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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Turma: B, Sala São Mateus

TEMA:
Individualismo e Ética Profissional

Estudante:
Lezito Hortêncio Armando
Código: 708206782

Curso: Português
Disciplina: Ética Profissional
Tutor: Pe Dionísio Camacho
Ano de Frequência: 4º

Quelimane, Abril de 2023


Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
Máxima
Tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
Organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5

Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
Discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
Gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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Índice
1. Introdução ......................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos ...................................................................................................................... 3
1.1.1. Geral: .......................................................................................................................... 3
1.1.2. Específicos .................................................................................................................. 3
1.2. Metodologia do Trabalho ............................................................................................... 3
1.3. Estrutura do Trabalho ..................................................................................................... 3
2. Conceito de Individualismo ............................................................................................... 4
2.1. Característica de Individualismo ..................................................................................... 4
2.2. Conceito de Ética ........................................................................................................... 5
2.3. Ética Profissional ........................................................................................................... 5
2.4. A Reflexão da Ética Profissional .................................................................................... 7
2.5. Importância da Ética na Profissão ................................................................................... 7
2.6. Relações Sociais e Ética Profissional .............................................................................. 7
2.7. Ética Profissional e Actividade Voluntária ...................................................................... 8
2.8. Ética como Compromisso Social e Político ..................................................................... 8
2.9. Ética Profissional como Compromisso Social no Exercício da Função Docente .............. 9
2.10. Ética Profissional na Perspectiva da Docência ............................................................ 10
2.11. Normas da Ética ......................................................................................................... 10
2.12. Características da Moral Ético .................................................................................... 11
3. Conclusão ....................................................................................................................... 12
4. Bibliografia ..................................................................................................................... 13
1. Introdução
A pesquisa em alusão, tem como tema Individualismo e Ética Profissional, pois
importa salientar que a Ética é um conjunto de valores que orientam o comportamento do
homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, o bem-estar
social, ou ainda pode-se afirmar que a Ética é a forma que o homem deve se comportar no
seu meio social.
Portanto a Ética Profissional é a concordância voluntária a um conjunto de regras
estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício. É de extrema importância
ter em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as
profissões, mas que são comuns a todas as actividades que uma pessoa pode exercer como a
generosidade, cooperação, não fazer somente o que lhe é imposto, mas buscar ir sempre além
e um constante aprendizado e melhora.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral:
 Compreender o individualismo e ética profissional.
1.1.2. Específicos
 Descrever as características de individualismo;
 Identificar a reflexão da ética na profissão;
 Apontar a importância da ética profissional.
1.2. Metodologia do Trabalho
O trabalho em alusão teve como metodologia as fontes bibliográficas que consistiu na
recolha, selecção, leitura e fichamento das obras e documentos normativos que abordam a
temática.
1.3. Estrutura do Trabalho
O presente trabalho de pesquisa apresenta a seguinte estrutura: capa, feedback, índice,
conteúdo, conclusão e bibliografia.

