You are on page 1of 10

01

UMEI e Escola Municipal Escola Municipal


Lucas Monteiro Machado da Vila Pinho

Parque
Vila Pinho

Planta de situação - RMBH 10km N.M.

“O Parque das Ocupações do Barreiro em Belo Hor-


izonte, Minas Gerais, Brasil, propõe o diálogo entre a
área de proteção ambiental e a ocupação habitacion-
al ali existente como forma de promover a convivên-
cia e a interação entre ambos. Valemos da premissa
da possibilidade uma coexistência harmoniosa entre
as ocupações e o verde, e que a existência da área
Parque das Ocupações de proteção ambiental seria importante não apenas
para a qualidade do espaço das habitações como
também na disputa política. A despeito do senso
comum e do discurso de mercado, que os coloca em
I D E I A S
VI BIENAL DE SUSTENTABILIDADE JOSÉ LUTZENBERGER

lados opostos e antagônicos, propõe-se reunir essas


duas lutas por uma cidade mais justa e sustentável,
na construção de uma contranarrativa. O Parque das
Ocupações é, portanto, uma tentativa de mostrar
que as lutas pelo direito à moradia digna e o direito
Escola Municipal do verde são complementares e não opostas.
Pres. Itamar Franco
Centro Cultural UMEI Planta de situação 10km N.M.
Vila Santa Rita Petrópolis

Recorte do Parque Acessos ao Parque


D E

das Ocupações das Ocupações

Escola Municipal Instituição de Ensino Área verde sem


Luiz Gonzaga Jr. Médio ou técnico equip. de lazer

Instituição de Ensino Área verde com


C O N C U R S O

Infantil ou Creche equip. de lazer

Conjuntos
Equipamento Cultural
Habitacionais

Conjuntos
Equipamento Esportivo
Sesi Escola Hamleto de Indústrias
Escola Municipal
Magnavacca Jonas Barcellos Correa
Áreas de Terrenos
Áreas vegetadas
Industriais

Áreas de ocupação Áreas urbanas


recente não mapeadas consolidadas
[Conceitos [Potencialidades
[Temas] [Diretrizes] [Propostas]
02 Norteadores] & Fragilidades]
Espaços coletivos nas Negociação política:
zonas de fronteiras para verde de recuperação,
Potencializar
Lugar garantir a preservação a relação verde de resistência
ambiental moradia-verde e verde dos afetos
Comunidade
p. 4/5
Presença de hortas, p. 9/10
Abordagem jardins e pomares
Sistêmica em quintais das ocupações Horta da Eliana Silva
Fortalecer relação p. 4/5
com as águas
Água
Presença de três por meio de piscinas e Trilhas
nascentes no terreitório permeabilização das vias p. 7/8
Horta da Paulo Freire
p. 4/5

Voçorocas devido Valorização das


Energia a alta declividade trilhas e das
vias compartilhadas Pavimentação Permeável
p. 7/8
Difícil acesso para
o caminhão de
coleta de lixo
Iluminação integrada
Integração Parque
Sustentabilidade com a arborização
Materiais Brincadeiras e com o entorno
e com a cidade p. 7/8 Verde
encontros ocorrrem
nas ruas p. 4/5

Ruas Compartilhadas
p. 7/8
Saúde Vista da Serra
Ampliação dos
do Rola Moça
& Felicidade espaços públicos Águas
p. 6
Existência de comércios Piscinas
e serviços locais no p. 6
I D E I A S
VI BIENAL DE SUSTENTABILIDADE JOSÉ LUTZENBERGER

entorno e no Parque
Potencialização das
iniciativas coletivas e Espaços para feiras
Equidade Liderança do MLB economia solidária e Biblioteca
(Movimento de já existentes (Eliana Silva)
Comunidade Luta dos Bairros, p. 9/10 N
Solidária Vilas e Favelas) em
algumas ocupações Escola de Formação
Construção da Escola Política com [Legenda] Verde Águas
Estética Iniciativas educativas como espaço múltiplo enfase ambiental
e culturais voltadas e diverso Trilhas Comunidade
p. 9/10
para os grupos de jovens
D E
C O N C U R S O
03

