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Curso Online:

Jardinagem e Paisagismo
Plantas para interior e exterior, árvores, arbustos, forrações e gramados..........2

Harmonia de cores, formas e texturas.................................................................7

Manutenção do Jardim........................................................................................9

Elementos Paisagísticos....................................................................................10

Modelo de Plantio..............................................................................................12

Distribuição das plantas para sombra, meia sombra e sol e dos elementos
arquitetônicos no jardim.....................................................................................14

Evolução dos estilos de jardins..........................................................................17

Noções básicas de produção de mudas, controle de pragas, podas e fatores


ambientais..........................................................................................................20

Referências Bibliográficas.................................................................................26

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PLANTAS PARA INTERIOR E EXTERIOR,

ÁRVORES, ARBUSTOS, FORRAÇÕES E GRAMADOS

Nos tempo de projetos sustentáveis, o gramado representa uma grande fonte


de consumo de água.

Assim sendo, em lugares do jardim onde não há pisoteio, e sob pequenos


bosques de árvores, a cobertura vegetal ou forração pode cumprir bem o papel
de cobertura do solo.

Desta forma estará preservando a umidade da terra, assim como a beleza do


projeto paisagístico.

As plantas de cobertura vegetal ajudam na retenção das águas da chuva,


assim como nas das regas.

Isto diminui ao que se chama de percolação das águas.

Que é quando a água lavando a terra carrega consigo partículas da camada


superficial do solo.

E, consequentemente, acabam por encher as ruas e transbordar os bueiros.

Escolhem-se as plantas para as forrações, conforme a insolação e o tipo de


solo do local.

Uma vez que as plantas de cobertura vegetal estiverem adaptadas ao local,


passam a necessitar de muito poucos cuidados, fertilizantes e manutenção.

Desde que espalhar-se é uma das características das plantas para forrações, a
seleção cuidadosa é a verdadeira chave do sucesso.

As heras (Hedera helix), por exemplo, além de estender-se pelo chão são
capazes de subir muros e árvores, enredando todos com seus ramos e folhas
triangulares.

Lugares com certo declive costumam ficar esplêndidos com a hera ou então
com a vinca-de-flores azuis (Vinca major).

Além de economizar água, mão-de-obra e ser paisagisticamente corretas no


que diz respeito à sustentabilidade, a maioria das plantas de cobertura vegetal
são excelentes controladoras de inços e ervas daninhas.

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As forrações de altura média como a onda-do-mar (Tradescantia zebrina) e
o singônio (Syngonium), são ótimas para forrações de pequenos bosques e ao
redor de árvores de muita sombra.

Obs.: Também impedem a germinação de outras sementes.

Para cultivo a pleno sol e solos com boa drenagem e também para jardins de
cactos e suculentas, recomenda-se também a maringá ou rosinha-de-sol
(Aptenia) de folhas verdes ou variegadas.

Grandes canteiros sobre gramados, formando notas coloridas com ou sem a


adição de arbustos, árvores ou mesmo palmeiras.

A trapoeraba roxa (Tradescantia pallida) tem sido muito usada para canteiros
em parques públicos e jardins condominiais pela facilidade de cultivo, não
exigindo mão-de-obra de poda e resistindo bem a períodos sem regas.

Outra planta interessante é a ajuga (Ajuga reptans) com folhas cor de vinho ou
variegadas que pode adicionar maior encanto a acabamento de canteiros ou
manchas em locais à meia sombra.

Ao redor de arbustos de cores vivas ou mesmo de folhas diferentes e grandes


como as da Strelitzias (Strelitzia reginae) pode-se utilizar plantas somente
verdes.

Por exemplo, o dinheirinho (Pilea mycrophilla) de crescimento médio e


formando moitas arredondadas, que combina muito bem seu tom verde-vivo
com o tom acinzentado da outra planta.

As plantas rasteiras também podem substituir com sucesso os canteiros de


anuais, bastando escolher plantas que tenham flores.

Por exemplo, temos a falsa-érica (Cuphea gracilis) com várias cores de flores
ou a verbena (Verbena hybrida), de pouca altura e com excelente cobertura do
solo.

Plantas ornamentais são todas aquelas que são cultivadas por sua beleza ou
características visuais mais chamativas como flores, folhas, frutos, formas,
cores, etc…

As plantas ornamentais também podem ser obtidas através do cruzamento


com outras plantas, com o proposito de se obter uma beleza exótica e rara,
dessa forma surgem híbridos, plantas com flores maiores, com maior

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durabilidade, que exigem menos manutenção, resistentes ao clima e
predadores.

As plantas ornamentais exigem muitos cuidados para manter sua beleza e sua
saúde, essas são resistentes ao sol, mas mesmo assim precisam de certos
cuidados.

As árvores são vegetações de características lenhosas, copas definidas e sua


forma adulta atingem mais de seis metros.

Existe uma grande variedade de espécies de árvores que se diferem quanto às


folhas, flores, frutos, estrutura reprodutiva e copa

Como ornamento as árvores produzem sombras, diminuem a amplitude


térmica, amenizam a poluição e do ar, atrai pássaros e os abrigam, formando
belas paisagens, além disso possuem trocos lindos e frutas comestíveis.

Os arbustos são vegetações geralmente lenhosas e possuem bifurcação de


baixa estatura ou perto do solo, e sua forma adulta é inferior a seis metros.

O que difere os arbustos de árvores é tamanho inferior.

Como ornamentos os arbustos servem para delimitar superfícies, contemplam


linhas arquitetônicas, esconde ou destaca vistas pouco estéticas, entretanto
cuidar de arbustos pode ser bem complicado para se manterem em forma.

Trepadeiras são vegetações lenhosas que necessitam de suportes para se


desenvolverem.

Existem basicamente 2 tipos as “Trepadeiras verdadeiras” e “trepadeiras


falsas”.

Palmeiras e cicadáceas possui variados portes e aspectos característicos de


tronco e copa, são plantas de características bastante tropicais

Suas folhas são pinadas, coriáceas e flabeladas, organizadas em hélice e


possuem uma silhueta esbelta.

