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~ CAPITULO 1. 0S METAIS PUROS E SUAS PROPRIEDADES i Os metais gue tém importancia em engenharia possuem QO algunas caracteristicas anicas. Tém uma boa combinacao de prop- i riedades mecanicas, sao bons condutores de calor e elétricidade e Poden ser conformados com uma certa facilidade de forma de adqui- - rir formatos particulares necessarios aos projetos de engenharia oO ©, sob esses formatos, tem uma combinacio satisfatéria de prop- oO tiedades podendo ainda resistir sobrecargas e falhas em servico. f Alguns metais possuem outras caracteristicas como, por exemplo, oO grande capacidade de refletir luz. oO As propriedades dos metais puros podem ser modifica- das, dentro de limites, de diversas maneiras. A deformacao plas~ OQ tica a frio aumenta a resisténcia mas, usualmente, com algum sag- / Oo Crificio de ductilidade. A adicao de'elementos de liga é normal- / me mente © meio mais eficiente de alterar as propriedades. A adicdo Oo de elementos de liga deve ser associada com os processos tecnold- gicos disponiveis. _ 5 ° En geral, os elementos ndo metalicos ndo se compor- oO tam como os metais: nao conduzem calor e eletricidade tio facil- mente, nao sdo conformaveis como os metais e nao possuem boa com binagao de propriedades mecdnicas. Estas diferencas estao rela. ) cionadas com os niveis de energia ocupados pelos eletrons na Orbi se ta externa de cada dtomo, a estrutura cristalina e a natureza das Oo forgas de ligacao entre dtomos. oO A tabela 1-1 apresenta as propriedades fisicas dos . metais estruturais normalmente.@m uso. Alguns comentarios sobre / os as propriedades sao feitos a seguir: . 1.1 Estrutura cristalina Oo ce Poe A estrutura cristalina dos metais estruturais é re- 2 lativamente simples. Como pode ser observado, a maior parte de- ) jes tem estrutura cristalina pertencentes aos Seguintes sistemas: : cibico de corpo centrado, ciibico de face centrada ¢ hexagonal com ) pacto. Sao excegdes apenas o indio e o estanho, os quais. tei estrutura cristalina tetragonal. No entanto, esta estrutura te- < tragonal se assemelha aos reticulados cibicos. A estrutura cris- a talina determina diretamente a ductilidade. 7 7 \Tguns “metais mudam de estrutura cristalina com yariagdo de temperatura, tendo portanto propriedades diferentes. Estas diferentes estruturas cristalinas.sdo denominadas de formas alotrdpicas. A tabela 1-2 apresenta as diferentes formas altré- O picas de alguns metais estruturais. a A tabela 1-1 apresenta também as propriedades meca- O nicas na temperatura ambiente dos metais estruturais. Pode se : yerificar que, para os diversos metais, o limite deresisténcia.o timite de escoamente e a dureza Brineli varian entre limites muito jj ais “PeuNg, amplos. Um determinado metal pode também apresentar ‘x grande i) 9 | faixa de variacao de propricdades mesmo estando recozido: essa lo varlagao est@ associada ao grau de pureza eestrutura da a- | 6 mostra ¢nsaiada. Alguns metais como_o indio, o estanho, 0 C zinco, © chumbo e mesmo o aluminio, tém_resisténcia relativa- in mente baixa. Por outro lado, © tungsténio aginge limite de | a resisténcia excepcionalmente alto, até da ordém de 400 kg/mm. A_resisténcia dos metais pode ser dumentada sensivelmente atra vés da adiga& de elementos de liga, conbinada com encruamento / e tratamento térmico. © alongamento e a extricco tém grande importancia nos processos de deformacao plastica a frio, como laminagio,tre O Fitagho, estampagem, etc. 0 alongamento da wma boa ideia ‘da 7 ductilidadesido metal, Metais que cristalizam no sistema hexa- Kc gonal compacto, como o magnésio e o zircénio, permitem no maxi- i) mo 50% de redugdo de seccao entre recozimentos. Ja o cobre, o : niquel \¢, 0 nolibdénio eo ferro, que cristalizam no sistema / O cibico, permitem uma redugio entte recozimento superior a 90%. £ interessante notar que alguns metais de estrutu ra cristalina hexagonal compacta tém ductilidade muito baixa, : como o magnésio, o berilio ¢ o zinco.|,; © cddmio, apesar de ter / I estrutura cristalina hexagonal compacta, tem elevada ductilida- : de. Tal fato esta relacionado com o nimero de pianos cristali I nos onde ocorre escorregamento ou maclagéo. () G magnésig, o be= i rilio e 0 zinco se deformam apenas segundo os planos intfiWedos darn 1 |C Acima de uma certa temperatura, o magnésio passa a se deformar vin também segundo os planos inclinados, o que confere elevada duc- Oo tilidade. 4 Pelo mesmo motivo pode-se verificar que os metais de estrutura cristalina cibica de face centrada sd os que tém maior alongamento. 0 estanho, de estrutura tetragonal, se oO comporta como um metal ciibico de face centrada, Tustin, portent Manat RA de Se considerarmos um cristal metalico individual, as propriedades variam de acordo com a orientagdo. A tabela 0 1-3 apresenta as propriedades de monocristais de cobre, medidas em diferentes direcdes. Os metais estruturais sio constituidos de aglome- rados policristalinos. Se os graos forem cquiaxiais e orien- tados ao acaso, as propriedades nao irdo depender da direcao em } que forem determinadas, isto &, o metal sera isotrépico. Os me - tais que cristalizam no_sistema-hexagonal-compacto, tendem adquirir forte orientac&o cristalografica durante os processos de deformagio plastica. Como consequéncia os produtos deforma dos plasticamente, as chapas em particular, tendem a adqiirir propriedades direcionais, como mostrado na_tabela 1-4. Esta a- nisotropicidade nao esta ligada 4 orientacdo de inclusdes, como acontece nos produtos industriais, pois a tabela 1-4 se refere a metais puros. Coe ce Cc 1.2 Densidade Alguns metais tém densidade muito reduzida, como 0 berilio, o \O magn@sio e 0 aluminio. 0 magnésio e o aluminio sdo, por ‘esse o bh motivo, utilizados em componentes onde baixo peso 6 0 C importante. E 0 caso de componentes aeronauticos, pocas oO veis, etc. Um baixo peso especifico significa tanben grande permeabilidade a neutrons, o que tem importaéncia em e- Oo nergia atomica. < Ao se escolher uma determinada liga pela sua den- 5 Sidade, nao deve ser esquecida a associacao com propriedades me ‘ cinicas. bora o aluminio tenha maior densidade} as~..—digas // Oo dessersietl apresentajuma relacao resisténcia/densidade mais fa iD ; voravél ‘qué as ligas de magnésio. oO ws i 1.3 Temperatura de fusdo e temperatura de ebulicao WO - A temperatura de fusio 6 uma propricdade muito importante pois ) esta associada 4 facilidade de producio de uma peca fundida, Oo Entre os metais estruturais comuns, temos o chunbo, o estanho, fo o-zinco, 0 magnésio eo aluminio como elementos que funden ‘a Oo baixa temperatura. A adigio de elementos de liga pode aumentar nas, de uma maneira geral, diminui a temperatura de fusio de li- gas desses elementos, Outros"metais, como o molibdénio, o tan- . talo ¢ o tungsténio, em virtude de sua temperatura defusio ser O extremamente elevada, nao s30 elaborados por fundigao, Utiliza- Oo Se para esses casos, como processo principal de obtengdo de pecas, 7 a metalurgia do po. oO i Os metais de ponto de fusio muito baixo, como ° O chumbo,o estanho e o indio sao utilizados para ligas fusiveis, QO Uma temperatura de ebuligao baixa facilita alguns O processos de metalurgia estrativa, como a obtengado do zinco e do magnésio. | No entanto € desvantajosa no que se refere a perdas oO por volatilizacao. ) No que se refere & facilidade de obtencao de pecas fundidas, tem também importancia a contracdo volumétrica de so- lidificagao. Pode-se observar que o aluminio,entre os netais 5 comuns, @ 0 que apresenta maior contracao de solidificacao. Isto obriga a um cuidadoso dimensionamento de massalotes e alimentado > res. Q zinco,por outro lado, tem uma baixa contragio