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DIREITO

PENAL

TEORIAS DA CONDUTA

Teoria causalista

1. Introdução

Caro(a) leitor(a), nesta unidade de aprendizagem estudaremos a teoria causal da


ação, eventualmente também referida como teoria clássica, teoria naturalista ou
naturalística, teoria positivista e/ou teoria causalista. Essa perspectiva da conduta
penalmente relevante foi construída no interior do primeiro dos tradicionais sistemas
do fato punível, o assim chamado sistema clássico (eventualmente também
referenciado como sistema causal, sistema causal-naturalista, sistema
naturalista, sistema positivista, sistema Liszt-Beling ou sistema Liszt-Beling-
Radbruch), estrutura essa que se consubstanciou na primeira das sistematizações
coerentes das categorias do fato punível e que conseguiu aglutinar ao redor do ponto
de vista do naturalismo cientificista, embora sob uma chuva de críticas, as categorias
centrais do delito, como o tipo, a conduta, a antijuridicidade, o nexo causal, a
culpabilidade e outras.

Alguns pontos nos quais nos debruçaremos serão, exemplificativamente: (a) a


necessidade do resultado em todos os delitos no sistema clássico; (b) o trato da
comissão e da omissão na teoria causal; (c) a relação de causalidade fundamentadora
da teoria; (d) a posição dos elementos subjetivos – dolo e culpa; (e) as particulares
críticas doutrinárias que, apontadas em desfavor da teoria causalista, levaram autores
posteriores a reformulá-la e, progressivamente, abandoná-la, até que chegássemos à
teoria da ação final, hoje predominante tanto na literatura brasileira quanto na doutrina
internacional.

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2. Fundamentos

As formulações do sistema clássico de delito tiveram como base o esquema


antijuridicidade objetiva versus culpabilidade subjetiva (o assim denominado
esquema objetivo-subjetivo de injusto penal), que foi fruto, em grande parte, do
trabalho minucioso de Rudolph von Jhering, professor de Franz von Liszt – este o maior
expoente do modelo clássico e, por via de consequência, da teoria causalista da ação.
Essa tendência representou um abandono parcial de algumas posturas teóricas de
matriz hegeliana presentes em autores anteriores ao modelo clássico, como Karl von
Grolman, Julius Abegg, Albert Friedrich Berner e Christian Köstlin. Esses autores,
responsáveis por formulações de ação próximas à proposta do próprio Hegel (a ação
como exteriorização da vontade), antecederam os trabalhos do positivismo penal.

É a partir desse momento, que data de meados do século XIX, que o sistema clássico de
fato punível foi estruturado a partir da tentativa de Franz von Liszt, seguindo a
tendência de alguns intelectuais do século XIX de aproximar o pensamento jurídico
das ciências naturais.

Muito Importante!
--
As premissas teóricas da teoria causalista/naturalista da conduta estão
fortemente influenciadas pelo positivismo filosófico, ou seja, uma
matriz de pensamento segundo o qual a realidade se limita aos
fenômenos sensorialmente apreensíveis. Significa dizer, em outras
palavras, que a missão da ciência (incluída aqui a própria ciência do
Direito, nessa tendência de aproximação dos discursos jurídico e
naturalístico que mencionamos) seria a simples captação e explicação
das relações de causalidade entre os fatos físicos que acontecessem no
mundo.

..

É nesse contexto, tributário inclusive das concepções físicas de autores como Darwin e
Newton, que se tem a criação de um sistema positivista, centrado na relação de
causalidade física e regido pela teoria da equivalência dos antecedentes causais.
Esse sistema, cujo mais proeminente expoente foi, como se disse, Franz von Liszt, a

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quem se atribui a “paternidade’’ da teoria causalista, foi posteriormente integrado com
as contribuições de outros autores, notadamente Ernst von Beling, que produziu um
trabalho de enorme importância para a teoria do tipo penal, e Gustav Radbruch, um
jurista relevante também para o sistema de fato punível que se seguiu ao sistema
clássico, o sistema neoclássico ou sistema neokantiano.

