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Universidade Federal do Pará - UFPA

Instituto de Tecnologia - ITEC


Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE

Análise de Sistemas de Potência


Estudo de Fluxo de Carga de um Sistema Elétrico de Potência
Prof. Dr. Ubiratan Holanda Bezerra
Benedito das G. D. Rodrigues
Matrícula: 2012004M0026
Curso de Mestrado em Engenharia Elétrica
benedito.rodrigues@eletronorte.gov.br

I) Os dados a seguir são de um sistema elétrico de potência Para todas as contingências aplicadas, comente os
de 9 barras. Utilizando o programa computacional resultados obtidos com relação aos níveis das tensões
Powerworld, execute um estudo de fluxo de carga para o nodais, dos carregamentos das linhas, das perdas de
sistema (caso base) Escolha como bases do sistema potências ativa e reativa, e das aberturas angulares. São
V=345kV e S=100MVA. Comente os resultados obtidos, atingidas as situações críticas para operação em regime
verificando se os módulos das tensões estão dentro dos permanente? Caso ocorram violações, o que fazer para
limites permitidos de ±5%, e se as linhas e saná-las? Implemente as soluções propostas executando
transformadores apresentam sobrecargas. novos estudos de fluxo de carga.

Dados de Barra II) Para atender a uma nova carga de 150MW e 40MVAr,
Pd Qd Shunt deverá ser construída uma nova subestação ligada a
Número Tipo Base (kV)
(MW) (MVAr) (MVAr) subestação 4. Esta nova subestação será designada com o
1 Ref. 0,00 0,00 0,00 345
2 PV 0,00 0,00 0,00 345
número 10, distante 50km a partir da subestação 4.
3 PV 0,00 0,00 0,00 345
II.1) Projete esta nova linha de transmissão (4-10)
4 PQ 0,00 0,00 0,00 345
5 PQ 90,00 30,00 0,00 345 especificando os seus condutores com capacidade para
6 PQ 0,00 0,00 0,00 345 atender a essa nova demanda.
7 PQ 100,00 35,00 0,00 345
8 PQ 120.00 40,00 0,00 345 II.2) Execute estudos de fluxo de carga para o sistema
9 PQ 125,00 50,00 0,00 345 resultante de 10 barras, e implemente as soluções
Tabela 01. Dados das barras do sistema elétrico necessárias para atendimento de todas as cargas, com
Dados de Geração qualidade.
Pg Qg Qmax Qmin Base Pmax Pmin III) Para o sistema resultante de 10 barras, execute estudos
Barra
(MW) (MVAr) (MVAr) (MVAr) (MVA) (MW) (MW)
1 0,00 0,00 300,00 -300,00 100 250,00 10,00 de fluxo de carga DC para os 5 anos seguintes, a partir do
2 163,00 0,00 300,00 -300,00 100 250,00 10,00 caso base, admitindo um crescimento uniforme das cargas,
3 85,00 0,00 300,00 -300,00 100 250,00 10,00 de 5% ao ano, para todas as subestações. Verifique nos
Tabela 02. Dados das capacidades da geração resultados as aberturas angulares, e se as capacidades de
Dados de Ramos geração e de transmissão das linhas são ultrapassadas.
De Para R(pu) X(pu) B(pu) Sn(MVA) Comente todos os resultados.
1 4 0,00 0,0576 0,00 250
4 5 0,0170 0,0920 0,1580 250
5 6 0,0390 0,1700 0,3580 150
3 6 0,00 0,0586 0,00 300
6 7 0,0119 0,1008 0,2090 150
7 8 0,0085 0,0720 0,1490 250
8 2 0,00 0,0625 0,00 250
8 9 0,0320 0,1610 0,3060 250
9 4 0,0100 0,0850 0,1760 250
Tabela 03. Dados dos Transformadores e LT´s.

Tomando o caso base como referência, aplique as


seguintes contingências no sistema:
I.1) Contingência 01: Perda da Linha 4-9;
I.2) Contingência 02: Perda da Usina 3;
I.3) Contingência 03: Aumento de 100% na carga ativa
e reativa da barra 5;
I.4) Contingência 04: Perda simultânea das linhas 4-9 e
7-8; Figura 01. Diagrama unifilar do sistema elétrico.
Solução:
Para simulação do sistema elétrico em estudo, foi
configurado no software Powerworld o sistema elétrico
mostrado na figura 02 abaixo.