de soli- dificacio o que, associada a baixa temperatura de fusdo, facili- ta a obtencao de pecas fundidas. Outras_propriedades importantes associadas aos pro y CESSOS de FUSG0 sdo 0 calor especifico ¢ o calor latente de fu- sao. Muito embora o aluminio e o magnésio tenham baixa tampera / O tura de fusao, _possuem elevado calor especifico e elevado calor latente de fuséo, o que obriga a grande dispéndio de energia pa~ VO va a fusio destes metais, A figura 1-1 esquematiza a quantidade tee de energia necessdria para aquecer 1 kg de determinados metais yi até uma temperatura 10% superior 4 temperatura de fusdo. j2 1.4 Calor de’ combustao | iz © calor de combustao est associado, por um lado, J 4 dificuldade na redugao do éxido e, por outro, a 'utilizacio dé : &% ol I 5 a 1 os Gland Js um metal como redutor ou como elemento termogénico. Entre os metais estruturais comuns tem importancia o magnésio e o alumi- nio. 1.8 Coefici nte de dilatagdo térmica linear Este coeficiente tem importancia quando se consi- dera componentes em ligas de diferentes metais que devem tra- balhar associados e, a9 mesmo tempo, dentro de uma certa oscila~ ao de temperatura.’ £0 caso tipi¢o de pecas em motores de Combustdo interna. Pode-se observar que 0 aluminio, o magné- sio e 0 zinco, entre os metais estruturais comuns, sao os que possuem maior coeficiente de dilatacao térmica linear. No caso de zinco, nao @ problematico pois as ligas deste elemento nao sio utilizadas em alta temperatura. Ese fator merece especial } atengio no caso das ligas de aluminio. 1.6 Condutibilidade Na tabela 1-1 sfo relacionadas também as conduti- bilidades elétricas e térmicas de diversos elementos. No caso de metais e ligas, € comum exprimir a condutibilidade elétrica em termos de condutibilidade elétrica volumétrica. Esta con- dutibilidade @ medida comparativamente a um padrao de cobre, sendo expressa em $IACS (International Annealed Copper Standard). Esse padrao foi estabelecido pelo Bureau of Standards em 1913 para 0 cobre puro daquela época. A _condutibilidade é influen- ciada por elementos de liga em solug’o sdlida como mostrado na figura 1-2. Hoje em dia, o cobre obtido tem pureza maior, portanto, maior condutibilidade. Os metais de maior condutibi lidade elétrica volumétrica sdo a prata, o cobre e o aluminio. Naturalmente, quando existe apenas um espaco restrito para 0 condutor elétrico a condutibilidade elétrica volumétrica 4 o fa tor mais importante. No entanto, em termos econémicos, a con- dutibilidade por unidade de peso @ uma medida mais interessante de ser comparada, Na tabela 1-5 é apresentada a condutibilida de expressa em mho por quilograma-metro. Este nimero repre senta a condutividade de um condutor com 1 kg de pesoe 1m de comprimento. Pode-se observar que o metal mais interessante 6 © sddio, o qual tem uma condutividade quatro vezes maior do que ado cobre. Mesmo o aluminio, o berflio e o magnésio tém con- dutividade aproximadamente 0 dobro do que a condutividade — do cobre. A condutibilidade térmica segue paralelamente a condutibilidade elétrica. Isto significa que metais de alta condutibilidade elétrica também tém alta condutibilidade térmi- ca. 1.7 Resisténcia 4 corrosio A resisténcia 4 corrosdo depende inicialmente do potencial de dissolugao eletrolitica. Os metais com potencial de dissolugio cletrolitica menos negativos tém caracteristicas mais nobrese, portanto, maior resistencia & corrosao. A resis téncia 4 cortosao depende também da camada de dxido que se for ma sobre a superficie do metal ou liga. £ 0 caso do aluminio por exemplo, 1.8 Dados estatisticos As tabelas 1-6, 1-7 e 1-8 apresentam o consumo mundial, consumo brasileiro e pregos internacionais dos metais nao ferrosos mais importantes. Pode-se observar que, em vir- tude da combinacao de propriedades, o aluminio € 0 metal nao ferroso de maior consumo. 0 grande consumo do zinco esta associado principalmente ao seu preco relativamente baixo. Pode-se observar que alguns metais tém crescido em prego de maneira marcante. Isto se deve a razdes politicas, cscassez e consumo de energia destinados 4 produgdo de uma unidade de metal. 1.9 Influéncia das impurezas ém solucio sdlida ‘Até o mais puro metal usado industrialmente con tém Gtomos estranhos, usualmente dissolvidos no metal base, formando o que é chamado de solugao sélida primfria. Nestes casos, 0 arranjo cristalino caracteristico do metal base é re- tido com apenas ligeira mudanca de tamanho. Cada dtomo dis- s6lvido, dependendo do seu tamanho e caracteristicas, ou substitui um dos @tomos do_metal-base no reticulado ¢ristali- no, formando uma solugéo sélida substitucional, ou fica entre os Atoms do reticulado cristalino, formando uma solugio s6- lida intersticial. Para um dado metal base, alguns atomos podem ser adicionados somente em fracdes de um por cento. Por outro lade, outros dtomos podem ser adicionados em qualquer quantidade de maneira que sao formadas solugdes sdlidas con- tinuas que podem variar em composicao desde 100% de um metal A até 100% do metal B. Muitos dos fatores envolvidos na formagao destas solugdes sdlidas sao pouco compreendidos. Em geral, os atomos do soluto devem ser quase iguais aos do sol- vente, tanto em tamanho como em caracteristicas, para formar solugoes sélidas substitucionais: devem ser muito pequenos, como hidrogénio, nitrogénio e carbono, para formar solucoes sOlidas intersticiais. Nas solucdes sélidas substitucionais, os Atomos do “goluto podem ocupar qualquer posicdo no arranjo’cristalino com completa liberdade escolha. Em virtude dos dtomos do so luto e solvente estarem "misturados" na escala atomica do re- ticulado cristalino, eles nao podem ser distinguidos por in- termédio de microscopios 6ticos. A liga aparenta ser esta- tisticamente homogénea e, quase sempre, parece corresponder perfeitamente @ realidade. Estudos mais detalhados entre- tanto, indicam que microsegregacao (nao uniformidade de con- posicgao na escala microscopica) quase sempre esta presente e de tal maneira que nenhuma solugéo sdlida € realmente homogénea se for julgada na escala de uma an@lise por microsonda. Em virtude do reticulado cristalino de_um metal puro mudar continuamente de dimensées a medida que sio introdu- zidos Atomos de solvente, as propriedades das solucdes sélidas variam continuamente das'do metal puro, dependendo da natureza dos elementos de liga adicionados e das concentracdes relativas dos dois tipos de Atomos no reticulado cristalino. Em geral, a adig&o_de elementos em solugao sodlida resulta em um aumento de resisténcia e dureza, e uma diminuicdo em ductilidade (alonga- mento) e€ em condutibilidade térmica e elétrica, como indicado esquematicamente na figura 1-2. Propriedades como resisténcia @_Corrosao dependem do metal, algumas vezes. aumentando, ou en- tao diminuindo ou permanecendo quase inalterada 4 medida que o soluto € mudado em natureza e quantidade. Pelo microscdpio & quase impossivel diferenciar ao certo uma solucdo sélida primaria, do metal puro na qual & baseada. Somenté pesquisas com difracao de raios X de alta precisao mostra‘las mudangas de tamanho do reticulado cristalino do metal puro a medida que sao intYoduzidos os 4tomos de soluto Em virtude destas consideragdes admitiremos como metais puros solugées sélidas diluidas. 