Atenção!

Deve-se, para fins de prova, ter extrema atenção ao nome dos autores
expoentes de cada um dos sistemas/modelos de fato punível, posto que
esse conhecimento é frequentemente objeto de cobrança em avaliações
objetivas e subjetivas – discursivas e orais.

Tendo isso em mente, não raras vezes aparece nos certames a


nomenclatura sistema Liszt-Beling, para designar que o modelo
clássico de fato punível – inclusive, por óbvio, a teoria naturalista da
conduta – foi fruto dos trabalhos de Franz von Liszt e Ernst von
Beling. Nada obstante, como deixamos entrever, Gustav Radbruch
também foi um autor importante nessa temática. Parcela da literatura
brasileira, portanto, se utiliza da nomenclatura sistema Liszt-Beling-
Radbruch. Ambas as denominações – sistema Liszt-Beling e sistema
Liszt-Beling-Radbruch – estão corretas.

Tenha atenção somente para o fato de que Gustav Radbruch também


foi um autor muito importante para o sistema
neoclássico/neokantiano de fato punível, sobretudo no que toca à
teoria da ação como conceito valorado. Esse antigo professor
transitou, em seus trabalhos, pelos sistemas clássico e neoclássico.

Norteado por essa concepção naturalística de fato punível, Franz von Liszt estatui a
conduta penalmente relevante como uma ação voluntária que causa uma mudança
no mundo exterior, perceptível pelos sentidos. Nessa perspectiva, é necessário
frisar que todas as ações possuiriam necessariamente um resultado, mesmo as
ações omissivas. É interessante perceber que existia consenso doutrinário entre os
próprios causalistas (partidários do sistema clássico de fato punível) no sentido de que

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não somente os crimes materiais possuíam um resultado necessário, mas
também os crimes formais ou crimes de mera conduta/mera atividade. O
resultado, nessa perspectiva, seria a própria atividade proibida. Predomina, portanto,
a concepção de que todo delito pressupõe um resultado.

Nas palavras do próprio professor alemão, traduzido para o português no século XIX,
“toda acção, por fora da idéa mesma, se liga a um resultado qualquer
apreciável pelos sentidos, ainda quando o legislador abstraia apparentemente
de um resultado ulterior que na verdade elle tem em vista. Isto é também
verdade dos delictos de inacção propriamente ditos” (LISZT, 1899, p. 195 − grifos
nossos).

PARA A CONDUTA CAUSAL/NATURALISTA, TODO DELITO PRESSUPÕE,


NECESSARIAMENTE, A OCORRÊNCIA DE UM RESULTADO

Crimes materiais O resultado é a efetiva modificação


exterior do mundo empírico,
perceptível pelos sentidos. Tem-se o
mesmo sentido daquele utilizado pela
literatura moderna para designar o
resultado naturalístico nos crimes de
efetivo dano, como o homicídio (art. 121,
Código Penal − CP) e o furto (art. 155,
CP).

Crimes formais/de mera conduta/de O resultado é a própria atividade


mera atividade proibida. Essa postura é
substancialmente diferente do trato
dispensado atualmente pela literatura a
essa categoria de delitos, posto que,
nelas, na concepção que hoje vigora
majoritariamente, (a) pode ou não haver
um resultado – no caso dos crimes
formais –, sendo irrelevante a sua
ocorrência para a consumação do fato; ou
(b) não há resultado – no caso dos
crimes de mera conduta/mera atividade.

Crimes comissivos (conduta ativa, O resultado está previsto no próprio tipo

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ação) legal de crime.

Crimes omissivos (conduta negativa, O resultado existe, somente não estando


omissão) previsto no tipo legal de crime.

A partir dessa perspectiva, a doutrina majoritária estatuirá, então, que, para Von Liszt,
o delito seria composto por dois elementos indispensáveis:

ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO DO DELITO

1 – Ato de vontade: é o movimento corporal dotado de voluntariedade (com


liberdade de movimentação, ou seja, sem constrangimentos de vontade do agente).

