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Validade de critério da Escala de Atividades do Questionário de Busca


Autodirigida

Article  in  Revista Avaliação Psicológica · April 2013

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Mauro Oliveira Magalhaes


Universidade Federal da Bahia
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ARTIGO

Validade de critério da Escala de Atividades


do Questionário de Busca Autodirigida
Mauro de Oliveira Magalhães1
Universidade Federal da Bahia, Salvador-BA, Brasil

RESUMO
Esta pesquisa examinou a validade de critério da versão brasileira da Escala de Atividades do Questionário de Busca Auto Dirigida
(SDS). O SDS avalia interesses profissionais e recomenda profissões com maior probabilidade de satisfação pessoal e sucesso na
carreira. Sendo assim, os grupos-critério utilizados foram estudantes matriculados em diversos cursos universitários. Expectativas
teóricas foram verificadas por meio de comparações de escores de interesses profissionais entre e intragrupos critério. De modo geral,
os resultados corroboraram predições derivadas do modelo hexagonal de avaliação dos interesses, assumindo-se a validade de critério
da medida estudada. Em termos da prática da orientação profissional, os resultados recomendam o uso atento e contextualizado das
codificações tipológicas de carreira listadas no instrumento, de modo a adequá-las às características específicas das relações entre
educação e trabalho no Brasil.
Palavras-chave: avaliação psicológica; interesses profissionais; validade de critério.

ABSTRACT – Criterion validity of the Activities Scale of the Self Directed Search Questionnaire
This research examined the criterion validity of the Brazilian version of the Activities Scale of the Self Directed Search (SDS). The
Self Directed Search assesses professional interests and recommends professions with greatest probability of individual’s personal
satisfaction and career success. The criterion groups were students enrolled in different university courses. Theoretical expectations
were verified through the comparison or interest scores between and within criterion groups. In general, the results corroborated
predictions derived from the hexagonal model of interests, assuming the criterion validity of the measure under study. In terms
of vocational guidance practice, the results recommend a careful and contextualized use of career typological codes listed in the
instrument, in order do adequate them to the specific characteristics of education-work relations in Brazil.
Keywords: psychological assessment; professional interests; criterion validity.

RESUMEN – Validez de Criterio – Escala de Actividades del Cuestionario de Búsqueda Autodirigida


Esta investigación examinó la validez de criterio de la versión brasileña de la Escala de Actividades del Cuestionario de Búsqueda
Autodirigida (SDS). El SDS evalúa intereses profesionales y recomienda profesiones con mayor probabilidad de satisfacción personal
y éxito en la carrera. Los grupos criterios utilizados fueran estudiantes matriculados en diversos cursos universitarios. Expectativas
teóricas fueran verificadas por comparaciones de los escores de intereses profesionales entre e intragrupos criterio. En general, los
resultados confirman predicciones derivadas del modelo hexagonal de evaluación de intereses, asumiendo la validez de criterio de la
medida investigada. En términos de la práctica de la orientación profesional, los resultados recomiendan el uso atento y contextualizado
de las codificaciones tipológicas de carrera listadas en el instrumento, de manera a adecuarlas a las características específicas de las
relaciones entre educación y trabajo en Brasil.
Palabras clave: evaluación psicológica; intereses profesionales; validez de criterio.

Entre os procedimentos clássicos de validação de vocacional descritos no modelo hexagonal de interesses


construto de uma medida psicológica encontra-se a tes- de Holland (1997). Será apresentada uma breve revisão
tagem de hipóteses relativas à diferenciação de grupos- das ideias de Holland (1997) e a seguir especificados a
critério que, de acordo com os objetivos do instrumento, justificativa e objetivos do estudo.
devem diferir nos traços medidos (Pasquali, 2003). Desse
modo, o presente estudo teve por objetivo geral exami- A teoria da escolha ocupacional de Holland
nar a validade de critério da versão brasileira da Escala
de Atividades do Questionário de Busca Autodirigida Holland (1997) propôs o conceito de personalidade
(Primi, Mansão, Muniz, & Nunes, 2010), constituída vocacional para designar o que considera a variável mais
de seis subescalas, referentes aos seis tipos de interesse importante para entendermos a escolha profissional de

1
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Magalhães, M. O.

