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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

EDITORA
CENTRO EDUCACIONAL SEM FRONTEIRAS

R454

Revista mais educação [recurso eletrônico] / [Editora chefe] Fabíola


Larissa Tavares – Vol. 3, n. 1 (mar. 2020) -. São Caetano do Sul:
Editora Centro Educacional Sem Fronteiras, 2020

1834 p.: il. color

Mensal
Modo de acesso: <https://www.revistamaiseducacao.com/sumario-
V3-N1-2020>
ISSN:2595-9611 (on-line)
Data da publicação: 31/03/2020

1.Educação. 2. Pedagogia. I Tavares, Fabíola Larissa, ed. II. Título


CDU: 37
CDD: 370
Gustavo Moura – Bibliotecário CRB-8/9587

www.revistamaiseducacao.com
E-mail: artigo@revistamaiseducacao.com

Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º andar sala 313|314 – Centro São Caetano do Sul – SP CEP: 09510-111 Tel.: (11) 95075-4417

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

EDITORIAL CONSELHO EDITORIAL


Alex Rodolfo Carneiro
O ENSINAR E O APRENDER NA EDUCAÇÃO: A AVALIAÇÃO COMO
Fabíola Larissa Tavares
INGREDIENTE NA QUALIDADE DO PROCESSO Fatima Ramalho Lefone
"A avaliação não é uma tortura medieval." (Philippe Perrenoud).
Hercules Guimarães Honorato
O caminhar na construção de um sujeito autônomo, crítico, histórico e
Lindalva José de Freitas
social tem na prática educativa uma possibilidade de promover seu crescimento. Mariana Siqueira Silva
No trânsito pela escola e pelo contrato didático, passa obrigatoriamente pelo Rodrigo da Silva Gomes
processo de ensino e aprendizagem e perpassa pela avaliação, a qual, segundo o Patrícia Regina de Moraes Barillari
professor Cipriano Luckesi em seu livro A Avaliação da Aprendizagem: Componente
do Ato Pedagógico, apresenta-se como uma ação efetiva de se investigar a EDITORA-CHEFE
qualidade do seu objeto de estudo, com o escopo na obtenção dos resultados
almejados e definidos, e não de quaisquer resultados que sejam possíveis. O Fabíola Larissa Tavares
contrato didático é um termo cunhado por Philippe Perrenoud, o qual significa, em
síntese, uma parceria implícita ou explícita na construção do conhecimento escolar, REVISÃO E NORMALIZAÇÃO
decorrentes de ações efetivas em sala de aula ou fora do ambiente escolar. O que DE TEXTOS
se procura e se deseja na avaliação, portanto, é acompanhar os processos de
Fatima Ramalho Lefone
aprendizagem escolar do aluno, lembrando que avaliar não é apenas medir. Para se
Rodrigo da Silva Gomes
evitar a lógica excludente dominante em nossa sociedade, é importante que a
avaliação tenha como principal objetivo a qualidade do processo de ensinar e
aprender. Essa perspectiva exige que a questão metodológica da avaliação seja PROGRAMAÇÃO VISUAL E
tratada com outros olhares, pluralidade e flexibilidade, de modo a contemplar a DIAGRAMAÇÃO
individualidade do modo de aprender dos alunos. A avaliação formativa ou Cíntia Aparecida da Silva Gomes
emancipatória se constitui em mudança na relação professor-aluno, pois tem como
proposta a renovação de conceitos. A avaliação, quando centrada no aluno,
transforma o professor em criador de situações de aprendizagem, mediador neste PROJETO GRÁFICO
processo, e torna-se verdadeiramente útil pedagogicamente, pois auxilia o aluno a Mônica Magalnik
aprender, a se desenvolver, colabora para a regulação das aprendizagens e do
desenvolvimento do projeto educativo. No entanto, nós docentes, ainda estamos COPYRIGTH
vinculados ao modelo de exames, de provas e de notas no cotidiano da avaliação.
A nossa prática pode estar ancorada numa perspectiva da aprendizagem antiga, da
classificação, da seletividade, do autoritarismo e não aberta ao diálogo. A prática da REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
avaliação da aprendizagem precisa se adequar a um novo paradigma educacional, Editora Centro Educacional Sem
utilizando-se também de recursos tecnológicos. Ensinar é muito mais que uma mera Fronteiras (março, 2020) - SP
transferência de conhecimentos de uma pessoa mais velha para uma mais nova, é
muito mais, é incitar o aprendente, é motivá-lo a sentir-se parte da relação dialógica Publicação Mensal e
criada, favorecendo a reflexão, a autoavaliação e o crescimento do aluno como multidisciplinar vinculada a
pessoa socialmente incluída. Essa perspectiva exige uma mudança na atitude dos Editora Centro Educacional Sem
educadores, com a finalidade de promover possibilidades para que o fio condutor Fronteiras.
do processo de ensino tenha continuação na qualidade da aprendizagem, por meio
de um feedback da avaliação, que com certeza, não constitui-se em tortura
medieval! Os artigos assinados são de
responsabilidade exclusiva dos
Professor Doutor Hercules Guimarães Honorato autores e não expressam,
Chefe da Divisão de Assuntos Psicossociais da Escola Superior de Guerra (ESG), Rio necessariamente, a opinião do
de Janeiro, Brasil; Doutor em Política e Estratégia Marítimas pela Escola de Guerra Conselho Editorial
Naval; Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia pela Escola Superior de
Guerra; Mestre em Educação pela Universidade Estácio de Sá, Especialista em
Gestão Internacional e MBA Logística pelo Instituto COPPEAD de Administração da É permitida a reprodução total ou
Universidade Federal do Rio de Janeiro; Docência do Ensino Superior; Bacharel em
Ciências Navais com Habilitação em Administração pela Escola Naval. parcial dos artigos desta revista,
Autor do livro: Relato de uma Experiência Acadêmica: O “Eu” professor- desde que citada a fonte.
pesquisador.

Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º


andar sala 313|314 - Centro
São Caetano do Sul – SP CEP:
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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

124 A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NO AUXÍLIO DA

SUMÁRIO APRENDIZAGEM
Risolene Maria da Silva Araujo

11 (AUTO)FORMAÇÃO DOCENTE MILITAR 135 A CONTRAREFORMA E AS ORIGENS DA PEDAGOGIA


Lucinéia Contiero MODERNA
Humberto José Lourenção Daniel Mendes Gomes

23 A ALFABETIZAÇÃO COMO UM ATO DE AMOR: 142 A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA


DISCUTINDO A INTRODUÇÃO DO LETRAMENTO E DA INSTITUCIONAL NO ENSINO SUPERIOR: SUBSÍDIOS
ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA
Regiane Bueno da Silva Carvalho
Maria Lúcia Francisco Damasio
35 A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA A PARTIR DA
LUDICIDADE DOS JOGOS 155 A CONTRIBUIÇÃO DO ENSINO DE ARTE NA EDUCAÇÃO
Méleri de Fátima Arraz Moysés INCLUSIVA
Thaís Meira Albuquerque
47 A APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 163 A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS
PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Luciana Fumes
Nerli Ferreira da Silva
55 A APRENDIZAGEM EFETIVA POR INTERMÉDIO DE
PROJETO INTERDISCIPLINAR 174 A CONTRIBUIÇÃO E A RELEVÂNCIA DA BRINCADEIRA
PARA A APRENDIZAGEM
Daniela Marques Vichessi
Patrícia Maria dos Santos
60 A APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO
ESPAÇO DA BRINQUEDOTECA 184 A DANÇA COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE
ENSINO APRENDIZAGEM DO ALUNO CEGO
Gabriely Gonçalves Silva
Juraci Gomes Alves
72 A ARTE DE ROMERO BRITO COMO ELEMENTO
DESENCADEADOR DO DESENVOLVIMENTO DE 198 A DANÇA COMO MEIO DE DESENVOLVIMENTO PARA
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO NA EDUCAÇÃO CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
INFANTIL Fabiola Adriana Rodrigues de Oliveira Castilho
Marcia Lucélia Martins de Medeiros
210 A EDUCAÇAO INCLUSIVA E SUAS IMPLICAÇÕES NO
81 A ARTE E SUA IMPORTÂNCIA PARA O CONTEXTO ESCOLAR
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Rose Soraya Duarte Siqueira
Talita Pinfildi Gomes Carlos
218 A ESCOLA INCLUSIVA E O ATENDIMENTO
91 A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NA EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA ESTUDANTES
ESCOLA COM SURDEZ
Cícero Jorge dos Santos Marinalva Aparecida Vieira Mariano da Costa

104 A CONSTRUÇÃO DA HABILIDADE LEITORA E 228 A FORMAÇÃO DIDÁTICA DE PROFESSORES PARA A


ESCRITORA PRÁTICA NA DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
Maria Aparecida Silva de Souza Daniela Sobral de Medeiros Bondioli

118 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E A 244 A GÊNESE DO MÉTODO LÚDICO


PSICOMOTRICIDADE Ivone Amaral de Lima Silva
Tatiana Paula de Souza Pereira
256 A HISTÓRIA DA ARTE
Élida de Sousa Machado

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

268 A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA: 400 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O


CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DOS DESENVOLVIMENTO COGNITIVO HUMANO
EDUCANDOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Rosimeri Maria Ricarte Paes
Iara dos Santos Ramos
413 A IMPORTÂNCIA DO DESENHO NA EDUCAÇÃO
284 A IMPORTÂNCIA DA FIGURA PATERNA PARA O INFANTIL
DESENVOLVIMENTO INFANTIL Roger Luiz Franco
Aline Aparecida da Silva Souza 425 A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
292 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Darci Gonçalves dos Santos Paixão
Roberto Domingos Minello
438 A INCLUSÃO DO DEFICIENTE VISUAL NAS ESCOLAS
300 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA FORMAÇÃO DE REGULARES DE CAXIAS-MA
PEQUENOS LEITORES NOS ANOS INICIAIS Francisca das Chagas Pereira da Silva Santos
Rita de Cassia de Oliveira
450 A INCLUSÃO POR MEIO DE BRINCADEIRAS E
309 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA EDUCAÇÃO BRINQUEDOS
INFANTIL Debora Cristina Silva Pinheiro
Ana Claudia da Silva Liberato
458 A INFLUÊNCIA DA EMOÇÃO NO APRENDIZADO: O
316 IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA EDUCAÇÃO CÉREBRO PRECISA SE EMOCIONAR PARA APRENDER
INFANTIL Maísa Amaral Dietrich
Marilda Pereira da Silva De León Alvez
471 A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO NO PROCESSO DE
324 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE E DO BRINCAR NO APRENDIZAGEM
DESENOLVIMENTO INFANTIL Erika Tatiana Garcia de Oliveira Toledo
Marta de Araújo Carvalho
480 A LUDICIDADE COMO INSTRUMENTO FACILITADOR
334 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO PROCESSO DE DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
ALFABETIZAÇÃO Patrícia Aparecida da Silva Santos
Renata Ribeiro de Queiroz
486 A MÚSICA COMO RECURSO METODOLÓGICO NO
342 A IMPORTÂNCIA DA NEUROPSICOPEDAGOGIA NA PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO 1º ANO DO ENSINO
EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL
Daniela Gabriel Santiago dos Santos Naira Denise Lopes
Priscila Pinheiro de Barros
357 A IMPORTÂNCIA DA PARCERIA ENTRE ESCOLA E
FAMÍLIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
492 A MÚSICA E MOVIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA
Simone Aparecida Brugugnoli EDUCAÇÃO INFANTIL
Daniela Rebelo Silva
363 A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTICIDADE PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL
501 A MÚSICA E O HOMEM: CONTRIBUIÇÕES NO
Cacilda Borges Pires de Castro DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COGNITIVO NO
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
381 A IMPORTÂNCIA DA SALA DE RECURSOS Jane Santos Pereira Molina
MULTIFUNCIONAL PARA A INCLUSÃO DE EDUCANDOS
COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA -SURDEZ
510 A MÚSICA E SUA RELEVÂCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Miriam da Silva Frederico Santos
Eliana Fatima Rodrigues Nogueira Cimmino