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Além disso, são plantas de grande valor econômico, seja pela exploração
comercial, tal como, a extração de palmito e coco ou pelo próprio valor
econômico atribuído às mudas em função do seu porte e beleza.

As herbáceas se caracterizam por possuírem caules lenhosos ou semi-


lenhosos e variados tipos de porte.

Normalmente se designam por “ervas”, com altura geralmente inferior a 1-2 m.

O estrato herbáceo é o que apresenta maior diversidade de espécies,


fornecendo alimento a inúmeros organismos.

Estas espécies apresentam, na sua maioria, um ciclo de vida anual, crescendo


e florescendo na Primavera e morrendo no Verão, entretanto deixam sementes
ou bulbos que germinam durante as primeiras chuvas no Outono.

São cultivadas em locais com ou sem sombra. Como ornamento, plantas deste
tipo servem para criar paisagens atrativas dependendo de suas cores e
floração, certamente suas flores são lindas como da amarílis.

As Plantas de forração se caracterizam por possuírem crescimento horizontal e


geralmente cobrem superfícies do solo.

São plantas pequenas, algumas até minúsculas, que servem para deixar
jardins mais bonitos.

Podemos dizer que é uma espécie de “técnica” que ajuda a deixar a parte
externa mais bonita, fazendo uma espécie de acabamento.

Elas cobrem vasos e canteiros por completo. Mas, não são úteis somente pela
beleza, também ajudam para criar texturas, tonalidades diferentes e auxiliam
no controle da umidade.

Além de ornamentos servem para proteger o solo contra erosões, formam


desenhos ou emblemas em paisagismos, entre outras.

As Planta aquáticas vivem em locais aquáticos podendo ser flutuantes,


emergentes, submersas e palustres.

Mas todas elas possuem as capacidades de viverem em ambientes aquáticos


ou com grande quantidade de umidade.

Grande parte das espécies de plantas aquáticas habita lagos, margens de rios,
pântanos e manguezais (em água salobra).

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Algumas destas espécies são muito utilizadas para decorar ou incrementar o
ecossistema de aquários de água doce ou até mesmo marinhos. Outras
espécies são usadas em paisagismo.

Como ornamentos servem para enfeitarem lagos artificial, diminuem o brilho da


água parada, entre outros.

As Plantas suculentas habitam regiões áridas e possuem como características


tecidos carnosos ricos em água. Todo cacto é uma suculenta, mas nem toda
suculenta é um cacto. Essas são uma ótima opção de plantas ornamentais
resistentes ao sol.

As sulentas são formadas por esses dois grupos de plantas cactos e


suculentas.

Amam o sol e terrenos arenosos, e não tem problema com falta de água, são
ótimas plantas para quem não tem muito tempo para cuidar.

Como ornamento as plantas suculentas servem para caracterizar regiões.

Plantas ornamentais resistentes ao sol:

 Chifre de veado
 Hortência
 Rosa príncipe negro
 Fisalis
 Ravenala
 Jade vermelha
 Eucalipto arco-iris
 Ave do paraíso
 Helicônia
 Capim do Texas
 Jade azul
 Palmeira imperial
 Cipreste italiano
 Cróton
 Pata de elefante
 Cacto parafuso

Obs.: Plantas ornamentais resistentes ao sol são todas aqueles que cultivamos
por fatores visuais, como flores.

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HARMONIA DE CORES, FORMAS E TEXTURAS

Precisamos entender os elementos de comunicação de um jardim. Dentre os


mais significativos temos as linhas, formas, texturas e cores, além dos
invisíveis como sons, cheiros, etc.

As linhas podem ser retas, curvas ou mistas. Elas têm o poder de oferecer
impressões diversas ao observador e bem exploradas conferem significado ao
jardim da seguinte maneira:

-linhas horizontais: transmitem calma, paz, descanso

-linhas verticais: sugerem ascensão, grandiosidade, força, permanência.


Quem nunca teve esta sensação perante uma imponente palmeira ou um
grande cipreste italiano?

-linhas curvas: relacionadas com graça, movimento e dinamismo, caso típico


de caminhos sinuosos por entre o jardim.

Este planejamento de linhas serve para fazer a divisão dos espaços, de acordo
com a função de cada ambiente.

Em relação às formas, cada planta possui a sua , como também cada conjunto
delas, as copas das árvores possuem formas diferentes, os arbustos, as
palmeiras e as flores, não é difícil imaginar este maravilhoso jogo de formas em
um jardim.

A textura está relacionada diretamente com as nossas sensações, com o


aspecto. Olhar um cacto e uma rosa, cada um passa sensações diferentes e
deve-se diretamente à textura de cada um. Este conjunto de texturas no jardim,
bem explorado, cria fantásticos efeitos.

As cores têm uma importância e um poder de comunicação tão significativos,


que seu uso deve ser extremamente estudado antes de se compor qualquer
projeto junto aos seus respectivos usuários. Isto se deve ao poder das cores
transmitirem sensações. Tomemos duas cores totalmente opostas; azul e
vermelho.

O vermelho causa sensação de euforia, excitação, ação, calor, além de dar a


impressão de recuo, portanto causando a impressão de diminuição do espaço

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onde está sendo usado, portanto podemos dizer que se tomarmos grandes
áreas e quisermos causar o efeito de diminuição, o uso do vermelho é
extremamente recomendado. O vermelho também causa aumento da pressão
arterial e tensão muscular, tornando-se extremamente estressante quando mal
usado.
O azul por sua vez é o oposto, a sensação de paz, frescor, calma e ao
contrario do vermelho confere ao jardim o sentimento de amplitude, portanto
recomendado para pequenos espaços.

Os princípios da composição paisagística:

-a mensagem: não basta o jardim estar “arrumadinho”, ele tem que dar o
recado, tem que falar com o usuário, deve ter sentido em cada planta colocada.

-o equilíbrio: como em uma balança de dois pratos, funciona também nosso


jardim. É como se houvesse um eixo central e de cada lado o peso dos
componentes deste jardim deve ser igual ao outro.

-a escala: diz sobre o aproveitamento dos espaços, suas distâncias corretas e


no caso das plantas o fator tempo nunca deve ser esquecido, pois o
desenvolvimento de algumas espécies pode interferir na escala antes prevista.