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2. Conceito de Individualismo
Na perspectiva de Ferreira (1986), Individualismo é doutrina ou atitude que considera
o indivíduo como a realidade mais essencial ou como o valor mais elevado e ou doutrina que
explica os fenómenos históricos ou sociais por meio da acção consciente de indivíduos.
O valor ético do esforço humano é variável em função de seu alcance em face da com
unidade. Se o trabalho executado é só para auferir renda, em geral, tem seu valor restrito. Por
outro lado, nos serviços realizados com amor, visando ao benefício de terceiros, dentro de vas
to raio de acção, com consciência do bem comum, passa a existir a expressão social do mesm
o. Aquele que só se preocupa com os lucros, geralmente, tende a ter menor consciência de gr
upo. Fascinado pela preocupação monetária, a ele pouco importa o que ocorre com a sua com
unidade e muito menos com a sociedade.
Dizem que um sábio procurava encontrar um ser integral, em relação a seu trabalho. E
ntrou, então, em uma obra e começou a indagar. Ao primeiro operário perguntou o que fazia
e este respondeu que procurava ganhar seu salário; ao segundo repetiu a pergunta e obteve a r
esposta de que ele preenchia seu tempo; finalmente, sempre repetindo a pergunta, encontrou
um que lhe disse: "Estou construindo uma catedral para a minha cidade".
2.1. Característica de Individualismo
 A consciência de grupo tem surgido, então, quase sempre, mais por interesse de defesa do
que por altruísmo. Isto porque, garantida a liberdade de trabalho, se não se regular e tutel
ar a conduta, o individualismo pode transformar a vida dos profissionais em reciprocidade
de agressão;
 Tal luta quase sempre se processa através de aviltamento de preços, propaganda enganosa
, calúnias, difamações, tramas, tudo na ânsia de ganhar mercado e subtrair clientela e opor
tunidades do colega, reduzindo a concorrência. Igualmente, para maiores lucros, pode est
ar o indivíduo tentado a práticas viciosas, mas rentáveis. Em nome dessas ambições, pode
m ser praticadas quebras de sigilo, ameaças de revelação de segredos dos negócios, simul
ação de pagamentos de impostos não recolhidos, etc.;
 A tutela do trabalho, pois, processa-se pelo caminho da exigência de uma ética, imposta a
través dos conselhos profissionais e de agremiações classistas. As normas devem ser cond
izentes com as diversas formas de prestar o serviço de organizar o profissional para esse f
im. Dentro de uma mesma classe, os indivíduos podem exercer suas actividades como em
presários, autónomos e associados. Podem também dedicar-se a partes menos ou mais refi
nadas do conhecimento;

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 A conduta profissional, muitas vezes, pode tornar-se agressiva e inconveniente e esta é u
ma das fortes razões pelas quais os códigos de ética quase sempre buscam maior abrangên
cia. Tão poderosos podem ser os escritórios, hospitais, firmas de engenharia, etc, que a ga
nância dos mesmos pode chegar ao domínio das entidades de classe e até ao Congresso e
ao Executivo das nações;
 A força do favoritismo, accionada nos instrumentos do poder através de agentes intermedi
ários, de corrupção, de artimanhas políticas, pode assumir proporções asfixiantes para os
profissionais menores, que são a maioria. Tais grupos podem, como vimos, inclusive, ser
profissionais, pois, nestes encontramos também o poder económico acumulado, tão como
conluios com outras poderosas organizações empresariais. O egoísmo desenfreado de pou
cos pode atingir um número expressivo de pessoas e até, através delas, influenciar o desti
no de nações, partindo da ausência de conduta virtuosa de minorias poderosas, preocupad
as apenas com seus lucros, (Vazquez, 2005),
2.2. Conceito de Ética
A palavra “ética” provem do grego “ethos” tendo como significado modo de ser,
carácter. Na tradução do latim “ethos” quer dizer “mos” que significa costume, palavra esta
que surgiu amoral. Independente da tradução que atribuímos para “ethos”.(Vazques, 2005), A
ética é uma filosofia, não uma ciência. Alguns já definiram como ciência. As ciências são
descritíveis e experimentais, assim torna-se imprecisa essa definição. Já a filosofia é um
processo contínuo de reflexão do homem ao seu pensamento nas atitudes do bem ou mal.
Kant, foi o maior expoente da ética formal, que prega que a moral do comportamento
reside na vontade e nos motivos do agente considerado. A moralidade é considerada a partir
do foro íntimo da pessoa. Desde sua existência o homem na busca de sua sobrevivência
desenvolve aspectos importantes para a sua formação, diferenciando de cada sociedade que
convive, sua natureza com a comunidade, na Ciência, na Cultura, Economia, Política, na
Ética, na Moral, interagindo em suas condutas e costumes.
2.3. Ética Profissional
Na perspectiva de Zajdsznajer (2021), é extremamente importante saber diferenciar a
Ética da Moral e do Direito. Estas três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm
grandes vínculos e até mesmo sobre posições. Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em
regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade para as acções humanas. Ambas,
porém, se diferenciam. A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma
forma de garantir o seu bem viver. A Moral não depende das fronteiras geográficas e garante