392 A IMPORTÂNCIA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO


PROPOSTA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA NO CICLO DA 520 A NEUROCIÊNCIA E SUA IMPORTÂNCIA NA
ALFABETIZAÇÃO FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Zilma Sales de Souza Jacqueline Capel

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529 A PARTICIPAÇÂO DA NEUROPEDAGOGIA NA ESCOLA 672 ARTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A LINGUAGEM DA


Suzany Pepicelli DANÇA
Eliana Oliveira de Souza
539 A REGRA É CLARA: O LÚDICO NÃO É SÓ BRINCADEIRA
Marialva Giannini de Mello 680 AS EMOÇÕES NOS ADOLESCENTES
Gisele Saviani
546 A RELEVÂNCIA DAS ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL 694 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA COMO INSTRUMENTO
Ana Elizabeth Torres Filgueira CONSTRUTIVO NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
Sandra Regina dos Santos Barbosa
556 A TEORIA DA PSICOPEDAGOGIA COMO APOIO AO
ALUNO COM DEFASAGEM DE APRENDIZAGEM
Mislene Gonçalves do Nascimento 704 AVALIAÇÃO: ANÁLISE HISTÓRICA
Rosângela Barbieri Mendes
567 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL 716 BRINCAR É COISA SÉRIA
Célia Regina de Almeida Rosimeire Matias de Oliveira

579 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: REFLEXÕES SOBRE O 725 COMPONENTES DA EXPRESSÃO: A MÚSICA


ENSINO E APRENDIZAGEM DO USO DA LÍNGUA ASSOCIADA A OUTRAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS
Genilda Santos de Araújo Luiza de Caires Atallah

593 ALFABETIZAR LETRANDO 731 CONCEITO DE INFÂNCIA POR MEIO DA OBRA DE RUTH
Cristiane Maria de Souza Menezes ROCHA
Andréa Cristina Dos Santos Viviani
604 ALGUMAS QUESTÕES PEDAGÓGICAS SOBRE O ENSINO
DA PRONÚNCIA, ORIENTADAS À DIFICULDADE DE 743 CONTEXTUALIZANDO A AFETIVIDADE SIGNIFICATIVA
PERCEBER E PRODUZIR AS VOGAIS / i: / E / I / NO ESPAÇO ESCOLAR
Luiz Cláudio Ribeiro Occhi José Armando Soares dos Santos

617 ALUNOS COM DISLEXIA: DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO 762 CONTEXTUALIZANDO A DISLEXIA
INFANTIL Silvana Possato Olivo
Ana Lucia Coutinho da Costa Lima
773 CONTEXTUALIZANDO A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
629 ANÁLISE DO ARTIGO DA Dra. GAMITO DE ACORDO Marcia de Oliveira Gonçalves Capitani
COM A UNIDADE CURRICULAR DE BIO-SISTEMAS
Alex Sandro Pires de Lima
786 CONTEXTUALIZANDO E COMPREENDENDO A
Profª. Dra. Sônia Borges Seixas DEFICIÊNCIA
Juliana Koga Vieira
647 APLICAÇÃO DA MUSICALIDADE NA EDUCAÇÃO
INFANTIL COMO ELEMENTO FORMATIVO
796 CONTEXTUALIZANDO O BULLYING
Kely Cristina Lima Reis
Paula Regina Messias Afonso

658 APRENDIZADO POR MEIO DO BRINCAR: O LÚDICO


COMO INSTRUMENTO DE BASE 808 CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE NAS INTERVENÇÕES
PSICOPEDAGÓGICAS
Patrícia de Oliveira Jorge
Letícia Oliveira Macedo

667 ARTE E EDUCAÇÃO


825 CONTRIBUIÇÕES DE EMÍLIA FERREIRO NA
Marilda José Coelho ALFABETIZAÇÃO INFANTIL
Regina Mara Curtolo Belem

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

839 DESAFIOS DO PROFESSOR NO PROCESSO ENSINO 992 EDUCAR PELA BRINCADEIRA NO CONTEXTO DA
APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM SÍNDROME DE PSICOMOTRICIDADE
BOURNEVILLE (ESCLEROSE TUBEROSA) Thaís Pagan Simões Pugliesi
Cleyton Silva Ferreira
Maria de Fátima de Sousa
999 ENSINAR MATEMÁTICA POR MEIO DE RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS
850 DESAFIOS NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA
Elvis Vieira da Silva
SURDOS
Marcos Serafim dos Santos
1011 ENSINO RELIGIOSO: CONTEXTO HISTÓRICO
868 DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM DA CRIANÇA José Saraiva da Silva
COM SÍNDROME DE DOWN
Michelle Soares Nascimento 1021 ESCOLA: AMBIENTE LEGÍTIMO DE APRENDIZADO,
CONSTITUIÇÃO DA PESSOA E DE POSSIBILIDADES
878 DIÁLOGOS E REFLEXÕES A RESPEITO DA INDISCIPLINA PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
NA ESCOLA Marcia Regina Corrêa
Rogério Tadeu Gonçalves Marinelli Rosemeire Gomes dos Santos Jangrossi
883 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONSTRUÇÃO DE HORTA NA
ESCOLA 1033 ESPAÇO ≠ AMBIENTE
Sonia Rejes de Simoni Denise Emmett da Silva Leite

