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Aula 05- Maquiavel e os Contratualistas (finalmente)!

I - Revisão

Vimos na última aula sobre dois grandes padres, um do período antigo,


isto é: idade antiga e período da patrologia o qual foi Agostinho de Hipona.
Agostinho em si tinha suas bases filosóficas sobre Platão, após ter tido essa noção
de cristianização da filosofia através de Ambrósio de Milão.

Para Agostinho, o que interessava assim como para Platão era a questão
da organização social e considera o Estado como micro organizações. Para
Agostinho assim como para Platão,.

Estado tem uma função reparadora e exemplar. Mas professor de que


modo?

O reflexo do Estado é o reflexo da divindade, em sua obra Cidade de Deus


ele fala bem sobre isso. Ou seja: as leis humanas deveriam ter suas bases nos
precitos da lei divina, ou seja, todo o conhecimento de Deus emanado das
sagradas escrituras.

Quando a lei humana possui bases na lei divina, isto é: se adequa aos
conceitos de ética e moral cristã, temos assim que chamamos de lei natural. Essa
lei natural vai defender direitos os quais lhe são inerentes, mesmo que não
estejam escritos, como no caso do direito à vida, por exemplo.

Temos ainda a figura de Tomás de Aquino. Este em vez de buscar suas


bases filosóficas em Platão, buscou em Aristóteles. Tomás de Aquino viveu no
período da Escolástica. Essa por sua vez foi um período de desenvolvimento
acadêmico mais aprofundado dos conceitos teológicos e filosóficos daquilo que
tinha sido construído ao longo dos séculos.

Para Tomás, havia uma harmonização entre fé e razão ou seja: Deus poderia
ser explicado através da ciência e não havia motivos para que houvesse brigas
entre estes dois conceitos. Sua obra principal a Summa Theológica traz sua
concepção de lei e justiça.

Isso interessa a nós pelo seguinte: ao estudar ciências políticas e teoria


geral do Estado estamos tratando de dois pontos chaves: o papado e sua
influência sobre os estados monárquicos e os próprios monarcas em sua forma
de governar seus súditos.

Para Tomás de Aquino existem os seguintes parâmetros os quais devem


ser usados pelos governantes: Lei Eterna a qual é deus em sua essência e por si
só abrange toda a existência sendo o grau máximo de perfeição e graça.

Temos a Lei Divina a qual vige como explanação da Lei Eterna. Deus ao
desejar se revelar aos homens manifesta-se através das Sagradas Escrituras.
Nessa manifestação existem parcelas da lei perfeita, como no caso dos dez
mandamentos.

Da lei Divina em conjunto com a Lei eterna surge a Lei Natural. Você
como ser humano possui capacidade cognitiva. Entende que toda a lei natural é
quando há um direito existente na sociedade mesmo que este não seja escrito ou
positivado. O direito à vida, mesmo que não seja escrito é uma garantia de todo o
indivíduo.

Agora entra a questão da lei escrita: para Tomás de Aquino e lei escrita
deve tomar como base os três precedentes acima: o soberano governante deve ter
em mente, no momento da criação das leis, que Deus é a lei perfeita o qual se
manifesta através das sagradas escrituras iniciando assim o direito natural e
que a lei escrita deve proteger estes direitos naturais criados.

Certo, pessoas? Depois deste flash vamos adentrar agora no pensamento


político de Maquiavel de forma breve e suscinta além de falarmos dos
contratualistas ou seja: Thomas Hobbes, Jonh Locke e Jean Jacke Rousseau.

I.1 – Política e igreja: união devastadora.

Semana passada falei com um outro título e uma outra “pegada”, mas em
que sentido: a Igreja e o Estado estavam sempre ligados, tanto que há
comentários de dois padres, um do período antigo e outro do período medieval.
Mas ambos tinham uma mesma conclusão: o governo dos homens deveria ser
baseado em leis divinas.

No século XVI temos o inverso: quanto menos Igreja dentro do Estado eu


tiver, melhor será para o governo. Quem começou com essa visão foi Nicolau
Maquiavel.
Para ser preciso, Maquiavel viveu dos períodos de 1469 a 1527. Qual sua
importância, professor? Esse carinha fez uma análise crítica sobre Poder e Estado
nas formas que eram exercidas.

