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Transporte no xilema

Lidando com a gravidade

A economia do ouro azul


Dizem que o Brasil é uma potência agrícola – e isso é verdade. Mas cuidado com esse
discurso. Por mais irônico que pareça, o país considerado ‘celeiro do mundo’ apresenta
notável deficiência no uso inteligente de um precioso recurso natural: a água.

É certo que temas ambientais raramente suscitam consensos. Nesse caso, entretanto,
parece imperar desconfortável unanimidade entre os especialistas: “A necessidade de
usarmos com mais racionalidade os recursos hídricos, na agricultura, é uma constatação
de todos os pesquisadores que trabalham diretamente com o assunto”, garante o
engenheiro agrônomo Luís Henrique Bassoi, da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa Semiárido), em Petrolina (PE). [...]

“Em boa parte de nossas áreas rurais, a segurança na previsão das chuvas é muito
limitada: não podemos sequer planejar nossa agricultura porque não sabemos nem
quanto e nem onde vai chover”, afirma o engenheiro florestal Laerte Scanavaca, da
Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP). “Esperamos as chuvas, plantamos e
torcemos para dar pragas ou catástrofes naturais em países concorrentes ou
compradores: essa é nossa política agrícola.” [...] Na agricultura, a falta de dados precisos
acerca da dinâmica atmosférica em nível local pode arruinar uma safra. E costuma
resultar em rotinas de desperdício de água que atingem proporções embaraçosas: “Se
plantarmos e chover pouco, perderemos a produção; mas se plantarmos e chover
bastante, muita água será desperdiçada”, diz Scanavaca.

É como regar as plantas do jardim pela manhã, tendo previsão de chuva para o início da
tarde. Joga-se fora assim valiosa quantidade de água do sistema de abastecimento,
quando as chuvas poderiam perfeitamente suprir a demanda hídrica daquela área.
Segundo os pesquisadores, essa é uma forma crônica de desperdício à qual poucos
produtores rurais se mantêm atentos. [...]

Na avaliação dos pesquisadores, o mau uso de nossa água – assim como a má gestão
dos recursos naturais de modo geral – é mais um capítulo na trama socioambiental que
se desenvolve no cenário da agricultura brasileira desde os idos da revolução verde.

Adaptado de: Ciência Hoje 318. Setembro/2014. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/a-


economia-do-ouro-azul/ Acesso em: 21/03/2023
Questão-Problema
Um fazendeiro muito preocupado com as questões ambientais acima expostas pensou se poderia
haver uma maneira de diminuir ou até mesmo cessar a transpiração das folhas em sua plantação.
Ele pensou que, ao evitar a perda excessiva de água pelas folhas, ele poderia ajudar evitar que as
plantas morressem quando há pouca água no solo (o que seria muito útil em épocas de estiagem)
e além disso, também poderia diminuir o enorme gasto de água para irrigação, assim preservando
o uso da água para outros fins. Então, ele resolveu contatar alguns especialistas para obter uma
consultoria no assunto. Imagine que você foi o especialista escolhido! Seu papel é aconselhar
nosso nobre fazendeiro. Que tipos de problemas essas plantas poderiam passar a apresentar caso
algum cientista conseguisse diminuir ou cessar sua transpiração? Escreva sua hipótese no espaço
abaixo. Não se esqueça de justificá-la!

a. Encha dois tubos de ensaio com água, até aproximadamente dois dedos da abertura.
b. Pingue algumas gotas de corante alimentício de cores diferentes em cada tubo.
c. Faça um corte longitudinal no pecíolo de uma das flores, de forma a separá-lo em duas
metades.
d. Coloque cada uma das metades em um tubo de ensaio com uma cor diferente.
e. Coloque a estante com os tubos e a flor em um local ventilado (de preferência em frente a
um ventilador).
f. Anote o tempo de subida do corante até as pétalas: _______________________.

Agora responda à pergunta a seguir.


1) As condições presentes no laboratório no momento do experimento, tais como temperatura
e umidade relativa do ar poderiam alterar os resultados obtidos? Explique.
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a. Com muito cuidado, corte fatias bem finas da folha de espada-de-são-jorge com a lâmina de
barbear. Quanto mais finas as fatias ficarem, melhor! Lembre-se de que para ser observado ao
microscópio óptico, o material precisa ser translúcido.
c. Escolha as fatias mais finas que você cortou, coloque-as sobre lâminas para microscopia,
pingue uma gota de água com a pipeta e cubra com a lamínula.
d. Coloque sua lâmina no microscópio, arrume o foco e observe. Lembre-se de sempre começar
a observação pela objetiva de menor aumento.
e. Desenhe no espaço abaixo o que você observou. Procure identificar os diferentes tecidos,
células e estruturas, conforme ilustrações a seguir.

Agora, responda às perguntas a seguir.