890 EDUCAÇÃO E AUTOESTIMA 1039 ESTRATÉGIAS E MANEJOS EDUCACIONAIS EM


Elisabete Córdova Lima Pennachi CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO
AUTISMO
904 EDUCAÇÃO E LUDICIDADE Tamara Cristina Pellini
Fátima Aparecida Malos Espirito
1050 EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS SOB A
PERSPECTIVA DO FILME “ESCOLA DA VIDA”
914 EDUCAÇÃO E MODERNIDADE: AS REFORMAS
EDUCACIONAIS DO MARQUÊS DE POMBAL Vitor Sergio de Almeida
Daniel Mendes Gomes Ryhã Henrique Caetano e Souza

922 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA 1063 FRACASSO ESCOLAR


Luziane Bomfim da Silva Débora Aline Trajano Santos

940 EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INCLUSÃO: UM OLHAR 1069 GAMIFICAÇÃO: ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA CONTRA O
SOBRE O MUNICÍPIO DE AMPARO SÃO PAULO ABANDONO E/OU EVASÃO ESCOLAR E POR UMA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA VIA GAMES
Sara Luz Silveira Costa
Eliane Alves de Souza

953 EDUCAÇÃO INFANTIL: ESPAÇO DE BRINCADEIRAS


1081 GESTÃO DEMOCRÁTICA: OS RELACIONAMENTOS
Zenóbia Silva Pereira Paiva PROFISSIONAIS QUE CONTRIBUEM PARA UMA
Cacilda Borges Pires de Castro ESCOLA DEMOCRÁTICA
Tatiane Leite da Silva Comini
967 EDUCAÇAO INFANTIL: POSSIBILIDAES E DESAFIOS DE
PROJETOS INTEGRADOS 1091 GESTÃO E LEGITIMAÇÃO DO CURRÍCULO NOS
Adriana Souza da Cruz Santos PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Sirley Girardi Barbosa
980 EDUCAÇÃO INFANTIL: ASPECTOS HISTÓRICOS
1111 GESTÃO, FORMAÇÃO PEDAGÓGICA, DOCENTES NO
Carla de Oliveira Rosa
CURRÍCULO DA CIDADE DE SÃO PAULO
Claudineide Batista dos Santos

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

1121 GESTOR COMO LÍDER EDUCACIONAL 1249 LETRAMENTO DIGITAL: REFLETINDO ACERCA DA
Manoel Cicero da Silva Filho FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS)
Maria Violêta Lima Macêdo
Carlos Mometti
Adriana Bigido
1133 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Carla Renata Wilhans Barbosa
1260 A MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS: MUDANÇAS
PARA O SÉCULO XXI
1142 HORTA ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL Eliete Braga da Silva
Raphaela Rui Riveros
1271 MULTILETRAMENTO UM DESAFIO PARA O DOCENTE
1151 IMPORTÂNCIA DA QUÍMICA NA FORMAÇÃO DO NA ATUALIDADE
PROFISSIONAL FARMACÊUTICO: UM ESTUDO DE CASO Elmenton dos Santos Fernandes da Silva
SOBRE A PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS
Rodrigo Fernando Campos
Alexandra Regina do Nascimento
Amanda Silva de Lima
1283 MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Rosilene Maria da Silva
Rosemeire Gomes Clemente
Alamisne Gomes da Silva
Loiva Liana Santos Borba
1290 NIETZSCHE E A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
1160 INCLUSÃO ESCOLAR COM ENFASE NO ALUNO COM Claudia Aparecida de Oliveira Werneck Regina
DEFICIÊNCIA
Andreia Pereira 1297 O APRENDIZADO MATEMÁTICO ALIADO A
Joelma Oliveira Dias TECNOLOGIA E AULAS INTERATIVAS NO FORMATO DE
EAD
Samantha Savina Albanez
1169 INDISCIPLINA: CONCEPÇÕES E DESAFIOS NA
EDUCAÇÃO
Daniela Dantas Esteves Berte 1303 O BRINCAR E A APRENDIZAGEM
Sandra Roberta de Andrade Silva
1175 JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
Barbara Lygia Monteiro dos Santos 1318 O CONTRIBUTO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO
ENSINO DA MATEMÁTICA
Luciene Suzarte Santos
1199 JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
Maria José Silva Almeida Trindade
Maria Teresa Panchame

1328 O ENSINO DA ARTE


1209 JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Claudia Torres de Moraes
Karina Gomes Alves Cardoso

1338 O ENSINO DE LÍNGUAS NO BRASIL: DO LATIM AO


1215 EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGOS E BRINCADEIRAS
FRANCÊS
Joyce Barbosa dos Santos Lima
Edson José Barbosa

1228 JOGOS E BRINCADEIRAS NO CONTEXTO EDUCACIONAL


1345 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Karina Antunes de Lima
Carlene Aguiar Pereira

1239 LANGUE E PAROLE: CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS


1354 O MEIO AMBIENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A
IDEIAS DE SAUSSURE E OS ESTUDOS LINGUÍSTICOS
CONSCIENTIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO NA FORMAÇÃO
CONTEMPORÂNEOS
DE UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL
Valdemir Melo de Souza
Amanda de Oliveira Cardoso

1369 O PAPEL DAS ARTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Maria Luiza Soares de Campos

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

1386 PROFESSOR DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL 1524 PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL PREVENTIVA: UM


