You are on page 1of 10

Teste 3º Período

História A- 12º ano Mariana Coelho

1. Mostrar de que forma o estado Novo se ajustou à nova


conjuntura internacional após a 2ª Guerra Mundial.
O imobilismo político
Quando, em 1945, a maior parte dos países europeus festejou o triunfo da democracia
sobre o nazi-fascismo, parecia que estavam reunidas as condições políticas para, também em
Portugal, Salazar enveredar pela reclamada democratização do país.
Efetivamente Salazar deu sinais de ter entendido os motivos dos festejos, que também
se estenderam ao nosso país, como demonstra a sua preocupação em renovar a imagem do
regime.
Neste contexto, ressaltam-se as seguintes medidas:
 Concedeu amnistia a alguns presos políticos;
 Aparentou modificar a polícia política, que de PVDE passou a chamar-se PIDE
(de Polícia de Vigilância para Polícia Internacional de Defesa do Estado);
 Antecipou a revisão constitucional, com o objetivo de introduzir o sistema de
eleição dos deputados por círculos eleitorais, em vez de um círculo nacional
único;
 Aparentou afrouxar o regime de censura aos meios de comunicação social, mas
reorganizou os serviços, aumentando exponencialmente o número dos seus
funcionários;
 Dissolveu a Assembleia Nacional e convocou novas eleições;
 Convidou a Oposição para participar nas eleições que anunciou «tão livres
como as da livre Inglaterra».

Todavia, a estrutura da nova política e a atuação do Governo não refletiram as


alterações e as novas eleições em nada divergiram das eleições realizadas anteriormente:
 Não foi dado tempo para os partidos da oposição organizarem as listas de
candidaturas;
 Continuavam a não ser dadas aos partidos candidatos condições para que
pudessem desenvolver livremente a sua intervenção política junto dos
eleitores;
 Os cadernos eleitorais, onde apenas constava uma minoria de recenseados,
não eram atualizados, de modo que pessoas há muito falecidas «continuavam
a votar»;
 As campanhas eleitorais eram feitas sob apertada vigilância da polícia política;
 Os resultados eram manipulados.

Nesta conjuntura, para não contribuírem para a legitimação daquilo que era
considerado uma farsa, as organizações oposicionistas acabavam por desistir à boca das
urnas, não se apresentando ao sufrágio. Enfim, o anúncio do carácter democrático das eleições
era apenas para dar cumprimento à letra da Constituição e para iludir a opinião pública
internacional. Na verdade, a abertura política anunciada por Salazar, contribuiu para que os
opositores ao regime passassem a ser mais conhecidos, intensificando as perseguições.

1
Teste 3º Período
História A- 12º ano Mariana Coelho

2. Referir que movimentos políticos de oposição democrática


surgiram no pós-Guerra e como se manifestaram
Perante a certeza, cedo confirmada, de que Salazar não estava seriamente empenhado
em abrir o regime às transformações democráticas que triunfavam na Europa, concretamente
perante a descrença nas eleições de novembro de 1945, as forças políticas oposicionistas
iniciam um processo de luta organizada contra o regime. Para efeito, em outubro,
constituíram-se como primeira forma de oposição institucional – o Movimento de Unidade
Democrática (MUD).
A ação empreendida por este movimento oposicionista na denúncia dos abusos do
regime e na reclamação de eleições livres e justas, como manifestação do arranque definitivo
para a democratização do país, teve grande impacto na opinião pública. Em consequência, as
adesões cresceram por todo o país, formando a oposição democrática.
Momento de grande contestação: 1949
 Eleições para a Presidência da República;
 A oposição apresenta pela 1ª vez um candidato: Norton de Matos.
 Norton de Matos era um destacado militar, que pelo seu prestígio político e
integridade cívica reuniu as tendências oposicionistas.
 Devido à intensificação da repressão e à inevitabilidade de uma derrota, acaba
por desistir do processo eleitoral.

A manutenção do regime beneficiou de uma conjuntura externa favorável.


 As potências ocidentais, no cotexto de guerra fria e de forma a impedirem o
avanço soviético, consentiram a manutenção do Estado Novo e das suas
práticas antidemocráticas.
 Salazar iniciou uma política de aproximação à Inglaterra e aos EUA e acentuou
o seu anticomunismo.
 Ao aderir à NATO em 1949, comprovou a aceitação do regime por parte das
potências do Bloco Ocidental.