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uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial
moral comum.
Sa (2001), o Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pel
asfronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas para aquela área
geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. Alguns autores
afirmam que o Direito é um subconjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a conclusão
de que toda a lei é moralmente aceitável. Inúmeras situações demonstram a existência de
conflitos entre a Moral e o Direito. A desobediência civil ocorre quando argumentos morais
impedem que uma pessoa acate uma determinada lei.
Este é um exemplo de que a Moral e o Direito, apesar de referirem-se a uma mesma
sociedade, podem ter perspectivas discordantes Sa (2001), A Ética é o estudo geral do que é
bom ou mau, correcto ou incorrecto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. Um dos
objectivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo
Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito - pois não estabelece regras. Esta reflexão
sobre a acção humana é que caracteriza a Ética.
Ética Profissional: Quando se inicia esta reflexão? Esta reflexão sobre as acções
realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar bem antes da prática profissional. A
fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser
permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhe-la,
o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é
jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao assumir
tornando-se parte daquela categoria que escolheu, Vazquez (2005).
Vade (2009), toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e
habilidades referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão,
desde antes do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a
pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a categoria
profissional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da chamada Ética
Profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as
mais adequadas para o seu exercício.
Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou paralelamente
aos estudos, e inicia uma actividade profissional sem completar os estudos ou em área que
nunca estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da responsabilidade assumida ao
iniciar esta actividade! O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não escolheu

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livremente, o fato de “pegar o que apareceu” como emprego por precisar trabalhar, o fato de
exercer actividade remunerada onde não pretende seguir carreira, não isenta da
responsabilidade de pertencer, mesmo que temporariamente, a uma classe, e há deveres a
cumprir, (Vade, 2009).
2.4. A Reflexão da Ética Profissional
Algumas perguntas podem guiar a reflexão, até ela tornar-se um hábito incorporado
ao dia-a-dia. Tomando-se o exemplo anterior, esta pessoa pode se perguntar sobre os deveres
assumidos ao aceitar o trabalho como auxiliar de almoxarifado, como está cumprindo suas
responsabilidades, o que esperam dela na actividade, o que ela deve fazer, e como deve fazer,
mesmo quando não há outra pessoa olhando ou conferindo, (Sa, 2001).
Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo
adequadamente? Realizo correctamente minha actividade? É fundamental ter sempre em
mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as
profissões, mas que são comuns a todas as actividades que uma pessoa pode exercer. Atitude
de generosidade e cooperação no trabalho em equipa, mesmo quando a actividade é exercida
solitariamente em uma sala, ela faz parte de um conjunto maior de actividades que dependem
do bom desempenho desta, (Vaz, 2009). Uma postura pró activa, ou seja, não ficar restrito
apenas às tarefas que foram dadas a você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho,
mesmo que ele seja temporário.
2.5. Importância da Ética na Profissão
Desta forma a ética torna-se uma ferramenta imprescindível para a realização plena do
trabalho docente, pois, ela agregará todos os valores morais, conduta, comprometimento, traz
em evidência o senso de justiça, o que implica na reflexão diária que a docência necessita
para se renovar e inovar cada dia mais. A ética no ambiente profissional ajuda a garantir o
bom andamento das actividades e é propícia à criação de um clima organizacional saudável e
harmonioso. Desta forma, estabelece-se mais confiança entre os colaboradores, o que
contribui para aumentar a produtividade.
2.6. Relações Sociais e Ética Profissional
O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da
chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há humidade no local destinado para
colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos
antes de completar a cirurgia, a do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa
após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude ou desfalque, ou que não maquia o