ESPECIALIZADO FRENTE ÀS NECESSIDADES OLHAR TRANSFORMADOR PARA A PRÁTICA DOCENTE
EDUCATIVAS José Aparecido de Farias Leite
Ilza Carla Colombo Vieira
1534 PSICOSES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: AUTISMO E
1403 O SUDESTE ASIÁTICO AOS OLHOS DE HOLLYWOOD: ESQUIZOFRENIA
ANÁLISE DOS FILMES O REI E EU (1956) E ANNA E O Regina Célia Gonçalves Mateus
REI (1999)
Ligia Lemos Sousa Nery de Castro
1544 RECURSOS DIDÁTICOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
1413 O TRABALHO DOCENTE: RELAÇÕES PERCEBIDAS
ENTRE O FILME “ENTRE OS MUROS DA ESCOLA” E O Amanda Manzoli Bertucci Bernardini
TEXTO “SOBRE JEQUITIBÁS E EUCALIPTOS”
Catia Cristina de Melo Ferreira
1556 REFLETINDO SOBRE O BRINCAR
Mara Regina Alcasas
1419 USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA APRENDIZAGEM
UNIVERSITÁRIA
Edileuza da Conceição Ferreira 1568 REFLEXÃO SOBRE O RACISMO, ABORDAGEM
NECESSÁRIA PARA UM PROCESSO DE APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVO E ADEQUADO
1428 O USO DE JOGOS E BRINCADEIRAS COMO RECURSO
NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA Helena Furtado
NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Rosilene de Souza dos Santos
1580 REFLEXÕES SOBRE O DIAGNÓSTICO DA CRIANÇA
AUTISTA
1439 O VIDEOCLIPE COMO LINGUAGEM AUDIOVISUAL Niris Katyane de Lacerda Pessoa
Rogério Fraulo
1593 REGISTRO: FERRAMENTA PARA A PRÁTICA DOCENTE E
1448 OS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA APRENDIZAGEM AUXILIAR NA AÇÃO DO PSICOPEDAGOGO
E NO DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL Wiviane Santos de Camargo
Renato Ilton da Silva Aragão
1603 RELAÇÃO DIRETOR E PROFESSOR POR INTERMÉDIO
1469 OS MUSEUS E A ACESSIBILIDADE DO TRABALHO COLETIVO E DA LEGISLAÇÃO
Adriana Sampaio Ramiro Sabadini Sandy Katherine Weiss de Almeida

1480 PEDAGOGIA DA OPRESSÃO NO ESPAÇO ESCOLAR: 1611 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E PERSPECTIVAS PARA O
RESGATE DE MEMÓRIAS DE EXPERIÊNCIAS COM A ENSINO DE NÚMEROS FRACIONÁRIOS
HOMOFOBIA NA BUSCA DE FORMAS DE RESISTÊNCIA Robson Abel Lopes
Marcos Andrade Alves dos Santos
Mário Cézar Amorim de Oliveira 1634 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DO
ENGENHEIRO
1496 POLÍTICA PAULISTANA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: O Sarah Gomes Silveira Guimarães
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO Ernande da Costa e Silva Filho
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Daniele de Castro Pessoa de Melo
Alzenir Maria Ribeiro de Sousa
Loiva Liana Santos Borba

1506 POVO INDÍGENA GUARANI


1642 SER PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
Daniela Rita Nardi
Maria Aparecida da Cruz de Meira Moreira

1515 PSICOMOTRICIDADE: POSSIBILIDADES E DESAFIOS


PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM 1657 SISTEMA VISUAL BAIXA VISÃO E APRENDIZAGEM
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) Luciene Barbosa Sampaio
Celeste Nascimento Cruz

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

1672 SUSTENTABILIDADE E CONSUMO CONSCIENTE NO 1751 REFLEXÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DA FIGURA


CONTEXTO INFANTIL PATERNA NA VIDA DA CRIANÇA
Inez Gissele Weiller dos Santos Regiane Aparecida Silva

1677 TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL 1760 LEITURA: UMA CONQUISTA DIFERENCIADA DO QUE A
Thatiana de Camargo Riqueto Rodrigues Brasil ESCOLA PROPÕE
Valéria Casemiro Torres
1689 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA:
POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÕES EDUCACIONAIS 1770 NOVAS CONCEPÇÕES ARTÍSTICAS SÉCULO XIX
Amanda Felix de Carvalho IMPRESSIONISMO E FOTOGRAFIA
Audrey Rose Amadeu Santana Silva
1702 UM OLHAR SOBRE A IMPORTÂNCIA DA RELAÇAO
ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE ENSINO 1779 O DIREITO DE BRINCAR DAS CRIANÇAS
APRENDIZAGEM Andréia Fernandes Lapo
Maria Izidoria Pereira Silva
1787 O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO
1713 UM OLHAR SOBRE O PROCESSO DE ENSINO HORÁRIO DE FORMAÇÃO DOS PROFESSORES
APRENDIZAGEM NA ESCOLA INDÍGENA TORO HACHÔ Alcione Aparecida Souza Lima
ALDEIA PEDRA BRANCA EM GOIATINS-TO
Vanessa Rodrigues Dias
Joana D’arc Gomes Cardoso Vanderley
Maria Cecília Florêncio da Silva
1803 CONVERGÊNCIAS ESTÉTICAS DA ARTE AFRICANA
Hilda Pereselevicius Antonietto
1722 UMA PERCEPÇÃO CIENTÍFICA SOBRE GESTÃO
DEMOCRÁTICA NA GESTÃO ESCOLAR
José Fernando da Silva Alves 1814 O OLHAR NA PERSPECTIVA DA ARTE
Graziela de Queiroz Arruda Cleide das Graças Felix
Diógenes José Gusmão Coutinho
1819 CRIANÇA: UM SER EM DESENVOLVIMENTO
1733 UTILIZAÇÃO DE JOGOS MATEMÁTICOS COMO Kelly Cristina Bernardo
METODOLOGIA DE ENSINO EM AULAS DO ENSINO
MÉDIO 1828 O CURRÍCULO PROERD E SUA APLICAÇÃO NAS
Silvana Aparecida CamolesI ESCOLAS DE SÃO PAULO
Joyce Croxiatti de Oliveira
1744 A OBESIDADE INFANTIL E AS CONTRIBUIÇÕES
DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA
REDUÇÃO DA OBESIDADE
Claudilene Silva Xavier

