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edu/download/37734060/
PROJETO_DE_PESQUISA.docx

PROJETO DE PESQUISA
Identificação

Nome: Janaina Elisa de Souza Amore R.A.: 4716916656


Patrícia Pavanelli Corrêa Silva R.A.: 4708901910

Curso Pedagogia Semestre: 7º Polo: Limeira – SP

Tema

A importância da relação entre a escola e a família na educação.

Justificativa

A família é o primeiro contexto na qual a


criança desenvolve padrões de
socialização. Essa relação com todo o
conhecimento adquirido durante sua
experiência de vida primária que vai
refletir na sua vida escolar. Sendo assim, o
sucesso da tarefa da escola depende da
colaboração familiar ativa.
É necessário que família e escola se
encarem responsavelmente como parceiras
de caminhada, pois, ambas são
responsáveis pelo que produz, podendo
reforçar ou contrariar a influência uma da
outra. Família e escola precisam criar,
através da educação, uma força para
superar as suas dificuldades, construindo
uma identidade própria e coletiva, atuando
juntas como agentes facilitadores do
desenvolvimento pleno do educando.
A influência do ambiente familiar no

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aprendizado escolar é amplamente
reconhecida. Porém, não se deve atribuir a
ela toda a carga de responsabilidade pelo
desempenho escolar do aluno. As
características da criança e a escola
também influem. Sendo assim, este
trabalho construiu-se através de pesquisas
bibliográficas e apresentou como objetivo
geral refletir e pesquisar a necessidade e a
importância da relação escola-família, na
busca de propiciar uma aprendizagem
significativa na educação do aluno.
O ideal é que família e escola tracem as
mesmas metas de forma simultânea,
proporcionando ao aluno uma segurança
na aprendizagem de forma que venha criar
cidadãos críticos capazes de enfrentar a
complexidade de situações que surgem na
sociedade.

Problema

A sociedade moderna vive uma crise de


valores éticos e morais. Nunca na escola
se discutiu tanto quanto hoje assuntos
como falta de limites, desrespeito na sala
de aula e desmotivação dos alunos. Nunca
se observou tantos professores cansados,
estressados e, muitas vezes, doentes física
e mentalmente. Nunca os sentimentos de
impotência e frustração estiveram tão
presentes na vida escolar.
Por essa razão, dentro das escolas as
discussões que procuram compreender

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esse quadro tão complexo no qual a
educação se encontra. Professores debatem
formas de tentar superar todas essas
dificuldades e conflitos, pois percebem
que se nada for feito em breve não se
conseguirá mais ensinar e educar.
Entretanto, observa-se que, até o
momento, essas discussões vêm sendo
realizadas apenas dentro do âmbito da
escola, basicamente envolvendo direções,
coordenações e grupos de professores. Em
outras palavras, a escola vem,
gradativamente, assumindo a maior parte
da responsabilidade pelas situações de
conflito que nela são observadas.
Assim, procura-se em novas metodologias
de trabalho, por exemplo, as soluções para
esses problemas. No entanto, apesar das
diferentes metodologias utilizadas, os
problemas continuam, e ainda se agravam
cada vez mais, pois além do conhecimento
em si estar sendo comprometido, os
aspectos comportamentais não têm
melhorado. Em sala de aula, a indisciplina
e a falta de respeito só têm aumentado,
obrigando os professores a, muitas vezes,
assumir atitudes autoritárias e
disciplinadoras. Para ensinar o mínimo,
está sendo necessário, antes de tudo,
disciplinar, impor limites e,
principalmente, dizer não.
A questão que se impõem é: até quando a
escola sozinha conseguirá levar adiante
essa tarefa? Ou melhor, até quando a

