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3º Periodo - História A 12º
3º Periodo - História A 12º
Nesta conjuntura, para não contribuírem para a legitimação daquilo que era
considerado uma farsa, as organizações oposicionistas acabavam por desistir à boca das
urnas, não se apresentando ao sufrágio. Enfim, o anúncio do carácter democrático das eleições
era apenas para dar cumprimento à letra da Constituição e para iludir a opinião pública
internacional. Na verdade, a abertura política anunciada por Salazar, contribuiu para que os
opositores ao regime passassem a ser mais conhecidos, intensificando as perseguições.
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Teste 3º Período
História A- 12º ano Mariana Coelho
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1º Fase
O I Plano, entre 1953 e 1958, dá prioridade à criação das infraestruturas,
concretamente ao desenvolvimento dos setores elétrico, transportes e
comunicações.
O II Plano, mostrou-se mais ambicioso nos montantes a investir e produziu
resultados mais significativos. O Plano coincidiu com o arranque da política de
fomento económico das colónias e com a integração do país na economia
internacional: a EFTA (associação europeia de comercio livre), e o Governo
assina o acordo do BIRD (Banco Internacional para a Reconstrução e
Desenvolvimento) e do FMI (Fundo Monetário Internacional). Assina ainda o
protocolo do GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio).
2ª Fase
A abertura ao exterior e o reforço da economia privada são as grandes opções
da política económica nacional, evidenciadas por um Plano Intercalar de
Fomento (1965 e 1967);
Com a concorrência externa referente aos acordos assinados, a economia
portuguesa caracterizava-se como desajustada;
Assim, traduz-se numa inversão da política da autarcia nas primeiras décadas
do Estado Novo.
Fim do ciclo conservador e ruralista de Salazar e a afirmação de novas opções
para a economia nacional, defendidas por políticos, sobressaindo Marcello
Caetano.
3ª Fase
Marcello Caetano lança o III Plano de Fomento;
Plano que confirma:
internacionalização da economia portuguesa;
o desenvolvimento da indústria privada como setor dominante da
economia nacional;
o crescimento do setor terciário e o incremento urbano.
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Internacionalização da economia:
Fomento da exportação de produtos nacionais;
Abertura do país aos investimentos estrangeiros (geradores de
emprego e portadores de tecnologias avançadas);
Tempo de formação de grandes grupos económicos.
Urbanismo (consequência)
Este surto industrial traduziu-se no crescimento do setor terciário e na progressiva
urbanização do país.
1970- ¾ da população portuguesa morava em cidades e acerca de metade
desta população vivia em cidades com mais de 10.000 habitantes.
As cidades do litoral (concentravam-se as grandes indústrias e serviços)
aumentaram a população, levando ao aumento das áreas periféricas.
À semelhança do que aconteceu na Europa industrializada, em Portugal
também se fizeram sentir os efeitos da falta de estruturas habitacionais, de
transportes, de saúde, de educação, de abastecimento, tal como problemas de
degradação da qualidade de vida, de marginalidade e de clandestinidade a que os
poderes públicos tiveram de dar resposta.
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ações violentas de assaltos a quartéis militares, atentados bombistas, ações de sabotagem,
uma dinâmica oposicionista que fazia tremer o regime e prenunciava o seu fim.
Com estas divergências, há uma revisão do Ato Colonial em 1945. Deixavam de existir os
termos «colónia» e «império colonial português», substituídos por «províncias ultramarinas» e
«ultramar português».
O modelo integracionista sobrepôs-se ao federalista.
A luta armada
A intransigência do regime na manutenção da política colonial levou ao conflito
armado. A guerra colonial (1961-1974) resultou de inúmeros fatores:
Pressão internacional para descolonizar;
Processos de descolonização já ocorridos que estimularam a criação de movimentos
independentistas;
O imobilismo do Estado Novo face à questão colonial;
Falta de diálogo entre o Estado Novo e os movimentos de libertação;
Apoio de forças internacionais aos movimentos independentistas.
Angola foi o 1º palco de guerra quando ocorreram uma série de ataques no norte do
território. A guerra colonial durou 13 anos, provocando milhares de mortos e feridos.
O isolamento internacional
A política colonial portuguesa acabou por provocar o isolamento de Portugal no
contexto internacional.
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Em 1955, quando Portugal adere à ONU, manteve a oficial posição que não possuía
«territórios não autónomos».
Em 1960 a ONU condena o colonialismo, opondo-se «a qualquer intervenção armada
ou repressiva contra povos dependentes».
Com a guerra colonial em África, a posição da ONU extremou-se, condenou
diretamente a ação do governo português e da sua política colonial.
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Quando (1969) eclode o movimento de contestação estudantil em Lisboa e
Coimbra, o regime entende que tinha ido longe demais com a liberalização;
Governo inicia um ataque aos movimentos eleitorais;
A Assembleia Nacional continuava dominada pelos eleitos na lista do regime,
incluindo apenas uma ala liberal de jovens deputados, cuja voz era abafada
pelas forças conservadoras, acabando por abandonar a assembleia;
As universidades são invadidas pelos gorilas, um grupo de vigilantes
recrutados entre ex-combatentes nas tropas de elite;
Em 1972, Américo Tomás é reconduzido no cargo de Presidente da República
sem ter de se submeter a sufrágio popular.
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