You are on page 1of 19
29109/2028, 10:17 1208 Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Regulamento Institul a Politica Nacional de Residuos Sélidos; altera a Lei n& 9.605, de 12 de fevereifo de 1998; e dé outras Regulamento providencias. © PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber que 0 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Let: TITULO! DISPOSIGOES GERAIS CAPITULO DO OBJETO E DO CAMPO DE APLICAGAO Art. 12 Esta Lei institui a Polltica Nacional de Residuos Sélides, dispondo sobre seus principios, objetivos instruments, bem como sobre as diretrizes relativas a gestdo integrada e ao gerenciamento de residuos sélidos, incluidos 08’ perigosos, as rosponsabilidades dos geradores © do poder publico © aos instrumentos econémicos aplicaveis. § 12. Estdo sujeitas 4 observancia desta Lei as pessoas fisicas ou juridicas, de direito puiblico ou privado, responsaveis, direta ou indiretamente, pela geragao de residuos sélidos e as que desenvolvam agées relacionadas & gestéo Integrada ou ao gerenclamento de residuos sélidos. § 22 Esta Lei nao se aplica aos rejeitos radioativos, que séo regulados por legislagdo espectfica Art. 22 Aplicam-se aos residuos sélidos, além do disposto nesta Lei, nas Leis n®® 11.445, de 5 de janeiro de 2007, 9.974, de 6 de junho de 2000, e 9.966, de 28 de abril de 2000, as normas estabelecidas pelos érgaos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilancia Sanitaria (SNVS), do Sistema Unificado de Atengdo Sanidade Agropecuaria (Suasa) e do Sistema Nacional de Metrologia, Normalizagao e Qualidade Industrial (Sinmetro). CAPITULO II DEFINIGOES Art, 3° Para os efeitos desta Lei, entende-se por | = acordo setorial; ato de natureza contratual firmado entre o poder piiblico @ fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantagao da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto; Il - rea contaminada: local onde ha contaminagao causada pela disposigao, regular ou irregular, de qualsquer substdncias ou residuos; Ill - area 6rf contaminada: érea contaminada cujos responsaveis pela disposigéio no sejam identificavels ou individualizaveis; IV = ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtengfio de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposigao final; V - coleta seletiva: coleta de residuos sélidos previamente segregados conforme sua constituigdo ou composicao; VI - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam a sociedade informages Participagao nos processos de formulagao, implementagao e avaliagao das politicas publicas relacionadas aos residuos slides; VIL - destinagao final ambientalmente adequada: destinagao de residuos que inclui a reutilizagao, a reciclagem, a compostagem, a recuperacao e o aproveltamento energético ou outras destinacées admitidas pelos rgaos competentes hitps twin planalto.govbriccivi_03/_ato2007-2010/201OMevI12308.ntm ane 29109/2028, 10:17 1208 do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposigao final, observando normas operacionais especificas de modo a evitar danos ou riscos a satide piblica e a seguranga e a minimizer os impactos ambientals adversos, VIII - disposigao final ambientalmente adequada: distribuigdo ordenada de rejeitos em aterros, observando normas ‘operacionais especificas de modo a evitar danos ou riscos a saiide publica © a seguranca e a minimizar os impactos ambientais adversos; IX - geradores de residuos sélidos: pessoas fisicas ou juridicas, de direito piblico ou privado, que geram residuos sélidos por meio de suas atividades, nelas incluldo o consumo; X - gerenciamento de residuos sélidos: conjunto de agdes exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinago final ambientalmente adequada dos residuos sblidos e disposi¢ao final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestao integrada de residuos sélidos ou com plano de gerenciamento de residuos sélidos, exigidos na forma desta Let XI-- gestdo integrada de residuos sélidos: conjunto de agdes voltadas para a busca de solugoes para os residuos sélidos, de forma a considerar as dimensées politica, econémica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentavel; XII - logistica reversa: instrumento de desenvolvimento econémico e social caracterizado por um conjunto de agdes, procedimentos e meios destinados a viabllizar a coleta e a restituicdo dos residuos sdlidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinacao final ambientalmente adequada; Xill - padrées sustentaveis de produgio e consumo: produgéio e consumo de bens e servigos de forma a atender as necessidades das atuais geragdes e permitir melhores condigdes de vida, sem comprometer a qualidade ambiental © ‘© atendimento das necessidades das geragées fuluras; XIV - reciclagem: processo de transformacao dos residuos sélidos que envolve a alteragao de suas propriedades fisicas, fisico-quimicas ou biolégicas, com vistas transformagao em insumos ou novos produtos, observadas as condigdes e os padrdes estabelecidos pelos érgaos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; XV - rejeitos: residuos sélidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperacao por processos tecnolégicos disponivels e economicamente Vidveis, ndo apresentem outra possibilidade que no a disposi¢ao final ambientalmente adequada; XVI - residues sélidos: material, substéncia, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinagao final se procede, se propoe proceder ou se esta obrigado a proceder, nos estados sélido ou semissdlido, bem como gases contidos em recipientes e liquids cujas particularidades tornem invidvel o seu langamento rna rede publica de esgotos ou em corpos d’agua, ou exijam para isso solugdes técnica ou economicamente invidveis em face da melhor tecnologia disponivel; XVII - responsabilidade compartithada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuigdes individualizadas © encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos servicos piiblicos de limpeza urbana e de manejo dos residuos sélides, para minimizar 0 volume de residuos sélidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados a satide humana e a qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei; XVIII - reutlizagdo: proceso de aproveitamento dos residuos sélidos sem sua transformacao biolégica, fisica ou fisico-quimica, observadas as condigdes © os padres estabelecidos pelos érgaos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; XIX - servigo pablico de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos: conjunto de atividades previstas no art. 7-da Lei n® 11,445, de 2007. TiTULO I DA POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SOLIDOS, CAPITULO DISPOSIGOES GERAIS At. 42. APaltica Nacional de Residuos Sélidos reine o conjunto de prinetpios, objetives, instrumentos, diretrzes, metas e agdes adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperago com Estados, Distrito Federal, Municipios ou particulares, com vistas gestéo integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos residuos sélidos. hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm 29 29109/2028, 10:17 1208 Art. 8 A Polltica Nacional de Residuos Sélidos integra a Politica Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a Politica Nacional de Educagao Ambiental, regulada pela Lei n® 9.795, de 27 de abril de 1999, com a Politica Federal de Saneamento Basico, rogulada pola Loin? 11.445, de 2007, e com a Lein® 11,107, de 6 do abril de 2005. CAPITULO II DOS PRINCIPIOS E OBJETIVOS Art. 62 Sao princfpios da Politica Nacional de Residuos Sélidos: | - a prevengao e a precauséo; IIo poluidor-pagador e 0 protetor-recebedor; Ill - a viséo sistémica, na gestao dos residuos sélidos, que considere as varidveis ambiental, social, cultural, econémica, tecnolégica e de satide publica; IV - 0 desenvolvimento sustentavel V - a