2 – O resultado externo: presente, como visto, em todas as categorias de delito.

Muito importante será também a relação entre o ato de vontade e o resultado, ou seja,
o nexo de causalidade externo, que, na teoria causalista, estava fundamentado na
teoria da equivalência dos antecedentes causais, uma perspectiva de causalidade
puramente física e posteriormente corrigidas por inúmeras teorias, sendo a imputação
objetiva sua mais recente e mais densa superação. Complementando, então, o quadro
anterior com esse dado, assim teríamos a esquematização:

ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO DO DELITO

Nexo de causalidade externo: é a


1 – Ato de vontade: é o movimento relação de causa e efeito entre a prática
corporal dotado de voluntariedade (com do ato de vontade e a ocorrência do
liberdade de movimentação, ou seja, sem resultado, que precisa necessariamente
constrangimentos de vontade do agente). estar presente, sob pena de não se poder
imputar o resultado ao seu autor.

2 – O resultado externo: presente, como


visto, em todas as categorias de delito.

Muito Importante!
--
Essa relação de causalidade entre o movimento corpóreo e o resultado

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far-se-á presente sempre que, por um processo de eliminação
hipotética, não se puder supor eliminado o movimento corporal sem que
o resultado desapareça.

..

Imaginemos:

Exemplo 1: A, desejando matar B, efetua dois disparos de arma de fogo contra


a sua cabeça. Se, mentalmente, supusermos suprimido o movimento voluntário
de A (a conduta de efetuar os dois disparos), o resultado simplesmente
desaparece. Nesse processo, portanto, existe a relação de causalidade entre
o comportamento voluntário de A e o resultado naturalístico.
Exemplo 2: A, desejando matar B, planeja afogá-lo em uma famosa praia do
Ceará. Para consumar seu fato, então, (a) compra duas passagens de avião, para
ele e para B, do Rio de Janeiro o Ceará; (b) convence-o a viajar – eram amigos;
(c) leva-o à praia desejada; (d) estimula-o a entrar na água; (e) afoga-o,
causando a cessação de sua vida. Se, mentalmente, supusermos que foi
suprimido da cadeia causal cada uma dessas etapas, o resultado simplesmente
desapareceria. Nesse processo, portanto, existe a relação de causalidade
entre o(s) comportamento(s) voluntário(s) de A e o resultado
naturalístico (a morte de B por afogamento no Ceará).

Como já mencionado nas linhas que se passaram, o ponto central do sistema clássico é,
mais do que a teoria causalista da ação, a relação de causalidade, a necessidade de
haver uma causa e um efeito que dela decorra. Essa relação de causalidade, como
também já mencionamos, será chamada de causalidade externa no âmbito da ação
causalista e dirá respeito ao nexo, ao vínculo etiológico entre o ato de vontade pelo
movimento voluntário (por contração ou distensão muscular) e o resultado externo
produzido no mundo e perceptível pelos sentidos.

É preciso mencionar, entretanto, que ao âmbito da culpabilidade pertencerá uma


causalidade interna, um vínculo de natureza puramente psicológica (não à toa sob a
rubrica de teoria psicológica ou psicológica pura ou psíquica da culpabilidade)
entre o resultado e o seu autor; a faceta subjetiva do injusto penal, que Franz von Liszt
herdou de autores alemães mais antigos, como o próprio Karl Binding, fundador do
positivismo normativo germânico, e de seu professor, Rudolph von Jhering, responsável

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por cindir antijuridicidade e culpabilidade no âmbito da teoria do injusto.

Ao âmbito dessa causalidade interna pertencerá a análise do dolo e da culpa, que, como
se sabe, nesse sistema de fato punível não é feita na conduta – que exige somente
voluntariedade, liberdade de movimentação, e não uma finalidade.