-a dominância: algo sempre dominará o espaço, nem sempre em quantidade,


mas as vezes por expressão conforme cada elemento de comunicação.

-a harmonia: sempre lembrada, a harmonia é a primeira coisa que pensamos


que um jardim deve ter, e a chave para o sucesso normalmente é a
simplicidade. Quando olhamos para o jardim e não conseguimos conceber que
nada pode ser tirado nem colocado, aí sim, ele está harmônico, ou seja, tudo
vira uma coisa só.

-o climax: em qualquer jardim algo nos chama a atenção em primeiro lugar,


aquele objeto que prende nosso olhar por alguns segundos, este é o clímax do
jardim. Podem ser usados um ou mais, cuidado com os exageros que podem
causar uma poluição visual devido a causar uma confusão para o observador.

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MANUTENÇÃO DO JARDIM

A palha é uma excelente aliada da jardinagem, especialmente, se procura uma


solução rápida e fácil. Vantagens: combate as ervas daninhas, ajuda a
melhorar a retenção da humidade do solo para que possa regar as plantas
menos vezes, reduz as doenças e previne a erosão do terreno.

É preferível podar as plantas regularmente do que deixá-las crescer sem


controlo e ter depois o triplo do trabalho. O seu jardim também agradece, já
que as árvores ficam mais bonitas e vistosas. Para fazer a manutenção do
jardim como deve de ser, é aconselhável cortar na diagonal, de modo a evitar a
acumulação de água no local e o constante aparecimento de doenças e
fungos.

Alimente o solo com bastante matéria orgânica como aparas de relva, folhas e
pedaços de madeira das árvores. Adicione também terra, quando for
necessário. Quanto aos fertilizantes tenha cuidado para não exagerar nas
doses, de forma que possa prejudicar os nutrientes do solo. Controle
periodicamente o estado do solo com ajuda de um kit de medição do pH.
Assim, saberá se o solo necessita de fertilizante, ou de uma nova camada de
terra.

Só é possível ter uma relva bonita se a cortar com frequência, para tal utilize
um boa máquina de cortar relva. Quando estiver a fazer a manutenção do
jardim, não faça um corte muito rente, uma vez que provoca uma enorme
tensão e stress à relva fazendo-a ficar seca e castanha. No Verão, mantenha
ainda mais alto o seu relvado, para que as raízes fiquem mais profundas e as
ervas daninhas não aparecem com tanta frequência.

Para impedir a passagem de animais e plante hortelã e malmequeres, pois são


muito eficazes para afastar roedores dos jardins. Quanto aos insetos plante
estrategicamente alho. Os pesticidas naturais também são uma excelente
alternativa para manter os insetos longe, sendo ainda benéficos para muitas
das plantas.

Facilite o trabalho de fazer a manutenção do jardim ao escolher plantas com


necessidades de água semelhantes, para que as possa regar a todas ao
mesmo tempo, sem se preocupar em danificar algumas delas. Evite molhar o
solo apenas em algumas partes. Se o fizer as plantas terão dificuldades em
desenvolver as raízes.

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ELEMENTOS PAISAGÍSTICOS

Um jardim não é construído apenas com plantas. É imprescindível a junção de


outros elementos que, harmonizados com os elementos naturais, constituam
um jardim que atenda às necessidades estéticas e funcionais. Trata-se de
elementos que irão complementar a composição paisagística de acordo com as
necessidades e desejos de quem pretenda implementar um.

A circulação, vias de acesso ou, mais simplesmente, os caminhos do jardim,


são locais destinados ao trânsito de pedestres ou veículos que permitem ao
usuário dirigir-se e apreciar um determinado local da paisagem. Além de
direcionar os frequentadores do jardim, a circulação faz as ligações internas e
externas do jardim, desempenhando o papel de elemento de integração entre
os componentes da paisagem.

Dentre os reservatórios mais simples e fáceis de construir, encontram-se os


tanques e os laguinhos, que cumprem funções importantes no jardim, além de
serem esteticamente agradáveis aos olhos do observador. Quando utilizado
para a formação de espelhos d’água, a forma dos tanques tem apenas o valor
como moldura, cabendo à água nele contida toda a importância ornamental.

O paisagismo é a organização dos espaços externos, sejam eles na cidade ou


no campo, com a finalidade de proporcionar bem-estar aos seres humanos e
conservar bens naturais. Ele engloba ciências, engenharia e arte visando a um
resultado único que incorpore bom gosto e funcionalidade, e interagindo com
as construções e benfeitorias a seu redor. Vários elementos já existem na
paisagem ou serão incorporados a ela, devendo ser considerados ao se iniciar
um projeto na área de paisagismo.

São eles:

 a vegetação,
 a terra,
 a morfologia do terreno,
 os equipamentos de lazer,
 a água, a circulação,
 os passeios,
 o mobiliário urbano e a iluminação.

No projeto paisagístico, tudo deve ser avaliado, como a necessidade de


rampas, pérgulas, canaletas, grelhas, escadas hidráulicas, corrimões e outros

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elementos, que possam facilitar o acesso ou servir de uso para o escoamento
de águas pluviais.

Conhecendo e estudando estes elementos, pode-se planejar o projeto


paisagístico, levando em consideração todas as etapas que devem ser
cumpridas na obra, além dos materiais necessários e de um cronograma de
execução bem definido. O sucesso do projeto, seja em áreas públicas ou em
áreas privadas, deve sempre respeitar o bem-estar das pessoas que
frequentarão estes espaços.

Combinação de cores: pinte os espaços do esboço com cores harmonizando


o conjunto. Depois, procure espécies com as características que você definiu
no passo anterior e que, além disso, exibam as tonalidades desejadas.

Madeira: este elemento dá plasticidade ao jardim. Você tem várias opções


para incorporar a madeira: deques, caminhos marcados com toras, cercas,
troncos ocos usados como jardineiras, etc.

Luz e sombra: identifique os espaços do jardim que recebem luz e cultive


espécies que devem receber sol direto nestas áreas. Valorize os lugares de
sombra plantando espécies chamativas combinadas com algum dos elementos
anteriores do paisagismo.