Tabela 05 – Resultado fluxo de carga, contingência 01.

Nesta contingência ocorreram violações de limite de


capacidade da Linha de Transmissão 6-7, além das tensões
nodais das barras B6, B5, B8, e B7, que ficaram abaixo do
limite inferior de 0,95pu, porém, a situação mais crítica foi
que a tensão na barra B9 ficou em 0,69312pu, conforme
mostrado na tabela 05.
Este é um caso em que o sistema está no Estado de
Emergência, e deverão ser tomadas ações de controle de
emergência, que para este caso, a medida mais adequada é
o corte da carga ligada à barra B9.
O fluxo de carga com a abertura do disjuntor da carga da
Figura 02. Fluxo de carga caso Base. Em condições normais de barra B9 é mostrado na figura 04.
operação.

Tabela 04 – Resultado fluxo de carga, caso base.

Na figura 02 e tabela 04 observamos que as restrições de


carga e operação estão satisfeitas, Isto é, existe equilíbrio
entre a geração e a demanda de potências ativa e reativa,
os módulos das tensões nas barras estão dentro dos limites
permitidos de ±5%, e as linhas de transmissão e os Figura 04. Contingência 01: Perda da linha 4-9, com ação de
transformadores não apresentam sobrecargas. Neste caso controle de emergência.
dizemos que o sistema está operando no Estado Normal,
pois, existe margem de reserva de capacidade associada à
geração e transmissão, suficiente para proporcionar um
nível adequado de segurança.
I.1) Contingência 01: Perda da Linha 4-9.

Tabela 06 – Resultado fluxo de carga, contingência 01. Ação de


controle de emergência (Desligar carga da B9).

A tabela 06 mostra as tensões nodais nos barramentos do


sistema, onde podemos observar que não há violação dos
limites dessas tensões.
Uma ação restaurativa deverá ser realizada para
recomposição da linha 4-9 para posteriormente religar a
carga da barra B9.

Figura 03. Contingência 01: Perda da linha 4-9.


I.2) Contingência 02: Perda da Usina 3.

Tabela 08 – Resultado fluxo de carga, contingência 02. Após


corte de 40% da carga B9.

A solução adotada de cortar a carga pela atuação de um


dispositivo ERAC se mostrou eficaz na recuperação das
condições normais de operação do sistema, tanto para as
violações de limites de geradores, transformadores quanto
para as tensões nodais nos barramentos. Para retorno com
a carga desligada da barra B9, será necessário retornar com
Figura 05. Contingência 02: Perda da Geração da barra 3.
a usina 3 para operação.
I.3) Contingência 03: Aumento de 100% na carga ativa
e reativa da barra 5.

Tabela 07 – Resultado fluxo de carga, contingência 02.

A perda da usina 3 provocou uma sobrecarga de 15% no


transformador 1-4, e violações de tensões nas barras B5,
B7 e B9, além de sobrecarga de 11,6% de potência ativa
na usina 1.
Uma medida que poderá ser adotada para melhorar o
desempenho do sistema para esta contingência, é a adoção
de um sistema de corte seletivo de carga, utilizando um
Esquema Regional de Corte e Carga – ERAC, que atuará
quando ocorrer sobrecarga no gerador 1, com a Figura 07. Contingência 03: Aumento de 100% na carga ativa e
reativa da barra 5.
consequente queda de frequência (f).
Para possibilitar a simulação, a carga da barra B9 foi
dividida em 2 partes de 40% e 60%. Para restaurar as
condições operacionais do sistema é suficiente para o caso
de perda da usina 3, desligar seletivamente 40% da carga
da barra B9, conforme mostrado na figura 06.

Tabela 09 – Resultado fluxo de carga, contingência 03.

