Cavitando.
SENAI-SP 350
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Compressores
Compressor é uma máquina que eleva a pressão de um volume de ar desde a pressão atmos-
férica ambiental até a pressão necessária para uso industrial.
SENAI-SP 351
Técnicas de Intervenção na Manutenção
,
Compressor de pistão de simples efeito
SENAI-SP 352
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 353
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 354
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 355
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 356
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 357
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 358
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Ventilador comum
Porém, se montarmos um ventilador de forma que sua hélice gire justa dentro de um tubo,
eliminando as perdas radiais, temos então um turbocompressor.
Turbocompressor
SENAI-SP 359
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Turbocompressor
Os turbocompressores podem ser de um ou de vários estágios, centrífugos (radiais) ou axiais.
Fornecem ar comprimido isento de óleo e são econômicos para capacidade acima de
500m3/min ou 17.700pés3/min a uma pressão de 7bar ou 100psi.
Turbocompressor axial
SENAI-SP 360
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Armazenamento do ar comprimido
O ar comprimido produzido por compressores de deslocamento positivo deve ser armazenado
em reservatórios ou vasos de pressão. O reservatório serve para estabilizar a distribuição do ar
comprimido. Ele elimina as oscilações de pressão na rede distribuidora e garante uma reserva
de ar quando houver, momentaneamente, alto consumo.
V = Q/10
Onde:
V = volume do reservatório em m3
Q = produção efetiva em m3/min
10 = constante
Periodicamente o reservatório deve passar por um teste hidrostático, a fim de verificar sua
resistência à pressão.
SENAI-SP 361
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Reservatório de ar comprimido
Dreno de água
O vapor de água no ar comprimido, em contato com a superfície interna fria do reservatório, se
condensa e volta ao estado líquido, acumulando-se no fundo do tanque. Através do dreno de
água, é possível retirar esse condensado do reservatório, evitando desse modo a redução da
capacidade de armazenagem.
Tampa de inspeção
Normalmente os reservatórios de grande porte possuem uma tampa parafusada na lateral.
Isso possibilita a inspeção e a limpeza periódica do interior do tanque. Antes da tampa ser
retirada, é necessário que o operador descarregue todo o ar comprimido do reservatório,
através da válvula de descarga de ar.
Registro geral
O registro geral é conhecido também como válvula de fechamento. É utilizado quando se faz
necessária a manutenção de algum componente localizado na rede de distribuição de ar
comprimido. Em algumas situações é preciso que o ar já comprimido não seja totalmente
descarregado. Nesse caso, fecha-se o registro geral até que o defeito da linha de distribuição
seja reparado.
SENAI-SP 362
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Manômetro
Manômetro é um instrumento empregado na Hidráulica e na Pneumática para medir pressão.
O manômetro rosqueado no reservatório serve para medir a pressão do ar comprimido no seu
interior e auxilia na regulagem da válvula de segurança, do pressostato e da válvula piloto.
Termômetro
O termômetro é utilizado em alguns reservatórios para medir a temperatura do ar comprimido.
Indica quando é necessário instalar um resfriador na saída do ar que alimenta a rede de
distribuição.
Válvula de segurança
A válvula de segurança é um componente de vital importância no reservatório. Ela evita a
explosão do tanque, não permitindo que a pressão do ar comprimido ultrapasse o limite
máximo suportado pela chapa. A válvula de segurança serve ainda para descarregar o exces-
so de ar comprimido do reservatório. Isso acontece quando a pressão do ar ultrapassa a
pressão máxima calibrada na válvula. Ela deve ser regulada com o auxílio de um manômetro,
sempre abaixo da pressão máxima permitida para o trabalho do compressor e do reservatório
de ar comprimido.
Válvula de segurança
SENAI-SP 363
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Válvula de retenção
A válvula de retenção serve para evitar que o ar do reservatório volte ao compressor, quando
ele estiver trabalhando em vazio (regime contínuo) ou quando ele parar (regime intermitente).