Pedras: coloque grupos de pedras junto dos maciços, escalinatas ou diferentes


espaços do jardim, para dar um aspecto desestruturado e natural. Não forme
figuras com as pedras, distribua-as de maneira aleatória.

Água: destaque algum elemento hídrico, como uma fonte, uma piscina ou um
curso d’água. Use plantas aquáticas e espécies típicas de várzea e de estuário.
A água será um elemento acústico muito agradável e relaxante.

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MODELO DE PLANTIO

O sistema mulching apresenta diversas vantagens em relação ao sistema


convencional de plantio. Entre elas estão a redução de mão de obra, maior
produtividade, redução do uso de herbicidas, maior retenção de umidade,
controle da temperatura e diminuição de pragas e doenças.

O processo de aplicação do plástico no solo é todo mecânico. Já os buracos


onde são plantadas as mudas são feitos manualmente pelo produtor. O plantio
das mudas também é manual.

O mulching, também chamado de “alcochoado”, é uma das tecnologias


utilizadas para aumentar a produtividade de culturas agrícolas. Trata-se de
uma camada de fina espessura colocada entre o solo e as raízes das plantas,
estejam elas em linhas de plantio ou canteiros. Ela pode ser feita de materiais
orgânicos, como folhas ou palha, ou também por filmes especiais, normalmente
de plástico. No mercado, existem diversos tipos de materiais apropriados,
como plástico dupla-face, que auxiliam no cuidado térmico das plantas.

A ideia principal do mulching é impedir a evaporação e reter água no solo, o


que pode trazer inúmeros benefícios à plantação. É, portanto, uma barreira
física resistente a intempéries entre o sistema radicular das plantas e a
superfície do solo, protegendo-a de condições climáticas adversas e
melhorando a qualidade da colheita.

Além de melhor aproveito da água, o uso da técnica impede o aparecimento de


ervas daninhas e a erosão do solo. Há, ainda, vantagens econômicas indiretas,
como diminuição no uso de herbicidas e fertilizantes e menor contato dos frutos
com o solo.

O mulching também diminui a amplitude térmica entre o dia e noite, favorece


um crescimento uniforme, modifica o microclima e proporciona menor
compactação, além de reduzir a perda de nutrientes por lixiviação ou
escorrimento superficial.

O uso dessa técnica está em expansão no Brasil, principalmente para a


produção de hortaliças e frutas. O baixo custo de implantação, associado às
vantagens posteriores, prometem um crescimento econômico desse setor,
tanto em sentido quantitativo quanto qualitativo. Além de se traduzir em
benefícios para os proprietários rurais e suas escalas de produção, representa
também um ganho para toda a população do país.

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Rosas, margaridas, amarelas ou vermelhas, estas são apenas algumas
variedades de flores que existem no mundo, que vão desde as simples até as
mais sofisticadas e exóticas, agradando a todos os gostos.

Normalmente, estas plantas encantam pela delicadeza que possuem, podendo


ser usadas para presentear alguém ou para enfeitar ambientes e eventos, pois
acrescentam charme, elegância e um toque natural aos espaços.

Para iniciar um plantio de flores é necessário conhecer e dominar as técnicas


que são necessárias para fazer a manutenção adequada das plantas e obter
um produto de qualidade, que consiga chegar com a mesma beleza e aroma
até o consumidor final.

Para iniciar a sua plantação de flores, a primeira coisa a se fazer é escolher a


localização adequada para instalar este negócio. Esta escolha envolve
algumas questões específicas, quando se fala em plantação, logo se pensa em
uma zona rural e de fato isto está correto.

Mas, como as flores são muito perecíveis, é importante que o lugar escolhido
também esteja próximo da cidade para facilitar o transporte e a conservação do
produto.

O cultivo de flores deve ser instalado em uma propriedade que tem fácil acesso
para os fornecedores de insumos, para os consumidores e empregados,
devendo estar perto de rodovias.

O terreno selecionado para a plantação deve contar com um solo de qualidade,


que seja rico em nutrientes, pois o sucesso da produção depende deste fator.

As flores, ao contrário dos frutos, são mais “complicadas” para ficarem em bom
estado, porque é muito da sua questão estética, por isso os mínimos detalhes
são importantes e precisam ser observados.

Para trabalhar de forma regular e evitar transtornos com os órgãos


reguladores, o produtor deve obter as autorizações legais para iniciar a
plantação de flores.

O local deve conter espaço para ser expandido, pois o tamanho do negócio
tende a variar gradativamente.

Basicamente, para exercer esta atividade é preciso ter um viveiro de


plantas para cada espécie de flor que será cultivada, uma área para resolver as
questões administrativas do negócio, um almoxarifado, estoque para o
armazenamento dos insumos e adubos para a plantação.

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DISTRIBUIÇÃO DAS PLANTAS PARA SOMBRA, MEIA SOMBRA E SOL E
DOS ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS NO JARDIM

As plantas que precisam de somente 3h diárias de sol por dia e ficam sob luz
indireta durante o resto do tempo.

Elas podem ser cultivadas em vasos em jardins, canteiros e varandas.

Pacová
Ela não gosta de sol direto e se contenta com boa luminosidade. É ideal para
áreas internas e varandas que não recebem muito sol. Regue moderadamente,
deixando o solo levemente seco entre uma rega e outra.

Lírio-da-paz
Suas folhas não aguentam a incidência direta de sol, por isso, ela é uma boa
opção para ser decorar ambientes internos ou externos. Cultive-a em vasos ou
junto a muros.

Clívia
Originária da África do Sul é cultivada em canteiros ou vasos, à meia-sombra,
tendo um florescimento abundante em regiões de altitude e de clima ameno.

Pata-de-elefante
Vale dizer que a pata-de-elefante é uma espécie que não necessita de tantos
cuidados, uma vez que pode sobreviver em situações extremas. O que pode
ser prejudicial a ela é a rega em excesso.

Maranta
Ela gosta de solo com bastante matéria orgânica e bem drenado. Perfeita para
jardins e ambientes com meia-sombra, ela precisa de irrigações constantes.