1.10 Metais de alta pureza e sua obtengio © progresso atingido na purificagio de metais tem sido tal que, a antiga maneira de especificar grau de purcza em termos de noves (99,99% e assim por diante) ficou inadequada. No campo dos metais “puros" alcangamos o ponto onde pensamos em impurezas em termos de partes por milh3o, o que est& se genera~ lizando. A maioria dos metais © atualmente obtida com impu- rezas totais da ordem de menos de 100 ppm (99,99%} e, diversos com S ppm total e menos de 0,05 ppm de impurezas especificas. Existom dois métodos fundamentalmente diferentes usados na obtencao de metais de alta pureza. Por um lado, por meio de operacées fisico-quimicas e quimicas, ¢ preparado um composto extremamente puro do metal, o qual pode ser diretamen- te reduzido ao estado metdlico em condicées cuidadosamente controladas. Alternativamente, o metal comercialmente puro pode ser refinado por modificacées dos métodos cléssicos de Processamento metalirgico bem como por métodos intciramente no- Vos. NatuEaTHCNES, o3 dois metodos voor podem ser combina- dos. Q método exato a ser adotado em cada caso particular de- pendera das caracteristicas do metal e seus compostos, e quase Sempre € determinado pela susceptibilidade & contaminagio du- rante 0 processamento, 1.10.1 Processos quimicos de obtencfo de metais de alta pureza é Os processos basicos para a produgdo de compostos metalicos puros, so bastante generalizados ¢ incluem: 1) Pre- cipitagio repetida de um composto insoliivel, 2) Recristalizacdo repetida, 3) Precipitacdo de impurezas como compostos insolt- veis, 4) Distilacdo fracionador, 5) Extragéo por solvente, ¢ 6) Processes por troca de ions. Dio) oe a >) Em todos os métodos quimicos de purificacgao sao_ lee encontradas duas grandes limitacgdes. _A mais importante delas & ) a contaminagao pelos reagentes ¢ isto é particularmente signifi- cativo quando sao empregados volumes consideraveis Quase oO sempre se torna necessario dispender mais tempo na purificacao dos reagentes do que na obtengao do produto final. Certos rea- gentes sio particularmente problematicos como fonte de impurezas, | i Por exemplo, quando for empregada soda caustica é quase inevita-j vel a introducao de uma certa quantidade de silica no produto. Uma segunda fonte de contaminagio parte dos reci- O pientes usados para reacdo. Boro, silicio e alcalis podem ser trazidos dos recipientes de vidro é silica. A contaminagao pro veniente dos recipientes pode ser, em certos casos, minimizada 5 por um tratamento de "condicionamento" suficientemente longo com ) solugoes apropriadas que dissolvom tragos de impurezas da super- Oo ficie. Oo Tendo sido produzido um composto tao puro quanto possivel, 0 estagio final de redugao a metal @ realizado por um Processo como, por oxemplo, tratamento por hidrogénio a altas O temperaturas. Aqui, 0 maior perigo consiste na contaminacao por impurezas derivadas do recipiente no qual o composto € aquecido. A compactacio final pode ser realizada por processos de metalurgia do po (para evitar contaminagdo durante a fusao) ou por outro pro- ) cesso como, por exemplo,fusao a arco sob protegao de argénio. : ado O Het Nos filtimos anos tem4se conseguido algum sucesso O na obtencgao de metais de alta pureza partindo de compostos puri- ficados. A tabela 1-9 indica o grau de pureza em termos de par oO tes por milhao de total de impurezas residuais de alguns metais obtidos por esse processo. 1.10.2 Processos térmicos de obtencio de metais de alta pureza i © segundo método de obtencao de metais puros, que consiste no refino de metais impuros ou comercialmente puros.en- volvem um ou mais dos prodessos basicos seguintes: 1) refino a fogo, 2) distilacao fracionada, 3) processo Van Arkel ou dis > filacde de iodetos, 4) eletrolise, $) fusdo por fona, e 6) | fusao a vacuo. _ 0 nétodo de refino a fogo por oxidagio e fluxa- cao das impurezas 8, em geral, adequado para a remocdo das impu- | ~yezas en grandes quantidades.” F ebvio que, se visamos a remo- ao de impurezas quase que totalmente, € necessario manter una ) Concentracéo mito alta de oxigénio no metal, Os anicos metais que podem ser refinados por este processo até grau de pureza real ) mente elevado sao prata e ouro. Deve-se notar, entretanto, que ) © produto proveniente das modernas refinarias de chumbo esti entre os metais de maior pureza comercialmente produzidos. 0 seu alto ) grau de pureza 6 alcangado por uma série de operagées de oxidagao > € fluxagao. | A distilago fracionada @ um processo_usado em grande escala para a produgao de zinZo, magnésio, cadmio e mer- | cirio de alta pureza, 0 zinco obtido por distilagao fraciona~ da contém 10 ppm de impurezas totais Yo merciirio, até 5 ppm ou oO menos. _ Distilacao a vacuo é o processo principal usado na pu- rificago dos metais alcalinos litio, calcio, sodio e potissio. I A dificuldade principal consiste na escolhado recipiente adequa do para o liquide metalico e seu vapor. © processo de iodeto ou Van Arkel deve ser consi derado como um método de distilacao scletiva. 0 metal impuro, na zona exterior da camara de reacéo, 6 atacado por vapor de iodo e 0 iodeto puro formado € transportado através do espaco onde foi feito vacuo _¢ decomposto num filamento aquecido. Por este processo & possivel obter titanio, zircénio, hafnio, cromo e tério muito puros e @ particularmente adequado para remover | oxigénio, hidrogénio e nitrogénio. _E menos eficiente como meio de eliminagéo de impurezas metélicas e silicio. A eletrdlise tem side usada durante mitos anos como método comercial de refino de cobre impuro. Inclusive ferro eletraitico também 6 comercial. Na producio de metais i _ muito pura é usual re-refinar duas ou mais vezes, usando em oO cada estdgio eletrélitos progressivamente mais puross 0 re- fino do aluminio pelo processo das 3 camadas (Hoopes ou Pechi- Oo ney) € muito conhecido e @ capaz de produzir aluminio com um L teor de impurezas total da ordem de 30 ppm c, algumas vezes f ) 10 ppm. Por um duplo refino eletrolitico de chumbo (processo Betts) pode-se baixar o teor de impurezas al ppm. Esses dois processos so utilizados em escala industrial. 0 método mais moderno de refino de metais € 0 de fusGo por zona, 0 qual recebeu consideravel atengao em virtude de ter sido 0 processo de obtengio de germanio puro que alcan- cou maior sucesso. _ A fusZo por zona tem outros usos importantes além bs de purificagéo: pode distribuir uma desejada impureza unifor- i memente dentro de um monocristal. Este processo pode produ- O zir descontinuidades perfeitamente controladas. Tem efeito | numa substancia cristalina passivel de fusdo e que tenha uma 0 diferenga de concentragées de impurezas entre solide e liquido. Neste método, uma zona liquida curta percorre lentamente uma ;—-earge-sélida-relativamente-tonga redistribuindo as impurezas, Uma zona liquida percorrendo uma barra tem duas interfaces liquido-sdlido: uma de fusdo e outra de solidifi- cagio. Sea impureza abaixa o ponto de fusdo do metal, tere- mos no metal em solidificagao uma concentracao de impureza me- nor do que no liquido. Em consequéncia, a impureza rejeitada pelo metal se acumulara no liquido. Se a impureza aumentar o ponto de fusio do metal, teremos o efeito contrdrio. Por con- seguinte, a interface de solidificacao pode rejeitar certas impurezas ¢ atrair outras. e Num refino usando o método de fusao por zona,uma série de zonas liquidas atravessam a carga numa determinada ) D ) diregio. 0 grau de separagio de impurezas aumenta com 0 nil mero de passes,o qual @ definido como o niimero de zonas_ que passam através da carga. A distribuicdo de concentracio de_ impurezas apds um passe @ mostrado pela figura 1-3, Esta distri buigao, apesar de parecer estranha, @ perfeitamente explicada pelo diagrama de equilibrio (figura 1-4). Quando o primeiro liquide formado, de composicao inicial Lo,solidificar, teremos metal de composicao S,, indicado pelo diagrama de equilibrio. Em consequéncia do abaixamento do teor de impureza do sdlido formado, teremos um aumento do teor de impureza da zona liqui- da, o que trara também um aumento de concentracao de impureza no_metal solidificado em seguida. Este mecanismo prossegue até que o metal se solidificando atinja_a composicéo inicial. No fim do passe, em virtude da composicao da zona liquida, o sOlido formado tera teor de impureza acima de Cy. 0 refino por zona pode ser bastante acelerado u sando-se diversos elementos de aquecimento em série e muito pouco espagados. Uma das limitagdeS da fusio por zona e, conse- quentewente, dos outros métodos que involvem fusio, € que o Tecipiente @ uma fonte de impurezas em potencial. ‘Um método para contornar essa dificuldade é 0 processo “cage zone re~ fining” onde a regulagem do aquecimento é ajustada de mancira que permanece uma "casca" de metal sdlido_suportando o centro liquido. 