Horta
Nelson Mandela

Paulo Freire

Irmã Dorothy
I D E I A S
VI BIENAL DE SUSTENTABILIDADE JOSÉ LUTZENBERGER

Camilo Torres

Eliana Silva
D E

Legenda Informações Parque das Ocupações do Barreiro pela moradia ocuparam alguns desses nas cidades: a luta pela moradia e pela relações existentes entre moradores
C O N C U R S O

Áreas Verdes do Parque terrenos , explicitando, assim, o não- preservação do verde. e natureza naquele território. Foi
Escola de Formação Política Equipamentos Públicos Ocupações: Eliana Silva, O Parque das Ocupações localiza- cumprimento da função social da A realização do trabalho com as possível perceber uma rearticulação
com ênfase ambiental Camilo Torres, Irmã Dorothy, se em um distrito Industrial (Distrito propriedade, garantida na constituição ocupações urbanas autoconstruídas do verde, que apesar de retirado em
do Parque
Nelson Mandela, Paulo Freire Industrial do Jatobá) criado pelo de 1988. é importante, tendo em vista que alguns espaços, retorna por meio
Vias Asfaltadas Hoje coexistem ali equipamentos em Belo Horizonte, cerca de 336 mil do plantio de hortas, pomares e
Creche Tia Carminha e Horta. poder municipal de Belo Horizonte,
Vias Largas de no intuito de incentivar a implantação industriais, ocupações urbanas e uma pessoas vivem ali. Nas ocupações jardineiras em quase todos os quintais.
Localização: Distrito Indus- área de preservação ambiental que do Barreiro é forte a presença de A partir do entendimento da rede
Pavimentação Permeável de indústrias na região e de gerar
Biblioteca trial do Jatobá, na Regional ainda resiste à sua subtração. E em lideranças ligadas aos movimentos local, as diretrizes do parque foram
Vias Estreitas de Barreiro da cidade Belo Hori- novos empregos. Terrenos foram
doados com esse compromisso, oposição à narrativa hegemônica organizados, com importante papel elencadas e as propostas foram
Pavimentação Permeável zonte, em Minas Gerais.
Rádio mas muitos deles foram vendidos a de criminalização das moradias na mediação de zonas de conflito de construídas, buscando a ampliação das
Curso d’água em leito natural Área: 95 mil m2 autoconstruídas em áreas verdes, interesse próximas às áreas ambientais. potencialidades já existentes,
terceiros,inaugurando um esquema de
Hortas Comunitárias Distrito Industrial do Jatobá grilagem e especulação o projeto que aqui se apresenta foi Devido a complexidade do tema, a minimização das fragilidades
Famílias: 1400 (estimado) desenvolvido buscando a hibridação esse projeto foi iniciado por meio mapeadas e a construção das
Parque das Ocupações imobiliária na região. Na década
Piscinas Comunitárias do Barreiro atual, movimentos sociais de luta de duas pautas de grande importância de uma cartografia colaborativa das oportunidades coletivas.
04 Expansão do verde
O projeto do Parque das Ocupações do Barreiro busca
integrar o verde remanescente da área de preservação hortas comunitárias
ambiental com o verde cultivado pelos moradores
da região. Dessa forma, o projeto não se limita a uma
proposta de arborização e paisagismo baseada em um
cardápio de árvores estrangeiras às dinâmicas identifi-
cadas no território. Optou-se pela construção de uma
“trama verde” baseada na negociação política entre o
verde “natural”, o verde da resistência e o verde das
práticas cotidianas cartografadas (dos afetos). A partir
dessa concepção temos três planos distintos de arbor-
ização e paisagismo que buscam proteger as nascentes
do parque, atrair e atender a fauna nativa, suprir as
necessidades,os desejos e a memória afetiva dos mora-
dores. Com relação ao terceiro plano, optou-se pela sua
Reflorestamento
implantação em três diferentes escalas, entendendo ser
importante que os afetos sejam semeados em todos os agrofloresta
lugares e em vários modos.
Reflorestamento