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Pleomele
Apesar de ser uma planta tropical, a pleomele prefere luz indireta ou meia-
sombra. Precisa que o solo seja bem drenado.

Espada-de-são-jorge
Africana de origem, a espada-de-são-jorge cabe em qualquer estilo e lugar.
Reza a lenda, ainda traz proteção para a casa.

Lança-de-são-jorge
É uma espécie que adora ambientes internos e pede pouca água. Suporta até
ambientes com ar condicionado.

Bambu-mossô
É uma das espécies mais conhecidas de bambu. Gosta muito de luz solar, mas
pode se desenvolver bem perto de uma janela ou porta iluminada. Caso não
haja iluminação suficiente, ela pode morrer.

Imagem: Marcelo Magnani/Editora Globo-Revista Casa e Jardim

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Peperômia
Com folhagem pendente e ornamental, é ótima para o plantio em em
jardineiras, vasos suspensos ou jardins verticais.

Bromélia
A luminosidade dessa espécie depende da cor das suas folhas. Quanto mais
escuras, mais necessitam de luz.

Zamioculca
Sol pleno não é com ela: a herbácea gosta mesmo é de lugares sombreados e
áreas internas. Quanto às regas, é preferível deixá-la passar sede a regar em
excesso.

Uma das principais características para a composição de um jardim é a


insolação. A incidência de raios solares é determinante para a escolha das
espécies que vão formar o jardim, já que cada planta tem sua necessidade de
tempo de sol para sobrevivência.

O sol é a fonte de alimento para as plantas. Elas usam a energia captada, para
a reação química dos nutrientes que a o caule e as folhas coletam no
ambiente, a chamada fotossíntese. Cada espécie exige uma quantidade maior
ou menor de incidência solar para essa reação e será isso que determinará sua
localização no espaço.

Quando uma planta de sol pleno recebe pouca luminosidade, ela acaba não
conseguindo produzir a energia necessária para sua alimentação e, dessa
forma, acaba não crescendo, nem produzindo flores e frutos, ficando murcha e
sem vida. No caso contrário, quando uma planta de sombra recebe irradiação
em excesso, o calor necessário para a composição química se excede e a
planta acaba “queimando”.

Dessa forma, é extremamente necessário o estudo do local em que será


implantado o jardim, analisando o caminho solar durando o dia e as projeções
de sombra, para então, escolher as espécies ideais para o ambiente.

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EVOLUÇÃO DOS ESTILOS DE JARDINS

Os jardins, desde sempre, têm um lugar privilegiado na casa das pessoas.

Além dos convencionais, o jardim vertical tem feito a cabeça de quem não tem
muito espaço em casa.

Os jardins clássicos são marcados pelas formas geométricas, simetria e


separação dos espaços. É bastante frequente o uso de coníferas e plantas que
podem ser podadas, formando figuras de topiaria (esculturas vegetais).
Também são bastante vistos neste tipo de paisagismo estátuas, escadarias e
fontes de água. Geralmente tem dimensões monumentais.

Tal configuração foi uma evolução dos jardins da época do Renascimento


(século XVI) que atingiu seu auge na França e Itália. O jardim era praticamente
todo verde, com áreas sombreadas, e podiam conter canteiros com flores para
um diferencial na época da primavera-verão.

O jardim inglês tem um traçado mais orgânico, em que os diversos elementos


se integram visualmente na paisagem. As plantas são mantidas em sua forma
natural, ou seja, sem fazer o uso da técnica de topiaria.

Este estilo tem bastante influência dos jardins chineses e japoneses e no jardim
inglês do século XVIII, que era caracterizado pelo uso de muitas espécies de
plantas. Apesar de parecer feito ao acaso, a concepção era formal e muito bem
pensada, mas sua implantação seguia de forma despretensiosa. Não havia a
preocupação da simetria como no estilo clássico - muito pelo contrário, a
assimetria era o que trazia o efeito surpresa! Também eram comuns ruínas e
elementos arquitetônicos que remetiam à antiguidade, juntamente com
espelhos d’ água.

O jardim tropical é quase sempre caracterizado pela forma informal da


composição e pela presença de vegetação nativa como palmeiras, plantas
aquáticas, bromélias, ágaves, dracenas, monsteras, samambaias, entre outras.
Para integrar todos esses elementos visualmente, o gramado ou vegetação
rasteira é praticamente obrigatório.

No Jardim rochoso ou árido a vegetação é predominantemente de plantas


nativas de clima seco e árido, como as suculentas, plantas xerófitas e cactos.
Também há bastante uso de pedras e areia para complementar o conjunto e
trazer uma paisagem árida. No jardim árido você nunca verá um gramado
verde complementando, por exemplo.

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No Jardim japonês a estética anda junto com a concepção espiritual. Todos os
elementos têm de estar de acordo com a filosofia de vida oriental. Pedra, água,
ponte, lamparina de pedra, bambu, bonsai e carpas, são praticamente
obrigatórios nos jardins deste estilo. As flores mais comuns são azaleias,
cerejeira do Japão, grama japonesa, camélia, íris, entre outros.

O jardim oriental é um dos mais antigos e tradicionais. Estima-se que surgiu


por volta do ano 2000 a.C, com o objetivo de recriar a natureza e para serem
locais de meditação e concentrar a atenção no essencial. A utilização de
vegetação perene proporcionava um visual estável e sem alterações durante o
passar do ano.

O jardim sensorial tem ganhado força nos últimos tempos. O público alvo são
pessoas com necessidades especiais, por exemplo aos portadores de
deficiência visual ou crianças e idosos. Este é um jardim para ser sentido de
todas as formas, com o tato, visão, audição, olfato e por que não o paladar.
Geralmente este jardim é construído como um circuito, em que cada etapa
proporciona uma sensação diferente. Aqui a ideia é variar texturas, cheiros e
cores, como um caminho em que a cada passo é possível sentir as pedras, a
areia, a madeira...

