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                                                    Faculdade Estácio de Sá

UNIDADE: Tv Morena

DISCIPLINA: Psicologia existencial humanista

PROF: Maria Celina F. Goedert

ALUNA: Laiza Pereira da Silva   

RA: 202208974945

                  
                        KARL JASPERS E A PSICOPATOLOGIA
                                                      FENOMENOLÓGICA

(1883, Alemanha – 1969, Suíça)


Jaspers graduou-se em medicina em 1909 e
começou a trabalhar no hospital psiquiátrico de
Heidelberg. Insatisfeito com o tratamento
dispensado aos internos, começou a pesquisar
alternativas para a pisquiatria, do que resultou,
em 1913, seu clássico compêndio
“Psicopatologia Geral”. Foi o primeiro
pesquisador a utlizar a fenomenologia
husserliana em estudos psicopatológicos. Em
1922 começa a lecionar filosofia na
Universidade de Heidelberg e, dez anos mais
tarde, lança “Filosofia”, obra na qual expõe
suas principais teses filosóficas. Com o avanço
do nazismo, em 1937, é afastado da
universidade, publicando, em 1938,
“Existência”.
A psicopatologia de Jaspers pretende ser uma
“psicologia compreensiva”, e não meramente
explicativa, pois pretende ir além da descrição
dos fenômenos psíquicos, abrangendo as
“conexões do psiquismo”.
A vida de Jaspers caracterizou-se pela
consciência profunda de seus limites em razão
da debilidade física, pois tinha problemas
respiratórios e insuficiência cardíaca. Seu
pensamento filosófico espelhou esta condição,
à medida que filosofar, para Jaspers, era
defrontar-se com seu destino e com si mesmo,
bem como colocar com clareza os problemas
que resultam da relação consigo próprio, com
os outros e com o mundo.

Dois pontos muito atuais, sobre a obra de Karl


Jaspers:
1. O cuidado com a rotulação e patologização da
pessoa, ou seja, a pessoa é o seu transtorno.

EXP 1º:
Essa atitude, além de ser uma evidência do esquecimento
da realidade pessoal, favorece a estigmatização, o
preconceito e a consequente marginalização de todos
aqueles que, porventura, venham a sofrer com um
transtorno mental crônico ou pontual.

2. A consideração da necessidade do conhecimento de


outras áreas para melhor se aproximar da realidade da
pessoa.

EXP 2º:                                                                                                     
O segundo ponto diz respeito à compreensão de que o
homem sempre transcende as disciplinas e ciências e, por
isso mesmo, compreendê-lo envolve levar em
consideração outras disciplinas. Ética, Filosofia,
Antropologia, Neurociências, Sociologia, História são
todo um conjunto de áreas que se juntam para ajudar a
se aproximar do mistério humano.

Jaspers também vivenciava essa realidade em seu


tempo, em que o preconceito com os doentes mentais
levava a contínuas intervenções discriminatórias,
contribuindo para que muitos vivessem à margem da
sociedade.
Fenomenologia Jasperiana

A fenomenologia jasperiana é, de fato, inclusive


segundo palavras do próprio Jaspers, uma “psicologia
descritiva”. Mas não o é no sentido pejorativo em que a
expressão é habitualmente utilizada pelos críticos.
Garantir a conexão entre os fenômenos psicológicos e
referentes externos que pudessem validar-lhes a
presença em diferentes situações seria, para Jaspers,
o modo de possibilitar o exame científico das relações
compreensivas entre aqueles fenômenos que não se
deixam observar pela terceira pessoa. Assim, a
fenomenologia surge, para ele, como um método
envisado para responder às necessidades de
cientificidade para a psicopatologia e, ao mesmo
tempo, atender ao imperativo de não exclusão ao
verdadeiro objeto de estudo destas disciplinas, a
experiência subjetiva.

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