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REMIT – Resposta endócrino sistema simpático os gânglios ficam

longe do órgão efetor)


metabólica inflamatória ao
Ação dessas catecolaminas
trauma • ACV – Aumento de FC,
Fases aumento de Pressão
arterial, aumento de
• EBB-Primeira fase (dura de 48 a volume de ejeção
72h) → Hipovolemia, taquicardia, • Fígado – Aumento de
hipotensão, aumento da RVP, glicogenólise,
hipotermia, início de diminuição de neoglicogênese e lipólise
insulina • Pâncreas – diminuição da
• Flow-Segunda fase produção de insulina
o Flow precoce→ Acontece • Rim – Estímulo a produção
depois da EBB e acontece de renina
catabolismo intenso • Hipotálamo - Indução de
o Flow tardio → liberação de ADH
Normalização dos • Respiratório – Aumento da
parâmetros neuro- frequência respiratória e
endócrino-metabólicos broncodilatação
• Músculos lisos –
Relaxamento do musculo e
contração dos esfíncteres
• Sangue – Estado
hipercoagulável
3) Resposta endócrina.
Considerações
• *menores volumes efetivos
de O2 em quimio
receptores ou diminuição
de pressão em
barorreceptores também
podem ativar a resposta
ETAPAS DA REMIT
hormonal além das
catecolaminas
1) Ativação neural – Com a injúria, os
receptores do local lesado enviam • Esses receptores estão no
estímulos nociceptivos (não seio carotídeo e na crosta
necessariamente doloroso) ao SNC. da aorta
As vias nervosas precisam estar • Quando ativados geram
integras vasoconstrição, taquicardia
2) Resposta neural rápida – O e taquipneia
hipotálamo libera grandes • A maioria dos hormônios
quantidades de hormônios atuam em receptores via
estimulantes adrenais → esses 2º mensageiro (AMPc),
hormônios estimulam a MEDULA apenas o cortisol atual
suprarrenal a produzir citosólicamente
norepinefrina e epinefrina (No
• A maioria aumenta durante decai depois,
o ato cirúrgico e regressa fazendo
em cerca de 1 semana hiperglicemia
Hormônio Estado Função Nitrogênio Diminuído Aumento de sua
ACTH Aumentado Catabolismo (balanço excreção renal
proteico, nitrogenado devido ao
gicogenólise negativo) consumo
hepática, proteico do
lipólise, inibição musculo
do uso de Potássio Diminuído Excreção renal
glicose celular, aumenta e
anti- aumento do seu
inflamatório, componente
estimula o SRAA intracelular
GH Aumentado Estimula síntese 4) Resposta inflamatória
proteica, • IL-1 e TNF alta – Iniciam a
lipólise e cascata inflamatória,
diminui a ativam complemento,
captação de ativam outras citocinas
glicose • IL6 – Induz produção de
periférica proteínas de fase aguda
T3 e T4 Aumentado Aumentam (PCR, fibrinogênio,
metabolismo,
macroglobulina)
geram calor,
• IL4 e IL-10 – Anti-
aumentam
quantidade de inflamatórias
receptores beta • Citocinas também
no coração aumentam ACTH
ADH Aumentado Maior • Prostaglandinas e
reabsorção de Bradicinina – Geram
água, vasodilatação e aumento
glicogenólise e da permeabilidade vascular
gliconeogênese
Aldosterona Aumentado Estimula Consequências
reabsorção de
• Aumento das
água e
catecolaminas → Gasto de
eletrólitos (Na)
O2 em excesso pelo
Renina Aumentado Seu aumento
depende mais coração
de diminuição • Aumento da glicose →
de volume do Alterações vasculares
que o estímulo (maior risco de AVC)
nociceptivo • Aumento de cortisol →
Glucagon Aumentado Aumento da Menor resposta
neoglicogenese inflamatória (cicatrização
e inibição da lenta)
glicose • Febre → Gerada pelo
periférica →
hipermetabolismo
hiperglicemia
(antitérmicos NÃO
Insulina Diminuído Normal durante
resolvem a febre da REMIT)
a cirurgia e
diminuindo ações
hormonais
• Analgésicos (AiNES) –
Apresentam reposta
moderada pois diminuem o
processo inflamatório e as
suas consequências