A contingência 03, provocou violações nos limites


operacionais da usina 1 com sobrecarga de 14% da
potência ativa e no transformador 1-4 uma sobrecarga de
20%. Além disso, foram violados os limites mínimos de
tensão nas barras B9 e B5.
Como medida para eliminar as sobrecargas na usina 1
(incluindo o transformador), foi aumentado o despacho de
carga da usina 3, passando de 85MW para 185MW, essa
medida no entanto, não resolve o problema das tensões nas
barras B9 e B5, que possuem uma carga elevada. Para
solucionar este problema é necessário instalar bancos de
capacitores de 50MVAr em cada barra para melhorar os
Figura 06. Contingência 02: Perda da Geração da barra 3, com níveis de tensão.
ação de controle de emergência.
Figura 08. Contingência 03: Aumento de 100% de P e Q B5. Figura 09. Contingência 04: Perda simultânea linhas 4-9 e 7-8;
Com aumento despacho e instalação de BC de 50MVAr.

Tabela 12 – Resultado fluxo de carga, contingência 04.


Tabela 10 – Resultado fluxo de carga, contingência 03. Com
aumento despacho na usina 3 A tensão na barra B9 ficou em um valor muito abaixo do
limite mínimo de 0,95pu, e para recuperar a condição
Na figura 08 acima podemos observar que o aumento do operacional será necessário retirar parte da carga desta
despacho na usina 3 melhorou a distribuição de carga entre barra.
as usinas, eliminando as violações de limite na usina 1 e no
transformador 1-4, porém as tensões nas barras B5 e B9 A figura 10 mostra o resultado da medida emergencial de
ficaram abaixo do limite mínimo 0,915pu e 0,935pu corte de carga de 20% na barra B9. Esta medida é
respectivamente. A melhoria do perfil de tensão foi necessária enquanto as outras ações de restabelecimento da
resolvida com a inserção de bancos de capacitores de interligação das linhas 4-9 e 7-8 são tomadas. A tabela 12
50MVAr nas barrar B5 e B9; o resultado é mostrado na mostra os níveis de tensão nas barras B8 e B9 foram
tabela 11 abaixo. recuperadas.

Tabela 11 – Resultado fluxo de carga, contingência 03. Com


aumento despacho na usina 3 e BC de 50MVAr na B5 e B9.

I.4) Contingência 04: Perda simultânea das linhas 4-9 e


7-8;
Esta contingência provocou a separação do sistema em
duas partes: Um com as usinas 1 e 3 e outro com o
ilhamento da usina 2.
Figura 10. Contingência 04: Perda simultânea linhas 4-9 e 7-8.
A parte do sistema com as usinas 1 e 3 não teve nenhum Corte de 20% carga da B9.
limite violado, para o caso de nesta contingência estar
inserido na barra B5 o banco de capacitores de 50MVAr.
Com ilhamento da usina 2, surgiram violações de limite
operacional do transformador da usina 2 com sobrecarga
de 9% e nos limites de tensão nas barras de carga B8 com
0,94667pu e B9 com 0,87157pu de tensão nodal, conforme
podemos observar na figura 09 e na tabela 11.
Tabela 13 – Resultado fluxo de carga, contingência 04. Com cor Com o aumento de carga da subestação 10, foi necessário
de carga de 20% na B9. aumentar o despacho de carga das Usinas 2 e 3 para
II) Para atender a uma nova carga de 150MW e 190MW e 225MW respectivamente.
40MVAr, deverá ser construída uma nova subestação
ligada a subestação 4. Esta nova subestação será
designada com o número 10, distante 50km a partir da
subestação 4.
II.1) Projete esta nova linha de transmissão (4-10)
especificando os seus condutores com capacidade para
atender a essa nova demanda.
A potência aparente a ser transportada é dada por:

S  1502  402  155, 24 14,930 MVA

O dimensionamento dos parâmetros da linha será


simplificado e não serão considerados os efeitos do solo e
as mútuas indutâncias entre as fases. Será considerada no
dimensionamento apenas a capacidade de condução de
corrente nos condutores. Figura 11. Caso base com entrada da subestação da barra B10.
Determinação do módulo da corrente de fase da linha de
transmissão:
S 155, 24
I   259, 79 A
3V 3.345
Para o projeto adotaremos uma projeção de carga de 5% ao
ano por 15 anos o que dará 540A.
De acordo com valor de tabela de cabo de alumínio com
Tabela 14 – Resultado fluxo de carga, entrada da B10
alma de aço o cabo para a corrente de 540A é o cabo de
bitola 400MCM, cujas características são: A figura 11 mostra violações nos limites de geração da
usina 1 com 37,2% e no transformador com 45% de
R75 = 0,198/km x 50km = 9,9
sobrecarga. Além da disso a tabela 14 mostra violações
XL = 0,3744/km x 50km = 18,72
dos limites de mínima tensão nas barras B5, B10 e B9.
Z LT  9,90  j18,72
Para resolver estes problemas, teremos que adotar 2
A impedância base para o sistema é dado por:
medidas:
(345kV )2
Zbase   1.190, 25 - Aumentar o despacho de carga das usinas 2 e 3 para
100MVA
9,90 190MW e 225MW respectivamente;
rLT   0, 00832 pu
1.190, 25 - Inserir os BC’s de 50MVAr nas barras B5 e B9.
18, 72
xLT   0, 015728 pu O resultado está mostrado na figura 12 e na tabela 15.
1.190, 25
A máxima capacidade de transmissão da LT com cabo
400MCM é dado por:

SLT max  3.345.540  322MVA (limite térmico da linha)

II.2) Execute estudos de fluxo de carga para o sistema


resultante de 10 barras, e implemente as soluções
necessárias para atendimento de todas as cargas, com
qualidade.
Para a simulação com a nova subestação foi considerado
inicialmente o caso base, e sem os bancos de capacitores
nas barras B5 e B9 de 50MVAr que foram instalados para
melhorar o desempenho do sistema nas contingências
anteriores.

Figura 12. BC´s e aumento despacho usinas 2 e 3.


violações de limites de capacidade de geração e
transmissão, foram feitos ajustes nos despachos de geração
das usinas.
Potencia (MW) nas Barras
Barra
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
B5 90,00 94,50 99,23 104,19 109,40 114,87
B7 100,00 105,00 110,25 115,76 121,55 127,63
B8 120,00 126,00 132,30 138,92 145,87 153,16
Tabela 15 – Resultado fluxo de carga, BC´s com aumento B9 125,00 131,25 137,81 144,70 151,94 159,54
despacho das Usinas 2 e 3. B10 150,00 157,50 165,38 173,65 182,33 191,45
Total 585,00 614,25 644,97 677,22 711,09 746,65
Os resultados obtidos nesta simulação mostram que as Tabela 16 – Projeção das cargas para 5 anos (5% ao ano).
medidas tomadas de aumentar o despacho nas usinas 2 e 3
eliminou as sobrecargas na usina 1 e no transformados 1-4, Simulação do Ano 1:
e a inserção dos bancos de capacitores de 50MVAr No ano 1, o aumento de 5% na carga das subestações não
melhorou as tensões nodais das barras B5, B9 e B10. provocou violação de limites das capacidades de geração e
Com as melhorias implementadas o sistema é capaz de transmissão, conforme mostrado na figura 14 abaixo.
atender a carga da barra B10 com segurança.

III) Para o sistema resultante de 10 barras, execute


estudos de fluxo de carga DC para os 5 anos seguintes,
a partir do caso base, admitindo um crescimento
uniforme das cargas, de 5% ao ano, para todas as
subestações. Verifique nos resultados as aberturas
angulares, e se as capacidades de geração e de
transmissão das linhas são ultrapassadas. Comente
todos os resultados.
Para simulação das condições deste caso, foi utilizado o
mesmo sistema anterior, com a subestação da barra 10,
sendo selecionada a opção de Fluxo de Carga DC no
Powerworld, onde são assumidas que todas as barras estão
com 1,0pu de tensão, conforme mostra a figura 13 abaixo.
Fluxo de carga DC do Ano 0 Figura 14. Fluxo de Carga DC para o ano 1.