ecosficiéncia, mediante a compatibilizacao entre 0 fornecimento, a precos competitivos, de bens e servigos qualificados que satisfagam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redugao do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nivel, no minimo, equivalente a capacidade de sustentagao estimada do planeta; VI - a cooperagao entre as diferentes esferas do poder pul sociedade; ico, 0 setor empresarial e demais segmentos da VII- a responsabilidade compartihada pelo ciclo de vida dos produtos; VIII - 0 reconhecimento do residuo sélido reutilzavel e reciclavel como um bem econémico e de valor social, ‘gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; IX - 0 respeito as diversidades locais e regionais; X--0 direito da sor dade a informagao © ao controle social XI-a razoabilidade @ a proporcionalidade. ‘Att. 72 So objetivos da Politica Nacional de Residuos Sélidos: |- protegao da satide piiblca e da qualidade ambiental; Il - ndo geragao, redugao, reutilizacao, reciclagem e tratamento dos residuos sélidos, bem como disposigao final ambientalmente adequada dos rejeitos; IIl- estimulo & adogao de padrées sustentaveis de produgao e consumo de bens e servicos; IV - adogao, desenvolvimento © aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; \V-- redugao do volume e da periculosidade dos residuos perigosos; VI- incentivo a indistria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materials reciclaveis e reciclados; VII- gestao integrada de residuos solidos; Vill - articulagao entre as diferentes esferas do poder publico, ¢ destas com o setor empresarial, com vistas cooperagdo técnica e financeira para a gestdo integrada de residuos sblidos; IX - capacitagao técnica continuada na area de residuos sélidos; X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalizagao da prestagdo dos servigos publicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, com adogo de mecanismos gerenciais e econdmicos que assegurem a recuperagao dos custos dos servigos presiados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lein® 11,445, de 2007; XI - prioridade, nas aquisigdes e contratages governamentais, para hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm ane 29109/2028, 10:17 1208 a) produtos reciclados e recictaveis; ) bons, servigos e obras que considerem critérios compativeis com padrées de consumo social e ambientalmente sustentaveis; XII - integragao dos catadores de materiais reutlizaveis © recicléveis nas agdes que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; Xill - estimulo a implementagao da avaliagdo do ciclo de vida do produto; XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestao ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos residuos sdlidos, incluidos a recuperagdo e o aproveitamento energético; XV - estimulo a rotulagem ambiental e ao consumo sustentavel. CAPITULO III DOS INSTRUMENTOS Art. 82 Sao instrumentos da Politica Nacional de Residuos Sélidos, entre outros: | +08 planos de residuos sélidos; Il- 08 inventérios e o sistema declaratério anual de residuos sélidos; IIL - a coleta seletiva, os sistemas de logistica reversa @ outras ferramentas relacionadas a implementagao da responsabilidade compartithada pelo ciclo de vida dos produtos; IV - @ incentiva a criagao @ ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis e reciclaveis; V-0 monitoramento ¢ a fiscalizagao ambiental, sanitaria e agropecudria; VI - a cooperagao técnica e financeira entre os setores puiblico e privado para o desenvolvimento de pesquisas de Novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestéo, reciclagem, reutiizagao, tratamento de residuos e disposicao final ambientalmente adequada de rejeitos; VII- a pesquisa cientifica e tecnolégica; VIII - a educagao ambiental; IX - 0s incentivos fiscais, financeiros © crediticios; X.- 0 Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnolégico; X10 Sistema Nacional de Informagées sobre a Gestdo dos Residuos Sdlidos (Sinir); XII Sistema Nacional de Informagdes em Saneamento Basico (Sinisa); XIll - os conselhos de meio ambiente e, no que couber, os de satide; XIV - 08 6rgaos colegiados municipais destinados ao controle social dos servigos de residuos sélidos urbanos; XV - 0 Cadastro Nacional de Operadores de Residuos Perigosos; XVI- 0s acordos setoriais; XVII - no que couber, os instrumentos da Politica Nacional de Meio Ambiente, entre eles: a) 08 padrées de qualidade ambiental; b) 0 Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais; c) 0 Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; 4) a avaliagao de impactos ambientais; €) 0 Sistema Nacional de Informagao sobre Meio Ambiente (Sinima); hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm ang 29109/2028, 10:17 1208 f)0 licenciamento e a revisdo de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; XVIII - 08 termos de compromisso © os termos de ajustamento de conduta; XIX - 0 incentivo & adogdio de consércios ou de outras formas de cooperacao entre os entes federados, com vistas a elevacao das escalas de aproveitamento e a redugao dos custos envolvidos. TITULO DAS DIRETRIZES APLICAVEIS AOS RESIDUOS SOLIDOS CAPITULO DISPOSIGOES PRELIMINARES At, 92. Na gesido e gerenclamento de residuos sélidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: nao geragao, redugao, reuiizagao, reciclagem, tratamento dos residuos sélidos e disposicéo final ambientalmente adequada dos rojeitos § 12 Poderéo ser utiizadas tecnologias visando @ recuperagao energética dos residuos sélidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabidade técnica e ambiental e com a implantagdo de programa de monitoramento de emissdo de gases t6xicos aprovado pelo érgdo ambiental § 22 APollica Nacional de Residuos Sélidos e as Pollicas de Residuos Séidos dos Estados, do Distrito Federal © dos Municipios sero compativeis com 0 disposto no caput © no § 1° deste artigo © com as demais dirtrizes astabelecidas nesta Lei Art. 10. Incumbe ao Distrito Federal e aos Municipios a gestdo integrada dos residuos sélidos gerados nos respectivos territérios, sem prejuizo das competéncias de controle e fiscalizagao dos érgaos federais e estaduais do Sisnama, do SNVS e do Suasa, bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de residuos, consoante 0 estabelecido nesta Lei, Art. 11. Observadas as diretrizes e demais determinagSes estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento, incumbe aos Estados: | - promover a integragéio da organizago, do planejamento e da execugo das funcées pubblicas de interesse comum relacionadas a gestao dos residuos sélidos nas regides metropolitanas, aglomeragdes urbanas e microrregides, nos termos da lei complementar estadual prevista no § 3° do art, 25 da Constitui¢so Federal Il - controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a licenciamento ambiental pelo érgdo estadual do Sisnama Paragrafo Unico, A atuagéo do Estado na forma do caput deve apolar e priorizar as iniciativas do Municipio de solugdes consorciadas ou compartilhadas entre 2 (dois) ou mais Municipios. Art. 12. A Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios organizaréo e manterdo, de forma conjunta, 0 Sistema Nacional de Informagdes sobre a Gestao dos Residuos Sélidos (Sinir), articulado com o Sinisa e o Sinima, Paragrafo Gnico, Incumbe aos Estados, ao Distrito Federal © aos Municipios fomecer ao érgao federal responsavel pela coordenagao do Sinir todas as informagdes necessérias sobre os residuos sob sua esfera de competéncia, na forma e na periodicidade estabelecidas em regulamento. Art. 13. Para os efeitos desta Lei, os residuos sélidos tém a seguinte classificagdo: | - quanto a origem: a) residuos domiciliares: 0s originarios de atividades domésticas em residéncias urbanas; ) residuos de limpeza urbana: os origindrrios da varrigao, limpeza de logradouros vias