3. Justificar e explicar a expressão “imobilismo político”


aplicada a esse período.
A expressão "imobilismo político" é frequentemente utilizada para descrever o período
do Estado Novo em Portugal, que durou de 1933 a 1974.
Durante este período, o regime autoritário liderado por António de Oliveira Salazar
 suprimiu todas as formas de oposição política;
 tornou-se cada vez mais autoritário e repressivo ao longo do tempo;

A expressão "imobilismo político" aplicada durante o Estado Novo em Portugal refere-


se à paralisia política e social que resultou de um sistema político altamente centralizado e
autoritário, que suprimiu todas as formas de oposição política e reprimiu a sociedade em geral.
Isso resultou em um regime estagnado e incapaz de se adaptar às mudanças do mundo em que
estava inserido.

2
Teste 3º Período
História A- 12º ano Mariana Coelho

4. Descrever, em termos gerais, os Planos de Fomento,


avaliando os seus resultados.
A fixação dos objetivos económicos surgiu com a promulgação da Lei de Fomento e
Reorganização Industrial para dinamizar a economia. (1945)
Objetivos:
 diminuir as importações;
 dinamizar o mercado interno;
 mediante a afirmação de novas indústrias e a reestruturação de outras já
existentes;
 relançar a economia;
 definir a política económica a médio e longo prazo.

A necessidade de planear a economia decorreu também do facto de Portugal ter


aderido à OECE (1948), consequência da aceitação da ajuda financeira do Plano Marshall.
Planificação de Fomento – linha orientadora da economia portuguesa.

1º Fase
 O I Plano, entre 1953 e 1958, dá prioridade à criação das infraestruturas,
concretamente ao desenvolvimento dos setores elétrico, transportes e
comunicações.
 O II Plano, mostrou-se mais ambicioso nos montantes a investir e produziu
resultados mais significativos. O Plano coincidiu com o arranque da política de
fomento económico das colónias e com a integração do país na economia
internacional: a EFTA (associação europeia de comercio livre), e o Governo
assina o acordo do BIRD (Banco Internacional para a Reconstrução e
Desenvolvimento) e do FMI (Fundo Monetário Internacional). Assina ainda o
protocolo do GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio).
2ª Fase
 A abertura ao exterior e o reforço da economia privada são as grandes opções
da política económica nacional, evidenciadas por um Plano Intercalar de
Fomento (1965 e 1967);
 Com a concorrência externa referente aos acordos assinados, a economia
portuguesa caracterizava-se como desajustada;
 Assim, traduz-se numa inversão da política da autarcia nas primeiras décadas
do Estado Novo.
 Fim do ciclo conservador e ruralista de Salazar e a afirmação de novas opções
para a economia nacional, defendidas por políticos, sobressaindo Marcello
Caetano.
3ª Fase
 Marcello Caetano lança o III Plano de Fomento;
Plano que confirma:
 internacionalização da economia portuguesa;
 o desenvolvimento da indústria privada como setor dominante da
economia nacional;
 o crescimento do setor terciário e o incremento urbano.

3
Teste 3º Período
História A- 12º ano Mariana Coelho

Internacionalização da economia:
 Fomento da exportação de produtos nacionais;
 Abertura do país aos investimentos estrangeiros (geradores de
emprego e portadores de tecnologias avançadas);
 Tempo de formação de grandes grupos económicos.

Urbanismo (consequência)
Este surto industrial traduziu-se no crescimento do setor terciário e na progressiva
urbanização do país.
 1970- ¾ da população portuguesa morava em cidades e acerca de metade
desta população vivia em cidades com mais de 10.000 habitantes.
 As cidades do litoral (concentravam-se as grandes indústrias e serviços)
aumentaram a população, levando ao aumento das áreas periféricas.
 À semelhança do que aconteceu na Europa industrializada, em Portugal
também se fizeram sentir os efeitos da falta de estruturas habitacionais, de
transportes, de saúde, de educação, de abastecimento, tal como problemas de
degradação da qualidade de vida, de marginalidade e de clandestinidade a que os
poderes públicos tiveram de dar resposta.