Reflorestamento

Reflorestamento

hortas comunitárias
I D E I A S
VI BIENAL DE SUSTENTABILIDADE JOSÉ LUTZENBERGER

horta comunitária reflorestamento Reflorestamento


0 1 2 3m 0 1 2 3m

hortas comunitárias
D E

Reflorestamento
C O N C U R S O

arborização das vias agrofloresta


0 1 2 3m 0 1 2 3m

Área verde existente: 40642m²


Casas com hortas e pomares mapeadas: 21 casas
Área destinada à hortas comunitárias: 1906m²
Área verde total: 95319m²
Planta de arborização
10km

Área destinada à agrofloresta: 22876m² 0 40 80 120m


Área de recuperação de mata ciliar: 29549m² N.
Araticum-cagão Ipê-Amarelo da serra Araçá-rosa Evólvulo Mandioquinha Pimenta Nome popular

20-30m
Annona cacans Tabebuia alba Psidium cattleyanum Evolvulus glomeratus Arracacia xanthorrhiza Capsicum frutescens Nome científico

Ago

Ago

Nov
05

Dez
Jun

Out
Nov

Set
12- 16m

Set
Out

Jul

Jul
Set
Período de floração

altura
3-6m
10-30cm

Nov

Nov
Mar
Período de frutificação

Out

Dez
Out
Fev
Mar

Jan

Set
Fev
Jan
Mata Ciliar Floresta Estacional Semicidual Floresta Ombrófila Densa ABR/MAI AGO/MAR espessura
40-60cm 12-25cm América do Sul
50-70cm Pioneira Clímax Secundária 300-360 dias 90-120 dias do troco Ocorrência ecológica
Crescimento Rápido Crescimento Moderado Crescimento Lento Meia Sombra/Sol Pleno
Velocidade de Crescimento
Ingá-feijão Ipê-Roxo Goiaba-brava Hortelã Tomate Milho-verde Nome popular
Inga marginata Tabebuia heptaphylla Psidium oblongatum Mentha spicata Lycopersicon esculentum Zea mays Nome científico

10-20 m

Ago
Nov

Nov
Dez

Dez
Out
Fev

Set
Jan

Jan
Jul
5-15m

30-40cm altura

3-4m
Mar

Out

Jun
Abr
Mai

Abr
Mai
Set
Mata ciliar Mata ciliar Mata Ciliar ANO SET/DEZ
30-50cm Pioneira 40-80cm Pioneira / Secundária Inicial 12-25cm Pioneira América do Norte / Ásia Origem
Meia Sombra/Sol Pleno 80-110 dias
Crescimento Muito Rápido Crescimento Moderado Crescimento Moderado 100-120 dias Condições de iluminação
Tucaneira Quaresmeira Pitanga Vedélia Couve Batata Nome popular
Citharexylum myrianthum Tibouchina granulosa Eugenia uniflora Sphagneticola trilobata Brassica oleracea Solanum tuberosum Nome científico
8-20m

Ago

Nov
Nov

Ago
Dez

Mar

Out
Out

Dez
Jun
Fev

Set
Jan

Jul
8-12 m

6-12m
10-30cm

Nov
Ago
Mar

Dez
Out
Fev

Jun
Abr
Mai

Jan
Jan

Jul
Mata ciliar Mata ciliar FEV/JUL ABR/MAI Meses de
40-60cm Pioneira 30-40cm Secundária 30-50cm Pioneira América do Sul
Crescimento Moderado Crescimento Rápido Meia Sombra/Sol Pleno 80-90 dias 90-120 dias plantio
Crescimento Muito Rápido 300-360 dias

Árvores de recuperação Árvores de resistência Árvores dos Afetos Jardineiras dos afetos Hortaliças dos afetos Observação