um indivíduo. Essa personalidade vocacional se desen- seguir. Note-se que as descrições apresentadas tratam de
volve como o produto da hereditariedade em interação tipos extremos. Na verdade, cada indivíduo possui carac-
com o ambiente e suas contingências singulares de refor- terísticas de todos os seis tipos em maior ou menor grau,
çamento. Essa combinação de eventos resulta num estilo ainda que os atributos de um dado tipo possam predomi-
particular de lidar com as situações da vida, que o sujeito nar. A caracterização tipológica de um sujeito particular,
procura expressar no meio físico e social mais convenien- portanto, não exige que ele apresente todos os traços usa-
te. Holland (1997) postula que as pessoas e os ambientes dos para descrever o tipo extremo ou ideal.
de nossa cultura podem ser caracterizados de acordo com No tipo realista, o sujeito tende a uma abordagem
seis categorias pessoais e ambientais, a saber: realista (R), prática dos problemas, valorizando uma apreciação obje-
investigativo (I), artístico (A), social (S), empreendedor tiva e concreta das situações. Essa inclinação caracteriza-
(E) e convencional (C). As pessoas buscam ambientes ou se pela preferência por tarefas que exijam coordenação
profissões correspondentes à expressão de sua personali- motora, habilidade e força física, aplicadas a manipula-
dade vocacional. Os indivíduos possuem uma hierarquia ção de objetos, ferramentas e máquinas, sentindo aver-
de preferência pelos seis tipos de ambiente, e deste modo são pelas atividades nas quais é necessário dar assistência
apresentam um perfil tipológico particular. ou ensinar algo a outras pessoas. Portanto, o tipo realista
A cada um dos tipos de Holland (1997) corresponde tem interesse por coisas e atividades manuais, mecânicas,
um agrupamento de atributos de personalidade, poden- agrícolas e físicas, ou que supõem a aquisição de habili-
do o sujeito ser classificado em termos de um ou mais dades técnicas em detrimento das sociais (que envolvam
tipos predominantes. Da mesma forma, os ambientes- relacionamento interpessoal e habilidade verbal). A incli-
modelo que caracterizam as situações ocupacionais (físi- nação realista se revela em traços de insociabilidade, es-
cas, sociais e demandas de trabalho) também podem ser tabilidade emocional, persistência, praticidade, franqueza
caracterizados por meio destas categorias de interesse. e foco no momento presente, bem como na aversão à
Adverte-se que, na verdade, cada indivíduo ou ambien- exposição social e a papéis de liderança. Esse indivíduo
te possui características de todos os seis tipos em maior geralmente prefere profissões das áreas técnicas ligadas à
ou menor grau, ainda que os atributos de um dado tipo agricultura e às engenharias (Holland, 1997).
possam predominar. A categorização de um indivíduo ou No tipo investigativo (I) o sujeito tende a adaptar-
ambiente particular, portanto, não exige que este apre- se ao ambiente mediante o uso da inteligência, ou seja,
sente, de modo exclusivo, todos os traços usados para das suas habilidades cognitivas, do seu espírito científico
descrever um representante extremo ou ideal de um tipo e curiosidade intelectual, sendo racional, analítico, in-
vocacional ou ambiental. dependente, introvertido, crítico, curioso e perceptivo.
Holland (1997) afirma que sua teoria refere-se à Portanto, prefere atividades e ocupações relacionadas
explicação de como as pessoas fazem suas escolhas ocu- a pesquisas sistemáticas e criativas, baseadas em teorias
pacionais, o que as leva a mudar de trabalho e quais fa- sobre fenômenos físicos, biológicos e culturais, a fim de
tores pessoais e ambientais são mais importantes para compreendê-los e controlá-los. Portanto, está inclinado
a satisfação e realização profissional. De acordo com o mais para o pensamento do que para a ação objetiva, e
modelo, a congruência entre o tipo pessoal e o ambiental deseja a compreensão mais do que dominar ou persua-
irá influenciar a estabilidade, o sucesso e perseverança na dir. Evita tarefas repetitivas ou atividades que envolvam
escolha vocacional. Em síntese, os seguintes postulados habilidades ou interações sociais, bem como a proximi-
são fundamentais em sua teoria: dade interpessoal (Holland, 1997). Opta predominante-
mente por áreas profissionais acadêmicas e científicas,
a) A escolha de uma profissão é uma expressão da como matemática, química, física, economia e biologia
personalidade. (Holland, 1997).
b) Os inventários de interesses são inventários de Na inclinação tipicamente artística (A), o sujeito
personalidade. prefere usar seus sentimentos, emoções, intuição e cria-
c) Os membros de uma profissão têm personalida- tividade para interagir no ambiente, preferindo atividades
des similares e possivelmente histórias similares de de- pouco estruturadas e não sistemáticas, visando, priorita-
senvolvimento pessoal. riamente, à criação de obras artísticas. Utiliza-se de suas
d) As pessoas de um grupo profissional respondem impressões subjetivas e fantasias para interpretar e solu-
de modo similar a muitas situações e problemas, e criam cionar problemas. Portanto, busca atividades com algum
ambientes interpessoais característicos. espaço criativo, que lhe permitam expor suas ideias, sen-
e) A satisfação, a estabilidade e a realização profissio- timentos e criatividade; por exemplo, por meio de deba-
nal dependem da congruência entre a personalidade do tes, serviço comunitário, música, dança, escultura, pintu-
indivíduo e o ambiente físico e social no qual trabalha. ra, decoração, arquitetura e jornalismo (Holland, 1997).
O indivíduo social (S) prefere papéis e situações em
Os seis tipos de personalidades vocacionais pos- que possa ajudar ou educar outras pessoas, sendo ine-
tulados por Holland (1997) são brevemente descritos a rente o desejo de interação social. Deseja manifestar suas