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escola vai continuar assumindo
isoladamente a responsabilidade de
educar?
São questões que merecem, por parte de
todos os envolvidos, uma reflexão, não só
mais profunda, mas também mais crítica.
É, portanto, necessário refletir sobre os
papéis que devem desempenhar nesse
processo a escola e os professores, mas
também não se pode continuar ignorando a
importância fundamental da família na
formação e educação de crianças e
adolescentes.
Voltando a analisar a sociedade moderna,
observa-se que uma das mudanças mais
significativas é a forma como a família
atualmente se encontra estruturada. Aquela
família tradicional, constituída de pai, mãe
e filhos tornou-se uma raridade.
Atualmente, existem famílias dentro de
famílias. Com as separações e os novos
casamentos, aquele núcleo familiar mais
tradicional tem dado lugar a diferentes
famílias vivendo sob o mesmo teto. Esses
novos contextos familiares geram, muitas
vezes, uma sensação de insegurança e até
mesmo de abandono.
Além disso, essa mesma sociedade tem
exigido, por diferentes motivos, que pais e
mães assumam posições cada vez mais
competitivas no mercado de trabalho.
Então, enquanto que, antigamente, as
funções exercidas dentro da família eram
bem definidas, hoje pai e mãe, além de

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assumirem diferentes papéis, conforme as
circunstâncias saem todos os dias para
suas atividades profissionais. Assim,
observa-se que, em muitos casos, crianças
e adolescentes acabam ficando aos
cuidados de parentes (avós, tios),
estranhos (empregados, vizinhos), e na
maioria das vezes influenciados pela TV e
a Internet, vendo seus pais somente à
noite.
Toda essa situação acaba gerando uma
série de sentimentos conflitantes, não só
entre pais e filhos, mas também entre os
próprios pais. E um dos sentimentos mais
comuns entre estes é o de culpa. É ela que,
na maioria das vezes, impede um pai ou
uma mãe de dizer não às exigências de
seus filhos. É ela que faz um pai dar a seu
filho tudo o que ele deseja, pensando que
assim poderá compensar a sua ausência. É
a culpa que faz uma mãe não avaliar
corretamente as atitudes de seu filho, pois
isso poderá significar que ela não esteve
suficientemente presente para corrigi-las.
Enfim, é a culpa de não estar presente de
forma efetiva e construtiva na vida de seus
filhos que faz, muitas vezes, um pai ou
uma mãe ignorarem o que se passa com
eles. Assim, muitos pais e mães acabam
tornando-se reféns de seus próprios filhos.
Com receio de contrariá-los, reforçam
atitudes inadequadas e, com isso,
prejudicam o seu desenvolvimento, não só
intelectual, mas também, mental e

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emocional.
Esses conflitos acabam agravando-se
quando a escola tenta intervir. Ocorre que
muitos pais, por todos os problemas já
citados, delegam responsabilidades à
escola, mas não aceitam com tranqüilidade
quando essa mesma escola exerce o papel
que deveria ser deles.
Assim, observa-se que, em muitos casos a
escola (e seus professores) acaba sendo
sistematicamente desautorizada quando,
na tentativa de educar, procuram
estabelecer limites e responsabilidades. O
resultado desses sucessivos embates é que
essas crianças e adolescentes acabam
tornando-se testemunhas de um absurdo e
infrutífero cabo-de-guerra, entre a sua
escola e a sua família.
“A família deve, portanto, se esforçar em
estar presente em todos os momentos da
vida de seus filhos. Presença que implica
envolvimento, comprometimento e
colaboração. Deve estar atenta a
dificuldades não só cognitivas, mas
também comportamentais. Deve estar
pronta para intervir da melhor maneira
possível, visando sempre o bem de seus
filhos, mesmo que isso signifique dizer
sucessivos “nãos” às suas exigências. Em
outros termos, a família deve ser o espaço
indispensável para garantir a
sobrevivência e a proteção integral dos
filhos e demais membros,
independentemente do arranjo familiar ou

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da forma como se vêm estruturando”
(KALOUSTIAN, 1988).
Objetivos

Objetivo Geral: Refletir e pesquisar a


necessidade e a importância da relação
escola - família, na busca de propiciar uma
aprendizagem significativa na educação do
aluno.