A arborização de “recuperação” é formada As “árvores de resistência” são aquelas As “àrvores dos afetos” são formada por As plantas a serem utilizadas no As hortaliças exemplificadas são espécies As espécies descritas nesta prancha
por espécies nativas da Mata Ciliar de Minas formadas por espécies arbóreas que espécies frutíferas de pequeno porte que mobiliário urbano são uma forma de identificadas nas hortas dos moradores, e são apenas uma pequena parcela das
Gerais e que produzem frutos consumidos pela de tem seu corte regulamentado pela possam estabelecer uma relação afetiva levar o verde às vias mais estreitas que que no projeto proposto aqui serão também espécies que poderiam ser utilizadas
fauna nativa, priorizando as espécies presentes legislação e não podem ser cortadas, nem mais próxima dos moradores através, não suportam arborização. cultivadas nas áreas destinadas às hortas nos diferentes tipos de arborização
na Serra do Rola Moça, vizinha ao parque. Ela retiradas. A proposta colocada aqui é da seja através de seus frutos ou da sombra Tendo como diretrizes espécies perenes comunitárias e à agrofloresta, em associação propostos.
tem como objetivo atuar na recuperação da proteção atribuída a essas espécies ser fornecida. Esse tipo de arborização foi de pequeno porte que se desenvolvam com espécies arbóreas nativas, considerando
mata ciliar originária da região, que hoje se ampliada à população que ali construiu pensado para as vias da ocupação que não a sol pleno, partindo, também, do as condições climáticas locais.
encontra degradada, e é indicada para as áreas suas casas. suportam árvores de grande porte ou que mapeamento dos jardins e pomares.
I D E I A S
VI BIENAL DE SUSTENTABILIDADE JOSÉ LUTZENBERGER

de preservação ambiental que não possuem Esse tipo de arborização foi pensado para tenham rede elétrica no mesmo lado de dos moradores do território do parque.
mais cobertura verde e que envolvem os ser empregado nas ruas das ocupações implantação das árvores.
cursos d’água da região. Outros exemplos onde existem mais espaços para que
de possíveis espécies: Cabralea canjerana; árvores de grande porte possam se
Allophylusedulis;Syagrus romanzoffiana; Vitex desenvolver sem grandes problemas.
megapotamica; Dendropanax cuneatum
D E

Corte I

0 3 6 9m
C O N C U R S O

Árvores de recuperação

Hortaliças dos afetos


Árvore de resistência

Hortaliças dos afetos


Jardineira do afeto

Árvore do afeto
Árvore do afeto
06 Proteção da água
A “trama azul” do Parque das Ocupações do Bar- reflorestamento para garantir
reiro será composta pelas nascentes existentes no proteção do rio e evitar deslizamentos
trilhas e caminhos ligando a piscina natural criada por expansão
território e pelos cursos d’água derivados delas, comunidade ao rio; ver prancha 07 do rio e com água tratada por
que hoje se encontram poluídas e degradadas. A pedras e plantas; seguindo a
proposta para a sua recuperação se articula com a norma ABNT NBR 10818/1989
implementação da “trama verde”, em função do
papel fundamental da mata ciliar para que ela
ocorra. Além disso, aposta-se na permissão do Arborização para evitar
uso das águas para banho e lazer dos moradores deslizamentos e promover
como estratégia importante para o fortalecimen- infiltração da chuva
to do cuidado do bem-comum natural, incentiva-
do, principalmente, nos locais de encontros dos Espaços de Estar
cursos d’água , aproveitando do seu potencial de
formação de pequenas “piscinas”.
Outra estratégia importante adotada neste pro-
jeto é a articulação dessa trama com a rede de
drenagem das águas pluviais, coletadas e direcio-
nadas para os cursos d’água existentes. A opção
por uma pavimentação permeável também con-
Pontes de conexão
tribui para a infiltração das águas de chuvas e,
entre ocupações
consequentemente, para o abastecimento do Trilhas e caminhos
lençol freático da região.
Importante dizer, que, neste momento, está sen- gramado e espaços livres servem Leito do Rio Preservado
do implementada pela concessionária estadual a como espaço de lazer a comunidade
leito do rio/nascentes
rede de esgotamento sanitário das ocupações ur- preservados
banas que compõem o parque, garantindo que a
médio prazo haja uma garantia de sobrevivência diagrama da solução interface ocupação
para a trama azul proposta nesse projeto. corque-diagrama das piscinas comuni- 0 1 2 3m - leitos dos rios+ nascentes
tárias-rios
I D E I A S
VI BIENAL DE SUSTENTABILIDADE JOSÉ LUTZENBERGER
D E
C O N C U R S O
07 Ruas tipo A