Isso acontece toda vez que a pressão do ar comprimido no tanque atinge o limite máximo de
trabalho. Essa válvula, portanto, é instalada no pórtico de entrada de ar do reservatório, ar
esse proveniente do compressor.
Válvula de retenção
Pressostato
O pressostato é um dispositivo eletropneumático que serve para ligar e desligar o motor
elétrico de acionamento do compressor em períodos sucessivos. Esses períodos são determi-
nados em função da produção e do consumo de ar comprimido.
SENAI-SP 364
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Regime intermitente
Válvula piloto
A válvula piloto determina a pressão máxima de trabalho requerida na rede de distribuição de
ar comprimido. Uma vez atingida essa pressão, previamente regulada, a válvula piloto permite
a passagem do ar que irá pilotar a válvula de descarga do compressor. Este por sua vez
passará a trabalhar em vazio até que a pressão na linha volte a cair abaixo da regulagem da
válvula piloto.
A válvula piloto é usada em compressores que trabalham em regime contínuo, cujo motor
elétrico de acionamento possui potência superior a 10cv.
SENAI-SP 365
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Válvula piloto
SENAI-SP 366
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Válvula de descarga
A válvula de descarga, como o próprio nome diz, serve para descarregar a produção de ar do
compressor. Isto é feito toda vez que a pressão do ar comprimido no reservatório ultrapassar a
pressão de regulagem da válvula piloto. A válvula de descarga trabalha acionada pela válvula
piloto, e ambas são usadas somente quando o compressor opera em regime contínuo, com o
motor elétrico de acionamento de potência superior a 10cv.
Regime contínuo
Válvula de descarga
SENAI-SP 367
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Regimes de trabalho
Para combinar a produção efetiva do compressor com o consumo de ar comprimido na linha, é
necessária uma regulagem adequada do compressor.
SENAI-SP 368
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Regulagem intermitente
A regulagem intermitente é a mais usada em compressores acionados por motores elétricos,
cuja potência não ultrapassa 10cv. Com essa regulagem, o compressor funciona em dois
campos: quando se atinge a pressão máxima, o motor de acionamento do compressor é
desligado; quando a pressão chega ao mínimo, o motor é ligado automaticamente e o com-
pressor volta a trabalhar. A frequência de comutações pode ser regulada num pressostato.
O reservatório, por sua vez, deve ser dimensionado corretamente para que os períodos de
comando possam ser limitados a uma medida aceitável.
SENAI-SP 369
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Regulagem intermitente
Refrigeração
A temperatura do compressor se eleva pelo atrito entre as peças móveis e principalmente pela
compressão do ar (Lei de Gay-Lussac). Esse calor deve ser dissipado para que a vida útil do
compressor não seja reduzida. Conforme o nível de temperatura no compressor é necessário
escoltar a refrigeração mais adequada.
Em compressores pequenos serão suficientes aletas de ventilação para que o calor seja
dissipado. Normalmente os compressores de porte médio são equipados com ventiladores
para dissipar o calor. Porém, em se tratando de uma estação de compressores de alta potên-
cia, a refrigeração mais adequada é a de água circulante ou de água corrente contínua.
SENAI-SP 370
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Lubrificação
A lubrificação do compressor tem por finalidade reduzir o atrito entre as peças móveis em
contato, reduzindo o desgaste e esfriando o compressor.
Em qualquer tipo de lubrificação deve-se usar, no cárter do compressor, óleo específico para
compressores, ou seja, óleo mineral não detergente com inibidores de oxidação ferrugem e
com viscosidade SAE30.
Em compressores com lubrificação por salpico, deve-se verificar o nível de óleo diariamente, o
que é feito através de visores apropriados.
SENAI-SP 371
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 372
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Instalação de um compressor
Manutenção de compressores
Procedimentos de manutenção
A manutenção preventiva e corretiva de um compressor é tarefa importante na indústria.
Vejamos quais são os procedimentos para essa manutenção.