10
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

O DIREITO DE BRINCAR DAS CRIANÇAS


Andréia Fernandes Lapo1

RESUMO: Brincar é fundamental para todos os aspectos do desenvolvimento infantil e é um


componente-chave na preservação da comunidade e da cultura, no sentido mais amplo. Brincar
é valioso no exercício físico e no crescimento das crianças e no desenvolvimento de suas
habilidades motoras. Crianças brincando juntas apresentam ricas oportunidades para o
desenvolvimento social, moral e emocional e, portanto, para o desenvolvimento de sua
personalidade e capacidade de lidar com o estresse e os conflitos. É no jogo livre que as crianças
aprendem a compreender e cooperar com os outros. A natureza da brincadeira é que ela é
iniciada e controlada pelas crianças e esse elemento, e a competência social resultante, tem sido
criticamente vinculado ao desenvolvimento de resiliência em crianças e jovens em risco.

Palavras-Chave: Brincadeira; Desenvolvimento Infantil; Habilidades Motoras.

1Professora na Rede Municipal de São Paulo.


Graduação:Licenciatura em Pedagogia.

1779
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

INTRODUÇÃO uma variedade de disciplinas, incluindo


psicologia, educação, filosofia, antropologia e
Por meio das brincadeiras, as crianças recreação. Apesar disso, a sociedade como um
exploram causa e efeito e gradualmente todo continua a ver as brincadeiras como um
constroem uma base de conhecimento que não passatempo frívolo, na melhor das hipóteses
pode ser ensinada por meio de atividades de útil para as crianças "desabafarem".
aprendizagem estruturadas. Brincar é um As razões para esse mal-entendido são
veículo para o desenvolvimento da criatividade muitas e variadas. Uma das razões é nossa
e flexibilidade, qualidades inestimáveis no dificuldade em definir claramente o jogo.
desenvolvimento humano. Brincar não é sinônimo de recreação, embora
A brincadeira pode ser um veículo para as existam muitas oportunidades para brincar em
crianças transmitirem sua cultura, para programas e ambientes de recreação, e não
compartilhar entre gerações e para as crianças inclui tudo o que as crianças fazem nas horas de
comunicarem seus sentimentos e ideias aos lazer. A brincadeira não é criada por adultos
adultos. Por meio das brincadeiras, as crianças para crianças, mas o comportamento que as
aprendem a se tornar participantes ativos na próprias crianças iniciam. A brincadeira é
comunidade. Dias de diversão e festivais de espontânea, automotivada, controlada pela
jogos são uma forma importante de celebração criança. Idealmente, o papel de adulto combina
da cultura e da comunidade em todo o mundo. preparar o palco e facilitar; isto é, apoiar em vez
Brincar também é uma forma de as crianças de direcionar as brincadeiras das crianças.
adquirirem um senso de controle sobre as Por razões já delineadas, os especialistas em
circunstâncias difíceis, conforme teoria da brincadeira infantil consideram a
testemunhado em ambientes hospitalares e em brincadeira fundamental para o
zonas de guerra. desenvolvimento humano.
Ribeiro (1994, p. 56), afirma que o brincar:
[...] é a forma de a criança integra-se ao
EXEMPLOS DE BARREIRAS AO
ambiente que a cerca. Através das atividades
lúdicas a criança assimila valores, adquire DIREITO DA CRIANÇA DE
comportamentos, desenvolve diversas áreas de BRINCAR
conhecimento: exercita-se fisicamente e As atitudes em relação às brincadeiras das
aprimora habilidades motoras. No convívio com crianças e / ou a falta de conscientização do
outras crianças aprende a dar e a receber público sobre o valor das brincadeiras são, sem
ordens, esperar sua vez de brincar; de dúvida, a causa subjacente da maioria dessas
emprestar e a tomar como empréstimo barreiras.
brinquedos; a compartilhar momentos bons ou Um esforço conjunto por parte de governos,
ruins; a fazer ami gos; ter tolerância e respeito, organizações e comunidades deve ser feito
enfim, a criança desenvolve a sociabilidade. para promover o fato de que brincar e aprender
A importância da brincadeira para as crianças não são ideologias concorrentes.
é fortemente apoiada por pesquisadores de

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É dever da família, da sociedade e do Estado Recintos escolares: atualmente, os recintos


