VAREJÃO DO BARATA LTDA., (CNPJ), (endereço), vem à presença
de V. Exa., a quem, em tempo hábil, apresenta sua resposta, em CONTESTAÇÃO, nos autos do processo em referência, de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS, que lhe move
VERÔNICA MONTEIRO, já qualificada nos autos em epígrafe, pelos fatos e
fundamentos que passa a expor:
I- DOS FATOS E FUNDAMENTOS
A autora Realizou a compra de uma televisão na empresa ré no dia
10/10/2021, e que cinco dias depois televisão foi instalada por técnicos da empresa.
No dia 01/02/2022, a televisão parou de funcionar, no dia seguinte ela
levou até a loja, onde a empresa ré enviou o televisor para assistência técnica e disponibilizando um comprovante que o televisor seria analisado e que daria um retorno no prazo de trinta dias.
No dia 15/02/2022, o laudo da assistência técnica determinou a
necessidade de trocar um capacitor interno do televisor, que foi realizado e restabeleceu o funcionamento do produto. No dia 23/02/2022 a empresa comunicou a autora do ajuste realizado, no entanto descobriu que a autora entrou com uma ação de indenização por dano moral no valor de R$7.000,00 e por dano material no valor de R$ 7.000,00, e não aceita receber a televisão já em funcionamento. II- DO DIREITO
Com base no art.12 do Código de Defesa do Consumidor, o
requerente responde apenas por danos provocados por falhas resultantes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos. Diante do exposto, vemos que nenhuma dessas hipóteses ocorreu.
Observando também o lapso temporal, vale ressaltar que entre a
aquisição do produto (10/10/2021) e a data do fato (01/02/2022), dificulta a investigação em relação a origem do dano, visto que a autora se direcionou até a loja no dia 02/02/2022 exigindo a devolução do valor da TV, porém aceitou uma proposta da loja para que o produto fosse reparado e devolvido a autora no prazo de 30 dias, e mesmo após ter aceito a proposta a ingressou com a ação contra a loja no dia 15/02/2022, e por conta disso, no dia 23/02/2022 se recusou a receber a televisão consertada.
III- IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA
Com base no o art. 292, V e VI, do CPC, entende-se que o
valor da causa não é o exposto, visto que deveriam estar presentes a soma dos valores a título de danos morais e materiais. Portanto é possível perceber que o valor da causa é inferior ao valor pretendido. IV- IMPUGNAÇÃO À GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A autora requereu gratuidade de justiça baseada em
hipossuficiência, porém, quando realizou o cadastro na loja a autora apresentou uma declaração de renda mensal no valor de R$ 20.000,00, o que deixa evidente a autora possui condições de arcar com as custas processuais.
V- CONCLUSÃO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
a) Que sejam acolhidas as preliminares;
b) Que o pedido da autora seja julgado improcedente;
c) Que a autora seja condenada ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios, de acordo com o Art. 85, CPC;
d) A intimação da autora na pessoa de seu advogado, com endereço
físico e eletrônico, de acordo com o art.106 do CPC;
e) Correção do valor da causa;
f) Que seja indeferida a gratuidade justiça em favor da autora;
g) requer ainda, a produção de todos os meios de prova em direito
admitidas, notadamente a documental e testemunhal. Por fim, manifesta o interesse na audiência conciliatória, com fundamento no Art. 319, inc. VII do CPC.
Barra do Piraí, 23 de novembro de 2022.
Assinatura do advogado Nome do advogado Número da OAB