• Trocar o óleo do cárter do compressor após o primeiro mês de operação. Empregar óleo
mineral de boa qualidade ou, na falta deste, usar óleo SAE 30. As trocas posteriores poderão
ser realizadas trimestralmente, ou de acordo com as especificações técnicas estabelecidas
pelo fabricante.
• Verificar semanalmente o nível do óleo de lubrificação e testar o funcionamento da válvula de
segurança.
• Limpar semanalmente o compressor. O acúmulo de óleo e de sujeira forma uma camada
isolante que prejudica a dissipação normal de calor. Isto, além de prejudicar a eficiência da
máquina, pode danificar o compressor e provocar incêndios.
SENAI-SP 373
Técnicas de Intervenção na Manutenção
• Remover e limpar o filtro de admissão uma vez por mês, ou mais frequentemente dependendo
das condições do ambiente. Limpar o elemento filtrante com um jato de ar comprimido seco e
sem óleo, no sentido contrário ao fluxo de passagem do ar de admissão, isto é, de dentro para
fora. Trocar o elemento filtrante pelo menos três vezes ao ano.
• Drenar o reservatório diariamente e de preferência, pela manhã. O acúmulo de água no
reservatório, além de reduzir sua capacidade, provoca corrosão interna.
• Verificar periodicamente se há vazamentos nas juntas, válvulas, conexões e tubulações, o que
evita perdas de ar.
• Verificar as juntas do cárter, para evitar perdas de óleo lubrificante.
• Observar periodicamente a fixação das serpentinas resfriadoras, para evitar que, trabalhando
soltas, sejam quebradas pela vibração.
• Verificar temporariamente a tensão das correias. Se não forem esticadas corretamente ou
tiverem comprimentos diferentes, poderão provocar vibrações prejudiciais ao equipamento.
Barulho excessivo
Ao ser notado barulho excessivo, como batidas anormais no conjunto compressor, observar
com atenção se isto está sendo provocado por:
SENAI-SP 374
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 375
Técnicas de Intervenção na Manutenção
• Fusíveis dimensionados para uma corrente elétrica menor que a corrente normal de trabalho
do motor;
• Sobrecarga do motor elétrico devido a ajuste incorreto dos rolamentos cônicos do compressor.
SENAI-SP 376
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 377
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Especificações técnicas
Óleo
Tipo não detergente com inibidores de
oxidação e ferrugem
Viscosidade ISO vg 100 (sae 30)
Capacidade do cárter 1,4 litros
Dimensões
Comprimento 660mm
Largura 550/mm
Altura 660mm
Peso
Líquido 87kg
Bruto 101kg
SENAI-SP 378
Técnicas de Intervenção na Manutenção
SENAI-SP 379
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Redes de distribuição de ar
As redes de distribuição de ar comprimido requerem manutenção regular. Por isso, essas
redes não devem ser montadas dentro de paredes, de cavidades estreitas ou subterrâneas.
Nesses casos, pequenos vazamentos levariam a consideráveis perdas, além da dificuldade de
localizá-los.
Circuito aberto
Circuito fechado
SENAI-SP 380
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Rede combinada
A rede combinada consiste em um circuito fechado dividido em setores. Tais setores podem
ser isolados da rede principal através de válvulas de fechamento. Isso facilita a manutenção de
cada setor, sem ter de despressurizar toda a linha. Usa-se a rede combinada nos pavilhões
das grandes indústrias, onde a produção não pode ser paralisada quando houver necessidade
de manutenção em algum trecho da rede de alimentação de ar comprimido.
Rede combinada
Seja qual for a rede utilizada, todos os pontos de conexão devem ser extraídos da parte
superior dos tubos de alimentação da linha principal. Esses tubos da linha principal, em regra,
têm uma inclinação de cerca de 1% do seu comprimento. Nos pontos mais baixos, devem ser
montados purgadores automáticos para a drenagem do condensado água-óleo.
SENAI-SP 381
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Unidade de conservação
SENAI-SP 382
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Preparação do ar comprimido
Antes de ser distribuído pela rede aos consumidores, o ar comprimido passa por cinco proces-
sos de preparação e tratamento. O ar é esfriado, secado, filtrado, calibrado em pressão e
lubrificado.