assegurar à criança e ao adolescente, com escolares não são considerados locais
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à importantes para o desenvolvimento social ou
alimentação, a educação, ao lazer, à educacional, embora os alunos passem
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao aproximadamente 25% do tempo na escola nas
respeito, à liberdade e à convivência familiar e dependências da escola. A falta de valorização
comunitária, além de coloca-los a salvo de toda do terreno da escola se manifesta em terrenos
forma de negligência, discriminação, baldios de cascalho, lama e superfícies duras,
exploração, violência, crueldade e opressão muitas vezes sem árvores, grama e lugares
(BRASIL,1988,s.p). interessantes para as crianças brincarem e
Tempo: Essa falta de consciência do socializarem.
significado da brincadeira resulta no controle Brincar não é apenas fornecer playgrounds
do tempo das crianças. A percepção atual é que seguros para as crianças. É fundamentalmente
o trabalho escolar e a aprendizagem de proteger seu direito de ser livre para explorar e
habilidades específicas é o melhor caminho descobrir o mundo físico e social ao seu redor
para o "sucesso" nesta economia mundial cada em seus próprios termos.
vez mais competitiva.
Os pais e outros tomadores de decisão DEBATES A RESPEITO DO
devem garantir um equilíbrio na vida das
crianças para evitar níveis prejudiciais de BRINCAR
estresse e para permitir oportunidades para A importância do brincar no dia a dia das
brincadeiras informais. crianças e no desenvolvimento saudável tem
Mudar os padrões da vida familiar pode ter sido cada vez mais reconhecida nos últimos
um efeito negativo nas oportunidades das anos. Um crescente corpo de evidências apóia
crianças brincarem gratuitamente. O aumento a visão de que brincar, durante a infância, não
da carga de trabalho tem limitado o tempo e a é apenas um comportamento inato, mas
energia dos pais para brincar com seus filhos e, também contribui para a qualidade de vida das
por sua vez, faz com que as crianças passem crianças, seu bem-estar e seu desenvolvimento
mais tempo em programas organizados. físico, social, emocional e cognitivo. O tipo de
As crianças precisam de um leque mais ambiente para brincar também é importante,
amplo de possibilidades de brincar, o que seria tendo impacto na experiência, nas escolhas e
garantido por uma variedade muito maior de nos relacionamentos das crianças, tanto com as
materiais lúdicos e pelo envolvimento das outras pessoas quanto com o próprio
crianças no processo de planejamento. Além ambiente.
disso, a disponibilidade de facilitadores de jogo Muitos debates ocorreram ao longo dos anos
(não supervisores) aumentaria muito as sobre o papel preciso da brincadeira no
possibilidades de jogo. Deve ser dada desenvolvimento das crianças.
consideração especial ao acesso de crianças Frequentemente, foi sugerido que, ao brincar,
com deficiência. as crianças estão praticando habilidades para a

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vida adulta. Agora está se tornando mais crianças. As brincadeiras imaginativas e


amplamente aceito que brincar é um construtivas são consideradas particularmente
comportamento que existe por si só e tem um importantes para o desenvolvimento cognitivo,
papel fundamental no desenvolvimento. Desde enquanto as brincadeiras que envolvem arte,
os primeiros estágios do desenvolvimento do artesanato e design ajudam as crianças a
cérebro e do vínculo com os pais, até a desenvolver as habilidades motoras finas
independência e autonomia da adolescência, o necessárias para escrever à mão. Uma
brincar dá sua contribuição. À medida que variedade de experiências lúdicas contribui, por
crescem, as brincadeiras oferecem às crianças a exemplo, para o desenvolvimento da
oportunidade de desenvolver e aprimorar uma linguagem, resolução de problemas, memória e
gama de habilidades físicas, emocionais e criatividade, e os exercícios envolvidos em
sociais, ajudando-as a compreender e se jogos fisicamente ativos ajudam a aumentar o
relacionar com um mundo físico e social cada condicionamento físico.
vez mais complexo. Já foi demonstrado que as brincadeiras na
[...] a compreensão dos jogos dos tempos primeira infância influenciam o
passados, exige muitas vezes, o auxílio da visão desenvolvimento do cérebro da criança. As
antropológica, ela é imprescindível reações neurais e químicas no cérebro, criadas
especialmente quando se deseja discriminar o pelo ato de brincar, apoiam o desenvolvimento
jogo em diferentes culturas. Comportamentos de capacidades físicas e mentais coordenadas.
considerados como lúdicos apareçam A maneira como os pais brincam com os filhos
significados distintos em cada cultura. Se para pequenos também pode afetar seu
as crianças europeias a boneca significa um comportamento à medida que se desenvolvem,
brinquedo, um objeto, suporte de brincadeira, e há evidências de que as crianças cujos pais
para certas populações indígenas tem sentido brincam com eles têm menos probabilidade de
de símbolo religioso [...] (KISHIMOTO, 1993, p. ter problemas de comportamento
8). posteriormente. Além disso, a brincadeira ativa
O direito de brincar está consagrado na na primeira infância ajuda a desenvolver ossos
Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos fortes, força muscular e capacidade pulmonar
da Criança e a importância de garantir que as e, enquanto brincam, as crianças usam suas
crianças tenham oportunidades e espaços para habilidades físicas de forma espontânea que as
brincar, onde se sintam seguras e possam se ajuda a desenvolver habilidades físicas
divertir sem a orientação de um adulto, agora é sofisticadas e movimentos coordenados.
amplamente aceita. Há evidências consideráveis de que brincar
Há um crescente corpo de evidências que ajuda a apoiar o desenvolvimento cognitivo das
demonstra o papel vital da brincadeira em crianças. Isso inclui o desenvolvimento de
muitos aspectos da vida das crianças. Como habilidades de linguagem, resolução de
brincar inclui uma grande variedade de problemas, ganho de perspectiva, habilidades
experiências, contribui de muitas maneiras representacionais, memória e criatividade.
diferentes para a diversão e o bem-estar das Embora, para muitos adultos, as atividades das