Ruas de 9 a 10 metros de largura, com baixa declivi-


dade e poucas irregularidades. Possuem capacidade
de captação de água pluvial. Permitem o acesso de
veículos maiores, como os do Serviço de Limpeza
Urbana ou Corpo de Bombeiros. Possuem canteiros
laterais para a arborização.

Piso em blocos de concreto intertravados | 01


Contenção em pré-moldado de concreto | 02
Areia de assentamento | 03
Base em brita n1 | 04 1 2 3 4
1 2
2 2
Base em brita n3 | 05 5 6

Tubo de drenagem pluvial | 06


Corte perspectivado - Rua tipo A

Ruas tipo B
Diagrama de locação das vias
Ruas Compartilhadas
Vias 7,5 metros de largura, topografia variável. Estão
A cartografia das Ocupações do Barreiro nos indica que as na interface com a área de preservação permanen-
vias existentes já possuem características de Ruas Compar- te. Permitem o acesso logístico aos equipamentos
tilhadas. Nelas, o espaço é agenciado constantemente. Não do parque e a opção de contorno às ocupações por
há uma diferenciação demarcada ou limites para o espaço veículos
de cada usuário - a rua é para o pedestre, o ciclista, o carro,
I D E I A S
VI BIENAL DE SUSTENTABILIDADE JOSÉ LUTZENBERGER

a criança que brinca ou os vizinhos que conversam. Estes


negociam o uso simultâneo ou alternado do espaço comum
a todos.
Piso em blocos de concreto intertravados | 01
A busca por sustentabilidade, nesse contexto socio-ambien- Contenção em pré-moldado de concreto | 02
tal, nos orienta a garantir a manutenção dos modos de vida Areia de assentamento | 03
1 3
Base em brita n1 | 04 4
ali existentes e buscar soluções adequadas para a preser- 2 5 6
2
Base em brita n3 | 05
vação do meio-ambiente.
Tubo de drenagem pluvial | 06
Corte perspectivado - Rua tipo B
Nesse contexto, a pavimentação convencional com asfalto
é inadequada, uma vez que esse material permite e atrai a
Ruas tipo C
D E

velocidade dos carros e, consequentemente, expulsaria a


vida e rica dinâmica das ruas das ocupações. Além disso, o
asfalto impermeabiliza o solo e retém maior carga térmica.
O material de pavimentação deve ser permeável, de modo a Vias 7,5 metros de largura, topografia variável. Estão
permitir a absorção da água pelo solo ou captando e con- na interface com a área de preservação permanen-
C O N C U R S O

duzindo-a com segurança nas maiores vazões. Este também te. Permitem o acesso logístico aos equipamentos
deve ser durável sob diversos usos, econômico e de simples do parque e a opção de contorno às ocupações por
execução. Compatível com os usos da rua e seus devidos veículos
requisitos ambientais.