Item Descrição
1 cotovelo
2 conexão
3 serpentina 1
4 serpentina 2
Serpentinas
SENAI-SP 383
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Os resfriadores a água são utilizados apenas em compressores de grande porte cuja produção
efetiva de ar comprimido é muito elevada.
Secadores
Os secadores servem para retirar a umidade do ar comprimido, esteja ela em estado líquido ou
em forma de vapor.
Após ser comprimido e devidamente resfriado, é preciso remover toda a umidade do ar. Isto
pode ser feito antes ou depois de ser armazenado no reservatório. É importante salientar,
entretanto, que o ar deve ser secado antes de ser distribuído na rede, devido ao fato de os
componentes pneumáticos, em sua maioria, serem metálicos, e, portanto, sujeitos à corrosão.
Secadores de ar comprimido
Portanto, o elemento secador deve ser trocado de duas a quatro vezes por ano, dependendo
da umidade relativa do ar da região.
SENAI-SP 384
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Filtros
Os filtros de ar comprimido servem para reter as partículas líquidas e sólidos contidas no ar. O
filtro deve ser instalado na linha de alimentação de ar, imediatamente antes de qualquer
ferramenta ou máquina pneumática.
Ao entrar no copo do filtro, o ar comprimido é forçado a um movimento de rotação por meio de
um defletor espiral. Com isso, separam-se as partículas sólidas e as gotículas de água que,
através da força centrífuga gerada, depositam-se no fundo do copo. Essas impurezas podem
ser facilmente removidas do copo por meio de um dreno situado na sua parte inferior. As
partículas e impurezas menores ficam retidas no elemento
filtrante, construído em bronze sinterizado, que deve ser limpo ou substituído periodicamente.
Esse elemento filtrante possui porosidade que varia de 30 a 70 microns.
eno manual
SENAI-SP 385
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Reguladoras de pressão
Os reguladores de pressão servem para calibrar a pressão do ar comprimido de acordo com
as necessidades de cada máquina ou ferramenta, independente da pressão do ar na rede de
distribuição. O regulador de pressão é também conhecido como válvula redutora de pressão,
pois reduz uma pressão alta de entrada para uma pressão baixa de saída. Essa pressão é
indicada por um manômetro instalado no próprio corpo do regulador.
O ar comprimido flui livremente da entrada para a saída do regulador. Quando a pressão do ar
de saída ultrapassa a pressão ajustada numa mola, o ar pressiona o diafragma para baixo.
Isso faz com que o cabeçote superior feche a entrada do ar e, com isso, a pressão na saída
pára de crescer. Se a pressão na saída, por qualquer razão, for maior que a pressão ajustada
na mola, o regulador, além de fechar a entrada do ar da rede, abre um caminho de escape do
ar de saída para a atmosfera. Isso acontece até que a pressão do ar de saída volte a se
equilibrar com a pressão da mola do regulador.
Regulador de pressão
SENAI-SP 386
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Lubrificadores
Os lubrificadores pulverizam óleo lubrificante na massa de ar comprimido. A neblina óleo-ar
lubrifica os componentes e evita a corrosão das partes metálicas de ferramentas e máquinas
pneumáticas. Como os filtros e os reguladores de pressão, os lubrificadores também fazem
parte da unidade de conservação, montada imediatamente antes da alimentação de ar com-
primido para os equipamentos pneumáticos.
Lubrificador pneumático
SENAI-SP 387
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SENAI-SP 388
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Roscas postiças
O outro modo, mais recomendável, é aplicar insertos roscados na rosca, ou seja, adicionar
na rosca elementos de fixação existentes no mercado. Dentre os insertos conhecidos temos
o tipo Kelox e o tipo Heli-coil.
O Kelox é uma bucha roscada nas partes interna e externa, com dois rasgos conificados e
um rebaixo. Ela apresenta, também, um anel provido de duas chavetas, servindo para fixá-
la após o rosqueamento.