5. Justificar o fomento económico das colónias no segundo pós-


guerra
No final da 2º Guerra Mundial (principalmente Angola e Moçambique) conheceram o
investimento público, privado e estrangeiro.
 A necessidade de desenvolver as colónias ficou marcada pela criação
de infraestruturas (estradas, portos, caminhos de ferro, transportes marítimos, pontes,
aeroportos, centrais hidroelétricas) – Verbas consignadas no l Plano de Fomento;
 Nos anos 50, assistiu-se ao estabelecimento das primeiras indústrias
nas colónias;
 Promoção da extração de matérias-primas, em especial do rico
subsolo angolano (petróleo, diamantes, carvão, minério de ferro).
Nos anos 60 este desenvolvimento tomou forma através do ll e lll Planos de Fomento.
Associado a este desenvolvimento, esteve o lançamento de projetos de colonização
intensiva de população branca, sobretudo após o início da guerra.
 Consolidação da presença portuguesa em áreas de pouca presença branca –
evidenciar a particularidade das relações de Portugal com as suas colónias – forma de
atrair populações locais para o lado português, evitando a criação de movimentos
independentistas.

O desenvolvimento das colónias intensificou-se, em consequência da guerra colonial,


com o lançamento do Espaço Económico Português. Construíram escolas, hospitais, vias de
comunicação, construção de obras grandiosas, entre outros…

4
Teste 3º Período
História A- 12º ano Mariana Coelho

6. Mostrar a importância da candidatura de Humberto Delgado,


referindo momentos de radicalização da oposição
1958- Ano de novas eleições para a Presidência da República.
A oposição encontra no general Humberto Delgado um homem determinado a afrontar
o candidato da União Nacional, Américo Tomás.
Humberto Delgado- Humberto da Silva Delgado foi um militar português da Força
Aérea que corporizou o principal movimento de tentativa de derrube do regime salazarista.
 Tinha intenções de demitir Salazar;
 Assumiu o título de «general sem medo»;
 Congregou à sua volta um movimento de apoio bastante amplo, fazendo
tremer o regime pela 1ª vez;
 Humberto Delgado, apesar de saber da forte repressão policial e da burla
eleitoral, levou a sua candidatura até às urnas.

O resultado das eleições:


 Vitória esmagadora do candidato do regime, apoiada por uma massiva
manipulação e fraude eleitoral;
 Credibilidade do governo ficou abalada;
 Salazar teve consciência de que poderia acontecer outro terramoto, assim, é
introduzida uma alteração à Constituição. O Presidente da República passa a
ser eleito por sufrágio eleitoral restrito.

A 13 de julho de 1958, ocorreu o caso do «bispo do Porto».


 Dirigiu uma carta a Salazar criticando o regime e denunciou a miséria em
que o povo vivia;
 Forçado a um exílio de 10 anos.

Tendo noção das fraudes, as oposições radicalizaram-se e empreenderam


ações de luta contra o Estado.
 Exílio e assassinato de Humberto Delgado- sendo a cabeça de
oposição do regime, acabou destituído das suas funções militares para
desenvolver a sua ação em prol da democracia, retirou-se para o Brasil.
A sua ação é de tal modo lesiva da imagem internacional do regime
que, em fevereiro de 1969, numa trama organizada pela PIDE, é
assassinado em Badajoz.
 Assalto ao Santa Maria (1961) - em pleno mar das Caraíbas, o navio
português é assaltado como forma de protesto contra a falha de
liberdade cívica e política em Portugal.
 O desvio de um avião da TAP( 1961)- um grupo de oposicionistas toma
de assalto um avião da TAP e inunda Lisboa de propaganda antifascista.
 O assalto à dependência do Banco de Portugal- liderado pela LUAR
(Liga de Unidade e Ação Revolucionária), com o objetivo de angariar
fundos para posteriores ações de revolta.

Se a ação seguinte de Palma Inácio, que consistia em tomar a cidade da Covilhã,


fracassou e levou o «último herói romântico de Portugal» à prisão. Contudo, não faltaram

5
Teste 3º Período
História A- 12º ano Mariana Coelho
ações violentas de assaltos a quartéis militares, atentados bombistas, ações de sabotagem,
uma dinâmica oposicionista que fazia tremer o regime e prenunciava o seu fim.

7. Referir que soluções se apresentaram para a questão colonial


Nos anos 50 e 60, a pressão internacional relativa à autonomia e independência das
colónias, bem como a 1ª vaga de descolonização ocorrida no sudeste asiático, obrigaram à
alteração da política colonial portuguesa.
No regime dividiam-se duas opiniões-
 Defensores do integracionismo- defendiam que o estado português era unitário,
indivisível e pluricontinental («do Minho a Timor»). Rejeitavam a ideia da
independência, em defesa da unidade do Estado.
 Apoiantes do federalismo- com a pressão da comunidade internacional, defendiam a
progressiva transformação das províncias ultramarinas em Estados independentes,
sem deixar de ter em conta os interesses nacionais. Defendiam a progressiva
dependência das colónias.

