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JUAZEIRO DO NORTE – CE
2020
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JUAZEIRO DO NORTE - CE
2020
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BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Prof. Me. Djailson Ricardo Malheiro
Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
Orientador
__________________________________________
Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte
____________________________________________
AGRADECIMENTOS
Fazer..
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RESUMO
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ABSTRACT
.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Principais achados, segundo a autoria e ano de publicação, título, periódico,
desenho do estudo, objetivo do estudo e desfecho...............................................................18
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LISTA DE FLUXOGRAMAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................................11
2 OBJETIVOS....................................................................................................................................13
2.1 Objetivo geral:............................................................................................................................13
2.2 Objetivos específicos:.................................................................................................................13
3 METODOLOGIA...........................................................................................................................14
3.1 Delineamento do estudo:............................................................................................................14
3.2 Processo de aquisição da literatura:............................................................................................14
3.2.1 Período que compreende o estudo...........................................................................................14
3.2.2 Base de dados:.........................................................................................................................14
3.2.3 Critérios de Inclusão e exclusão..............................................................................................15
3.3 Aspectos éticos...........................................................................................................................15
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................................17
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................................25
REFERENCIAS.................................................................................................................................26
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1 INTRODUÇÃO
associados a gênese da PE e com isso traçar medidas de promoção em saúde para diminuir a
taxa de morbimortalidade(AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND
GYNECOLOGISTS et al., 2018).
Wen e outros colaboradores (2018) relatam que o desenvolvimento do quadro de PE é
responsável pelo aumento de partos prematuros, da taxa de morbimortalidade materna e
perinatal, além disso, destaca-se o desenvolvimento de complicações que geram
incapacidades a longo do tempo.
Nos últimos 20 anos ocorreram um crescimento de 25% da incidência dos distúrbios,
no qual chegam a acometer uma taxa de 5% a 10% das pacientes durante o período gravídico.
Esses valores nas mulheres grávidas são decorrente da associação de diversos fatores e co-
morbidades associadas e com isso proporcionando complicações materno-fetais, entre elas
destaca-se restrição do crescimento intra-uterino, descolamento da placenta, parto prematuro e
cesariana. Vale ressalta que enquanto o risco de morte fetal é de 3,6 por 1.000 gestações,
quando avalia-se esses dados em gestantes com pré-eclâmpsia esses valores são de 5,2 por
1.000 gestações, além disso, destaca-se o aumento da mortalidade materna e crescimento da
morbimortalidade, como por exemplo maior predisposição a acidente vascular encefálico
(FOLK et al., 2018). Portanto, tora-se fundamental identificar quais os fatores de risco que
estão alinhados ao maior risco de formação de distúrbios hipertensivo durante a gestação e
com isso traçar medidas de promoção em saúde.
Diante desse cenário justifica-se o interesse pela realização do estudo em questão, em
que a identificação precoce dos fatores de risco que proporcionam o aumento do risco da SHG
é considerada uma ferramenta crucial para traçar medidas de promoção em saúde e com isso
oferecer uma melhor qualidade de vida. Dessa forma surgiu a seguinte pergunta norteadora:
Quais os fatores de risco para formação dos distúrbios hipertensivos durante a gestação?
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2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
Este trabalho foi uma produção científica sobre o tema, existente em periódicos
indexados. Para a realização da busca, foram utilizadas combinações entre as seguintes
Descritores em Ciências de Saúde (DeCS): Fatores de risco, Hipertensão, Gestação e
Prevenção. Os termos foram cruzados como descritores e também como palavras do título e
do resumo. A busca foi realizada no período de Janeiro de 2020, através do cruzamento dos
descritores de dois a dois com o objetivo de alcançar o maior número de evidências possível,
como conectivo foi utilizado o operador boleano “AND”.
A busca de artigos foi realizada por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
Quando realizado o cruzamento dos descritores “Fatores de risco” AND “Hipertensão” AND
“Prevenção” AND “Gestação” no qual identificou-se 313 artigos, sendo: 252 MEDLINE, 35
LILACS, 9 IBECS, 6 CUMED, 5 BDENF – Enfermagem, 2 Segunda opinião
formativa(SOF), 2 CVSP – Brasil, 1 CidSaúde - Cidades saudáveis, 1 MOSAICO - Saúde
integrativa. O material primeiramente foi avaliado pelos critérios de inclusão e exclusão.