Ou seja: se em todas as aulas eu digo que sociedades evoluem, com toda a


certeza Maquiavel percebeu isto e tratou de sistematizar a evolução dos conceitos
de poder e estado no período em que viveu. Mas, como sempre (rsrss) antes de
falar sobre o cara vamos falar de sua história, pois somente assim vamos poder
ligar os pontos e entender seus pensamentos.

Seu Nome completo era Niccolo Di Bernardo Del Machiavelli (Nícolas de


Bernado de Maquiavel). Viveu em Florenzza na Itália. É considerado como filósofo,
historiador, diplomata e músico. Certo professor, mas o que isso tem com nossa
aula? Tudo!

Falaremos aqui de seu pensamento filosófico, ou seja, sua visão de poder,


a qual foi influenciada pela filosofia grega com toda a certeza e por ter vivido na
idade média, frequentado universidades com toda a certeza viu sobre os
pensamentos de Santo Agostinho e Tomás de Aquino além de ver o poder papal
reinar na Europa sobre os monarcas.

Maquiavel, como diplomata que foi, viu consequências positivas e


negativas desta influência da igreja sobre os governantes. A falta de
independência de muitos reinados. Trabalhou como diplomata no tempo de
Lourenzo di Medici .

Com Lourenzo di Medici tivemos o período da República Florentina. As


questões políticas eram grandes naquela época e a igreja tinha interesses terrenos
em conquistar terras e ganhar dinheiro. Maquiavel foi testemunha de tudo isso e
isso deu influência em sua obra: De Príncipe (termo original em latim) ou O príncipe
(traduzido).

Maquiavel, durante a queda dos Medici ficou exilado durante doze anos,
pois conforme entenderam, ele seria uma péssima influência para um governo
baseado em questões religiosas, pois sua visão era dissociativa, ou seja: Estado e
Igreja não deveriam se misturar.

Todos falam em que uma pessoa má pode ser considerada como


“maquiavélica” ou citam a “célebre” frase de Maquiavel a qual ele supostamente
disse: “os fins justificam os meios”. Frase esta inexistente, e sim foi uma
interpretação feita por Napoleão em notas de rodapé em seu livro de cabeceira.

Mas vamos ao que interessa. Professor, qual a importância deste


personagem e do seu livro em nossa cadeira. Desta vez, não digo toda, mas tem
uma grandiosa importância (rsrsrs).

Maquiavel foi um dos primeiros “cientistas” políticos que temos


conhecimento. Em que sentido? Procurou fazer uma compreensão do momento
político da sua época, o qual diga-se, não era fácil, e assim tratar melhor a
classificação do poder, suas conquistas e o principal como se manter no poder.

Para isso escreveu o “livro” O Principe. Que na realidade não era um livro
e sim copilados de suas correspondências com Lourenço di Medici, os quais davam
orientações de como deveria este se manter no poder, sua forma de governar. Foi
um estudo dinâmico do governo e de como o governante deveria agir seja para
manter seu poder seja para exercer.

Quando Maquiavel escreveu o livro, não havia a república italiana como


é hoje, a qual surgiu através do Tratado de Latrão assinado em 11 de fevereiro de
1929. Para isso trago esse pequeno vídeo bem breve:
https://www.youtube.com/watch?v=7zatAvcBJp8 o qual fala dos estados papais,
os quais com toda a certeza influenciaram Maquiavel em sua época.

O papado era uma força teocrática política enorme, chegando a dominar


parte da Europa. Mesmo não exercendo influências diretas na maioria das vezes,
dados a micro organizações políticas nesses territórios, quando havia a
necessidade ou pedidos, havia sim a intervenção papal.

Digamos, se você foi uma pessoa que tinha uma visão puramente científica
com toda a certeza não concordaria com a influência de um estado religioso sobre
você. Com toda a certeza foi isso que Maquiavel pensou.

Na sua obra o Príncipe este fala o seguinte Maquiavel fala não somente em
como era passado o poder, a criação dos ducados mas as formas de governo,
conquistas de terras e por fim como manter-se no poder.