0 método mais usado entretanto é a técnica de "zona flutuante" no qual, a zona liquida 6 mantida no lugar As cus- tas de sua prépria'tensao superficial entre duas barras do proprio metal verticais e colineares (figura 1-5). Deve ser frizado, entretanto, que o método de fusio por zona € valioso unicamente para um certo niimero limi tado de aplicagdes e, automaticamente, ndo remove todas aS impurezas de qualquer metal. : A desvantagens de quase todos os processos dis- cutidos @ quanto 4 remogdo de oxigénio, hidrogénio e nitro- génio, que sao as,impurezas realmente problematicas em muitos casos. Quando @ ‘importante remover estes gases o processo | Sbvio é a fusdo a vacuo. A dificuldade encontrada é€ que, se um metal for fundido num cadinho refrataério, alguma conta- minagdo pelo proprio refratadrio @ quase inevitavel. Como con- Sequencia, tom-se procurado substituir o cadinho refratario y por um formado por Camisas de cobre rcfrigeradas agua, _A tabela 1-10 resume as purezas que foram al- cangadas om virios metais por processes de,refino, [ Ae uve iy lt 1.10.3 Grau de pureza que se consegue obter atualmente SESS RUTSEG -GuC_S¢_consogue_obter atualnente, Ae Pelos valores observados nas tabelas 1-10. e | 1-11 conclue-se que a maior parte dos metais que podem ser obtidos atualmente num estado de alta pureza, contém entre ' i 5 e 250 ppm de impurezas aproximadamente. um grande progresso sobre a siderada vista dos fisicos, minagdo € extre com esta reza nos da pelo alto e industria eletrénica. cessidade cio, nos ladamente inteiramente das caracter contendo elétricas baixos. grande parte, das discordincias e ir Por conseguinte, mente puro de maneira a eliminar’'s tos do reticulado, deveriam ocorre. riedades mecanicas. dos sem praticamente di so de ruptura 100 vez. do cristalino. malmente. maximo de Rovos nétodos para_a medida d gido pela maior parte dos met. geralmente inadequados para medi el de menor a1 ppm. permite analise de t Lal Tt Pureza 99,93 ( acgitavel até algum tempo atras. Mas, do ponto A utilidade dos m sforgo que vem sendo is. _ Indubitavelmente, a maior i Para retificadores e & de matgriais semi-condutores, quais_o nivel de impurezas @ mant: © desempenho dest. isticas especiais baixissimos. teores de impure. Entretanto, © magnéticas nio ficadas pela reducao do niv cm particular, um metal con i mamente impuro, ‘Num centimetr puggza sao encontrados da orden de 10 10°¢ atomos presentes, aproximadanente. 10 Isto é, naturalmente, 1000 ppm) que era con de ppm de conta- ctbico do dtomos de impu- netal etais de alta pureza & demonstra desenvolvido na sua produedo zas baixos e controlados. & de se esperar que as sejam as Unicas profunda el de impurezas a valores Teoricamente, a resisténcia de um metal depende Provavelmente, impurezas sera redu: Consequentemente, havera nece. Com efeito, lefeitos no’ ri es maior do nfluéncia proven da transistores ha ne como germanio e sili- ido em valores contro es acessérios depende que exibem materiais propricdades mente modi- muito en regularidades do reticula- se 0 metal for suficiente- ignificativamente os defei- r grandes mudancas nas prop- cristais diminutos fabrica- eticulado, apresentaram ten- que seria'de se esperar nor- num futuro bem préximo, 0 limite zido a um valor 10 vezés menor. ssidade do desenvolvinento do 0 teor de impurozas. dos es; ais. A espectrofotome cores mais diminutos. ASM METALS HANDBOOK - t _and Selection: als, ASM, T 7 ASM METALS HANDBOOK - graph talirgia, pontos S, 6, 7, _Structures and phse L.C, CORREA DA SILVA - Be 9. Atualmento, Pectograficos j4 foi atin- Métodos colorimetricos sao ementos ‘quando em quantida tria de absorcio atémica 9° adigdo, vol. 2. Proper- 8° adicdo, vol. 8 id bare Non Ferrous Alloys a » Metallo diagrams. 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PINARDI - Marco, 1982, 7 CHO eHGHeHOr eter ¢ wee “~ Tabéla 1.1 - PROPRIEDADES FISICAS), Newro avénico eso atémico lstrutura cristalina (20°C) Dinensio do reticulado, @, 1m irenso do reticulado, Cg, ma Disténcia atémica mais préxina, nn Peso especifico a 20°C, Me/n’ Peso especifico na temp. fusio (s6lido) Peso especifico na temp.fusio (iq Volime atinico, n3/atomo kgxi03 Contragio volunetrice, solidificagio, ¥ Contraco Linear, temp.fusio até 29°C, Tesperatura de fusio, °C Tenperatura de ebuligo,°C Temperatura de recristalizagio,%C Tenperatura de defornacéo plastica quente,*C Calor especffico a 20°C, Ki/kg?k Calor esp. temp. fusio (s6lido), KI/kKgK Calor esp. temp, fusio (1fquido), KI/kg*K Calor latente de fusio, ki/kg Caler latente de vaporizacio, ki/kg’ Calor de conbusto, MI/kg seeie Cocf.dilat.térmLinesr 2 20: Conduribitidads térmica 6 2 Resistividade elétrica @ 20°C,nicrola-n Condutibilidade elétrica volunétrica, SIACS Porencial de dissolusdo eletrolitica, Linite de resistEncia, recozido, MPa Linite de escoanento, recozido, MPa Alonganento, recozide $ Fxtricgio, recozido 4 Dureza Brinell, recozido, kg/mm? Berilio Be 4 9.0122 He 0, 22858 0, 35842 1,848 1290 2770 728-900 800-1100 1,886 Yan 190 4 38a 43 228-621 186-414 1-40 133-162 Magnesio Mg a 24,312 He 032087 10,5209 0,3196 1,738 1,65 1.58 140 42 1,6 650 no7 98-200 93-482 1,025 1,36 1,33 360-377 150-5400, 24,9-25,2 25,2 a8 445 38,6 1,63 90-195 21-105 2s 30-41 Aluninio al as 26,98184 cre 0404958 90,2362 2,6989 2,363 2,88 9,996 68 1,9 60,4 2096 0,90 Lad 138 397 10780 3,05, 23,6 247 2,655 64,94 30,84 40-50 15-20 50-70 v ¢ ELETRIUAS” MECANICAS”DE-ALGUNS METALS Cobre o 2 63,54 crc 0361809" 02851 8,93 7,940 7,924 7,08 4,92 084,88, 2595 100-170 0,386 205 ans 16,5 398 1,673 103,06 0,20 203 2 2 Palidio Pa 46 106,4 crc 038902 0,2750 12,02 8,88 1ssz 3980 0,245 3 11,76 0 10,8 16 150 Prata Ag a7 107,868 cre 0408623, 02888 10,49 9,30 9,26 10,28, 4,92 218 961.9 2163 20-200 0,238, 0,297 0,310 108,2 2630 19.0 48 aa? 108,4 0,08, 1s 83 s4 2 Platina Pee 8 195,09 crc 0,39231 0.2775 21,45, 9,09 5,92 1769 3800 0,132 us 1867 92 nL 10,6 16,3 340-170 0 35-40 Ouro Linco Aun m3 19,9685 65.38 cre 0,40786 0,266¢8 = 0.8870 2,882 19,302 10,20 5,20 1064.45 2887 20 0,130] 0,382 0,460 0,81. 