Posteriormente foi realizada a leitura prévia dos resumos dos artigos selecionados,
possibilitando a aceitação ou rejeição do trabalho. Após a leitura e análise detalhada os
artigos, 09 fizeram parte da amostra, por atenderem aos critérios de seleção. Destes, todos
foram encontrados na MEDLINE.
Sendo assim, o estudo foi composto por 09 artigos para analise e discussão final. As
etapas deste processo estão descritas no Fluxograma 1.
Como critérios de inclusão, foram incluídas as publicações: (a) ocorridas nos últimos
três anos; (b) em qualquer idioma (c) que abordaram sobre os fatores de risco para distúrbios
gestacionais e/ ou medidas de promoção e prevenção dos distúrbios gestacionais d) artigos
com texto completo disponível online; Excluíram-se os artigos que: (a) Não abordaram sobre
os fatores de risco; (b) não localizados na íntegra; (c) anais de eventos, dissertações, teses,
estudos de caso e cartas ao editor e (d) artigos repetidos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para melhor elucidação dos resultados sua análise foi dividida em dois momentos: o
primeiro com a descrição dos estudos que foram analisados e o segundo com a categorização
e discussão dos principais resultados. Na tabela 01 apresenta-se a síntese dos artigos incluídos
na revisão, segundo a autoria e ano de publicação, título, periódico, desenho do estudo,
objetivo do estudo e desfecho.
Durante a avaliação dos achados presentes na Tabela 01 pode-se compreender a
importância da realização de um diagnóstico precoce dos distúrbios hipertensivos, no qual
medidas de promoção em saúde com o objetivo de proporcionar a diminuição da taxa de
incidência e complicações, como também a identificação dos fatores de risco tornam-se
ferramentas cruciais. Neste contexto foi identificado que mulheres primíparas e multíparas
tendem a apresentar maior possibilidade do desenvolvimento da SHG, alinhado a outros
fatores, como alterações do IMC e da pressão arterial. Além disso, foi descrito medidas de
prevenção que estão sendo cada vez mais analisadas, no qual se pode afirmar que o uso de
aspirina é considerada uma alternativa segura na prevenção do quadro de PE, como também o
uso do ácido fólico apresenta benefícios na redução da hipertensão gestacional, entretanto sem
benefícios em gestantes com PE grave. Outro contexto crucial como medida de promoção em
saúde é a realização de exercícios aeróbios associados à dieta. Portando é notório que o
profissional da saúde deve atuar de maneira a proporcionar medidas de promoção em saúde
de forma precoce e holística afim de promover uma melhor qualidade de vida.
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Tabela 01: Principais achados, segundo a autoria e ano de publicação, título, periódico, desenho do estudo, objetivo do estudo e desfecho.
Continua...
Folic acid supplement Avaliar os efeitos do Foram incluídas 3247 gestantes no estudo, no
use and the risk of tempo e da duração do qual foi possível identificar que o uso
DE OCAMPO et al., gestational Women and Birth Estudo de coorte uso de suplementos prolongado do acido fólico apresenta
2018. hypertension and contendo ácido fólico no benefícios ao promover a redução da
preeclampsia risco de hipertensão hipertensão gestacional e PE.
gestacional e pré –
eclâmpsia.
incidência de
desenvolvimento de
SHG.
que a realização de uma dieta rica em zinco e selênio proporcionou uma redução significativa
do risco do desenvolvimento de SHG independente do período da gravidez( WANG et al.,
2018).
Ratificado o estudo anterior, Jarman e outros colaboradores (2018) relatam que
realização de uma dieta rica em frutas, legumes, carne magra, peixe e cereais integrais
associada a uma pobre em alimentos com um elevado teor energéticos e com baixa
quantidade de nutriente é considerado como fator crucial para proporcionar uma melhor
qualidade de vida a gestante, como também diminui o risco de desenvolver a hipertensão
gestacional. Durante a realização de um estudo prospectivo com um total de 1598 mulheres
foi possível identificar que a realização de uma dieta saudável rica em vegetais, frutas óleos,
peixe e macarrão ou arroz anterior à gestação representou fator protetor gestacional ao
proporcionar a redução do desenvolvimento da hipertensão gestacional independente da
presença de outros fatores de risco, como por exemplo, sobrepeso ou características
sociodemográficas. Vale salientar que associada a realização de exercícios físicos durante o
mesmo período da dieta simboliza aumento da redução da possiblidade de distúrbios
hipertensivos durante a gravidez.