Objetivos específicos: Fazer com que


família e escola tracem as mesmas metas
de forma simultânea, proporcionando ao
aluno uma segurança na aprendizagem de
forma que venha criar cidadãos críticos
capazes de enfrentar a complexidade de
situações que surgem na sociedade.
É necessário que as famílias criem o
hábito de participar da vida escolar das
crianças, que perceba a importância de se
relacionar com a escola na busca de um
objetivo em comum, educação de
qualidade para as crianças.
Metodologia

Para que os objetivos sejam alcançados,


utilizaremos métodos práticos para fazer
com que a família envolva-se nos projetos
da escola. Trabalharemos com escolas que
já possuam o projeto ‘Escola da Família’,
onde apresentaremos novas propostas de
interação.
Para proporcionar aos educadores e aos
pais momentos de reflexão acerca de

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questões relacionadas ao andamento da
educação dos filhos e alunos, inicialmente
será proposto promover o dia da família na
escola e neste dia desenvolver atividades
que trabalhem os valores familiares, além
de trabalhar a conscientização para que os
pais acompanhem a vida escolar de seus
filhos.

Essa conscientização poderá ser trabalhada


através de palestras e dinâmicas que
demonstrem através de situações a
importância desse acompanhamento.

Através desse trabalho, poderemos


também apontar para escola o perfil das
famílias, identificando na base familiar os
valores educativos, as pessoas que
compõem a família e os diferentes
modelos de família.

Identificados os pontos mencionados, será


possível também através desse trabalho
resgatar os valores humanos, trabalhar as
boas maneiras, desenvolver nos educandos
atos de higiene, perceber, respeitar a
opinião e a cultura de cada aluno,
dialogando sempre.

Para a execução pratica e eficaz deste


trabalho utilizaremos basicamente os
recursos humanos: todos os
profissionais da escola, inclusive a
família e os que vierem participar
colaborando com o desenrolar do
projeto.

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O caminho metodológico para a
execução desse projeto dar-se-a
através de exposição verbal pelo
professor, músicas, teatro, poesias,
conversas informal, histórias,
dinâmicas, brincadeiras, cantigas e
reflexões.

Cronograma

Atividades Fev.
1. Observar orientações X
2. Pesquisa Bibliográfica
3. Pesquisa Documental
4. Pesquisa de Campo
5. Analise do material
coletado
6. Redação do artigo
7. Finalização do artigo
8. Postagem do artigo

Bibliografia

 FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência


aprisionada: abordagem
psicopedagógica clínica da criança e
da família. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1991.

 GRUNSPUN, Haim. Autoridade dos


pais e educação da liberdade. São

9
Paulo: Almed, 1985.

 KALOUSTIAN, Silvio Manoug.


(organizador). Familia Brasileira, a
base de tudo. São Paulo: Cortez;
Brasilia, DF: UNICEF, 1988.

 MARTURANO, Edna Maria.


Recursos no ambiente familiar e
dificuldades de aprendizagem na
escola. In: Psicologia: teoria e
pesquisa, v. 15, n.2, p. 135-142,
mai.ago./1999.

 POLITY, Elizabeth. Pensando as


dificuldades de aprendizagem à luz das
relações familiares. In: POLITY,
Elizabeth (org.). Psicopedagogia: um
enfoque sistêmico: terapia familiar nas
dificuldades de aprendizagem. São
Paulo: Vetor, 2004. p. 79-138.

 BARBOSA, Laura Monte Serrat.


Artigo: Reflexões sobre as
dificuldades de aprendizagem no
mundo contemporâneo. Disponível
em: <
http://www.abpp.com.br/sites/default/f
iles/84-reflexoes.pdf >. Acesso em
18/10/2014.

 TIBA, Içami. Disciplina na medida

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certa. São Paulo: Gente, 1999.

Análise Bibliográfica
Bibliografia Justificativa

Neste livro, a autora desenvolve uma


abordagem clínica da criança e da
FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência família, descrevendo a dinâmica dos
aprisionada: abordagem psicopedagógica aspectos institucionais, familiares e
clínica da criança e da família. Porto Alegre: subjetivos que permeiam o processo
Artes Médicas, 1991. terapêutico eficaz dos problemas de
aprendizagem mediante exemplos
concretos.

