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Costelas
Índice
1 - INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 4
* DIAGNÓSTICO ............................................................................................................................. 39
* DIAGNÓSTICO ............................................................................................................................. 42
1 - INTRODUÇÃO
O tórax humano apresenta particularidades anatômicas e funcionais, pois
necessita:
2 – ANATOMIA DO TÓRAX
2.1.1 – Esterno
O osso esterno, localizado na região anterior do tórax, consiste de 3 porções: uma
superior chamada de manúbrio, um corpo e uma região inferior chamada de processo
xifóide. É um osso relativamente plano, sendo convexo anteriormente e côncavo
posteriormente.
Primeira: é a mais curta, e a mais encurvada das sete costelas verdadeiras. Possui
uma faceta única na sua cabeça para articulação com T1 (articulação
costovertebral). Na sua borda superior apresenta dois sulcos: o posterior aloja a
artéria subclávia e o tronco inferior do plexo braquial, enquanto que o sulco
anterior aloja a veia subclávia. Os sulcos são separados por um tubérculo, que
serve de fixação de fixação para as fibras do músculo escaleno anterior. Não
apresenta ângulo costal e sua curvatura interna defina a margem da entrada
torácica, sendo que sua obliqüidade se deve a presença do ápice do pulmão.
Segunda: é mais fina, menos encurvada e mais longa do que a primeira. Possui
duas facetas na sua cabeça, para articulação com os corpos de T1 e T2
(articulações costovertebrais) e uma tuberosidade para inserção muscular. É
considerada atípica devido a sua articulação na junção entre o manúbrio e o
corpo do esterno. Alguns autores descrevem que a segunda costela também não
tem ângulo, enquanto outros afirmam que apresenta, mas de forma branda.
Uma costela típica se une com a coluna vertebral posteriormente em duas articulações:
*Articulações anteriores
Na inspiração a costela se eleva lateralmente e sua face externa fica voltada para
cima (eversão).
Durante a expiração a costela desce lateralmente e apresenta para baixo sua face
externa (inversão).
Este movimento predomina nas costelas inferiores, já que as cinco primeiras tem
cartilagem própria e podem se movimentar mais no sentido braço de bomba, enquanto
que as inferiores tem uma cartilagem comum que limita este movimento e também as
inserções do diafragma aumentam os movimentos de alça de balde.
Costelas
- Extensão = Inspiração
- Flexão = Expiração
* Aplicação prática
Entendendo a mecânica dos movimentos costais em relação ao tronco, é
importante respeitar esses fatores para realizar as correções de disfunções mecânicas do
gradil costal.
No caso de uma disfunção posterior, por exemplo, a costela se encontra mais alta e
posterior, e para correção deve-se impor os parâmetros:
4.1. - Generalidades
Para avaliar a caixa torácica é necessário importante conhecimento anatômico e
biomecânico da região, visto que esta zona difere-se das regiões lombar e cervical, pois
sua mecânica é influenciada diretamente pela presença das costelas e do esterno.
Assimetrias palpatórias
A provocação dos sintomas durante a avaliação pode ser útil para saber as
relações mecânicas com os sintomas e também para ser uma comparação pré e pós-
atendimento e tratamento.
(1) testes ativos: em que o paciente realiza o movimento e o avaliador palpa referências
anatômicas sentindo o movimento;
A referência palpatória mais utilizada na região posterior das costelas é seu ângulo, que
é seu aspecto mais posterior e normalmente apresenta certa convexidade.
Dois testes podem ser úteis, o slump test e o Fabere. O slump pode ser utilizado
para determinar comprometimento neural nas extremidades inferiores, e o teste de
Fabere é aplicado para analisar a presença de envolvimento da pelve nos sintomas.
o Estiramento/ruptura ligamentar;
o Estiramento/ruptura muscular
CONDIÇÕES DEGENERATIVAS
o Doença de Scheuermann
METABÓLICA
o Osteoporose;
o Doença de Paget;
o Osteomalácia
INFECÇÕES
o Tuberculose
SÍNDROMES
o Síndrome de T4;
Teste de mobilidade
Utiliza-se a rotação do tronco para realizar os deslocamentos anteroposteriores
da costela. Tomar contato com a costela e realizar rotação contralateral ou homolateral,
dependendo se a disfunção é costovertebral ou costotransversa.
Com o paciente sentado, tomar contato com o polegar no ângulo costal que se
deseja testar, realizar uma rotação contrária e simultaneamente empurrar a costela no
sentido anterior. Se a costela recusar a fazer o deslizamento anterior, existe uma
disfunção da costotransversária.
Levar o paciente de volta a posição neutra. A mão externa agora toma contato
nos cotovelos do paciente e a região abdominal do osteopata sobrepõe este contato.
costela e levar o paciente de volta até que se obtenha o ângulo adequado (encontrar a
barreira) sem perder a obliquidade.
A mão cefálica toma contato no cotovelo do paciente e seu tronco sobrepõe este
contato. O thrust é realizado no final da expiração com body drop na direção da maca.