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Validade de critério Questionário de Busca Auto Dirigida

habilidades sociais para promover o bem-estar de pessoas nível de confiabilidade, polidez e perseverança (Tétreau
dependentes ou vulneráveis. Na solução de problemas, & Trahan, 1989). Mostra-se eficiente, prático, aplicado,
privilegia o uso de informações ou estímulos sociais e controlado e, quando necessário, sociável; no entanto,
emocionais. Prefere profissões que envolvam expressões tende a ser inflexível, conservador e sem imaginação, o
religiosas, sociais e estéticas, tais como assistente social, que o leva a buscar atividades regidas por regulamen-
professor do ensino fundamental e psicólogo clínico tos, ordenadas e sistemáticas. Portanto, inclina-se por
(Holland, 1997). atividades ligadas à organização e análise de registros ou
O tipo empreendedor (E) prefere ambientes onde documentos, por exemplo, nas áreas financeira e admi-
possa expressar suas qualidades aventureiras, de entu- nistrativa. Possui aversão a tarefas ambíguas ou pouco
siasmo e impulsividade, nos quais utiliza habilidades estruturadas, que deixam espaço para a espontaneidade,
de persuasão, liderança e dinamismo. A inclinação em- preferindo situações interpessoais e profissionais bem
preendedora manifesta-se também na aversão a ativida- definidas (Holland, 1997).
des confinadas, manuais ou que não haja interação so- Holland (1997) propõe um modelo hexagonal no
cial. Procura o contato com as pessoas, com objetivos qual se podem observar as relações entre os interesses
de dirigir e influenciar, mais do que ajudar ou amparar vocacionais. As correlações mais altas foram obtidas entre
(Holland, 1997). Portanto, tende a optar por áreas profis- escalas que ocupam posições adjacentes, e as mais baixas
sionais relacionadas a relações comerciais, administrati- foram encontradas entre escalas em extremidades opos-
vas e políticas (Tétreau & Trahan, 1989). tas das diagonais. De acordo com a teoria, por exemplo,
O sujeito convencional (C) prefere aderir aos valo- um engenheiro terá escores mais elevados nas escalas R e
res sociais predominantes. Nesse sentido, valoriza o su- I (Realístico/Investigativo) e, portanto, escores mais bai-
cesso comercial e/ou financeiro; porém, manifesta pou- xos nas escalas E e S (Empreendedor/Social). A Figura 1
cas habilidades verbais e de liderança, apesar de ter alto apresenta graficamente o modelo hexagonal.

O SDS foi planejado como um instrumento de aos temas do modelo RIASEC. Os escores mais altos
aconselhamento vocacional autoaplicado, autopontuado são utilizados para definir um código de duas ou três
e autointerpretado, exigindo do indivíduo uma autoava- letras. Essa codificação é utilizada para encontrar profis-
liação em preferências, habilidades e competências per- sões correspondentes previamente codificadas. A versão
tinentes a cada tipo de interesse do modelo hexagonal de CE (Career Explorer – Explorador de Carreira) oferece
Holland (1997). Além da forma regular do instrumento uma lista de 399 ocupações codificadas, denominada
(R), existem três outras versões: a forma E (Easy – Fácil), de Caderno de Carreiras (Holland & Powell, 2010).
desenvolvido para pessoas com habilidades de leitura re- O Occupations Finder (Holand, 2000) oferece uma lista
duzidas; a forma CP (Career Planning – Planejamento de mais extensa de ocupações e respectivas codificações em
Carreira) direcionado a adultos que estão passando por três categorias hexagonais.
transições profissionais; e a versão CE (Career Explorer A versão brasileira do SDS foi produzida e valida-
- Explorador de Carreira), destinada a estudantes dos da por Primi, Mansão, Muniz e Nunes (2010) e refere-
últimos anos do ensino médio e fundamental (Anastasi se à versão Explorador de Carreira (SDS-CE – Career
& Urbina, 2000). Explorer). O SDS é composto de 4 partes: escala de in-
Em todas as versões, o próprio sujeito examina teresses por atividades, interesses por ocupações, au-
suas respostas e calcula seis escores correspondentes toestimativas de competências, e autoestimativas de