2) Quais das estruturas observadas são tecidos de condução de líquidos por dentro das
plantas? ___________________________________________________________________
3) Por qual tecido a água sobe, das raízes em direção às folhas? _________________________
4) Por qual estrutura a água sai das folhas, na forma de vapor? _________________________

a. Coloque água aproximadamente até a metade de um dos béquers disponíveis na bancada.


b. Insira as duas pipetas dentro do béquer com água e observe até que nível a água subiu.
c. Desenhe, no espaço abaixo, o aspecto de cada uma das pipetas após serem inseridas no
béquer com água. Preste atenção ao menisco que se formou.

Agora responda às perguntas a seguir.

5) Se os vasos do xilema fossem grossos, que consequências isso traria para o transporte de
seiva? Justifique.
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6) A capilaridade, sozinha, explicaria a subida de seiva pelo xilema? Explique.


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a. Aproveite o béquer com água utilizado no experimento anterior. Coloque sobre a camada
de água uma agulha e observe o que acontece.
b. Pingue algumas gotas de detergente sobre a água e observe o que acontece.

Agora, responda à questão a seguir.

7) Explique os resultados obtidos no experimento 4.


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8) De que forma a coesão entre as moléculas de água contribui para que seja possível a subida
de água através do xilema?
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a. Esse experimento foi previamente montado pelos técnicos de laboratório há
alguns dias. Observe as plantas utilizadas nesse experimento e depois
responda à questão a seguir.

9) Qual foi o resultado do experimento 5?


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10) Como você explica o resultado do experimento 5?
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11) Por que o título do experimento 5 é “Há males que vêm para o bem”?
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Parte A—Observação de células vegetais túrgidas:


a. Faça cortes paradérmicos na superfície abaxial (de baixo) da folha de Tradescantia sp. Transfira
esses cortes para um vidro de relógio;
b. Coloque sobre uma lâmina de vidro, uma gota de água de torneira;
c. Transfira o corte mais fino para a lâmina.
d. Cubra-o com uma lamínula e, caso seja necessário, remova o excesso de água com o auxílio do
papel absorvente;
e. Focalize, ao microscópio, o fragmento com a objetiva de menor aumento;
e. A seguir, mude para uma objetiva de maior aumento;
f. Observe as células e esquematize-as no respectivo espaço do exercício. Identifique a parede
celular e o vacúolo em seu esquema.
OBS.: Nesta planta, os vacúolos das células contêm um pigmento roxo chamado antocianina. Esse
vacúolo ocupa quase que o volume inteiro do citoplasma da célula.

Parte B—Observação de células vegetais plasmolisadas:


a. Retire a lâmina da platina;
b. Utilize papel de filtro para absorver a solução aquosa que está em contato com o fragmento de
folha, encostando-o numa das bordas da lamínula, mas sem removê-la;
c. A seguir, pingue uma gota de solução de hipertônica de sacarose ao lado de uma das bordas da
lamínula;
d. Confirme se essa solução entrou em contato com o fragmento da folha;
e. Focalize a epiderme da folha em aumentos diferentes, observe as células e esquematize-as no
respectivo espaço do exercício, identificando a parede celular e o vacúolo.

Parte C—Observação de deplasmólise:


a. Retire a lâmina da platina;
b. Utilize papel de filtro para absorver a solução aquosa que está em contato com o fragmento de
folha, encostando-o numa das bordas da lamínula, mas sem removê-la;
c. A seguir, pingue algumas gotas de água ao lado de uma das bordas da lamínula;
d. Confirme se essa solução entrou em contato com o fragmento da folha;
e. Focalize a epiderme da folha, observe as células, esquematize-as no respectivo espaço do
exercício. Identifique a parede celular e o vacúolo.

Agora responda às perguntas a seguir.

12) Como você interpreta os resultados do experimento 2?


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13) Explique por que não se deve temperar uma salada muito tempo antes de consumi-la.
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14) Se uma planta crescesse em um solo salinizado, que consequências isso poderia trazer para
ela?
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15) O que poderia acontecer a uma planta se os seus estômatos ficassem o tempo inteiro
abertos?
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16) O que poderia acontecer a uma planta se os seus estômatos ficassem obstruídos? Cite dois
efeitos.
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17) O que poderia acontecer a uma planta se suas taxas de fotossíntese fossem drasticamente
reduzidas ou interrompidas?
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Reveja se sua hipótese para a questão-problema foi rejeitada e escreva sua conclusão na forma de
um argumento científico.

Dado que _____________________________________________________________________ ,


Conclui-se que _________________________________________________________________ ,
já que _________________________________________________________________________.

FERRI, M.G., ANDRADE, M.A.B.; LAMBERTI, A. 1974. Botânica. Fisiologia. Curso experimental. EDUSP.
TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I.A.; MURPHY, A. 2021. Fundamentos de Fisiologia Vegetal. Artmed.

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