Reconhecendo essa realidade, identificamos três situações


chave, detalhadas a seguir, que podem ser adaptadas e
Piso em blocos de concreto intertravados | 01
replicadas para a pavimentação da maior parte das vias no
Contenção em pré-moldado de concreto | 02
Parque. Além delas, existem as trilhas de acesso aos cursos Areia de assentamento | 03
d’água e e as mata de reflorestamento e de agrofloresta - Base em brita n1 | 04 1 1 3
estas, contudo, são mais variáveis e orgânicas em relação Base em brita n3 | 05 2 2 4
5 6
2 2 2

a sua solução técnica e por esta razão não as detalharemos Tubo de drenagem pluvial | 06
para o escopo deste concurso. Corte perspectivado - Rua tipo C
08 Mobiliário Urbano
1 2 3 3
A partir da modulação do tijolo de cimento e peças simples em argamassa ar-
mada desenhamos um sistema de mobiliário urbano com peças que se contêm concretagem das peças Execução da alvenaria Ancoragem dos tampos Revestimento de
de argamassa armada com blocos de concreto de argamassa armada cimento queimado
em faixas de lagura de 40cm e 100cm. Buscando adaptabilidade e uma simples
reprodução, essas peças podem ser rearranjadas nas diferentes vias, formando
espaços potentes adequados ao seu contexto.

Ruas tipo A Ruas tipo B Ruas tipo C

5,00 m 2,5 m 5,00 m 2,5 m 1,80 m 5,00 m 2,5 m


I D E I A S
VI BIENAL DE SUSTENTABILIDADE JOSÉ LUTZENBERGER
D E
C O N C U R S O
09
I D E I A S
VI BIENAL DE SUSTENTABILIDADE JOSÉ LUTZENBERGER

Escola Sociambiental Nossa Rua a configuração dos telhados permite, a luz do sol entra filtrada pelo lanternin,
A escolha dos materiais priorizou aqueles com baixa ener- com as calhas, uma grande coleta de garantindo iluminação natural linear em todo
agua da chuva para reuso o espaço, qualificando-o independente das
A idéia da escola sociambiental vem de encontro a gia embutida, de origem local e de reduzido impacto am- o ar quente é liberado através janelas e permitindo maior flexibilidade
proposta de potencializar a cultura da sustentabili- biental. Priorizou-se também pela flexibilidade, o que nos das aberturas nos lanternins
dade dentro das ocupações, por meio de uma escola fez a propor a estrutura de cobertura indepeenntente.
de formação política com um enfoque no meio am-
calha metálica
biente. O projeto dessa escola parte dos princípio
da flexibilidade e polivalência de usos, possibilitando
D E

painel fotovoltaico
que ela seja destinada aos mais variados programas
telha fibrocimento
educativos - tais como feiras agroecológicas, even-
tos, etc. A definição da sua implantação foi nortea-
da pela criação de uma pequena praça na ocupação estrutura de captação de água

Paulo Freire, agregando ao projeto do Parque das terças em bambú


Ocupações um importante equipamento cultural de
C O N C U R S O

uso público. manta de isolamento termoacústico

macroestrutura em bambú guadua


o uso do bambú Guadua Angustifólia plinto em concreto bruto painéis solares
os painéis de bambu, vazadaos,
permitem a ventilação cruzada de PET
O Bambu Guadua Angustiólia é a espécie mais impor- painéis de bambu articuláveis
diagrama ambiental
tante das Américas, Isso ocorre porque nenhum outro
janelas articuladas com paineis
recurso natural possui mais: Versatilidade; resistência;
capacidade de adaptação climática; resistência sís-
mica; rápido crescimento; fácil manuseio. Ele cresce parede osb em timber frame
com um diâmetro fixo, diferentemente das árvores.
O Bambu Guadua Angustifolia também atende o Co-
digo Internacional de Construção (IBC). Assim, ob- piso em cimento queimado
jetiva-se incorporar a cultura do bambu de base local
poara contribuir na expansão de uma economia en- sapata isolada
raizada em práticas sustentáveis de construção, mais integração com pátios
isométrica da ala principal perscursos internos programa público salas de aula
duráveis e com baixa energia de produção.
A biblioteca está conectada com a
porque nossa rua? rua e o pátio interno: Estudar como A horta está conectada a cozinha
10 Das discussões com a comunidade acerca do que seria a
Escola das Ocupações, uma questão sempre foi evidente: A
um momento comunitário comunitária e serve para as crianças
terem contato com a cultura do
alimento natural
necessidade de um espaço que sirva para várias coisas, já que
está em comunidade com tão pouco lugar de todos. A escola,
então, tinha de servir a usos diversos: Aula, Feira, dormitó-
rio, festa.... Isso foi de encontro à nossa crença nas escolas as árvores são dispostas de forma
“Open Air”, como discutidas por Hertzberger; E também na a criar sombreado no pátio que
pedagogia de Montessori. Acredita-se, aqui, que as crianças recebe maior insolação
não aprendem só com o professor, mas também com todo o
mundo. Assim, as salas de aula não são fechadas em sí; mas
sim conectadas a uma grande rua - pátio - ponte entre as alas,
nas quais os programas mais públicos (cozinha, biblioteca, sala
de gestão da comunidade) são distribuídos. É nessa rua que se
conectam pátios de diferente caráter -um, horta; outro, gale-
ria; e outro, quadra. E também e nela que se abre as diversas
possibilidades: Para a grande festa e o grande aprendizado
que é viver em comunidade.