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Magalhães, M. O.

habilidades. A escala de atividades tem sido considerada a 19 e 38 anos (M = 22,24), estudantes do segundo ou
mais adequada para a mensuração dos interesses, de for- terceiro semestre de diversos cursos de graduação de
ma independente de aspectos influenciáveis por treina- uma universidade pública da região nordeste do Brasil.
mento prévio, tais como as habilidades e competências A amostra foi selecionada de modo a contemplar os di-
(Rachman, Amernic, & Aranya, 1981; Yang, Lance, & versos tipos de interesses/ambientes vocacionais descri-
Hui, 2006). Além disso, essa escala foi recomendada por tos por Holland (1997). Os estudantes estavam matri-
Poitras, Guay, e Ratelle (2011) como o conjunto de itens culados nos cursos listados a seguir, com as respectivas
mais representativos do SDS para a mensuração de inte- codificações RIASEC de acordo com o Caderno de
resses em pesquisa. Sendo assim, a escala de atividades Carreiras (Holland & Powell, 2010): psicologia (SI),
foi escolhida para esta pesquisa, a fim de oferecer evidên- administração (IC), química (IR), serviço social (SE),
cias de validade para uma medida que possui parcimônia ciência da computação (RC ou IE), matemática (IE),
e facilidade de aplicação em atividades de pesquisa com secretariado executivo (CS), engenharia civil (IR) e ar-
o modelo RIASEC. Desse modo, acredita-se que os re- quitetura (AI).
sultados deste estudo possam contribuir para a ampliação
das investigações sobre o tema no Brasil. Instrumentos
A avaliação dos interesses parte do pressuposto que Os participantes informaram sexo, idade, nome
indivíduos escolhem profissões considerando suas atra- do curso e semestre em andamento A escala de ativi-
ções e aversões a determinadas atividades e ambientes de dades do SDS é constituída de seis conjuntos de 11
trabalho. E os interesses medidos são considerados pre- frases que descrevem atividades correspondentes aos
ditores confiáveis das escolhas de carreira. Sendo assim, seis tipos de interesse vocacional (R, I, A, S, E, C). No
entende-se que o exame das diferenças de interesses me- procedimento de reposta padrão do SDS, os sujeitos as-
didos pela escala de atividades do Questionário de Busca sinalam a opção S (sim) para as atividades que gostam
Autodirigida (Primi, Mansão, Muniz, & Nunes, 2010) e N (não) para aquelas que não gostam. No presente
entre estudantes universitários matriculados em diferen- estudo, foram seguidas as recomendações de Lozano,
tes cursos resulte na verificação de evidências de valida- García-Cueto e Muñiz, (2008) para otimização das pro-
de relevantes. Em outra perspectiva de análise, também priedades psicométricas de escalas Likert e possibilitar
serão examinadas as diferenças de escores de interesses variabilidade adequada de respostas. Os autores cons-
intragrupo, de forma a verificar se as codificações recebi- tataram que escalas com menos de quatro categorias de
das pelas profissões correspondentes aos cursos universi- resposta tendem a perder em qualidades de validade e
tários são corroboradas pelo perfil de interesses de cada fidedignidade, e recomendaram entre quatro e sete ca-
grupo de estudantes. tegorias como extensões adequadas de variabilidade de
Não foram localizados estudos brasileiros prévios resposta. Portanto, no presente estudo, os participantes
sobre a validade de critério das medidas componentes assinalaram o quanto gostam ou não das atividades des-
do SDS entre estudantes universitários. Esta pesquisa critas numa escala Likert de 5 pontos, desde (1) com
irá testar as predições do modelo hexagonal de Holland significado de “nada interessante” a (5) com significado
(1997) sobre a relação entre interesses medidos pelo de “totalmente interessante”. Essa mesma alteração de
Questionário de Busca Autodirigida (SDS) e a escolha de formato de resposta do SDS foi realizada anteriormen-
curso universitário em estudantes brasileiros. Portanto, te por Poitras, Guay e Ratelle (2011). Assim como no
objetiva-se verificar se as medidas dos seis tipos de in- presente estudo, os autores estavam interessados na in-
teresse são capazes de discriminar grupos de estudantes vestigação da validade de uma medida reduzida do mo-
matriculados no primeiro ano de diversos cursos supe- delo hexagonal de interesses para fins de utilização em
riores que, supostamente, deveriam apresentar diferen- pesquisa. E argumentaram que, para uso em pesquisa,
ças, em média, em cada uma das dimensões do mode- a mensuração de interesses por meio de um formato
lo. Considera-se que a matrícula em determinado curso de escolha forçada Sim/Não prejudica a variabilidade
universitário é um evento observável suficientemente da medida, também afetando adversamente índices de
representativo do comportamento a ser considerado para confiabilidade.
fins de avaliar a capacidade da escala de atividades do SDS
para discriminar amostras distintas e representativas das Procedimentos
variações no construto a ser medido (Anastasi & Urbina,
2000; Pasquali, 2003). O instrumento foi aplicado coletivamente em sala
de aula com autorização das autoridades responsáveis.
Método Foram atendidas as determinações éticas da resolução
196 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) sobre a pes-
Participantes quisa com seres humanos.
Participaram do estudo 398 estudantes universi- Foram calculados os escores da escala de atividades
tários (186 homens e 212 mulheres) com idades entre do Questionário de Busca Autodirigida em cada tipo