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balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção
de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correcta em suas profissões. As leis de
cada profissão são elaboradas com o objectivo de proteger os profissionais, a categoria como
um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos
não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser
eticamente correctos, aquele que, independente de receber elogios, faz a coisa certa.
2.7. Ética Profissional e Actividade Voluntária
Outro conceito interessante de examinar é o de Profissional, como aquele que é
regularmente remunerado pelo trabalho que executa ou actividade que exerce, em oposição a
Amador. Nesta conceituação, se diria que aquele que exerce actividade voluntária não seria
profissional, e esta é uma conceituação polémica. Em realidade, Voluntário é aquele que se
dispõe, por opção, a exercer a prática Profissional não remunerada, seja com fins
assistenciais, ou prestação de serviços em beneficência, por um período determinado ou não,
(Vazquez, 2005).
Aqui, é fundamental observar que só é eticamente adequado, o profissional que age,
na actividade voluntária, com todo o comprometimento que teria no mesmo
exercício profissional se este fosse remunerado. Seja esta actividade voluntária na mesma
profissão da actividade remunerada ou em outra área. Por exemplo: Um engenheiro que faz a
actividade voluntária de dar aulas de matemática. Ele deve agir, ao dar estas aulas, como se
esta fosse sua actividade mais importante. É isto que aquelas crianças cheias de dúvidas em
matemática esperam dele! Se a actividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é
eticamente adequado que você a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em
sua vida.
2.8. Ética como Compromisso Social e Político
Na óptica de Vazquez (2005), ao estudar a ética, suas definições, sua história,
suponho a entender o seu verdadeiro papel como a ética no seu compromisso social e
político. Voltemos a palavra de Aristóteles quando definiu em que “o homem é um animal
político”. Essa máxima do filósofo grego de Esta gira é uma das bases da Filosofia Política.
Na etimologia da palavra vem a decifrar o homem como um animal pensador, sobre sua
origem, a sociedade que vive, na sua convivência de compromissos, alimentada pela acção
social, baseada nos princípios éticos como cidadão civil de direito na polis (cidade) e
sociedade. Um animal racional que fala e pensa, vem a pergunta no entendimento do papel da
moral numa estrutura política e económica sobre a ética no compromisso social.

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Para a metáfora de Durkheim, que considera a sociedade como organismo vivo, “o
indivíduo fora da sociedade seria como órgão fora do corpo”. A sociedade é como um corpo
humano, onde é composto por diferentes partes, cada qual com suas funções específicas mais
dependendo uma das outras. O indivíduo como parte do corpo, interagindo com outros, numa
mesma função social, para o bem-estar da sociedade, do progresso.
Durkheim vê a importância da consciência colectiva, independente da consciência de
cada um, o homem, revele seus aspectos éticos, na política, na acção social colectiva, na
possibilidade da construção de uma sociedade mais justa, igualitária, desenvolvida na
eloquência da dignidade da pessoa humana, participando, interagindo nas relações sociais,
aos bens públicos, de modo que a responsabilidade de cada um seja a continuação da
responsabilidade de uma sociedade vindoura, condicionada na ética e moral em suas
manifestações políticas.
2.9. Ética Profissional como Compromisso Social no Exercício da Função Docente
A nova sociedade neoliberal que foi estabelecida passou a formar seres humanos
individualistas e egoístas, surgindo uma ordem social em que o ser humano é visto como
contribuinte, consumidor, e a educação consolida essa estrutura capitalista. A vida individual
ou em sociedade, o trabalho, a vivência subjectiva, nesse contexto, impõe não só uma
maneira de existência, mas também a despersonalização individual e colectiva dos seres
humanos, (Veiga, Araujo e Kapuziniak (2005).
Neste contexto vale ressaltar que a escola surgiu com o intuito de divulgação da
cultura local, com a finalidade de ensinar valores e condutas sociais. Posteriormente esteve
ligada à Igreja, com os Jesuítas, que a utilizavam como forma de adestrar, facilitando a
dominação.
A liberdade da identidade social altera o comportamento do homem moderno,
entretanto, os fundamentos éticos e políticos, o engrandecem como pessoa humana, para
efeito de cidadania. Neste contexto a Ética vem para orientar e estimular comportamentos,
ampliando e desenvolvendo seu senso crítico. Possibilitando o docente conhecer questões
sobre a educação, observando o social e o cultural dos discentes. Fazendo-o refletir sobre seu
papel perante os discentes e sua comunidade, aumentando as possibilidades de se relacionar
com o mundo. Neste processo de formação do indivíduo, fica nítido a importância da ética
que pode ser considerada um mistério, pois muitos a conhecem, mas não é fácil de explicá-la,
(Veiga, Araujo e Kapuziniak, 2005).