Com estas divergências, há uma revisão do Ato Colonial em 1945. Deixavam de existir os
termos «colónia» e «império colonial português», substituídos por «províncias ultramarinas» e
«ultramar português».
O modelo integracionista sobrepôs-se ao federalista.

A luta armada
A intransigência do regime na manutenção da política colonial levou ao conflito
armado. A guerra colonial (1961-1974) resultou de inúmeros fatores:
 Pressão internacional para descolonizar;
 Processos de descolonização já ocorridos que estimularam a criação de movimentos
independentistas;
 O imobilismo do Estado Novo face à questão colonial;
 Falta de diálogo entre o Estado Novo e os movimentos de libertação;
 Apoio de forças internacionais aos movimentos independentistas.

Movimentos de libertação (a partir dos anos 50)


Angola-
 UPA – União dos Povos de Angola, Holden Roberto;
 MPLA- Movimento Popular de Libertação de Angola, Agostinho Neto;
 UNITA- União Nacional para a Independência Total de Angola, Jonas Savimbi.
Moçambique-
 FRELIMO- Frente de Libertação de Moçambique, Eduardo Mondlane;
Guiné
 PAIGC- Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, Amílcar Cabral.

Angola foi o 1º palco de guerra quando ocorreram uma série de ataques no norte do
território. A guerra colonial durou 13 anos, provocando milhares de mortos e feridos.

O isolamento internacional
A política colonial portuguesa acabou por provocar o isolamento de Portugal no
contexto internacional.

6
Teste 3º Período
História A- 12º ano Mariana Coelho
Em 1955, quando Portugal adere à ONU, manteve a oficial posição que não possuía
«territórios não autónomos».
 Em 1960 a ONU condena o colonialismo, opondo-se «a qualquer intervenção armada
ou repressiva contra povos dependentes».
 Com a guerra colonial em África, a posição da ONU extremou-se, condenou
diretamente a ação do governo português e da sua política colonial.

O isolamento nacional foi agravando quando Kennedy (EUA), retirou o apoio de


Portugal na ONU. Os países da NATO acabaram por condenar também Portugal.
O afastamento face à política internacional, levou ao isolamento do regime, acelerando
a sua degradação. A guerra colonial exigiu um esforço financeiro e humano que acabou por
desgastar o regime, acelerando a queda do Estado Novo.

8.- Explicar o sentido da expressão "Primavera Marcelista"


9. Demonstrar que Marcello Caetano começou por tomar
medidas de caráter reformista
Em 1968, Marcello Caetano foi escolhido pelo presidente Américo Thomaz para
substituir Salazar (caiu da cadeira) e assumir o cargo de presidente do Conselho.
Marcello Caetano:
 via mais liberal de regime;
 reuniu apoios das forças armadas, políticos moderados e grandes grupos
económicos.
 Procurou conciliar os interesses dos setores mais moderados e dos
conservadores.
 Manteve as linhas orientadoras salazaristas;
 Procurou uma certa modernização mediante várias reformas - «renovação na
continuidade»
A primavera marcelista foi um período de esperança de abertura do regime,
traduzindo-se na implementação de um conjunto de medidas de carácter liberal e reformista.
 Notou-se alguma descompressão na repressão policial e na censura;
 Foi permitido o regresso de alguns exilados políticos;
 A PIDE muda o nome para DGS (Direção Geral de Segurança), com imagem de
uma polícia moderna e institucional;
 A União Nacional passa a designar-se por ANP (Ação Nacional Popular)
 Nas eleições de 1969 foi concedido o direito ao voto a todas as mulheres
alfabetizadas, foram legalizados movimentos políticos não comunistas,
fiscalizadas as mesas de voto;
 Manifestou vontade de rever o estatuto das colónias- «encaminhar para a
autonomia progressiva»;
 A presença colonial de Portugal passa a ser reconhecida por questões de
defesa dos interesses das populações brancas aí residentes;
 Iniciou-se uma reforma no ensino.

Contudo, Marcello Caetano começa a dar sinais de esquecer a evolução e privilegiar a


continuidade:

7
Teste 3º Período
História A- 12º ano Mariana Coelho
 Quando (1969) eclode o movimento de contestação estudantil em Lisboa e
Coimbra, o regime entende que tinha ido longe demais com a liberalização;
 Governo inicia um ataque aos movimentos eleitorais;
 A Assembleia Nacional continuava dominada pelos eleitos na lista do regime,
incluindo apenas uma ala liberal de jovens deputados, cuja voz era abafada
pelas forças conservadoras, acabando por abandonar a assembleia;
 As universidades são invadidas pelos gorilas, um grupo de vigilantes
recrutados entre ex-combatentes nas tropas de elite;
 Em 1972, Américo Tomás é reconduzido no cargo de Presidente da República
sem ter de se submeter a sufrágio popular.