Nutrição em cirurgia
Avaliação nutricional

Passo 1) Triagem do risco nutricional


Anestesia e REMIT • Nutricional Risk Screening (NRS-
2002)
Tenta-se com a anestesia bloquear
• Realiza-se 4 perguntas ao paciente
a REMIT e suas consequências, mas
sobre seu estado nutricional, se ele
nenhuma técnica é muito eficaz
reponder sim a pelo menos 3
Hiperalgesia secundária: o estresse perguntas segue a avaliação abaixo
pré-cirurgicos aumenta glutamato
e substância P, o que faz com que
os estímulos sejam ainda mais
sensíveis

• Anestesia geral–
Apresenta quase nenhum
efeito
• Anestesia local –
Apresente muito efeito
pois impede a
ascendência do estímulo
nociceptivo e
consequentemente
impede o start da REMIT
• Raqui e Peri
o Do tórax pra baixo
– Grande
atenuação • Caso o NRS-2002 >= 3 inicia-se
o Do tórax pra cima – terapia alimentar precoce antes da
Baixa atenuação cirurgia
o Olho – Grande • Caso o NRS-2002<3 reavalia-se
atenuação da semanalmente
REMIT
Passo 2) Avaliação nutricional
• Opioides – Diminuem a
REMIT por agirem • Feita nas primeiras 24h pós
bloqueando receptores internação
hipotalâmicos e
• Deve-se realizar o exame físico Fatores considerados como risco nutricional
avaliando a perda de gordura GRAVE
subcutânea principalmente em:
1. Perda de peso > 10% em 6 meses
tríceps, tórax, deltoide, costas,
ou >7,5% em 3 meses ou >5% em 1
braços, pernas e ossos da face
mês
2. IMC <18,5
3. ASG-C
4. Albumina <3mg/Dl

• Seguir o fluxograma abaixo

Recomendações do ACERTO

Avaliação

• A triagem e a avaliação do estado


nutricional devem ser realizadas
Resultados nas primeiras 24h após a
• ASG A – Bem nutrido (verde) → internação e repetidas
Manter alimentação semanalmente por um profissional
• ASG B – Risco de desnutrição capacitado.
(amarelo) → Iniciar dieta pré- • O Projeto ACERTO (Acelerando a
operatória Recuperação Total Pós-operatória)
• ASG C – Desnutrido grave recomenda a Nutritional Risk
(vermelho) → Iniciar dieta pré- Screening 2002 (NRS-2002) como
operatória e pós-operatória ferramenta de triagem de risco
• Pode-se utilizar a força palmar para nutricional e a avaliação subjetiva
qualificar o estado nutricional → global (ASG) para determinar o
Perda de massa magra = perda de estado nutricional no
força perioperatório.
• É necessário notificar em
prontuário a condição nutricional:
ASG-A, ASG-B ou ASG-C. Sugerimos
o uso de etiquetas verde (A),
amarela (B) e vermelha (C) para
maior visibilidade no prontuário.
Para os pacientes em risco perioperatórios para que haja
nutricional pela NRS-2002, deve-se adesão e sucesso no tratamento.
utilizar a etiqueta amarela para • A intervenção nutricional imediata
notificação, (Internuti), por via oral ou enteral,
• Para pacientes sem risco com suplemento oral hiperproteico
nutricional (NRS <3) ou em risco com ou sem imunonutriente, deve
(NRS-2002 e candidatos à cirurgia ser iniciada cinco a sete dias antes
de grande porte, deve-se da cirurgia, na quantidade mínima
prescrever, imediatamente após a de 500 a 1.000 ml para os
triagem, uma terapia nutricional no pacientes de risco nutricional e por