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Percorrendo nesse caminho é importante salientar sua fundamental importância na
construção de conhecimentos diante dos valores éticos, pois o cidadão precisa obter uma
relação com outros indivíduos para organizar a sua participação no meio em que vive, já que
segundo a ética existem vários caminhos para ensinar e aprender normas e valores. Os
valores são primordiais para existência humana, pois com eles a uma gama de possibilidades
de relacionar com o mundo.
Na medida em que o ser humano busca se instalar nessas características de uma
sociedade, ele apreciará uma aprendizagem da vida, assim ele irá obter uma consciência
crítica e uma boa conduta, pois ele relacionará com outros indivíduos e precisará se adequar
da melhor no meio social em que vive.
2.10. Ética Profissional na Perspectiva da Docência
Para uma reflexão sobre a ética necessária a vida e postura profissional de um
docente, é preciso primeiramente entender que a docência é o fundamento para o início da
vida humana e o seu papel educacional no ambiente formal se constitui no ensino-
aprendizagem, na pesquisa e na gestão de contextos educativos na perspectiva da gestão
democrática. A concepção de ensino e as práticas realizadas pelo professor certamente terão
de ser conforme os objectivos, que é a conscientização e não á internalização, esclarecendo o
aluno sobre o mundo em que está inserido, (Veiga, Araujo e Kapuziniak, 2005).
Nesta perspectiva falar sobre a Docência é dizer que, se alguém escolhe a formação,
deve ter como prática o ensino, o docente será como um objecto para o aluno chegar à
aprendizagem, sendo assim o mediador entre o aluno e o conhecimento, porém levando-o a
pensar e não dando respostas prontas. Para que o discente possa alcançar conhecimento, será
necessária uma teoria adequada à realidade do seu quotidiano, pois a educação é inserida no
contexto sociocultural, possuindo uma participação na formação do desenvolvimento
intelectual, com isso o docente deverá ter um diálogo aberto com o aluno para que o mesmo
construa o seu próprio conhecimento através da sua construção da aprendizagem, (Ibidem).
2.11. Normas da Ética
 A atribuição de valor moral aos actos humanos é feita mediante a sua confrontação
com as normas. Se se julga que se deve reagir à conduta humana, esta deve confrontar-
se a realidade da norma, podendo ser de forma implícita ou explicitamente. Neste caso
denominamos confrontação implícita, quando a confrontação é indirecta, isto é, ouvir de
alguém ou falar de costas. A confrontação é explicita quanto a confrontação é direita.
Falar de cara ou de frente do individuo.

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 Ética Incondicional: É absoluto e irrecusável em si. Si é Bom deve-se fazer. A
inconsciência moral é categórico (o Bom tem uma categoria) não é hipotético nem
distintivo. A obrigação não diz faz aquilo nem isso. Isso aparece claramente nas coisas
onde o valor moral aparece como obrigatório, como dever.
 Ética Transcendente: Estes caracteres incondicionais que encontramos no ético
aparecem revestidos de valores morais que fazem com que sejam transcendentes.
Significa que nada é superior ao valor moral – Deus, (Ayres e Botelho, 2000).
2.12. Características da Moral Ético
As características da moral ético são aspectos principais que moldam a agir
humano apesar de alguns destes não serem conhecidos pelo próprio homem, podem
ser manifestados sem que este ponha em conta. O nosso agir, o nosso comportamento, o
costumes considerados Bom ou Mau fazem parte extrínseco do homem e, outros elementos
da manifestação podem ser intrínseco é o caso da consciência, inteligência, etc.
Das características da moral éticos mais usuais são:
 Ética irredutivelmente deferente dos outros aspectos confundíveis coma Leis: é
utilizada sobretudo pelas correntes utilitarista. A ética não se deve realizar ao mandato de
alguém;
 Ética relativo a Liberdade: O Bem é em relação aos actos livres humanos, aqui
podemos notar a liberdade, os valores morais a apresentarem-se no agir para a liberdade
do indivíduo.
 O acto moral é Pessoal: O ético é um aspecto humano. A moralidade encontra-se no
indivíduo não no seu acto a exercer certa algo.
 O acto é humano: A linguagem comum leva-nos a usar os adjectivos “Bom e Mau. Ao
empregarmos os tais adjectivos significa que moralmente é humano ou desumano
e universal. O acto humano é co-extensivo quando abrange todos os seres humanos e
indivíduos, ou quando o valor moral humano estende-se a todos (Família, grupo social);
O mundo moral estende-se a todos seres e todos também partilham o que lhes fazem seres
humanos, (Ayres e Botelho, 2000).