62,764 10,9 isa | 1782 38 wz | at 317,9) 113 2,35 | 5,916 73,4 | 28,27 1,10 103 | 28-35 ° 15-16 30 on 3 | om Cidnio ch a 112,40 He 0, 29793 0, 56182 0,2973 8,642 4,02 130 4m S211 167 0,28 0,264 55 987 31 Indio In 49 saz TFC 0.32517 0,a9as¢ 0,325, 7,285 15,71 245 156,65 2073 0,233 0,264 0,287 28,42 2018.8 324 86,6 8,37 20,6 Estanho sa, 50 118,69 Tr 058214 0, 31815, 0,302 7,368 6,98 16,26 2,8 231,9 2770 0,222 0,266 0,287 2400 207,19 0.6988: 10,3099 11,36 1,0 10,7 18,27 327.4 1750 0,129 0,142 0,448 23,18 945.3, io2-0st ——_asr-oce oot-05 oot ost vaso ‘quu/By “opyzose: “tretag e292nq 89 8 OGD 8 oe UES “ 4 ‘oprroces ‘oeSoraey ze-02 ovez oof 8-08 vy ee-o2 a] 8 4 ‘oprzozas ‘osuaue8uo1y wz ose coz 65 est BB OT-TE toe £9¥-6E% see oz ovt an “opyzozes ‘cqusueoase 9p axT4nT $29 oporeose ©«—«OSZ_=i«CESHDGE:««SLZ= LTE. ShG-vEZone-SeT sty 885-2dy $9 ose soz eax ‘oprzcnas ‘eyougistses op 9271 4o'0- —Toe"oe z0H'O- SO AteoragTes297@ ogSniosstp ep TerDUo2a) soo et worst tise 92 STAT st $9 zs vy G'S sovIyeormagunton waqsagT9 opeprtraranquCD v0" sso'0sst'o 2500 set" vees0'o §—szs0°0 | te60"0 |= t'Owaz4O TSE" sro ze | weanoroyu ‘D402 ¥ BDysagt9 apeptaTast sm; at gor yes zt = $$_—«96TS—wON6D 808 v9 Ofte 6 vw at} yguyatgace © eoragr opeprrearanpucy Bs vy 88 Tey SST set tT vo ste GS 30's we *oe02 8 awauyT “ey +3909 1L'$-£9°S ast 6's i By/awt oxysnqHD9 9p 20169 Loey oxerooty S215 06re sore TOL 8009 o7s9 ores By/extousertsoden op amuereT 10109 oe vet-set oz 0628 262 uve $82-857 sz’ Oh By/etousng op owusrey s01e) weBx/0%" (optmbyr) openg-duoa dso s07r9 on8"o 1 yeSx/e4* (opstgs) ovsny*duoa dso so7e] orto ac’ oet'o—suz'o orzo tuto. tt opr'oassh'o ast uvtto wettest | eBx/e4'D602 © OD1320H59 10709 cct-ore cort-o08 cart [pyrene eorasetd opSeulogep “sedioy ‘0st-00Pr ossT-o8ot 0027-006 * os 0s-002 006-008 ‘atopbursteasysoes ap wimesoduoy, oust ous avs oe a nn 2) De ‘opSs Inq ap eungessdoo4, ue ote 9682 (tz gore SSbT = Set. aest. SLOT uct, sez, ase. GT 30 ‘ogsny ap esnaesodnoy $ "D902 gve ogsnp vduoa ‘aeoury “21009 ve sovSeatsyprtos ap eoyrigenton opSes3109 se ss'6 tor se Or sty aat sete note ote sott | 01 BY quore/cw toonegre sunton seo" 2H “(oPHmbsT) opsngrdinn eu sDads9 oo4 we'e esmansasy Grol ——“SETEOT GYG'ORT —=«Y6"SG-v9NG"ZS —TL'ESZESG'AS —coe"SS EGTS Tho'OsBS'ELT UGLY > ooqugne oso ue ue w w @ a 9 te sz u ov 2 eomuga® 022. 4 a8 ou a OW cy a 2 a am 2 uu) ores O1pssy cougnstury OTEIWRL OTURPRFTON OFGON ToUbIN o2TEqap —ONNAY_— HOI]. OPEN © OTUNBH OTUODITZ OME oxuawora ; {ogSenutquos) SIVAN SNOOTV AC SVDINYOIN A SVOIISTE “SVIISIA SHCVOTIUAGUd'- T° PTAqeL coccececec See ae SAN AR AAA AAbhTA DIO ; CoS LS OCoCS COOSC SO COU OP OOO IIS Tabela 1-2 - Formas alotrépicas de alguns metais 14, 1250 a 1290°C Pate 13,20C 13,2 a 231,9°C Faixa de Estrutura Estabilidade Cristellina até 1250° Hexagonal compacto Gibico corpo centrado Cibico face centrada Tetragonal corpo centrado até 882,5°C 882,5 a'166,8°C| Hexagonal compacto Cibico face centrada Zircéniof a até 862°C Hexagonal compacto B 862 a 1852°C Cibico corpo centrado Mifnio | a avé 17028C Hexagonal compacto 1B 1742 a ?2318C | Cibico de corpo centrado Crom } a até 1840°C Cibico de corpo centrado 1 8 1840 a 1875°C | Cibico de face centrada ae t Ferro | oa até 912°C Cibico de corpo centrado 1 gy 912 a 1394°C Ciibico de face centrada 1 x5 1394 a 1538°C_ | Cibico de corpo centrado oa até 417°C Hexagonal compacto 8 417 a 1495°C Cibico de face centrada a até 661°C Ortorrémbico $B 661 a 7699C Tetragonal complexo qe 769 a 1133%C Cibico de corpo centrado Pluténiol a até 120°C Monoclinico i 8 120 a 210°C Monoclinico ey 210 a 315°C Ortorrombico Pte 315 a 452°C Cibico de face centrada € 452 a 480°C Tetragonal corpo centrado g 480 a 640°C Clidico de corpo centrado [Terto 7a |—"ats T345°C | Cibico de face centrada 8 * 1348 a 17559°C Clibico corpo centrado Tabela 1-3 - Propriedades mecfnicas de Monocristais de Cobre Diregao de Ensaio Resisténcia & Alongamento Tracao, MPa % 100 150 10 0 100 50 aw 350 33 Tabela 1-4 - ANISOTROPTE DE PROPRIEDADES EM METAIS DO SISTEMA HEXAGONAL, COMPACTO oO Metal e condig&o Limite de>. | Limite de | Alongamento | Médulo de resisténcia | escoanento | en $0 m | elasticidide > MPa MPa 4 MPa oO Berilio extrudado : Seccao longitudinal | 480 a 690 310 10 a 20 | 296.000 > Secgao transversal 340/a 410 1 274.000 c Zinco laminado a 5 quente Seceao longitudinal | 151 34 2 87.000 Sec¢o transversal 158 27 6 75.000 > Magnésio laminado a quente Seccao longitudinal | 192 103 4s 3 Secgao transversal 158 89 3 Tabela 1-8 - CONDUTIBILIDADE ELETRICA DE ALGUNS MBTATS O Oo Metal Cond.Eletr. | Resistividade | Densida Densigade Condutividade Vol. $TACS microhm - m = | Mg/m3 mho/kg Prata 108,4 0,0159 | 10,49 5990 oO Cobre 105,06 0,016730 8,96 6670 Aluminio 64,94 0,026548, 2,699 13970 Oo Borflio 38 a 43 0,04 1,848 13970 D Sidio 0,042 0,97 24570 Magnésio 38,6 0,0485 1,74 12920 - | vee $*82 | gee 2'sz gez - 62 - esz - a o9'ze sz arts sz 5°82 eee 900s gee 96°82 ad o8*oy oz vet sep o9ss iste 99s OL6T B T96T 7 69t +86 982 sez 82sz vrs O96T & IS6T : 7 set ald Ltt Test plot otse OS6T ® Tyt 7 9st a9 ay 89PT Lest s6ST over ® Te6t Lot = ls o6et Lott Set Og6T & TZ6T 7 zet - aTE gett 988 sett Oz6T ® TI6L 7 #0 - sot 186 49 989 1 F cateqog | oumeisa | ofsgufeq | tenbyn| — oqump| = ooutz| —exqen (3000°T) SOSOWIET OWN SIVIGN SIVEIONINd SOC TWIGNN THANY GWISNOD. - | 9-T VIEEVE S86T $86T s86T zg6t | Ts6t ss aI $8 se ove sez oset us 6'L 46 vet 622 ust 6L6T Ls orot ‘9 82 s2t Ist Lye set zs em | tts s9 | sot uz losz Let ov vor) uty ss 46 6LT istz 9L61 vs 9'or 6s os zs sst ls0z SLEL ss o'zt 99 z £6 zo ser Le 6S v6 e's ss 08 Sz isst. £26 ots st 60 se i TIL set zL6t ez 8'9 St vs 59 s6 kor st ue sy oT ir gs v rs oL6T st 6'y - sz Tp ov ee 696T © 996T eT se - zz a 6 ity S96T ® 296T oT 7 - 0 az 8z ie T96T ® 8S6T ouueasa tenbyn | ogumyy | ooupz | exqoy | ormrunty ouopwad (0001) SCSORET OWN SIVIGN SIVaTONTNA SOT OUTZTISVIE TINY GWSNCD - TIT Visi ce O cococoocoecc coos a arp ato af “8 ceccccececccoce coos oO00090909990923990 vorecT} E46} ores || ersz| sT*Oz a/ssn ‘eawtd 8STL 2189 vers ogee £282 289s | 6sTs 3/$8n “OTUpED ezegs} @zeos | zzzeT } oTse soby use | 3/$sn *oateqon SEZ4t | OSSST | LOBET | Seb esse || Soe vezz | -3/$sn ‘ouueasy sssz eee ete 90st 9k one gue | 4/$Sn ‘orsoudey 2809 | . 9T9S 909% Losp Trsz sect oso 3/ssn ‘TenbIN 0z0T 0901 Tee, lp te ese £92 a/ssn *oqumigy 8r8 Bre 289 es8 ese 61s 582 4/$sn ‘OOurZ Otte ostz eret oor Wet Tek 904 a/$sn ‘21909 | OséT ort out 18 29 Ors seg | 3/$sn ‘orurmunty — Se6t | pS6T | S861 2861 | T86t | 086 6L6t 8L6t | si6 oL6T S96 096T SOSOWEA OYN SIVISW SNNOTV SC TWNOTOVNUAINT Oded - B-T VISHVE 400 300 200 100 Entalpia ( Hp - Hyo9) em kcal/kg 1600 1200 800 400 Entalpia em kJ/kg. ” - oO Oo 0 300 10001500 72000 2500 3000 ‘Temperatura em °C Figura 1-1 - Quantidade de calor necessario para aquecer 1 kg t de alguns metais de 25°C até wm temperatura 10% ‘ acima da temperatura de fusio, Condutibilidade térmica ou elétrica ‘Limite dé resisténcia Quantidade de elemento em solucio sélida Figura 1-2 - Representacdo esquemitica da variacio de proprie- dades em fungao da quantidade de elemento adicionado cm solugio sélida. Dist&ncia Fig. 1.3 Distribuicio aproximada da concentragao de impurezas apos> wi finico passe de ref'ino por zona através de uma carga Fig. 1.5. Refino por zona sem recipiente por meio da zona flutuante. Fig. 14 Solidificagio de una liga com um teor médio de impurezas C,. ccec ae 2.151 get COBRE PURO E COBRE COMERCIAL 2.1.1. INTRO DUCKO : 0 cobre foi, provavelmente, o primeiro metal a ser uti- lizado pelo homem. Ja foram encontradas facas e armas dos anti- gos egipcios, as quais se atribui a idade de 8.000 anos e #canos de cobre que datam do ano 2.750 A.C. 0 consumo deste metal tem aumentado continuamente,sendo ainda hoje o metal nao ferroso mais importante. Como € um metal relativamente escasso e de grande utilidade, seu preco tem oscila do muito de acordo com a produgao e consumo, tendo aumentado sen= sivelmente entre 1946 a 1974 (passou de US$0.30/kg para US$ 1.68/kg) © que favoreceu a indiistria de aluminio, o qual muitas vezes po de ser usado como substituto do cobre. A mais importante propriedade do cobre 6 a condutibili- dade, o que resulta na maior aplicacdo deste metal na forma pura ou com pequenas adigdes. Nos E.U.A. 50% do. cobre & consumido na forma de arames de cobre puro, 27% na forma de latoes (ligado com zinco), 18% na forma de chapas ‘e tubos de cobre puro ou com baixo teor de elmentos de liga e os 5% restantes na forma de outras li- gas. e Os tipos comuns de cobre puro oferecidos para o consumo SGo os seguintes: 1 - Cobre Nativo (Native Copper) - Ocorrendo em algiumas partes do mundo, 0 cobre nativo @ regularmente impuro, contendo consideraveis quantidades de varios elementos, todos em solugao solida. Sua microestrutura mostra apenas uma fase, tendo um gran de tamanho de grao e usualmente com largas maclas de recozimento. Este cobre @ refundido e, usualmente refinado antes de ser posto em uso. E£ conhecido sob a denominagdo "lake copper” de alta con dutibilidade ou arsenioso de acordo com a sua composicao. 