You are on page 1of 1

“OS MAIAS” 10

O SIMBOLISMO

O Ramalhete (pp. 6,10,709,710)

O percurso dos Maias está simbolizado nas alterações do Ramalhete:


• Quando o Ramalhete está desabitado, quando Afonso vive em Stª Olávia,
simboliza a ausência de vida;

• Quando é preparado para receber Carlos, torna-se símbolo de esperança;

• Quando a tragédia se abate sobre a família, o Ramalhete degrada-se.

A Toca (pp. 429, 433-437, 457)

• O nome dado ao refúgio de Carlos e de Maria Eduarda aponta, desde logo, para
uma relação animalesca.

• Carlos introduz a chave no portão da Toca com todo o prazer, o que sugere o
poder e também o prazer desta relação.

• O quarto, cheio de elementos decorativos, aponta para uma sensualidade


excessiva e para a tragicidade da relação.

As cores (pp.26, 29, 348, 366, 371, 143, 355, 22, 156, 434, 66, 65, 96)

Acompanhando o estilo impressionista da época, as cores, na obra estão também


carregados de simbolismo.

• O vermelho, associado à Monforte e a Maia Eduarda, bem como a Ega (a vila


Balzac), simboliza paixão e morte.

• O amarelo e dourado ( o louro dos cabelos, a colcha, na Toca, por exemplo)


simbolizam a luz divina, mas também a luz da Terra (o Outono), a velhice, a
proximidade da morte.

• O negro ( o leque, os olhos dos Maias) simboliza a morte.

Maria Monforte e Maria Eduarda, mãe e filha, conjugam estas três cores: cabelos de
ouro, olhos pretos e acessórios escarlates (leque, sombrinha): representam a paixão
que leva à destruição.

Nota: ver também os símbolos no Epílogo.

You might also like