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3. Conclusão
Depois de uma pesquisa tão árdua em torno do tema, conclui-se que a ética
profissional deve ser desempenhada como máximo rigor, adoptando-a antes mesmo de
qualquer outro código, pois a moral juntamente com a ética deve ser cultivada para
crescimento profissional e da instituição. Portanto, Moral é um conjunto de normas que
regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela
educação, pela tradição e pelo quotidiano, a Moral tem carácter obrigatório.
O trabalho docente deve estar pautado dentro de uma conduta que dá aos seus
discentes possibilidades de tomadas de consciência da sua realidade, onde se desprenderá da
alienação imposta pela sociedade capitalista deixando de enfatizar o individualismo,
despertando seu senso de justiça. A prática docente deve preparar o discente para uma vida
socialmente capitalista, pois, esta condição se faz necessária e permeia toda a vida humana
hoje, porém a dimensão humana na qual a docência se norteia não poderá ser esquecida tão
pouco menos relevante do que a formação para essa sociedade.
Todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no
contexto em que vive. A Ética e a Moral si completam, pois na acção humana, o conhecer e o
agir são inseparáveis. Enfim, Ética e Moral são os maiores valores do homem, deste modo, se
formam uma mesma realidade. Muitas vezes não é fácil ser Ético perante a sociedade, ela
tenta nos “corromper”, buscar e compensar nossos anseios materiais em troca de “favores”.
No entanto como o próprio nome diz, vivemos em comunidade, e devemos buscar o bem
comum a todos. Podemos concluir que a ética disciplina o comportamento do homem,
estabelece deveres para realização de valores, impõe normas consideradas obrigatórias pela
sociedade.
Portanto, o conjunto de normas morais deve orientar a conduta do indivíduo no ofício
ou na profissão que ele escolhe para exercer. Assim, torna-se necessário mencionar que seja
um profissional participante de uma actividade voluntária ou não, é necessário agir com o
mesmo comprometimento que teria no mesmo exercício profissional se este fosse
remunerado. Se a actividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente
adequado que a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida, pois ser
Ético é ser social.

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4. Bibliografia
Ayres & Botelho (2000). Diálogos entre Ética e a Psicoterapia. Rio de Janeiro.
Ferreira, A. B. H (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2.ª Edição. Rio de Janeiro.
Nova Fronteira.
Morin, E, (1989). Introdução ao Pensamento Ético. Edição Paulista, Lisboa.
Sá, A, L (2001). Ética Profissional. 4ª. Ed. São Paulo: Atlas.
Vade, M. (2009). Obra Colectiva. Colaboradores: António Luiz de Toledo Pinto, Márcia
CristinaVaz dos Santos Windt e Lívia Céspedes. 8ª.Ed. actual. ampl. São Paulo: Saraiva.
Vázquez, A, S (2005). Ética. Tradução de João Dell’ Anna. 27ª. Ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira.
Veiga, Araujo & Kapuziniak (2005). Docência: Uma Construção Ético Profissional.
Campinas: Papirus.

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