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Ficha de leitura

Autores: Grupo J

Édina da Graça Novela

Eva Salvador Chihale


Disciplina: Pedagogia do Ensino Básico
Lerena Atanásio Foquiço

Nélio Esperança Nhamahate

Noémia Esmeralda Nhatitima

Bibliografia: Tipo de obra:


Científica e Artigos
 D’COSTUMES, Gregório Zacarias V. & CHAMBI, Benildo- Científicos
Módulo de Pedagogia do Ensino Básico.EAD, 1ª ed. Maputo,
2016.
 GUIMARÃES, Sandra Lopes, Construtivismo e
Aprendizagem, Instituto Federal da Educação, Ciência e
Tecnologia de Santa Catarina, 1ª Ed, Florianopolis, 2010.
 SILVÉRIO, Juliana da Silva, Ensino híbrido no modelo de
rotação por estações: um caderno de actividades, Joinville-
SC, 2021.

 SOUZA, Murilo da Silva, Concepção de aulas abertas e suas


contribuições para pensar a autonomia na Educação Física
Escolar, Lavras-MG, 2020.

Título: A concepção construtivista da aprendizagem; Classificação:______

O significado do ensino orientado a criança;

Aspectos de organização e realização do ensino orientado a criança;

Aprendizagem individual e conjunta;


Possibilidade do ensino aberto, trabalho livre, ensino através de
projectos, plano semanal e aprendizagem através de estações

Pág. Conteúdos Observações

Concepção Construtivista da Aprendizagem

45 Na óptica de Guimarães (2010), a concepção construtivista da A concepção


construtivista da
aprendizagem concebe o conhecimento humano como um
aprendizagem defende
processo de construção permanente, portanto não nascendo que o conhecimento
com ele e nem sendo adquirido passivamente do meio. não deve ser
transmitido pelo
De acordo com os autores D’Costume & Chambi (2016;37), o professor mas sim
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construído pelos
construtivismo enfatiza o conceito de conhecimento baseado na
intervenientes, num
experiência, no mundo real de coisas e relações básicas para processo activo.
nossa adaptação à vida.

Ainda na perspectiva dos autores acima citados, o aluno, ao


invés de ser um absorvedor passivo da informação, é visto
como um indivíduo activamente engajado na construção do
conhecimento, trazendo consigo seu conhecimento anterior
para enfrentar as novas situações. O foco não está mais no que
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o aluno sabe, mas inclui suas convicções, seus processos de
pensamento e concepções de conhecimento. O professor é visto
tanto como um apresentador do conhecimento como um
facilitador de experiências, com tarefa pedagógica de criar
situações de aprendizagem que facilitem a construção
individual do conhecimento.

As salas de aula construtivistas devem proporcionar um


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ambiente onde os alunos confrontam-se com problemas cheios
de significado porque estão vinculados ao contexto de sua vida
real.

Ensino centrado no aluno e aspectos de organização e


realização

D’Costume & Chambi (2016;35), referem que as pedagogias


35 actuais centram o ensino no aluno, negando a tarefa tradicional
de considerar o professor como único sábio e detentor do
conhecimento, devendo transmiti-los de forma linear aos seus
alunos.

Deve ser feito de forma colaborativa, partilhado e aberto de


modo que o aluno desenvolva a autonomia e capacidade de
No processo do
pesquisar por si, que são elementos fundamentais para o seu
ensino orientado ao
desenvolvimento da sua personalidade.
aluno, o professor
O processo do ensino é uma acção conjunta do professor e dos deve respeitar as
alunos, no qual o professor estimula e dirige actividades em características
função da aprendizagem dos alunos. As crianças precisam psicológicas, sociais,
participar de um conjunto de actividades caracterizadas por um culturais do aluno,
ciclo de acções e procedimentos de ensino – aprendizagem, bem como suas
isto é, o professor deve envolver a criança em actividades necessidades
práticas e o mediador deve incutir nas crianças o gosto pelas educacionais para que
actividades realizadas e também deve tomar a criança como possa oferecer melhor
sendo centro de aprendizagem. aprendizagem.