0 1m
legenda
Instituição de Ensino Hortas; espaços para
Médio ou técnico plantio e aprendizado

Ensino Infantil Área verde/praça aber-


ta a comunidade
Espaço para aprender
em conjunto; artes, Ensino Fundamental
pintura, teatro A rua interna-galeria está
Auditório para reuniões Norte conectada a malha urbana
Cozinha Comunitária comunitárias e, articulada com paineis de
bambu moveis, pode servir para
Àreas Conectadas
grandes feiras da comunidade
Banheiros pela rua interna a
escola
A entrada está posicionada no eixo da rua in-
I D E I A S
VI BIENAL DE SUSTENTABILIDADE JOSÉ LUTZENBERGER

Paredes em OSB permitin- terna, que conecta os programas mais públicos


Áreas Molhadas do maior flexibilidade na e ligadas a comunidade: Cozinha Comunitá-
mudança da planta ria, Gestão, praça-Quadra, Galeria e Biblioteca

prototipagem infraestrutura dentro dos painéis de babú


ponto de luz
A prototipagem pode ser muito inte-
ressante na hora de mostrar como fun- quadro geral
ciona a montagem da estrutura para os chuveiro
pares. Assim, as pessoas entedem como chave do chuveiro interruptor medidor
torneira
funcionam os esforços e como se fa- ralo da duxa tubulação pia
zem os encaixem das peças. Podem ser
feitas, assim, maquetes com pedreiros
e ajudantes, capacitando-os a realizar tubulação vaso tomada
sanitário valvula de
D E

obras no sistema construtivo. interruptor


conexão entre tubos interrupção

inst. sanitárias inst. hidráulicas inst. elétricas


etapas Construtivas das Alas uniões e conexões no pórtico
peça bambú
C O N C U R S O

interna parafuso
3
parafusos perpassando
ou amarrações 2 bambus
1
1 1 peça 02 peça 01
1

3 3
01.união longitudinal 02. uniões com parafuso
4 porca
4 4 4
barra de parafuso ar-
01. fundação + plinto 02. pórticos bambú 03. cobertura e 04. paredes do programa ferro ou ticulado com
+ piso infraestrutura 1
gancho concretagem
A estrutura pórticada as- Depois de toda a estrutura 1

corte no em conexão
Para evitar que o bambú en- sume todas as cargas da A cobertura é construida de cobertura pronta posi- 2 2

bambu tipo diafragma concreto


tre em contato com a umi- estrutura e é construida em após o pórtico; ele é feita ciona-se os programas. As-
pescado removido na conexão
dade e aprodeça, é preciso conjunto. Para tal, a estru- antes das paredes de forma sim, elas são postas ao longo 2 2
tura é pré-fabricada no solo do tempo, quando a comu- parafuso resiste aos
preparar o piso e o plinto em que garanta qualidade am- esforços
primeiro lugar. e apenas montada em gru- biental, dando liberdade as nidade conseguir arrecadar
po verticalmente. as respectivas verbas.
pessoas construirem depois. 5 5
03. perno tensor 04. ligação vélez

You might also like