piblicas @ outros servigos de limpeza urbana; ©) residuos sélidos urbanos: os englobados nas alineas “a e “b"; d) residuos de estabelecimentos comerciais e prestadores de servigos: os gerados nessas atividades, excetuados 08 referidos nas alineas “b’, “e’, "g’, "he @) residuos dos servigos piiblicos de saneamento basico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alinea “c"; hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm 519 29109/2028, 10:17 1208 #) residuos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalagdes industriais; g) residuos de servigos de satide: os gerados nos servigos de satide, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos érgaos do Sisnama e do SNVS; hh) residuos da construgao civ os gerados nas construgées, reformas, reparos e demoligdes de obras de construc civil, incluidos os resultantes da preparagao e escavacao de terrenos para obras civis; i) residuos agrossilvopastoris: os gerados nas aividades agropecuérias e silviculturais, incluidos os relacionados a insumos utllizados nessas atividades; }) residuos de servigos de transportes: os originarios de portos, aeroportos, terminais alfandegarios, rodovidrios e ferrovidrios © passagens de fronteira; k) residuos de mineragdo: os gerados na atividade de pesquisa, extragdo ou beneficiamento de minérios; II- quanto a periculosidade: a) residuos perigosos: aqueles que, em razdo de suas caracteristicas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo Tisco a sade piiblica ou a qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; b) residuos nao perigosos: aqueles nao enquadrados na alinea "a" Pardgrafo Gnico. Respeitado 0 disposto no art. 20, os residuos referidos na alinea “d” do inciso | do caput, se caracterizados como nao perigosos, podem, em razao de sua natureza, composigao ou volume, ser equiparados aos residuos domiciliares pelo poder pilblico municipal. CAPITULO II DOS PLANOS DE RESIDUOS SOLIDOS Art. 14. So planos de res 1uos sélidos: 1-0 Plano Nacional de Res{duos Sélidos; II 08 planos estaduais de residuos sélidos; Ill - os planos microrregionais de residuos sélidos e os planos de residuos sélidos de regiées metropolitanas ou aglomeragées urbanas; IV-608 planos intermunicipais de residuos sélidos; V - os planos municipais de gestao integrada de residuos sélidos; VI- 0s planos de gerenciamento de residuos sélidos. Pardgrafo nico. & assegurada ampla publcidade 0 contetido dos planos de residuos sélidos, bem como controle social em sua formulagao, implementagao e operacionalizacao, observado o disposto na Lei n® 10.650. de 16 de abril de 2003, e no art. 47 da Lei n? 11.445, de 2007, Segao Il Do Plano Nacional de Residuos Sélidos Art. 15. A Unido elaborard, sob a coordenagao do Ministério do Meio Ambiente, o Plano Nacional de Residuos Sélidos, com vigéncia por prazo indeterminado e horizonte de 20 (vinte) anos, a ser atualizado a cada 4 (quatro) anos, tendo como contetide minimo: | - diagnéstico da situagao atual dos residuos sélidos; II- proposigao de cenarios, incluindo tendéncias internacionais e macroeconémicas; Ill - metas de redugo, reutiizagao, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de residuos © rejeitos encaminhados para disposi¢ao final ambientalmente adequada; hitps twin planalto.govbriccivi_03/_ato2007-2010/201OMevI12308.ntm ene 29109/2028, 10:17 1208 IV - metas para 0 aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposicao final de residuos sélides; V- metas para a eliminagdo e recuperacdo de lixGes, associadas a inclusdo social e & emancipagao econdmica de catadores de materiais reutlizaveis e reciclaveis; VI- programas, projetos e agdes para o atendimento das metas previstas; VII - normas e condicionantes técnicas para 0 acesso a recursos da Unido, para a obtencdo de seu aval ou para o acesso a recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidade federal, quando destinados a agdes e programas de interesse dos residuos sélidos; VIII - medidas para incentivar @ viabilizar a gestdo regionalizada dos residuos sélidos; IX - diretrizes para o planejamento © demais atividades de gestéo de residuos sélidos das regides integradas de desenvolvimento instituidas por lei complementar, bem como para as areas de especial interesse turistico; X-- normas e diretrizes para a disposigao final de rejeitos 6, quando couber, de residuos; XI - meios a serem utlizados para o controle @ a fiscalizagao, no 4mbito nacional, de sua implementagao e ‘operacionalizagao, assegurado o controle social Paragrafo Unico, O Plano Nacional de Residuos Sélidos sera elaborado mediante processo de mobilizagao © participacao social, incluindo a realizagéo de audiéncias e consultas publicas. Segao Ill Dos Planos Estaduais de Residuos Sélidos Art. 16. A elaboragao de plano estadual de residuos sdlidos, nos termos previstos por esta Lei, é condi¢ao para os Estados terem acesso a recursos da Unio, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos © servicos relacionados a gestao de residuos sélidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade, (Vigdncia) § 12 Serdo priorizados no acesso aos recursos da Unido referidos no caput os Estados que instituirem microrregiSes, consoante o § 3° do art. 25 da Constituigao Federal, para integrar a organizagdo, 0 planejamento e a execugdo das ages a cargo de Municipios limitrofes na gestao dos residuos sdlidos. § 22 Serdo estabelecidas em regulamento normas complementares sobre o acesso aos recursos da Unido na forma deste artigo § 32 Respeitada a responsabilidade dos geradores nos termos desta Lel, as microrregides instituidas conforme previsto no § 12 abrangem atividades de coleta seletiva, recuperagio e reciclagem, tratamento e destinacdo final dos residuos sélidos urbanos, a gestéo de residuos de construgéo civil, de servigos de transporte, de servigos de saide, agrossilvopastoris ou outros residuos, de acordo com as pecullaridades microrregionais. Art. 17. © plano estadual de residuos solidos sera elaborado para vigéncia por prazo indeterminado, abrangendo todo 0 territério do Estado, com horizonte de atuagao de 20 (vinte) anos e revisdes a cada 4 (quatro) anos, € tendo como contetido minimo: I~ diagnéstico, incluida a identificagdo dos principals fluxos de residuos no Estado e seus impactos socioeconémicos e ambientais; Il- proposigao de cenarios; Ill - metas de redugo, reutlizagéo, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de residuos rejeitos encaminhados para disposi¢ao final ambientalmente adequada; IV - metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposigao final de residuos sélidos; V-- metas para a oliminagao e recuperagao de lixSes, associadas a inclusdo social e a emancipagao econdmica de catadores de materials reutlizavels e reciclavels; VI- programas, projetos e ages para o atendimento das metas previstas; VII - normas e condicionantes técnicas para 0 acesso a recursos do Estado, para a obtencao de seu aval ou para © acesso de recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidade estadual, quando destinados as ages & hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm 79 29109/2028, 10:17 1208 programas de interesse dos residuos sélidos; VIII - medidas para incentivar e viabilizar a gestao consorciada ou compartiihada dos residuos sélidos; IX - diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestdo de residuos sélidos de regiées metropolitanas, aglomeragées urbanas e microrregides; X - normas e diretrizes para a disposigao final de rejeitos e, quando couber, de residuos, respeitadas as disposicdes estabelecidas em ambito nacional; XI - previsdo, em conformidade com os demais instrumentos de planejamento territorial, especialmente 0 Zoneamento ecolégico-econémico e o zoneamento costeiro, de: a) zonas favordveis para a localizagdo de unidades de tratamento de residuos sélidos ou de disposigao