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Validade de critério Questionário de Busca Auto Dirigida

de interesse (RIASEC) e utilizadas análises de variân- social, psicologia e administração. Em síntese, os cursos
cia tendo como variável independente o curso e como de engenharia civil e ciência da computação mostraram
variáveis dependentes as seis categorias de interesse os escores mais elevados no interesse realista.
vocacional. Também foram comparados os escores de Quanto ao interesse investigativo, [F(8,387) =
interesses intragrupo por meio de um delineamento de 30,31; p < 0,01], estudantes de química possuem es-
análise de variância de medidas repetidas de um fator cores mais elevados do que estudantes dos cursos en-
(RIASEC), sendo as análises realizadas em cada curso genharia civil, secretariado executivo, serviço social,
separadamente. psicologia, arquitetura, ciência da computação e admi-
nistração. Os estudantes de engenharia civil mostraram
Resultados escores mais elevados do que estudantes dos cursos se-
cretariado executivo, serviço social, psicologia (p<0,05)
No delineamento de medidas repetidas, a amos- e administração. E estudantes de matemática apresen-
tra foi segmentada por curso e foram analisadas as di- tam escores superiores aos estudantes de secretariado
ferenças entre os escores de interesses RIASEC (fator executivo, serviço social, psicologia e administração de
intragrupo) em cada curso separadamente, a fim de exa- empresas. Por fim, estudantes de computação e arquite-
minar se as diferenças apresentadas correspondem às tura obtiveram escores mais elevados que os estudantes
expectativas teóricas relativas aos tipos de interesse pre- de secretariado, serviço social (p<0,05) e administração.
dominantes em cada curso. O efeito do fator intragrupo Em síntese geral, estudantes de secretariado, serviço so-
foi significativo (p < 0,001) em todas as comparações. cial, psicologia e administração apresentaram escores
Nos cursos em que a pressuposição de esfericidade foi inferiores de interesse investigativo em comparação aos
violada (teste de Mauchly), os graus de liberdade foram estudantes de química, engenharia civil e matemática.
corrigidos por meio das estimativas de esfericidade de Estudantes de química obtiveram os escores mais ele-
Greenhouse-Geisser (ver Tabela 1). Nesses casos, a cor- vados e estudantes de serviço social e administração os
reção de Greenhouse-Geisser não alterou os níveis de mais baixos.
significância das diferenças encontradas (p<0,001). As Em relação ao interesse artístico, [F(8,387) = 8,68;
comparações a posteriori foram realizadas com aplica- p<0,001], os estudantes de arquitetura mostraram es-
ção da correção de Bonferroni para ajuste dos intervalos cores superiores aos grupos da engenharia, computação,
de confiança. administração e química. Estudantes de serviço social e
A Tabela 1 apresenta a estatística descritiva (médias e secretariado executivo apresentaram escores superiores a
desvios-padrão) dos escores de interesses vocacionais. Ao estudantes de engenharia. E os estudantes de serviço so-
lado do nome de cada curso, entre parênteses, foi infor- cial apresentam escores mais elevados que os estudantes
mada a classificação respectiva na tipologia RIASEC, de da ciência da computação.
acordo com o Caderno de Carreiras do Questionário de Em relação ao interesse social, [F(8,387) = 35,24;
Busca Autodirigida (Holland & Powell, 2010). Também p<0,001], estudantes de serviço social e de psicologia
são informados os dados de significância das compara- mostraram os escores mais elevados, sendo mais eleva-
ções, indicadas quais diferenças significativas ocorreram dos do que os obtidos por estudantes de engenharia ci-
entre os tipos de interesse em cada curso e os respectivos vil, secretariado, computação, administração e química.
tamanhos do efeito. Estudantes de matemática revelaram escores mais eleva-
Nas comparações entre grupos, foram previamente dos em comparação aos dos cursos de engenharia, com-
verificados os pressupostos para utilização da análise de putação, administração e química. Por fim, estudantes de
variância, que foram atendidos na amostra investigada. secretariado e arquitetura mostraram escores superiores
Os testes de homogeneidade de variâncias de Levene ao dos estudantes dos cursos de engenharia e computa-
informaram que não há diferença significativa entre os ção. Observa-se que esses dois últimos grupos obtiveram
cursos em relação às variâncias dos seis tipos de interesse, os escores mais baixos no interesse social.
assumindo-se que são homogêneas. As análises de vari- Em relação ao interesse empreendedor, [F(8,388)
ância revelaram diferenças significativas nas seis catego- = 17,76; p<0,001], estudantes de administração apre-
rias de interesse. Todas as diferenças a seguir descritas sentam escores mais elevados do que todos os demais
foram significativas em nível p<0,01 nas comparações a grupos, com exceção do grupo de estudantes de secreta-
posteriori (Scheffe), exceto quando indicado. riado executivo. Os estudantes de secretariado executivo
Sobre o interesse realista [F (8,387) = 21,80; p < mostraram escores superiores aos estudantes dos cursos
0,01], os estudantes de engenharia civil mostraram escores de serviço social, psicologia, arquitetura e química. Sobre
superiores a estudantes dos cursos de secretariado execu- o interesse convencional, [F(8,389) = 10,85; p<0,001],
tivo, serviço social, psicologia, arquitetura, administração estudantes de matemática, secretariado executivo e admi-
de empresas, química e matemática. E os estudantes de nistração apresentaram escores superiores a estudantes
ciência da computação apresentaram escores mais eleva- dos cursos de engenharia (p<0,05), arquitetura, química,
dos que os estudantes de secretariado executivo, serviço serviço social e psicologia.