pré-operatório, a fim de evitar até 14 dias para os desnutridos
complicações no pós-operatório, graves em cirurgias de médio e
• Pacientes classificados como ASG-B grande portes.
ou ASG-C e candidatos à cirurgia de • A dieta imunomoduladora na
grande porte devem receber forma de suplemento oral ou por
Intervenção Nutricional Imediata via enteral deve ser usada no pré-
(Internuti) com fórmula operatório de pacientes
imunomoduladora durante 5 a 14 desnutridos por cinco a sete dias e
dias antes da cirurgia. mantida no pós-operatório por até
• O índice de massa corporal (IMC) 14 dias para os desnutridos graves
subestima o estado nutricional em submetidos a cirurgias de médio e
pacientes cirúrgicos e sugerimos a grande portes.
não utilização desse índice de • A nutrição parenteral está indicada
forma isolada. para os pacientes desnutridos
• A força do aperto de mão ou a graves que não possam usar a via
dinamometria podem ser utilizadas digestiva.
para avaliar a capacidade muscular • No pós-operatório, a dieta deve ser
por meio do dinamômetro iniciada por via oral ou enteral nas
hidráulico para completar a primeiras 24h após a cirurgia, salvo
avaliação nutricional do paciente exceções.
cirúrgico. • A alta do paciente cirúrgico que
Perioperatório recebeu atenção nutricional no
hospital deve ser programada e
• Cuidados nutricionais geralmente a terapia nutricional
perioperatórios têm como (TN) deve continuar no pós-
principal objetivo acelerar a operatório no domicílio do
recuperação do paciente cirúrgico. paciente. Suplementos orais são
• Todo paciente cirúrgico, nas muito importantes nessas
primeiras 24 h da internação, deve situações e diminuem o risco de
ser triado e avaliado reinternações.
nutricionalmente. Os dados da
triagem e da avaliação nutricional Parâmetros laboratoriais
devem ser anotados no prontuário • Albumina – há queda com a
do paciente. cirurgia, traduz gravidade da
• Todo paciente deve ser informado doença e não necessariamente o
e orientado a respeito dos estado nutricional
cuidados nutri cionais
• Pré-albumina – Tempo de meia *Indicação especial: Pacientes com choque
vida mais curto 2-3 dias, mais hipovolêmico com PAM > 70mmHg devem
seguro para avaliação nutricional receber dieta ENTERAL
• Linfopenia - abaixo de
ENTERAL
1200linf/mm3
• Colesterol total - <150mg/dl é Nutrição enteral 3 vias: gástrica, jejuno e
indicador de pior prognóstico íleo
• Controle glicêmico – Ente 100 a
Tempo
110 mg/Dl
• Bioimpedância – Mede massa • Se necessidade de enteral <6
magra por diferença de condução semanas → Nasoenteral
elétrica • Se necessidade de enteral >6
semanas → gastrostomia ou
*lembrar que a alimentação deve ser
jejunostomia
reestabelecida o mais precoce possível, nas
primeira 24h, mesmo sem sinais clínicos de Administração
peristalse
• Se gástrica: fórmula em maior
Cálculo da Taxa de Metabolismo Basal volume e hiperosmótica (risco de
aspiração)
• TMB = Fator de atividade x Fator de
• Se pós-pilórica: fórmula em menor
Lesão x Fator de temperatura
volume e hipoosmótica
• Cerca de 25kcal/kg/dia
Complicações