O livro trata o assunto autoridade,


liberdade e disciplina. Durante muitos
anos, autoridade foi confundida com
autoritarismo, liberdade com

GRUNSPUN, Haim. Autoridade dos pais e libertinagem e disciplina com opressão.


educação da liberdade. São Paulo: Almed, O autor mostra as técnicas de
1985. relacionamento familiar no que se
refere à educação na família. Um
instrumento que auxilia na tarefa de
educar, mostrando que criar não é um
ato ao acaso e que amar os filhos é um
sentimento indiscutível.
KALOUSTIAN, Silvio Manoug.
Esta publicação apresenta dados e

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análises efetivas para se pensar
iniciativas públicas e institucionais
acerca das famílias brasileiras. Com o
reconhecimento de toda a
multiplicidade de seus arranjos
internos, marcados historicamente pela
diversidade de condições sociais,
econômicas, culturais e éticas, a família
está presente e permanece enquanto
espaço privilegiado de socialização e
(organizador). Família Brasileira, a base de exercício da cidadania. Um vínculo
tudo. São Paulo: Cortez; Brasilia, DF: familiar estável e o apoio efetivo às
UNICEF, 1988. famílias através de uma oferta pública
de serviços constituem-se em fator
decisivo na busca dos objetivos
prioritários do desenvolvimento
humano, tais como a eliminação da
pobreza, o acesso á saúde, à educação e
à alimentação, a erradicação do
trabalho infantil, a promoção da
igualdade entre gêneros e a proteção
integral de seus membros, das crianças
adolescentes aos mais idosos.

MARTURANO, Edna Maria. Recursos no O artigo trata sobre recursos do


ambiente familiar e dificuldades de ambiente familiar que favorecem o
aprendizagem na escola. In: Psicologia: teoria desempenho escolar, incluem materiais
e pesquisa, v. 15, n.2, p. 135-142, educacionais e envolvimento parental.
mai.ago./1999. Para a criação desse artigo, realizou-se
um estudo com objetivo de investigar
esses recursos em uma amostra clinica
de 100 crianças, encaminhadas por
dificuldades na aprendizagem escolar.

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Os resultados indicaram que o nível de
elaboração da escrita está
positivamente associado à
disponibilidade de livros e brinquedos,
enquanto o atraso escolar está
negativamente associado à organização
das rotinas e à diversidade de
atividades compartilhadas com os pais.

No livro, a autora apresenta um estudo


sobre como as dificuldades para
POLITY, Elizabeth. Pensando as dificuldades aprender podem afligir um membro da
de aprendizagem à luz das relações família e contagiar o restante dela,
familiares. In: POLITY, Elizabeth (org.). tornando a relação com o saber
Psicopedagogia: um enfoque sistêmico: extremamente difícil. A
terapia familiar nas dificuldades de psicopedagogia, investida de um olhar
aprendizagem. São Paulo: Vetor, 2004. p. 79- sistêmico, permite uma abordagem
138. familiar dessa situação, tirando o foco
do sujeito e redistribuindo por todos os
membros da família.

BARBOSA, Laura Monte Serrat. Artigo: No artigo, a autora aborda a dificuldade


Reflexões sobre as dificuldades de de aprendizagem. Segundo ela, quando
aprendizagem no mundo contemporâneo. falamos de dificuldade de
Disponível em: < aprendizagem, estamos falando,
http://www.abpp.com.br/sites/default/files/84 principalmente, do ato de aprender.
-reflexoes.pdf >. Acesso em 18/10/2014. Aprender é uma ação que supõe
dificuldade; quando não se sabe, sendo
o não-saber condição necessária para
aprender, é esperado que as
dificuldades apareçam. Temos,
portanto, dificuldades que nos
desequilibram e na busca do equilíbrio,
aprendemos.

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O fato de estarmos mergulhados num
mundo de consumo, de termos pressa
para tudo, de acreditarmos que as
pessoas devem ser regidas pelos
prazeres, de acharmos que tudo que não
acontece como esperamos é doença, de
termos sempre um remédio para os
males existentes, faz com que
acreditemos que ter dificuldades para
aprender é algo inconcebível.
Içami Tiba aborda o assunto disciplina
de forma leve, mas ponderando sempre
TIBA, Içami. Disciplina na medida certa. São
que a responsabilidade de impor limites
Paulo: Gente, 1999.
e tornar uma criança disciplinada é dos
pais.

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