Simulação do Ano 2:
No ano 2 já podemos verificar que as potências que fluem
pelo transformador 1-4 e pela linha de transmissão 6-7 já
estão próximos da sua capacidade nominais, podendo no
caso de alguma contingência no sistema, violar os seus
limites.

Figura 13. Fluxo de Carga DC para o ano 0.

Na tabela 16 estão mostradas as projeções de carga nas


barras B5, B7, B8, B9 e B10, para os próximos 5 anos,
admitindo um crescimento uniforme de 5% ao ano desde o
Ano 0 (referência de carga) até o Ano 5.
As simulações para os anos 1 a 5 foram realizadas, com a
Figura 15. Fluxo de Carga DC para o ano 2.
inserção dos valores de carga definidos na tabela 16, para
cada subestação e, quando necessário, para corrigir as
Simulação do Ano 3: aumentados os despachos das usinas 2 e 3 para 240MW
cada uma, e o resultado da simulação está apresentado na
No ano 3, o crescimento da carga em 5%, já mostra uma
figura 19.
violação da capacidade do transformador 1-4, de 5% de
sobrecarga, e a usina 1 ficou com uma sobrecarga de 4,8%,
como mostrado na figura 16. Esta situação será corrigida
repetindo a simulação aumentando o despacho da usina 2
de 190MW para 220MW, pois existe reserva de geração
nesta usina.

Figura 18. Fluxo de Carga DC para o ano 4.

Na figura 19 abaixo, observamos que o sistema já está com


a sua capacidade de geração próxima dos limites máximos.

Figura 16. Fluxo de Carga DC para o ano 3.

Na figura 17 abaixo, está apresentado o resultado do fluxo


de carga para o caso do ano 3 com aumento do despacho
da usina 2. Nesta simulação observamos que as usina estão
atendendo toda a carga, porém já estão próximo de suas
capacidades de geração: Usina 1com 93%, usina 2 com
88% e usina 3 com 90%. Um uma ampliação na geração já
se torna necessário para atendimento das cargas com
segurança.

Figura 19. Fluxo de Carga DC para o ano 4, com aumento na


geração das Usinas 2 e 3 para 240MW cada.

Simulação do Ano 5
No ano 5 o sistema atinge praticamente o limite máximo
de geração. A figura 20 mostra violações de limite no
transformador 1-4 com 7% e usina 1 com 6,8% de
sobrecarga.
Uma segunda simulação foi realizada para o ano 5, onde
foram aumentados os despachos de geração das usina 2 e 3
para os seus valores máximos de 250MW. O resultado está
Figura 17. Fluxo de Carga DC para o ano 3, com aumento na mostrado na figura 21.
geração da Usina 2 para 220MW.

Simulação do Ano 4:
Na simulação do ano 4, mostrado na figura 18, ocorreu
violação no transformador 1-4 com 6% e na usina 1 com
6,4%. Para evitar estas violações de limites foram
1
Pkm  ( k   m )
xkm

Os cálculos foram realizados com os dados dos ramos


entre as barras da tabela 03 e os ângulos da simulação 5 da
tabela 17.
1 1
P14  (1   4 )  (0, 0000  0,1421)  2, 4670 pu 
x14 0, 0576
 246, 70MW  98, 68%

1 1
P45  ( 4  5 )  (0,1421  0,1330)  0, 0989 pu 
x45 0, 0920
 9,89MW  4%

1 1
P56  (5  6 )  (0,1330  0, 0791)  1, 2476 pu 
x56 0,1700
Figura 20. Fluxo de Carga DC para o ano 5.  124, 76MW  83%

1 1
P36  (3  6 )  (0, 2257  0, 0791)  2,50 pu 
x36 0, 0586
 250MW  83%

1 1
P67  (6  7 )  (0, 0791  0, 0471)  1, 252 pu 
x67 0,1008
 125, 2MW  83, 47%

1 1
P78  (7  8 )  (0, 0471  0, 0454)  0, 02361 pu 
x78 0, 0720
 2,36MW  0,94%
1 1
P28  ( 2  8 )  (0,1108  0, 0454)  2,50 pu 
x28 0, 0625
 250MW  100, 00%