Sua obra nada mais é do que um verdadeiro manual de instruções aos


soberanos os quais não ensinam somente a conquistar, mas mantê-lo, baseando-
se na força e nas astucia, como disse o professor Reinaldo Dias (DIAS, 2014, p.37).
Ou seja: vale de tudo para se manter no poder.

Se tratamos em ciências políticas como a forma de governo, de ver o


momento político atual e poder implementar melhoras, com toda a certeza
Maquiavel serviu de grandes bases. Mas vamos agora aos nossos amigos
“contratualistas”.

II – Termo os contratualistas: o que significa?

Dentro do direito, mais precisamente no direito civil, vocês terão uma


matéria específica sobre contratos. Mas professor, o que tem em relação com
nossa cadeira? Um pouco desta explanação para fazer você entender melhor o
que vamos tratar.

Um contrato no Código Civil nada mais é do que um acordo de vontades


entre duas ou mais partes. Essa vontade possui cláusula, ou seja, tópicos os quais
são escritos e lidos e com a concordância de todos os participantes e a assinatura,
o contrato é realizado.

Quando falamos o termo “contratualistas” significa que estas três pessoas


que vamos estudar entenderam a origem do estado moderno através de um
“contrato social” ou seja: a sociedade como um todo transferiu parte de seus
direitos ao estado e esse tem como função garantir o exercício destes direitos.

Segundo o professor Reinaldo Dias (DIAS, 2014, p.66 ss.), podemos


entender o seguinte:

Denominamos contratualismo a concepção segundo a qual o Estado é o produto


da decisão racional dos homens destinada a resolver os conflitos gerados pelo seu
instinto antissocial ou para solucionar os problemas advindos da convivência. O contrato,
assim compreendido, é um ato de lógica política, consistindo numa decisão deliberada
e racional. Os principais contratualistas, considerados clássicos, na teoria do Estado são:
Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau.

Não existe nada escrito como isso iniciou ou um marco histórico fixo, mas
apenas teorias. Alguns remetem a origem dos contratualista a Aristóteles na
Grécia, mas de que forma: para esse deveria haver três funções do governante: a
de reinar/executar/administrar; a função de legislar e a função de julgar.
Os principais contratualistas são os seguintes: Thomas Hobbes; Jonh
Locke e Jean Jaques Rousseau. Certo professor, mas o que ambos têm em
comum para serem chamados contratualistas? Todos têm em comum algumas
formas de pensar a origem do Estado.

Em comum, estes tinham os seguintes pontos:

a) O homem vivia, antes de ser criado o contrato que deu origem ao Estado, e um
“estado de natureza”. O que significa? Simples jovem Padawan: não havia regras
de civilidade, e sobressaia aquele que era mais forte. Havia o exercício de
autotutela1. E o que significa? Simples: vou lá, brigo com o outro, mato e tomo o
que é dele. Literalmente ninguém tinha modos ou comia cuscuz em pratos de
porcelana e garfos de prata.

b) Cansados desta situação, os indivíduos da época decidem construir uma


sociedade civilizada e regida por leis. Nesta sociedade quem quiser viver tem
que seguir as regras. Cria-se assim o Estado. Quando há um problema de alguém
que não queira cumprir essas regras, o estado vem intervir, não cabendo mais ao
indivíduo fazer julgamento ou chutar o pau da barraca.

c) O estado deve ter um soberano que governe, administre e faça valer as leis
assim como exercer os julgamentos em nome da sociedade. Esse poder é total e
absoluto, sendo o soberano inviolável e acima de qualquer lei. Por mais incrível
que pareça, mesmo que não exerça, o Rei Charles III possui essa prerrogativa
ainda atualmente.

Vamos agora examinar o que cada um destes contratualistas tem a dizer


sobre a origem do contrato social e sua visão na ciência política.

II.1 – Thomas Hobbes: o absolutista.

Nosso primeiro personagem é Thomas Hobbes. Inglês, que viveu em


períodos de guerras civis dentro da Inglaterra. Hobbes viveu dentro do período
em que o absolutismo era reinante na Inglaterra. Sim, em sua época o rei era o

1Autotutela hoje é vedado, pois o estado tem o poder de jurisdição, mas vocês vão ver isso em
processo. Além disso, se a autotutela não for exercida dentro de certos limites, como a legítima
defesa, você está cometendo o crime de exercício arbitrário das próprias razões conforme o Art.
345 do Código Penal.
monarca absoluto, não havendo incidência para que os comuns participassem ou
muito menos se cogitava em uma monarquia constitucional.