SENAI-SP 389
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O Heli-coil é uma espiral de arame de alta resistência com a forma romboidal. Nesse caso é
preciso, também, repassar o furo danificado com outra broca e rosqueá-lo com macho es-
pecial compatível com a rosca que está sendo recuperada; esse macho acompanha o kit de
reparo de rosca, fornecido pela própria Heli-coil. Em seguida, o inserto é rosqueado na nova
rosca com o auxílio de uma ferramenta especial que também acompanha o kit de reparo de
rosca.
SENAI-SP 390
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Ao pino com rosca aplicam-se um dispositivo baseado em chapa com furo, para a passa-
gem de um parafuso que será roscado no pino cisalhado, e também calços paralelos que
servirão de apoio para a chapa no momento de se extrair o pino, como mostra a ilustração a
seguir.
SENAI-SP 391
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O processo de deposição metálica pode ser realizado com chama ou por arco elétrico; no
processo com chama, são utilizados equipamentos alimentados com oxigênio e acetileno
(oxiacetilênico).
A deposição metálica pode ser aplicada pelo processo Eutalloy, que utiliza um maçarico
especial para efetuar a fusão de um pó metálico com a peça a ser recuperada, e pelo pro-
cesso Rototec, que realiza a deposição do pó de revestimento a baixa temperatura, não
havendo assim fusão entre o pó de revestimento e o metal da peça.
SENAI-SP 392
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Processo Eutalloy
Este processo utiliza um maçarico oxiacetilênico especial, que lança ligas metálicas micro-
pulverizadas, ao mesmo tempo em que funde o material lançado e a peça a ser recuperada.
SENAI-SP 393
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Para a realização destas funções, este maçarico especial possui uma câmara suporte, so-
bre a qual é adaptado um reservatório plástico contendo o pó metálico a ser depositado, e
uma alavanca de controle que regula permanentemente a emissão do pó por meio de gravi-
dade e vácuo parcial, criado pelos gases (oxigênio e acetileno) sob pressão. O pó passa
através de um injetor de válvula colocado de forma a liberar ou cessar instantaneamente a
emissão do pó.
O pó metálico conduzido pelos gases passa pelo bico e pela chama do maçarico em estado
de semifusão.
Após o preaquecimento, a ligação metálica dá-se em três estágios:
1. expansão das partículas metálicas, que passam através da chama do maçarico mais ou
menos a 3200oC. Esta expansão cria faixas de ligação entre as partículas, facilitando a
adesão das superfícies;
SENAI-SP 394
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Processo Rototec
Neste processo de deposição metálica não ocorre a fusão, pois é realizado em temperatu-
ras entre 200 oC e 250 oC, não causando nem modificação na estrutura, nem deformação
do metal de base.
O processo Rototec pode ser aplicado como um complemento do processo Eutalloy, e ainda
permite a aplicação de revestimento em vários tipos de superfícies.
No processo por arco elétrico, o calor de fusão é gerado por um arco elétrico criado entre a
peça e o eletrodo. O calor gerado pelo arco elétrico atinge temperaturas de até 6000oC
concentradas, que determinam a fusão tanto do material de adição como da peça, provo-
cando a mistura até formar uma camada homogênea sobre a superfície da peça a ser recu-
perada.
SENAI-SP 395
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O eletrodo utilizado deve ser de material compatível com a peça que receberá a deposição
metálica, e recoberto com um fundente sólido, que serve de proteção antioxidante durante a
fusão.
O revestimento por deposição metálica que utiliza o processo com arco elétrico é realizado
por um equipamento constituído de um transformador que fornece alta corrente (alternada
ou contínua) e baixa voltagem, reguláveis, a um porta-eletrodo e a um grampo de massa e
de terra.
A deposição metálica pelo processo eletroquímico utiliza o equipamento TIG (Tungsten Inert
Gas) que possui um eletrodo não consumível de tungstênio envolto em gás inerte. Esse gás
pode ser o argônio, o hélio ou uma mistura de ambos.