1 1
P89  (8  9 )  (0, 0454  0,1973)  0,9435 pu 
x89 0,1610
 94,35MW  37, 74%
Figura 21. Fluxo de Carga DC para o ano 5, com aumento na
1 1
geração na Usina 2 e 3 para 250MW cada. P49  ( 4  9 )  (0,1421  0,1973)  0, 6494 pu 
x49 0, 0850
Na tabela 17 abaixo estão mostrados os valores dos
 64,94MW  25,98%
ângulos nas barras para resultantes das simulações desde o
ano de referência (0) até o ano 5. Considerações Finais:
Ângulo (Rad) Para as simulações de contingências, realizados no item 1,
Barra
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
B1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
observamos que:
B2 0,1150 0,0771 0,0377 0,0792 0,1138 0,1108
B3 0,2487 0,2154 0,1805 0,1895 0,2231 0,2257
 As medidas adotadas de instalação de 02 bancos de
B4 -0,0979 -0,1148 -0,1325 -0,1337 -0,1332 -0,1421 capacitores nas barras B5 e B9 foram suficientes para
B5 -0,0763 -0,1016 -0,1281 -0,1288 -0,1227 -0,1330
proporcionar um bom controle de tensão nas barras do
B6 0,1168 0,0836 0,0487 0,0576 0,0824 0,0791
B7 0,0044 -0,0335 -0,0733 -0,0586 -0,0379 -0,0471 sistema para as contingências avaliadas.
B8 -0,0038 -0,0415 -0,0812 -0,1227 -0,0361 -0,0454  A implementação de um ERAC na barra 09 para atuar
B9 -0,1349 -0,1625 -0,1915 -0,1881 -0,1841 -0,1973
B10 -0,1215 -0,1396 -0,1585 -0,1611 -0,1618 -0,1723
quando da perda de geração, por exemplo, da Usina 3
Tabela 17 – Ângulos nas barras para os anos 1 a 5. Os anos 3, 4 (conforme simulado), evitará sobrecargas nas usinas
e 5 são após correção dos despachos de geração. que permanecem no sistema quanto da perda de uma
usina.
Verificação dos resultados do Fluxo de Carga DC
obtidos na simulação para o ano 5. As medidas anteriores, também atendem as condições
operacionais mesmo após a entrada da Subestação da barra
Para confirmação dos valores obtidos nos Fluxos de Carga B10.
DC na simulação 5, foram realizados os cálculos,
mostrados a seguir, a partir da equação do fluxo de carga As simulações realizados para o Fluxo de Carga DC,
linearizado: mostraram que o atendimento da carga já ficará
comprometido a partir do ano 2, pois, com a previsão de
aumento de 5%, o sistema ficará com uma reserva girante
de 18,1%, considerando que toda a capacidade instalada
estará em operação (750MW), conforme mostra a tabela
18. Neste caso deverá ser providenciado o aumento da
geração com a ampliação da capacidade existente, ou
instalando uma nova usina.
Potencia (MW) nas Barras
Barra
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
B5 90,00 94,50 99,23 104,19 109,40 114,87
B7 100,00 105,00 110,25 115,76 121,55 127,63
B8 120,00 126,00 132,30 138,92 145,87 153,16
B9 125,00 131,25 137,81 144,70 151,94 159,54
B10 150,00 157,50 165,38 173,65 182,33 191,45
Carga Total 585,00 614,25 644,97 677,22 711,09 746,65
Geração 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00 750,00
Reserva
22,00 18,10 14,00 9,70 5,19 0,45
Girante (%)
Tabela 18 – Projeção de crescimento da Carga x Potência
instalada no sistema.

Bibliografia:
[1] Monticceli, A. Fluxo de carga em redes de energia
elétrica – São Paulo: Edgard Blücher, 1983.
[2] Saadat, Hadi, Power System Analisys - PSA
Publishing; Third edition, 2010.
[3] Grainger, J. and Jr., William Stevenson - Power
System Analisys - McGraw-Hill Engineering; 1 edition,
1994.
[4] Bezerra, U. H, Apostila Fluxo de carga em sistemas de
energia elétrica, UFPA 2007.

[5] Powerworld, user manual - PowerWorld Corporation.

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