final de rejeitos; b) areas degradadas em razéio de disposigao inadequada de residuos sélidos ou rejeltos 2 serem objeto de recuperacao ambiental; XII - meios a serem utiizados para o controle e a fiscalizagao, no 4mbito estadual, de sua implementacao e ‘operacionalizagao, assegurado o controle social § 12 Além do plano estadual de residuos sélidos, os Estados poderdo elaborar planos microrregionais de residuos sélidos, bem como planos especificos direcionados as regi6es metropolitanas ou as aglomeragées urbanas. § 22 Aclaboragao e a implementagao pelos Estados de planos microrregionais de residuos sélidos, ou de planos de regiées metropolitanas ou aglomeragées urbanas, em consonancia com o previsto no § 12, dar-se-8o ‘obrigatoriamente com a participagao dos Municipios envolvidos e nao excluem nem subsiituem qualquer das prorrogativas a cargo dos Municipios previstas por esta Lei § 32 Respeitada a responsabilidade dos geradores nos termos desta Lei, o plano microrregional de residuos sélidos deve atender ao previsto para o plano estadual e estabelecer solugdes integradas para a coleta seletiva, a recuperacdo e a reciclagem, o tratamento e a destinagao final dos residuos sélidos urbanos e, consideradas as peculiaridades microrregionais, outros tipos de residuos. Segdo IV Dos Planos Municipals de Gestéo Integrada de Residuos Sélidos Art, 18, A elaboragao de plano municipal de gestao integrada de residuos sdlidos, nos termos previstos por esta Lei, & condigao para o Distrito Federal e 0s Municipios terem acesso a recursos da Unido, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e servigos relacionados a limpeza urbana e ao manejo de residuos sélidos, ou para serem beneficiados por incentives ou financiamentos de entidades federals de crédito ou fomento para tal finalidade. (Vigéncia| § 12 Serdo priorizados no acesso aos recursos da Unido referidos no eaput os Municipios que: | - optarem por solugdes consorciadas intermunicipais para a gestao dos residuos sélidos, inclufda a elaboragao e implementagdo de plano intermunicipal, ou que se inserirem de forma voluntaria nos planos microrregionais de residuos séldos referidos no § 12 do ar. 16; II- implantarem a coleta seletiva com a participagao de cooperativas ou outras formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis e reciclaveis formadas por pessoas fisicas de baixa renda. § 22 Serdo estabelecidas em regulamento normas complementares sobre o acesso aos recursos da Unido na forma deste artigo. Art. 19. © plano municipal de gestao integrada de residuos sélidos tem 0 seguinte contetido minimo: | - diagnéstico da situagao dos residuos sélidos gerados no respectivo territério, contendo a origem, 0 volume, a caracterizacao dos residuos e as formas de destinagdo e disposi¢o final adotadas; II identiicagao de areas favoraveis para disposi¢ao final ambientalmente adequada de rejeitos, observado 0 plano diretor de que trata o § 1° do art, 182 da Constituigo Federal e o zoneamento ambiental, se houver, Ill - identificagéo das possibilidades de implantacao de solugdes consorciadas ou compartithadas com outros Municipios, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de hitps twin planalto.govbriccivi_03/_ato2007-2010/201OMevI12308.ntm ane 29109/2028, 10:17 1208 Prevengao dos riscos ambientais; IV - identificagao dos res{duos sélidos ¢ dos geradores sujeitos a plano de gerenciamento especifico nos termos do art. 20 ou a sistema de logistica reversa na forma do art. 33, observadas as disposigdes desta Lei e de seu regulamento, bem como as normas estabelecidas pelos érgaos do Sisnama e do SNVS; V - procedimentos operacionais e especificagdes minimas a serem adotados nos servicos publicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, incluida a disposicao final ambientalmente adequada dos rejeitos ¢ observada a Lei n® 11,445, de 2007; VI- indicadores de desempenho operacional e ambiental dos servigos publicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos; VII - regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de residuos sélidos de que trata 0 art. 20, observadas as normas estabelecidas pelos drgdos do Sisnama e do SNVS © demais disposigées pertinentes da legistagao federal e estadual; Vill - definigao das responsabilidades quanto a sua implementagao © operacionalizagao, incluldas as etapas do plano de gerenciamento de residuos sélidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder pubblico: IX - programas e aces de capacitagao técnica voltados para sua implementacao e operacionalizaca X - programas @ agdes de educagao ambiental que promovam a nao geracao, a redugdo, a reutiizagio © a reciclagem de residuos sélidos; XI - programas © agdes para a participagao dos grupos interessadios, em especial das cooperativas ou outras, formas de associagao de caladores de materials reutlizaveis e reciclavels formadas por pessoas fisicas de balxa renda, se houver; XII - mecanismos para a criagéo de fontes de negécios, emprego e renda, mediante a valorizagio dos residuos sélidos; XIll - sistema de célculo dos custos da prestacao dos servigos publics de limpeza urbana © de manejo de residuos sélidos, bem como a forma de cobranga desses servigos, observada a Lei n? 11.445, de 200% XIV - metas de redugao, reutilizagao, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposigdo final ambientalmente adequada; XV - descrigéo das formas e dos limites da participagao do poder piblico local na coleta seletiva na logistica reversa, respeitado o disposto no art. 33, ¢ de outras agGes relativas a responsabilidad compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; XVI - meios a serem utlizados para 0 controle © a fiscalizagao, no Ambito local, da implementacao © ‘operacionalizagao dos planos de gerenciamento de residuos sdlidos de que trata o art. 20 e dos sistemas de logistica reversa previstos no art. 33; XVII - ages preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de monitoramento; XVII - identificagéo dos passivos ambientais relacionados aos residuos sélidos, incluindo reas contaminadas, & respectivas medidas saneadoras; XIX - periodicidade de sua revisdo, observado prioritariamente © period de vigéncia do plano plurianual municipal XIX + petiodicidade de sua revisdo, observado o perfodo maximo de 10 (dez) anos. (Incluido pela Lei n® 14,026, de 2020) § 12 © plano municipal de gestdo integrada de residuos sélidos pode estar inserido no plano de saneamento basico previsto no arl. 19 da Lei n® 11,445, de 2007, respeitado 0 contetido minimo previsto nos incisos do caput e observado o disposto no § 22, todos deste artigo. § 22 Para Municipios com menos de 20.000 (vinte mil) habitantes, o plano municipal de gestao integrada de residuos sdlidos teré contetido simplificado, na forma do regulamento, § 32 O disposto no § 2° nao se aplica a Municipios | -integrantes de areas de especial interesse turistico; hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm ane 29109/2028, 10:17 1208 Il - inseridos na area de influéncia de empreendimentos ou atividades com significative impacto ambiental de Ambito regional ou nacional, IIL- cujo terrtério abranja, total ou parcialmente, Unidades de Conservacao. § 42. Aexistencia de plano municipal de gestdo integrada de residuos sélidos nao exime o Municipio ou o Distrito Federal do licenciamento ambiental de aterros sanitérios e de outras infraestruturas © instalagSes operacionais, integrantes do servigo pblico de limpeza urbana e de manejo de residuos sdlidos pelo érgo competente do Sisnama § 5° Na definicao de responsabilidades na forma do inciso VIII do caput deste artigo, 6 vedado atribuir a0 servigo pilblico de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos a realizacao de etapas do gerenciamento dos residuos a que se refere 0 art. 20 em desacordo com a respectva licenga ambiental ou com