2 - Cobre de Catodos (Cathode Copper) - Produto direto do refino eletrolitico, e de alta pureza e 6 a matéria prima para @ produgdo dos cobres cletroliticos de alta condutibilidade, po- dendo ger tenaz (tough pitch) ou isento de oxigenio (oxygen-free). £ também usado para pegas moldadas de alta condutibilidede spars a fabricacao de ligas. 3_- Cobre eletrolftico tenaz (tough pitch) de alta con- py duit Tidade =F preparado peta pala Terese aS eee cobre de catodos € mo dado, obteido-se formas como placas e lingotes para a fabricagao de arames, fitas, tubos e seccdes estrudadas. Este cobre é mais impuro que o cobre dos catodos pois sempre ocorrem contaminacdes no processo de fusdo. 4 ~ Cobre refinado a fogo tenax (tough pitch) ide alta Condutibiiidade - Ha uma pequena diferenca em qualidade entre o cobre cutdadosamente refinado a fogo e o eletrolitico. 2.1-2 ! 5 ~ Cobre refinado a fogo tenaz (tough pitch) comum - dade Teter ugh pitch) com Tem condutibilidade Tigetramente inferior ao anterior em virtude dos maiores teores de impurezas. 6 ~ Cobre de alta condutibilidade isento de oxigénio - E obtido pela refusao 6 vazamento do cobre de catodos fos tite ramen te em uma atmosfera de mondxido de carbono e nitrogénio, de ma= neira que nenhum oxigenio pode ser absorvido. As andlises tipicas destes cobres sio as seguintes: Tabela 2,1-1 - Analise tipicas de cobre puro comercial Nativo —Nativo Eletr. —-Refinado Refinado Isento alta arsenio- Catodos _refundi- ogo al- ogo de oxi condut. so do ta cond. _comum _ génio Cobre 99,87 . 99,41 99,99 99,97 99,90 99,50 99,93 Prata 0,03 0,0245 0,001 0,001 * 0,002 09,0210 0,022 Arsenico 0,025 00,3181 «0,002 »«0,0009 «0,018 ~—=—«0,0071 0 ,0004 Oxigénio™ 0,042 02143 0,035 =~ 0,02 0,04 nada Enxdfre 0,0015 0,007 ~—0,0032 0,002 00041-00010 ,004 Ferro 0,0025 00056 0,001 «00026 +0003. -~S 0,004 0,002 Niquel 0,0015 0,153 00013. «0,002 0,002-S0, 1112, 0006 Chunbo 0.0005 0,0027 0,003 -0,0014 0,005. 0,131 -0,0006 Antiménio — 0,0005 - 0,0005 90,0009 0,008 +~—0,0001 0,006 - Além das formas primarias acima mencionadas, também pode ser obtido pela refusao de sucatas, da qual gcgbre secundario, que geralmente © fornecido para ligas de fun dicao, Uma pequena quantidade resultante da refusao do conduto= res elétricos @ posta novamente no mercado para o mesmo fim, mas Sua pureza @ inferior a do metal virgem refinado pelo processo eletrolitico 2.1.2. PROPRIEDADES DO COBRE PURO As propriedades ffsicas do cobre estado apresentadas na tabela 21-2. AS propriedades mecanicas do cobre puro sao apre- EbeTa abaixo: Tabela 2.1-2 - Propriedades mecanicas do cobre puro Deformado ® Estado Moidado a quente Encruado Limite de resisténcia, kg/mm2 15 22 a 24 4Q°a 50 Limite de escoamento 0,2%, kg/mm2 7 35 a 45 Alongamento em 50 mm, % 25 45 a 60 gas Estriccao, % até 75 40 a 60 2a3 Dureza Brinell, kg/mm2 40 40 98 Limite de fadiga, kg/mm2 7 4 2.1-3 E interessante fazer alguns comentérios sobre as pro- priedades do cobre: Propriedades quimicas by ade se 0 cobre reage com o oxigénio na temperatura embiente em presenca do gas carbonico e umidade e, acima de 1809C, mesmo em ar seco. Com_o nitrogénio nao ha reacio e a_solubilidade deste g8s no cobre & desprezivel. Reage como enxdfre em temperaturas elevadas de um modo semelhante ao oxigénio. 0 hidrogénio nao rea ge com 0 cobre mas a sua solubilidade @ alta no metal liquido. 0 sobre no & atacado pelos Scidos clorfdrico e sulfari co concentrados, mas dissolve-se no acido n¥trico_e nos dois pri= eiros diluidos e em presenga do ar, Também nao é atacado pelos alcalis exceto pelo hidroxido de aménio em presenga do oxigenio. atacado lentamente pelos sais minerais e pelos acidos organicos diluidos. Estrutura cristalina Tendo estrutura cristalina cibica de face centrada, 0 cobre € um metal de grande dutilidade. Ao contrario do aluminio; também clbico de face centrada, o cobre @ muito sensTvel a forma §20 de maclas mecanicas (figura 2.1-1) € de recozimento (figura 21-2). Se supde que a alta plasticidade do cobre & devida Possibilidade de se deformar ao mesmo tempo por maclagao e escor- regamento (0 aluminio se deforma quase que exclusivamente por es- corregamento). Durante os tratamentos termicos, 0. crescimento dos graos de cobre @ menos pronunciado que no aluminio; aqui tam bem se supde que as maclas sao responsaveis. 0 aparecimento das maclas de recozimento no cobre limita o crescimento de graos.Pela mesma yazao, @ dificil preparar monocristais de cobre, exceto por controle do resfriamento durante a solidificacao, isto @, grandes cristais nao podem ser feitos por recristalizacao como no caso do aluminio. Temperatura de fusio 1084,59C & significativamente mais alta que a tefiperatu ra de fusdo do aluminio, magnésio e zinco. Isto aumenta as difi= culdades mecanicas envolvidas na fusao e vazamento, 0 que @ acon- panhado tambem por uma pronunciada tendencia do metal 1?quido ab- i ¥ de-fusto-e-atmosfera. Contragdo de solidificacio a 4,92% & uma contragdo suficientemente grande para produ zir pecas fundidas com defeitos, sendo éstes quase tao severos quanto os encontrados no aluminio e suas ligas. Condutibitidade elétrica E mais alta do que a de qualquer meta? comum. A prata é melhor condutor, mas ndo @ geralmente adequada para aplicacdes comerciais. 0 melhor ' 21-4 campo de aplicagao do cobre resulta desta propriedade. & conduti bilidade @ afetada pelo trabatho mecanico a frio: diminui ligeira mente com o encruamento e aumenta novamente com o recozimento, Estas Propriedades S30 mostradas para o cobre puro, nas figuras 2.1-3 e 2.1-4, A figura 2.1-5 nos mostra o efeito_relativo de algumas impurezas no cobre puro. Observa-se que o fésforo, silicio, ferro e arsénico, sao as mais prejudiciais. 0 oxigénio, que nao foi incluido neste grafico, tem efeito megligenciavel em vista das. qQuantidades em que € encontrado nos cobres comerciais. A condutibilidade elétrica € grandemente afetada pela temperatura, como vemos pela figura 2.1-6. Condutibilidade érmica = Assim como a condutibilidade elétrica, a condutibilida- de térmica @ a mais alta entre os metais comuns. 0 efeito da temperatura, entretanto, @ muito diferente na condutibilidade ter mica, de maneira que esta @ apenas ligeiramente reduzida com oO aumento da temperatura. Aumentando-se de 2000C a perda de condu- . tibilidade @ menor que 1%. A condutibilidade térmica @ reduzida pela presenca de impurezas de maneira semelhante 3 condutibilidade elétrica, porem ha ligeiros desvios entre as variacdes destas duas propriedades. for Rosa salmao, tornando-se vermelha ou marrom pela oxida- gio. As ligas de cobre apresentam uma larga gama de coloracoes de prata ao marrom, passando por diversas tonalidades de amarelo. Como_o cobre @ muito usado para fins decorativos, a consideragao da cor @, as vezes, fundamental. Propriedades mecdnicas Um resumo completo das propriedades mecanicas nao pode Ser apresentado numa simples tabela, porque varios sao os fatores que influenciam estas propriedades, como por exemplo, grau de en- Cnuamento, temperatura, teores de impurezas, etc.. As figuras 2.1-7 e@ 2.1-8 mostram a variacgdo dos valores de resisténcia a tragdo, dureza, alongamento e estriccao em funcio da intensidade do trabalho a frio. Por estas figuras pode-se ver que podem ser i istencd evadas-com o encruamento, simplesmente. Com