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Ministério da Educação

PR
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
CAMPUS DE CORNÉLIO PROCÓPIO
LABORATÓRIO DE FÍSICA I UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

ATIVIDADE 7

Centro de massa

1. Objetivo
Entender o conceito de centro de massa.

2. Equipamentos

Suporte universal Barra de alumínio

Ganchos Estojo com contrapesos Balança eletrônica

3. Fundamentos Teóricos
Na mecânica clássica, centro de massa de um corpo é o ponto onde pode ser pensado que toda a massa
do corpo está concentrada para o cálculo de vários efeitos. O centro de massa não precisa coincidir com o
centro geométrico (centroide). O centro de massa nem ao menos precisa estar dentro do corpo. O
centro de gravidade ou baricentro de um corpo é o ponto onde pode ser considerada a aplicação da
força de gravidade de todo o corpo formado por um conjunto de partículas. Essas partículas são atraídas
para a Terra, cada qual com sua força-peso. Centro de gravidade, portanto, é o ponto onde pode-se
equilibrar todas essas forças de atração.A palavra "baricentro" é de origem grega (bari = peso) e designa o
centro dos pesos. Arquimedes foi o primeiro a estudar o baricentro de dois pontos de massa. No caso de
força de gravidade resultar de um campo gravitacional uniforme, o centro de gravidade é coincidente
com o centro de massa.
De uma forma geral, quando não é possível a aproximação a campos gravitacionais uniformes, a
determinação da força de gravidade total e do seu ponto de aplicação ficam dependentes da posição e
orientação do corpo. Portanto, incorreto considerar o centro de gravidade como uma característica
específica de um corpo rígido (duro). Por exemplo um anel, que possui seu centro de gravidade fora de seu
corpo, em seu centro. Na física, o centroide, o centro de gravidade e o centro de massas podem,
sob certas circunstâncias, coincidir entre si. Nesses casos, pode-se utilizar os termos de maneira
equivalente, mesmo que designem conceitos diferentes.O centroide é um conceito puramente geométrico
enquanto que os outros dois se relacionam com as propriedades físicas de um corpo. Para que o centroide
coincida com o centro de massa, o objeto deve ter densidade uniforme, ou a distribuição de matéria através
do objeto deve ter certas propriedades, tais como simetria. Para que um centroide coincida com o centro
de gravidade, o centroide deve coincidir com o centro de massa e o objeto deve estar sob a influência de
um campo gravitacional uniforme.

Determinação experimental do centro de massa


Como exemplo, tomemos um corpo plano bidimensional. Pendura-se este corpo por um ponto e traça-se
uma linha vertical passando pelo ponto ao qual o corpo está pendurado. Em seguida, repete-se o
procedimento tomando-se outro ponto (figura 1). A intersecção das duas linhas é o centro de massa. A linha
vertical se justifica porque o experimento é apoiado na força gravitacional cuja direção é normal à superfície
terrestre. Deixando o corpo em repouso, o que se obtém é a linha de atuação da força gravitacional
resultante agindo sobre o corpo como um todo.Para determinar o ponto, basta repetir o processo para
outro ponto qualquer. Para um corpo tridimensional, o procedimento é o mesmo, mas, agora, para três
pontos diferentes situados em dois planos distintos. É interessante notar que, embora o experimento utilize a
força gravitacional, o que se obtém é, efetivamente, o centro de massa geométrico e, mais ainda, mesmo que
as linhas de atuação sejam obtidas e campos gravitacionais diferentes, o ponto obtido será o mesmo, pois a
direção do campo gravitacional é sempre normal à superfície da Terra.

Figura 1: Experimento para obter o centro de massa de um objeto


Determinação analítica do centro de massa
O centro de massa de um corpo regular deve estar sobre qualquer eixo de simetria do corpo. Por exemplo,
o centro de massa de um bastão uniforme está sobre o eixo do bastão, na metade da sua altura. O centro
de massa de um cilindro uniforme está sobre o seu eixo, a meio caminho entre as bases. Para determinar o
centro de massa de um sistema constituído por diversos corpos, precisamos primeiro determinar o centro de
massa dos corpos individuais. O centro de massa de um sistema de dois bastões está sobre a reta que une o
centro de massa dos bastões separados, conforme mostra a figura 2. Isto porque os corpos, quaisquer que
sejam os seus formatos, podem ser considerados entidades pontuais representados pelos seus centros de
massa.