normas estabelecidas pelos érgaos do Sisnama e, se couber, do SNVS. § 62 Além do disposto nos incisos | a XIX do caput deste artigo, o plano municipal de gestdo integrada de residuos sélidos contemplara ages especificas a serem desenvolvidas no ambito dos érgaos da administragao publica, com vistas a utiizagao racional dos recursos ambientais, ao combate a todas as formas de desperdicio e & minimizagao da geragéo de residuos sdlidos. § 72 0 contetido do plano municipal de gestéo integrada de residuos s6lidos ser disponiblizado para o Sint, na forma do regulamento. § 8° A inexisténcia do plano municipal de gestio integrada de residuos sblides ndo pode ser utiizada para impedir a instalagdo ou a operagao de empreendimentos ou atividades devidamente licenciados pelos érgos competentes. § 9° Nos termos do regulamento, 0 Municipio que optar por solugées consorciadas intermunicipais para a gestéo dos residues sélidos, assegurado que o plano intermunicipal preencha os requisites estabelecidas nos incisos | a XIX do caput deste artigo, pode ser dispensado da elaboraao de plano municipal de gestao integrada de residuos sdlidos. SecaoV Do Plano de Gerenciamento de Residues Sélidos Art, 20. Esto sujeitos a elaborago de plano de gerenciamento de residuos sédlidos: | - 0s geradores de residuos sélidos previstos nas alineas “ do inciso | do art. 13; ong I-08 estabelecimentos comerciais e de prestagao de servigos que: a) gerem residuos perigosos; b) gerem residuos que, mesmo caracterizados como nao perigosos, por sua natureza, composigéio ou volume, 1ndo sejam equiparados aos residuos domiciliares pelo poder publico municipal, Ill - as empresas de construgao civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos érgdios do Sisnama; IV - 0s responsaveis pelos terminais e outras instalagdes referidas na alinea ‘|’ do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos drgaos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte; V- 0s responséveis por do Suasa idades agrossilvopastoris, se exigido pelo érgao competente do Sisnama, do SNVS ou Paragrafo unico. Observado o disposto no Capitulo IV deste Titulo, serao estabelecidas por regulamento exigéncias especfficas relativas ao plano de gerenciamento de residuos perigosos, Art, 21. © plano de gerenciamento de res{duos sélidos tem o seguinte contetido minimo: | - descrigao do empreendimento ou atividade; Il - diagnéstico dos residuos sélidos gerados ou administrados, contendo a origem, 0 volume e a caracterizacao dos residuos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados; Ill - observadas as normas estabelecidas pelos érgéios do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se houver, o plano municipal de gestdo integrada de residuos sédlidos: a) explicitagao dos responsaveis por cada etapa do gerenciamento de residuos sélidos; hitps twin planalto.govbriccivi_03/_ato2007-2010/201OMevI12308.ntm 0119 29109/2028, 10:17 1208 b) definigao dos procedimentos operacionais relativos as etapas do gerenciamento de residuos sélidos sob responsabilidade do gerador; IV - identificagao das solugdes consorciadas ou compartihadas com outros geradores; \V - ages preventivas e corretivas a serem executadas em situagdes de gerenciamento incorreto ou acidentes; VI - metas ¢ procedimentos relacionados a minimizagao da geracao de residuos sdlidos e, observadas as normas. estabelecidas pelos 6rgaos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, a reutlizacdo e reciclage VII se couber, agdes relativas a responsabilidade compartithada pelo ciclo de vida dos produtos, na forma do art. 31 Vill - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos residuos sélidos; IX - periodicidade de sua revisdo, observado, se couber, prazo de vigéncia da respectiva licenca de operagao a cargo dos drgaos do Sisnama § 12 O plano de gerenciamento de residuos sélidos atendera ao disposto no plano municipal de gestéo integrada de residuos sélidos do respectivo Municipio, sem prejuizo das normas estabelecidas pelos érgaos do Sisnama, do SNVS e do Suasa. § 22 A inexisténcia do plano municipal de gestéo integrada de residuos sélidos nao obsta a elaboraca implementagao ou a operacionalizagao do plano de gerenciamento de residuos sélidos. § 3° Serdo estabelecidos em regulamento: | -normas sobre a exigibilidade e 0 contetido do plano de gerenciamento de residuos sélidos relativo & atuagao de cooperativas ou de outras formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis e reciclaveis; II critérios © procedimentos simplificados para apresentagao dos planos de gerenciamento de residuos sélidos para microempresas e empresas de pequeno porte, assim consideradas as definidas nos incisos Le ll do att 2° da Le! Gomplementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006, desde que as atividades por elas desenvolvidas ndo gerem residuos perigosos. Art, 22. Para a elaboraco, implementagao, operacionalizago e monitoramento de todas as etapas do plano de gerenciamento de residuos sélidos, nelas incluido 0 controle da disposigao final ambientalmente adequada dos rejeitos, sera designado responsavel técnico devidamente habilitado. Art. 23, Os responsaveis por plano de gerenciamento de residuos sélidos manteréo atualizadas e disponiveis a0, 6rg0 municipal competente, ao 6rgao licenciador do Sisnama e a outras autoridades, informagdes complelas sobre a implementagao e a operacionalizagao do plano sob sua responsabilidade. § 12 Para a consecugao do disposto no caput, sem prejuizo de outras exigéncias cabiveis por parte das autoridades, sera implementado sistema declaratorio com periodicidade, no minimo, anual, na forma do regulamento. § 22 As informagées referidas no caput serio repassadas pelos érgaos publicos ao Sinir, na forma do regulamento. Art. 24. O plano de gerenciamento de residuos sélidos ¢ parte integrante do processo de licenciamento ambiental do empreendimento ou atividade pelo 6rgdo competente do Sisnama. § 12 Nos empreendimentos ¢ atividades ndo sujeitos a licenciamento ambiental, a aprovagao do plano de gerenciamento de residuos sélidos cabe A autoridade municipal competente § 22 No processo de licenciamento ambiental referido no § 12 a cargo de érgao federal ou estadual do Sisnama, seré assegurada oitiva do érgéo municipal competente, em especial quanto a disposigao final ambientalmente adequada de rejeitos. CAPITULO III DAS RESPONSABILIDADES DOS GERADORES E DO PODER PUBLICO Segao! Disposigées Gerais hitps twin planalto.govbriccivi_03/_ato2007-2010/201OMevI12308.ntm mie 29109/2028, 10:17 1208 Art, 25, © poder puiblico, o setor empresarial e a coletividade sao responsaveis pela efetividade das agoes voltadas para assegurar a observancia da Politica Nacional de Residuos Sdlidos e das diretrizes e demais determinagdes estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento, Art. 26. 