o recozimento estas propriedades voltem aos va~ lores normais, e@ somente novo trabalho mecanico a frio podera cau Sar aumento de resisténcia. ie A figura 2.1-9 nos mostra a variacéo das propriedades mecanicas com a temperatura de recozimento. Vemos também o efe to de pequeno teor de prata na elevagao da temperatura de recris- talizacao de cobre. A adigio de certos e1 aumenta a dureza ea resistenci encruado, como vemos nas figura car que, adigoes de zinco e nig aumento de resistencia e dureza tes de estanho, aluminio e sili. ementos em solugao sélida no cobre a tanto no estado recozido como no 8 2.1-10 e 2.1-11. Pode-se verifi wel, até 10% no produzem grande » enquanto que adigdes equivalen= cio, resultam em apreciavel aumen to de dureza e resistencia, particularmente se a liga for submett da a um trabalho a frio. Em virtude do cobre manter as suas propriedades mecini- cas até altas temperaturas, com 2.1-12 © 2.1-13, permite 0 trab: $80) num campo de temperaturas jo pode ser visto pelas figuras alho a quente (laminacdo e extru - bastante alto. 2.1.3, 0 COBRE DE PUREZA COM: 0 primeiro processo u de pureza comercial foi o proce constitui basicamente na oxidac dagao. £ eficiente quando as i veis que o cobre, 0 que nio é o metais preciosos. Ja h3 bastante tempo © refino a fogo, @ interessante Oxigenio no cobre. A figura 2. do National Bureau of Standards determinadas porcentagens aumen dro. Este efeito esta relacio nadas impurezas na forma de oxi Nestas condicoes @ interessante @ microestruturae propriedades ERCIAL tilizado para a producio de cobre $80 de refino a fogo. Este refino 40, fluxacdo de impurezas e desoxi mpurezas existentes sao mais oxida caso do niquel, do bismuto e dos 2 & sabido que, quando for utilizado manter um certo teor residual de 1-14, reproduzida da Circular 73 (1913), mostra que 0 oxigénio em ta a condutibilidade do cobre pa- nado com a precipitacao de determi do, retirando-as de solugao solida. estudar o efeito do oxigenio sobre do cobre. 2.1.3.1. Constituicao das ligas cobre-oxigénio A figura 2.1-15 nos m bre-oxigénio. A temperatura aci posicdo aproximada de Cuz0, pro Cobre Tquido saturado em oxigen Quanto a solubilidade diversas determinagdes a respei devida a Phillips e Skinner, a Nesta figura, os valores que ap. dos a um diferente método de an. jostra a constituigdo do sistema co ma de 14009C, 0 liquido Le, de com vavelmente decompde-se produzindo io em equilibrio com a fase gasosa. do oxigénio no cobre sélido ha to, parecendo a mais correta ser qual € mostrada na figura 2.1-16. arecem entre parénteses sio devi - Slise 2.1.3.2, Microestrutura das ligas cobre-oxigénio A liga eutética, com Particulas esfericas de Cu20 nu Virtude disto, a liga eutética de constituir a maior fase e 6, 2.1-17). 0 composto Cus0 tem u uma substancia mole e fragil. aS propriedades que seriam espe te de cobre com pequenas cavida 0,39% de oxiginio, € composta por ma matriz de cobre quase puro. Em tem cobre como fase continua, alem Portanto, bastante ditil (figura ma estrutura cibica complexa; Como resultado, a liga eutética tem radas se fosse composta simplesmen des esféricas. 2.1-6 © Gxido cuproso tem uma cdr vermetho rub¥ caracteristi ca quando observada por transferencia ou com luz polerizada, mas torna-se azul cristalino quando observado com luz normal refleti da. i A nica "liga comercial" do sistema cobre-oxigénio é 0 cobre tenaz (tough pitch) »que contém cerca de 0,04%0. E£ uma li- ga Hipoeutetica com dendritas primarias de fase a rodeadas pelo constituinte eutético a + Cug0 (figura 2.1-18). Esta liga @ com Pletamente ditil e constitui o cobre comercial comum. iH Com teores de oxigénio acima de 0,39%, 0 Cu20 precipi- ta inicialmente na forma de dendritas pré-eutéticas. Com teor de oxigenio muito elevado estas dendritas prejudicam a continuidade da matriz a e reduzem enormemente a dutilidade (figura 2.1-19). fm concentragoes de oxigénio muito baixas o dxido cupro- so pode ser totalmente dissolvido no cobre solido por um trata - mento de solubilizagao e depois separado com um precipitado mui- to fino num subsequente esfriamento lento. Nao ha um efeito de envelhecimento significante neste sistema, porém a precipitacgao do Cug0 @ prejudicial porque tende a ocorrer preferencialmentenos contornos de graos, produzindo”um conjunto mais continuo do par ticulas de dxfdo ao iongo dos contornos de grao do que resultaria do processo de solidificagao. Como era de se esperar, ocorre a liquacéo quando o co- bre tenaz for aquecido acima de 10669C. Este @ 0 limite supe - rior de temperatura até onde o cobre pode ser trabalhado’ porque o material liquado € muito fragil a quente. Resfriando abaixo de 10659C, entretanto, o metal liquado torna-se diétil novamente. Uma diferencga interessante entre este caso de liquagao e de_outras ligas @ que no cobre livre de oxigenio havera a 1 quacdo se_aquecido ao redor de 10669C em contato como ar. 0 1 guido eutético se ferma na superficie de metal © @ oxigénio difunde rapidamente para o interior da peca formando o lfquido - eutético nessas regides (ver figura 2.1-26). i 7 se nio 2.1.3.3. Propriedades mecinicas das ligas cobre oxigé +t A figura 2.1-21 nos mostra a influéncia do teor de oxi génio nas propriedades mecanicas do cobre. £ de se observar 0 seguinte: 0,05%0 diminui a resisténcia ao choque mas nao afeta 0,10%0 torna o trabalho a frio mais diffcils 0,25%0 diminui o alongamento mas ainda permite o traba Tho a quentes 0,75%0 causa fragilidade a quente. 2.1.3.4. 0 oxigénio no refino do cobre 0 cobre tenaz refinado a fogo, @ ajustado para um teor 2a7b oO oO + de oxigénio entre 0,02 a 0,07% (em média 0,042) em lugar de zero, por duas razoes: ~.1+2,0 oxig@nio residual mantém outras impurezas fora de solucao sdlida e, portanto, a condutibilidade alta, 2. Com este teor de oxigénio o cobre dissolverd uma quantidade justa de enxdfre de maneira que o S02 e outras gases desprendidos durante a solidificagao deverdo anular a -contracao de solidificagdo, 0 suficiente para produzir um lingote de topo plano. i A figura 2.1-22 nos mostra as variagdes dos teores de enxdfre e oxigenio no ciclo de refino a fogo do cobre. OQ aumento do teor de enxdfre no fim do perfodo chamado “poling® resulta da_presenga de enxdfre nos gases do_forno (car- vdo ou dteo combustTvel). 0 cobre absorve tanto enxdfre quanto o limite de solubilidade permitir na concentragao de + oxigenio existente (ver figura 2.1-23). RelacSes constitucionais semelhantes existem entre 0 cobre, 0 oxigénio e outras implrezas oxidaveis. | Naturalmente, muito poucas sdo rejeitadas na forma de Oxidos gasosos, a maioria formando Oxidos sdlidos que sdo separados na forma de drosses. Se o teor de enxdfre aumentar muito acima de 0,001%, isto &, se o teor de oxigénio cair muito abaixo de 0,04%, uma quantidade grande demais de S02 sera desprendida durante ‘a soli- dificagao eo metal inchara na solidificacdo (ver figura 2.1-24) Com um teor de enxdfre ainda maior, o liquido residual podera ser ejetado do topo do lingote no fim da solidificagao. 0 teor de gases do cobre e suas ligas pode ser contro- Jado _borbulhando cloro ou nitrogénio, como no caso do aluminio ou magnésio, mas isto nao @ a pratica usual no caso do cobre puro: os teores de gases sao muito mais comumente reduzidos mantendo um teor de residual de oxigenio. NS ae 0 Gnico g8s, ao lado do $02, que pode produzir porosi- (dades prejudiciats no cobre € 0 hidrogénio, Sua concentragao \ ite’ tambem ser controlada através de um teor residual do oxige- nio (ver figura 2, 1-25). _ _ Gases como CO, COp, Np e gases nobres sio virtualmente BEER See eee eee ee eee eee eee eeeeeeeeeey 2.1.3.5. Desoxidacao do cobre - A desoxidacgio do cobre @ 0 reverso do refino pelo oxi- génio. Os desoxidantes mais comuns para o cobre sdo £0, Sie P. Os limites de solubilidade do fdsforo e oxigénio no cobre liquido sao mostrados na figura 2.1-26. Vemos por este dia grama que se o teor de fdsforo for elevado para 0,02%, 0 teor de Oo aor 21-8! oxigénio ser’ reduzido para cerca de 0,01%. Se desejamos calcu- lar a quantidade de fosforo necessaria para eliminar todo 0 oxi- genio na forma de P205 @ necessario adicionar fosforo suficiente Para a formacao deste P205 mais 0,02%P para satisfazer o limite de solubilidade. 