Figura 2: Centro de massa de um sistema de dois corpos

4. Desenvolvimento e Análise dos Dados

Prática 1 – Centro de Massa da Barra

Foi determinado o centro de massa da barra de alumínio.

R = (220,1 ± 0,5) m

Prática 2 – Sistema com dois corpos


Primeiro montamos o suporte e suspendemos a barra de alumínio, obtendo o equilíbrio estático
(figura abaixo)
Fixamos um gancho à direita e outro à esquerda do eixo de rotação, depositamos um contrapeso de
massa 𝑚𝑒 no gancho da esquerda. Obtendo o equilíbrio estático depositando um contrapeso de
massa conhecida no 𝑚𝑑 n o gancho da direita. Medimos a distância 𝑅𝑑 e 𝑅𝑒 do ponto de referência
aos contrapesos. Acrescentamos outra massa no gancho da esquerda, obtivemos novamente o
equilíbrio estático, deslocando o gancho da direita em relação ao eixo de rotação, depois aferimos
as massas. Repetimos mais três vezes os procedimentos 6 e 7 para outros contrapesos.
Organizamos as medidas em uma tabela com colunas para o valor da massa 𝑚𝑒 e sua incerteza, da
massa 𝑚𝑑 e sua incerteza, da distância 𝑅𝑑 e sua incerteza, da distância 𝑅𝑒 e sua incerteza.Calculamos
então o centro de massa para cada caso (EQUAÇÃO 1) e o valor médio do centro de massa

RESULTADOS

ESQUERDA DIREITA R (mm)


𝑚𝑒(g) ± 𝑅𝑒(𝑚𝑚) ± 𝑚𝑑(g) ± 𝑅𝑑(mm) ± CENTRO DE
0,01g 0,5mm 0,01g 0,5mm MASSA
51,06 167,3 51,37 278,3 223,0
51,06 80,1 102,01 289,9 219,9
51,06 48,9 152,90 279,9 222,1
51,06 20,1 203,68 270,1 219,9

VALOR MÉDIO DO CENTRO DE MASSA = 𝑅 = 221,2

determinamos o erro da prática 2.


Considerando então a prática 1 como correta,

|𝑹𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐−𝑹𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍|
E= 𝑹𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐 .100

|220,1 −221,2|
E= .100
220,1

ERRO = 0,5%
Prática 3 – Sistema de vários corpos

Montamos o suporte e suspendemos a barra de alumínio, obtendo o equilíbrio estático.


Fixamos 3 ganchos ao longo da haste, sendo 1 à direita e 2 à esquerda do eixo de rotação,
obtendo o equilíbrio estatico depositando contrapesos de massa conhecida mj nos 3 ganchos.
Medimos a distância rj do ponto de referência a cada contrapeso. Organizamos por fim as
medidas em uma tabela com colunas para: o índice da medida, o valor da massa mj e seu
erro, da distância rj e seu erro. Calculando o centro de massa.

RESULTADOS
ESQUERDA MEIO DIREITA
𝑚𝑒(g) ± 𝑅𝑒(𝑚𝑚) ± 𝑚𝑚(g) ± 𝑅𝑚(mm) ± 𝑚𝑑(g) ± 𝑅𝑑(mm)
0,01g 0,5mm 0,01g 0,5mm 0,01g ± 0,5mm
51,06 49,9 51,18 170,1 102,05 330,5

Considerando a prática 1 com correta, determinamos o erro da prática 3.

|𝑹𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐−𝑹𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍|
E= 𝑹𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐 .100

|220,1−220,2 |
E= 220,1
.100

ERRO = 0,04%

6. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
Devido a baixa porcentagem de erro, comprovou-se o centro de massa.

BIBLIOGRAFIA JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao Laboratório de


Física Experimental: métodos de obtenção, registro e análise de dados experimentais.
EDUEL, 2003. VUOLO, J. H. Fundamentos da Teoria de Erros. 2. ed. São Paulo:
Blucher, 1991

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