0 titular dos servigos puiblicos de limpeza urbana e de manejo de residues sdlidos é responsavel pela organizacao e prestagao direta ou indireta desses servicos, observados o respectivo plano municipal de gestao integradia de residuos sélidos, a Lei n® 11.445, de 2007, e as disposigdes desta Lei e seu regulamento. Art, 27, As pessoas fisicas ou juridicas referidas no art. 20 so responsaveis pela implementagao e ‘operacionalizagao integral do plano de gerenciamento de residuos sdlidos aprovado pelo érgéio competente na forma do art, 24, § 12 Acontratagao de servigos de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinagao final de residuos sélidos, ou de disposicao final de rejeitos, nao isenta as pessoas fisicas ou juridicas referidas no art. 20 da responsabilidade por danos que vierem a ser provacados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos residuos ou rejeitos. § 2° Nos casos abrangidos pelo art. 20, as etapas sob responsabilidade do gerador que forem realizadas pelo poder pibice serdo devidamente remuneradas pelas pessoas fisicas ou jurdicas responsaveis, observado 0 disposto no § 5° do art. 19, Art, 28, © gerador de residuos sélidos domiciliares tem cessada sua responsabilidade pelos residuos com a disponibilizagéo adequada para a coleta ou, nos casos abrangidos pelo art. 33, com a devolugao. Art. 29. Cabe ao poder piiblico atuar, subsidiariamente, com vistas a minimizar ou cessar o dano, logo que tome conhecimento de evento lesivo ao meio ambiente ou a saiide publica relacionado ao gerenciamento de residuos sélidos. Paragrafo nico, Os responsaveis pelo dano ressarcirdo integralmente 0 poder pUblico pelos gastos decorrentes das ages empreendidas na forma do caput, Segao Il Da Responsabilidade Compartilhada Art. 30. E instituida a responsabilidade compartiIhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos servigos piiblicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, consoante as atribuigdes e procedimentos previstos nesta Seco. Paragrafo Unico. Aresponsabilidade compartihada pelo ciclo de vida dos produtos tem por objetivo: | - compatibilizar interesses entre os agentes econdmicos e sociais e os processos de gestéo empresarial mercadolégica com os de gestdo ambiental, desenvolvendo estratégias sustentaveis; Il - promover o aproveitamento de residuos sélidos, direcionando-os para a sua cadela produtiva ou para outras cadeias produtivas; IIl- reduzir a geragao de residuos sélidos, o desperdicio de materials, a poluigdo e os danos ambientais; IV incentivar a utilizagao de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade; V - estimular 0 desenvolvimento de mercado, a produgao e 0 consumo de produtos derivados de materiais reciclados e reciclavels; VI- propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiéncia e sustentabilidade; VII - incentivar as boas praticas de responsabilidade socioambiental, Art, 31. Sem prejuizo das obrigagées estabelecidas no plano de gerenciamento de residuos sblidos e com vistas a fortalecer a responsabilidade compartiIhada e seus objetivos, os fabricantes, importadores, distribuidores & comerciantes tém responsabilidade que abrange: | -investimento no desenvolvimento, na fabricagdo e na colocacao no mercado de produtos: a) que sejam aptos, apés 0 uso pelo consumidor, @ reutllizagdo, & reciclagem ou a outra forma de destinago ambientalmente adequada; b) cuja fabricagao e uso gerem a menor quantidade de residuos sélidos possivel; hitps twin planalto.govbriccivi_03/_ato2007-2010/201OMevI12308.ntm 1219 29109/2028, 10:17 1208 Il - divulgagao de informagées relativas as formas de evitar, reciclar e eliminar os residuos solidos associados a seus respectivos produtos; II = recolhimento dos produtos e dos residuos remanescentes apés 0 uso, assim como sua subsequente destinagao final ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de sistema de logistica reversa na forma do art. 33; IV - compromisso de, quando firmados acordos ou termos de compromisso com o Municipio, participar das agées previstas no plano municipal de gestdo integrada de residuos sélidos, no caso de produtos ainda nao inclusos no sistema de logistica reversa Al. 32. As embalagens devem ser fabricadas com materiais que propiciem a reullizagao ou a reciciagem. § 12. Cabe aos respectivos responsaveis assegurar que as embalagens sejam | -restitas em volume e peso as dimensdas requeridas & protegao do contetido © & comerciaizagao do produto; Il - projetadas de forma a serem reutiiizadas de maneira tecnicamente vidvel © compativel com as exigéncias aplicaveis ao produto que contém: Ill -recicladas, se a reutiizagao nao for possivel. § 22 O regulamento dispora sobre os casos em que, por razdes de ordem técnica ou econémica, nao seja viavel a aplicagao do disposto no caput. § 3° E responsavel pelo atendimento do disposto neste artigo todo aquele que: | - manufatura embalagens ou fornece materials para a fabricagao de embalagens; Il - coloca em circulagao embalagens, materiais para a fabricagao de embalagens ou produtos embalados, em qualquer fase da cadeia de comércio. Art, 33. So obrigados a estruturar e implementar sistemas de logistica reversa, mediante retorno dos produtos apés 0 uso pelo consumidor, de forma independente do servigo piiblico de limpeza urbana @ de manejo dos residuos sélidos, 0s fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: (Regulamento) | - agrotéxicos, seus residuos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, apés 0 uso, constitua residuo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de residuos perigosos previstas em Iei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos érgaos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; I1- pilhas e baterias; IIL- pneus; IV 6leos lubrificantes, seus residuos e embalagens; \V- lampadas fluorescentes, de vapor de sédio e merciirio e de luz mista; VI- produtos eletroeletrénicos e seus componentes, _(Regulamento) § 12 Na forma do disposto em regulamento ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre 0 Poder puiblico eo setor empresarial, os sistemas previstos no caput serao estendidos a produtos comercializados em embalagens plasticas, metilicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o {grau e a extensao do impacto a saiide publica e ao meio ambiente dos residuos gerados. _(Regulamento) § 2° A definigao dos produtos e embalagens a que se refere 0 § 1° considerard a viabilidade técnica e econémica da logistica reversa, bem como 0 grau © a extensao do impacto a saiide piiblica © ao meio ambiente dos residuos gerados. § 32 Sem prejuizo de exigéncias especificas fixadas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos 4rgfios do Sisnama e do SNVS, ou em acordos setoriais ¢ termos de compromisso fimados entre o poder pilblico e © setor empresarial, cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos a que se referem os incisos Il Il, V e VI ou dos produtos @ embalagens a que se referem os incisos | e IV do caput e o § 12 tomar todas as medidas necessérias para assegurar a implementagao e operacionalizagao do sistema de logistica reversa sob seu encargo, consoante o estabelecido neste artigo, podendo, entre outras medidas: | - implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados; hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm 1319 29109/2028, 10:17 1208 II disponibilizar postos de entrega de residuos reutiizaveis e reciclaveis; II|-atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associagao de catadores de materais reutizaveis © reciclavels, nos casos de que trata 0 § 12. § 42 Os consumidores deverdo efetuar a devolugao apés 0 uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens a que se referem os incisos | a VI do caput, ¢ de outros produtos ou embalagens objeto de logistica reversa, na forma do § 1°. § 52 Os comerciantes e alstrbuidores deverdo efeluar a devolucéo aos fabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens reunidos ou devolvidos na forma dos §§ 3° e 4°. § 62 Os fabricantes © os importadores daréo destinagéo ambientalmente adequada aos produtos © as embalagens reunides ou devoWvidos, sendo o rejeilo encaminhado para a disposigao final ambientalmente adequada, na forma estabelecida pelo érgéo competente do Sisnama e, se howver, pelo plano municipal de gestéo integrada de residuos sélidos. § 72 Se 0 titular do servigo ptiblico de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logistica reversa dos produtos e embalagens a que se refere este artigo, as agdes do poder pubblico serdo devidamente remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes. § 8° Com excegdo dos consumidores, todos os participantes dos sistemas de logistica reversa manteréo atualizadas @ disponiveis ao érgéio municipal competente © a outras autoridades informacées completas sobre a realizagao das agdes sob