2 cobre ‘desoxidado & usado para evitar a fragilidade Por hidrogénio, para aumentar a dutilidade, para evitar a oxida~ $0 de elementos de liga caros como _o estanho e o berilio e para evitar a formagao de Oxidos indesejaveis, como 0 Alz03 nos bron zes de aluminio, 2.1.3.6. Fragilidade do cobre devida ao hidrogénio As ligas de cobre-oxigénio quando aquecidas em hidrogé nio ou numa atmosfera contendo uma pequena quantidade de hidroge nio, apresentam fissuras, fraturas ou bolhas superficiais (blis= ters). 0 hidrogénio difundindo no cobre reage com o Cug0 forman do H20. Como o hidrogenio pode difundir-se muito mais depressa que © H20, criam-se pressdes internas que podem causar a desinte gracao do'metal (queima). Segundo os gadoe de Pilling (dnl. - Franklin Inst., 1918, 373), enquanto que o volume de H20 difundi do na unidade de tempo de 65 vezes, o do hidrogénio equivale a 1000 vezes. 0 efeito & mais severo a temperaturas mais altas, aci- ma de 8500C; este efeito comega a 4009C. Ele tambem @ tantomais severo quanto major o teor de oxigénio, sendo perceptivel mesmo abaixo do limite de solubilidade. Outros oxidos além do Cug0 po dem também ser reduzidos e causar uma fragilizacio menos intensa. 0 método mais simples para verificar se houve fragilizagio @ 0 ensaio de dobramento. Quando dobrada uma peca de cobre fragili- zado, quebrara. Como as zonas. que contém maior concentracao de oxigénio $30 os contornos de graos, a desintegracdo @ mais acentuada nes- tas regides e o material fragil apresentaré contornos de grao com © aspecto semelhante ao de corrosao intergranular, como mostra a figura 2.1-27, As condigées atmosféricas que podem dar origem & fragi Higagao sao variadas e muitas vezes diffceis de serem interpreta das. Contrariamente a algumas afirmacdes, 0 CO nao causa fragi= lizacao; somente o hidrogenio pode causar este efeitoo mesmoquan, 3 tidades muito pequenas de hidrogénio nascente podem ser muito py Sd cTets— Por exemple, uma atmosfera contendo umpouco de umidade pode reagir com as partes quentes de ferro do forno des- Prendendo quantidades prejudiciais de hidrogénio. 0 cobre tenaz deve ser recozido em atmosfera oxidante; quando se deseja um recozimento brilhante sem oxidacao (bright annealing) € melhor usar uma atmosfera redutora ou neutra, per- feitamente séca e livre de hidrogento,/ 2.1.3.7. Influéncia das impurezas nas propriedades do cobre Desde que o principal uso do cobre & em arames e outras 21-0 f oO Pegas para a conducdo de eletricidade, a influéncia das impurezas - na condutibilidade do cobre @ muito importante; todas as impure= rey fue entram em solucao sélida no cobre diminuem a sua conduti- (> bilidade elétrica, como visto na figura 2.1-5. ; Dentre as inpurezas naturais, o arsénico @ a mais preju dicial na condutibilidade eletrica. 0 cobre arsenioso, devido a Sua maior resisténcia e, ainda, em virtude de manté-la a tempera~ ¢) turas relativamente elevadas, @ usado para fins que nao os eletri cos: camaras de combustao de locomotivas, etc.. a :; 0 fosforo, um dos melhores desoxidantes para o cobre, também diminue a condutibilidade muito rapidamente. Quando o co- bre para condutores elétricos for desoxidado com fésforo, a quan. tidade a ser empregada deve ser cuidadosamente controlada a fim de evitar teores residuais prejudiciais. A auséncia de dxido, de cobre quando desoxidado por fosforo, o torna particularmente ade- ( quado para solda oxiacetilénica. Dentre os outros elementos de liga que diminuem a condu tibilidade de um modo acentuado temos o aluminio, o ferro, o esta nho, 0 zinco e@ 0 silfcio. gi ho palto moo Ee Fare O ore a foe a prata, em virtude de terem efeito “0 cadmio, o cro t idade, sdo mais adequados quando for ,, desejado endurecer por solucéo sdlida o cobre para fins elstricoe reduzido sobre a condutibi A influéncia do oxigénio na condutibilidade do cobre Padrdo (standard copper) parece ser anomala, isto @, a condutibi- ©) Tidade @ inicialmente aumentada. Como explicado, isto & deyido ao Cobre padrao (para o qual foi feito o grafico da figura 21-11) Conter algumas impurezas que diminuem a condutibilidade do maximo valor que o cobre puro possue. 0 oxigenio remove estas impurezas precipitando-se na forma de Oxidos insoliveis. Havendo excesso de oxigenio, ocorre precipitacio na forma de Cusd e a condutibilidade decresce. Se adicionassemos oxigénio ao cobre puro a condutibili ©) dade diminuiria mesmo compequenas edicoes. A prata, que frequentemente se encontra associada a0 cobre, em pequenas quantidades tem umefeito insignificante sobre a condutibilidade, porém, eleva consideravelmente a temperatura de <) recristalizacao do cobre (ver as figuras 2.1-9 © 2.1-28} Esta caracteristica pode ser inconyeniente quando dese- Jamos Tangar mio de processos que exijam o maximo de dutilidade do em rjose—emcertas aplicagdes, nas.) quais se necessite manter o encruamento do metal em temperaturas moderadamente elevadas, como na soldagem com ligas de chumbo-esta ) aho. 0 ferro, além de diminuir a condutibitidade elétrica do gbrgz gem Pequenas quantidades aumenta a sua dureza e reduz a plas ficidade, Em certas condigoes, pequenas quantidades de ferro po-~ _) dem conferir propriedades ferro-magnéticas a0 cobre, o que as ve zes @ indesejavel em instrumentos (caixas de bissolas. por exemplo).) 2aad 0 antimonio e¢ 0 n¥quel diminuem a condutibilidade © de ven ser mantidos baixos. 0 selénio e o telirio as vezes sio adi= Cionados para facilitar a usinagem. 0 chumbo também pode ser adicionado para o mesmo fim, mas reduz a dutilidade provocando fragilidade a quente. = Dentre os gases, sb ten importancia o hidrogénio eo dioxido de enxofre, que sao soluveis e influenciam as caracterts— ticas de moldagem. O aluminio em solugio sélida no cobre diminui a conduti bilidade. No entanto, se este aluminio for oxidado, a condutibi= lidade pode ser restabelecida. Em virtude do dxido de aluminio formar partfculas relativamente pequenas e de alto Ponto de fusao, ndo sao eliminadas faciimente, permanecendo no cobre solidi ficado © alterando as propriedades mecanicas. 2.1.4, OXIDAGKO EM TEMPERATURAS ELEVADAS At@ temperaturas da ordem de 11109C, 0 cobre forma em contato com o ar uma casca de Oxido, composta por uma espessa ca- mada de Cuz0 e uma camada superficial muito fina de cud; acima de 11109 @ CuO ndo & estavel no car e a casca de dxido passa a ser formada exclusivamente pelo Cug0. Depois da formacao do filme inicial a velocidade de cres cimento do oxido @ parabolica, correspondendo a condigao do cobre metalico se difundir atraves da camada de dxido para se. combinar com 0 oxigénio na superficie. A quantidade de camada de dxido formada pode ser calculada pela formula: wWak.t onde: w @ 0 péso da camada em g/cm@ € uma constante para uma dada temperatura & 0 tempo em segundos Os valores tfpicos da constante k sao: Temperatura , k - 1010 k . 1010 (em 9C) (em oxigénio) (no ar) 400 0,044 500 0 700 16,0 800 86,9 900 349 1000 1780 As ligas de cobre podem ser divididas em duas classes com respeito as suas caracteristicas de oxidabilidade. Quando o elemento de liga for mais nobre que o cobre, como por ; exemple

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