Osteopata em pé na altura da
pelve no lado contralateral ao que vai
ser tratado. Tomar contato pisiforme
com a mão cefálica no ângulo da costela
e fixá-la na direção da maca.
* DIAGNÓSTICO
Estas disfunções são diagnosticadas por:
A mão externa roda o paciente para apresentar a coluna e tomar contato com a
região tênar da mão interna na costela (lateralmente à transversa) subjacente à que se
encontra em disfunção.
A mão lateral toma contato com o polegar ao longo da costela anterior e reforça
com o pisiforme da mão medial.
DISFUNÇÃO ESTERNOCONDRAL
É mais rara, resulta de trauma direto anterior sobre a cartilagem (acidente
automobilístico, esportes de contato, soco).
* DIAGNÓSTICO
Estas disfunções são diagnosticadas por:
A mão cefálica toma contato com a polpa dos dedos no nível do esterno próximo
da cartilagem e a palma da mão fica espalmada no tórax do paciente. Esse contato deve
bloquear o esterno no sentido da maca..
permanência dessa adaptação ao longo do tempo pode gerar uma verdadeira disfunção
somática costal. Por isso, é necessário realizar o diagnóstico diferencial para buscar o
problema primário entre as vértebras torácicas e as costelas correspondentes. Esse
diagnóstico será descrito a seguir.
Palpação
Nas disfunções em grupo, sempre existe uma costela chave responsável pelo
grupo não ter a capacidade de desempenhar sua mobilidade fisiológica na inspiração ou
na expiração.
As costelas flutuantes (11 e 12) são excluídas dessas condições pois sua
mecânica difere por completo das primeiras 10 costelas.
O grupo inferior é testado com contato das mãos na parte lateral e inferior do
tórax.
Essa técnica pode ser aplicada para o grupo superior na 4ª ou 5ª costela e para o
grupo inferior na 9ª ou 10ª costela. A única modificação é o contato da mão caudal que
deve ser posterior para disfunções do grupo superior (braço de bomba), e lateral para o
grupo inferior (alça de balde).
- Alça de balde: a mão cefálica leva o membro superior do paciente em abdução até
sentir o movimento na costela com a mão interna. As contrações isométricas são feitas
no sentido da adução. Contrações de 3-5 segundos. No final de cada ciclo, aumentar a
barreira motriz.
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 49
Costelas
- Braço de bomba: a mão cefálica leva o membro superior do paciente em flexão até o
movimento chegar na costela palpada pela mão caudal. As contrações isométricas agora
são em extensão de ombro, pedindo para o paciente levar o cotovelo no sentido do teto.
Sua mão cefálica toma contato com o polegar na margem inferior da costela,
sendo reforçado pelo pisiforme da mão caudal. Antebraço da mão caudal no sentido da
correção – anterior e superior.
Sua mão caudal toma contato com o polegar na margem superior da costela,
sendo reforçado pelo pisiforme da mão cefálica. Antebraço da mão cefálica no sentido
da correção – anterior e inferior.
Com o paciente sentado o avaliador toma contato com a polpa de quatro dedos
em quatro espaços intercostais e com sua outra mão que controla os movimentos do
tronco do paciente, deve impor os movimentos de inclinação homolateral e
contralateral. Na inclinação homolateral do tronco as costelas devem se aproximar
fechando o espaço intercostal, e na inclinação contralateral as costelas devem se afastar
aumentando o espaço intercostal. O contato também pode ser tomado nas próprias
costelas.
Toma contato com a polpa dos dedos na margem inferior da costela superior do
espaço intercostal que está fechado, e reduz o slack na direção cefálica. Pedir respiração
profunda para o paciente e no final da inspiração realizar thrusts na direção cefálica.
Pode repetir algumas vezes.
- direto: na restrição
- indireto: na facilidade
7 – REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS
American Association of Colleges of Osteopathic Medicine (AACOM).Glossary of Osteopathic
terminology. Nov 2011.
CHILA, A. G. Foundations of osteopathic medicine, 3 ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins;
2010.
LEE, D. Manual Therapy for the Thorax – an integrated approach. Canada: Delta, 2003.
LEE, D. Manual Therapy for the Thorax – a biomechanical approach. Canada: Delta, 1994.
LEWIT, K. A Manipulação na reabilitação do Sistema Locomotor. 3 ed. São Paulo: Santos, 2000.
MOORE KL, DALLEY, AF. Anatomia orientada para clínica. 2007. Guanabara Koogan.
PARSONS, J; MARCER, N. Osteopathy: Models for Diagnosis, Treatment and Practice. 1 ed. Elsevier
Health Sciences, 2006.
SIMONS, D. G, TRAVELL, J. G, SIMONS, L.S. Myofascial Pain and Dysfunction. Vol. 1. 2 ed.
Williams & Wikins, 1998.
STONE, C. Science in the Art of Osteopathy: Osteopathic Principles and Practice. Nelson Thornes,
1999.
WARD, R. Foundations for Osteopathic Medicine. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins,
2003.