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crianças enquanto brincam possam parecer a ficarem menos ansiosas e a ter um senso de
sem sentido, são importantes para e para a valor próprio mais forte. Também foi
criança, promovendo o desenvolvimento da demonstrado que brincar e passar o tempo em
concentração e da atenção. Brincar em ambientes mais naturais ajuda a aliviar os
ambientes ao ar livre com características sintomas de TDAH em algumas crianças.
naturais também pode ajudar a melhorar a De acordo com Santos (2013, p.01):
concentração e a autodisciplina das crianças. Brincar é experimentar-se, relacionar-se,
A atividade física, por meio de jogos e outras imaginar-se, expressar-se, compreender-se,
atividades, é importante para o confrontar-se, é negociar, e se transformar, é
desenvolvimento mental e cognitivo das de extrema importância no desenvolvimento e
crianças, bem como para sua saúde física. Há aprendizagem (pois facilita a construção da
também algumas evidências de que se as reflexão, da autonomia e da criatividade) na
crianças forem fisicamente ativas quando educação infantil. E como sabemos as
jovens, é mais provável que adotem estilos de mudanças da sociedade e das práticas sociais
vida saudáveis à medida que crescem. atualmente andam extinguindo o brincar da
Brincadeiras ativas são a forma mais comum vida do homem e tais mudanças foram
de atividade física para crianças fora da escola incorporadas à infância, antes brincar era uma
e as crianças se exercitam mais brincando do coisa típica que hoje é rara, é nossa
que quando passam em clubes e atividades responsabilidade, enquanto adultos e
organizadas. Crianças que caminham e brincam enquanto sociedade não deixar que o brincar
muitos tendem também a apresentar maiores desapareça. Para isso temos que elaborar a
níveis de atividade em outras áreas de suas organização de tempo e espaços para a
vidas. Os aspectos da brincadeira fisicamente brincadeira, pois se não o fizermos a criança
ativa mais apreciados pelas crianças incluem não o fará sozinha, temos que colocar a
escolha, diversão, amigos, conquistas e brincadeira na rotina das crianças na escola (no
possibilidades de competição. O elemento planejamento), organizar o ambiente para que
diversão tende a se sobrepor a quaisquer a brincadeira aconteça, brincadeira é o
benefícios de saúde conhecidos. processo de educação da criança e temos que
Brincar dá às crianças a oportunidade de reconhecer o brincar em toda a sua
explorar seus sentimentos e se expressar em possibilidade e o seu potencial educativo. É
um ambiente relativamente seguro, mesmo necessário que os educadores infantis realizem
que esses sentimentos sejam confusos ou um vasto trabalho para informar à sociedade
dolorosos, e o desenvolvimento de um senso de que o “brincar” não é uma perda de tempo, mas
identidade por meio da brincadeira pode um processo pelo qual a criança deve passar.
influenciar a capacidade das crianças de lidar Quando as crianças estão brincando, elas
com o estresse. Além disso, há evidências estão emocionalmente imersas no que estão
crescentes de que passar o tempo em fazendo, muitas vezes expressando e
ambientes naturais pode ajudar as crianças trabalhando os aspectos emocionais de sua
regularmente expostas a eventos estressantes vida cotidiana. Isso os ajuda a compreender

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

seus próprios sentimentos e os dos outros. gerenciar. Se as atividades das crianças são
Além disso, a brincadeira ajuda as crianças a dominadas por adultos, as oportunidades de se
construir resiliência, apoiando o testar em seu próprio ritmo são inibidas. As
desenvolvimento e a compreensão dos restrições dos adultos às brincadeiras das
relacionamentos e experimentando crianças podem criar situações em que as
sentimentos e reações positivas. O prazer e a crianças procurarão em outro lugar, muitas
satisfação que as crianças experimentam vezes em situações seriamente perigosas, para
enquanto brincam as encoraja a expandir seus obter a empolgação que, de outra forma,
interesses e criatividade, e a excitação e encontrariam ao brincar.
ansiedade associadas a tentar coisas novas
ajudam as crianças a aprender maneiras de
reagir a outras situações desconhecidas.
Para as crianças, brincar é muitas vezes uma
experiência social, compartilhada com outras
pessoas. Por meio das brincadeiras, as crianças
criam e estabelecem amizades. Até que ponto
eles se sentem parte de um grupo está ligada às
oportunidades de brincar com outras crianças.
Brincar livremente com outras pessoas ajuda as
crianças a aprender como ver as coisas de
diferentes pontos de vista, cooperando,
compartilhando, ajudando e resolvendo
problemas. Para as crianças, as habilidades
sociais que aprendem brincando podem ser tão
importantes quanto o que aprendem na escola.
Ter amigos na escola e fora dela é importante
tanto para proteção quanto para
companheirismo, e amizades permitem às
crianças alguma independência da vida familiar.
À medida que crescem e se desenvolvem, as
crianças precisam aprender sobre os riscos e
como gerenciá-los. Argumenta-se que vivenciar
o inesperado durante a brincadeira oferece às
crianças a chance de desafiar seus limites
físicos, emocionais e sociais, construindo as
habilidades para compreender o risco. O risco
assume muitas formas diferentes e, embora
nem sempre seja bem-vindo, é visto pelas
crianças como algo que elas precisam

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que as crianças possam desfrutar de todos os benefícios da brincadeira, os adultos ao
seu redor devem compreender e valorizar o poder da brincadeira gratuita e garantir a oferta de
espaços e oportunidades de boa qualidade que atendam às necessidades de crianças de
diferentes idades, habilidades, interesses e culturas. Os espaços locais onde as crianças possam
brincar devem ser de boa qualidade e ofereçam características naturais, espaço para se
locomover e diversas oportunidades de atividade física, emocional e social.
Brincar deve ser um direito de toda criança. Não é um privilégio. Afinal, quando
considerado um privilégio, é concedido a alguns e negado a outros, gerando mais iniquidades.
Jogar como um direito é o que é justo e justo. Embora as crianças se envolvam em brincadeiras
de maneira diferente, brincar é um direito da criança.

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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO

REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado, 1988.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1993.

RIBEIRO, P. S. Jogos e brinquedos tradicionais. Petrópolis: Vozes, 1994.

SANTOS, Claudinéia Roque Maciel. O Cuidar, o brincar e o educar na prática pedagógica.


Web artigos. 2013. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/o-cuidar-o-brincar-e-o-
educar-na-praticapedagogica/116441/.Data de Acesso: 01 de agosto de 2020.

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