Sobre monarquia constitucional, vou indicar este vídeo bem curto mas
interessante: https://www.youtube.com/watch?v=g0J3gMQ4WKE como
funciona o parlamento britânico que em breve estudaremos nas nossas aulas
sobre forma de governo.

Para Hobbes o homem é “mal por natureza”, ou seja: possui instintos


agressivos e de inveja em sua índole e por isso vai tentar destruir e tomar tudo o
que ou outro tem incorporado assim ao seu patrimônio. Por isso a sua frase “o
Homem é o lobo do homem”, ou seja: a maldade vem do próprio homem.

O estado de natureza pode ser resumido em uma “guerra civil” onde


todos estavam contra todos e Deus não era por ninguém. Era o famoso te vira e
dá teu jeito se quiser manter teu património inteiro. Em um determinado
momento, o qual ele nunca especificou, e na forma de trazer mais segurança a
todos, houve uma cessão de direitos.

Esta cessão foi: eu passo meus direitos de agressividade, defesa, ordem e


patrimônio a um soberano o qual representa o estado e exerce seu poder através
do governo. Esse soberano tem direitos irrevogáveis, sendo uma pessoa
inviolável e com plenos poderes. Era o que ocorria na Inglaterra naquela época.

Segundo Reinaldo Dias (2014, p.67) essa monarquia absolutista Thomas


Hobbes chamava de República. Mas afirma a necessidade de um poder soberano
(poder de polícia e de controle) para que possa organizar a sociedade, agindo
onde o indivíduo sozinho não pode agir.

Isso tudo, segundo traz Hobbes em sua obra Leviatã a necessidade de se


criar o Estado como fonte de paz e garantia de exercício de normas sociais.
Botando legenda nisto tudo: o homem era mal, vivia matando seus
companheiros, cansados disto tudo a sociedade fez um pacto e este pacto gerou
o Estado.

O Estado, portanto, é governado por um soberano o qual detém todos os


poderes ilimitados da sociedade, mas tem a sua finalidade em garantir a paz
social. Inclusive, Hobbes entende que o poder se torna ilegítimo quando o
soberano foge desta alçada.
Lembra que falamos de poder legítimo e ilegítimo algumas aulas antes?
Pois é, Hobbes traz isso em seu livro. Governo legítimo é o aceito pelo povo,
mas se torna ilegítimo quando deixa de cumprir as funções para qual foi criado
e assim pode haver uma derrubada e retomada do poder pela sociedade na
finalidade de colocar um outro soberano.

Isso ocorre atualmente. Lembra do caso do Impeachment da Presidente


Dilma? Quer ver outro exemplo: em breve, no dia 06 de maio veremos a Coroação
do Rei Charles III. Nesta cerimônia milenar (lembre-se, Hobbes nasceu lá e viu
coroações) haverá um juramento duplo: de proteger a integridade da Inglaterra
e garantir o exercício da Constituição e de proteger a Coroa como símbolo do
país.

Esses detalhes vamos ver mais pormenorizadamente em Teoria Geral do


Estado nas formas de governo. Vamos agora ao nosso segundo amiguinho,
também inglês, chamado Jonh Locke.

II.3 -Jonh Locke e o Estado Liberal

Jonh Locke é conhecido como defensor do liberalismo, mas o que vem a


ser isso? Bem, Jonh Locke assim como Hobbes era inglês e viveu pouco depois
de Hobbes. Mas tem um “porém” no seu período de vida e atuação: passou pelo
que as pessoas chama de “Revolução Gloriosa” que ocorreu em 1688.

Antes desta revolução caiu-se o poder do rei, havendo um breve período


de república na Inglaterra (isso mesmo que você leu! Re-pú-bli-ca). Nessa
revolução, Carlos I foi derrubado, pois queria exercer sua monarquia de forma
absoluta convocando o parlamento apenas para referendar seus desejos.

Em uma briga de foices, o parlamento retirou Carlos I e o degolou em


praça pública. Com isso a monarquia foi derrubada e criou-se assim a
Commonwealth.