sua responsabilidade, Art. 34. Os acordos setoriais ou termos de compromisso referidos no inciso IV do caput do art. 31 ¢ no § 12 do art, 33 podem ter abrangéncia nacional, regional, estadual ou municipal. § 12 Os acordos setoriais @ termos de compromisso firmados em ambito nacional t8m prevaléncia sobre os firmados em ambito regional ou estadual, e estes sobre os firmados em ambito municipal. (Vide Decreto n® 9.177, de 2017) § 2° Na aplicagéo de regras concorrentes consoante o § 12, os acordos firmados com menor abrangéncia ‘geogréfica podem ampliar, mas nao abrandar, as medidas de protegao ambiental constantes nos acordos setoriais termos de compromisso firmados com maior abrangéncia geogratica. (Vide Decreto n® 9.177, de 2017) Art, 36. Sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano municipal de gestdo integrada de residuos sélides e na aplicagao do art. 33, 0s consumidores so obrigados a: | - acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os residuos sélidos gerados; Il- disponibilizar adequadamente os residuos sélidos reutiizaveis e reciclaveis para coleta ou devolugao. Pardgrafo Unico. O poder piiblico municipal pode instituir incentivos econémicos aos consumidores que participam do sistema de coleta seletiva referido no caput, na forma de lei municipal. Art, 36. No Ambito da responsabilidade compartithada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular dos servigos pliblicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, observado, se houver, 0 plano municipal de gestéo integrada de residuos sdlidos: |. adotar procedimentos para reaproveilar os residuos sélidos reutlizaveis e reciclavels oriundos dos servigos piblicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos; Il- estabelecer sistema de coleta seletiva; Ill - articular com os agentes econémicos e sociais medidas para viabllizar o retorno ao ciclo produtivo dos residuos sélidos reutilizaveis @ reciclaveis oriundos dos servicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos; IV - realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso na forma do § 72 do art. 33, mediante a devida remuneracao pelo setor empresarial; \V - implantar sistema de compostagem para res{duos sélidos organicos ¢ articular com os agentes econdmicos © sociais formas de utiizagao do composto produzido; hitps twin planalto.govbriccivi_03/_ato2007-2010/201OMevI12308.ntm rane 29109/2028, 10:17 1208 VI - dar disposigao final ambientaimente adequada aos residuos e rejeitos oriundos dos servigos puiblicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sblidos, § 12 Para 0 cumprimento do disposto nos incisos | a IV do caput, o titular dos servigos publicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sdldos priorizaré a organizagao e o funcionamento de cooperativas ou de outras formas do associagao de catadores de materials reutlizaveis e reciclaveis formadas por pessoas fisicas de baixa renda, bem como sua contratagao. § 22 Accontratagdo prevista no § 1° & dispensavel de licitagdo, nos termos do inciso XXVII do art. 24 da Lei n® 8,666, de 21 de junho de 1993. CAPITULO IV DOS RESIDUOS PERIGOSOS Art. 37. A instalagdo e o funcionamento de empreendimento ou atividade que gere ou opere com residuos Perigosos somente podem ser autorizados ou licenciados pelas autoridades competentes se o responsavel comprovar, no minimo, capacidade técnica e econémica, além de condigées para prover os culdados necessarios ao gerenciamento desses residuos, Art. 38. As pessoas juridicas que operam com residuos perigosos, em qualquer fase do seu gerenciamento, so obrigadas a se cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores de Residuos Perigosos. § 12 0 cadastro previsto no caput sera coordenado pelo érgao federal competente do Sisnama e implantado de forma conjunta pelas autoridades federais, estaduais e municipais, § 22 Para o cadastramento, as pessoas juridicas referidas no caput necessitam contar com responsavel técnico pelo gerenciamento dos residuos perigosos, de seu proprio quadro de funcionarios ou contratado, devidamente habiltado, cujos dados seréo mantidos atualizados no cadastr. § 32 0 cadastro a que se refere o caput é parte integrante do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e do Sistema de Informagdes previsto no art, 12, Art. 39. As pessoas juridicas referidas no art. 38 so obrigadas a elaborar plano de gerenciamento de residuos Perigosos e submeté-lo ao érgao competente do Sisnama e, se couber, do SNVS, observado o contetido minimo estabelecido no art. 21 e demais exigéncias previstas em regulamento ou em normas técnicas. § 12 O plano de gerenciamento de residuos perigosos a que se refere o caput poderd estar inserido no plano de gerenciamento de residuos a que se refere 0 art. 20 § 22 Cabe as pessoas juridicas referidas no art. 38: | - manter registro atualizado e facilmente acessivel de todos os procedimentos relacionados a implementagao e ‘operacionalizagao do plano previsto no caput: II informar anualmente ao érgao competente do Sisnama e, se couber, do SNVS, sobre a quantidade, a natureza e a destinaco temporéria ou final dos residuos sob sua responsabilidade; Ill - adotar medidas destinadas a reduzir o volume e a periculosidade dos residuos sob sua responsabilidade, bem como a aperfeigoar seu gerenciamento; IV = informar imediatamente aos érgdos competentes sobre a ocorréncia de acidentes ou outros sinistros relacionados aos residuos perigosos. § 3° Sempre que solicitado pelos érgaos competentes do Sisnama e do SNVS, serd assegurado acesso para inspegao das instalagées e dos procedimentos relacionados implementagao e @ operacionalizagao do plano de gerenciamento de residuos perigosos. § 42. No caso de controle a cargo de érgéo federal ou estadual do Sisnama e do SNVS, as informagdes sobre 0 contetdo, a implementagéo © a operacionalizagéo do plano previsto no caput sero repassadas ao poder puiblico municipal, na forma do regulamento, Art. 40. No licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que operem com residuos perigosos, 0 ‘6rgao licenciador do Sisnama pode exigir a contratagao de seguro de responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente ou a satide publica, observadas as regras sobre cobertura e os limites maximos de contratago fixados em regulamento. hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm 15119 29109/2028, 10:17 1208 Paragrafo tinico, O disposto no caput considerara o porte da empresa, conforme regulamento. Art, 41, Sem projuizo das iniciativas de outras esferas governamentais, 0 Governo Federal deve estruturar © manter instrumentos ¢ atividades voltados para promover a descontaminagao de areas érfas. Paragrafo Unico, Se, apés descontaminagao de sitio érfao realizada com recursos do Governo Federal ou de outro ente da Federagao, forem identificados os responséveis pela contaminacdo, estes ressarcirdo integralmente o valor ‘empregado ao poder pubblico. CAPITULO V DOS INSTRUMENTOS ECONOMICOS Art, 42. © poder piblico podera instituir medidas indutoras e linhas de financiamento para atender, prioritariamente, as iniciativas de: | - prevengo e redugdo da geragao de residuos sélidos no proceso produtivo; II- desenvolvimento de produtos com menores impactos a satide humana e & qualidade ambiental em seu ciclo de vida; IIL - implantagéo de infraestrutura fisica e aquisigao de equipamentos para cooperativas ou outras formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis @ reciclaveis formadas por pessoas fisicas de baixa renda; IV - desenvolvimento de projetos de gestao dos residuos sélidos de carater intermunicipal ou, nos termos do inciso | do caput do art. 11, regional; \V - estruturagao de sistemas de coleta seletiva e de logistica reversa; VI- descontaminago de areas contaminadas, incluindo as areas érfas; VII- desenvolvimento de pesquisas voltadas