CAUSALIDADE EXTERNA
É a relação de causalidade física entre o
movimento corporal voluntário e o
resultado efetivamente ocasionado.
Pertence, pois, ao âmbito da conduta.

CAUSALIDADE INTERNA É a relação de causalidade psíquica


entre o autor do fato e o resultado, como
obra sua. Pertence, pois, ao âmbito da
culpabilidade, sendo aqui realizadas as
análises sobre o dolo e a culpa.

2.1. Condutas comissivas e omissivas

A teoria causalista da ação também diferencia as condutas comissivas e as condutas


omissivas. Para fins de nosso objeto de estudo, tomemos por verdade que, no sistema
Liszt-Beling, Liszt se ocupou primordialmente da conduta comissiva, enquanto Beling o
fez, de maneira mais difundida, da conduta omissiva;

AÇÃO COMISSIVA (FRANZ VON


LISZT) É causação de um resultado por um
movimento voluntário (movimento este
que será tido como uma contração
muscular efetuada por inervação
motora e determinado pelas ideias e
pelas representações do agente (não
confundir “ideias e representações’’ com
“dolo e culpa’’, pois, como já
mencionamos, os elementos subjetivos
estavam na culpabilidade, não na

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conduta.

AÇÃO OMISSIVA (ERNST VON


BELING)
Nas formulações mais conhecidas – e
mais cobradas nas provas –, é uma
distensão muscular que adquire sentido
quando se tem por fixado o sentido do
contexto fático. Autores como Jesus-Maria
Silva Sánchez dirão que, em Beling, a
omissão é a vontade destinada à mera
contenção dos nervos motores.

Atenção!

Percebe-se que já nesse ponto tínhamos o trato da omissão como uma


omissão de algo, e esse algo é necessariamente referenciado ao seu
contexto, à norma. Ambos, Franz von Liszt e Ernst von Beling,
trabalharam de maneira parecida nessa questão. “Omitir é um verbo
transitivo: não significa deixar de fazer de um modo absoluto, mas
deixar de fazer alguma cousa, e, na verdade, o que era esperado”
(LISZT, 1899, p. 208 − grifos nossos). E, como se não bastasse, “na
verdade, devemos convir em que, rigorosamente considerado, o
resultado produzido não é em caso algum causado pela omissão
em si, mas sempre pelas forças naturaes que exercem a sua actividade
colateralmente à omissão” (LISZT, 1899, p. 212 − grifos nossos).

Podemos perceber que esse trato da omissão no sistema Liszt-Beling


denuncia uma forte contradição dogmática nas formulações. O modelo de
fato punível desses antigos autores se estrutura fundamentalmente sobre
a relação de causalidade, mas o próprio Liszt reconhece que não
existe relação causal entre a conduta e o resultado ocorrido. Essa
postura levará uma parcela muito relevante da literatura nacional e
internacional a dizer que o sistema Liszt-Beling nunca conseguiu

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explicar satisfatoriamente a dogmática dos crimes omissivos –
bem como dos crimes formais e de mera atividade.

Tenha atenção à crítica acima, pois não raras vezes é objeto de cobrança
nas provas, tanto em avaliações objetivas quanto em etapas subjetivas –
discursivas e/ou orais.

3. Críticas

3.1. A primeira crítica: representações versus naturalismo

Em desfavor da teoria causal da ação, a doutrina dirigiu algumas críticas. A primeira


delas é relativa a uma possível contradição entre a pretensão objetivada e naturalista
do sistema e o seu trato sobre os elementos da representação e outros.

Diante dos contornos das ideias de von Liszt é possível perceber que sua
concepção, apresentando-se como natural, trazia consigo diversas
contradições internas. A discreta consideração de que o movimento
voluntário não era determinado apenas pelas inervações musculares, mas
também por representações – abrindo um espaço para a penetração das
relações sociais −, revela seu naturalismo deficiente (ROCHA, 2016, p.
39).