Com o tempo, o parlamento convocou o filho de Carlos I, no caso Carlos


II para ser Rei da Inglaterra, mas com uma condição: poderes reduzidos. Ou seja,
criou-se ali o que chamamos de monarquia constitucional. Assim, entre trancos
e barrancos a monarquia foi restaurada.

Mas professor, onde Locke entra nesta história? Falei que ele era conhecido
pelo liberalismo, não disse? Mas não conceituei. Liberalismo é o movimento de
intervenção mínima estatal, ou seja: o Estado não se mete na tua vida a não ser
em alguns aspectos.

As funções do Estado são praticamente: legislar, educar e dar segurança


aplicando a justiça em caso de descumprimento destas normas. Essas ideias,
Locke coloca em seu Ensaio Sobre o Entendimento Humano.

Locke afirmava o seguinte: que o homem é egoísta por natureza, mas era
livre e si. Esse egoísmo faz com que deixe de pensar nos demais e busque somente
o seu crescimento pessoal. Ou seja: entre Locke e Hobbes havia um ponto em
comum: a maldade do homem em si.

Enquanto “Hobbinho” dizia que todo o poder para que se evite guerras
internas, devem ser dados ao soberano, para Locke era o contrário: a soberania
não era do soberano e sim do Estado. A função do governante era garantir o bom
funcionamento da máquina estatal e aplicar as leis.

Entendeu Locke que liberdade, propriedade, segurança são direitos


fundamentais (lembra do direito natural?). Como estes direitos estão em risco o
tempo todo, o homem decidiu transferir esse poder ao soberano como foram de
garantir a todos que tenham liberdade, vida e propriedade.

O que o diferencia de Hobbes é o seguinte: Locke entende que o Estado de


natureza não é um período nefasto e sim um período de plena liberdade. Neste
período, o homem em si tinha capacidade de organizar e de forma liberal decidiu
colocar tudo isto no Estado.

Mas professor, existe uma outra diferença? Sim. Hobbes era absolutista,
ou seja, concentrava todos os poderes na mão do rei, quanto Locke era liberal e
por isso entendia que as funções estavam dissociadas do monarca.

Como assim professor? Simples: o rei passa a ser apenas uma figura
representativa, ele “reina, mas não governa”. O rei é apenas chefe de estado e não
chefe político. O poder de governar está com o parlamento. É escolhido um
dentro os parlamentares eleitos pelo povo o qual exercerá as funções de governo.

Sobre a forma de governo britânica iremos falar em aulas específicas.


Vamos agora ao nosso amiguinho Jean Jacques Rousseau.
II.4 -Rousseau e o contrato social como obra.

Assim como Jonh Locke, Jean Jacques Rousseau concebe o período de


“estado de natureza” como um momento bom para o homem. Mas a sociedade
em que ele vive a corrompe.

O estado de natureza poderia ser conseguido com mais facilidade:


mantimentos, abrigo, reprodução. Tudo aquilo que vimos na sociedade lá em seu
comecinho, lembram? Imagine se Rousseau visse o Carrefour hoje?

Voltado a nossa temática: Rousseau foi um dos primeiros a idealizar a


questão de um estado democrático de direito representativo na sua modalidade
mais pura.

Hobbes tinha o soberano como norma absoluta, Locke trazia a divisão de


poderes sendo o legislativo o mais forte e Rousseau trazia a democracia direta,
ou seja: os cidadãos iam votar os seus projetos de lei, assim como eram na Grécia
Antiga.

A principal obra de Rousseau foi chamada O contrato Social. Nela tenta o


autor explicar as origens da sociedade e do Estado e entende a família como
primeira e principal base de construção da sociedade.

Para ele o Estado se originou não por uma imposição da natureza ou um


acontecimento externo e sim por liberdade de cada indivíduo. Viver em estado de
natureza, como falei, era prejudicial ao homem pois era mais difícil viver sozinho
ou pequenos grupos. Por isso a necessidade de se ter um Estado onde todos
participam efetivamente.

Para Rousseau existe a questão do pacto federativo que levou o homem


do Estado de natureza a criar o estado democrático, onde todos fazem suas
decisões de forma direta.

Fim de papo.

Nos vemos em nossa revisão. Até breve tudo de bom e juízo.

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