• Complicação mais comum: diarreia


Enteral vs Parenteral
• Complicação mais grave
Indicações e contraindicações pneumonia aspirativa

PARENTERAL

Nutrição parenteral 2 vias: periférica e


central

• Periférica: se nutrição entre 7 e 10


dias
• Central: se mais de 10 dias

Complicações: infeção, pneumotórax,


Síndrome de Realimentação (eletrólitos e
nutrientes ofertados rapidamente podem
nas primeiras horas irem para o meio
intracelular e deixar os níveis séricos baixos
→ Insuficiência Respiratória e Cardíaca)

Fístulas digestivas (o que fazer)

• Se fistula distal (colon, sigmoide)


de baixo débito → Dieta oral
• Se fistula média (pelo menos 120 - Para a retirada da SNG: - posicionar o
cm do ângulo de Trietz) → Oral paciente em Fowler alto; clampar ou
oligoemérica ou sonda dobrar a sonda; solicitar que o paciente
• Se fístula alta → Parenteral ou prenda a respiração ; e, com movimentos
enteral com insuflação de balonete firmes e lentos, tracioná-Ia até atingir a
depois da fístula nasofaringe e a partir de então retirá-la
rapidamente.
Sonda nasogástrica
Indicações
Recomendações técnicas
• - Intoxicação exógena;
- Para estabelecer a extensão da sonda a • - Alívio de distensão abdominal;
ser inserida, colocar a porção terminal da • - Presença de vômitos persistentes
mesma na ponta do nariz do paciente, ;
estendê-la até o lóbulo da orelha e deste • - Comprometimento da via oral ;
até a porção terminal do apêndice xifóide. • - Crianças que necessitam de
complementação nutricional;
- Antes da inserção da SNG no paciente,
torná-la mais flexível, enrolando-a na ponta • -Crianças que não podem se
dos dedos. Caso o tubo seja muito rígido, alimentar por via oral devido algum
comprometimento;
imergi-Io em água quente; por outro lado
se a sonda for muito maleável, imergi-Ia • - Administração de medicamentos;
em água gelada. • - Coleta de material para exame do
suco gástrico
- Para lubrificação da sonda, utilizar água,
solução fisiológica ou outra substância Contraindicações
hidrossolúvel ; remover sempre o excesso • Absolutas:
de tais substâncias do tubo antes da sua o Esofagite,
inserção. o varizes esofagianas
- Para certificar se a sonda alcançou o sangrantes,
estômago, realizar os seguintes testes: o obstruções esofagianas,
o lesões esofagianas,
- aspirar suco gástrico com uma seringa; o obstrução gástrica
caso não obtenha sucesso, colocar o o sinusite (posicionamento
paciente em decúbito lateral esquerdo e nasal).
repetir a manobra; auscultar ruído • Relativas:
provocado pela injeção de ar, com o -nasal: pacientes com
estetoscópio .colocado na região fratura de base de crânio,
epigástrica. desvio de septo nasal.
- Para a fixação da sonda no paciente, o - oral: pacientes
utilizar um pedaço de cordonê atado à conscientes,
sonda, que deverá ser fixado sobre o nariz desorientados, grandes
e testa com auxílio de esparadrapo (antes lesões de cavidade oral,
de fixar o cordonê sobre a pele, colocar um fraturas de mandíbula e de
pedaço de esparadrapo sobre a mesma, a maxilar e fixações
fim de obter melhor fixação evitando com cirúrgicas de mandíbula.
isso irritação da pele ou deslocamento da o - nasal e oral: varizes ou
sonda). lesões esofagianas
Traqueostomia duas a cinco vezes maiores do que em
situações eletivas, portanto não é um
Indicações método a ser utilizado na urgência. As
exceções se fazem nas situações
• Permitir ventilação mecânica em específicas já citadas
intubações orotraqueais prolongadas • Traqueotomia à beira do leito. A
• Obstrução de via aérea: traqueotomia deve ser realizada no
✓ Processos inflamatórios da via Centro Cirúrgico com todos os suportes
aérea superior (difteria, epiglotite necessários, sua realização à beira do
infecciosa, choque anafilático, leito deve ser evitada. A exceção se faz
queimaduras da região em ambiente de Terapia Intensiva,
cervicofacial, entre outras); quando a saída do paciente daquele
tumores volumosos envolvendo local pode trazer riscos para o mesmo.
faringe, laringe, traqueia e esôfago É factível, então, a realização da
que obstruem o fluxo aéreo traqueotomia no leito de UTI, desde
✓ Traumatismos craniomaxilofaciais que as condições cirúrgicas sejam
✓ Traumatismos laringotraqueais adequadas no local
(com edema da via aérea ou Complicações
enfisema cervical)
✓ Anomalias congênitas com Pereoperatórias
obstrução da laringe ou traqueia • Hemorragia jugular e tireóidea
(hemangiomas, linfangiomas, • Enfisema subcutâneo
laringomalácia, síndromes • Pneumotórax hipertensivo
genéticas, entre outros) • Lesão esofagiana
✓ Compressões extrínsecas de • Traqueostomia alta (anel cricoide)
tumorações ou de lesões → estenose subglótica
vasculares cervicais (bócios, • Fratura de anel traqueal
abscessos, hematomas, tumores
benignos cervicais) Pós-operatórias
✓ Paralisia bilateral de cordas vocais • Fístula traqueoesofágica e
✓ Estenoses laringotraqueais traquoinominada (com a o tronco
✓ Corpos estranhos laríngeos braquiocefálico)
✓ Ingestão e aspiração de agentes • Hemoptíse
químicos cáusticos ou ácidos • Obstrução do tubo
• Permitir higiene pulmonar, incluindo • Descanulação acidental
indivíduos com aspiração • Infecção de ferida cirúrgica
laringotraqueal (proteção de • Pneumomediastimo
broncoaspiração) • Estenose traqueal
• Traqueomalácea
• Permitir a ventilação crônica em
• Fístula traquo cultânea
pacientes com debilidade na
musculatura respiratória por diminuir o • Aspiração de corpo estranho
espaço morto (apneia do sono)
Complicações, indicações e contraindicações dos
Contraindicações outros procedimentos estão completas no material
guia
• Distúrbios severos da coagulação
(plaquetas abaixo de 50.000 e
atividade de protrombina menor que
50% - INR > 2,0)
• Traqueotomia de urgência. É sabido
By:LFCM
que os riscos de complicações são de

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