É pertinente a crítica doutrinária. A pretensão de um sistema completamente


naturalista foi descoberta como incorreta e incoerente pelos autores posteriores aos
causalistas.

3.2. A segunda crítica: omissão normativa versus naturalismo

Como se delineou, a teoria causal também se ocupou das ações negativas, das
omissões. Vimos que Beling a trabalhava como uma ação que deveria ser
necessariamente contextualizada, postulando que uma conduta negativa só adquire
sentido no seu contexto. O próprio Franz von Liszt não divergia nesse sentido.

A omissão, como em tanto outros autores, é compreendida como a não

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realização de ação determinada e esperada. Assim, é requisito da
omissão o dever jurídico de agir (non facere quod debet facere) – daí
conclui Liszt que só é relevante para o Direito Penal a “omissão
injurídica” (em termos correntes: omissão antijurídica). Para os crimes
omissivos, também reconhece que a relação entre ação e resultado não é
uma relação de causalidade (ROCHA, 2016, p. 39 − grifos nossos).

Nessa perspectiva, já é de se reconhecer que cairá por terra qualquer pretensão de


pura descrição objetiva nas omissões, e tem-se revelada mais uma contradição interna
na teoria causal. Se a ação é puramente naturalística, como pode a omissão (uma das
espécies de ação) estar relacionada à norma (a omissão como omissão antijurídica)?

3.3. A terceira crítica: distensão muscular versus omissão de


ação mandada

Mais uma enorme contradição interna se deve apontar à teoria causal. Beling, como
visto, foi quem introduziu no sistema clássico a ideia de ação omissiva como distensão
muscular, ou seja, como uma falta de movimento muscular positivo, ativo. Essa
construção, entretanto, é contraditória. Tanto Beling quanto Liszt, como já delineado
até este ponto, trabalhavam com a ideia de que toda omissão era uma omissão de ação
mandada, ou seja, omitir é omitir algo, e não necessariamente não fazer nada. Perceba-
se: omitir, nessa perspectiva, é tão somente não realizar a conduta que é
imperativamente determinada pelo comando legal. Assim, é possível omitir a ação
mandada de inúmeras maneiras, inclusive com movimentos musculares positivos,
ativos.

Imagine, pois, que a norma legal determina a “ação X”. A omissão da “ação X” é
tipificada como crime omissivo. Entender que a omissão deva ser tratada como uma
distensão muscular significa dizer, por exemplo, que somente haveria a tipificação do
crime de “omissão da ação X” se o sujeito destinatário desse dever jurídico não se
movimentasse. Essa postura é incorreta, entretanto, porque o destinatário do dever
pode, mediante comportamento muscular positivo, praticar a “ação Y” e, com isso,
deixar de praticar a “ação X”. Essa é a perspectiva adotada pela literatura – tanto
nacional quanto estrangeira – em substancialmente todos os sistemas de fato punível
posteriores.

3.4. A quarta crítica: incapacidade de explicação da tentativa

Outro ponto relevante é a completa impossibilidade de uma explicação satisfatória

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ao instituto da tentativa no âmbito da teoria causal da ação. Isso porque, como se
mencionou, os elementos subjetivos não estavam, aqui, presentes no tipo, mas na
culpabilidade, como suas espécies, ao lado da imputabilidade, como seu pressuposto.

O problema, que só se resolveu adequadamente com a transmutação dos elementos


subjetivos para a tipicidade, veio a partir do trabalho de Hans Welzel com o
desenvolvimento das bases do seu modelo finalista de delito, premissas essas adotadas
pela maioria da doutrina nacional no que toca ao atual Código Penal.

"Obra coletiva do Curso Ênfase produzida a partir da análise estatística de incidência


dos temas em provas de concursos públicos. A autoria dos e-books não se atribui aos
professores de videoaulas e podcasts. Todos os direitos reservados."

Obra coletiva do Curso Ênfase produzida a partir da análise estatística de incidência


dos temas em provas de concursos públicos.
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Todos os direitos reservados.

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