Pode-se observar que antes mesmo das primeiras civilizações, existiu o


"Jardim do Paraíso", onde Deus colocou Adão e Eva. Em Gênesis I e II, é
descrito como um parque "que Deus plantou e onde se cultivavam árvores de
todas as espécies, agradáveis para se contemplar e alimentar". Assim, as
árvores foram veneradas pela fertilidade, vitalidade e o alimento que
representavam.
Através dos fatos que a história da civilização registra pode-se constatar que o
oriente próximo foi uma das regiões de grande importância, pois foi o berço das
civilizações. Estas civilizações antigas contribuíram - e muito - para a evolução
das ciências e das artes. E não distante disto, o paisagismo evolui como
expressão artística.

A mais antiga manifestação do paisagismo no Brasil ocorreu na primeira


metade do século XVII, em Pernambuco, por obra de Maurício de Nassau,
durante a invasão holandesa, da qual restou uma grande quantidade de
laranjeiras, tangerinas e limoeiros plantados e raros desenhos pouco nítidos de
Frans Post.

A história documentada do paisagismo iniciou-se com a chegada de Dom João


VI em 1807, que destinou ao Jardim Botânico a vocação de fomentar espécies
vegetais para a produção de carvão, matéria-prima para a fabricação de
pólvora. Foram elas:

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Albizzi lebeck - Coração de Negro
Eucalyptus gigantea - Eucalipto
Melia azedarach - Cinamomo
Anadenanthera pavonia – Carolina

Mais tarde, com a transformação do Jardim Botânico em Horto Real pelo


próprio Dom João VI, outras espécies foram introduzidas. Abaixo algumas
delas:

Cinnamomum ceylanicum - Caneleira do Ceilão


C. canphora - Canfoeira
Murraya exotica - Falsa murta
Gardenia jasminoide - Gardênia
Aglaia odorata - Aglaia
Michelia champaca - Magnólia
Osmanthus fragans - Jasmim-do-imperador

Em 1809, Dom João VI invadiu a Guiana Francesa, revidando a ocupação de


Portugal pelos franceses. Como despojos dessa guerra, chegaram ao Brasil
espécies frutíferas como: abacateiro, lichieiro, caramboleira, jamboeiro,
jaqueira, tamarindeiro, noz-moscada, fruta-pão, dilênia e flor-de-abril.
Contratado por Dom João VI, o agrônomo francês Paul German introduziu
inúmeras espécies entre elas: Acalifas, Crotons, Datura, Dombeia, Furcraea,
Ixora, Resedá, Jasmim-manga, Bico-de-papagaio, Flamboyant, Árvore-do-
viajante
Muitas espécies floríferas foram trazidas pelos cônsules e embaixadores,
influenciados por suas mulheres. Alguns exemplos: Agapantos, copos-de-leite,
dálias, dracenas, hibiscos, jasmins, lírios, margaridas, cravos, rosas.

O efeito urbanístico do Rio de Janeiro espalhou-se por outros estados porém,


pela falta de técnicos especializados, nem sempre com um estilo coerente e
bom gosto. Assim, até hoje sobrevivem alguns arbustos tosados de diversas
formas. Outros erros foram cometidos, como o plantio de jaqueiras, coqueiros e
figueiras em praças públicas. Sem contar o uso de flamboyants na arborização
de ruas.

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NOÇÕES BÁSICAS DE PRODUÇÃO DE MUDAS, CONTROLE DE PRAGAS,
PODAS E FATORES AMBIENTAIS

É fundamental estudar a história dos jardins, pois é o reflexo do relacionamento


humano com a natureza. A própria palavra jardim vem da junção do hebreu
“gan” (proteger, defender) e “éden” (prazer, delícia) e expressa de certa forma
a imagem de um pequeno mundo ideal, perfeito e privativo. Portanto, os
grandes jardins da história são como um vocabulário do desenho idealizado da
paisagem, como cada civilização desejava que ela fosse. É sobre essa tradição
que se assentam nossas práticas e posturas em relação à paisagem.

Jardim é um terreno onde se cultivam plantas ornamentais, úteis ou para o


estudo, é também uma obra de arte, com elementos vivos e inertes, no qual o
homem procura, nos momentos de lazer, um contato com a natureza. Estão
presentes em todo percurso da história da humanidade e, certamente, em suas
origens se vinculam à da própria agricultura, com a domesticação das primeiras
plantas úteis, ainda na pré-história. Ao longo de toda história ocorre
transformações que podem ser caracterizadas pelos estilos próprios de cada
época e cultura.

Pérsia, China e Egito foram os locais das mais antigas civilizações conhecidas,
e são no geral regiões áridas. Água sempre foi um recurso fundamental, e
irrigação uma palavra mágica. Num clima quente e seco, sombra e água fresca
são tudo o que se quer, e assim os primeiros jardins incluíam tanques, canais
de irrigação e árvores para sombra. O desenho e as plantas utilizadas tinham a
agricultura como referência: árvores frutíferas, condimentos, plantas de uso
ritual e muita linha reta. No Egito, o religioso era um traço marcante nos jardins
dos faraós, com plantas sagradas como o lótus, o papiro e a tamareira.

A partir do renascimento, durante o século XVI, surgiram três estilos de jardins


europeus que influenciaram toda a jardinagem, o italiano, inglês e francês.

A produção de mudas pode ser feita em bandejas de isopor e tem a vantagem


de facilitar a semeadura e o manuseio das mesmas; permitir melhor controle
sanitário e nutricional; facilitar o transporte para o local definitivo; e reduzir a
necessidade de replantio.

Recomenda-se utilizar bandejas com 200 células. Entretanto, alguns viveiristas


têm utilizado bandejas com 288 células, com tendência para se utilizar
bandejas com até 400 células. Nesse caso, em função do pequeno volume de
substrato disponível em cada célula, as mudas se formam com pequeno

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volume de raízes, aumentando o risco de ocorrência de deficiência nutricional.
Recomendam-se, portanto, adubações complementares e regulares com
macro e micronutrientes.

As mudas devem ser uniformes, evitando-se o uso daquelas muito pequenas,


que ficam facilmente enterradas, e de mudas muito estioladas, que são
facilmente danificadas durante o transplante com máquinas.

A estrutura de proteção para a produção das mudas deve ser coberta com
plástico apropriado e fechada lateralmente com tela de malha estreita, para
impedir a entrada de insetos, principalmente os afídios. Em locais com
temperatura elevada e baixa umidade relativa é recomendável a colocação de
tela do tipo sombrite, com 60% de sombra, na parte interna da casa de
vegetação, a uma altura de 2,5 m, para reduzir a evapotranspiração.