O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas e a Sociedade de Medicina
Materno-Fetal afirmam que o uso da aspirina deve ser realizado em doses baixas (81 mg / dia)
em pacientes com alto risco de pré-eclâmpsia ou mulheres acima de 1 fator considerado
moderado e estabelecido entre 12 semanas a 28 semanas de gestação, preferencialmente antes
das 16 semanas e mantida até o parto, já que não existem benefícios ao interromper o seu uso
antes do parto. Já de acordo com o Relatório da Força-Tarefa de Hipertensão na Gravidez
deve-se iniciar a aspirina no final do primeiro trimestre em pacientes com histórico de pré-
eclâmpsia de início precoce e parto prematuro com idade gestacional inferior a 24 semanas ou
em casos de gestação anterior complicada decorrente da pré-eclâmpsia. Vale salientar que é
considerado uma medida segura na prevenção do desenvolvimento ou retardo da pré-
eclâmpsia, sendo que apresenta uma baixa probabilidade de complicações graves tanto na
gestante - como por exemplo complicações hemorrágicas ou risco elevado de descolamento
da placenta - quanto no feto, sendo a maior partes das revisões sistemáticas descrevendo que
não ocorre aumento do risco de surgimento de malformações (AMERICAN COLLEGE OF
OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS et al., 2018).
De Ocampo e outros colabadores (2018) ao avaliar o uso do ácido fólico em 3247
gestantes identificou que a suplementação do ácido fólico consegue atenuar o risco de
hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia a depender do tempo de uso, sendo que quanto maior
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a duração da suplementação mais significativa era a redução, com isso torna-se essencial a
orientação sobre o uso e benéficios, no qual o ideal é que inicie antes da gestação e mantenha
o seu uso até o parto.
Vale salientar que a adoção de doses de até 0,8 mg/dia de acido fólico em gestante de
alto risco para desenvolver PE apresentaram uma redução de 38%, entretanto, doses elevadas,
como por exemplo a adoção de 4 mg/dia não apresentaram benefícios (WEN et al., 2018).
A utilização de suplementos a base de ácido fólico apresentam benefícios ao
proporcionar a redução do risco de doenças hipertensivas da gravidez, principalmente a PE e a
hipertensão gestacional. Entretanto, alguns autores relatam que o seu uso isolado não
apresenta benefícios significativos, apenas em mulheres com IMC inferior a 25. Portanto
pode-se afirmar a importância de proporcionar a adoção de diversas medidas para que assim
seja possível reduzir a taxa de PE em gestantes (DE OCAMPO et al., 2018).
Decorrente da gravidade presente diante do desenvolvimento dos distúrbios
hipertensivos na gravidez medidas que são orientadas as gestantes é a introdução de uma
suplementação de cálcio adequada em situações com ingestão insuficiente de cálcio, vitamina
C ou vitamina E suplementar, um controle rigoroso do consumo de sal na dieta e repouso no
leito. Entretanto até o momento não existem evidencias que demonstrem de forma efetiva os
seus resultados. Alternativas como a utilização de aspirina em baixas doses iniciado em
gestantes com idade gestacional entre 12 e 28 semanas com presença de fatores de riscos e o
aconselhamento sobre mudança do estilo de vida focando em uma dieta adequada e
realizações de exercícios são consideradas medidas que tendem a diminuir ou retardar a
formação do quadro de PE, como também redução das complicações materno-fetais (FOLK et
al., 2018).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS
DE OCAMPO, Maria PG et al. Folic acid supplement use and the risk of gestational
hypertension and preeclampsia. Women and Birth. 2018; v. 31, n. 2, p. e77-e83.
JARMAN, Megan et al. Dietary patterns prior to pregnancy and associations with pregnancy
complications. Nutrients. 2018; v. 10, n. 7, p. 914
LANE-CORDOVA, Abbi D. et al. Pre-pregnancy blood pressure and body mass index
trajectories and incident hypertensive disorders of pregnancy. Pregnancy hypertension.
2018; v. 13, p. 138-140.
WANG, Zhiqiang et al. The Association between Dietary Vitamin C/E and Gestational
Hypertensive Disorder: A Case-Control Study. Journal of nutritional science and
vitaminology. 2018; v. 64, n. 6, p. 454-465.
WEN, Shi Wu et al. Effect of high dose folic acid supplementation in pregnancy on pre-
eclampsia (FACT): double blind, phase III, randomised controlled, international, multicentre
trial. BMJ: British Medical Journal (Online). 2018; v. 362, p. k3478.