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Magalhães, M. O.

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Validade de critério Questionário de Busca Auto Dirigida

Discussão o Social-Artístico-Investigativo e o Social-Artístico-


Empreendedor. O autor observou, numa amostra de 481
Os dados obtidos permitem afirmar que, de modo estudantes de psicologia, de oito instituições diferentes,
geral, as expectativas derivadas do modelo de hexagonal que o interesse artístico aparece em segundo lugar, de-
de Holland (1997) foram corroboradas nos resultados pois do interesse social; e os interesses empreendedor e
das comparações realizadas. De acordo com o Caderno investigativo concorrem pela terceira posição.
de Carreiras do Questionário de Busca Autodirigida Esses dados podem ser entendidos considerando
(Holland & Powell, 2010), as carreiras de químico e en- as diferenças entre contextos da carreira da psicologia
genheiro civil são classificadas como IR, isto é, profis- nos Estados Unidos e no Brasil. A atribuição de códigos
sões que combinam, nesta ordem e prioritariamente, os RIASEC a profissões por Holland & Powell (2010), re-
interesses investigativo e realista. De modo a corroborar gistrada no Caderno de Carreiras, foi realizada de acordo
o modelo, os estudantes de engenharia mostraram esco- com as características do contexto norte-americano. No
res mais elevados no interesse realista do que todos os Brasil, a ascendência do interesse empreendedor pode
demais grupos, com exceção do grupo de estudantes de estar relacionada ao crescimento da atuação em psicolo-
ciência da computação, pois é codificado como RC. E es- gia organizacional, tanto em número de psicólogos que
tudantes do curso de Química destacaram-se por obter trabalham na área quanto na melhor remuneração que
escores mais elevados de interesse investigativo do que esta área oferece (Gondim, Luna, Souza, Sobral, & Lima,
todos os demais grupos, o que também foi observado nas 2010). Contudo, observa-se que a média de interesse
comparações de interesses intragrupo. empreendedor de estudantes de psicologia foi inferior
No entanto, as comparações intragrupo revelaram à maioria dos demais cursos investigados, corroborando
que estudantes de engenharia têm escores mais elevados expectativas teóricas nas comparações entre grupos.
nos interesses empreendedor e realista, nos quais o in- Estudantes de administração e secretariado obtive-
teresse investigativo não apresenta a relevância esperada ram os escores mais elevados no interesse empreende-
no perfil do grupo. Esses dados indicam que, na amostra dor. Porém, as carreiras de administrador (IC) e secre-
estudada, os aspectos empreendedores das atividades do tário (CS) não são codificadas, prioritariamente, como
engenheiro civil são mais atraentes do que os investiga- empreendedoras de acordo com o Caderno de Carreiras
tivos. Esses dados podem ser interpretados considerando do Questionário de Busca Autodirigida (Holland &
o forte crescimento da indústria da construção civil no Powell, 2010).
Brasil e o aspecto empreendedor associado com a ativi- Em relação aos estudantes de administração, as
dade de engenheiros civis neste contexto (Fochezatto & comparações intragrupo revelaram a superioridade do
Ghinis, 2011), fatores que podem estar associados à atra- interesse empreendedor sobre todos os demais e, de
tividade do curso para pessoas de inclinações empreen- modo coerente com o modelo hexagonal, os escores
dedoras. Não obstante, nas comparações entre grupos, os mais baixos nos interesses investigativo e realista. Ora,
estudantes de engenharia mostraram escores superiores no contexto brasileiro, jovens interessados em carreiras
de interesse investigativo em relação aos de secretariado, associadas à gestão de empreendimentos de todo o tipo,
serviço social, psicologia e administração, corroborando nos quais possam expressar características pessoais de
diferenças previstas pelo modelo hexagonal. persuasão, liderança e dinamismo tendem a escolher o
Em contraste, o curso de serviço social é codificado curso de administração como uma preparação para estas
como SE, que, em termos do modelo hexagonal, signifi- carreiras empreendedoras, nas quais aspectos investiga-
ca uma codificação oposta às inclinações marcadamente tivos tendem a ser pouco valorizados. O Caderno de
realistas dos cursos de engenharia, química e computa- Carreiras classifica como empreendedoras diversas ocu-
ção. As comparações revelaram diferenças coerentes com pações que iniciam com o termo “gerente”, tais como
essas previsões. Os dados mostraram que cursos com “gerente de negócios” (ES), “gerente de banco” (ES) e
ênfase em aspectos de ajuda e assistência a outras pesso- “gerente de projetos de construção” (EA) (Holland &
as, serviço social (SE) e psicologia (SI), possuem escores Powell, 2010, p. 13). Portanto, no Brasil, o curso de
mais elevados em interesse social do que estudantes de administração seria mais bem caracterizado como um
engenharia (IR), química (IR) e computação (RC). Desse ambiente empreendedor, visto que atrai pessoas com
modo, as comparações corroboram a oposição hexagonal interesses empreendedores. Sendo assim, recomenda-
entre interesses realistas e sociais. se o uso contextualizado do Caderno de Carreiras no
A psicologia foi codificada como SI no Caderno de cenário das relações entre educação e trabalho no Brasil,
Carreiras (Holland & Powell, 2010). No entanto, a es- uma vez que a codificação IC para a carreira de adminis-
tatística descritiva e as comparações intragrupo indicam trador parece não ser representativa das características
que os interesses predominantes desses estudantes foram predominantes em ambientes acadêmicos de cursos de
dos tipos social, empreendedor e artístico. Da mesma administração, pois estes são percebidos como meios
forma, a pesquisa de Oliveira (2011) constatou dois perfis para carreiras mais empreendedoras do que investigati-
principais de interesses entre os estudantes de psicologia: vas ou convencionais.