As bandejas devem ser colocadas sobre suportes para que fiquem a 30 cm do


solo . O sistema mais comum e barato para construção dos suportes consiste
em esticar fortemente dois ou três fios paralelos de arame de aço galvanizado,
distanciados de 45 cm quando utilizar dois fios, ou 15 cm quando utilizar três
fios, para sustentar cada fileira de bandejas. De dois em dois metros são
colocados suportes para evitar o arqueamento dos fios.

Para enchimento das células das bandejas, utiliza-se um substrato composto


por vermiculita expandida, casca de pinus, casca de arroz carbonizada e
fertilizantes. Nas bandejas de 200 células, cada célula recebe de 10 a 15 g de
substrato, o que equivale a cerca de 4,2 litros de substrato por bandeja. Esse
substrato pode ser adquirido comercialmente ou produzido na propriedade,
desde que se teste a proporção dos ingredientes, antes de se iniciar a
produção de mudas em grande escala.

Após o enchimento das células, faz-se a compactação do substrato e a


abertura dos furos com 1 cm de profundidade (um furo por célula). Coloca-se
uma ou duas sementes por furo, recobrindo-as em seguida com substrato
peneirado ou com vermiculita pura de granulometria média ou fina. Gastam-se
aproximadamente 90 a 100 g de sementes para produzir mudas para um
hectare. Para produção de mudas em grande escala, a semeadura nas
bandejas pode ser feita por máquinas automáticas de precisão que têm
rendimento de 120 a 300 bandejas por hora . Após a semeadura, as bandejas
são umedecidas e armazenadas em pilhas, por 72 horas, em um galpão
coberto. Durante esse período, as sementes iniciam o processo de
germinação, em seguida as bandejas são transferidas para as casas de
vegetação ou telados.

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Independentemente do número de células na bandeja, é relativamente
pequeno o volume de substrato contido em cada célula e a quantidade de água
retida. À medida que as mudas se desenvolvem, a água disponível se esgota
em períodos cada vez mais curtos, exigindo irrigações cada vez mais
frequentes.

Durante o crescimento das mudas, pode haver o esgotamento de nutrientes,


ocasionando sintomas de deficiência, principalmente de nitrogênio. Para a
correção da deficiência, faz-se a aplicação de uréia a 0,5% ou fosfato
monoamônico a 0,5% pela água de irrigação ou por via foliar, juntamente com
a pulverização de agrotóxicos. Dependendo da composição do substrato pode
ser necessário aplicar outros nutrientes. Nesse caso, recomenda-se um
fertilizante foliar formulado com micro e macronutrientes, seguindo a
recomendação do fabricante. A aplicação de nutrientes e a irrigação na fase de
produção de mudas deverão ser uniformes evitando-se, desse modo, que as
mudas fiquem desuniformes, dificultando as operações de transplante e
colheita.

Ter um jardim bonito em casa não demanda muito espaço e nem muito
trabalho, e mesmo morando em apartamento dá para ter um jardinzinho de
temperos e plantas ornamentais. Além de escolher o tipo de planta mais
adequada para as condições de luz e sombra da sua casa, é preciso regá-las
de acordo com sua necessidade, adubá-las e controlar as famigeradas pragas
de jardim – bichinhos que atacam as plantas e podem até transmitir doenças
para a sua família.

Entre as pragas mais comuns estão os ácaros, moscas brancas, pulgões,


cochonilhas, lagartas e formigas, e é justo na primavera e no verão que eles
atacam mais, por conta da temperatura alta propiciar sua reprodução, e
também pelas plantas ficarem mais vulneráveis. Uma boa maneira de combatê-
los é lançando mão de inseticidas e pesticidas naturais, feitos em casa com
ingredientes simples, como cravo-da-índia, pó de café, pimenta-do-reino e alho,
facilmente encontrados em qualquer despensa.

Geralmente os insetos e pragas atacam as plantas quando elas estão


enfraquecidas, seja pelo excesso de calor ou de umidade, pela falta de
nutrientes no solo ou pouca ventilação. Assim, para espantar as pragas, o
primeiro passo é cuidar direitinho das suas plantas, para que elas possam se
defender naturalmente de ataques externos.

Com o uso de agrotóxicos e outros venenos, muitos insetos que fazem o


controle das pragas acabam morrendo também. Um exemplo são as joaninhas,
que se alimentam dos pulgões. Há também algumas plantas que ajudam a
espantar as pragas das plantas vizinhas, como hortelã, alecrim, alho, arruda,

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calêndula, camomila, capuchinha, cravo, confrei, gerânio, girassol, malva,
menta, sálvia, salsa, trevo e tomilho. Plantar cebolas também ajuda a controlar
pragas em roseiras. Outra alternativa é deixar comedouros para pássaros no
jardim. Os passarinhos, além de alegrar o ambiente, também caçam os
bichinhos indesejados.

Pulgões

Eles podem ser cinzas, pretos, marrons, verdes – e sua principal tarefa é
debilitar a planta sugando sua seiva. Eles podem ser retirados manualmente
com a ajuda de um chumaço de algodão embebido em álcool. Calda de fumo
também é uma boa opção para combater esta praga.

Moscas brancas

Apesar do nome, esses insetos não são moscas, e se alimentam da seiva da


planta. É uma das pragas de jardim mais difíceis de se livrar. Plantas benéficas
como hortelã e arruda geralmente dão conta de espantar esses insetos. Outra
alternativa é pulverizar chá de hortelã na planta atacada.

Ácaros

Não é apenas na poeira dos móveis que vivem os ácaros – eles também
atacam plantas, deixando-as com um aspecto enferrujado. Como não gostam
de umidade, procure borrifar água na planta regularmente. Para casos mais
severos, faça uma calda usando 10 cm de fumo de rolo e 50 g de sabão de
coco. Deixe de molho em 1 litro de água por 24 horas; depois coe a mistura e
borrife nas plantas.