para tecnologias limpas aplicdveis aos residues sélidos; Vill - desenvolvimento de sistemas de gestao ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reapraveitamento dos rasiduos. Art. 43. No fomento ou na concessao de incentives crediticios destinados a atender diretrizes desta Lei, as instituigdes oficiais de crédito podem estabelecer critérios diferenciados de acesso dos beneficidrios aos créditos do Sistema Financeiro Nacional para investimentos produtivos. Art. 44. A Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios, no ambito de suas competéncias, podergo instituir ormas com o objetivo de conceder incentives fiscais, financeiros ou crediticios, respeitadas as limitagées da Le! Complementar n® 101. de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a: | indiistrias ¢ entidades dedicadas a reutilizago, ao tratamento e a reciclagem de residuos sélidos produzidos no terrtério nacional; Il - projetos relacionados a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, prioritariamente em parceria com cooperativas ou outras formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis e reciclaveis formadas por pessoas fisicas de baixa renda; IIL - empresas dedicadas a limpeza urbana ¢ a atividades a ela relacionadas, Art. 45. Os consércios pablicos constituidos, nos termos da Lei n® 11.107, de 2005, com o objetivo de viabilizar a descentralizago ¢ a prestagdo de servigos piibicos que envolvam residuos sdlidos, tém prioridade na obtencao dos incentivos instituidos pelo Governo Federal Ar. 46. © atendimento ao disposto neste Capitulo sera efetivado em consonéncia com a Lei Complementar n° 101, de 2000 (Lei de Responsablidade Fiscal), bem como com as diretizes © objetivos do respectivo plano plurianual, as imetas © as prioridades fixadas pelas leis de dirtrizes orcamentérias e no limite das disponibilidades propiciadas pelas leis orcamentrias anvais, CAPITULO VI DAS PROIBIGOES Al. 47, Sao proibidas as seguintes formas de destinagao ou disposigao final de residuos sblidos ou rejeltos | -langamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hidricos; hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm 18119 29109/2028, 10:17 1208 II-langamento in natura a céu aberto, excetuados os residuos de mineracdo; Ill - queima a céu aberto ou em recipientes, instalagdes ¢ equipamentos nao licenciados para essa finalidade; IV - outras formas vedadas pelo poder pilblico. § 12 Quando decretada emergéncia sanitaria, a queima de residuos a céu aberto pode ser realizada, desde que autorizada e acompanhada pelos Srgdos competentes do Sisnama, do SNVS e, quando couber, do Suasa § 22 Assegurada a devida impermeabilizagio, as bacias de decantagéo de residuos ou rejeitos industriais ou de mineragao, devidamente licenciadas pelo érgio competente do Sisnama, nao s40 consideradas corpos hidricos para efeitos do disposto no inciso | do caput At. 48, Sao proibidas, nas éreas de disposigao final de residuos ou rejeitos, as seguintes atividades: | - utlizagao dos rejetos dispostos como alimentagao; II catagao, observado o disposto no inciso V do art. 17 II ctiagdo de animais domésticos; IV - fixagdio de habitagdes temporérias ou permanentes; V - outras atividades vedadas pelo poder pubblico. Art. 49, proibida a importagao de residuos sélidos perigosos e rejeitos, bem como de residuos sélidos cujas caracteristicas causem dano ao meio ambiente, a saiide publica e animal e a sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reso, reutiliza¢ao ou recuperagao. TITULOIV DISPOSIGOES TRANSITORIAS E FINAIS At. 50. A inexisténcia do regulamento previsto no § 32 do art. 21 nao obsta a aluacdo, nos termos desta Lei, das cooperativas ou outras formas de associacao de catadores de materials reutiizaveis e reciléveis. Art, 51, Sem prejuizo da obrigagao de, independentemente da existéncia de culpa, reparar os danos causados, a ago ou omissdo das pessoas fisicas ou juridicas que importe inobservancia aos preceitos desta Lei ou de seu Tegulamento sujeita os infratores as sangdes previstas em lei, em especial as fixadas na Lei n® 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que “dispée sobre as sangdes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e da outras providéncias’, e em seu regulamento, ‘Art. 52. A observancia do disposto no caput do art. 23 @ no § 2° do art. 39 desta Lel é considerada obrigagto de relevante interesse ambiental para efeitos do art. 68 da Loi n® 9.605, de 1998, sem prejuizo da aplicagao de outras, sanges cabiveis nas esferas penal e administativa Art, 53. O § 12 do art. 56 da Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redagao: “Art 56 § 12 Nas mesmas penas incorre quem: | - abandona os produtos ou substancias referidos no caput ou os utliza em desacordo com as normas ambientais ou de seguranga; I~ manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dé destinagéo final a ‘residuos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento. (NR) serimplantede-em-até-¢{quatro}anes-epés-2-date-de publicagiio-deste tek: Art. 54. A disposigdo final ambientalmente adequada dos rejeitos devera ser implantada até 31 de dezembro de 2020, exceto para os Municipios que até essa data tenham elaborado plano intermunicipal de residuos sdlidos ou plano municipal de gestao integrada de residuos sdlidos e que disponham de mecanismos de cobranca que garantam hitps twin planalto.govbriccivi_03/_ato2007-2010/201OMevI12308.ntm 1719 29109/2028, 10:17 1208 sua sustentabilidade econémico-financeira, nos termos do art, 29 da Lei n® 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para os quals ficam definidos os seguintes prazos: (Redacdo dada pela Lei n° 14.026, de 2020) | - até 2 de agosto de 2021, para capitais de Estados ¢ Municipios integrantes de Regio Metropolitana (RM) ou de Regio Integrada de Desenvolvimento (Ride) de capitais; (Incluido pela Lei n® 14,026, de 2020) Il até 2 de agosto de 2022, para Municipios com populagao superior a 100.000 (cem mil) habitantes no Censo 2010, bem como para Municipios cuja mancha urbana da sede municipal esteja situada a menos de 20 (vinte) quilometros da fronteira com paises limitrofes; (Incluido pola Lein® 14,026, de 2020) Ill - até 2 de agosto de 2023, para Municipios com populago entre 60.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes no Censo 2010; ¢ (Incluido pela Lei n® 14,026, de 2020) IV - até 2 de agosto de 2024, para Municipios com populagdo inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitantes no Censo 2010. (Incluido pela Lei n® 14.026, de 2020) § 1° (VETADO), (Incluido pela Lei n® 14,026, de 2020) § 2° Nos casos em que a disposigao de rejeitos em aterros sanitarios for economicamente inviavel, poderao ser adotadas outras solugdes, observadas normas técnicas e operacionais estabelecidas pelo érgao competente, de modo a evitar danos ou riscos a satide piblica e & seguranga e a minimizar os impactos ambientais. (Inctuido pela Lei n® 14.026, de 2020) Art. 55. O disposto nos arts, 16 e 18 entra em vigor 2 (dois) anos apés a data de publicagao desta Lei. Art. 56. A logistica reversa relativa aos produtos de que tratam os incisos V e VI do caput do art. 33 serd implementada progressivamente segundo cronograma estabelecido em regulamento, __(Regulamento) Art. §7. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicagao. Brasilia, 2 de agosto de 2010; 189° da Independéncia e 122° da Republica, LUIZ INACIO LULA DA SILVA Rafael Thomaz Favotti Guido Mantega José Gomes Temporéio Miguel Jorge Izabella Ménica Vieira Teixeira Joao Reis Santana Filho Marcio Fortes de Almeida Alexandre Rocha Santos Padilha Este texto nao substitui o publicado no DOU de 3.8.2010 hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm 18119 29109/2028, 10:17 1208 hitps twin planalto.govbricivi_03/_ato2007-2010/20%0/evI12308.ntm 19119

You might also like