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Magalhães, M. O.

De modo similar, no Brasil, o curso de secretaria- elevados no interesse realista nas comparações entre gru-
do executivo é percebido como uma preparação para pos, inferiores somente ao grupo da engenharia. No en-
funções de trabalho em ambientes empreendedores. tanto, nas comparações intragrupo, o interesse empreen-
Nas comparações intragrupo, estudantes de secretariado dedor se mostrou proeminente. As carreiras “técnico em
executivo priorizaram o interesse empreendedor, sendo programação de computador” e “analista de sistemas de
que a inclinação social obteve a segunda maior média. computador” foram codificadas, respectivamente, como
A categorização CS da ocupação de secretário pode não RC e IE no Caderno de carreiras (Holland & Powell,
estar totalmente adequada às preferências daqueles que 2010, p. 6-8). E a carreira “ciência da computação” foi
escolhem o curso de secretariado executivo. Essa esco- codificada como IEC por Holland (2000, p. 15). Na
lha sugere estar bastante associada ao adjetivo ‘executivo’, amostra estudada, observa-se que o curso universitário
que indica a assunção de posições de trabalho que exigem de ciência da computação sugere ser a opção para indi-
características de iniciativa e dinamismo, em que a incli- víduos com inclinações empreendedora, investigativa e
nação empreendedora assume proeminência. Nesse sen- realista, sendo o interesse convencional menos relevan-
tido, Holland (2000) classificou a ocupação de secretário te. Portanto, corroboram-se as inclinações investigativa e
como CSE. De modo a corroborar o modelo hexagonal, empreendedora como típicas de ambientes associados à
os escores mais elevados de interesse empreendedor nos formação universitária em ciência da computação.
estudantes de administração e secretariado foram acom-
panhados por escores igualmente mais elevados de inte- Considerações finais
resse convencional nas comparações entre grupos.
A ocupação de matemático é codificada como IE Considera-se que os resultados corroboraram pre-
no Caderno de Carreiras (Holland & Powell, 2010). dições derivadas do modelo hexagonal em nível satisfa-
Estudantes de matemática revelaram escores elevados de tório. Estudantes de cursos de tipo realista (engenharia,
interesse convencional, social e investigativo nas com- computação) e de tipo social (psicologia, serviço social)
parações entre grupos. Nas análises de diferenças in- mostraram as diferenças esperadas considerando suas
tragrupo, observa-se que o interesse realista tende a ser posições opostas no modelo hexagonal. Da mesma for-
reduzido e os interesses investigativo e social se mostra- ma, estudantes de cursos codificados como investigativos
ram elevados no perfil desse grupo de estudantes, carac- (engenharia, matemática e química) mostraram as dife-
terizando a oposição entre interesses realistas e sociais. renças esperadas em relação ao curso de administração,
A estatística descritiva e as comparações intragrupo in- considerado do tipo empreendedor na realidade brasi-
dicam uma codificação SIE para o curso de matemática. leira. O interesse convencional se mostrou proeminente
A relativa ascendência do interesse social em estudantes em estudantes de secretariado executivo nas comparações
de matemática pode estar associada à perspectiva futura entre grupos, corroborando a caracterização tipológica
de uma carreira docente em nível de ensino fundamen- do curso. E estudantes de arquitetura, representantes do
tal e/ou médio para muitos dos egressos desta formação interesse artístico na amostra estudada, apresentaram os
universitária. A carreira de pesquisador, correspondente a escores mais elevados no interesse artístico nas compara-