Cochonilhas

Esses bichinhos minúsculos e branquinhos sugam a seiva da planta e também


acabam atraindo formigas. Para dar um fim nelas você pode borrifar calda de
fumo na planta, ou então, usar uma emulsão de óleo. Para fazê-lo, junte 2 litros
de água, 1 quilo de sabão de coco picado e 8 litros de óleo mineral. Leve tudo
ao fogo até virar uma pasta. Antes de aplicar na planta, dilua 50 g da pasta em
3 litros de água.

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Lagartas

Tanto as lagartas quanto taturanas comem folhas e brotos das plantas,


debilitando-as. O melhor é retirá-las uma a uma, usando uma luva. Se a
infestação for muito grande, faça uma calda com angico, usando 100 g de
folhas e vagens da planta, deixando de molho em 1 litro de água por uma
semana. Depois dilua uma parte da calda para 10 partes de água, coloque em
um borrifador e pulverize nas plantas que foram atacadas.

Formigas

As espécies cortadeiras são as que mais prejudicam as plantas, pois cortam


suas folhas para levar à sua toca, onde alimentam os fungos que lhe servem
de comida. Para espantá-las, salpique sementes de gergelim na terra. Se
jogado diretamente no formigueiro, o gergelim também acaba com os fungos.

O objetivo da poda é o controle do porte e da forma das plantas, além de


incentivar a floração e a frutificação.

É importante remover galhos quebrados ou doentes porque eles retiram a força


da planta e ainda atrapalham o acesso de luz e ar no interior da copa. Ao cortá-
los logo acima de uma gema (pequeno nó), um novo ramo irá nascer. Para
eliminar o galho todo, corte rente ao caule ou ao ramo maior. Folhas secas
e flores murchas também devem ser retiradas.

Algumas árvores costumam produzir um ramo que se diferencia dos demais


por ser grande, vigoroso e com crescimento muito superior aos outros.
Chamado de galho-ladrão, ele rouba a força dos outros ramos e atrapalha o
desenvolvimento da planta. Corte-o sem dó até o tronco. Sua simples retirada
já faz com que a planta floresça e frutifique mais.

Precisa cortar uma haste ou uma folha machucada? Primeiro, esterilize a


tesoura de poda com um maçarico ou com a chama do fogão e só faça o corte
quando o instrumento esfriar. Depois, passe um pouco de canela em pó ou de
extrato de própolis no local que ficou exposto. Ótimos cicatrizantes naturais,
eles ajudam a evitar a entrada de pragas e doenças.

No caso das roseiras, a poda interfere diretamente na quantidade e qualidade


das flores. O método incentiva o surgimento de novos brotos, dá vigor à planta
e aumenta a floração. Pode sem pena e sem dó durante o inverno, para que
ela volte com força total. Embora não haja uma comprovação científica, há

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quem acredite que a poda na lua minguante garanta uma inflorescência ainda
mais especial.

Em gramados a poda auxilia no aumento de brotos e equilibra o crescimento


das gramíneas. Podas muito frequentes tendem a esgotar as reservas
nutritivas da grama. Para garantir a saúde do gramado, mantenha a altura de 5
a 10 cm.

Em frutíferas quando bem realizada, a poda faz com que as árvores produzam
mais. De maneira geral, os cortes são feitos um pouco antes da primavera.
Mas atenção: não pode arbustos e árvores durante a floração, porque isso
significa que elas estão em atividade e a poda será prejudicial à planta. Outra
dica: use sempre ferramentas bem afiadas para evitar “machucados” nos
galhos.

Há vários tipos de podas em árvores: a de formação, que elimina os galhos


mais baixos e deixa o tronco livre até a altura de 2 ou 3 m para a circulação de
pessoas (quanto mais cedo esse tipo de contenção for realizado, menos a
árvore sofrerá); a de adequação, que ajusta a espécie ao local onde ela está
inserida; e o corte de galhos mal posicionados. Em geral, são ramos que
atrapalham o crescimento e o desenvolvimento de galhos vigorosos e, quando
eliminados, permitem a ventilação da copa. Ao realizar o corte, em qualquer
uma das situações descritas, faça-o junto ao tronco e sem deixar fiapos para
não comprometer a cicatrização.

A Jardinagem é uma atividade profissional ou recreativa que tem o objetivo de


embelezar determinados locais, públicos ou privados pelo cultivo e manutenção
de plantas.

A jardinagem de interiores ocupa-se, essencialmente da manutenção de


plantas ornamentais domésticas, usadas por toda a casa, mas podendo ter
lugar de destaque nos chamados jardins de inverno.

Em algumas culturas, como a japonesa, a jardinagem é considerada uma arte


de importância considerável.

Ela também pode ser considerada um sistema agrícola, e faz parte dos
mundiais. Pode ser encontrado na Ásia de monções (Vietnã, Camboja, Japão),
utiliza poucas técnicas de produção (mão de obra abundante e barata), cultivo
em pequenas e médias propriedades; policultura voltada ao mercado interno.
Exemplos: arroz (rizicultura) e hortaliças.

Arquitetura paisagista ou paisagismo é a arte e a técnica de promover


o projeto, planejamento, gestão e preservação de espaços livres, urbanos ou
não, de forma a processar micro e macro-paisagens.

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Sobre o autor:

João Bosco Carvalho da Silva Engenheiro Agrônomo, Leonardo de Britto


Giordano Engenheiro Agrônomo, Ossami Furumoto Engenheiro
Agrônomo,Leonardo da Silva Boiteux Engenheiro Agrônomo, Félix Humberto
França

Engenheiro Agrônomo, Geni Litvin Villas Bôas Engenheira Agrônoma,Marina


Castelo Branco Engenheira Agrônoma, Maria Alice de Medeiros Bióloga, Waldir
Marouelli Engenheiro Agrônomo, Washington Luiz Carvalho e Silva

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Engenheiro Agrônomo, Carlos Alberto Lopes Engenheiro Agrônomo, Antônio
Carlos Ávila Engenheiro Agrônomo,Warley Marcos Nascimento Engenheiro
Agrônomo,Welington Pereira Engenheiro Agrônomo. Embrapa. Cultivo de
Tomate para Industrialização.

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