10. Referir quais foram os movimentos políticos da oposição


que surgiram no Marcelismo.
 Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD);
 Comissão Democrática Eleitoral (CDE);
 Comissão Eleitoral Monárquica (CEM).

11 - Avaliar o impacto da guerra colonial para a queda da


ditadura em Portugal.
A política de renovação tentada por Marcello também teve reflexos na questão
colonial:
 A presença colonial nos territórios africanos deixa de ser afirmada como uma
«missão histórica» ou questão de «dependência nacional» e passa a ser
reconhecida como defesa das populações brancas aí residentes;
 Já se admite o princípio da «autonomia progressiva» e concede-se o título de
Estado às províncias de Angola e de Moçambique;
Internamente-
 Crescem as camadas estudantis;
 Grupos de católicos progressistas;
 Deputados da ala mais liberal abandonam o parlamento;

12- Descrever os objetivos e acontecimentos principais da


Operação Fim de Regime, destacando a importância do
Movimento dos Capitães e do Movimento das Forças Armadas
A conjuntura política:
 Crescente descontentamento popular contra o aumento do custo de vida;
 Insatisfação de um setor empresarial moderno;
 Desejo de aproximação à Europa;
 Intensificação da violência.
Últimos anos do governo de Marcello Caetano-
 Clima de crise económica;
 Necessidade de preparar o país para uma aproximação à Europa,
comprometida pela continuação da guerra colonial;
 Falta de liberdades;

8
Teste 3º Período
História A- 12º ano Mariana Coelho

 Continuidade do regime autoritário.

O Movimento dos Capitães


Em consequência, começa a organizar-se um movimento clandestino de militares com
oficiais de baixa patente, a maioria capitães, que arranca com a preparação de um golpe de
Estado, tendo em vista o derrube do regime ditatorial e a criação de condições favoráveis à
resolução política da questão colonial.
Eram um movimento constituído por capitais do quadro permanente em protesto
contra a integração na carreira militar de oficiais milicianos, mediante uma formação intensiva
na Academia Militar, onde eles tinham cursado durante anos.

O Movimento das Forças Armadas


O Movimento dos Capitães transformou-se no Movimento das Forças Armadas
quando as reivindicações deixaram de ser de raiz corporativa (profissional e salarial) e
se tornaram políticas.
Os militares assumiram:
 Pretender derrotar o regime;
 Democratizar o país;
 Pôr fim à guerra colonial.
Neste contexto o MFA encarrega Otelo Saraiva de Carvalho de planear a
estratégia do golpe de 25 de abril de 1974, chamada operação «fim de regime».

O dia 11 de março de 1975 ficou conhecido como o "Golpe de 11 de Março" ou "Golpe


Spinola", em referência ao General António de Spínola, que havia sido presidente interino de
Portugal após o 25 de Abril. Nesse dia, Spínola, que defendia uma transição mais lenta e
moderada para a democracia, tentou um golpe para tomar o poder. No entanto, o golpe
falhou devido à resistência de outras forças políticas e militares. Esse evento agravou a
polarização política e social em Portugal.

O 25 de novembro de 1975 é considerado o dia em que ocorreu o "Golpe de 25 de


Novembro" ou "Contra-Golpe de 25 de Novembro". Nessa data, militares leais ao governo
provisório e a partidos de esquerda enfrentaram um grupo de militares liderados pelo General
Ramalho Eanes, que defendiam a estabilidade democrática e uma posição mais moderada. O
contra-golpe de 25 de novembro resultou na derrota das forças mais radicais e marcou um
ponto de viragem na história portuguesa, com a afirmação do caminho para a consolidação da
democracia.

Esses dois eventos, o 11 de março e o 25 de novembro de 1975, refletem a


complexidade e a turbulência do processo de transição para a democracia em Portugal após a
Revolução dos Cravos. São momentos-chave que evidenciam os diferentes interesses políticos
e as lutas pelo poder que ocorreram nesse período. No final, o país conseguiu superar esses
desafios e seguir em frente com a consolidação de um regime democrático estável.

9
Teste 3º Período
História A- 12º ano Mariana Coelho

10

You might also like