uma inclinação investigativa, seria outra meta de carreira ções entre grupos e intragrupo.
frequente nesses estudantes. E as inclinação empreende- Recomenda-se que o uso do Questionário de Busca
doras, priorizadas na codificação padrão do instrumento Autodirigida para fins de orientação para escolha de
parecem ter menor relevância. curso universitário leve em consideração que carreiras
Estudantes de arquitetura (AI) apresentaram os es- diversas podem ter como ponto de partida um mesmo
cores mais elevados no interesse artístico nas compara- curso de nível superior. O sistema de ensino superior
ções entre grupos e também intragrupo, confirmando a brasileiro caracteriza-se por abrigar diversas possibilida-
classificação da carreira de arquiteto no modelo RIASEC. des de carreira dentro de um mesmo título de graduação
A segunda posição na hierarquia de interesses nesse gru- universitária, o que pode estreitar a compreensão da va-
po se mostrou dividida entre os interesses social e investi- riabilidade de funções e ambientes de trabalho associa-
gativo, ambos adjacentes ao interesse artístico no modelo das a um curso específico.
hexagonal, corroborando relações teóricas entre interes- É importante destacar algumas limitações da pes-
ses. Estudantes de serviço social (SE), psicologia (SI) e quisa. A adoção de uma escala Likert em alternativa ao
secretariado (CS) também se destacaram com escores formato dicotômico não possibilita generalizar expectati-
elevados nas comparações de interesse artístico entre vas normativas, por referência ao critério, dos dados ob-
grupos. Esse resultado pode ser entendido considerando tidos para os escores tal como utilizados por profissionais
que ambientes do tipo social requerem o uso adequado da orientação profissional, que utilizam o instrumento
de expressão emocional, de modo similar à inclinação ar- em sua métrica original. A comparação dos resultados
tística, que lhe é adjacente no modelo hexagonal. encontrados nesta pesquisa com outros de estudos reali-
Por fim, de acordo com expectativas, estudantes zados por meio da métrica dicotômica também é proble-
de ciência da computação (RC) revelaram escores mais matizada por este aspecto.

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Validade de critério Questionário de Busca Auto Dirigida

Por fim, reitera-se que um dos objetivos deste estudo variáveis. Sabe-se que o preenchimento de questionários
foi examinar se a escala de atividades do Questionário de extensos de pesquisa demove muitos indivíduos da par-
Busca Autodirigida apresenta um conjunto de itens repre- ticipação como respondentes de investigações científicas.
sentativos do modelo teórico de Holland (1997), de modo Os resultados apresentados sugerem que a escala de ativi-
que esta possa ser utilizada em pesquisas sobre o tema. A dades pode ser uma alternativa válida para operacionalizar
extensão do SDS em sua versão integral de quatro seções o modelo hexagonal de Holland (1997), oferecendo uma
pode ser um empecilho em delineamentos de pesquisa medida de interesses com qualidades de parcimônia e faci-
que requerem a mensuração de um conjunto amplo de lidade de aplicação, estimulando pesquisas sobre o tema.

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Recebido em março de 2012


Reformulado em setembro de 2012
Aceito em novembro de 2012

Sobre o autor

Mauro de Oliveira Magalhães é Psicólogo, doutor em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. É editor da Revista Psicologia Organizações e Trabalho. É Professor Adjunto no Instituto de Psicologia e na Pós-graduação em
Psicologia da Universidade Federal da Bahia.

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