Aprendizagem individual e conjunta

Segundo Poletti (1985) apud D’Costume & Chambi (2016;60),


a aprendizagem individual ou independente dos alunos consiste
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em tarefas dirigidas e orientadas pelo professor, para que os
alunos resolvam de modo relativamente independente e
criador. Este pressupõe determinados conhecimentos,
compreensão da tarefa e do seu objectivo, domínio do método
de solução, de modo que os alunos possam aplicar
conhecimentos e habilidades sem a orientação directa do
professor.

Ainda segundo o mesmo autor, para que a aprendizagem


individual ou independente seja um método pedagógico, é
preciso que seja planificado em correspondência com os
objectivos, conteúdos e outros procedimentos metodológicos,
seguindo as tarefas: preparatória, assimilação do conteúdo ou
de elaboração pessoal. É preciso também dar tarefas claras,
compreensíveis e adequadas a altura de conhecimentos e de
capacidades do raciocínio dos alunos, assegurar condições de
trabalho, acompanhar de perto, aproveitar o resultado das
tarefas para toda a classe.
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O trabalho de grupo deve proporcionar o desenvolvimento
cognitivo e social dos alunos. Para Lopes e Silva (2009:21)
apud D’Costume & Chambi (2016;63), existem três tipos de
grupos de aprendizagem cooperativa, nomeadamente, os
grupos formais, informais e de base.

Para o processo de formação dos grupos, o professor deve ter


em conta o espírito de grupo que permite com que os alunos se
sintam unidos, o tipo do grupo a formar, tendo em conta as
características de cada elemento (sexo, etnia, competências
cognitivas, entre outras), a sua dimensão, que poderá variar
entre dois ou mais elementos dependendo da complexidade da
tarefa e sua duração, que pode variar consoante as finalidades
do trabalho a desenvolver. Freitas (2003) apud D’Costume &
Chambi (2016).

Possibilidade do ensino aberto, trabalho livre, ensino


através de projectos, plano semanal e aprendizagem
através de estações

Souza (2020) diz que ensino aberto é aquele em que o


16 professor admite que os educandos são pessoas que sabem
actuar juntas. Eles apresentam suas opiniões, realizações e
experiências que resultam das histórias do seu dia-a-dia.

Neste ensino, há transferência do poder do professor para o


aluno, de modo que participe e tome decisões pra a
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organização dos conteúdos. Este ensino, valoriza o trabalho
livre dos alunos. (Laging 1986) apud Souza (2020;17).

Ensino através de projectos – este ensino integra metodologias


activas e requer que o estudante resolva um problema do
ensino por meio de projecto. O estudante é posto diante de uma
pergunta desafiadora que lhe exigirá uma pesquisa e não na
Internet, até obter a resolução do mesmo problema. Para tal, o
estudante desenvolve um projecto, elabora e testa as hipóteses,
faz levantamentos ou investigações até responder
satisfatoriamente o problema.

Moran (2015) apud Silvério (2021:27) defende que na


27 aprendizagem através de estações, o professor actua como
mediador, sugere actividades e faz o acompanhamento do seus
alunos, podendo dar maior atenção aos alunos que apresentam
mais dificuldades.

Rotação por estações é uma técnica do ensino híbrido (online e


presencial) baseada em criar diferentes ambientes dentro da
28 sala e formar uma espécie de circuito para os alunos abordarem
um tema mas de diferentes maneiras. Este ensino, faz com que
os estudantes sejam distribuídos em grupos e cada grupo
realize uma actividade diferente do outro grupo, contemplando
os diferentes estilos de aprendizagem, visual, auditivo,
29 cenestésico e leitura e escrita, percorrendo todas as estações até
o fim da aula, seguindo os objectivos da aula

Nota Reflexiva:

O construtivismo surgiu para reivindicar o ensino tradicional, que centrava todas as actividades
no professor e o aluno era tido como mero receptor de tudo o quanto o professor transmitia. O
construtivismo tem o aluno como centro de toda a aprendizagem e o professor como um
mediador, controla e orienta as actividades na sala de aulas. Em outras palavras, o construtivismo
defende que o conhecimento é construído também com base nas experiências do quotidiano dos
alunos.

Como forma de centrar o ensino no aluno, são variadas as estratégias que podem ser implementas
nas salas de aula, como é o caso do ensino aberto, que reconhece que a criança possui um
conhecimento das suas vivências sociais, que só precisa do professor guiá-lo, ensino por estacões
e ensino por projectos.

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