A função do gás no processo TIG é proteger o redor do ponto da peça a ser recoberta e a
parte aquecida da vareta de adição contra a contaminação de outros gases como o oxigênio
e o nitrogênio.
O eletrodo de tungstênio é do tipo não consumível, isto é, ele não oferece o metal de adi-
ção; esta é a maior diferença entre o processo TIG e os demais processos de deposição
metálica por arco elétrico.
SENAI-SP 396
Técnicas de Intervenção na Manutenção
O metal de adição é fornecido por uma vareta de metal semelhante à da peça a ser repara-
da, podendo ser metais como o alumínio e suas ligas, magnésio e suas ligas, aço baixo-
carbono, aço alto-carbono, aço inox, ligas resistentes ao calor, cobre, latão, prata, etc.
O equipamento utilizado consiste, basicamente, numa fonte de energia elétrica e num ma-
çarico com passagem distribuidora para o gás de proteção, equipado com cabo de condu-
ção de corrente, eletrodo de tungstênio, cilindro de gás de proteção e regulador de pressão.
Embuchar
SENAI-SP 397
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Processo de execução
1. Limpe as peças.
Observação
Se as peças estiverem sujas de graxa ou óleo contaminado, devem ser lavadas com quero-
sene com auxílio de um pincel de cerdas duras.
SENAI-SP 398
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Observação
Utilize uma base plana para apoiar a peça, se necessário.
Observações
Em determinados casos, o embuchamento também pode ser executado utilizando dispositi-
vos como chapas ou discos de aço e outras buchas;
SENAI-SP 399
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Processo de execução
I - Ajuste de contração
1. Limpe as peças.
Observação
Se as peças estiverem sujas de graxa ou óleo contaminado, devem ser lavadas com quero-
sene com auxílio de um pincel de cerdas duras. Caso uma das peças seja aquecidas, após
a lavagem devem ser limpas com benzina retificada, para eliminar todo resíduo de oleosi-
dade deixada pelo querosene.
SENAI-SP 400
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Observações
• Dependendo do tamanho do mancal, o aquecimento pode ser feito com aquecedor elétrico,
forno ou maçarico oxiacetilênico;
• A temperatura de aquecimento não deve ser superior a 200ºC para não alterar a estrutura
do material do mancal;
• Dependendo do seu tamanho, o mancal deve ser mantido aquecido durante algum tempo
para que ocorra dilatação suficiente para o embuchamento.
II - Ajuste de dilatação
1. Limpe as peças.
Observação
Se as peças estiverem sujas de graxa ou óleo contaminado, lave-as com querosene e com
auxílio de um pincel de cerdas duras. Caso uma das peças seja aquecida, após a lavagem
devem ser limpas com benzina retificada, para eliminar todo resíduo de oleosidade deixada
pelo querosene.
Observações
• O arrefecimento da bucha pode ser obtido colocando a bucha num freezer ou no gelo seco
(CO2) ou no nitrogênio líquido;
• Dependendo do seu tamanho, a bucha deve ser mantida arrefecida durante algum tempo
para que ocorra a contração suficiente para o embuchamento.
SENAI-SP 401
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Precaução
A bucha deve ser manuseada com o auxílio de um tenaz previamente arrefecido para não
transferir calor à bucha.
Caso III - Quando existe folga entre as peças, a montagem é feita com aplicação de
adesivo químico anaeróbico
Processo de execução
1. Limpe as peças.
Observação
Se as peças estiverem sujas de graxa ou óleo contaminado, devem ser lavadas com quero-
sene com auxílio de um pincel de cerdas duras e benzina retificada, para eliminar todo resí-
duo de oleosidade deixada pelo querosene.
SENAI-SP 402
Técnicas de Intervenção na Manutenção
Observação
A folga entre as peças a serem unidas deve estar entre 0,05 mm e 0,10 mm.
Precaução
Evite a ingestão ou levar aos olhos o produto adesivo.
SENAI-SP 403